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PRINCÍPIOS FÍSICOS
O som é uma onda mecânica que se propaga pelas vibrações de partículas – necessita de um meio para propagação (sólido,
líquido e gasoso). É chamado ultrassom porque nós, humanos, não conseguimos perceber a frequência (ela é maior que a
frequência que conseguimos captar).
Características da onda:
Comprimento = distância entre duas cristas ou dois vales.
Frequência = oscilações em um determinado tempo.
Fórmula do comprimento = V / f. Quando eu aumento a frequência, eu diminuo meu comprimento de onda e vice-versa.
Cada transdutor de ultrassonografia tem diferentes frequências.
Quanto maior a frequência, menor o comprimento de onda que ele vai emitir e, consequentemente, menor a penetração
tecidual que essa onda vai ter.
- Trand. ALTA FREQUÊNCIA = estruturas superficiais, menor comprimento de onda, maior definição, PARTE MM ESQ,
fígado de animais grandes -> Transdutor LINEAR
- Transd. BAIXA FREQUÊNCIA = estruturas profundas, maior comprimento de onda, maior penetração, MENOR
DEFINIÇÃO DE IMAGEM - > Transdutor CONVEXO OU SETORIAL (usado em avaliações cardíacas)
EFEITO PIEZOELÉTRICO
– Capacidade de transformar energia elétrica em sonora
Probe tem cristais piezoelétricos –> recebem em elétrica -> transforma em mecânica -> interagem com o tecido ->
retornam como energia elétrica -> formação de imagem
Feixe sonoro não incide perpendicular ao meio -> desvio das ondas sonoras -> ondas podem ou não retornar ao
transdutor, formando artefatos de imagem.
TERMINOLOGIAS
ECOGENICIDADE = caracterização tecidual ou do parênquima. Intensidade de ecos (“brilhos”) na tela em distribuição
de tons de cinza, relacionada com a impedância e reflexão dos ecos.
- Devemos sempre comparar um tecido com outro (o baço está hiperecogênico em relação ao rim).
Quanto mais refletido, mais branco; quanto menos refletido, menos branco.
O tecido pode ser:
HIPERECOGÊNICO = se apresenta mais BRANCO.
HIPOECOGÊNICO = se apresenta mais PRETO.
ANECOGÊNICO = se apresenta PRETO, não refletem, como estruturas com líquido.
ISOECOGÊNICO = duas estruturas que estão com a mesma ecogenicidade.
ECOTEXTURA
Relacionada à distribuição de ecos. Pode ser HOMOGÊNEA (regular) ou HETEROGÊNEA (irregular).
ARTEFATOS DE IMAGEM
Imagens não reais demonstradas no aparelho de ultrassom, as vezes ajudam no diagnóstico - cálculos/processos
mineralizados (sombras acústicas).
Podem ser por problemas no equipamento (sem manutenção); técnica utilizada (mal ajustado); interação das ondas com os
tecidos (onda que não volta para o transdutor, não se identifica a estrutura).
REVERBERAÇÃO
- falta de contato da probe com o tecido. Linhas brancas (hiperecogênicas) paralelas e equidistantes
- alças intestinais repletas GÁS, OSSO, METAL. O feixe sonoro de alta intensidade fica “indo e voltando”. Melhorar a
tricotomia ou adicionar mais gel resolve esse problema.
*CAUDA DE COMETA* = é uma extensão da reverberação, aparece junto das alças intestinais devido à alta reflexão.
recomendado administrar luftal ou simeticona para eliminação dos gases intestinais e melhor visualização das estruturas.
IMAGEM EM ESPELHO
- superfícies hiperecogênicas curvas, principalmente vesícula biliar.
- raios vão indo e voltando entre a parede da vesícula e o diafragma, contornando a estrutura e só voltando para o
transdutor após certo tempo, a demora para o retorno dos ecos é traduzida como uma distância maior da estrutura, o que faz
com que a imagem fique duplicada (como se o animal tivesse uma vesícula no tórax e outra no abdômen).
SOMBRA ACÚSTICA
- interação da onda com estruturas altamente refletoras ->> CALCIFICADAS (cálculos, osso, minerais)
Revisão
- reverberação = gás, osso, metal -> comum em intestino, linhas laterais hiperecogênicas, junto cauda de cometa
- imagem em espelho = vesícula biliar -> comum estruturas curvas
- sombra acústica -> comum em cálculos, estruturas calcificadas
- reforço acústico posterior -> sombra acústica “clara”, comum em est com líquido (BEXIGA, ABCESSOS, VESÍCULA
BILIAR)
- sombreamento lateral = comum estrutura curvas, RIM
PREPARAÇÃO DO PACIENTE
- tricotomia reduz reverberação, uso de gel também
- decúbito geralmente dorsal
- EMERGÊNCIAS = não fazer tricotomia, SEM DECUBITO DORSAL (reduz capacidade de expansão pulmonar)
- jejum 6-8h, adm simeticona
ULTRASSONOGRAFIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
INTRODUÇÃO
Fígado, vesícula biliar, pâncreas, estômago, intestinos avaliações rotineiras parênquima, camadas, boas informações.
FÍGADO
US é uma das melhores maneiras de avaliar doenças hepáticas
-> alterações de dimensão aparecem quando > 15% do órgão está comprometido, alterações bioquímicas com 70% do
parênquima lesado
-> nódulos = só podem ser diferenciados benigno/maligno na histo
Planos de varreduras:
ENTRE AS COSTELAS, abaixo da cartilagem xsubxifoide
Tórax profundo ou micro-hepatia difícil avaliar. Transdutor entre as últimas costelas.
Normalmente HIPOECOGÊNICO em relação ao baço;
ISOECOGÊNICO ou HIPERECOGÊNICO em relação ao córtex renal;
Margens lisas e nítidas, MAIS BEM VISUALIZADAS QUANDO HÁ ASCITE (LÍQUIDO ANECOICO FICA
ENTRE OS LOBOS).
ALTERAÇÕES FOCAIS
Podem ser únicas ou múltiplas. Calcificações, neoplasias e cistos.
Calcificações: pontos hiperecogênicos, podem* formar sombra acústica.
Neoplasias: caixinha de surpresa ao US. Pode ser hiper, hipo ou hipo e hiper (mista). Pode ser difusa, focal, multifocal.
Nódulo homogêneo, heterogêneo. Delimitação e bordos regulares indicam benignidade. Só temos certeza com citologia,
biópsia, celiotomia.
Cistos: anecogênicos (têm líquido dentro) e arredondados, bordos definidos. Cistos provavelmente vão gerar dois artefatos
de imagem: reforço acústico posterior e sombreamento lateral.
VESÍCULA BILIAR
US é um exame extremamente importante para avaliação da VB.
Avaliação de parede, presença de conteúdo, neoplasias, edema de parede.
Prestar atenção à ecogenicidade e ecotextura acima de tudo.
Espessura da parede 1-5 mm. Pós-alimentação geralmente fica mais espessa (por conta da contração da vesícula), mas
professor indica não se apegar muito na espessura da vesícula, está relacionada à posição da probe, idade, espécie... Então
varia muito, uma vesícula dentro dos limites pode estar alterada. Prestar atenção à ecogenicidade e ecotextura acima de
tudo.
Planos de varreduras:
Subxifoide 30-40°. Direcionar a probe ao cotovelo direito do paciente. Ou 7-8-9 EI.
Anecogênica com paredes hiperecogênicas, observa-se o parênquima hepático em volta.
ALTERAÇÕES
Alteração na espessura: doenças inflamatórias primárias e cálculos.
- Geralmente, em edema de parede, ela está hiperecogênica, seguida de área hipoecogênica e outra área hiperecogênica. A
parede pode também estar irregular.
Ecogênico = emite ecos. Dentro da vesícula biliar pode haver estruturas ecogênicas que indicam cálculos, por exemplo.
Processos obstrutivos:
- cálculos (mais raros)
- LAMA BILIAR = acúmulo de bile, por conta de hipomotilidade da VB, móvel (na troca de decúbito) áreas ecogênicas
(VB não fica completamente anecoica) >50% cães são assintomáticos
LAMA BILIAR CRÔNICA VIRA MUCOCELE = lama biliar que vira mucocele. Lama biliar que cronifica – a
lama se adere à parede, no US tem um aspecto de kiwi.
- cálculos são altamente refletores, hiperecogênicos e FORMAM SOMBRA ACÚSTICA Normalmente eles têm
mobilidade – trocar o decúbito do paciente (do dorsal para esternal/estação) para ver se mudam de lugar.
PÂNCREAS
US é o método diagnóstico de eleição. Altamente operador-dependente.
Isoecogênico/levemente hiperecogênico em relação ao fígado (difícil comparação). Ecogenicidade homogênea.
Planos de varreduras: lobo direito, corpo e lobo esquerdo.
Direito: ÚLTIMA COSTELA DIREITA – localiza o rim direito, direciona a mão medialmente de forma leve, junto com
duodeno. ESQUERDO: ÚLTIMA COSTELA ESQUERDA – ENTRE ESTÔMAGO E BAÇO. Nos cães, o lobo esquerdo é
bem mais difícil de identificar do que nos gatos.
*Conseguimos identificar a veia pancreaticoduodenal.
*A qualidade do US torna mais fácil a localização.
Alterações: processos inflamatórios (pancreatite – DOR), neoplásicos (insulinoma).
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
Pancreatite aguda: EDEMA HIPOECOGENICO mesentério reativo (saponificação das gorduras). PÂNCREAS
HIPOECOGÊNICO. Mesentério hiperecogênico (reativo). Margens pouco definidas, heterogêneo e efusão peripancreática
nos quadros graves/necrose.
Pancreatite crônica: HIPERECOGENICO, fibrose do pâncreas, alteração da ecogenicidade. Pâncreas hiperecogênico.
Margens pouco definidas, heterogêneo e efusão peripancreática. Pode ter pontos de mineralizações.
PROCESSOS TUMORAIS – NEOPLASIAS
SÃO RARAS, achados difíceis de diferenciar de pancreatite crônica. Os insulinomas tendem a ser mais hipoecogênicos.
Os carcinomas tendem a ser mais hiperecogênicos. A textura muda completamente, fica heterogêneo, com bordos
irregulares. Se pega o corpo pancreático, é sinal de malignidade e dificulta a remoção cirúrgica. Na maioria das vezes, pega
nos bordos D e/ou E.
ESTÔMAGO
- Mais bem definido do que o pâncreas no US, avaliar 4 camadas (serosa, muscular, submucosa e mucosa) + espessura da
parede e motilidade -> focar mais na ecotextura/genicidade
Mu = hipoecogênico. S = hiperecogênico.
Avaliação bem rotineira – inúmeras indicações: vômito, diarreia, perda de peso, tumor, CE...
Se possível, realizar exame em jejum de 6 horas.
Espessura = 3-5 mm em cães e 1,1-3,6 mm em gatos. Sempre medir a espessura entre as pregas estomacais para não
Planos de varreduras: lateral esquerda próximo à última costela (fundo gástrico). Lateral direita/xifoide (piloro e corpo
gástrico – onde geralmente se alojam CE).
ALTERAÇÕES - PROCESSOS OBSTRUTIVOS
CORPOS ESTRANHOS -> sombra acústica
Carro chefe das alterações. Nem sempre causam obstrução, alterações dependem da obstrução e característica do CE. A
grande maioria dos CE observados na US fazem sombra acústica.
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS – GASTRITES = espessamento + diferenciação DAS CAMADAS!
Endoscopia é a indicação, US auxilia.
As alterações são dependentes da duração da lesão;
ESPESSAMENTO EXTENSO COM CAMADAS BEM DIFERENCIADAS. Em caso grave, ocorre perda da definição
das camadas.
PROCESSOS TUMORAIS – NEOPLASIAS = espessamento da PAREDE + perda de arquitetura
Mais comum na rotina.
ESPESSAMENTO DA PAREDE EM DIFERENTES GRAUS – FOCAL, DIFUSO, IRREGULAR COM PERDA DA
ARQUITETURA DAS CAMADAS. Pode ser confundido com gastrite crônica, mas podemos sugerir biópsia/celiotomia
exploratória para averiguar. *OBS: a endoscopia só confirma alterações na mucosa, se mais camadas estiverem envolvidas,
não enxergamos. Deixar isso claro para o tutor.
INTESTINO DELGADO
TAMBÉM POSSUI AS 4 CAMADAS (hiper/hipo/hiper/hipo) O OBSTÁCULO É O GÁS, por isso preparar o paciente é
importante.
Avaliação da ESTRATIFICAÇÃO, MOTILIDADE (VALE PARA ESTÔMAGO TAMBÉM) E ESPESSURA DA
PAREDE.
ALTERAÇÕES
PROCESSOS OBSTRUTIVOS - CORPOS ESTRANHOS
Conseguimos fechar diagnóstico com US.
Achados = Obstrução total ou parcial + DILATAÇÃO DE DIFERENTES GRAUS (antes do CE – boral –, depois do CE –
aboral – não tem dilatação) e segmentos, PODEMOS OU NÃO ENXERGAR O CE. PREGUEAMENTO DE ALÇAS.
FLUXO/MOTILIDADE REDUZIDA.
INTUSSUSCEPÇÃO – TRANSVERSAL = IMAGEM EM ALVO
Conseguimos fechar diagnóstico com US. Lembrar o clínico que a anestesia pode fazer com que ela se desfaça! Se
quiser/puder, repetir o US após a anestesia.
Normalmente em ANIMAIS JOVENS (ENTERITE/VERMINOSE). Porção mais acometida é na JUNÇÃO ILEOCÓLICA
(FINAL DO ID E INDO PARA O IG). US é o método de eleição para diagnosticar.
No longitudinal, observamos múltiplas camadas de anéis.
No transversal, observamos uma “imagem em alvo”.
INTESTINO GROSSO
Muito semelhante ao delgado, o conteúdo (ressecado, mineralizado) atrapalha a visualização das camadas distais ao
transdutor.
Avaliado próximo à bexiga (dorsalmente) e lateral esquerda abdominal.
Acompanhar segmentos (descendente > transverso > ascendente).
Alterações acometem mais o ID.
RIM
Um dos primeiros exames realizados para avaliação renal – dimensões, forma, contorno, arquitetura. US SÓ AVALIA
LESÃO RENAL, NÃO FUNÇÃO RENAL
RD caudal ao lobo caudal do fígado. É bem mais difícil de avaliar (janela entre 10-11ª costelas).
RE caudal à curvatura maior do estômago e medial ao baço. Janela atrás da última costela.
O rim fica no espaço retroperitoneal, portanto o peritônio consegue ser avaliado na imagem também.
Anatomia: cápsula renal, cortical, medular, pelve renal.
- CORTICAL É HIPERECOGÊNICA EM RELAÇÃO À MEDULAR E É ISOECOGÊNICA AO FÍGADO E BAÇO.
- A CÁPSULA CONFIGURA UMA LINHA HIPERECOICA AO REDOR DO RIM.
-A relação corticomedular tende a ser de 1:1. No laudo: relação corticomedular preservada. Perda da relação
corticomedular.
Avaliamos: número, tamanho, formato, localização, arquitetura (córtex, medular, pelve), vascularização (modo Doppler),
alterações no sistema coletor (pelve – dilatação por exemplo).
Formato: nos cães feijão, nos gatos ovalado. Nos cães, os rins são mais móveis.
Número: presença dos 2 rins, agenesia renal é rara. Animais que passaram por nefrectomia.
Tamanho: nos cães geralmente são simétricos em comprimento, em gatos varia de 3,8 a 4,4 cm. *Em cães, correlação
com diâmetro da aorta, mas ainda não é bem estabelecido, devem fazer por raça especificamente.
ALTERAÇÕES RENAIS
ALTERAÇÕES DIFUSAS
AUMENTO DA ECOGENICIDADE CORTICAL OU MEDULAR inúmeras causas – DRA/DRC, nefrite, linfoma,
PIF. Perda da distinção corticomedular.
Sinal da medular = linha hiperecogênica na região medular (CONTORNO DA MEDULAR HIPERECOGÊNICO)
consequência de mineralização, necrosa, congestão e/ou hemorragia. Esse sinal está presente em animais com leptospirose,
portanto pode confirmar diagnóstico.
ALTERAÇÕES FOCAIS E MULTIFOCAIS
MINERALIZAÇÃO RENAL
Nefrolitíase ou mineralização distrófica – comum em cães idosos.
Nefrólitos são detectáveis na US – fazem sombreamento acústico.
Dependendo do tamanho e da localização do cisto, pode ou não comprometer a função renal. Se um cisto grande se formar
perto da pelve, pode obstruí-la.
FLUIDO SUBCAPSULAR – líquido = REGIÕES ANECOGÊNICAS
Pode ser decorrente de trauma (hemorragia, urina), processo infeccioso, obstrução aguda, toxicidade ou neoplasia.
Regiões anecogênicas.
NEOPLASIAS
Aparência sonográfica complexa e variada.
Característica da US depende da alteração – alteração ecogenicidade e ecotextura. Sugerem algo do mal ou algo do bem.
Anecoico – necrose.
ALTERAÇÕES DO SISTEMA COLETOR
DILATAÇÃO PÉLVICA
A dilatação é progressiva, se vira PROCESSO CRÔNICO LEVA À HIDRONEFROSE (acúmulo de líquido na pelve).
Fontes: INFECÇÃO (PIELONEFRITE QUE CHEGOU NA PELVE), MALFORMAÇÕES NO URETER (URETER
ECTÓPICO, NEOPLASIAS SÃO RARAS), OBSTRUÇÃO (CÁLCULOS).
Pielonefrite – CÉU ESTRELADO (pontos hipereco): INFLAMAÇÃO/INFECÇÃO RENAL, NORMALMENTE
ASCENDENTE, DILATAÇÃO DA PELVE COM DEBRIS CELULARES (PONTOS ECOGÊNICOS, COMO UM CÉU
ESTRELADO, INDICAM PROCESSO INFECCIOSO. Uma hidronefrose por obstrução não vai ter esses pontos).
Ureter ectópico: ocasiona refluxo urinário, que leva à dilatação do ureter e, posteriormente, da pelve.
Obstrução: total ou parcial. A urina não consegue chegar até a bexiga, dilatando a pelve.
Hidronefrose obstrutiva – processo crônico. Não se observa debris celulares. O ureter é identificado facilmente, o que não
acontece num paciente normal.
URETER
QUANDO NORMAIS, NÃO CONSEGUEM SER VISUALIZADOS, SÓ SÃO DETECTADOS QUANDO DILATADOS
– obstrução fez com que urina se acumulasse, dilatou. Quando isso ocorre, importante avaliar todo o trajeto, para detectar a
origem da obstrução.
URETER ECTÓPICO
Anormalidade congênita na junção ureteral e bexiga, pode acometer um ou ambos os ureteres. Normalmente ocasiona
dilatação e hidronefrose associada. RX contrastado auxilia na identificação. Cistoscopia (por vídeo) também ajuda.
OBSTRUÇÃO URETERAL
Cálculos são comuns, muitos são identificados pelo RX. US observa dilatação e estruturas hiperecoicas com sombra
acústica.
RUPTURA URETERAL
Por US não se fecha o diagnóstico. Na suspeita, coletar líquido livre e fazer relação de creatina. 2:1 sangue:líquido é o
normal. Geralmente causado por trauma.
Iatrogenias cirúrgicas: ligadura ureteral; sutura inadequada.
NEOPLASIAS
Extremamente raras, normalmente a alteração se dá a nível da bexiga – estenose ureteral e dilatação. Características do US
dependem do tumor.
BEXIGA
Facilmente avaliada no US, rapidamente se familiariza.
Preenchida por líquido – anecogênica com REFORÇO ACÚSTICO POSTERIOR E SOMBREAMENTO LATERAL (É
OVAL).
Alterações murais (envolvem a parede da bexiga – neoplasia) e alterações intraluminais (não diretamente relacionadas
com a parede – cálculo). Nada impede que uma alteração mural se estenda para alteração intraluminal.
Espessura da parede em gatos 1,7 mm, em cães 1,4-2,3 mm. *Informações de artigo muito antigo, da década de 90,
portanto podem estar defasadas e, como nos outros órgãos, deve-se se apegar a ecogenicidade e ecotextura (até porque uma
parede alterada pode estar dentro da referência de espessura).
Quanto mais distendida está a bexiga, mais fina é a sua parede e vice-versa. EVITAR QUE O PACIENTE URINE 3-4
HORAS ANTES DO EXAME PARA COLETA DE URINA (CISTOCENTESE) E AVALIAÇÃO MAIS COMPLETA NO
US.
ALTERAÇÕES MURAIS
NEOPLASIAS
Formatos irregulares, focais ou disseminadas (estendem-se pela parede). As neoplasias tendem a atingir o trígono vesical,
pois ele está constantemente sendo descamado e lesionado pelo fluxo de urina. Característica na US depende da neoplasia.
O diagnóstico é sempre por cito ou histopatologia, exames de imagem apenas sugerem.
ALTERAÇÕES INTRALUMINAIS
CÁLCULOS/SEDIMENTOS
A maioria é observada no RX. Na US, são HIPERECOICOS FORMAM SOMBRA ACÚSTICA (DIRETAMENTE
RELACIONADA COM O TAMANHO DO CÁLCULO, TAMBÉM A QUANTIDADE). Podem estar aderidos (mas a
maioria é flutuante). No caso de microcálculos ou sedimentos, o aspecto observado é o de céu estrelado.
URETRA
Avaliação na US é bem limitada devido ao janelamento acústico reduzido da pelve.
A uretra é caudal à bexiga, nos cães machos conseguimos observar a uretra prostática e a uretra peniana. Nos slides vimos
a próstata (estrutura arredondada ao redor da uretra) e, em seguida, a uretra peniana (sem e com cálculos). Nos gatos, não
conseguimos fazer a observação da uretra peniana.
A principal alteração são os cálculos.
US DO SISTEMA REPRODUTOR
ALTERAÇÕES UTERINAS
HIPERPLASIA ENDOMETRIAL CÍSTICA – FISIOLÓGICA PÓS OVULAÇÃO
Linha mediastinal é normal (neoplasias podem fazer com que não consigamos identificá-la mais).
ALTERAÇÕES TESTICULARES
NEOPLASIAS
Caso encontre neoplasia em um testículo, remover os dois (probabilidade de desenvolver neoplasia no outro testículo é
alta).
Em animais criptorquidas, é possível remover apenas o testículo em localização anormal e deixar o testículo funcional,
caso ele seja reprodutor. Contudo, é uma alteração congênita, então é capaz que a característica do criptorquidismo passe
para a próxima geração.
Normalmente, o testículo anormal fica hipotrofiado, heterogêneo, mistos tendendo para hipoecogênicos
PRÓSTATA
- alterações
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA
> cães idosos -> estímulo crônico hormonal de animais NÃO CASTRADOS
> parênquima preservado + prostatomegalia
PROSTEATITES
> processo inflamatório geralmente associado a inf bacteriana
> ascendente ou via hematógena, aguda ou crônica
NEOPLASIAS
- mais comum, cães idosos -> prostatomealia simétrica, parênquima preservado
- estímulo crônico hormonal de não castrados
US INTERVENCIONISTA
EMERGÊNCIAS TORÁCICAS
- EX = pneumotórax, hemorragia pulmonar, edema pulmonar = ultra de tórax
- Técnicas próximas ao paciente = tfast, vetblue, etc
- realizar SEMPRE em decúbito ESTERNAL, colocar almofada toalha nos mt (retira compressão diafragmática)
- oxigenação do paciente se necessário
-> Pulmão seco = imagem sinam do jacaré com presença de linhas “A”
-> Pulmão molhado = perda de linhas “A” com formação das linhas B ou cauda de cometa
VETBLUE
- a beira do leito, emergencial
- prioriza AVALIAÇÃO DO PULMAO, não avalia coração – 8 janelas avaliadas
Como realizar
- Decúbito LATERAL DIREITO, evitar DORSAL
- probe linear ou convexa