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Bia Zanardi T8 Fisiologia

Ouvido:
Dividido em ouvido externo, médio e interno
OUVIDO EXTERNO:
↪ Canal auditivo: condução do som para o ouvido médio
↪ Pavilhões auditivos: discriminação da direção do som
(se vem de cima ou de baixo, de frente ou de trás)

OUVIDO MÉDIO:
↪ Tímpano: membrana que se mantém estendido pelo
m. tensor do tímpano
↪ Ossículos: martelo, bigorna e estribo Quando o som entra no canal auditivo vibra a membrana
↪ Função: condução e amplificação do som timpânica, fazendo com que os ossículos vibrem
também (estão em contato), quando o estribo vibra
OUVIDO INTERNO: empurra a janela oval, o que perturba o liquido da cóclea,
↪ Cóclea: é formada por três tubos com líquido, possui que está relacionada com a audição
regiões importantes: janela oval (em contato com o Sempre que uma perturbação acontece, deve ser
estribo) e janela redonda finalizada, quando chega o som, gera uma pressão na
cóclea, pois a janela oval é empurrada para frente, depois
a janela redonda é empurrada para frente –
abaulamento da janela redonda

Reflexo da atenuação:
Contração de dois músculos:
O m. extensor puxa o martelo para dentro do ouvido e o
m. estapédio puxa o estribo para fora
Os ossículos ficam tracionados, há diminuição da
vibração dos ossículos, diminui a condução ossicular, se
ouve menos
Isso acontece em três situações principais:
↪ Proteção contra sons prejudiciais: sons muito altos
que podem causar lesões – como quando se vê um
relâmpago e se espera um trovão
↪ Mascarar sons em locais com sons muito altos –
ajuda a mascarar sons altos e ouvir sons específicos
(como conversar com alguém no meio de um show)
↪ Sempre que a pessoa está falando – diminui a
sensibilidade à própria fala – a pessoa nunca escuta
a própria voz

A cóclea é formada por três tubos, que são chamados


de rampas:
Rampa vestibular: em contato com a janela oval, o líquido
presente é a perilinfa, rica em Na+
Rampa media: o liquido é chamado de endolinfa, rica em
K+
Rampa timpânica: em contato com a janela redonda, o
líquido presente é a perilinfa, rica em Na+
A porção onde estão as janelas é chamada de base da Frequência sonora x volume:
cóclea FREQUÊNCIA:
A porção oposta é chamada de ápice da cóclea ou ↪ Alta: sons agudos
helicotrema ↪ Baixa: sons graves
É medida em hertz
Entre a rampa vestibular e a media há a membrana
vestibular VOLUME:
Entre a rampa media e a timpânica há a membrana Pode ser alto e baixo
basilar, que vibra na presença do som, acima dela está Está relacionado à intensidade
o órgão de corti Medido em decibéis
Sons de baixa frequência passam pelos cílios maiores,
vibram a membrana basilar próximos ao helicotrema
Sons de alta frequência passam pelos cílios menores,
vibram a membrana basilar próximos à base da cóclea

PRINCÍPIO DO LUGAR: frequências sonoras são


Entra o som – vibra o tímpano – vibra os ossículos – diferenciadas pela posição de vibração da membrana
empurra a janela oval – perturbação do líquido coclear basilar – essa posição é fielmente transmitida ao córtex
– sempre que ocorre a perturbação, ela deve ser auditivo, que tem um mapa de frequência
finalizada, quando a janela oval é empurrada, gera uma
pressão que precisa sair – a pressão sai pela janela Órgão de corti:
redonda (abaulamento) com a mesma força – a força Possui células ciliadas – chamados de estereocílios (um
do som normal não é suficiente para empurrar a janela cílio é maior, os outros são menores e todos eles são
oval, por isso o ouvido médio faz a amplificação do som unidos)
Essas células ciliadas possuem neurotransmissores, se
A membrana basilar é formada por fibras rígidas e comunicam diretamente com o neurônio que forma o
flexíveis nervo auditivo
Na base da cóclea as fibras da membrana basilar são As células ciliadas se ativam na presença do som – com
pequenas e grossas a vibração da membrana basilar
No ápice da cóclea as fibras da membrana basilar são Essas células estão mergulhadas no liquido da cóclea –
longas e finas no topo pela endolinfa e na parte inferior pela perilinfa
Portanto, a membrana basilar não é homogênea por toda Os cílios estão inseridos em locais que são canais de K+
a cóclea
Isso é importante para diferenciar frequência sonora
A célula ciliada é tônica, ela fica disparando sempre, os
cílios não são totalmente presos na membrana, então
entra um pouco de K na célula - só é entendido como
audição o sinal alternante (a célula despolarizar e
hiperpolarizar)

Existem dois tipos de células ciliadas (dependendo da


localização):
Células ciliadas internas: sempre funcionando, maiores
responsáveis pela audição
Células ciliadas externas: regulam as internas, só se
ativam em sons de alto volume

Quando a membrana basilar vibra a célula ciliada


balança para os dois lados Detecção da intensidade da intensidade (volume do som):
Os topos das células ciliadas são banhados pela ↪ Ativação das células ciliadas externas: quanto mais

endolinfa e os corpos das células ciliadas são banhados ativa células ciliadas externas, mais alto é o som
pela perilinfa ↪ Somação temporal: quanto mais alto é o som, mais a

Quando ela balança para o lado do cílio maior, os cílios membrana basilar vibra, mais a mesma célula ciliada
se destacam da célula – abre canal de K – está em balança, maior a ativação neuronal
contato com a endolinfa (tem muito K) – entra K na ↪ Somação espacial: quanto mais alto o som, uma maior

célula – despolarização da célula ciliada – sofre parte da membrana basilar vibra, ativando maior
potencial de ação – abre canal de Ca – entra Ca – libera quantidade de células ciliadas, causando maior
o neurotransmissor – ativa o nervo auditivo – leva a ativação neuronal
informação adiante
E quando balança para o lado oposto, os cílios se Vias auditivas:
aprofundam mais na célula – os canais de K ficam O nervo auditivo sai da cóclea – vai até os núcleos
fechados – não entra K - a célula permanece negativa cocleares no bulbo – vai para os núcleos olivares
(hiperpolarizada) – não libera neurotransmissor superiores da ponte – pegam a via lemnisco lateral - vai
para o colículo inferior do mesencéfalo – vai para o
núcleo geniculado medial do tálamo – córtex auditivo
(lobo temporal)

O córtex auditivo é dividido em primário e secundário:


Córtex Auditivo Primário: detecta
Córtex Auditivo Secundário: interpreta, associa com
outras regiões cerebrais
↪ Intervalo de tempo entre a entrada do som em cada
ouvido – para frequências mais baixas – feito pelo
núcleo olivar superior medial
↪ Diferença entre as intensidades dos sons nos dois
ouvidos – para frequências mais altas – feita pelo
núcleo olivar superior lateral

CARACTERÍSTICAS DA VIA AUDITIVA:


Inibição lateral: começa já nos neurônios na cóclea, onde
o principal neurônio estimulado inibe os neurônios
vizinhos, para fazer com que o sinal chegue mais limpo,
com maior contraste
Muitos cruzamentos para ambos os lados: faz muitos Anormalidades da audição:
cruzamentos, o que entra de um lado do ouvido, a maior Existem dois tipos de surdez:
↪ Surdez nervosa: comprometimento da cóclea e nervo
parte vai para o lado oposto do córtex auditivo, mas uma
parte ainda vai para o mesmo lado auditivo ou dos circuitos do SNC
↪ Surdez de condução: comprometimento das
Sinais corticofugais: sinais que saem do córtex e vão
para regiões anteriores causando inibição, para controle estruturas físicas da orelha que conduzem o som à
de sensibilidade, para modulação do sinal cóclea

Destruição total do córtex auditivo primário de apenas


um dos lados: reduz discretamente a audição no ouvido
oposto (não causa surdez)

Se a pessoa perde os dois córtex auditivos primários, ela


não entende o som, mas ela percebe o som, não sendo
uma reação consciente, conseguindo perceber apenas
ruídos, de forma irracional e inespecífica

Lesões nas áreas de associação auditiva não diminuem


a capacidade da pessoa ouvir e diferenciar sons ou até
de interpretar padrões simples

Determinação da direção do som:


A determinação se o som vem de frente ou de trás é
feita pelos pavilhões auditivos
A determinação se vem da direita ou esquerda é feita
de duas formas:

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