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Deglutição – definição e fases

Disciplina – Disfagia – III Ciclo

Profa. Dra. Danielle R. Domenis


Universidade Federal de Sergipe – Lagarto
Departamento de Fonoaudiologia

Setembro - 2022
Deglutição

“É resultante de um complexo mecanismo


neuromotor, cuja absoluta coordenação
em cada e entre suas fases,
resultará no efetivo transporte do
alimento até o estômago”
(Macedo Filho, 1998)
Deglutição

“É uma sequência motora extremamente complexa que envolve a


coordenação de um grande número de músculos da boca, faringe,
laringe e esôfago”

“Transportar material da cavidade oral ao estômago, não


permitindo a entrada de alimentos na via aérea. Para que ocorra de
forma segura é necessária uma coordenação precisa,
principalmente entre as fases oral e faríngea”
(MARCHESAN, 2008)
Deglutição

• Ocorre de forma sequencial, envolvendo uma série


de estruturas moles e duras.
ANTECIPATÓRIA PREPARATÓRIA

ORAL

FARÍNGEA ESOFÁGICA
Deglutição

Espaços que estão envolvidos na deglutição


Deglutição

Vídeo youtube – deglutição normal


Deglutição

Figuras disponíveis na internet


Deglutição

Figuras disponíveis na internet


Deglutição

FASES

Figuras disponíveis na internet


Antecipatória

 Preparação das estruturas para a deglutição, para o engolir;


 Estímulo sensorial, vontade de se alimentar, gustação, salivação;

 Influenciadores:
 fome
 influências sociais
 grau de saciedade
 utilização de utensílios
 aspectos dos alimentos
 coordenação mão boca
 ambiente alimentar
 posturas cervicais
 estado emocional
Preparatória Oral

 Voluntária
 Manipulação e preparação do alimento misturando-o à saliva
 Mastigação: incisão, trituração e pulverização
 Fatores importantes: consistência, quantidade, gosto,
sensibilidade, temperatura, saliva
 Selamento labial
 Palato muscular: posição mais baixa, posicionamento do bolo
apenas na cavidade oral
Preparatória Oral

 Faringe e laringe em posição de repouso


Via aérea está aberta e a respiração nasal continua até que a
deglutição ocorra
 Posicionamento do bolo entre a língua e palato ósseo
Oral
(oral propriamente dita)
 Voluntária;

 Começa com a propulsão do bolo pela língua terminando com a ejeção do


bolo para a faringe
 Língua: leva o alimento
para ser mastigado, junta o
 Selamento labial: ajuda a manter as
alimento, contém o bolo
forças de propulsão necessárias para o
formado, acomoda o bolo e
transporte do bolo pela hipofaringe,
o propulsiona para trás
EES e para dentro do esôfago

Bolo levado para faringe: palato


muscular se fecha (fechando o
caminho para a nasofaringe)
 Menos de 1 segundo todo o processo
Oral
(oral propriamente dita)

Ver vídeo youtube – videofluoroscopia normal – Teresa Cobian


Fase Faríngea
Eventos sequenciais:
 fechamento velofaringeano: Mm. levantador e tensor do
véu palatino levantam o palato muscular, encurtando-o e
encorpando-o até a aproximação contra o m. da parede
posterior da faringe para prevenir a regurgitação
nasofaríngea.

 contração da faringe: Mm constritores médio e inferior


da faringe estreitam a hipofaringe e contribuem para os
movimentos de contração envolvendo a parede posterior da
faringe entre o anel de Passavant e a constrição
faringoesofágica
Fase Faríngea

Eventos sequenciais:
 elevação e fechamento da laringe

adução das PPVV associada à aproximação vertical das


aproximação horizontal das aritenóides em direção à base da
cartilagens aritenóides epiglote

elevação da laringe com


a epiglote desce
anteriorização
Fase Faríngea

Eventos sequenciais:
 abertura do cricofaríngeo ou segmento faringoesofágico
Fase Faríngea

 A contração faríngea propulsiona o bolo para baixo, simultaneamente,


a laringe é fechada (proteção das vias aéreas; fechamento completo da
glote durante a deglutição)

 Epiglote: trazida para baixo sobre o ádito da laringe durante a


deglutição, leva o bolo deglutido lateral e posteriormente em direção a
transição faringoesofágica/ esfíncter esofágico superior (EES).
Fase Esofágica

 Onda peristáltica automática: leva o alimento ao estômago,


conseqüentemente reduzindo o risco de RGE

 O RGE é também evitado pela contração do músculo cricofaríngeo

 O EES é uma zona de alta pressão; é


fechado tonicamente no repouso e aberto
durante a deglutição (assim como a laringe se
eleva), vômito ou eructação; também
participam da contração do EES o constritor
faríngeo inferior
Fase Esofágica

 O tempo de trânsito da fase esofágica pode ser medido do

ponto onde o bolo entra no esôfago até passar pelo estômago

(constrição diafragmática - EEI): 8 a 20 seg

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