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Resumo de Anatomia – Sistemas Esquelético

 Esqueleto: conjunto de cartilagens e ossos que se interligam para formar o arcabouço


do corpo.

 Cartilagens: É um tipo de tecido conjuntivo semirrígido que compõe partes do


esqueleto, onde é necessária mais flexibilidade – por exemplo, no local onde as
cartilagens costais unem as costelas ao esterno. Os vasos sanguíneos não penetram
na cartilagem (ela é avascular); consequentemente, suas células obtêm oxigênio e
nutrientes por difusão. A proporção de osso e cartilagem no esqueleto muda à
medida que o corpo cresce; quanto mais jovem é uma pessoa, mais cartilagem ela
tem. Os ossos de um recém-nascido são macios e flexíveis porque são compostos
principalmente de cartilagem.

 Ossos: Tipo de tecido conjuntivo altamente rígido e especializado. Possui células, uma
matriz de fibras (elasticidade) e substância fundamental.

1. FUNÇÕES DO SISTEMA ESQUELÉTICO


 Proteção e sustentação para o corpo e suas cavidades vitais
 Base mecânica do movimento (alavanca)
 Armazenamento de sais (p. ex., cálcio)
 Suprimento contínuo de novas células sanguíneas (produzidas pela medula óssea
presente na cavidade medular de muitos ossos). Hematopoiese.

2. TECIDO ÓSSEO
 Número de ossos: 206 (varia de acordo com critério etários, individuais e a contagem)
 Composição do tecido ósseo:

 Matriz
 Fibras colágenas -> Resistência e elasticidade
 Substância fundamental impregnada de sais orgânicos, principalmente fosfato de
cálcio, e carbonato de cálcio -> Rigidez

 Células do tecido ósseo:


 Osteoblasto: Produz o osso
 Osteócito: Célula madura
 Osteoclasto: Degrada o osso e regenera

É importante frisar que o número de ossos tende a diminuir com a idade. Por exemplo, o osso
frontal se solda durante o desenvolvimento do indivíduo (SINOSTOSE). Em diferentes fases da
vida e em regiões do esqueleto, ocorre a fusão dos ossos com desaparecimento da
articulação localizada entre eles. O principal local onde o processo ocorre é o crânio, com o
desaparecimento de articulações específicas entre os ossos, que são denominadas linhas de
suturas. Esse processo normalmente ocorre a partir da quarta década de vida, como processo
natural e diminui a capacidade de absorção de choques pelo crânio. O osso do quadril de um
adulto também sofreu sinostose, pois na criança ele é dividido em três partes (ísquio, púbis e
ílio).

3. Classificação dos Ossos


a) Osso longo: Comprimento é maior que a largura e a espessura. Exemplos são os ossos
do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula e
falange.

Apresenta uma extremidade (epífise) e um corpo (diáfise). É na diáfise


que se encontra o canal medular (cavidade), onde se aloja a medula
óssea amarela.

Nos ossos em que a ossificação não se completou, é possível observar a


cartilagem epifisial, relacionado com o crescimento do osso em
comprimento. A linha epifisária é a parte do osso que substitui a placa de
crescimento epifisária nos ossos longos, uma vez que a pessoa atingiu a
sua altura adulta. Ela se localiza na
metáfise.

b) Osso plano:

4. TIPOS DE SUBSTÂNCIA OSSEA


Um mesmo osso (longo, por exemplo), pode ter as duas formas – o que diferencia é a
disposição.

a) Compacta: Lamínulas do tecido ósseo estão


fortemente unidas, sem que haja espaço livre. É
mais denso e rijo. Nos ossos longos, a parte
compacta predomina na diáfise. É formado por
partes sem cavidades visíveis, relacionados com
proteção, suporte e resistência.

b) Esponjosa: É formado por lamínulas com


muitas cavidades intercomunicantes, que formam
lacunas que são preenchidas por medula óssea
vermelha. Representa a maior parte do tecido
ósseo dos ossos curtos, chatos e irregulares. A
maior parte é encontrada nas epífises.
5. MEDULA ÓSSEA

Onde a medula óssea se encontra?


 Cavidade medular (parte longa do osso/diáfise)
 Osso esponjoso (em suas lacunas, sendo que
predomina na epífise)

 Medula óssea vermelha


 Durante a vida fetal, todos os ossos são
preenchidos por MOV, na região de osso esponjoso e na cavidade medular nos ossos
longos (diáfise).
 A partir da infância, a MOV vai sendo substituída por MOA, que é uma gordura.
 A MOV persiste apenas em alguns ossos: no esterno, costelas, nas vértebras, osso do
quadril (crista ilíaca), epífise proximal do fêmur e do úmero e na parte proximal do
canal medular. O restante do corpo adulto é medula óssea amarela (Tíbia, fíbia,
ulna...)
 Se precisar examinar MOV -> punção no esterno ou no ílio (osso do quadril).

6. MEMBRANAS DO OSSO

 Periósteo: É formado por duas membranas e reveste


EXTERNAMENTE o osso. É uma camada de tecido
conjuntivo que reverte o osso, exceto nas articulações (as
sinoviais possuem cartilagem para facilitar o deslizamento).
É responsável pelo crescimento em diâmetro. O periósteo
possui 2 folhetos, um superficial e um profundo.
 Folheto superficial: Fibrosa, fixa o tendão e ligamentos
no osso.
 Folheto profundo: Produz células ósseas (papel
osteogênico) e é importante para a vascularização do osso.
Por isso que desprovido do seu periósteo o osso deixa de
ser nutrido e morre. É responsável pelo crescimento em diâmetro por APOSIÇÃO.
 As células do periósteo se transformam em células ósseas, que são incorporadas à
superfície do osso.
 Osteoporose = associado à diminuição de estrogênio no caso das mulheres, o que
resulta em uma diminuição de toda massa óssea. Estrogênio – importante para a
fixação de cálcio.
 Endósteo: Reveste INTERNAMENTE o osso, entre a
cavidade medular e as trabéculas.

7. TIPOS DE OSSIFICAÇÃO
A formação óssea em um embrião em desenvolvimento
começa no mesênquima e ocorre através de um de dois
processos: ossificação endocondral ou ossificação
intramembranosa.
Os ossos podem ser formados por ossificação endocondral,
se cartilagem hialina servir como molde precursor, ou por
ossificação intramembranosa que ocorre em uma membrana conjuntiva. Tanto em
uma tipo de ossificação como na outra, o tecido ósseo formado é inicialmente
primário que gradativamente é substituído por tecido ósseo secundário.

Ossos que suportam peso, tais como os das extremidades e partes do esqueleto dos
membros superiores e inferiores desenvolvem-se por ossificação endocondral. Os
ossos chatos do crânio e da face, mandíbula e clavícula têm desenvolvimento por
ossificação intramembranosa.

a) Ossificação intramembranosa
A ossificação intramembranosa é caracterizada pela formação de tecido ósseo
diretamente a partir do mesênquima. Os ossos chatos, como os ossos
parietal e occipital, são formados usando esse processo.
O processo de ossificação intramembranosa é feito a partir da diferenciação de células
mesenquimais em osteoblastos no interior de membranas conjuntivas. Em humanos,
os primeiros sinais da ossificação intramembranosa aparecem por volta da oitava
semana de gestação e a partir dela são formados ossos do crânio (por exemplo:
frontal, parietal, partes do occipital, maxila, mandíbula) e clavícula. A ossificação
intramembranosa também é importante para o crescimento dos ossos curtos e
aumento da espessura de ossos longos.
 Ocorre mais rapidamente
 Modelos mesenquimais
 Ocorre em ossos com função de proteção mais evidente -> Células fetais
 Ossos planos do crânio
 Tecido conjuntivo embrionário (mesenquima) transforma o osso mais rapidamente

b) Ossificação Endocondral

O mesenquima se transforma em
cartilagem. Forma-se de forma mais lenta.
Ex.: Ossos longos. Cartilagem vai sendo
substituída por osso.

Pelo contrário, a ossificação endocondral,


também chamada de ossificação
intracartilaginosa, é dependente de um
modelo de cartilagem.

Os ossos longos e curtos, como as falanges e o fêmur, surgem de um modelo de cartilagem


formado pela ossificação endocondral. A distinção entre esses dois tipos de osteogênese não
implica a existência de múltiplos tipos de
tecido ósseo. Ambos os processos
resultam no mesmo tecido ósseo; no
entanto, eles se distinguem pela
presença ou ausência de um modelo de
cartilagem.

 A cartilagem se transforma em
osso: Modelos Cartilaginosos.

 Centro de ossificação primário:


na diáfise
 Centro de ossificação secundário: na epífise (já não é mais feto) , Os centros de
ossificação secundários são encontrados nas epífises de ossos longos. Este processo é
semelhante ao do centro primário de ossificação, mas ocorre sem um colar perióstico.
Em vez disso, as células osteoprogenitoras entram na cartilagem epifisária, diferenciam-
se em osteoblastos e secretam matriz na estrutura da cartilagem. Os ossos longos
aumentam de comprimento nos centros secundários de ossificação.
 Diáfise
 Epífise
 Metáfise
 Lâmina epifisial: Enquanto houver
crescimento, existirá essa cartilagem. Quando o
crescimento cessar, essa lâmina é substituída por
uma linha epifisial. É uma forma de avaliar o
crescimento de forma em COMPRIMENTO. Vai
sendo substituída por osso.
 Como o GH atua no corpo?
Gigantismo: Quando aplica GH e a lâmina epifisial
não cessou.
Acromegalia: Quando aplica GH e a lâmina
epifisial cessou.

8. SUPRIMENTO ARTERIAL

a) Diáfise: nutrida por artérias nutrícias (perfura o osso) e


as artérias periosteais
b) Epífise: nutrida por artérias epifiais e artérias
metafisiais (vem das articulações)
c) Inervação do Periósteo:
 Sensitiva – periósteo – conduz dor
 Nervos vasomotores – constrição ou dilatação dos
vasos sanguíneos (controla fluxo de sangue na medula
óssea)

9. DIVISÃO DO ESQUELETO

a) Esqueleto axial: O esqueleto axial consiste nos


ossos da cabeça (crânio), do pescoço (vértebras
cervicais) e do tronco (costelas, esterno, vértebras e
sacro).

b) Apendicular: O esqueleto apendicular consiste


nos ossos dos membros, incluindo aqueles que
formam os cíngulos do membro superior e do
membro inferior.

O que são ossos do cíngulo? Localizam-se na raiz do


membro, fixando ele no esqueleto axial.
- Ossos do cíngulo do membro superior: cíngulo do
membro superior (clavícula e escápula) une
o membro superior ao tórax, na articulação
esternoclavicular.
- Ossos do cíngulo do membro inferior: Os membros inferiores são conectados ao
tronco pelo cíngulo do membro inferior (ossos do quadril).

Ossos do membro superior: Úmero, rádio, ulna, ossos do


carpo e metacarpo e falanges. O úmero é fixado no
esqueleto axial através da clavícula e da escápula (ossos
do cíngulo superior)

Ossos do esqueleto apendicular: Femur, patela, tíbia,


fíbia, ossos do tarso e metatarso.

10. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS

a) Osso longo: Comprimento predomina sobre a


espessura e largura. Possui corpo (diáfise com cavidade
medular), extremidades com epífises e possui aspecto
tubular.
b) Osso curto: Equivalência entre as dimensões. Forma
cuboide. Ossos do carpo e do tarso. (METACARPO E FALANGE SÃO LONGOS!!)
c) Osso plano: Ossos mais finos, o comprimento e largura predomina sobre a
espessura. Estão em locais de proteção: ossos do crânio (frontal, parietal,
occipital), escápula e esterno
d) Osso irregular: Não há predomínio de nenhuma divisão. Ex.: patela e osso
temporal do crânio.
e) Osso pneumático: Ossos do crânio que possuem cavidades no seu interior que são
preenchidas de ar e revestidas de mucosa (seio). Corte coronal do crânio: osso
frontal, maxila, etimóide e esfenoide.
f) Osso sesamóide: Formados entre tendões ou na cápsula articular (ex.: patela, que
diminui o ângulo de tração do tendão na articulação, diminui o desgaste,
funciona como uma polia). Tem bastante nas mãos e nos pés.
g) Osso acessório: Ossos extranuméricos entre suturas não fechadas. Ossos próximos
aos occipitais.
h) Osso heterotópico: Forma osso num local que não teria osso. Ex.: Indivíduo com
tuberculose, com depósito de cálcio e forma uma estrutura óssea.
11. ACIDENTES
ÓSSEOS

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