Você está na página 1de 2

Criado em 10/02/2022 01:05:00

Campus de Joaçaba
Área das Ciências da Vida

Curso: Direito
Componente curricular: Psicologia Forense
Professora: Carmen Lucia D’Agostini
Alunos(as):________________________________________________________
_______________________________________________________

AVALIAÇÃO Parcial A1
Estabelecer um vínculo entre os comportamentos dos envolvidos nos conflitos relatados,
o funcionamento dos mecanismos mentais no registro e interpretações dos estímulos
que impressionam o cérebro e dão origem à realidade psíquica.

Caso 1 Colisão na rotatória


FIORELLI, J.O. Psicologia Jurídica. São Paulo: Atlas, p.07.

Joana, esteticista, e Gilberto, baterista, aguardavam uma oportunidade para atravessar, no


cruzamento mal sinalizada de duas importantes avenidas. De repente, quatro veículos
envolvem-se em violenta colisão. Os danos materiais parecem elevados.
Dois motoristas, os principais envolvidos, Pedro e Silvio, iniciam uma áspera discussão,
enquanto os outros dois limitam-se a conversar, aparentando calma, e a observar atentamente
os danos menores em seus veículos.
Joana e Gilberto, que presenciaram os fatos, são arrolados como testemunhas. A discussão
evoluiu para agressão física; Pedro agrediu Silvio com violência; este semiconsciente, foi
hospitalizado com ferimentos na face e suspeita de traumatismo craniano. Populares
impediram a fuga de Pedro enquanto aguardavam a chegada da polícia.
Em seu depoimento, Joana descreveu que Pedro entrou no cruzamento em alta velocidade, de
maneira irresponsável, atingindo a lateral do carro de Silvio, que freou abruptamente. Um
terceiro motorista colidiu contra a traseira do carro de Silvio; o quarto motorista, conta a
traseira do veículo de Pedro. Os veículos de Silvio e Pedro ficaram severamente danificados.
Também, segundo ela, Silvio desceu do veículo proferindo palavras de baixo calão para
Pedro.
Gilberto, apresentou depoimento bastante diferente de Joana; segundo ele, Silvio, que vinha
na faixa da direita, invadiu a faixa central, pela qual transitava Pedro, de maneira inesperada,
sem sinalizar, não dando tempo a ele de frear o veículo ou desviar para a faixa à sua esquerda.
Isso, no seu entendimento, teria provocado a colisão inevitável.
Joana e Gilberto presenciaram o mesmo fato, porém, o relataram de modo diferente. Por quê?
Criado em 10/02/2022 01:05:00

Caso 2 Entre Tapas e beijos


FIORELLI,J.O. Psicologia Jurídica. São Paulo: Atlas, p.08.

Celso e Marilda, casados há 12 anos, viviam aparente harmonia, porém, há cerca de um mês,
passaram a discutir em altos brados, segundo observaram alguns vizinhos.
Residindo na cobertura de luxuoso edifício, tornaram-se alvo de observação dos vizinhos;
estes perceberam que Marilda passou a circular, mesmo no interior do condomínio, sempre
usando óculos escuros, o que nunca tinha sido seu costume.
Os vizinhos relataram que as discussões pareciam aumentar e, ocasionalmente, ouviram-se
sons de objetos arremessados.
O recepcionista do edifício contou que o Sr. Celso parecia ‘’ um tanto estranho’’ que chegou a
perguntar, para o condômino ‘’ se estava tudo bem’’, ao que este respondeu evasivamente que
sim.
Os dois filhos pequenos do casal não foram mais vistos, nas áreas de lazer do edifício,
brincando com outras crianças, embora isso fosse comum até algumas semanas atrás.
Algum tempo depois, o Sr.Celso deu entrada no Pronto Socorro, apresentando um profundo
corte sobre o supercilio direito; segundo ele, tropeçara na escada interna do apartamento, que
conduzia à área aberta de lazer; teria caído e batido a cabeça no degrau.
A situação se precipitou quando, alguns dias depois, os vizinhos foram obrigados a intervir,
alarmados pelos gritos que julgavam ser de Marilda, durante a madrugada. Acionaram o
interfone...e o silencio se fez.
Na semana seguinte, os advogados de ambos se reuniram para tratar da separação litigiosa,
com muito sofrimento para o casal e seus familiares. Tanto os pais de Celso quanto os de
Marilda demonstraram absoluta convicção em afirmar que o filho ou a filha sempre suportou
o ‘’o gênio difícil’’ do outo cônjuge, já desde o tempo do namoro.
Os familiares não hesitaram em dar exemplos de como o outro cônjuge adotava
comportamentos provocativos e não perdia a oportunidade de humilhar o(a) parceiro(a) nas
eventuais reuniões de família. As coisas não haviam se precipitado antes porque ‘’meu
filho(ou minha filha) sempre foi muito paciente”, disseram os familiares. Ah, sim, havia o
amor pelas crianças...

____________________________________

Você também pode gostar