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PERCEPÇÃO DO SOM
O estímulo sonoro adentra à orelha pelo pavilhão auditivo e direciona-se
através do meato acústico externo. Então, as ondas sonoras atingem a
membrana timpânica, que por ser constantemente tracionada pelo músculo
tensor do tímpano, vibra como um todo, transferindo essa energia para os
ossículos da orelha interna – martelo, bigorna e estrigo. O cabo do martelo fixa-
se na membrana timpânica enquanto sua cabeça articula-se com o corpo da
bigorna e por isso ambos atuam como alavanca. O ramo longo da bigorna
articula-se com a cabeça do estribo, enquanto sua base encaixa-se na janela
do vestíbulo. Essa articulação da bigorna com o estribo faz com que esse
empurre a janela oval e o líquido (do outro lado) a cada movimento da
membrana timpânica para dentro e puxe esse líquido quando o martelo se
movimenta para fora.
6 -MEMBRANA
TIMPÂNICA
5 – MEATO
ACÚSTICO
EXTERNO
CÓCLEA
A cóclea a é um sistema de tubos espiralados. Ela consiste em três tubos
espiralados, lado a lado, sendo o primeiro deles a rampa vestibular; em
sequência a rampa média; e por fim a rampa timpânica.
A rampa vestibular e a rampa média são separadas uma da outra, pela
membrana de Reissner (membrana vestibular), já a rampa timpânica e a rampa
média são separadas uma da outra pela membrana basilar. Na superfície da
membrana basilar, está o órgão de Corti, que contém uma série de células
eletromecanicamente sensíveis, as células ciliadas. Elas constituem os órgãos
receptores finais que geram impulsos nervosos em resposta às vibrações
sonoras.
A membrana de Reissner é tão fina tão facilmente móvel que não obstrui a
passagem de vibrações sonoras da rampa vestibular para a rampa média.
Portanto, no que se refere à condução do som no líquido, a rampa vestibular e
a rampa média se comportam como câmara única.
A importância da membrana de Reissner é a de manter um tipo especial de
líquido na rampa média, que é necessário para a função normal das células
ciliadas receptivas ao som.
As vibrações sonoras entram na rampa vestibular pela placa do estribo, na
janela oval. A placa cobre essa janela e se conecta às bordas da janela por
ligamento anular frouxo, de modo que pode se movimentar para dentro e para
fora, com as vibrações sonoras. O movimento para dentro faz com que o
líquido se movimente para a frente pelas rampas vestibular e média, e o
movimento para fora faz o líquido se mover para trás.
A membrana basilar tem relação direta com o efeito de ressonância que ocorre
na cóclea.
A membrana basilar é uma membrana fibrosa que separa a rampa média da
rampa timpânica.
Contém 20.000 a 30.000 fibras basilares que se projetam do centro ósseo da
cóclea, o modíolo, em direção à parede externa.
As bases e os lados das células ciliadas são responsáveis por fazerem sinapse
com a rede de terminações nervosas da cóclea. Entre 90% e 95% dessas
terminações acabam nas células ciliadas internas, o que enfatiza sua
importância especial para a detecção do som.
POTENCIAL ENDOCOCLEAR
A rampa média é cheia com líquido, chamado endolinfa, enquanto a perilinfa é
o líquido presente na rampa vestibular e na rampa timpânica. A rampa
vestibular e a rampa timpânica se comunicam diretamente com espaço
subaracnoide em torno do encéfalo, assim, a composição da perilinfa é quase
idêntica à do líquido cefalorraquidiano.
Inversamente, a endolinfa, um líquido inteiramente diferente, uma espécie de
ultrafiltrado do plasma, secretado pela estria vascular, área muito
vascularizada, na parede externa da rampa média. Contém alta concentração
de potássio e baixa de sódio (oposto ao conteúdo da perilinfa).
2- medida que a amplitude de vibração aumenta, faz com que cada vez
mais e mais células ciliadas, nas margens da porção ressonante da
membrana basilar, sejam estimuladas, causando, assim, somação
espacial dos impulsos — isto é, transmissão por muitas fibras nervosas,
e não através de apenas algumas.
REFERÊNCIAS