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Audição

Fisiologia da audição:

Pavilhão  meato acústico externo  membrana timpânica


(vibra pra frente e pra trás)  martelo, bigorna e estribo
(move pra frente e pra trás)  vibra a janela oval  provoca
ondas de pressão na perilinfa  vibrações chegam primeiro
- Equalização de impedância: permite que sensibilidade
na rampa vestibular e depois pra janela redonda  vibrações
auditiva fique maior, diminuindo a distancia e aumentando a
da perilinfa passa pela membrana vestibular e move a
força
endolinfa (no ducto coclear)  vibra membrana basilar 
*o líquido da cóclea precisa de muito mais força pois possui vibra células ciliadas  dobra o estereocílios  gera o impulso
uma inércia muito maior que a do ar nervoso

- Quando os sons são intensos há um reflexo de atenuação - O pavilhão direciona as ondas sonoras para o meato acústico
dos músculos que reduz a intensidade da transmissão sonora, externo.
faz com que o sistema ossicular fique mais rígido. Esse reflexo
- Quando as ondas sonoras alcançam a membrana timpânica,
protege a cóclea de vibrações prejudiciais (causadas por sons
as ondas alternadas de pressão alta e baixa no ar fazem com
intensos) e filtra sons de baixa frequência em ambientes
que a membrana timpânica vibre para frente e para trás. A
sonoramente poluídos (remove os ruídos do fundo)
membrana timpânica vibra lentamente em resposta a sons de
*tensor do tímpano traciona o cabo do martelo pra dentro baixa frequência (tons baixos) e rapidamente em resposta a
sons de alta frequência (tons altos).
*estapédio traciona o estribo pra fora
- A área central da membrana timpânica se conecta ao
- Transmissão do som pelo osso: as vibrações do crânio martelo, que vibra junto com a membrana timpânica. Essa
podem provocar vibrações no liquido da cóclea (já que esta vibração é transmitida do martelo para a bigorna e, então,
está na cavidade óssea) para o estribo.

Anatomia funcional da cóclea: as vibrações sonoras - Conforme o estribo se move para frente e para trás, sua placa
entram na rampa vestibular pela placa do estribo (na janela basal em formato oval, conectada através de um ligamento à
oval), que possui ligamentos com a janela oval que possibilita circunferência da janela do vestíbulo (oval), faz vibrar essa
movimentos pra dentro (líquido vai pra frente na rampa janela. As vibrações na janela do vestíbulo (oval) são cerca de
vestibular e média) e pra fora (liquido se movimenta pra trás) 20 vezes mais vigorosas do que aquelas na membrana
timpânica porque os ossículos auditivos transformam
- a membrana basilar possui fibras que possem estruturas eficientemente pequenas vibrações espalhadas por uma
rígidas, elásticas em formato de palhetaque podem vibrar (já grande área superficial (a membrana timpânica) em vibrações
que são livres em sua extremidade) maiores em uma superfície menor (a janela do vestíbulo [oval]).
*o comprimento aumenta desde a janela oval até a - O movimento do estribo na janela do vestíbulo (oval) provoca
extremidade ondas de pressão no líquido da perilinfa da cóclea. Conforme
a janela do vestíbulo (oval) é empurrada para dentro, ela
*o diâmetro diminui, o que diminui a rigidez e possibilita que
empurra a perilinfa na rampa do vestíbulo.
essas fibras vibrem em frequência mais baixas
- As ondas de pressão são transmitidas da rampa do vestíbulo
‘a baixa frequência faz as fibras perto da janela oval
para a rampa do tímpano e, eventualmente, para a janela da
vibrarem, enquanto a alta faz com que as fibras da
cóclea (redonda), fazendo com que ela se projete para fora
extremidade vibrem
na orelha média.
Propagação da onda na cóclea: o estribo se move pra
- As ondas de pressão atravessam através da perilinfa da
dentro, contra a janela oval (o que empurra a janela redonda
rampa do vestíbulo, passam então para a membrana
pra fora). A onda entra na janela oval e curva a membrana
vestibular e se movem para a endolinfa dentro do ducto
basilar (da janela redonda)
coclear.
- Quanto mais baixa a frequência, mais a extremidade da
- As ondas de pressão na endolinfa fazem com que as
cóclea será atingida, ou seja, mais distante ela caminha
membranas basilares vibrem, fazendo com que as células
*na porção inicial as ondas trafegam de maneia mais rápida, ciliadas do órgão espiral se movam contra a membrana
mas ficam mais lentas a medida que se afastam da cóclea tectória. Isso promove o dobramento dos estereocílios e leva
em última análise à geração de impulsos nervosos nos
neurônios de primeira ordem nas fibras nervosas cocleares.- As
ondas sonoras de várias frequências fazem com que
determinadas regiões da lâmina basilar vibrem mais
intensamente do que outras. Cada segmento da lâmina basilar
está “afinado” para um tom em particular. Como a membrana
é mais estreita e mais espessa na base da cóclea (próxima à
janela do vestíbulo [oval]), os sons de alta frequência (com tom
alto) induzem vibrações máximas nessa região. Na direção do
ápice da cóclea, a lâmina basilar é mais ampla e mais flexível;
os sons de baixa frequência (de tom baixo) causam a vibração
máxima da lâmina basilar naquele local. A altura do som é
determinada pela intensidade das ondas sonoras. Ondas
sonoras de alta intensidade promovem vibrações maiores na
lâmina basilar, promovendo maior frequência de impulsos
nervosos que chegam ao encéfalo. Sons mais altos também
podem estimular uma quantidade maior de células ciliadas.

Bia Mello
- O influxo de Ca2+ libera neurotransmissores (glutamato)

*quanto mais neurotransmissores são liberados, maior a


frequência de impulsos nervosos sensitivos

- A hiperpolarização acontece quando o estereocílios se


movem na direção oposta, pois causa fechamento do canal
iônico

Via auditiva

- Tipos diferentes de tons/frequências podem seguir caminhos


mais específicos

- A área auditiva do córtex recebe os sons de seu próprio lado


e também do outro

Neurônios I - Localizam-se no gânglio espiral situado na cóclea.


São neurônios bipolares, cujos prolongamentos periféricos são
pequenos e terminam em contato com as células ciliadas do
órgão de Corti. Os prolongamentos centrais constituem a
porção coclear do nervo vestibulococlear e terminam na
Transdução: promovida pelas células ciliadas do órgão de ponte, fazendo sinapse com os neurônios II.
Corti converte a e estimulação mecânica em sinal elétrico
Neurônios II - estão situados nos núcleos cocleares dorsal e
ventral. Seus axônios cruzam para o lado oposto, constituindo
o corpo trapezoide, contornam o complexo olivar superior e
inflectem-se cranialmente para formar o lemnisco lateral do
lado oposto. As fibras do lemnisco lateral terminam fazendo
sinapse com os neurônios lJl no colículo inferior. Existe certo
número de fibras provenientes dos núcleos cocleares que
penetram no lemnisco lateral do mesmo lado, sendo, por
conseguinte, homolaterais.

Neurônios III - a maioria dos neurônios III da via auditiva está


localizada no colículo inferior. Seus axônios dirigem-se ao corpo
geniculado medial, passando pelo braço do colículo inferior.

Neurônios IV - estão localizados no corpo geniculado medial.


Seu núcleo principal é organizado tonotopicamente e seus
axônios formam a radiação auditiva, que, passando pela
cápsula interna, chega à área auditiva do córtex (áreas 41 e
42 de Brodmann), situada no giro temporal transverso anterior

- A lâmina basilar vibra e os feixes dos cílios se dobram pra


frente e pra trás (deslizando um sobre o outro)

- A proteína de ligação conecta cada extremidade de um


estereocílios a um canal iônico (sensível a esse estresse
mecânico)

- Esse movimento faz com que esses canais se abram,


fazendo com que o K+ entre na célula ciliada, despolarizando
a célula, o que provoca a abertura dos canais de Ca2+

Bia Mello
Neurônio II – fica nos núcleos vestibulares e a partir deles
podem seguir as vias:

- Inconsciente: axônios do neurônio II dos núcleos vestibulares


formam o fascículo vestibulocerebelar, que ganha o córtex do
vestibulocerebelo; passa pelo pedúnculo cerebelar inferior

*algumas fibras vão direto ao cerebelo, sem passar pelos


núcleos

- Consciente: a área vestibular no córtex fica no lóbulo parietal

- Nervo vestibular transmite informações sobre a aceleração


da cabeça para o bulbo que as distribui pra centros superiores

*o que controla as vias oculares para estabilizar a iagem da


retina

Equilíbrio
Equilíbrio estático: manutenção da posição do corpo em
relação à força da gravidade. Estimulado pelos movimentos
de girar a cabeça e aceleração linear

- As maculas, presentes no sáculo e utrículo, são os receptores


de equilíbrio estático; fornecem informações sobre a posição
da cabeça e contribuem para a manutenção da postura e
equilíbrio adequados

*a posição da membrana dos estatocônicos traciona a


posição dos feixes pilosos (junção dos estereocílios e cinocílios),
o que inicia o processo de transdução. Mesmo que isso
aconteça para a propagação do som, os feixes pilosos tem
seus cílios distorcidos quando a orientação da cabeça muda,
o que envia sinais apropriados transmitidos pelo cérebro para
controlar o equilíbrio

Equilíbrio dinâmico: manutenção da posição corporal em


resposta a movimentos rotacionais

- Os ductos semicirculares são responsáveis pelo equilíbrio


dinâmico. Seu posicionamento permite detectar os
movimentos rotacionais. O fluxo da endolinfa pelos canais
semicirculares e ampola dobra a cúpula o que movimenta as
células ciliadas

*cada ducto tem um máximo de sensibilidade ao movimento


angular

*a endolinfa possui uma inercia maior do que a do ar, o que


fornece resistência nos primeiros segundos de rotação

 Vias Vestibulares

Neurônio I – células bipolares que ficam no gânglio vestibular;


prolongamentos periféricos (pequenos) se ligam aos
receptores e os centrais (grandes),constituem a porção
vestibular do nervo vestibulococlear que faz sinapse com o
neurônio II

Bia Mello

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