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Heuller Bendia – MED 8

Tronco encefálico

➢ Formado pelo mesencéfalo, ponte e bulbo


➢ os 12 pares de nervos cranianos, 10 deles estão no tronco
encefálico (I – telencéfalo e II – diencéfalo)
➢ Tem intima relação com clivos, onde temos a artéria basilar (por
cima da ponte)
➢ Traumatismo cranianos em lobo temporal → coma rapidamente
→ lesa o trono pq lá tem formação reticular, que nos deixa
acordados
➢ Estruturas compostas por substância branca → tratos,
fascículos, lemniscos, fibras transversais, pedúnculo cerebelar.
➢ Estruturas compostas por substância cinzenta → os núcleos
dos nervos cranianos e a substância cinzenta do próprio tronco.
➢ Estruturas compostas por ambos → formação reticular.
 Limite Caudal = 1º filamento reticular à nível do forame
magno.
 Limite Ventral = diencéfalo

BULBO

• Não existe uma linha de demarcação nítida entre a medula e o bulbo. Considera-se que o limite
entre eles está em um plano horizontal que passa imediatamente acima do filamento radicular
mais cranial do 1º nervo cervical, ao nível do forame magno do osso occipital.
- Limite caudal: Primeira raiz cervical, ao nível odo forame magno
- Limite cranial: sulco bulbopontineo

Superfície Anterior e Lateral do Bulbo


1. Fissura Mediana Anterior
▪ É a continuação cranial da fissura mediana da medula espinhal. Ela separa, de cada lado, duas
eminências alongadas, as pirâmides bulbares.

2. Pirâmides Bulbares
▪ Formada por um feixe compactado de fibras nervosas descendentes (tratos corticoespinhais) que
ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula.

3. Decussação das Pirâmides


▪ Na parte caudal do bulbo; local onde a maioria das fibras da via corticoespinhal cruza o plano
mediano e continua o seu sentido descendente.
▪ É o ponto ocluído da fissura mediana anterior.

4. Sulco Lateral Anterior do Bulbo


• Emerge ventralmente a oliva. Deste sulco, que também se continua na medula espinhal, saem
diversas radículas que se unem e formam o Nervo Hipoglosso (XII).
5. Oliva
▪ Lateralmente às pirâmides, observa-se uma eminência oval, denominada oliva (formada por uma
grande massa de substância cinzenta, o núcleo olivar inferior, que está mais profundo).
▪ Localiza-se entre o sulco lateral anterior do bulbo e ao sulco lateral posterior do bulbo.
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6. sulco lateral posterior
• Emergem os filamentos radiculares, que se unem para formar os nervos glossofaríngeo (IX par) e
vago (X par), além dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório (XI
par) a qual se une com a raiz espinhal, proveniente da medula

Metade Caudal (Porção Fechada do Bulbo) → Face Dorsal


- É percorrida por um estreito canal, continuação direta do canal central da medula, que se abre para
formar o IV ventrículo, cujo assoalho é constituído pela metade rostral ou porção aberta do bulbo.
1. Sulco Mediano Posterior
▪ Está entre o fascículo grácil da direita e da esquerda.
▪ Este sulco termina a meia altura do bulbo, no óbex. em virtude do afastamento dos seus lábios,
que contribuem para a formação dos limites laterais do IV ventrículo.
▪ Nesse ponto (óbex), associa-se ao canal central do bulbo, que se continua com o canal central da
medula.

2. Sulco Lateral Posterior


▪ Continua com estrutura homônima na medula.
▪ Deste sulco emergem filamentos radiculares que formam alguns nervos cranianos:
N.Glossofaríngeo (IX); N.Vago (X) e a raiz craniana do N. Acessório (XI), a qual se une com a raiz
espinhal proveniente da medula.

3. Sulco Intermédio Posterior


▪ Lateralmente ao fascículo grácil, separando este do fascículo cuneiforme; estes fascículos são
constituídos por fibras nervosas ascendentes, que terminam em duas proeminências de massa
cinzenta na fossa romboide: núcleo grácil e do cuneiforme.

➢ Entre o sulco intermediando posterior e o sulco lateral posterior está situada a área posterior do
bulbo, continuação do funículo posterior da medula, dividido em fascículos grácil e cuneiforme,
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pelo sulco intermédio posterior. Esses fascículos são constituídos por fibras nervosas
ascendentes, provenientes da medula, que terminam em duas massas de substância cinzenta, os
núcleos grácil e cuneiforme, situados na parte mais cranial dos fascículos, onde determinam o
aparecimento dos tubérculos do núcleo grácil (medialmente) e do núcleo cuneiforme
(lateralmente) - onde está o corpo do 2º neurônio da via do funículo posterior da medula.

4. Tubérculo do N. Grácil e do N. Cuneiforme


▪ O tubérculo grácil, mais medial, e o tubérculo cuneiforme, mais lateral. Em virtude do IV ventrículo,
os tubérculos grácil e cuneiforme se afastam lateralmente como dois ramos de um “V” e
gradualmente continuando para cima com o pedúnculo cerebelar inferior (corpo restiforme).

5. Tubérculo Trigemial
▪ Proeminência longitudinal, lateral ao tubérculo cuneiforme; essa estrutura representa o trato
espinhal do N. Trigêmeo (V), no interior do bulbo.
▪ São fibras sensitivas descendentes, responsáveis pela sensibilidade geral da face.

6. Pedúnculo Cerebelar Inferior


▪ Quando há a formação do assoalho inferior do IV ventrículo, esses tubérculos se afastam do plano
mediano e se continuam superiormente como pedúnculo, penetrando o cerebelo.

Metade Rostral (Porção Aberta do Bulbo)


1. Trígono do Hipoglosso
▪ Mais medial.
▪ Projeções superficiais do núcleo do N. Hipoglosso (XII)

2. Trígono do Vago
▪ Mais lateral.
▪ Projeções superficiais do N. do Vago (X).

3. Área Postrema
▪ Região triangular mais caudal da porção aberta do bulbo relacionada com o reflexo do vômito.
▪ Formada, também, por neurônios da formação reticular.
▪ Sua posição adjacente aos núcleos bilaterais do trato solitário e seu papel como transdutor
sensorial permitem integrar funções autonômicas entre o sangue e o cérebro. Esses papeis da
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área postrema incluem a detecção de hormônios circulantes envolvidos no controle do vômito,
sede, fome e pressão arterial.
Limites da oliva
Sulco lateral anterior – radículas que formas o N XII (hipoglosso)
Posterior – raiz que formal glossofaríngeo, vago e raiz cranial do acessório

Limite cranial do Bulbo – sulco bulbo pontíneo


- Medial: Entre a pirâmide e a ponte temos o nervo abducente
- Extremo Lateral: Nervo vestíbulo coclear (VIII)
- Entre o abducente e o troclear: Nervo facial

Resumindo......
Temos o nervo hipoglosso, saindo no bulbo eu temos nervo glossofaríngeo, vago e acessório, e no sulco
bulbopontineo eu vou ter o nervo abducente, facial e o vestibulococlear. Esses nervos vão estar
localizados basicamente e principalmente na ponte. O hipoglosso, glossofaríngeo, vago e acessório tem
seus núcleos localizados basicamente na região do bulbo.

Substância Cinzenta do Bulbo: Nervos Cranianos e Núcleos do Bulbo


1. Núcleo Ambíguo (motor)
▪ Musculatura estriada da laringe e da faringe (voluntária).
▪ Dele saem fibras do IX, X e XI pares de nervos cranianos.

2. Núcleo do Hipoglosso (motor)


▪ Onde surgem fibras eferentes somáticas para a musculatura da língua por meio do N. Hipoglosso
(XII). Situa-se profundamente ao trígono de mesmo nome, no assoalho do IV ventrículo.
▪ Origina fibras que se dirigem ventralmente, cruzam as fibras arqueadas internas e emergem na
face anterior do bulbo (bem no sulco lateral anterior), formando o N. Hipoglosso.

3. Núcleo Dorsal do Vago (motor)


▪ Pertencente ao parassimpático (coluna eferente visceral geral). Nele estão situados neurônios pré-
ganglionares cujos axônios saem pelo N. Vago (X).
▪ Situa-se profundamente ao trígono vagal, no assoalho do IV ventrículo.
▪ formado por uma associação de diversas fibras que vem dos núcleos ambíguo, dorsal do vago e
solitário
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4. Núcleo Salivatório
Inferior
▪ Origina fibras pré-ganglionares
que emergem pelo N.
Glossofaríngeo (IX) para
inervação da glândula parótida.
▪ Inerva, também, o gânglio ótico
por meio no nervo petroso menor.

5. Núcleo do Trato
Solitário (sensitivo)
▪ Recebe fibras aferentes
viscerais gerais e especiais que
entram pelo VII, IX e X pares
cranianos, todos responsáveis
pela inervação da língua (núcleo
gustatório).
▪ VII → 2/3 anteriores da língua.
▪ IX → 1/3 posterior da língua.
▪ X → região da epiglote. A parte
inferior recebe aferentes viscerais
do N. Vago (trato gastrointestinal,
pulmonar e aferentes do seio
carótico).

6. Núcleos Vestibulares (sensitivo)


▪ Recebem fibras que penetram pela porção vestibular do VIII par, estando relacionado ao equilíbrio

7. Núcleos Grácil e Cuneiforme


▪ Recebem as fibras aferentes dos fascículos grácil e cuneiforme e dão origem às fibras arqueadas
internas, que cruzam o plano mediano para formar o lemnisco medial.
▪ 2º neurônio da via de sensibilidade do funículo posterior

8. Núcleo Olivar Inferior


▪ Recebe fibras do córtex cerebral, da medula e do núcleo rubro (mesencéfalo). Liga-se ao cerebelo
pelas fibras olivocerebelares, que cruzam o plano mediano, penetram o cerebelo pelo pedúnculo
cerebelar.
▪ Recebe fibras do córtex cerebral, núcleo rubro, medula espinhas. Envia informações para o
cerebelo pelo pedúnculo cerebelar
➢ Lemnisco espinhal: vem subindo debaixo da medula espinhal, chegou no bulbo passou a ser
chamado de leminisco espinhal

Substância Branca do Bulbo


Fibras Transversais (Arqueadas)
1. Fibras Arqueadas Internas
▪ Algumas são constituídas pelos axônios dos neurônios dos núcleos gráceis e cuneiformes no
trajeto entre esses núcleos e o lemnisco medial (via ascendente).

2. Fibras Arqueadas Externas


▪ Têm trajeto próximo à superfície do bulbo e penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior.
Em grande maioria, leva ao cerebelo impulsos inconscientes do pescoço e dos membros
superiores.
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✓ Fascículo longitudinal medial – tanto no ponto bulbo e mesencéfalo esse fascículo é um feixe
de fibras que recebe informações dos núcleos vestibulares e faz uma conecção com os músculos
que movimento os olhos com os do equilíbrio
- Comunicam o II IV e VI - Permite virar a cabeça e o olho fica parado

Correlações Clínicas!!!
1. Lesão da Base do Bulbo
▪ Lesões nessa região normalmente acometem a pirâmide e o nervo hipoglosso.
▪ A lesão da pirâmide compromete, principalemente, o trato corticoespinhal ecomo este se cruza
abaixo do nível da lesão, ocorre hemiparesia do lado oposto ao lesado.
▪ Quando a lesão se estende mais dorsalmente, atingindo os demais tratos descendentes que
transitam nas pirâmides, temos um quadro de hemiplegia contralateral.
▪ A lesão do hipoglosso causa paralisia dos músculos da metade da língua situada do lado lesado,
que no caso se manifesta por hipertrofias destes músculos. Como a musculatura de uma das
metades da língua está paralisada, quando o paciente faz protusão da língua, a musculatura normal
desvia a língua para o lado lesado (paralisia ipsilateral).

2. Síndrome Bulbar Medial (de Dejerine)


▪ A parte medial do bulbo é suprida pela artéria vertebral. A trombose do ramo bulbar produz os
seguintes sinais e sintomas: hemiparesia contralateral (acometimento do trato piramidal),
comprometimento sensorial contralateral da posição do movimento e da discriminação tátil
(acometimento do lemnisco medial) e paralisia ipsilateral dos músculos da língua (com desvio para
o lado paralisado quando a língua é estendida) por lesão do nervo hipoglosso.
3. Síndrome da Artéria Cerebelar Inferior Posterior/da PICA (Síndrome de Wallemberg)
▪ A artéria cerebelar inferior posterior, ramo mais superior da A. Vertebral, irriga a parte dorsolateral
do bulbo. Lesões desta região geralmente ocorrem por trombose desta artéria. As principais
estruturas lesadas com os respectivos sintomas são:
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✓ Lesão do pedúnculo cerebelar inferior: falta de coordenação de
movimentos na metade do corpo situada do lado da lesão.
✓ Lesão do trato espinhal do trigêmeo e o seu núcleo: perda da
sensibilidade térmica e dolorosa na metade da face situada do lado da
lesão.
✓ Lesão do trato espinotalâmico lateral: perda da sensibilidade térmica
e dolorosa na metade situada do lado oposto da lesão.
✓ Lesão do núcleo ambíguo: perturbações da deglutição e da fonação
por paralisia dos músculos da faringe e da laringe.
✓ Lesões das vias descendentes que do hipotálamo dirigem-se aos
neurônios pré-ganglionares relacionados com a inervação da pupila:
síndrome de Horner (ptose palpebral, miose, vasodilatação e anidrose ou
deficiência de sudorese na face).

PONTE
➢ Entre mesencéfalo e bulbo
➢ Forma a via corticopontecerebelar
➢ Faz o intermédio entre as fibras do córtex e as
fibras que vão para o cerebelo
➢ Braço da ponte → faz comunicação com o
chamado pedúnculo cerebelar médio → ponte /
cerebelo
➢ Emerge o Trigêmeo V na emergência entre a
transição entre o braço e o pedúnculo
➢ Sulco basilar – aloja a artéria basilar
Limite superior – ponto mesencefálico – mesencéfalo
Limite inferior – sulco bulbopontino

Parte Ventral (Base)

• Do sulco bulbopontino, emergem de cada lado, a partir da linha mediana, o VI abducente (entre a
ponte e a pirâmide do bulbo), o VII facial (emerge medialmente ao VIII par) e o VIII vestibulococlear
(emerge próximo a um pequeno lóbulo do cerebelo, floculo) pares cranianos.
• Quem compõem as fibras longitudinais da face ventral da ponte são: trato corticoespinhal; trato
corticonuclear e trato corticopontino (formam a via corticopontocerebelar → que envia ao cerebelo
informações do plano motor elaborado no telencéfalo/pertencem às fibras transversais).

Cerebelo tem 3 conexões com o tronco

• Pedúnculo cerebelar superior → comunicação entre cerebelo e bulbo


• Pedúnculo cerebelar médio → comunicação entre cerebelo e ponte
Pedúnculo cerebelar inferior → conexão do cerebelo com mesencéfalo
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➔ Porção aberta do bulbo forma o


pedúnculo cerebelar infeiror
➔ Braço da ponte forma o pedunculo
cerebelar médio
➔ Vindo do mesencéfalo temos o
pedúnculo cerebelar superior

Parte Dorsal (Tegmento da Ponte)


1. Núcleo do Nervo Facial
▪ Emergem fibras em direção posterior, em direção ao assoalho do IV ventrículo. A seguir essas
fibras se curvam em direção cranial sobre a superfície dorsal do N. Abducente (formando o joelho
interno do N. Facial).
▪ Colículo facial → pequena elevação caudal à eminência facial. Esta estrutura não é causada pela
presença de um núcleo motor do nervo facial subjacente, mas sim pelo núcleo abducente. No
entanto, recebe este nome, porque as fibras do facial contornam o núcleo abducente neste local,
no seu caminho de saída do tronco cerebral.
▪ Após contornar o núcleo do abducente, as fibras do nervo facial tomam direção ventrolateral e
ligeiramente caudal para emergir no sulco bulbopontino.
▪ Com isso, constitui-se, ao nível do colículo facial no IV ventrículo, uma relação importante das
fibras do nervo facial com o núcleo do nervo abducente.

2. Núcleo do Nervo Abducente


▪ É superior, medial e posterior ao núcleo do nervo facial.
▪ Está profundamente localizado no colículo facial. Desse núcleo saem fibras com função eferente
somática.

3. Núcleo Salivatório Superior e Núcleo Lacrimal


▪ O N. Intermédio, que é a raiz sensitiva e visceral do VII par, o qual é responsável por inervar as
glândulas sublingual, submandibular e lacrimal.
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4. Núcleos do Nervo Trigêmeo
▪ Na ponte, o nervo trigêmeo tem o núcleo sensitivo principal (ponte), o núcleo do trato mesencefálico
(mesencéfalo) e o núcleo motor.
▪ Em uma secção da ponte bem ao nível da entrada no nervo trigêmeo, vê-se medialmente, o núcleo
motor e, lateralmente, o núcleo sensitivo principal (que é uma continuação cranianal e dilatada do
núcleo do trato espinhal).
▪ A partir do núcleo principal, estende-se cranialmente em direção ao mesencéfalo o núcleo do trato
mesencefálico do trigêmeo acompanhado pelas fibras do trato mesencefálico do trigêmeo.
▪ O núcleo motor origina fibras para os músculos da mastigação por meio de seu componente
mandibular (V3).
▪ Os demais núcleos recebem impulsos relacionados com a sensibilidade somática geral de grande
parte da cabeça.

➢ Complexo do trigêmeo
Tem fibras distribuídas e que passam pelo
Mesencéfalo ponte e bulbo
- Núcleo mesencefálico – mesencéfalo
- Núcleo sensitivo principal – ponte
- Núcleo espinhal do trigêmeo – bulbo –
continua na medula com a subs gelatinosa
da medula
- Núcleo motor do trigêmeo – medialmente
ao sensitivo – MM da mastigação
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5. Núcleos do Nervo Vestíbulo-Coclear
▪ Núcleos Cocleares (relacionado com audição), corpo trapezoide e lemnisco lateral.
▪ VIA DA AUDIÇÃO

➢ 1º neurônio: gânglio sensitivo. 2º Neurônio: núcleo dorsal. 3º neurônio: núcleo olivar inferior. 4º
neurônio: corpo genicular e o 5º neurônio situa-se no giro do córtex

• Temos receptores que estão localizados na cóclea. Na cóclea os neurônios vão em direção ao
núcleo dorsal e ao núcleo ventral coclear, essas fibras chegam nesse núcleo dorsal e núcleo
ventral do nervo coclear e algumas seguem em direção do mesmo lado e algumas fibras cruzam
para o lado contralateral.
• O córtex auditivo está localizado no giro temporal transverso anterior, o córtex primário da audição.
Toda informação que eu tenho que vem de uma cóclea parte dessa informação vai para um córtex
e parte dessa informação cruza e vai para o córtex contralateral.
• O local de cruzamento das fibras da via coclear é o corpo trapezóide.
• Se tivermos uma lesão na cóclea eu perco a audição daquele ouvido, se eu tiver uma lesão no
nervo vestibulococlear eu perco a audição daquele ouvido, mas se eu tiver uma lesão no colículo
inferior ou se eu tiver uma lesão no córtex eu perco metade da audição porque a outra metade
cruzou para o outro lado.
• As informações que veem da cóclea vão em direçao ao colículo inferior e do colículo inferior
através do braço do colículo inferior essas informações vão até o corpo geniculado medial e do
corpo geniculado medial as informações irão até o córtex primitivo auditivo ou córtex primário
auditivo.
➔ Resumindo........
Então as fibras veem da cóclea passam pelos núcleos dorsais e ventrais cocleares, parte dessas
fibras vão para o lado oposto, o cruzamento tem um nome chamado corpo trapezóide, e essas
fibras vão em direção ao colículo inferior, do colículo inferior através do corpo geniculado medial
a informação chega até o córtex do giro temporal transverso anterior.
Ao lado do leminiscomedial tem o corpo trapezóide, é o local que as fibras vieram e cruzaram para
o lado contralateral.
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▪ Núcleos Vestibulares e suas conexões.
• Localizam-se no assoalho do IV ventrículo, onde ocupam a área vestibular.
• São em número quatro (núcleos vestibulares lateral, medial, superior e inferior).
• Na ponte vai ficar o núcleo vestibular superior e o núcleo vestibular lateral.
• No bulbo vai ficar o núcleo vestibular inferior e o núcleo vestibular medial.
• Eles recebem impulsos nervosos originados na parte vestibular do ouvido interno e que
informam sobre a posição e os movimentos da cabeça. Estes impulsos passam pelos
neurônios sensitivos do gânglio vestibular e chegam aos núcleos vestibulares pelos
prolongamentos centrais desses neurônios, que em conjunto, formam a parte vestibular do
nervo vestíbulo-coclear.
• Chegam ainda aos núcleos vestibulares fibras provenientes do cerebelo relacionadas com a
manutenção do equilíbrio.
• Além disso, os núcleos vestibulares fazem comunicações importantes com o fascículo
longitudinal medial que vai fazer anastomoses com os núcleos dos nervos craniamso
relacionados com a visão (III, IV VI) permite ter posição de olho e posição de cabeça
• Manda fibras para cerebelo – equilíbrio – região nódulo e floculo
• Manda fibras para a medula para o trato vestibuloespinhal – equilíbrio

Base da ponte
- Temos fibras do trato corticoespinhal e corticonuclear que descem passando pela ponte, e ainda tem
em direção do bulbo passando pela pirâmide e parte delas vão cruzar.
➢ Núcleos cortico pontíneo → vem do encéfalo, recebem informações do córtex fazem anastomose
com o pontíneo e seguem em direção ao cerebelo por fibras transversais pelo braço da ponte e
pedúnculo cerebelar médio – via corticopontocerebelar
➢ Vias corticonulceares - passam pela ponte em direção ao bulbo fazendo em conecção com o
núcelo do bulbo
➢ Vias piramidais passam pela ponte em direção a medula – trato corticoespinhal lateral e anterior
➢ Vias extraespinhais – nucleo rubro espinhal
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Correlações Clínicas!!!
1. Lesão da Base da Ponte (Síndrome de Millard-Gubler)
▪ Uma lesão da base da ponte acomete, principalemente, o trato corticoespinhal e as fibras do nervo
abducente. A lesão do trato corticoespinhal resulta em hemiparesia do lado oposto ao lesado. A
lesão do nervo abducente causa paralisia do músculo reto lateral do mesmo lado da lesão, o que
impede o movimento do olho em direção lateral (abdução do olho), caracterizando um estrabismo
convergente (desvio do bulbo ocular em direção medial).
▪ É por este motivo que o indivíduo vê duas imagens (diploplia).

2. Lesão da ponte em nível da emergência do N. Trigêmeo


▪ Lesões da base da ponte podem comprometer o trato corticoespinhal e as fibras do nervo trigêmeo.
Além da hemiplegia do lado oposto (com síndrome do neurônio motor superior) devido à lesão do
tracto córtico-espinhal, os sinais da lesão do N. trigêmeo incluem as seguintes causas motoras e
sensitivas:
✓ Perturbações motoras: lesão do componente motor do trigêmeo causa paralisia da
musculatura mastigatória do lado da lesão. Por ação dos músculos pterigoideos do lado normal,
ocorre desvio da mandíbula para o lado paralisado;
✓ Perturbações sensitivas: ocorre anestesia da face do mesmo lado da lesão, no território
correspondente aos três ramos do trigêmeo.

Quarto ventrículo

• formado pela porção aberta do bulbo e o dorso da ponte (que forma o assoalho do quarto
ventrículo)
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o Localização: é uma cavidade localizada posteriormente à ponte, à metade superior do bulbo e


anteriormente ao cerebelo. Ele é contínuo com aqueduto cerebral acima e o canal central da medula
espinhal na metade de superior do bulbo. E cranialmente com o aqueduto cerebral (do mesencéfalo),
cavidade por meio da qual o IV ventrículo se comunica com o III e recebe o líquor lá produzido para
somá-lo ao seu.

Assoalho do IV ventrículo ou Fossa Romboide


Porção inferior: trígono do hipoglosso, trígono do vago e a área postrema
No assoalho tem suco mediano → aqueduto mesencéfalo
Em cada lado do sulco temos eminências mediais → contem uma dilatação que se chama Colículo facial
Inferiormente ao Colículo temos o núcleo do nervo abducente
Sulco limitante que separa a eminencia medial da área vestibular → divide uma porção motora, que é
medial, de uma sensitiva, que é lateral.
Na parte mais caudal da eminência medial, observa-se uma pequena área triangular de ápice inferior, o
trígono do N. do Hipoglosso. Lateralmente, há outra área triangular ligeiramente acinzentada, o trígono
do N. Vago.
Área vestibular → núcleos que vão fazer o complexo vestíbulo coclear
Porção superior área vestibular → locus ceruleus → formação reticular → sono REM

Teto do IV Ventrículo
Formando a borda superior e lateral do quarto ventrículo, temos os pedúnculos cerebelares superior,
médio e inferior
Superiormente ao quarto ventrículo temos o cerebelo e o véu medular superior → tampam o quarto
ventrículo (teto do quarto ventrículo)
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MESENCÉFALO

Percorrida pelo aqueduto que o divide em teto e pedúnculo cerebral


Comunica-se com o cerebelo pedúnculo cerebelar superior, e comunica-se também com o diencéfalo.
Perfurado pelo canal, o aqueduto do mesencéfalo → comunica o quarto ventrículo com o terceiro
ventrículo, e permite o fluxo unidirecional do liquor do terceiro ao quarto ventrículo.
Posteriormente ao aqueduto temos o teto do mesencéfalo
Anteriormente ao teto → pedúnculo cerebral
Pedúnculo cerebral → Substância negra – dopamina – Parkinson – divide o pedúnculo em tegumento e
base
Tegumento → núcleos do mesencéfalo
Base → passando as fibras descendentes do trato corticoespinhal anterior e lateral que vão continuar na
ponte, decussarão nas pirâmides.
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Resumindo...
-- Temos o pedúnculo cerebral que é dividido pela substância negra numa porção anterior que é a base,
e numa porção posterior que é o tegumento. Essa substância negra é rica em neurônios dopaminérgicos
e esses neurônios vão estar relacionados com o circuito de coordenação motora – esse circuito que
quando doente vai causar a chamada doença de Parkinson. Nessa região que é a região do tegumento
a gente vai ter ali alguns núcleos importantes, como o núcleo rubro vai formar depois a via do trato
corticorubroespinhal ou trato rubroespinhal, aqui a gente vai ter núcleos que vão formar o núcleo do
oculomotor, e vai ter núcleos que vão formar a porção parassimpática do nervo oculomotor que é
chamado núcleo de Edinger-Westphal (acho que é isso).
-- O núcleo rubro faz conexão com o encéfalo, com o cérebro, cerebelo, núcleos olivares da oliva lá no
bulbo, e faz conexões com a medula espinhal. trato corticorubroespinhal ou trato rubroespinhal. Faz parte
da via motora

1. Colículos Superiores (Visão)


▪ Fibras oriundas da retina, que atingem o corpo geniculado lateral por meio do trato óptico e por fim,
por meio do braço do colículo superior, chegam impulsos do colículo superior.
▪ Fibras oriundas do córtex occipital, quechegam ao colículo pela radiação óptica e o braço do
colículo superior.
▪ Fibras que formam o trato tetoespinhal e terminam fazendo sinapse com neurônios motores da
medula cervical.

2. Colículos Inferiores (Audição)


▪ Constituído por uma massa bem delimitada de substância cinzenta, o núcleo do colículo inferior.
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▪ Este núcleo recebe fibras auditivas dos núcleos cocleares que sobre pelo lemnisco lateral e manda
fibras ao corpo geniculado medial por meio do braço do colículo inferior.

OBS!!! Diferença entre os lemniscos


▪ - Lemnisco Lateral: fibras que levam impulsos de núcleos cocleares da ponte ao colículo inferior.
▪ - Lemnisco Medial: formado a partir das fibras arqueadas internas que derivam dos núcleos grácil
e cuneiforme, ainda no bulbo.

Comunicação do colículo superior com o corpo geniculado lateral e eu tenho uma comunicação do colículo
inferior com o corpo geniculado medial.
a via auditiva ela vai até o corpo geniculado medial através do colículo inferior e a via óptica ela continua
até o córtex óptico do córtex occipital através das fibras que vão passar no colículo superior. Em toda
essa região vão estar passando leminiscos, a gente lembra do leminisco medial que vem do fascículo
grácil cuneiforme, a gente lembra do leminisco espinhal que vem do trato espinotalâmico lateral, e a gente
vai ter mais dois leminiscos que a gente vai falar daqui a pouco que é o leminisco lateral e o leminisco
trigeminal

O leminisco lateral vai estar relacionado com a audição e o leminisco trigeminal vai estar relacionado
com a sensibilidade da face, é como se fosse o trato espinotalâmico que pegue a face.

Pedúnculo Cerebral
1. Sistema Cinzenta Homóloga (Núcleos dos Nervos Cranianos)
1.1. Núcleo do N. Troclear
✓ Localiza-se a nível dos colículos inferiores, imediatamente anterior à substância cinzenta
central do mesencéfalo e caudal ao núcleo oculomotor.
✓ Realizam inervação somática eferente do músculo oblíquo superior.
✓ Suas fibras são as ÚNICAS que cruzam o encéfalo.
✓ Trata-se do único nervo cujas fibras decussam antes de emergirem do SNC.

1.2. Núcleo do N. Oculomotor


✓ Localiza-se ao nível do colículo superior, logo à frente da substância cinzenta central.
✓ Responsável pela inervação dos músculos reto superior, reto inferior, reto medial, oblíquo
inferior e músculo levantador da pálpebra.
✓ A parte somática é composta de vários subnúcleos, cada um dos quais destina fibras motoras
aos músculos relacionados. Essas fibras emergem na fossa interpeduncular (no sulco medial
do pedúnculo cerebral), constituindo o nervo oculomotor.
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✓ A parte visceral do complexo oculomotor é chamado de núcleo acessório ou núcleo de
Edinger-Westphal. Esse núcleo contém neurônios pré-ganglionares cujas fibras fazem no
gânglio ciliar e que estão relacionadas com a inervação do músculo ciliar e esfíncter da pupila,
pertencendo, então, ao SN parassimpático.

2. Substância Cinzenta Própria


2.1. Núcleo Rubro
✓ Possui coloração com tonalidade ligeiramente rósea.
✓ É componente do sistema motor extrapiramidal e recebe fibras motoras do córtex, de núcleos
da base e de fibras cerebelares que chegam ao mesencéfalo pelo pedúnculo cerebelar
superior, formando o trato rubroespinhal (inervação da musculatura distal, realizando
movimentos finos e delicados).

2.2. Substância Negra


✓ Situada entre o tegmento e a base do pedúnculo cerebral, a subtância negra é um núcleo
compacto formado por neurônios que apresentam a peculiaridade de conter inclusões de
melanina.
✓ Uma característica importante da maioria dos neurônios da substância negra é que eles
utilizam como neurotransmissor a dopamina, ou seja, são neurônios dopaminérgicos.
✓ A substância negra faz conexões com o corpo estriado por meio das fibras nigroestriatais e
estriatonigrais, sendo as primeiras dopaminérgicas.

Correlações Clínicas!!!
1. Lesões da base do pedúnculo cerebral (Síndrome de Weber)
▪ Uma lesão da base do pedúnculo cerebral geralmente compromete o trato corticoespinhal e as
fibras do nervo oculomotor.
▪ Esta síndrome acontece por uma lesão no mesencéfalo, que lesa o núcleo do nervo oculomotor
(III) e a via piramidal, ocasionando paralisia do III par (ptose palpebral, diplopia e desvio externo
do olho) homolateral e hemiparesia/hemiplegia contralateral (uma vez que as fibras ainda não
decussaram), respetivamente.
• Impossibilidade de mover o bulbo ocular para cima, para baixo ou em direção medial por
paralisia dos músculos extrínsecos do olho.
• Desvio do bulbo ocular em direção lateral (estrabismo divergente), por ação do músculo reto
lateral não contrabalanceada pelo reto medial.
• Ptose palpebral, decorrente da paralisia do músculo levantador da pálpebra.
• Dilatação da pupila (midríase) por ação do músculo dilatador da pupila.

2. Lesão do Tegmento do Mesencéfalo (Síndrome de Benedikt)


▪ Uma lesão no tegmento pode facilmente acometer o nervo oculomotor, o núcleo rubro e os
lemniscos medial, espinhal e trigeminal, resultando nos sintomas descritos a seguir:
• Lesão do oculomotor: estrabismo divergente/oftalmoplegia.
• Lesão dos lemniscos: anestesia da metade oposta do corpo, inclusive da cabeça (lemnisco
trigeminal).
• Lesão do núcleo rubro: tremor rubral e movimentos anormais do lado oposto à lesão.

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