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cultivo indoor
Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Apresentação
Seja bem-vindo ao Guia de Cultivo Indoor de
Cannabis da leds indoor. Ele foi cuidadosamente
elaborado para fornecer um resumo abrangente
das informações fundamentais necessárias para
o cultivo de cannabis.
Vamos explorar a anatomia fascinante da
planta de cannabis, entender os equipamentos
essenciais para cultivo, conhecer as diferentes
fases da planta, aprender os procedimentos para
garantir um crescimento saudável e muito mais.
Além de ainda trazermos um passo a passo de
como entrar com um pedido de habeas corpus
para cultivo medicinal.
Prepare-se para embarcar conosco numa
jornada verde! Boa leitura.
© 2024 Leds indoor - Pesquisado e escrito por Alex Chagas. Todos os direitos reservados.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Sumário
1. Anatomia da cannabis pág 04

2. Espaço e equipamentos necessários pág 05

3. Sementes ou clones? pág 07

4. Preparando o solo pág 09

5. Fases e procedimentos pág 11

6. Iluminação e fotoperíodo da planta pág 18

7. Temperatura e umidade pág 23

8. Rega, fertilizantes e pH pág 25

9. Colheita, secagem e cura pág 28

10. Passo a passo para Habeas Corpus pág 33

11. Universo leds indoor pág 35

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

1. Anatomia da Cannabis
Antes de aprender qualquer coisa relacionada ao seu
cultivo, é importante conhecer um pouco da estrutura
da planta. Assim, conforme ela cresce, fica mais fácil
de acompanhar seu desenvolvimento.

Caule

Raízes

Tricomas

A. Planta macho / B. Planta fêmea / 1. Flor masculina / 2, 3. Anteras de flores masculinas


/ 4. Grãos de pólen / 5. Flor feminina (cálice com dois pistilhos) / 6. Flor feminina com
cálice removido / 7. Secção transversal do ovário após polinização / 8. Sementes maduras
(aquênio) com cálice / 9, 10. Sementes maduras (aquênios) / 11, 12. Vistas transversais das
sementes (aquênios) / 13. Sementes (aquênios) com o tegumento removido.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

2. Espaço e equipamentos necessários


A primeira coisa que você deve pensar quando surgir
a ideia de plantar sua própria maconha é no espaço
que destinará para o cultivo, a partir dele você definirá
o tamanho da estufa e providenciará o restante dos
equipamentos.

Vamos de checklist?
Para possuir um cultivo completo ideal, você precisará
providenciar os seguintes itens:

1. Estufa / 2. Painel de LED / 3. Vaso de feltro / 4. Ventilador / 5. Duto flexível / 6. Filtro de carvão
/ 7. Exaustor (entrada e saída de ar) / 8. Termo higrômetro / 9. Hanger (suporte para painel)

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Para facilitar, elaboramos duas tabelas com base no


tamanho das estufas da leds indoor.

Na tabela 01 você pode conferir os modelos corretos de painel de LED para cada tamanho
de estufa. E na sequência, na tabela 02, ter uma noção de quantos vasos cabem em cada
modelo de acordo com litragens diferentes.

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Lembrando que os valores das tabelas consideram


o máximo possível em cada ambiente, buscando
fornecer um norte para o cultivador quando o assunto
for conjunto de estufa e painel ou quantidade de vasos.

3. Sementes e clones
Providenciados os equipamentos é hora de começar!
Nessa etapa você deve definir se utilizará sementes ou
clones, toda vez que for iniciar um cultivo novamente
do zero existe essa possibilidade.
Tanto as sementes como os clones permitem que
a planta se desenvolva normalmente, podendo o
grower induzir as mudanças de estado (vegetativo e
floração) sem dificuldades. O que vale pontuarmos
aqui é que ambos são sensíveis, exigem um cuidado
especial até que cresçam e precisam de uma umidade
relativamente alta (entre 70% e 80%) nesse início.

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Sementes: Escolhê-las traz a possibilidade de cultivar


genéticas diferentes (fotoperíodo e automática).
Contudo, deve-se tomar cuidado na hora de adquiri-las
para o barato não sair caro, visto que o acesso muitas
vezes é difícil devido nossa realidade proibicionista.
As pequenas vão precisar germinar, desenvolver raízes
e gerar as primeiras folhas até tomarem mais forma.
Esse processo delicado pode ser realizado com a ajuda
de uma cultilene e após crescidas as mudas podem
ser transportadas para um vaso.

Clones: São pequenos galhos retirados de uma planta


adulta que precisam ser estimulados a criar raízes. Eles
permitem continuar com uma espécie que já gosta ou
possui e de economizar, eliminando a necessidade de
comprar novas sementes. Um clone, assim como as
sementes, necessita de um ambiente sempre úmido,
seja o solo ou cultilene para se desenvolver.

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4. Preparando o solo
Aqui já começam a surgir as primeiras dúvidas.
Fornecer um bom solo para a planta é essencial no seu
desenvolvimento, visto que ele oferece para as suas
raízes, os nutrientes e compostos necessários para
alimentá-la, garantindo um crescimento vigoroso e
uma colheita de qualidade no final.

Um solo de qualidade deve ser bem aerado e permitir


um bom escoamento e absorção de líquidos quando o
cultivo for regado, permitindo que as raízes respirem e
se alimentem sem dificuldades. Hoje, basicamente, os
cultivadores escolhem entre solo orgânico ou inerte.
Vamos entender as diferenças?

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O solo orgânico é um composto natural de fácil


acesso (terra vegetal, húmus, etc) que se pode realizar
o cultivo. Por vir da natureza, ele é mais prático pois
muitos nutrientes e compostos já se encontram no
solo e servirão de alimento para a planta.
Quanto à adubação, ela pode ser realizada com
fertilizantes orgânicos e compostagem.
Pode ser mais propenso a pragas, portanto é impor-
tante o cultivador não sair pegando qualquer solo, tipo
o do quintal, é sempre bom estudar a composição e
origem dele, para entregar o que sua planta precisa
para crescer saudável.

Já o solo inerte é um material que podemos dizer


ser virgem, pois é livre de nutrientes e compostos
como acontece no orgânico. Nele, o cultivador possui
mais controle do que a cannabis recebe de alimento,
exigindo muito mais atenção na hora de fornecer
os fertilizantes, pois cada cultivo é único e mesmo
seguindo as tabelas de medição fornecidas pelas
marcas, algo pode dar errado.

De qualquer forma, a escolha do solo inerte é uma


opção para quem quer possuir o maior controle
possível do desenvolvimento da planta, visto que
através das doses corretas de alimento, podemos
induzir a determinados resultados desejados.
Alguns dos substratos mais usados na composição de
solos inertes são turfa de sphagnum, perlita, vermicu-
lita e o pó de coco. Com eles, o mais recomendado é
preparar misturas dos compostos.

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5. Fases e procedimentos
5.1 - Fases de crescimento
A cannabis possui basicamente duas fases importan-
tes em seu desenvolvimento: a vegetativa e a floração.
A planta ingressa na fase vegetativa naturalmente
numa média de cerca de duas semanas após sua
germinação, onde já se pode observar pelo menos
quatro de suas primeiras folhas e provavelmente
está pronta para um primeiro transplante (falaremos
melhor disso ainda neste capítulo). Essa é a fase onde a
planta realmente cresce, desenvolvendo novos ramos
e folhas, o que permite ao cultivador, induzi-la a crescer
conforme o seu desejo. A fase vegetativa da cannabis
pode durar no mínimo 3 semanas, depois disso já
podemos fazer a planta mudar de fase, dependendo
das condições de cada cultivo.
Quando a planta entra na fase de floração é possível
descobrir seu sexo, podendo separar os machos das
fêmeas para evitar que os mesmos polinizem as flores
das fêmeas fazendo com que a planta direcione sua
energia na produção de sementes e não de flores
(sendo o que todo cultivador deseja).

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Diferenciando as flores:

Macho: Discretas, geralmente começam a nascer


antes das flores fêmeas. São bolsinhas que pendem
de pequenos galhos ao longo do caule, sendo de
cor branco-esverdeadas ou amareladas. Chamadas
estames, abrem ao amadurecer e uma espécie de
antena cresce do centro a fim de enviar pólen pelo ar.
Fêmea: Fartas, quando as flores fêmeas começam
a brotar é possível observar o desenvolvimento de
delicados pelos felpudos e transparentes chamados
pistilos, que saem de um ovário parecido com
pequeno cálice que cresce bem na junção do caule,
com galhos novos e folhas menores. Se polinizada
nessa fase, muitas sementes se desenvolveram na
flor. Sem polinização, as flores vão desenvolver cachos
parecidos com o formato de um cone, intercalados
com pequenas folhas verdes chamadas brácteas.
Ao longo deste processo elas ficaram cada vez mais
resinadas através da produção de tricomas.

Macho Fêmea

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Hermafrodita: se a planta sentir algum tipo de estresse


ou ameaça, automaticamente desenvolverá gametas
do outro sexo, podendo assim se autofecundar e
garantir a perpetuação da espécie produzindo muitas
sementes. Portanto, é importante eliminá-las como os
machos se a intenção não é produzir sementes.

A fase de floração é o estágio final do desenvolvimento


de uma planta de cannabis e dura em média, pelo
menos 8 semanas.

5.2 - Poda da cannabis

No cultivo, uma das atividades que auxiliam no


processo de conduzir o desenvolvimento da planta
são as podas, realizadas desde as fases iniciais até a
floração de modo a direcionar melhor a energia que a
planta gasta para as flores e não para outras partes.
Descreveremos sobre as podas apical, poda fim e
poda canela-seca aqui neste material.
Poda apical: aliada do cultivo indoor por permitir
controlar as dimensões da planta e impedir que ela
continue crescendo verticalmente, a poda apical pode
começar a ser realizada a partir do terceiro nó da muda.
O corte da poda deve ser feito exatamente em cima
do nó, dali vão sair dois galhos secundários, onde
nascerão mais flores.
Se reper a poda mais vezes, ela gerará sempre mais
dois novos galhos a cada novo corte.
Com essa técnica a planta redistribui seus hormônios
e permite que os buds sejam muito mais potentes.

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Poda fim: uma continuação da poda apical, mas com


resultados diferentes.
Na poda fim, não é feito o corte perto do nó, mas sim
no meio do novo broto que nasce do corte apical. A
diferença é que a partir desse corte, não nascem dois,
mas quatro galhos, onde depois brotarão mais flores.
Assim o cultivador pode ir guiando como sua planta
cresce, obtendo mais resultados.

Poda apical Poda fim


Poda canela-seca: como o próprio nome parece
anunciar, a canela-seca serve para limpar toda a parte
de baixo da planta onde se cortam todos os galhos.
Ela é realizada quando o cultivo já está mais avançado,
e claro, também serve para a planta direcionar a
energia e nutrientes enviados pelas raízes direto para
o desenvolvimento das flores.

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5.3 - Desfolhação

Consiste no corte das folhas, o que basicamente pro-


move um melhor desenvolvimento da planta.

Realizar isso ajusta na distribuição de luz para os ra-


mos da cannabis, melhorando o processo de fotos-
síntese com a eliminação de folhas que possam estar
desnutridas, permitindo que a energia gasta ali seja
direcionada para outras áreas, em especial os buds em
desenvolvimento.

A desfolhação pode ser feita em ambos os estágios


de crescimento e a quantidade de folhas retiradas
dependerá deles. Isso também permitirá um fluxo de
ar mais dinâmico no cultivo e somará com o processo
de poda na arte de conduzir o crescimento da planta.

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5.4 - Transplante

O transplante da cannabis consiste em trocar a planta


de vaso de acordo com seu desenvolvimento, devendo
ser realizado para fornecer mais espaço para a raiz da
planta. Por exemplo, se um grower inicia seu cultivo
em um vaso de 1 litro, dentro de alguns dias o espaço
dele já estará tomado pelas raízes, então o ideal é que
seja feito esse transplante para um vaso maior, assim
a planta se desenvolve melhor.
Não existe uma regra de quando realizar, dependerá
da análise de o quanto de espaço a raiz já ocupa no
vaso. Também vai da escolha de cada um, pode ser de
vaso pequeno para vaso grande, ou passando de vaso
em vaso conforme o desenvolvimento da planta.
Quanto maior o tempo de cultivo, mais transplantes
vão ser necessários.

Geralmente, ao observar a parte de baixo do vaso é


possível ver as raízes começando a sair, buscando
lugar para crescer. É também possível identificar
elas aglomerando nas laterais do vaso. Tá aí um bom
momento para realizar o transplante.

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É importante lembrar que o transplante sempre gera


um estresse na cannabis, portanto após feito, o ideal
é não realizar nenhum outro tipo de treinamento nela
por cerca de 10 dias, assim ela se recupera e continua se
desenvolvendo normalmente após o procedimento. A
única coisa que a planta precisará após transplantada
é água, pois ajudará o novo solo a assentar. Cuidado
para não espremer demais durante o transplante,
lembre-se de que as raízes gostam de um ambiente
aerado.

Você pode pensar, por que não plantar diretamente


em um vaso grande? O cultivo da planta, quando
realizado de vasos menores para maiores, permite um
controle mais fácil das regas e nutrientes fornecidos
para a planta, sem desperdícios, otimizando inclusive
o ambiente de cultivo e até a luz que ela deve receber.

cama de cultivo leds indoor

O transplante não é obrigatório, realizá-lo dependerá


da escolha de cada cultivador.

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6. Iluminação e fotoperíodo da planta


6.1 - Iluminação
Com certeza a iluminação é um dos itens mais
essenciais no cultivo indoor, sem ela nada acontece.
Responsável por ser o sol artificial dentro da estufa, é ela
que realiza a fotossíntese da cannabis, proporcionando
também o controle total das mudanças de fase e
alcançando ótimos resultados na colheita. Contudo,
precisamos saber o básico sobre luz solar e de como
ela interage com a cannabis, para entendermos como
as tecnologias encontradas no mercado trabalham.
Abaixo, você pode observar uma representação do
espectro de cor visível da luz solar, ele vai de 700 a
400 nanômetros (nm) e a planta necessita absorver
ele completamente para um desenvolvimento ideal,
a não ser pelos raios IR e UV que se concentram nas
pontas do gráfico, por emitirem uma luz mais danosa
o uso deles fica para cultivos mais avançados, como
estudos científicos.

Espectros de cores frias (azul e verde) são importantes


para a planta na sua fase vegetativa. Já os de cores
quentes (vermelho e amarelo) são mais absorvidos
quando a maconha muda para a fase de floração.

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Hoje no mercado é possível encontrar as tecnologias


HQI e HPS que trabalham com espectros de cor com-
plementares. Enquanto a HQI fornece as cores mais
frias e essenciais para fase vegetativa, a HPS trabalha
com as cores mais quentes, necessárias para a fase
de floração. Ambas esquentam muito, demandando
uma atenção extra com o clima do cultivo, pois a can-
nabis não gosta de calor. Embora ainda sejam mui-
to populares, a tecnologia
delas já é considerada ul-
trapassada, visto que com
muitos estudos ao longo
dos anos a ciência chegou
na tecnologia ideal para o
cultivo indoor: o LED.
Não é porque ele está em
nosso nome, mas ele é o
melhor quando se fala em
tecnologia de ponta para
cultivo indoor. Diferente
do HQI e HPS, o LED ofe-
rece um espectro de luz
completo contendo todas
as cores.
Se você já pesquisou
sobre cultivo indoor, deve
ter lido em algum lugar o
termo full spectrum, ele se
refere justamente a essa
vantagem que os painéis
de LED oferecem.

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Agora que já entendemos sobre o espectro da luz, co-


nheçamos alguns pontos-chave bacanas para todo
cultivador conhecer quando o assunto é iluminação:

Lúmen - Ele é a medida de fluxo luminoso visível que


uma lâmpada emite, o que a visão humana enxerga,
ou seja, a luz como a vemos. É importante ressaltar
aqui que essa medição serve apenas para identificar
essa luz visível, e não é correto se referir à luz emitida
por painéis de LED com lúmens, pois a luz visível por
mais forte que seja não é parâmetro para garantir que
são o necessário para serem absorvidas pela planta.

Fótons - Eles são partículas elementares que com-


põem a luz, realizam o seu transporte pelo espaço e
não possuem massa.

PAR - A onda PAR, que significa Photosynthetically


Active Radiation ou Radiação Fotossintética Ativa em
bom português, é a definição da faixa de luz neces-
sária para a planta realizar a fotossíntese, abrangendo
comprimentos de onda que vão de 400 a 700 nanô-
metros. Um painel de LED para cultivo indoor precisa
emitir uma luz que faça a cobertura completa do PAR
para que a planta se desenvolva completamente.

PPF - Significa Photosynthetic Photon Flux ou Fluxo


de Fótons Fotossinteticamente Ativos.
Ele é a medida que define a quantidade de ondas
PAR que um painel de LED emite, sendo definido em
μmol/s (micromol por segundo).

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PPFD - Já o Photosynthetic Photon Flux Density ou


Densidade de Fluxo de Fótons Fotossinteticamente
Ativos, mede a quantidade exata de fótons nas ondas
PAR que realmente chegam até a planta para que
ela os absorva e realize sua fotossíntese. O PPFD é
medido em μmol/m² (micromol por metro quadrado).
Vale lembrar aqui que ele é relativo e dependerá das
condições do espaço e distância do painel da planta.

LM301H - Projetado para plantas, o LM301H é um chip


desenvolvido pela SAMSUNG, sendo a tecnologia mais
avançada no mercado para cultivo indoor. É full spec-
trum, oferece todas as ondas de luz para o desenvolvi-
mento da planta e possui o melhor desempenho em
ondas PAR e PPF. Além de ser muito mais econômico
e com vida útil maior comparado com outras tecnolo-
gias como o HQI e o HPS.

Todos os painéis desenvolvidos pela leds indoor


utilizam chips SAMSUNG LM301H.

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6.2 - Fotoperíodo da Planta

Agora que já sabemos o essencial sobre a iluminação,


podemos passar para o fotoperíodo. Basicamente, ele
corresponde ao período em que a cannabis deve ficar
exposta à luz e escuridão diariamente para se desen-
volver. Executar esse processo corretamente é impor-
tante, pois as fases da planta são reguladas pela quan-
tidade de luz que ela recebe. A cannabis é conhecida
como uma planta de dia curto, quando ela cresce na
natureza são as mudanças das estações que definem
quando ela deve mudar da fase vegetativa onde ape-
nas cresce (primavera/verão), para a fase de floração
(outono/inverno), quando brotam os desejados buds.

Anota aí, a cannabis necessitará dos seguintes foto-


períodos em cada fase:
Fase vegetativa - 18 horas de luz
A maioria dos cultivadores vegeta suas plantas entre
4 e 8 semanas, porém ela pode durar a partir de 3 se-
manas dependendo de suas condições. Esse tempo
de luz vale também para germinação ou clonagem da
cannabis.
Fase de floração - 12 horas de luz
Quando você quer induzir a planta para florir no culti-
vo indoor é só mudar de 18 para 12 horas diárias de luz,
a cannabis entende como uma “mudança de estação”
e começa a produzir as flores.

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7. Temperatura e umidade
A cannabis é uma planta que cresce bem em climas
diversos, porém quando se está cultivando ela na
intenção das flores este é mais um ponto de atenção
que o cultivador não pode se esquecer se não quiser
ter a planta prejudicada.
Começando pela temperatura, o ideal para o cultivo
deve ser entre 21ºC e 29ºC, se ela subir ou cair demais a
cannabis interrompe seu desenvolvimento, deixando
de crescer ou produzir flores, focando sua energia
apenas em sobreviver.

O ar condicionado é a solução ideal mais indicada para


manter essas temperaturas, visto que moramos em
um país tropical onde facilmente chegamos à casa
dos 40ºC, e nenhum cultivador vai querer suas plan-
tas sofrendo com temperaturas tão elevadas.

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Para quem não tem condições de fornecer um ar


condicionado para seu cultivo, as saídas são criativas.
De ventiladores a garrafas pet congeladas dentro da
estufa podem servir de ajuda com o calorão, rápidas
pesquisas no Google trazem algumas soluções.

Agora um pouco sobre umidade. Na fase vegetativa,


o ideal é que ela varie entre 70º e 80º de umidade re-
lativa do ar, já na fase de floração, para não arriscar
de mofar, o cultivo deve possuir uma umidade relativa
entre 40º e 50º.
Se for necessário diminuir a umidade do cultivo, pode
ser utilizado um desumidificador, aquele famoso
potinho que utilizam para evitar mofo em armários,
etc. Agora se a umidade precisa ser elevada, um
umidificador de ar pode resolver essa questão. Outras
opções para quem quer economizar é borrifar sprays
de água no ar do cultivo ou a famosa técnica dos panos
molhados.

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8. Rega, pH e fertilizantes
8.1 - Rega e pH da água:

Hora de regar as bonitas! A quantidade e frequência


de regar a cannabis depende do ambiente, fase de
desenvolvimento da planta, tamanho do vaso, etc.

O primeiro erro a ser evitado é dar água demais, isso


enfraquece a planta e dificulta a sua absorção de nu-
trientes. O ideal é sempre regar novamente quando a
terra estiver quase seca, pois, muitas vezes um pouco
de solo seco é bom para o desenvolvimento da planta,
vai do cuidado do cultivador, o importante é não dei-
xá-las murchar de sede. Nesse ponto, não é bom nem
um solo encharcado demais e nem seco demais.

Ao ser regada, a cannabis absorve mais alguns


nutrientes do que outros conforme o pH da água. O
ideal é que em uma escala de acidez a alcalinidade
do pH esteja entre 5,5 e 6,5 para que a planta possa
absorver todos os nutrientes.

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Para controlar o nível de pH da água é necessário


possuir um medidor. Conforme forem os resultados, é
possível utilizar soluções para aumentar ou diminuir o
pH, alcançando assim os níveis ideais.
Lembrete importante: a rega é um exercício de
paciência. Ela deve ser feita com calma e colocando a
água gradualmente para que a terra a absorva melhor,
se você colocar a água toda de uma vez ela pode se
concentrar em determinados pontos da terra e escoar
rápido demais para o fundo do vaso, não umedecendo
o solo como realmente deveria.

8.2 - Fertilizantes:

A cannabis necessita de vários nutrientes para crescer


e se desenvolver com vigor desde seu início até a sua
floração. Dentre os compostos básicos que os fertili-
zantes devem fornecer, temos como principais os ma-
cronutrientes: nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K),
que vem geralmente identificados nas embalagens
como NPK. Outros nutrientes importantes para o cul-
tivo, são os micronutrientes: magnésio (Mg), enxofre
(S) e o cálcio (Ca), entre outros que também contri-
buem para que a planta seja sadia.
Deve-se prestar muita atenção no quanto de fertili-
zante vai para o cultivo, cada marca possui suas reco-
mendações e tabelas que guiam a quantidade, como
e quando dar os fertilizantes. No mercado encontra-
mos opções para fases diferentes da planta e fins es-
pecíficos, como induzir a flores mais cheirosas ou com
mais resina, ou com ambos, cada cultivador decidirá

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

como realizará esse fornecimento de nutrientes para a


cannabis. Muitas vezes apenas o excesso ou falta de um
único nutriente pode acarretar sinais que a cannabis
apresente, fora que outros fatores do cultivo que
não são relacionados ao fornecimento de nutrientes
também podem resultar na planta apresentando
os mesmos comportamentos, por isso é importante
conhecer bem o seu cultivo.
Observe abaixo uma representação de alguns sinais
que a cannabis pode apresentar em suas folhas:

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9. Colheita, secagem e cura


9.1 - Colheita
O momento de colher as flores é sempre o mais
aguardado, nessa fase é bom possuir uma pequena
lupa para observá-las de perto.
O que define o momento de colher é a aparência
dos tricomas. De tamanho quase que microscópico,
eles são glândulas de resina translúcida parecidas
com pelinhos, algumas com formato de cogumelo e
crescem sobre as flores e folhas da planta.

Quando imaturos, eles são cristalinos e brilhantes, com


o passar das semanas, como consequência da oxida-
ção vão ficando esbranquiçados e por fim com uma
cor âmbar, como um laranja-escuro, é nesta fase que
os buds estão prontos para a colheita.

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A partir desse momento, se não for realizada a colhei-


ta, o THC (composto mais psicoativo) contido em seu
maior estágio na flor, passa a se converter em CBN
(composto mais medicinal), por isso é fundamental
observar para definir a qualidade final desejada.
Outra forma de saber se a colheita está próxima é
observar a coloração dos pistilos. O que indica isso é
quando cerca de 80% deles também estão nas cores
âmbar/marrom. Todavia, o ideal é que a colheita se ba-
seie na observação dos tricomas.

Quanto ao corte, dependendo do tamanho da planta,


deve-se iniciar cortando todos os galhos e, na sequência,
com cuidado, dividir os ramos em botões. Dessa parte
em diante eles vão para secagem e posteriormente
para a cura.
Realize esses procedimentos sempre em local higieni-
zado e com a utilização de luvas, assegurando a máxi-
ma conservação de suas delicadas flores.

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9.2 - Secagem e cura

Existem 2 formas de realizar a secagem da cannabis:

- Cesta de secagem: nela você separa os buds e colo-


ca nos andares da cesta para secar.
- Pendurar a planta de cabeça para baixo no varal

A secagem depende muito da


umidade, circulação de ar e tem-
peratura do ambiente. Se hou-
ver muito calor e baixa umida-
de, ela secará rapidamente. Se
o ambiente estiver mais úmido
e com temperatura mais baixa,
demorará um pouco mais para
secar.
O ideal é que os buds levem
entre 7 e 14 dias para realizar
esse processo. Se levar menos
de 7 dias ela terá muita clorofila,
o que dará um amargor no sabor
dos buds. Se demorar mais de
14 dias ela pode ficar muito seca
ou mofar.
O melhor cenário é fazer a seca-
gem no escuro, sem entrada de
luz no ambiente, com umidade
entre 50% e 55% e temperatura
de 26ºC, acompanhado de um
ventilador para circular o ar.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Para saber se os buds estão no ponto de secagem


correto, é necessário torcer os galhos e quando eles
derem o primeiro “créc” é que está no ponto, antes
disso eles só vão dobrar como uma borracha.

Agora podemos passar para a cura, pois o ideal é que


a secagem finalize nela. Nessa fase a umidade dos
buds estará um pouco elevada, e com o auxílio de um
controlador de umidade (Boveda 62%), estabilizamos
essa umidade quando ela chegar em 62%, que é o
ideal para a planta.

A cura deve ser feita em um pote hermético, sem en-


trada ou saída de ar. Na primeira semana é importante
abrir o pote 1x por dia para a troca desse ar que está ali
dentro. Passado esse período já pode manter ele 100%
fechado, pois ele já estará com a umidade controlada
e não ocorrerá mais o risco de criar mofo.
O tempo de cura ideal varia de grower para grower e
as condições de cada um, mas podemos estabelecer
esse período numa média de um mês.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Finalizando esse processo, é hora de celebrar!

Você germinou, plantou, regou, acompanhou todas


as fases de crescimento da sua planta, colheu, secou e
curou seus buds.
Já pode desfrutar de sua primeira colheita.

Catch a fire,
my friend!

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10. Passo a passo para emissão de habeas


corpus para cultivo medicinal
1 - Prescrição médica: que ateste a necessidade do uso
da cannabis pelo paciente. Devendo conter posologia,
CID e CRM do médico prescritor.

2 - Laudo médico: contendo um relatório clínico onde


haja foco na necessidade da cannabis medicinal para
o paciente, seu histórico da relação com a planta,
benefícios que ela traz e destacando não haver
medicamento nacional acessível.

3 - Autorização da Anvisa: com a prescrição e laudo


médicos em mãos, é preciso emitir uma autorização
para importar produtos derivados de cannabis.
Processo realizado inteiramente online no site do
governo federal.

4 - Cursos: além das três documentações anteriores,


será necessário ao menos um comprovante de curso
de cultivo de cannabis. Várias associações possuem
cursos para quem necessita e não sabe cultivar.

5 - Comparativos: anexe orçamentos de medicamentos


importados e equipamentos necessários para cultivo
de modo a comparar custos.

6 - Documentos pessoais: junte sua certidão de


nascimento, RG, CPF e comprovantes de residência e
renda.

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7 - Acione um advogado: com tudo o que você reuniu


até aqui, ele preparará seu processo e protocolará o seu
pedido de habeas corpus. Não é possível determinar um
tempo médio para ele sair, mas conforme caracterizado
como um pedido de urgência, pode acontecer em
poucos dias ou levar mais tempo.

8 - Associações canábicas: é opcional entrar em uma, mas


vale saber que elas podem ajudar em todo esse processo.
Nelas você pode encontrar médicos prescritores,
cursos de cultivo e advogados com experiência em
protocolação de habeas corpus. Algumas associações,
inclusive, oferecem esses serviços gratuitamente, desde
médicos prescritores a advogados, basta contatá-las e
entrar em uma fila para receber esse atendimento.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

11. Universo leds indoor


No mercado desde 2016, oferecemos produtos de altís-
simo desempenho para o cultivo indoor.

Além da variedade de marcas renomadas, somos orgu-


lhosos de possuir linhas próprias de painéis de LED, es-
tufas e acessórios.

Proporcionar uma experiência única para os cultivado-


res, tanto em termos de desempen ho quanto de esté-
tica é um de nossos compromissos. Além de auxiliar nas
necessidades específicas de cada um, oferecendo uma
consultoria especializada em cultivo indoor gratuita.

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

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Guia de Cultivo Indoor de Cannabis

Este guia de cultivo está amparado


pelo artigo 5º da Constituição
Federal do Brasil, onde é garantido
o direito de liberdade de expressão.

Seu conteúdo busca trazer


informações relacionadas à planta
cannabis e seus meios de plantio.
Mesmo que hoje o país ainda
viva uma realidade proibicionista,
é inegável o reconhecimento
crescente de seu uso medicinal,
onde os avanços da ciência e as
atualizações de normas reguladoras
já permitem o plantio e a utilização
da cannabis medicinal em
tratamentos de diversas doenças.
Portanto, esse material visa facilitar
o acesso à informação, visto que
este é um direito de todos.

#LegalizeJá!

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