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Setembro

12/09 a 16/09

Lista de
Exercícios
Toda semana uma lista
com exercícios difíceis
exclusivos para você
praticar ainda mais!

Matérias:
Gramática
Geografia
História
Matemática
Filosofia
Química
Física
Gramática
Esta lista de exercícios busca avaliar a habilidade de o estudante analisar a composição linguística dos
textos, identificando as variantes que permeiam essas produções, conforme o estudado em nosso módulo
sobre as Variações Linguísticas.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o fragmento retirado da obra Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri.

TIÃO – Papai...
OTÁVIO – Me desculpe, mas seu pai ainda não chegou. Ele deixou um recado comigo, mandou dizê pra você que ficou
muito admirado, que se enganou. E pediu pra você tomá outro rumo, porque essa não é casa de fura-greve!
TIÃO – Eu vinha me despedir e dizer só uma coisa: não foi por covardia!
OTÁVIO – Seu pai me falou sobre isso. Ele também procura acreditá que num foi por covardia. Ele acha que você até que
teve peito. Furou a greve e disse pra todo mundo, não fez segredo. Não fez como o Jesuíno que furou a greve sabendo que
tava errado. Ele acha, o seu pai, que você é ainda mais filho da mãe! Que você é um traidô dos seus companheiro e da sua
classe, mas um traidô que pensa que tá certo! Não um traidô por covardia, um traidô por convicção! TIÃO – Eu queria que o
senhor desse um recado a meu pai...
OTÁVIO – Vá dizendo.
TIÃO – Que o filho dele não é um “filho da mãe”. Que o filho dele gosta de sua gente, mas que o filho dele tinha um
problema e quis resolvê esse problema de maneira mais segura. Que o filho dele é um homem que quer bem!

Adaptado de: GUARNIERI, Gianfrancesco. Eles não usam black-tie. 36ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2019. p.
101-102.

1. (Uel 2022) Acerca dos recursos linguístico-semânticos utilizados no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. A língua escrita é a mais “correta”, enquanto a língua oral é repleta de “erros”, “falhas”, “inculta”, o que pode ser
comprovado pelos exemplos: “Me desculpe”, “dizê”, “tomá”, “traidô”.
II. Há no texto uma influência da oralidade. Na língua, as expressões distinguem-se geográfica, social e historicamente. A
fala espontânea varia da mesma forma: não há as mesmas atitudes linguísticas na burguesia e na classe operária, na
conversação de adultos e na de adolescentes.
III. Os termos “dizê”, “acreditá”, “traidô”, “tava” e “resolvê” são exemplos da variedade linguística do grupo social retratado no
texto teatral.
IV. O texto teatral dialoga com seu público-alvo. Em muitos textos escritos, encontram-se “pegadas” da fala a fim de
persuadir o leitor e torná-lo participante ativo da mensagem em seu papel de interlocutor.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

2. (Enem 2020)
A frase, título do filme, reproduz uma variedade linguística recorrente na fala de muitos brasileiros. Essa estrutura
caracteriza-se pelo(a)
a) uso de uma marcação temporal.
b) imprecisão do referente de pessoa.
c) organização interrogativa da frase.
d) utilização de um verbo de ação.
e) apagamento de uma preposição.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


TEXTO 1

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

ANDRADE, Oswald. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

TEXTO 2

Samba do Arnesto
O Arnesto nos convidô prum samba, ele mora no Brás
Nóis fumo e não encontremos ninguém
Nóis vortemo cuma baita duma reiva
Da outra veiz nóis num vai mais
Nóis não semos tatu!
Outro dia encontremo com o Arnesto
Que pidiu descurpa mais nóis não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nóis não se importa
Mais você devia ter ponhado um recado na porta
Anssim: “Ói, turma, num deu prá esperá
A vez que isso num tem importância, num faz má
Depois que nóis vai, depois que nóis vorta
Assinado em cruz porque não sei escrever
Arnesto"

BARBOSA, Adoniran, Gravações Elétricas Continental S/A, 1953.

3. (Uece 2020) A variação linguística pode revelar muitas informações acerca de quem a está utilizando. Valendo-se desse
fenômeno, o autor do texto 2 apresenta o eu lírico como alguém que não domina a norma culta brasileira, por misturar
traços da linguagem caipira com a fala de imigrantes italianos de conhecidos bairros paulistas para figurativizar o
personagem. Atente para o que se diz a seguir sobre variação linguística:

I. As línguas têm formas variáveis e há usos de determinada variedade em uma sociedade formada por uma
heterogeneidade de falantes advindos de lugares distintos, a exemplo de São Paulo.
II. Os aspectos mais perceptíveis da variação linguística são a pronúncia e o vocabulário, mas pode-se apontar, no texto 2,
variações em todos os níveis da língua.
III. O fenômeno da variação é complexo e o princípio de adequação à identidade de quem utiliza, a situação comunicativa e
outros fatores podem intervir.

É correto o que se afirma em


a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia a crônica “Da lei”, de Ferreira Gullar, para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Aquele acreditava na lei. Funcionário do IAPC [Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários], sabia de
cor a Lei Orgânica da Previdência. Chegava mesmo a ser consultado pelos colegas sempre que surgia alguma dúvida
quanto à aplicação desse ou daquele princípio. Eis que um dia nasce-lhe um filho e ele, cônscio de seus direitos, requer da
Previdência o auxílio-natalidade. Prepara o requerimento, junta uma cópia da certidão de nascimento da criança e dá
entrada no processo. Estava dentro da lei, mas já na entrada a coisa enguiçou.
– Não podemos receber o requerimento sem o atestado do médico que assistiu a parturiente.
– A lei não exige isso – replicou ele.
– Mas o chefe exige. Tem havido abusos.
Estava montado o angu. O rapaz foi até o chefe, que se negou a receber o requerimento.
– Vou aos jornais – disse-me o crédulo. – Eles têm de receber o requerimento, como manda a lei.
Tentei aconselhá-lo: a justiça é cega e tarda, juntasse o tal atestado médico, era mais simples.
– Não junto. A lei não me obriga a isso. Vou aos jornais.
Foi aos jornais. Aliás, foi a um só, que deu a notícia num canto de página, minúscula. Ninguém leu, mas ele fez a
notícia chegar até o chefe que, enfurecido, resolveu processá-lo: a lei proíbe que os funcionários levem para os jornais
assuntos internos da repartição.
– Agora a lei está contra você, não?
– Não. A lei está comigo.
Estava ou não estava, o certo é que o processo foi até a Procuradoria e saiu dali com o seguinte despacho:
suspenda-se o indisciplinado.
Era de ver-se a cara de meu amigo em face dessa decisão. Estava pálido e abatido, comentando a sua
perplexidade. Mas não desistiu:
– Vou recorrer.
Deve ter recorrido. Ainda o vi várias vezes contando aos colegas o andamento do processo, meses depois. Parece
que já nem se lembra do auxílio-natalidade – a origem de tudo – e brigará até o fim da vida, alheio a um aforismo que, por
ser brasileiro, inventei: “Quem acredita na lei, esta lhe cai em cima.”

(O melhor da crônica brasileira, 2013.)

4. (Albert Einstein - Medicina 2019) Verifica-se o emprego de expressão que destoa da variedade linguística predominante
no texto em:
a) “Deve ter recorrido. Ainda o vi várias vezes contando aos colegas o andamento do processo, meses depois.” (15º
parágrafo)
b) “– Vou aos jornais – disse-me o crédulo. – Eles têm de receber o requerimento, como manda a lei.” (6º parágrafo)
c) “Estava montado o angu. O rapaz foi até o chefe, que se negou a receber o requerimento.” (5º parágrafo)
d) “Prepara o requerimento, junta uma cópia da certidão de nascimento da criança e dá entrada no processo.” (1º parágrafo)
e) “– Não podemos receber o requerimento sem o atestado do médico que assistiu a parturiente.” (2º parágrafo)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


A velha contrabandista
Stanislaw Ponte Preta

Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um
bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – 1tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o
fiscal perguntou assim pra ela:
– Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse
saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:
– É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco.
A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em
frente. Ela montou na lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com 2muamba, dentro
daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou outra vez.
Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, 3uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um
mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
– Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço. 4Manjo essa coisa de contrabando pra burro.
Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
– Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
– Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a
senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
– O senhor promete que não “5espaia”? – quis saber a velhinha.
– Juro – respondeu o fiscal.
– É lambreta.

PRETA, Stanislaw Ponte. Primo Altamirando e elas. São Paulo: Agir, Martins Fontes, 2008.

5. (Uece 2018) A expressão “uai!” (referência 3) e o termo “espaia” (referência 5), extraídos da fala da velhinha, revelam
uma variedade linguística do português brasileiro específica de um grupo social que pode ser identificado em
a) falantes de dialeto caipira vindos de regiões interioranas do país para habitarem na cidade grande.
b) falantes do sexo feminino com idade avançada que moram em metrópole.
c) falantes estrangeiros que não dominam certas expressões e determinados sons da língua portuguesa.
d) falantes escolarizados do sexo feminino que moram no interior do nosso país.

6. (Unicamp 2017) No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar no título do
filme Que horas ela volta? um erro de português “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica:
“O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você
estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso
reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores? Pretender que uma
obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma revela um jeito autoritário
de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.”

(Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em


http://www.melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/.
Acessado em: 08/06/2016.)

Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post.
a) Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão bem como suas
outras formas de comportamento. (MATTOSO CÂMARA JR., Joaquim. História da Linguística. Petrópolis, Rio de Janeiro:
Vozes, 1975.)
b) A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes
dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (CAMACHO, Roberto Gomes. O sistema escolar e o ensino da
língua portuguesa. Alfa, São Paulo, 29, p. 1-7, 1985.)
c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos
linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma
pedagogia da variação linguística. São Paulo: Editorial, 2007.)
d) Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o
resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (GERALDI, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercícios de
militância e divulgação. Campinas, SP: Mercado das Letras; Associação de Leitura do Brasil, 1996.)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Norma e padrão

Uma das comparações que os estudiosos de variação linguística mais gostam de utilizar é a da língua com a
vestimenta. Esta, como sabemos, é bastante variada, indo da mais formal (longo e smoking) à mais informal (biquíni e
sunga, ou camisola e pijama). A ideia dos que fazem essa comparação é a seguinte: não existem, a rigor, formas
linguísticas erradas, existem formas linguísticas inadequadas. Como as roupas: assim como ninguém vai à praia de smoking
ou de longo, também ninguém casa de biquíni e de sunga, ou de camisola e de pijama (sem negar que estas sejam
vestimentas, e adequadas!), assim ninguém diz “me dá esse troço aí” num banquete público e formal nem “faça-me o
obséquio de passar-me o sal” numa situação de intimidade familiar.
1
Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas
pessoas representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, 2nem
recomendando-o de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal. Vou dar uns exemplos: se o padrão é o usado pelos
figurões, então deveriam ser considerados padrões o verbo “ter” no lugar de “haver”; a regência de “preferir x do que y”, em
vez de “preferir x a y”; o uso do anacoluto (A inflação, ela estará dominada quando...); a posição enclítica dos pronomes
átonos. O que não significa proibir as mais conservadoras. Algumas dessas formas “novas” aparecem em muitíssimo boa
literatura, em autores absolutamente consagrados, que poderiam servir de base para que os gramáticos liberassem seu uso
– para os que necessitam da licença dos outros.
3
Vejam-se esses versos de Murilo Mendes: “Desse lado tem meu corpo / tem o sonho / tem a minha namorada na
janela / tem as ruas gritando de luzes e movimentos / tem meu amor tão lento / tem o mundo batendo na minha memória /
tem o caminho pro trabalho. Do outro lado tem outras vidas vivendo da minha vida / tem pensamentos sérios me esperando
na sala de visitas / tem minha noiva definitiva me esperando com flores na mão / tem a morte, as colunas da ordem e da
desordem.”.
4
Faltou ao poeta acrescentar: tem uns gramáticos do tempo da onça / de antes do tempo em que se começou a
andar pra frente.
Não vou citar Drummond de Andrade, com seu por demais conhecido “Tinha uma pedra no meio do caminho...”,
nem o Chico Buarque de “Tem dias que a gente se sente / como quem partiu ou morreu...”.
Mas acho que vou citar “Pronominais”, do glorioso Oswald de Andrade: Dê-me um cigarro / Diz a gramática / Do
professor e do aluno / E do mulato sabido / Mas o bom negro e o bom branco / Da nação brasileira / Dizem todos os dias /
Deixa disso camarada / Me dá um cigarro.
Quero insistir: 5ao contrário do que se poderia pensar (e vários disseram), não sou anarquista, defensor do tudo
pode, ou do vale tudo. Nem estou dizendo que “Nós vai” é igual a “Tem muito filho que obedece os pais”. O que estou
fazendo é cobrar coerência, um pouquinho só: 6se o padrão vem da fala dos bacanas, se os mais bacanas são os poetas
consagrados, por que, antes das dez, numa aula de literatura, podemos curtir seu estilo e em outra aula, depois das onze,
7
dizemos aos alunos e aos demais interessados: viram o Drummond, o Murilo, o Machado, o Guimarães Rosa? Que
criatividade!!! Mas vocês não podem fazer como eles.

POSSENTI, Sírio. A cor da língua e outras croniquinhas de linguística.


Campinas: Mercado de Letras, 2001. p. 111-112. (Adaptado).

7. (Ueg 2017) Considere o seguinte trecho:

“Os gramáticos e os sociolinguistas, cada um com seu viés, costumam dizer que o padrão linguístico é usado pelas pessoas
representativas de uma sociedade. Os gramáticos dizem isso, mas acabam não analisando o padrão, nem recomendando-o
de fato. Recomendam uma norma, uma norma ideal”. (ref. 1).

Sírio Possenti apresenta nesse trecho uma caracterização da atividade dos gramáticos. Para isso, o autor
a) define a sociolinguística como uma área da linguística que visa estudar as formas linguísticas ideais e as formas
linguísticas que de fato os falantes usam.
b) faz uma comparação entre a atividade proposta e a atividade efetivamente realizada, que consiste na recomendação de
uma norma idealizada.
c) apresenta diversos exemplos de usos cotidianos da língua que demonstram, de forma evidente, o fato de que as línguas
são inerentemente variáveis.
d) cita uma autoridade acadêmica da área dos estudos da linguagem a fim de validar as propostas teóricas e analíticas
relativas à variação linguística.
e) insere um quadro de definição dos vocábulos técnicos relacionados à área de estudos sociolinguísticos a fim de facilitar a
compreensão do leitor.

8. (Enem PPL 2016) Um menino aprende a ler

Minha mãe sentava-se a coser e retinha-me de livro na mão, ao lado dela, ao pé da máquina de costura. O livro
tinha numa página a figura de um bicho carcunda ao lado da qual, em letras graúdas, destacava-se esta palavra:
ESTÔMAGO. Depois de soletrar "es-to-ma-go", pronunciei "estomágo". Eu havia pronunciado bem as duas primeiras
palavras que li, camelo e dromedário. Mas estômago, pronunciei estomágo. Minha mãe, bonita como só pode ser mãe
jovem para filho pequeno, o rosto alvíssimo, os cabelos enrolados no pescoço, parou a costura e me fitou de fazer medo:
"Gilberto!". Estremeci. "Estomágo? Leia de novo, soletre". Soletrei, repeti: "Estomágo". Foi o diabo.
Jamais tinha ouvido, ao que me lembrasse então, a palavra estômago. A cozinheira, o estribeiro, os criados,
Bernarda, diziam "estambo". "Estou com uma dor na boca do estambo...", "Meu estambo está tinindo...". Meus pais teriam
pronunciado direito na minha presença, mas eu não me lembrava. E criança, como o povo, sempre que pode repele
proparoxítono.

AMADO, G. História da minha infância. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.

No trecho, em que o narrador relembra um episódio e sua infância, revela-se a possibilidade de a língua se realizar de
formas diferentes. Com base no texto, a passagem em que se constata uma marca de variedade linguística pouco
prestigiada é:
a) "O livro tinha numa página a figura de um bicho carcunda ao lado da qual, em letras graúdas, destacava-se esta palavra:
ESTÔMAGO".
b) "'Gilberto!'. Estremeci. 'Estomágo? Leia de novo, soletre'. Soletrei, repeti: 'Estomágo'".
c) "Eu havia pronunciado bem as duas primeiras palavras que li, camelo e dromedário".
d) "Jamais tinha ouvido, ao que me lembrasse então, a palavra estômago".
e) "A cozinheira, o estribeiro, os criados, Bernarda, diziam 'estambo'".

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Verbos

A professora pergunta para a Mariazinha:


– Mariazinha, me dê um exemplo de verbo.
– Bicicreta! – respondeu a menina.
– Não se diz “bicicreta”, e sim “bicicleta”. Além disso, bicicleta não é verbo. Pedro, me diga você um verbo.
– Prástico! – disse o garoto.
– É “plástico”, não “prástico”. E também não é verbo. Laura, é sua vez: me dê um exemplo correto de verbo – pediu a
professora.
– Hospedar! – respondeu Laura.
– Muito bem! – disse a professora. Agora, forme uma frase com este verbo.
– Os pedar da bicicreta é de prástico!

ABAURRE, Maria Luiza e PONTARA, Marcela. Gramática – Texto: análise e construção de sentido. Volume único. São
Paulo: Moderna, 2006, p. 76.

9. (Upe 2015) Em se tratando do conteúdo e da construção do humor do texto, analise as proposições a seguir.

I. A professora reprime, em sala de aula, o uso de uma variedade linguística de menor prestígio social.
II. As formas “bicicreta”, “prástico” e “pedar”, assim como a ausência de marcas de concordância, indicam que os alunos
dominam variedades linguísticas válidas em certos contextos de uso, ainda que distantes da norma-padrão.
III. O humor do texto reside na falta de originalidade da frase formada por Laura, uma vez que ela utilizou as respostas
fornecidas anteriormente pelos seus colegas.
IV. A professora não se deu conta da semelhança fônica entre o verbo “hospedar” e a expressão “os pedar”, esta última
distante do padrão linguístico socialmente instituído.

Estão CORRETAS, apenas:


a) I e II.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV.
e) II e IV.

10. (Enem PPL 2013)

Os textos relativos ao mundo do trabalho, geralmente, são elaborados no padrão normativo da língua. No anúncio, apesar
de o enunciador ter usado uma variedade linguística não padrão, ele atinge seus propósitos comunicativos porque
a) os fazendeiros podem contar com a comodidade de serem atendidos em suas fazendas.
b) a parede de uma casa é um suporte eficiente para a divulgação escrita de um anúncio.
c) a letra de forma torna a mensagem mais clara, de modo a facilitar a compreensão.
d) os mecânicos especializados em máquinas pesadas são raros na zona rural.
e) o contexto e a seleção lexical permitem que se alcance o sentido pretendido.
GABARITO:
1) e, 2) e, 3) d, 4) c, 5) a, 6) c, 7) b, 8) e, 9) c, 10) e
História

Era Vargas: Governo Provisório e Governo Constitucional

Área: História do Brasil - República

Módulo: Era Vargas

https://www.stoodi.com.br/materias/historia/era-vargas/

Nesta lista de exercícios StoodiMed serão cobradas as seguintes habilidades:


- analisar as conquistas obtidas no que se refere às leis trabalhistas e à Constituição de 1934;
- identificar e caracterizar a polarização ideológica entre ANL e AIB durante o Governo Constitucional de
Vargas (1934-1937)

1. (Ufms 2022) A organização do trabalho e a utilização da mão de obra livre no Brasil passou por vários
estágios. Porém, foi no período republicano que mudanças significativas ocorreram e passaram a fazer parte do
cotidiano dos trabalhadores. Acerca da conquista de direitos por trabalhadores livres, é correto afirmar que:
a) a principal conquista ocorrida durante o período republicano foi a libertação dos últimos cativos e o fim
definitivo da escravidão no Brasil com a assinatura da Lei Áurea em 1888.
b) foi a Revolução Industrial que causou impacto na legislação trabalhista brasileira, quando os primeiros
sindicatos e organizações revolucionárias foram criadas, ainda durante o século XVIII.
c) a partir do ano de 1930, os direitos dos trabalhadores foram assegurados com a criação do Ministério do
Trabalho, Indústria e Comércio, bem como da Carteira de Trabalho, que representou mais segurança e direito
aos trabalhadores nas relações de trabalho.
d) os governos populistas das décadas de 1940 até 1960 foram os principais instrumentos de conquista de
direitos dos trabalhadores do Brasil, sendo que a aprovação da CLT, em 1954, garantiu, definitivamente, todos
as conquistas do proletariado durante o século XX.
e) a república no Brasil emergiu fundamentada pelo positivismo francês e com valores de democracia e amplo
apoio popular, fatos que impulsionaram a criação do conjunto de leis que asseguravam os direitos dos
trabalhadores livres, tanto do campo quando da cidade, além de permitir a organização sindical e o direito à
greve.

2. (Uece 2022) Sob o lema “Deus, Pátria e Família”, Plínio Salgado tentou galgar o poder no Brasil; em seus
discursos era comum dizer “Por Cristo luto; por Cristo vos conclamo” como forma de tentar tornar o cristianismo,
sobretudo católico, indissociado de seu movimento. Sobre esse grupo político atuante a partir da década de
1930, é correto afirmar que
a) partia da Teologia da Libertação para afirmar que o homem deve libertar-se do Estado controlador e seguir
apenas o evangelho, o que era a base ideológica da ANL.

b) se trata do integralismo da AIB, influenciada pelo fascismo italiano, no que diz respeito à adoção de ideias
autoritárias, antiliberais e antissocialistas, bem como de símbolos, vestimentas e rituais.
c) representa uma tentativa de aproximação da maçonaria com a Igreja, afastados desde o Império, na busca por
consolidar uma política conciliatória.

d) foi introduzido na Igreja Católica, como TFP, sob orientação do SNI, para impedir o surgimento de movimentos
de esquerda.
3. (Fgv 2020) Observe a capa do livro Assim falou Juca Pato, de Belmonte, publicado em primeira edição em
1933.

Belmonte é o pseudônimo do jornalista, caricaturista e escritor Benedito Barros Barreto. Belmonte criou o
personagem Juca Pato nas suas crônicas diárias no jornal Folha da Noite, a partir de 1925. O livro Assim falou
Juca Pato (Aspectos divertidos de uma confusão dramática) é uma coletânea de crônicas publicadas no jornal. A
capa do livro é uma ilustração dos assuntos tratados por Belmonte, tais como:
a) consolidação do liberalismo econômico, tratados militares, independência de colônias africanas, primeira
República brasileira, sufrágio universal feminino.
b) alianças de governos totalitários, vitórias socialistas no Oriente, industrialização colonial, Estado Novo
brasileiro e pessimismo cultural.
c) formação de Estados Nacionais, política de Paz Armada, aliança dos países do Terceiro Mundo, República
Federal brasileira e dissolução dos costumes.
d) constituição de regimes antidemocráticos, expansionismos militares, contestação do domínio colonial, situação
política brasileira, modificações comportamentais.
e) fortalecimento da Sociedade das Nações, internacionalismo econômico, criação do pan-asiatismo, movimento
sindicalista brasileiro e movimento feminista.

4. (Ufjf-pism 3 2020) Analise as imagens abaixo:


Sobre a dicotomia esquerda e direita na década de 1930 assinale a opção CORRETA:
a) Com a alcunha de "galinhas-verdes", os integralistas estabeleceram a organização de um momento
antinacionalista, antifascista e em defesa da revolução permanente.
b) A Aliança Nacional Libertadora buscou a união entre esquerda e direita na materialização da frente única
contra o fascismo e, portanto, recebeu apoio do presidente Getúlio Vargas.
c) A Ação Integralista Brasileira foi um movimento sem expressão política, que não gerou oposição entre a
esquerda e direita, com baixa adesão e sem apelo religioso, ficando restrito a algumas regiões do país.
d) O levante comunista de 1935 tinha por objetivo a instauração de uma revolução de caráter socialista, além da
deposição de Getúlio Vargas, o que contribuiu para o fortalecimento do cenário anticomunista que culminou
com o golpe de 1937.
e) Em resposta à alcunha “galinha-verde”, os integralistas demonstraram a sua força ao alcançar a vitória política
na década de 1930, exterminando o comunismo e o liberalismo no Brasil.

5. (Fmj 2020) A Constituição de 1934 refletia os esforços modernizadores e democratizantes dos deputados – a
racionalização da autoridade, a manutenção do federalismo, o reforço para o desenvolvimento das instituições
políticas, a inclusão de novos setores sociais por meio de um processo eleitoral mais alargado. Mas ela também
expunha os limites dessa mesma República, que continuavam em vigência após 1930.

(Lilia Moritz Schwarcz e Heloísa Murgel Starling. Brasil: uma biografia, 2015. Adaptado.)
Entre os limites impostos pela Constituição de 1934, encontravam-se
a) a forte centralização administrativa e a instituição de eleições indiretas com voto censitário.
b) a manutenção do poder das oligarquias regionais por meio do federalismo e a restrição do voto aos homens
maiores de 21 anos.
c) a adoção do bipartidarismo e a eleição dos membros do Poder Executivo por um Colégio Eleitoral.
d) a conservação da estrutura agrária do país e a exclusão dos analfabetos do processo eleitoral.
e) a possibilidade de o Poder Executivo decretar a dissolução do Congresso Nacional e a proibição do direito de
greve aos trabalhadores.

6. (Fatec 2020) No Brasil, nas primeiras décadas do século XX, as mulheres formavam grande parte do
operariado, especialmente as imigrantes: espanholas, italianas, portuguesas, húngaras, romenas, polonesas,
lituanas e sírias. Em 1901, como afirma a historiadora Mary Del Priore, constituíam quase 68% da mão de obra
empregada na indústria de fiação e tecelagem. Trabalhavam de 10 a 14 horas por dia, em péssimas condições
de higiene e sob grande controle disciplinar. Além disso, os salários eram baixos, estavam constantemente
sujeitas ao assédio sexual e não existia qualquer legislação trabalhista capaz de protegê-las de tal exploração.
Somente a partir da década de 1930, depois de inúmeras manifestações operárias em todo o mundo, a
legislação brasileira proporcionou garantias trabalhistas às mulheres. Na Era Vargas, anos 30, 40 e 50, houve a
regulamentação do trabalho de mulheres e crianças, e o presidente Getúlio Vargas fixou a jornada de trabalho
em 8 horas diárias.

<https://tinyurl.com/y5sq4pkp> Acesso em: 15.10.2019. Adaptado.

Segundo o texto,
a) as inúmeras manifestações operárias em todo o mundo conquistaram o controle disciplinar sobre os
trabalhadores, bem como o direito à jornada de 10 a 14 horas diárias.
b) nas primeiras décadas do século XX, as operárias estavam protegidas por legislação que limitava a jornada de
trabalho e garantia condições adequadas de higiene.
c) o trabalho feminino foi regulamentado entre as décadas de 1930 e 1950 pelo presidente Getúlio Vargas, que
também fixou a jornada de trabalho em 8 horas diárias.
d) as mulheres que constituíram a mão de obra empregada na indústria de fiação e tecelagem estavam
protegidas por mecanismos que inibiam o assédio sexual.
e) quase 68% da população brasileira era formada pelas mulheres operárias imigrantes, principalmente as
espanholas, italianas, portuguesas e húngaras.

7. (Fuvest 2020) A chamada “questão trabalhista” no Brasil foi objeto de conflitos, debates e regulamentações
entre os anos 1920 e 1946. Identifique uma das dimensões deste processo.
a) O liberalismo oligárquico atribuiu ao Estado, por meio da reforma de 1924, o papel de mediador entre o
operariado e o patronato.
b) A Constituição de 1934 garantiu o direito à organização sindical e abriu espaço para a proteção dos direitos
dos trabalhadores.
c) O direito de greve e a regulamentação do salário mínimo foram algumas das novidades previstas na
Consolidação das Leis do Trabalho (1943).
d) A criação do sindicato único contribuiu para a emergência de lideranças combativas ao obrigar todos os
trabalhadores a se filiarem a tais associações.
e) A Carteira de Trabalho foi um instrumento de controle e dominação, que distinguia o trabalhador e esvaziava o
poder dos sindicatos.

8. (Mackenzie 2019) Em 1935, Luiz Carlos Prestes, líder da Aliança Nacional Libertadora (ANL), publica o
manifesto abaixo.

“A todo povo do Brasil!


Aos aliancistas de todo o Brasil! 5 de julho de 1922 e 5 de julho de 1924. Troam os canhões de Copacabana.
Tombam os heróis companheiros de Siqueira Campos! Levantam-se, com Joaquim Távora, os soldados de São
Paulo e, durante 20 dias é a cidade operária barbaramente bombardeada pelos generais a serviço de Bernardes!
Depois… a retirada. A luta heroica nos sertões do Paraná! Os levantes do Rio Grande do Sul! A marcha da
coluna pelo interior de todo o país, despertando a população dos mais ínvios sertões, para a luta contra os
tiranos, que vão vendendo o Brasil ao capital estrangeiro.

Quanta energia! Quanta bravura!

Mas as lutas continuam, porque a vitória ainda não foi alcançada e o lutador heroico é incapaz de ficar a meio do
caminho, porque o objetivo a atingir é a libertação nacional do Brasil, a sua unificação nacional e o seu progresso
e o bem-estar e a liberdade de seu povo e o lutador persistente e heroico é esse mesmo povo, que do Amazonas
ao Rio Grande do Sul, que do litoral às fronteiras da Bolívia, está unificado mais pelo sofrimento, pela miséria e
pela humilhação em que vegeta do que uma unidade nacional impossível nas condições semicoloniais e
semifeudal de hoje! (...). Somos herdeiros das melhores tradições revolucionárias de nosso povo e é, recordando
a memória de nossos heróis, que marchamos para a luta e para a vitória!”

www.marxists.org/portugues/prestes/1935/07/05.htm – acessado em 11/04/2019

É correto afirmar que o manifesto acima


a) está inserido nas lutas políticas dos anos de 1930, herdeiras dos movimentos tenentistas, de forte tendência
comunista, como a Coluna Prestes e a Intentona Comunista de 1935, que tinha como objetivo a tomada
violenta do poder.
b) conclama o povo brasileiro a uma revolução de caráter socialista. Para isso recorre à história do movimento
tenentista, do qual Luiz Carlos Prestes foi o maior expoente, e à evidente tradição revolucionária dos tenentes
brasileiros.
c) exalta os movimentos tenentistas dos anos de 1920 (Revolta do Forte de Copacabana, Revolução Paulista e
Coluna Prestes-Miguel Costa) buscando um passado revolucionário para os movimentos que se opunham ao
Estado Novo.
d) foi um chamado à população brasileira para, junto a aliancistas, derrubarem o governo de Artur Bernardes e
apoiarem, tal qual o movimento tenentista, uma transformação da política brasileira, que seria liderada por
Getúlio Vargas.
e) retoma os 3 grandes movimentos tenentistas (Revolta dos 18 do Forte, Revolta Paulista e Coluna Prestes),
identificando-os como revolucionários e predecessores de um movimento ainda maior que estaria por vir,
liderado pela ANL.

9. (Pucpr 2017) “O ano de 1930 tem grande significado na vida de Prestes; é o momento em que, diante da
pressão para que assumisse a liderança do movimento que ficaria conhecido como a “Revolução de 30”, ele
rompe com seus antigos companheiros, os “tenentes”, e se posiciona publicamente a favor do programa do
Partido Comunista.”

PRESTES, Anita Leocadia. Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro. São Paulo: Boitempo, 2015.

Presente em diferentes momentos da história do Brasil, Luiz Carlos Prestes tornou-se personagem importante da
República Velha até a Redemocratização. Primeiramente integrante do movimento tenentista, durante os anos
de exílio, após o fim da Coluna Prestes (1925-27), estuda e se aproxima do comunismo, regressando
clandestinamente ao país como líder da Intentona Comunista (1935). Uma tentativa de revolução que faz parte
de um contexto histórico em que podemos afirmar que
a) composto por grupos diferentes como líderes sindicais, comunistas e intelectuais, o levante de 35 foi
amplamente combatido pelos militares, cujos batalhões se levantaram contra os revoltosos a partir de Natal
chegando até o Rio de Janeiro, antiga capital do país.
b) a ANL, agremiação política apoiada por Prestes, defendia principalmente a reforma agrária, a suspensão do
pagamento da dívida externa e o combate ao fascismo. Com seu fechamento pelo governo Vargas, teve início
a organização do levante armado conhecido sob o nome de Intentona Comunista com diversos de seus
remanescentes.
c) os integralistas participaram ativamente do aparelhamento da Intentona Comunista, movimento articulado
entre antigos membros da ANL e da AIB, ambos partidos políticos contrários ao governo Vargas.
d) o recém-criado PCB contava com amplo apoio popular, fato que ajudou no alastramento da revolta pelo país e
gerou forte reação do governo, que respondeu com grande número de prisões e cassações políticas.
e) o presidente Vargas conseguiu contornar o levante comunista de 1935, contudo, dois anos depois, um novo
movimento chamado Plano Cohen teve início, provocando o decreto de estado de sítio e o início de um
governo ditatorial, o Estado Novo (1937-45).

10. (Fgvrj 2017) Em 1934, um grupo de mulheres brasileiras, liderado por Bertha Lutz, elaborou um texto que
ficou conhecido como Manifesto Feminista. Leia um trecho desse documento.

As mulheres, assim como os homens, nascem membros livres e independentes da espécie humana, dotados de
faculdades equivalentes e igualmente chamados a exercer, sem peias, os seus direitos e deveres individuais, os
sexos são interdependentes e devem, um ao outro, a sua cooperação. A supressão dos direitos de um
acarretará, inevitavelmente, prejuízos para o outro, e, consequentemente, para a Nação. Em todos os países e
tempos, as leis, preconceitos e costumes tendentes a restringir a mulher, a limitar a sua instrução, a entravar o
desenvolvimento das suas aptidões naturais, a subordinar sua individualidade ao juízo de uma personalidade
alheia, foram baseados em teorias falsas, produzindo, na vida moderna, intenso desequilíbrio social; a autonomia
constitui o direito fundamental de todo indivíduo adulto; a recusa desse direito à mulher é uma injustiça social,
legal e econômica que repercute desfavoravelmente na vida da coletividade, retardando o progresso geral...

Apud DUARTE, C. L. “Feminismo e literatura no Brasil”.


Revista de Estudos Avançados, v. 17, n. 49, set/dez 2003.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300010#back19
Acesso em 6/7/2016.

Tendo em vista a situação das mulheres no Brasil, na década de 1930, é correto afirmar que o texto
a) busca estimular as mulheres a exercerem o seu direito de voto que havia sido garantido pela Constituição
Brasileira de 1891.
b) defende a superioridade das mulheres e condena as decisões da Constituição Brasileira de 1934, que
negaram o direito ao voto feminino.
c) diverge das ações feministas do Rio Grande do Norte, que culminaram no exercício do direito de voto pelas
mulheres em 1928.
d) reflete o clima de radicalização política no Brasil no período e acabou por impedir o avanço nas conquistas
políticas das mulheres.
e) sustenta a igualdade de gêneros em sintonia com campanhas que consagraram o direito de voto para as
mulheres na Constituição de 1934.

GABARITO:
1) c, 2) b, 3) d, 4) d, 5) d, 6) c, 7) b, 8) e, 9) b, 10) e

Matemática
Área: Conhecimentos Geométricos

Módulo: Poliedros

Acesse o módulo clicando aqui

Objetivo: Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no


espaço bidimensional. Identificar características de figuras planas ou espaciais. Resolver situação-problema que envolva
conhecimentos geométricos de espaço e forma.

1. (Enem 2021) Num octaedro regular, duas faces são consideradas opostas quando não têm nem arestas, nem vértices
em comum. Na figura, observa-se um octaedro regular e uma de suas planificações, na qual há uma face colorida na cor
cinza escuro e outras quatro faces numeradas.

Qual(is) face(s) ficará(ão) oposta(s) à face de cor cinza escuro, quando o octaedro for reconstruído a partir da planificação
dada?
a) 1, 2, 3 e 4
b) 1 e 3
c) 1
d) 2
e) 4

2. (Enem 2015) Para o modelo de um troféu foi escolhido um poliedro P, obtido a partir de cortes nos vértices de um cubo.
Com um corte plano em cada um dos cantos do cubo, retira-se o canto, que é um tetraedro de arestas menores do que
metade da aresta do cubo. Cada face do poliedro P, então, é pintada usando uma cor distinta das demais faces.

Com base nas informações, qual é a quantidade de cores que serão utilizadas na pintura das faces do troféu?
a) 6
b) 8
c) 14
d) 24
e) 30

3. (Enem 2ª aplicação 2016) Um lapidador recebeu de um joalheiro a encomenda para trabalhar em uma pedra preciosa
cujo formato é o de uma pirâmide, conforme ilustra a Figura 1. Para tanto, o lapidador fará quatro cortes de formatos iguais
nos cantos da base. Os cantos retirados correspondem a pequenas pirâmides, nos vértices P, Q, R e S, ao longo dos
segmentos tracejados, ilustrados na Figura 2.
Depois de efetuados os cortes, o lapidador obteve, a partir da pedra maior, uma joia poliédrica cujos números de faces,
arestas e vértices são, respectivamente, iguais a
a) 9, 20 e 13.
b) 3, 24 e 13.
c) 7, 15 e 12.
d) 10, 16 e 5.
e) 11, 16 e 5.

4. (Enem PPL 2019) No ano de 1751, o matemático Euler conseguiu demonstrar a famosa relação para poliedros convexos
que relaciona o número de suas faces (F), arestas (A) e vértices (V): V + F = A + 2. No entanto, na busca dessa
demonstração, essa relação foi sendo testada em poliedros convexos e não convexos. Observou-se que alguns poliedros
não convexos satisfaziam a relação e outros não. Um exemplo de poliedro não convexo é dado na figura. Todas as faces
que não podem ser vistas diretamente são retangulares.

Qual a relação entre os vértices, as faces e as arestas do poliedro apresentado na figura?


a) V + F = A
b) V + F = A - 1
c) V + F = A + 1
d) V + F = A + 2
e) V + F = A + 3

5. (Enem PPL 2017) O hábito cristalino é um termo utilizado por mineralogistas para descrever a aparência típica de um
cristal em termos de tamanho e forma. A granada é um mineral cujo hábito cristalino é um poliedro com 30 arestas e 20
vértices. Um mineralogista construiu um modelo ilustrativo de um cristal de granada pela junção dos polígonos
correspondentes às faces.

Supondo que o poliedro ilustrativo de um cristal de granada é convexo, então a quantidade de faces utilizadas na montagem
do modelo ilustrativo desse cristal é igual a
a) 10.
b) 12.
c) 25.
d) 42.
e) 50.

6. (Enem PPL 2016) Os sólidos de Platão são poliedros convexos cujas faces são todas congruentes a um único polígono
regular, todos os vértices têm o mesmo número de arestas incidentes e cada aresta é compartilhada por apenas duas faces.
Eles são importantes, por exemplo, na classificação das formas dos cristais minerais e no desenvolvimento de diversos
objetos. Como todo poliedro convexo, os sólidos de Platão respeitam a relação de Euler V - A + F =2, em que V, A e F são
os números de vértices, arestas e faces do poliedro, respectivamente.

Em um cristal, cuja forma é a de um poliedro de Platão de faces triangulares, qual é a relação entre o número de vértices e
o número de faces?
a) 2V - 4F = 4
b) 2V - 2F = 4
c) 2V - F = 4
d) 2V + F = 4
e) 2V + 5F = 4

7. (Ufjf-pism 2 2020) O octaedro regular apresentado na figura a seguir será seccionado por um plano que passará por
pontos do interior desse octaedro.

Quais tipos de polígonos poderão ser produzidos por este tipo de secção?
a) Apenas quadriláteros, pentágonos, hexágonos e octógonos.
b) Apenas triângulos, quadriláteros, pentágonos e hexágonos.
c) Apenas quadriláteros.
d) Apenas quadriláteros e hexágonos.
e) Apenas quadriláteros, pentágonos e hexágonos.
8. (Fuvest 2022) Um deltaedro é um poliedro cujas faces são todas triângulos equiláteros. Se um deltaedro convexo possui
8 vértices, então o número de faces desse deltaedro é:

Note e adote:

Em poliedros convexos, vale a relação de Euler F - A + V = 2, em que F é o número de faces, A é o número de arestas e V é
o número de vértices do poliedro.

a) 4
b) 6
c) 8
d) 10
e) 12

9. (Espcex (Aman) 2022) Dado um dodecaedro regular, exatamente, quantas retas ligam dois de seus vértices mas não
pertencem a uma mesma face desse dodecaedro?
a) 60
b) 100
c) 130
d) 160
e) 190

10. (Espcex (Aman) 2021) Um poliedro possui vértices. Sabendo-se que de cada vértice partem arestas, o número de
faces que poliedro possui é igual a
a) 12.
b) 22.
c) 32.
d) 42.
e) 52.

Gabarito:

1) E 2) C 3) A 4) E 5) B 6) C 7) E 8) E 9) B 10) A

Filosofia
Questões se referem:
Módulo: Conhecimento e Verdade na Filosofia Contemporânea
Aula 03 - Martin Heidegger: Conhecimento e Verdade
Aula 04 - Maurice Merleau-Ponty: Conhecimento e Verdade
Aula 05 - Jean-Paul Sartre: Conhecimento e Verdade
Aula 06 - Filosofias não-Européias : Conhecimento e Verdade

Nessa lista, fechamos nosso ciclo de investigação sobre o Conhecimento e a Verdade na filosofia
contemporânea, trabalhando o pensamento de Heidegger, Merleau-Ponty e Jean Paul Sartre.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Condenado a ser livre
Almir Freitas

Entre a concepção de autonomia política e a noção de livre-arbítrio, a liberdade sempre ocupou papel central na
filosofia. Mas foi no século XX, destacada no então recente 1arcabouço existencialista, que ela chegou à cultura mais geral,
expressa não apenas nas obras teóricas de Jean-Paul Sartre (1905-1980), mas também nos seus romances e peças de
teatro. Dali em diante, naquele mundo que emergia das ruínas da Segunda Guerra Mundial e 2ensaiava uma era de
intelectuais-celebridades, ganharia ares pop.
Foi na Paris de 1945, em um auditório com cadeiras 3disputadas a tapa, que Sartre afirmou, na conferência O
Existencialismo é um Humanismo, que o homem estava “condenado a ser livre”, ideia antes apresentada em O Ser e o
Nada (1943). Entre a obra filosófica e a conferência, outra frase sua, “o inferno são os outros”, havia causado sensação, na
estreia da peça Entre Quatro Paredes, em 1944, ainda com o país ocupado pelos nazistas. A liberdade, então, era tudo o
que os franceses consideravam distante.
Em linhas gerais, a concepção sartreana da liberdade assentava-se no 4pressuposto de que o ser humano é a única
criatura para quem a existência (existir) é anterior à essência (ser). Quer dizer: o nosso destino não é 5______ pela natureza
– muito menos, ele assinala, pela “inteligência divina”. “O que significa dizer que a existência precede a essência?”,
pergunta. 6“Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O
homem é não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como
ele se deseja após este impulso para a existência.7” (Não, a psicanálise não orna muito bem com esse tipo de pensamento.)
O ser humano, 8frisa Sartre, define-se pelo que faz, o que ele projeta ser, por suas escolhas. Daí em diante, é
preciso falar em consequências – tanto dessa ideia 9basilar quanto da própria liberdade 10avassaladora que ela anuncia. Em
primeiro lugar, ela incorre no fato de que cada um de nós é total e integralmente responsável não apenas por nossos atos,
mas também por aquilo que somos. O que se desdobra em outras e mais profundas consequências.
Em um mundo sem Deus e sem natureza humana, o homem é plenamente responsável não apenas por si, mas
também por todos os homens. Diz Sartre, “Não há dos nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser,
não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser”.
Tratava-se, também, de rebater as acusações de que o existencialismo incitava as pessoas ao “imobilismo”. Era
bem o contrário: a ideia de que as escolhas individuais estavam conectadas à escolha de uma imagem da humanidade seria
fundamental para a ideia de engajamento que 11marcaria toda a obra e a trajetória de Sartre.
Na vida pessoal, Sartre também personificou o exercício radical dessa liberdade individual, com sua distinção entre
amores “contingentes” e amores “necessários”. Ninguém 12ignora, por exemplo, que a relação aberta com Simone de
Beauvoir, mais a opção militante de não ter filhos, era uma projeção de um 13ideário de humanidade que contribuiu em muito
para os fundamentos da contracultura e da revolução sexual. Mas eram escolhas que não estavam isentas de impasses,
contradições e até certa crueldade. Ninguém falou que seria fácil.
A ideia de que a liberdade é um peso não foi inventada por Sartre – ela já tinha sido enunciada 14______. Na
formulação da ideia de livre-arbítrio, no século V, Santo Agostinho deixou clara a responsabilidade que recai sobre o
homem. Na política, o francês Étienne de La Boétie havia, no século XVI, apontado o dedo para o conforto da “servidão
voluntária” como a razão da opressão dos Estados. Em Homem e Super-Homem (1903), Bernard Shaw já tinha dito com
todas as letras: “Liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela.” Até o nosso senso comum
15
(cristão) diz que é por aí mesmo.
Com Sartre e seu existencialismo16, entretanto, o 17______ é completo. A angústia da responsabilidade é
acompanhada do desamparo pelo peso adicional da ausência de Deus. E do desespero: isto é, pela ausência de esperança
do homem de que sua escolha é a correta. Não há18, diz o filósofo, uma moral geral 19______ se guiar.
Pessimismo? Jean-Paul jura que fala de otimismo quando, ao aceitar que a vida não tem sentido nenhum a priori,
cabe a nós inventá-lo, pela ação. Em São Genet, Ator e Mártir (1952), ensaio sobre a vida do escritor marginal Jean Genet,
Sartre 20ilustrará esse modelo existencialista. Foi nesse texto caudaloso, exagerado como era de hábito, que cunhou outra
frase que ficou famosa, síntese e legado para quem a condenação à liberdade significava viver plenamente. “O importante”,
escreveu, “não é aquilo que se fez do homem, mas aquilo que ele faz daquilo que fizeram dele.”

Disponível em: http://bravo.vc/seasons/s05e01. Acesso em: 13 jul. 2021. (Adaptado.)

1. (Ucs 2022) Segundo o texto, é correto afirmar que, para Sartre,


a) há diferenças entre o amor romântico e o amor fraternal.
b) a construção da identidade é um processo sereno e agradável.
c) a liberdade pressupõe encargos.
d) seguir a moral existencialista presume ausência de responsabilização.
e) a relevância da existência está no acaso.

2. (Ucs 2022) O objetivo comunicativo do texto é


a) apresentar um resgate histórico da oposição entre liberdade e sujeição.
b) discorrer sobre a noção de liberdade a partir de Sartre.
c) defender a tese de que a concepção sartreana de liberdade é pessimista.
d) narrar a vida de um dos mais importantes filósofos do século XX.
e) recomendar ao interlocutor a leitura das obras filosóficas de Sartre, apesar das contradições.

3. (Upe-ssa 3 2022) Leia o texto e o poema a seguir:

A liberdade não é um ser; ela é o ser do homem, isto é, o seu nada ser [...]. Eu estou condenado a existir para sempre além
dos moventes e dos motivos de meu ato: estou condenado a ser livre.
(Sartre, O ser e o nada)

Liberdade

O pássaro é livre
na prisão do ar.
O espírito é livre
na prisão do corpo.
Mas livre, bem livre,
é mesmo estar morto.

(Carlos Drummond de Andrade)

Assinale a alternativa CORRETA.


a) A liberdade humana é uma carência, por isso não podemos alcançá-la.
b) A liberdade humana é individual, por essa razão é impossível que todos sejam livres.
c) A liberdade humana é absoluta, porque nascemos e morremos livres.
d) A liberdade é uma imposição, pois só tem sentido em conjunto com a responsabilidade.
e) A liberdade humana é um delito, por esse motivo devemos condená-la.

4. (Fuvest 2022) No texto do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty é estabelecida uma conexão entre as relações sociais
e a racionalidade dos indivíduos:

A sociedade humana não é uma comunidade de espíritos racionais, só se pode compreendê-la assim nos países
favorecidos, em que o equilíbrio vital e econômico foi obtido localmente e por certo tempo.
Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da percepção, p.89.

Qual sentença, se tomada como verdadeira, reforça a posição exprimida pelo filósofo no trecho?
a) A racionalidade é uma potência espiritual que se impõe sobre as circunstâncias históricas.
b) O equilíbrio vital e econômico é uma força irracional que se contrapõe aos espíritos racionais.
c) Nos países favorecidos, as pessoas são naturalmente mais racionais.
d) A racionalidade das relações sociais depende da estabilidade de circunstâncias históricas.
e) Os espíritos racionais são responsáveis pelo equilíbrio vital e econômico dos países favorecidos.

5. (Unioeste 2021) Segundo Martin Heidegger, “metafísica” é o cerne do filosofar, marcado pelo esquecimento do ser.
Tendo privilegiado o ente (conjunto de todos os seres), procurando-lhe a região suprema, toda a filosofia foi destinada a
ignorar a pergunta explícita pelo ser. “Qual é o sentido de ‘ser’?”, pergunta a obra principal de Heidegger, Ser e tempo. Essa
pergunta é diferente da pergunta “O que é ser?”, cujo formato levaria a confundir ser com ente. De um ente podemos dizer o
que é, dar-lhe definição, encontrar suas características; mas ser não tem características, é indefinível, não se reporta a
nenhum gênero – e, mesmo assim, seu significado parece óbvio. Todos sabemos o que ser significa, mas ninguém pode
dizer algo a respeito.
Com base nisso, o primeiro parágrafo da obra mencionada aduz os três grandes preconceitos por meio dos quais a filosofia
ter-se-ia dispensado de investigar o ser. São eles: ser é maximamente universal, e por isso não podemos conhecê-lo (já que
conhecer algo seria dizer a que gênero pertence e qual a diferença que o especifica); ser é indefinível; ser é evidente por si
mesmo em todo comportamento humano. Em contrapartida, o pensador alemão afirma: da máxima universalidade só
descobrimos que ser não é ente; da indefinibilidade somente descobrimos que o discurso sobre ser não é o da definição,
não é a linguagem a que estamos habituados no senso comum ou nas ciências, uma vez que estas tratam dos entes; da
evidência do significado de ser em todo comportamento descobrimos a tarefa de dar fundamento a essa evidência, já que
sabemos sem nada poder dizer, isto é, sabemos sem saber.

Partindo do enunciado e de seus conhecimentos, assinale a alternativa INCORRETA.


a) A forma “o que é x?” corresponde a investigações sobre entes; a obra principal de Heidegger pergunta o que é o ser.
b) A obra principal de Martin Heidegger é um tratado filosófico que compreende a filosofia que o precede como metafísica, e
esta, como investigação sobre o ente, em detrimento do ser.
c) A metafísica dispensou-se de investigar o ser alegando sua máxima universalidade, indefinibilidade e evidência;
Heidegger responde a esses preconceitos a partir da diferença entre ente e ser.
d) A pergunta pelo ser difere de toda pergunta por ente; os entes têm determinações, características, sejam “reais” ou não, e
cabe perguntar o que são. Mas, quanto ao ser, esse modo de perguntar é um equívoco.
e) A diferença entre ser e ente implica que a filosofia, a qual pergunta pelo ser dos entes e não pelo ser ele mesmo, toca a
questão do ser constantemente, sem enfrentá-la explicitamente.

6. (Unisc 2021) Martin Heidegger e Ludwig Wittgenstein são dois importantes filósofos do século XX. Suas ideias
influenciaram fortemente os filósofos pós-modernos, entre eles Jacques Derrida, Michel Foucault, Jean François Lyotard e
Richard Rorty. Assinale a alternativa que indica o principal tema enfocado por Heidegger e por Wittgentsein em suas obras,
respectivamente
a) a justiça e as artes.
b) a política e a metafísica.
c) o ser e a linguagem.
d) o poder e o ódio.
e) o cinema e a ciência.

7. (Enem 2020) TEXTO I

Os meus pensamentos são todos sensações.


Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

PESSOA, F. O guardador de rebanhos – IX. In: GALHOZ. M. A. (Org.). Obras poéticas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1999
(fragmento).

TEXTO II

Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu o sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência do mundo
sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada.
MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999 (adaptado).

Os textos mostram-se alinhados a um entendimento acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que ampara a
a) anterioridade da razão no domínio cognitivo.
b) confirmação da existência de saberes inatos.
c) valorização do corpo na apreensão da realidade.
d) verificabilidade de proposições no campo da lógica.
e) possibilidade de contemplação de verdades atemporais.

8. (Unioeste 2019) O filósofo alemão Martin Heidegger publicou, em 1927, sua obra Ser e tempo, que rapidamente ganhou
notoriedade e ocupa posição central nos debates de várias correntes e temas filosóficos. Entre as inovações da obra, está a
elevação da tonalidade afetiva ao centro da possibilidade de compreensão do mundo. Compreendemos algo sempre situado
em algum contexto: primeiro dá-se algo como sala de aula, ou como sala de visitas, ou como sala de jogos, e somente por
abstração imaginaríamos uma ‘pura sala’, a ‘sala em si mesma’. Toda compreensão é, assim, interpretativa (algo aparece
sempre como algo, x aparece como sala de aula, etc.). Mas, além disso, toda compreensão é atravessada por tonalidade
afetiva. Nunca se está apenas puramente em uma sala de aula; está-se ali de algum modo, tocado por uma tonalidade de
afeto: tédio, ansiedade, cansaço, alegria, expectativa... A tonalidade mostra, abre, unifica a sala de aula, que, sem isso,
seria um ajuntamento de partes. O ‘como aparece’ antecede o ‘o que aparece’: os entes não são essências determinadas,
eles dependem do modo de aparecimento, que inclui interpretação e tonalidade afetiva.

Essa ontologia diverge frontalmente da metafísica da substância, ligada a certa leitura do aristotelismo. Segundo essa
metafísica, o conhecimento verdadeiro e ‘primeiro’ dos entes implica visualizar sua substância ou essência, o que se faz e
se expressa na definição, que diz o que é x.

Com base nas indicações precedentes, assinale a alternativa CORRETA.


a) Ao se adotar a perspectiva substancialista, fundada em certas leituras da filosofia aristotélica, as teses de Ser e tempo
sobre a tonalidade afetiva complementam perfeitamente a tarefa de uma definição, a qual, segundo Aristóteles, deve ser
compreensiva, interpretativa e caracterizada pela tonalidade afetiva análoga.

b) Compreensão é sempre interpretativa, e, além disso, atravessada e unificada por uma tonalidade afetiva. Essa tese de
Ser e tempo oferece um ponto de partida para a comparação com Aristóteles e, com base nela, Heidegger afirma que as
definições são todas poéticas.
c) Segundo Heidegger, o erro aristotélico reside em ignorar os sentimentos e optar somente pela racionalidade. Com isso, a
definição se tornaria impossível, pois toda definição depende de uma sensação. Noutras palavras, a tonalidade afetiva
ganhou lugar no discurso filosófico definicional, a partir de Ser e tempo.
d) A tonalidade afetiva, proposta por Heidegger em Ser e tempo, implica a primazia do sentir sobre o pensar. Por isso, a
fenomenologia heideggeriana supera o racionalismo aristotélico.
e) Para Aristóteles, o decisivo é indicar a forma substancial (essência) de um ente, a fim de alcançar a sua definição – assim
ocorre o conhecimento metafísico. Em outras palavras, devemos saber e dizer “o que é” uma sala, uma xícara, um ser
humano, para assim iniciar um discurso de conhecimento. Em Heidegger, por outro lado, a definição alcança somente o
ente abstraído do contexto de compreensão e tonalidade afetiva, em que apareceu. Tal conhecimento abstrativo é, para
Heidegger, por isso, precário e derivado: definir uma sala de aula é um procedimento tardio em relação à “experiência”
em que a unidade de seu aparecimento articula compreensão, interpretação e tonalidade afetiva.

9. (Ufu 2018) Considere o seguinte trecho, extraído da obra A náusea, do escritor e filósofo francês Jean Paul Sartre
(1889-1980).

"O essencial é a contingência. O que quero dizer é que, por definição, a existência não é a necessidade. Existir é
simplesmente estar presente; os entes aparecem, deixam que os encontremos, mas nunca podemos deduzi-los. Creio que
há pessoas que compreenderam isso. Só que tentaram superar essa contingência inventando um ser necessário e causa de
si próprio. Ora, nenhum ser necessário pode explicar a existência: a contingência não é uma ilusão, uma aparência que se
pode dissipar; é o absoluto, por conseguinte, a gratuidade perfeita."

SARTRE, Jean Paul. A Náusea. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1986. Tradução de Rita Braga, citado por: MARCONDES,
Danilo Marcondes. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000.

Nesse trecho, vemos uma exemplificação ou uma referência ao existencialismo sartriano que se apresenta como
a) recusa da noção de que tudo é contingente.
b) fundamentado no conceito de angústia, que deriva da consciência de que tudo é contingente.
c) denúncia da noção de má fé, que nos leva a admitir a existência de um ser necessário para aplacar o sentimento de
angústia.
d) crítica à metafísica essencialista.
10. (Upe-ssa 3 2018) Sobre a Liberdade Humana, analise os textos a seguir:

É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si próprio; e, no
entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer.
(SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um Humanismo. São Paulo: 1973, p. 15.)

Com base no pensamento filosófico de Sartre sobre a liberdade, assinale a alternativa CORRETA.
a) O homem não é, senão o seu projeto, escolha e compromisso.
b) O homem não está condenado à liberdade; ele tem escolha.
c) O homem é livre sem escolha e sem compromisso.
d) O homem é seu projeto responsável sem escolha.
e) O homem é responsável e livre sem escolha.

GABARITO:
1) c, 2) b, 3) d, 4) d, 5) a, 6) c, 7) c, 8) e, 9) d, 10) a

Química
Radioatividade II
Área: Físico-Química
Módulo: Transformações Nucleares
Objetivo: Utilizando o conceito de meia vida, determinar quantidades de isótopos radioativos
residuais e prever a meia vida baseado no decaimento radioativo.

1. (Unifor - Medicina 2022) Todos os anos, em 25 de abril, durante a noite, pessoas se reúnem em torno de um anjo fixado
no topo de um pedestal de pedra na cidade de Chernobyl, no norte da Ucrânia, para relembrar o pior acidente nuclear do
mundo, que começou à 1:24 da manhã do dia 26 de abril de 1986, na usina nuclear de Chernobyl. Na noite do aniversário
do desastre, um grupo formado por moradores, trabalhadores e alguns visitantes de fora da cidade se reúne para celebrar
um evento tão complexo e com tantos impactos duradouros que ainda é difícil compreender mesmo após 35 anos. Naquele
dia, a explosão do reator lançou dezenas de toneladas de materiais radioativos, entre eles césio-137 e estrôncio-90. Essas
substâncias possuem meia vida, que é o tempo que leva para reduzir a radioatividade pela metade, de 30 anos.

Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com. Acesso em 15 de out. 2021. (Adaptado)

No centésimo aniversário do acidente, a porcentagem de radioatividade devida ao césio-137 e ao estrôncio-90 será de,
aproximadamente,

(Use
a) 0% da que havia logo após o acidente.
b) 10% da que havia logo após o acidente.
c) 15% da que havia logo após o acidente.
d) 18% da que havia logo após o acidente.
e) 25% da que havia logo após o acidente.

2. (Uece 2019) Define-se a meia vida de um material radioativo como o tempo para que sua emissão caia à metade.
Suponha que uma amostra de material radioativo emitia partículas por minuto. Depois de dias a amostra
passou a emitir partículas por minuto.

A meia-vida da amostra de material radioativo é, em dias, igual a


a)
b)
c)
d)

3. (Ita 2022) O tempo de meia vida do é anos. Assinale a alternativa que apresenta a massa restante

(em dg) de uma amostra inicial de 376,15 dg, após anos.


a) 0,19
b) 0,37
c) 1,88
d) 3,76
e) 7,52

4. (Uece 2020) A revista Superinteressante, número 406, de agosto de 2019, traz uma matéria importante sobre um
desastre nuclear em reatores do Complexo Mayak na antiga União Soviética no ano de 1957. Nesse acidente, o
protagonista é o plutônio-238 que tem uma meia vida de 88 anos e estava sendo produzido nos reatores do local.
Considerando as características e propriedades do plutônio, utilizado na bomba nuclear Fat Man, de Nagasaki, é correto
afirmar que

Dados:
a) o plutônio 239 é obtido artificialmente por decaimento beta pelo urânio 239 e neptúnio 239.
b) esse elemento não apresenta isótopos nem alótropos.
c) se trata de um elemento de transição, cuja distribuição eletrônica é semelhante à de um metal alcalino.
d) 88 anos é o tempo médio que isótopo de plutônio-238 leva para se desintegrar.

5. (Mackenzie 2018) O isótopo do plutônio cujo tempo de meia vida é de aproximadamente 88 anos, é
caracterizado por sua grande capacidade de emissão de partículas do tipo alfa. Entretanto, não é capaz de emitir partículas
do tipo beta e radiação gama. A respeito desse radioisótopo, são realizadas as seguintes afirmações:

I. Ao partir-se de de após 176 anos, restarão desse isótopo.

II. A equação representa a emissão que ocorre nesse isótopo.

III. A quantidade de nêutrons existentes no núcleo do é de

Considerando-se os conhecimentos adquiridos a respeito do tema e das afirmações supracitadas, é correto que
a) não há nenhuma afirmação verdadeira.
b) são verdadeiras apenas as afirmações I e II.
c) são verdadeiras apenas as afirmações I e III.
d) são verdadeiras apenas as afirmações II e III.
e) todas as afirmações são verdadeiras.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Analise a figura a seguir e responda à(s) questões(ões).

6. (Uel 2018) Com base nos conceitos de Física Moderna e radioatividade do carbono 14 considere as afirmativas a
seguir.

I. Para medir a idade de uma pintura rupestre como a da figura, é necessário saber que o tempo de meia vida do é de
1273 anos.
II. Quando qualquer organismo morre, a quantidade de começa a aumentar, pois as outras quantidades moleculares
presentes no organismo diminuem.
III. O é formado, naturalmente, via raios cósmicos quando esses interagem com núcleos de nitrogênio dispersos na
atmosfera.
IV. A técnica de para datação de cadáveres antigos só se aplica a amostras que tenham, no máximo, 70 mil anos.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

7. (Pucsp 2016) Foram estudados, independentemente, o comportamento de uma amostra de do radioisótopo

bismuto-212 e o de uma amostra de do radioisótopo bismuto-214. Essas espécies sofrem desintegração radioativa

distinta, sendo o bismuto-212 um emissor enquanto que o bismuto-214 é um emissor


As variações das massas desses radioisótopos foram acompanhadas ao longo dos experimentos. O gráfico a seguir ilustra
as observações experimentais obtidas durante as primeiras duas horas de acompanhamento.

Sobre esse experimento é INCORRETO afirmar que


a) a meia vida do é de 60 minutos.
b) após aproximadamente 25 minutos do início do experimento, a relação entre a massa de e a massa de é
igual a 3.
c) no decaimento do forma-se o isótopo
d) após 4 horas do início do experimento, ainda restam de sem sofrer desintegração radioativa.

8. (Ufpa 2016) Um hospital tem em seu estoque um medicamento à base de cuja atividade radioativa inicial era

de Sabendo que o tem tempo com meia vida de dias e que o medicamento está estocado há
dias, decorrido esse tempo, a atividade desse medicamento, em será de aproximadamente
a)
b)
c)
d)
e)
9. (Fuvest 2022) Um marcador radioativo (24Na) foi injetado em um ponto de um cano de água subterrâneo e, na sequência,
com um detector sobre o solo, foi medida a radioatividade ao longo do percurso do cano. A figura a seguir esquematiza o
local de injeção do marcador e o perfil da radioatividade detectada ao longo do cano.

Assinale a alternativa que melhor explica o perfil da radioatividade.

Note e adote:
Tempo de meia-vida do 24Na = 15 horas.

a) No trecho 2 o cano está completamente entupido, por isso a radioatividade diminui no trecho 3.
b) No trecho 2 há uma fissura no cano, o que resulta em acúmulo de marcador nesse trecho do solo.
c) O marcador radioativo flui no sentido contrário ao fluxo da água, acumulando-se no meio do cano.
d) No trecho 3 a radioatividade é menor porque foi consumida por reações químicas ao longo do trecho 2.
e) No trecho 2 a radioatividade diminui devido ao fato de a meia-vida do marcador ser curta.

10. (Uel 2022) Marie Curie (1867 - Polônia) foi uma cientista que dedicou a vida aos estudos da radioatividade. Ela
descobriu os elementos 210 Po e 226Ra, foi a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel e a primeira pessoa a conquistá-lo
duas vezes, além de ser a primeira mulher a atuar como professora na Universidade de Paris. Suponha uma quantidade de
128 gramas de 210Po, que tem uma meia vida de 138 dias, decaindo em 206Pb pela emissão de uma partícula alfa.

Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre radioatividade, considere as afirmativas a seguir.

I. Para que se tenha 32 gramas de 210Po, são necessários 276 dias.


II. A partícula alfa é composta por dois prótons e dois nêutrons.
III. Para que se tenha 96 gramas de 206Pb, são necessários 276 dias.
IV. Para que se tenha apenas um grama de 210Po, são necessários 3.328 dias.

Dados: Pb (Z = 82); Po (Z = 84).

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas
GABARITO:

1) b, 2) a, 3) b, 4) a, 5) e, 6) c, 7) d, 8) c, 9) b, 10) a
Física
Fenômenos Elétricos e Magnéticos
Área: Eletrodinâmica - Corrente, Potência e Resistores
Sub Área: Associação de Resistores, Associação mista de Resistores.
Módulo: Eletrodinâmica
Objetivo: Analisar os diferentes circuitos e compreender como aplicar os conceitos das associações de resistores
em série, paralelo e mistos.
1. (Ime 2021)

O circuito mostrado acima, emprega um fio de de seção transversal e resistividade de A diferença


de potencial (ddp) entre os pontos A e B, em volts, é:
a) 2,0
b) 2,5
c) 3,0
d) 3,5
e) 4,5

2. (Enem 2021) Um garoto precisa montar um circuito que acenda três lâmpadas de cores diferentes, uma de cada vez. Ele
dispõe das lâmpadas, de fios, uma bateria e dois interruptores, como ilustrado, junto com seu símbolo de três pontos.
Quando esse interruptor fecha AB, abre BC e vice-versa.

O garoto fez cinco circuitos elétricos usando os dois interruptores, mas apenas um satisfaz a sua necessidade.

Esse circuito é representado por


a)

b)

c)

d)

e)
3. (Ime 2021)

A caixa preta acima possui a associação de um indutor, um capacitor e um resistor. Inicialmente, a chave S está aberta e
não há energia armazenada nos componentes. Em a chave S é fechada. Em a corrente ea

tensão Sabendo que a energia total armazenada nos campos magnético e eletrostático do circuito é a
alternativa correta que apresenta a topologia e os valores dos componentes na caixa preta é:

a)

b)

c)

d)
e)

4. (Ita 2020) Considere o circuito da figura no qual há uma chave elétrica, um reostato linear de comprimento total de
uma fonte de tensão e um capacitor de capacitância conectado a um ponto intermediário do
reostato, de modo a manter contato elétrico e permitir seu carregamento. A resistência entre uma das extremidades do
reostato e o ponto de contato elétrico, a uma distância varia segundo o gráfico abaixo.

Com a chave fechada e no regime estacionário, a carga no capacitor é igual a


a)

b)

c)

d)

e)

5. (Esc. Naval 2020) Propõe-se a realização de um experimento no qual um resistor de está inserido dentro de um

bloco de gelo a O circuito montado está apresentado na figura abaixo.

A bateria tem resistência interna desprezível, e o calor latente de fusão para o gelo é de Sendo assim, qual
é o valor da taxa (em em que esse circuito derreterá o gelo?

a)

b)

c)

d)

e)

6. (Ime 2019)

Uma fonte de tensão com tensão interna e resistência interna protegida por um fusível, alimenta uma

carga por meio de dois cabos com resistência linear igual a como mostra a Figura 1. A Figura 2 mostra a
aproximação da reta característica de operação do fusível utilizado na fonte.

Inicialmente, a carga que consome e opera com tensão terminal igual a mas, subitamente, um curto
circuito entre os cabos que alimentam a carga faz com que o fusível se rompa, abrindo o circuito.

Sabendo-se que o tempo de abertura do fusível foi de a energia total dissipada nos cabos, em joules, durante o
período de ocorrência do curto circuito é, aproximadamente:
a)
b)
c)
d)
e)

7. (Epcar (Afa) 2017) A figura a seguir representa um circuito elétrico constituído por duas baterias de resistências internas
desprezíveis e sete resistores ôhmicos.
Sendo que a máxima potência dissipada em cada resistor não poderá ultrapassar a fem máxima que as baterias
poderão apresentar é, em
a)
b)
c)
d)

8. (Ime 2017)

A figura acima apresenta um arranjo de resistores composto por módulos formados por resistores iguais a Esses
módulos possuem os nós e sendo que todos os nós são conectados entre si por meio de condutores ideais,
conforme apresentado na figura, o mesmo acontecendo com os nós entre si. No primeiro módulo, existem duas baterias
com iguais a
A relação numérica para que a potência total dissipada pelo arranjo seja igual a watts é:

a)

b)
c)

d)

e)

9. (Albert Einstein - Medicina 2016) Por decisão da Assembleia Geral da Unesco, realizada em dezembro de 2013, a luz e as
tecnologias nela baseadas serão celebradas ao longo de 2015, que passará a ser referido simplesmente como Ano
Internacional da Luz. O trabalho de Albert Einstein sobre o efeito fotoelétrico (1905) foi fundamental para a ciência e a
tecnologia desenvolvidas a partir de 1950, incluindo a fotônica, tida como a tecnologia do século 21. Com o intuito de
homenagear o célebre cientista, um eletricista elabora um inusitado aquecedor conforme mostra a figura abaixo. Esse
aquecedor será submetido a uma tensão elétrica de entre seus terminais A e B, e será utilizado, totalmente imerso,

para aquecer a água que enche completamente um aquário de dimensões Desprezando qualquer
tipo de perda, supondo constante a potência do aquecedor e considerando que a distribuição de calor para a água se dê de
maneira uniforme, determine após quantas horas de funcionamento, aproximadamente, ele será capaz de provocar uma
variação de temperatura de na água desse aquário.

Adote:
Pressão atmosférica

Densidade da água

Calor específico da água

= resistor de
a)
b)
c)
d)

10. (Acafe 2016) Um forno elétrico é construído de forma a aquecer um corpo colocado em seu centro de forma mais
uniforme. É composto de resistores iguais de dispostos em forma de cubo, como na figura a seguir.

A intensidade de corrente elétrica, em amperes, que passa pelo circuito quando aplicada uma DDP de entre os
pontos e é:
a)
b)
c)
d)

GABARITO:

1) b, 2) d, 3) d, 4) c, 5) d, 6) c, 7) d, 8) e, 9) c, 10) c

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