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Elaine Gemaque Paiva

FONOAUDIOLOGA
MESTRE EM FONOAUDIOLOGIA
ESPECIALISTA EM:
MOTRICIDADE ORAL COM ENFASE EM ESTETICA FACIAL
DISTÚRBIOS DO SONO
AUDIOLOGIA
IMPORTANTE
▪ Presente na 28ª semana intra ▪ REFLEXO INATO ALIMENTAR
uterina, acontece o E ACONTECE COM O
suckling.(PADRÃO IMATURO CONTATO COM O PEITO DA
DA SUCÇÃO) MÃE, VISANDO A INGESTÃO
DE LEITE.
▪ Na 32ª semana o reflexo de
▪ DEIXA DE SER REFLEXO POR
busca e de vômito já estão
VOLTA DO QUARTO MÊS DE
mais desenvolvidos. VIDA
▪ Na 34ª semana ocorre a ▪ PASSANDO A SER DE
coordenação entre sucção e CONTROLE VOLUNTÁRIO E
deglutição PERMANECENDO POR TODA
A VIDA.
▪ Na 37ª semana acontece a
coordenação entre sucção,
deglutição e a respiração
▪O PADRÃO IMATURO DA SUCÇÃO É
DENOMINADO SUCKLING, E É CARACTERIZADO
POR MOVIMENTO DE EXTENSÃO E RETRAÇÃO E
CANOLAMENTO DA LÍNGUA.
▪ O PADRÃO MAIS MADURO DESENVOLVE-SE
JUNTO COM O CONTROLE VOLUNTÁRIO DA
SUCÇÃO, AONDE SÃO OBSERVADOS MAIOR
PRESSÃO INTRAORAL E MOVIMENTOS DE
ELEVAÇÃO E ABAIXAMENTO DA LÍNGUA, ESTA
SUCÇÃO É CHAMADA DE SUCKLING.
▪ VEDAMENTO LABIAL;
▪ CONTRAÇÃO DOS MÚSCULOS ORBICULARES E
BUCINADORES;
▪ PRESENÇA DE COMPRESSÃO LABIAL E FORMAÇÃO DE
LEVE SULCO DAS COMISSURAS LABIAIS;
▪ MOVIMENTAÇÃO DOS MASSETERES; SULCO DA
BOCHECHA;
▪ MOVIMENTOS MANDIBULARES;
▪ MOVIMENTOS ÂNTERO-POSTERIORES DA LÍNGUA.
A BOCA DO RECÉM A PARTIR DESSE ESSE CONJUNTO DE

REFLEXO DE SUCÇÃO

MECÂNICA DA SUCÇÃO
FONTE LINGUO-LABIAL

NASCIDO É CONJUNTO QUE SITUAÇÕES PROVOCA


ALTAMENTE PARTEM AS VÁCUO NA BOCA
SENSÍVEL E ATRAVES AFERENCIAS, PERMITINDO A
DOS LABIOS E PONTA OCORRENDO DE SUCÇÃO, QUE
DE LÍNGUA QUE SÃO MANEIRA RITMICA ACONTECE EM TRÊS
CAPTADAS TODAS AS POR COMANDO DO FASES DISTINTAS
INFORMAÇÕES QUE NÚCLEO SUPRA
VEM DE FORA. TRIGEMINAL
▪ PRODUÇÃO DE PRESSÃO NEGATIVA INTRAORAL;
▪ A BOCA DETERMINA O VÁCUO;
▪ A PRESSÃO ORAL É MENOR QUE A ATMOSFÉRICA;
(ESTE VÁCUO OCORRE DEVIDO AO POSICIONAMENTO DA MANDÍBULA NUMA
POSIÇÃO ELEVADA ATRAVÉS DA AÇÃO TÔNICA DOS MUSCULOS ELEVADORES)
▪ APÓS ISSO, OCORRE O SELAMENTO POSTERIOR DA BOCA;
▪ FORMA-SE UMA CÂMARA HERMÉTICA FECHADA SUCETÍVEL DE DETERMINAR O
VÁCUO;
▪ EM SEGUIDA OBSERVA-SE A FORMAÇÃO DA COLHER GLÓSSICA
▪ A MANDÍBULA SE ABAIXA SEM HAVER A ABERTURA DOS ORIFÍCIOS ANTERIOR E
POSTERIOR DA BOCA.
▪ EM SEGUIDA OCORRE A CONTRAÇÃO DA MUSCULATURA PERIORAL – CONDIÇÃO
FUNDAMENTAL PARA O LEITE INGRESSAR NA BOCA.
▪ APÓS ISSO OCORRE A DEPRESSÃO DA BASE DA LINGUA, PRODUZIDA PELO
ABIXAMENTO DO MUSCULO INFRA-HIÓIDEO.
▪ PROMOÇÃO DE PRESSÃO POSITIVA INTRAORAL
▪ APÓS O LEITE ENTRAR NA BOCA DO BEBÊ INICIA-SE A FASE DE
PRESSÃO POSITIVA, POIS OCORRE A CONRAÇÃO DA
MUSCULATURA LEVANTADOA DA MANDÍBULA – COM ISSO ELA
SE LEVANTA.
▪ COM A LINGUA E A MANDÍBULA MAIS ELEVADA, MAIS A
CONTRAÇÃO DO BUCINADOR, DETERMINA NA CAVIDADE ORAL
UMA PRESSÃO POSITIVA.
▪ ESTA PRESSÃO É AUMENTADA QUANDO O CENTRO DA LINGUA
SOBE PASSANDO DE CONCAVA PARA CONVEXA A SUA POSIÇÃO
▪ IMPELINDO O LEITE PARA TRÁS COM UMA FUNÇÃO DE ÊMBOLO.
▪ DEGLUTIÇÃO ASSOCIADA OU CONCECTÁRIA: COM A PRESSÃO AUMENTADA
NA BOCA, ABRE-SE O ESFINCTER LINGUOPALATINO E O FECHAMENTO DO
ORIFICIO POSTERIOR DAS NARINAS ATRAVÉS DO MOVIMENTO DO ESFINCTER
VELOFARINGEANO.
▪ AO MESMO TEMPO A PARTE POSTERIOR DA LÍNGUA SE ABAIXA DEVIDO A
CONTRAÇÃO DO HIPOGLOSSO E O LEITE É IMPULSIONADO PARA TRÁS
▪ ESSE PROCESSO É REPETIDO QUANTAS VEZES FOR NECESSÁRIO, PARA
INGESTÃO DA QUANTIDADE DE LÍQUIDO A SER SUGADO, DEVENDO OCORRER
DE FORMA RITMADA DO PADRÃO DE UMA OU DUAS SUCÇÕES PARA UMA
DEGLUTIÇÃO.
▪ O CONTROLE NEURAL DA SUCÇÃO É REALIZADO POR UM GERADOR DE
PADRÃO CENTRAL
▪ REDE NEURAL LOCALIZADA NA FORMAÇÃO RETICULAR, QUE ENVIAM EMPULSOS
MOTORES PARA A REALIZAÇÃO DA SUCÇÃO.
▪ A PARTIR DOS RECEPTORES DE TATO DOS LÁBIOS E LÍNGUA, INTEGRAM-SE
REFLEXOS NA FORMAÇÃO RETICULAR, QUE VÃO CONTROLAR A RESPIRAÇÃO, A
SUCÇÃO, A DEGLUTIÇÃO, A POSTURA DE CABEÇA E PESCOÇO DURANTE A
AMAMENTAÇÃO.
▪ PARA UMA ADEQUADA SUCÇÃO, DEVE HAVER SINCRONIA DE MOVIMENTOS DOS
LÁBIOS, LINGUA, BOCHECHAS, MANDÍBULA, MAXILA, FARINGE/LARINGE, SENDO
QUE O BUCINADOR É BEM ATIVO
▪ AO MAMAR O BEBÊ MOVIMENTA A MANDÍBULA DORSALMENTE PARA FRENTE E
PARA TRÁS,VOLTANDO A POSIÇÃO INICIAL PARA OBTER O LEITE.
▪ COM A REPETIÇÃO DESSES MOVIMENTOS O BEBÊ ESTARÁ FAZENDO UM GRANDE
EXERCÍCIO, EXERCITANDO A MANDÍBULA E A MUSCULATURA OROFACIAL,
BOCHECHAS, LÁBIOS E LÍNGUA
▪ ESTE EXERCÍCIO É MUITO IMPORTANTE PARA O DESENVOLVIMENTO
CRANIOFACIAL
▪ NO ALEITAMENTO MATERNO O BEBÊ EXECUTA DE 2000 A 3500 MOVIMENTOS DE
MANDÍBULA EM 24H, ENQUANTO NA MAMADEIRA DIMINUI PARA 1500 A 2000.
https://www.youtube.com/watch?v=57XpotptRCI
&feature=youtu.be
“CONJUNTO DE FENOMENOS ESTOMATOGNÁTICOS QUE
VISA À DEGRADAÇÃO MECÂNICA DOS ALIMENTOS, ISTO
É, A TRITURAÇÃO E MOAGEM, TRANSFORMANDO-OS EM
PARTÍCULAS PEQUENAS” (MACHESAN,2005)

▪ É A FUNÇÃO MAIS IMPORTANTE DO S.E. E CORRESPONDE A FASE


INICIAL DO PROCESSO DIGESTIVO. TEM COMO OBJETIVO (1)
FRAGMENTAR ALIMENTOS E PREPARA-LOS PARA A DEGLUTIÇÃO;
(2) PROPORCIONAR O DESENVOLVIMENTO NORMAL DOS OSSOS
MAXILARES E (3) PROMOVER A MANUTENÇÃO DOS ARCOS
DENTÁRIOS.
▪ INCISÃO- APREENSÃO DO ALIMENTO OBTIDA ATRAVÉS
DA ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA EM PROTRUSÃO. A
LINGUA COORDENADAMENTE COM A BOCHECHAS,
POSICIONA O ALIMENTO ENTRE AS SUPERFÍCIES
OCLUSAIS DOS DENTES PRÉ-MOLARES E MOLARES
PREPARANDO PARA AS ETAPAS SEGUINTES.
▪ TRITURAÇÃO- TRANSFORMAÇÃO MECÂNICA DE PARTES
GRANDES DO ALIMENTO EM PARTES MENORES.
▪ PULVERIZAÇÃO- TRANSFORMA O ALIMENTO EM
ELEMENTOS TÃO REDUZIDOS, COM CONSISTÊNCIA
IDEAL PARA A DEGLUTIÇÃO.
▪ SUBDIVIDEM-SE EM ELEVADORES, DEPRESSORES E AXILARES

▪ MÚSCULOS ELEVADORES: SUA FUNÇÃO BASICAMENTE


É DE ELEVAR A MANDÍBULA, PORÉM TAMBÉM
PARTICIPAM DE OUTROS MOVIMENTOS
MANDIBULARES.
▪ MÚSCULO TEMPORAL: ELEVA A MANDÍBULA, CONTRAI
OS FEIXES ANTERIORES NA ABERTURA MAXIMA E OS
FEIXES POSTERIORES NA RETRAÇÃO MANDIBULAR,
AGE NO DESLOCAMENTO CONTRALATERAL. É
FUNDAMENTAL NA DETERMINAÇÃO DO TÔNUS
MUSCULAR DA POSIÇÃO POSTURAL DA MANDÍBULA.
▪ MÚSCULO MASSETER: ALÉM DE ELEVADOR ATUA NA
PROJEÇÃO ANTERIOR DA MANDÍBULA E
LATERALIZAÇÃO.
▪ MÚSCULO PTERIGOIDEO MEDIAL: PARALELO AO
MASSETER É TAMBÉM ELEVADOR E AGE EM
CONJUNTO COM O MASSETER NA PROTRUSÃO E NA
LATERALIZAÇÃO DA MANDÍBULA, COM BOCA
FECHADA.
▪ MÚSCULOS DEPRESSORES: SUA FUNÇÃO BÁSICA É
REBAIXAR A MANDÍBULA, MAS TAMBÉM PARTICIPAM DE
OUTROS MOVIMENTOS MANDIBULARES. A AÇÃO
CONJUNTA DO PTERIGOIDEO LATERAL E OS MÚSCULOS
SUPRA-HIÓIDEOS PROMOVEM O REBAIXAMENTTO DA
MANDÍBULA, ENQUANTO A MUSCULATURA INFRA-
HIÓIDEA ESTABILIZA O OSSO HIÓIDE.
▪ MÚSCULO PTERIGOIDEO LATERAL: ALÉM DA
DEPRESSÃO PROJETA A MANDÍBULA À FRENTE E ATUA
EM MOVIMENTOS LATERAIS. ESTABILIZA A ATM.
▪ MÚSCULO DIGÁSTRICO: FAZ PARTE DOS MÚSCULOS
SUPRA-HIOIDEOS. É BASICAMENTE DEPRESSOR COMO
TODOS OS MUSCULOS SUPRA-HIOIDEOS.
▪ MÚSCULO GENI-HIÓIDEO: DEPRESSOR. FACILITA A
DEGLUTIÇÃO.
▪ MÚSCULO MILO-HIÓIDEO: FAVORECE A DEGLUTIÇÃO,
PUXANDO O HIÓIDEO PARA CIMA, COMO FAZ O GENI-
HIÓIDEO. DEPRIME A MANDÍBULA.
▪ NÃO SÃO CONSIDERADOS PROPRIAMENTE MÚSCULOS DA
MASTIGAÇÃO, MAS PARTICIPAM ATIVAMENTE DAS FUNÇÕES
ESTOMATOGNÁTICAS. SÃO ELES:
▪ MÚSCULO ORBICULAR DOS LÁBIOS: PRODUZ FECHAMENTO E
PROJEÇÃO-IMPORTANTE NA SUCÇÃO.
▪ MÚSCULO BUCINADOR: PUXA A COMISSURA LABIAL E AS
BOCHECHAS- FUNDAMENTAL NA SUCÇÃO – NA MASTIGAÇÃO
EMPURRA O BOLO ALIMENTAR PARA A SUPERFÍCIE OCLUSAL.
▪ MÚSCULO ZIGOMÁTICO MAIOR: JUNTO COM ZIGOMÁTICO
MENOR LEVA A COMISSURA LABIAL PARA CIMA E PARA FORA
▪ MÚSCULO ZIGOMÁTICO MENOR: PUXA A COMISSURA LBIAL E O
LÁBIO SUPERIOR EM PARTICULAR PARA CIMA E PARA FORA.
▪ É UMA AÇÃO MUSCULAR AUTOMÁTICA NO QUAL ESTÃO ENVOLVIDOS
MUSCULOS DA RESPIRAÇÃO E DO TRATO GASTROINTESTINAL, OBJETIVANDO O
TRANSPORTE DO BOLO ALIMENTAR E LIMPEZA DO TRATO RESPIRATÓRIO.
▪ PARTICIPAM DA DEGLUTIÇÃO EM TORNO DE 30 MÚSCULOS E SEIS PARES DE
NERVOS CRANIANOS:
▪ V PAR: TRIGEMEO
▪ VII PAR: FACIAL
▪ IX PAR: GLOSSOFARÍNGEO
▪ X PAR:VAGO
▪ XI PAR: ACESSÓRIO
▪ XII PAR: HIPOGLOSSO
▪ LOGEMANN EM 1983, DIVIDIU EM 4 FASES: PREPARATÓRIA ORAL,
ORAL, FARINGEA E ESOFÁGICA
▪ PERLMAN, EM 1994, DIVIDIU-A EM 3 FASESNOVAMENTE: ORAL
(PREPARATÓRIA E TRANSPORTE); FARINGEA E ESOFÁGICA.
▪ MARCHESAN, DIVIDIU EM: FASE PREPARATÓRIA; ORAL; FARÍNGEA
E ESOFÁGICA
▪ SEGUNDO O TRATADO DE FONOAUDIOLOGIA: 1- FASE
ANTECIPATÓRIA; 2- FASE ORAL, DIVIDIDA: CAPTAÇÃO,
QUALIFICAÇÃO, PREPARO (INCISÃO, TRITURAÇÃO E
PULVERIZAÇÃO), POSICIONAMENTO E EJEÇÃO (NERVOS
CRANIANOS V;VII;IX E XII); 3- FASE FARINGEA (NERVOS
CRANIANOS V,IX,X,XI); 4- FASE ESOFÁGICA
momento em que preparamos o
alimento mordendo-o e mastigando-o
para que o mesmo possa ser
transformado em um bolo homogêneo,
facilitando a deglutição.
Características da fase I –
preparatória
▪ Fase voluntária da deglutição e que constituiria uma fase
intermediária entre o final da mastigação e o início da
deglutição.
▪ O alimento que está na boca é transformado em bolo
alimentar coeso, permanecendo na boca
momentaneamente, enquanto é preparado para o
transporte.
▪ Nesta fase a língua se prepara para a deglutição,
formando uma depressão na sua superfície.
▪ As bochechas e os lábios também colaboram para
impulsionar o bolo para a fase seguinte.
▪ A fase preparatória ocorre na deglutição alimentar,
quando há formação do bolo alimentar.
▪ Nesta fase o nervo trigêmeo, facial e hipoglosso
participam, comandando os músculos que vão atuar.
Após o alimento ter sido preparado, este será
posicionado sobre a língua que se acoplará ao
palato duro, iniciando um movimento ondulatório
de frente para trás para levar o bolo para o fundo da
boca. Quando o alimento sólido, ou líquido,
em conjunto com o dorso da língua, toca os pilares
anteriores, desencadeia-se o reflexo de deglutição Características da fase II – oral
propriamente dito. Este é acionado inicialmente
▪ Fase ainda voluntária e um pouco mais demorada que
pelo IX par que é o glossofaríngeo. a anterior e “é caracterizada pela propulsão intraoral
que determina um fluxo baixo de transporte sobre a
própria superfície da língua.”
▪ A sequência de movimentos que ocorre nesta fase é:
o ápice da língua é projetado para cima e para trás,
seguida da formação de uma concavidade que forma
uma espécie de colher, processo ondulatório da
parte posterior para a base da língua, com isso o bolo
alimentar é deslocado no sentido da faringe.
▪ É considerada “como a formação de um êmbolo
lingual que pressiona o bolo alimentar para trás,
formando-se um sistema de pistão propulsor do
bolo.”
▪ Esta fase é finalizada com a abertura do esfíncter
glossopalatino, que é determinado pelo aumento do
diâmetro posterior da boca por abaixamento da base
da língua e levantamento do véu palatino.
▪ Os nervos protagonistas desta fase são o trigêmeo e o
hipoglosso, sendo que o plexo faríngeo começa a
assumir um papel relevante.
durante a fase faringeana ocorre com o
deslocamento da laringe para cima e para frente
Características da fase III – faríngea pela contração combinada dos músculos supra-
hioídeos e elevadores faringeanos.
▪ Considera-se a fase faríngea a mais complexa da
deglutição, devido ao grande número de estruturas atuantes
e da necessária coordenação temporal entre as funções,
respiratória e digestória.
▪ É considerada involuntária, e tem início quando a resposta
de deglutição foi desencadeada e o bolo alimentar passa
pelo véu palatino elevado, pela epiglote e pela região
laringotraqueal protegida, atravessando o esfíncter
esofágico superior, trajeto que dura entre 0,7 a 1,0 segundo.
▪ De acordo com Corbin-Lewis, a passagem do bolo alimentar
pelos receptores sensoriais das fauces anteriores e da base
da língua, desencadeia esta terceira fase da deglutição.
▪ Consiste em: “fechamento velofaríngeo, inversão da
epiglote sobre a entrada da laringe, deslocamento anterior
e superior do complexo hiolaríngeo, fechamento das pregas
vocais verdadeiras e falsas, contração progressiva da
faringe e abertura do esfíncter esofágico (EES).”
▪ Toda essa sequência de movimentos, “consiste numa série
de eventos involuntários de proteção das vias aéreas e
propulsão do bolo alimentar.”
▪ Nessa fase ocorre apneia de aproximadamente um segundo,
facilitando assim, a passagem do bolo alimentar para o
esôfago e não para as vias respiratórias.
Características da fase IV – ou esofágica

▪ Esta fase é inconsciente, involuntária e mais lenta, demorando


por volta de seis segundos na deglutição de bolo alimentar e
mais rápida na deglutição de líquidos.
envolve contrações musculares que fazem a ▪ O bolo alimentar entra no esôfago após a abertura do músculo
propulsão do bolo através do esfíncter esofágico cricofaríngeo, e é levado ao estômago através dos movimentos
superior até o estômago. peristálticos de caráter descendente ou aboral reflexos, que
empurram o bolo alimentar do esôfago para o estômago.
▪ A faringe tem a forma de um tubo que vai da base do crânio,
atrás da cavidade nasal, até o esfíncter esofágico superior, na
verdade, não é um tubo completo, mas sim um semicírculo
fechado na parte de trás. É um órgão com grande
complacência, podendo adquirir graus variados de distensão
de acordo com a quantidade do bolo alimentar ingerido.
▪ Esse tubo formado pela faringe e pelas estruturas anteriores
não é liso e uniforme, mas é composto de dois recessos pelos
quais o bolo alimentar passa durante o percurso na faringe – as
valéculas e os seios piriformes. Inicialmente, o bolo alimentar
passa pelos espaços em “L” das valéculas, seguindo para os
seios piriformes, em seguida desloca-se por canais laterais da
laringofaringe.
▪ As valéculas localizam-se entre a base da língua e a epiglote.
Seguindo pelo tubo, mais abaixo, de cada lado da cartilagem
tireoide, estão os seios piriformes, eles se formam à medida
que as fibras do músculo constritor inferior se curvam para
alcançar a cartilagem tireoide anterior. Tanto as valéculas
como os seios piriformes são visíveis no exame de
videofluoroscopia, porém, difíceis de visualizar sem auxílio do
contraste de bário.
https://www.youtube.com/watch?v=HUAGCimpR00
▪ PACIENTE SEXO FEMININO, PREMATURO, 28 SEMANAS, NASCEU COM FISSURA
LABIOPALATINA. O MENOR ENCONTRA-SE EM ENCUBADORA E NÃO CONSEGUE
MAMAR NO SEIO DA MÃE. EXPLIQUE PORQUE NÃO CONSEGUE REALIZAR A
AMAMENTAÇÃO?
▪ QUAIS OS BENEFICIOS PARA O SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO DO BEBE
QUANDO É AMAMENTADO EXCLUSIVAMENTE PELO LEITE MATERNO?
▪ CITE E COMENTE AS FASES DA DEGLUTIÇÃO DESSE BEBÊ?
ITENS:
FONAÇÃO
DINÂMICA DA FONAÇÃO
COORDENAÇÃO
PNEUMOFONOARTICULATÓRIA
PRODUÇÃO VOCAL

Elaine Gemaque Paiva


Fonoaudiologa
▪ É O PROCESSO PELO QUAL UM ORGANISMO VIVO
TROCA OXIGÊNIO POR DÓXIDO DE CARBONO COM SEU
MEIO AMBIENTE
▪ ACONTECENDO CONVERSÃO DE LIGAÇÕES QUIMICAS
DE MOLÉCULAS RICAS EM ENERGIA QUE POSSA SER
USADA NOS PROCESSOS VITAIS
▪ OS ORGÃOS RESPONSÁVEIS POR ESSE PROCESSO SÃO:
FOSSAS NASAIS, FARINGE, LARINGE, TRAQUÉIA,
BRÔNQUIOS E ALVEOLOS PULMONARES.
NARIZ OU FOSSAS NASAIS FARINGE

▪ O AR AO CHEGAR NO NARIZ É : ▪ ORGÃO ATUANTE NO SISTEMA


▪ AQUECIDO DIGESTIVO E RESPIRATÓRIO
▪ HUMEDECIDO ▪ APRESENTA A CARTILAGEM
▪ FILTRADO EPIGLÓTICA QUE IMPEDE QUE O
ALIMENTO ATINJA AS VIAS
RESPIRATÓRIAS;
▪ SENDO O AR DIRECIONADO À
LARINGE
LARINGE TRAQUEIA

▪ DIRECIONA O AR AOS PULMÕES ▪ TUBO ELASTICO DE


APROXIMADAMENTE 12 CM
▪ ONDE ESTA LOCALIZADA AS
PREGAS VOCAIS ▪ CONSTITUÍDO POR ANEIS
CARTILAGINOSOS
▪ CONDUZ O AR DE DENTRO DO
TORAX ATE OS BRÔNQUIOS

BRÔNQUIOS:
SÃO FORMADOS POR DUAS RAMIFICAÇÕES DA TRAQUEIA QUE CHEGAM ATÉ OS
PULMÕES. ENTRAM NOS PULMÕES ONDE SOFREM VARIAS BIFURCAÇÕES SENDO
TRANSFORMADOS EM BRONQUÍOLOS
ALVÉOLOS PULMONARES PULMÃO

▪ FORMADOS POR CÉLULAS ▪ SÃO ÓRGÃOS ESPONJOSOS,


EPITELIAIS COM CARACTERÍSTICAS
▪ ENVOLVIDOS POR UMA CAMADA
ACHATADAS
DE TECIDO CHAMADO PLEURA
▪ SÃO PEQUENOS SACOS
▪ SÃO CONSTITUÍDOS POR
LOCALIZADOS NO FINAL DOS
MENORES BRONQUÍOLOS. BRONQUÍOLOS, ALVEOLOS E VASOS
SANGUÍNEOS
▪ SÃO RODEADOS DE VASOS
SANGUÍNEOS
▪ ONDE OCORRE A HEMATOSE
(TROCAS GASOSAS)
SISTEMA RESPIRATÓRIO

▪ NARIZ OU FOSSAS
NASAIS
▪ FARINGE
▪ LARINGE
▪ TRAQUEIA
▪ BRONQUIOS
▪ PULMÕES
▪ BRONQUIOLOS
▪ ALVEOLOS
▪ DIAFRÁGMA
▪A laringe é um órgão do
sistema respiratório, também
responsável pela fala (fonação).
Permite a passagem do ar entre
a faringe e a traqueia, mas
impede que alimentos entrem
nas vias aéreas.
▪ É composta por cartilagens,
membranas, músculos e
ligamentos que atuam em
conjunto na fonação. O
consumo excessivo de
substâncias irritantes (fumo e
álcool) e o uso inadequado
da voz pode levar à
inflamação da laringe, cujo
principal sintoma é a
rouquidão.
▪A laringe é um tubo cartilaginoso
irregular que une a faringe à traqueia. Sua
estrutura permite o fluxo constante de ar,
que está relacionado com suas funções de
respiração e fonação.
▪ Possui diversos músculos que juntamente
com as cartilagens são capazes de
produzir diferentes sons. A forma da
laringe muda nos homens e nas mulheres
e por isso possuem diferentes tons de voz.
▪ As cartilagens que constituem a laringe são:
▪ Cartilagem Tireóidea: é a maior das cartilagens que constitui a laringe. Nela há
uma proeminência popularmente chamada de pomo-de-adão. Protege as cordas
vocais.
▪ Cartilagem Cricoidea: é um anel formado de cartilagem hialina que fica na parte
inferior da laringe, ligando-a à traqueia.
▪ Cartilagens Aritenoideas: são pequenas cartilagens onde se fixam as cordas
vocais.
▪ Epiglote: é uma fina estrutura cartilaginosa, que fecha a comunicação da laringe
com a traqueia durante a deglutição, impedindo que o alimento entre nas vias
aéreas.
As cartilagens estão ligadas por tecido conjuntivo fibroso entre si por ligamentos e articulações, desse
modo as cartilagens podem deslizar, uma sobre a outra, realizando movimentos comandados pelos
músculos da laringe.
Os músculos do laringe são de três tipos:

Adutores - são os crico-aritenoideos e aritenoideo


transverso e oblíquo, eles aproximam as cordas vocais, ou
seja, fazem com que ela feche. São também chamados de
constritores da glote (esse é o nome da abertura entre as
pregas) e atuam principalmente na fonação.
ANATOMIA DA LARINGE
E PREGAS VOCAIS Abdutores - são os crico-aritenoideos posteriores, que
afastam as cordas vocais, abrindo-a. Também são
conhecidos como dilatadores da glote e participam da
respiração.

Tensores - são os tireo-aritenoideos e os crico-tireóideos,


que fazem a distensão das cordas vocais, sendo atuantes
na fonação.
▪ A laringe participa do
sistema respiratório e
além disso é o principal
órgão responsável pela
fonação.
▪ Na respiração, a
laringe recebe o ar
vindo da faringe
(também participa do
sistema digestório,
portanto transporta ar e
alimentos) e evita que
alimentos passem para
a traqueia, por meio da
epiglote, que se fecha
durante a deglutição.
O APARELHO FONADOR CONSTITUI-SE DE TRÊS SISTEMAS

SISTEMA ARTICULATÓRIO:
Constitui-se pela laringe e pelas
cavidades nasal e oral (língua, dentes,
lábios, palato e etc.)

SISTEMA RESPIRATÓRIO: SISTEMA FONATÓRIO:


Contitui-se pela traqueia, pulmões, Constitui-se pela laringe, incluindo
brônquios e diafragma. a glote e as pregas vocais
▪ APARELHO FONADOR:
▪ SISTEMA
ARTICULATÓRIO
▪ SISTEMA FONATÓRIO
▪ SISTEMA
RESPIRATÓRIO
▪A emissão de sons é uma
característica de diversos animais que
possuem respiração pulmonar.
▪ No ser humano, a fala é produzida
através da modulação do fluxo de ar
vindo dos pulmões. Esse ar encontra
as pregas vocais, fazendo-as vibrar e
assim produzindo pulsos sonoros.
▪ O som é amplificado pelos espaços
que existem na faringe e nas
cavidades nasal e oral, pois sem isso,
esse som não seria percebido.
▪ Além disso, os diferentes movimentos
realizados pelos músculos permitem
que diferentes sons sejam produzidos.
▪ As pregas vocais podem ficar em
outras posições, que não são usuais
▪ Nos sons surdos ou desvozeados, e na nossa língua, formando outros
na respiração em repouso, as pregas sons:
vocais estão separadas e a glote está • Quando as pregas vocais estão
aberta; juntas em toda a sua extensão, a glote
está fechada, porém, observa-se um
▪ Quando ocorre o movimento afastamento das aritenóides, com
contrário, ou seja, as pregas vocais isso forma uma pequena abertura na
encontram-se unidas e a glote está glote, resultante num som
fechada, o ar tem de forçar sua sussurrado.
passagem, fazendo-as vibrar, com
isso temos os sons sonoros ou ▪ Se a corrente de ar é interrompida
vozeados. bruscamente na glote pelo
fechamento por um período mais
longo das pregas vocais, temos um
som denominado oclusão glotal.
▪ Resume-se o processo fonatório por
diversos estados da glote e
consequentemente excitação acústica da
corrente de ar ao passar pelas pregas
vocais.
▪ Quando as pregas vocais continuam ▪ Afirmam também que o tamanho e a
abertas e não há vibração por um espessura das pregas vocais, juntamente
período mais prolongado após a soltura com o tamanho da língua, forma e altura do
palato, comprimento da distância entre a
da articulação da consoante, quando os laringe e os lábios, são responsáveis pela
órgãos já estão posicionados para a caracterização individual da voz, com isso,
produção do segmento seguinte, distingue o tipo de voz – infantil masculina e
formando sons aspirados. feminina.
• Quando ocorre a vibração das pregas
▪ A produção da voz é comparada a um
vocais, porém as aritenóides
instrumento musical (no caso um violão)
permanecem afastadas, pode ocorrer podemos observar a fonte do som (pregas
um escape extra de ar, formando o som vocais na laringe), a modificação e
murmurado. amplificação do som, nas caixas de
• Quando ocorre a vibração lenta dos ressonância e a propagação deste som,
ligamentos das pregas vocais, fazendo através dos movimentos dos articuladores.
com que o som produzido seja
tremulado.
A laringite é uma inflamação da laringe, que pode
ser causada por vírus, bactérias, fungos ou por
agentes químicos e físicos. Pode se apresentar na
forma aguda, de curta duração, ou crônica,
geralmente caracterizada por um período mais
longo de rouquidão, além dos outros sintomas.

A laringite aguda pode ser provocada por vírus,


bactérias ou fungos. A causa mais comum da
LARINGITE laringite crônica é o consumo excessivo de cigarro
e bebidas alcoólicas ou exposição a substâncias
irritantes (poluição, substâncias alergênicas).

Os sintomas são: rouquidão, dificuldade para


engolir ou respirar, tosse seca, falta de ar, dor e/ou
coceira na garganta e febre. O tratamento inclui
repouso, hidratação e ingestão de medicamentos
para controlar os sintomas.
▪ Pode-se classificar de acordo com o
predomínio da respiração, que pode
ser oral, nasal ou misto.
▪ As alterações inflamatórias ou
alérgicas como as afecções
rinológicas podem influenciar este
parâmetro (se o paciente estiver
nessas situações, o avaliador deve
encaminhá-lo para uma avaliação
otorrinolaringológica, ou caso ele já
tenha sido avaliado, devemos
avaliar esse item quando o processo
inflamatório estiver controlado).
▪ O tipo respiratório refere-se à
localização concentrada do fluxo
respiratório durante a expiração e a
inspiração.
▪ a) Média, mista ou torácica:
presença de expansão da região do
tórax com movimentação
intermitente da região
diafragmática. É a respiração
comum para a fala habitual, porém é
insuficiente para o uso da voz
profissional.

b) Inferior ou Abdominal: expansão


localizada do abdômem, sem a
participação dos músculos do
diafragma.

c) Superior ou Costodiafragmática:
equilíbrio da expansão harmônica
de toda a caixa torácica, sem
concentração da região inferior ou
superior.
▪ O Tempo Máximo Fonatório (TMF) é ▪ Sãoconsiderados valores dentro da
normalidade em torno de:
o tempo máximo que um indivíduo
pode sustentar uma fonação. Está
• Mínimo de 14 segundos para mulheres;
relacionado com o suporte aéreo e
a vibração glótica. • Mínimo de 20 segundos para homens;
Pede-se ao paciente que após uma
inspiração profunda emita de forma contínua
▪ O fonoaudiólogo deve solicitar que das vogais, uma de cada vez. Aconselha-se
que o sujeito realize cada prova vezes, pois
o sujeito de pé, relaxado, realize a ele pode ele estar ansioso ou nervoso nas
emissão de vogais(/a/ /i/ /u/): primeiras vezes. A emissão das vogais deve
ser em frequência e intensidades habituais.
▪ A coordenação pneumofonoarticulatória é a
relação harmônica das forças expiratórias, das
estruturas mioelásticas da laringe e musculares
da articulação. O equilíbrio dessas estruturas
garante ao ouvinte a sensação de estabilidade,
domínio e harmonia.
▪ No entanto, um desequilíbrio em um dos
aspectos, pode gerar a incoordenação
pneumofonoarticulatória.
▪ O predomínio no nível fônico sugere a
hipercontração da musculatura laríngea;
▪ O predomínio no nível inferior reflete o excesso
de ar na fonação e o no nível articulatório,
exagero na produção dos sons.
▪ Consiste em dosar a saída de ar na pronuncia de frases, palavras ou cânticos, de
acordo com a proposta de cada exercício vocal, fala ou texto.
▪ Tal fato busca o controle respiratório, muscular e articulatório no momento da
pronuncia da fala e/ou voz;
▪ Melhora oxigenação de um modo geral no corpo;
▪ Melhora o condicionamento pneumofonoarticulatório;
▪ Proporciona melhor clareza na fala e articulação da fala;
▪ Equilibra forças musculares vocais, buscando melhora de queixas e patologias
vocais (técnica muito usada na reabilitação do canto);
▪ Busca equilíbrio respiratório e sustentação diafragmática.
▪ Buscar artigo científico que fale sobre
coordenação pneumofonoarticulatoria em
qualquer patologia relacionada
▪ Fazer uma resenha crítica a respeito do artigo

▪ Enviar via e-mail até o dia 31/03/2020 para o


email: fga.elainegemaque@gmail.com;
▪ P.S.: FAVOR ENVIAR O ARTIGO EM ANEXO E
O NOME E MATRÍCULA DO ALUNO

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