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SP4 - Tutoria - Hugo Payão

01 - Descreva a anatomia do sistema auditivo e do equilíbrio (anatomia externa e


interna).

02 - Descreva a histologia do cerebelo.


HISTOLOGIA JUNQUEIRA
❖ Cerebelo:
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➢ Tecido nervoso do cerebelo forma inúmeras pregas chamadas de folhas do


cerebelo;
➢ Substância branca: centro do órgão;
➢ Substância cinzenta: porção mais externa do órgão; forma o córtex cerebela;
➢ Três camadas: molecular (mais externa); central, formada por neurônios de grandes
dimensões chamados de células de Purkinje; e a granulosa (mais interna);
➢ A ramificação dos dendritos das células de Purkinje é muito exuberante, assumindo
o aspecto de um leque;


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03 - Entenda a via auditiva (com fisiologia) e a via do equilíbrio.
SISTEMA AUDITIVO E VESTIBULAR: BEAR
❖ Natureza dos sons:
➢ Fixa auditiva: 20 a 20.000 Hz;
➢ Essa faixa diminui significativamente com a idade e com a exposição a ruídos,
principalmente, no limite das frequências mais altas);
❖ Estrutura do sistema auditivo:
➢ Pavilhão: cartilagem coberta por pele;
➢ Formato pavilhão: mais sensível aos sons que chegam de frente do que de trás;
➢ Meato acústico: aproximadamente 2,5 cm para o interior do crânio; termina na
membrana timpânica;
➢ Membrana timpânica (ou tímpano): conectada à sua membrana estão os ossículos;
➢ Ossículos: localizados em uma pequena câmara preenchida de ar. Eles transferem
os movimentos da membrana timpânica para uma segunda membrana que cobre um
orifício do osso do crânio, chamado de janela oval;
➢ Atrás da janela oval está a cóclea preenchida por fluido, a qual contém mecanismo
que transforma o movimento físico da membrana da janela oval em uma resposta
neural;
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➢ Resumo estágios da via auditiva: onda sonora move a membrana timpânica;


ossículos movem a membrana da janela oval; movimentos da janela oval move o
fluido da cóclea; movimento do fluido da cóclea causa uma resposta nos neurônios
sensoriais;
➢ Resposta neural: é transferido para uma série de núcleos do tronco encefálico, onde
é processado;
➢ A aferência desses núcleos é enviada a um núcleo de retransmissão no tálamo, o n.
geniculado medial (NGM). Por fim, o NGM projeta-se ao córtex auditivo primário (ou
A1), localizado no lobo temporal;


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❖ Ouvido médio:
➢ As variações na pressão do ar são convertidas em movimentos dos ossículos;
➢ Componentes: membrana timpânica, ossículos e dois músculos pequenos que se
ligam aos ossículos;
➢ Membrana timpânica: formato levemente cônico, com a ponta do cone
estendendo-se para dentro da cavidade do ouvido médio;
➢ Ossículos: martelo (malleus), está ligado à membrana timpânica; bigorna (incus),
forma uma conexão rígida com o martelo e uma flexível com o estribo (stapes). A
porção basal achatada do estribo, a platina, move-se para dentro e para fora, como
um pistão na janela oval;
➢ Movimentos da platina: transmitem as vibrações sonoras aos fluidos da cóclea no
ouvido interno;
➢ Tuba de Eustáquio;
➢ Função dos ossículos: amplificação da pressão;
➢ Mecanismos de aumento de pressão na membrana da janela oval em comparação a
pressão na membrana timpânica: ossículos atuam como alavancas (aumentando a
força) e a àrea da membrana da janela oval é muito inferior à área da membrana
timpânica;
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➢ Resultado: pressão na membrana da janela oval é 20 vezes maior do que na


membrana timpânica. Esse aumento é suficiente para mover o fluido no ouvido
interno adequadamente;


➢ Músculo tensor do tímpano: ancorado por uma extremidade ao osso da cavidade do
ouvido médio e, pela outra extremidade, está ligado ao martelo;
➢ Músculo estapédio também se estende desde o ponto de sua fixação no osso até
onde se liga ao estribo;
➢ Quando esses músculos se contraem, a cadeia de ossículos fica muito diminuída. O
início de um som barulhento dispara uma resposta neural que faz esses músculos
de contraírem, uma resposta chamada de reflexo de atenuação;
➢ A atenuação do som é muito maior para frequências baixas do que para altas;
➢ Funções do reflexo de atenuação: adaptar o ouvido ao som contínuo de alta
intensidade; protege o ouvido interno de sons barulhentos; atenuação da percepção
própria da fala (esse reflexo está ativo quando falamos, de modo que não ouvimos a
nossa própria voz tão alta quanto ouviríamos sem esse reflexo);
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❖ Ouvido interno:
➢ Não são todos os componentes do ouvido interno que estão relacionados com a
audição;
➢ Composição: cóclea, parte do sistema auditivo, e pelo labirinto, que não faz parte
desse sistema;
➢ Anatomia da cóclea:
■ Latim: “caracol”;
■ Tubo oco: parte constituída por osso;
■ Pilar central: estrutura óssea cônica;
■ Tamanho cóclea enrolada: aproximadamente de uma ervilha;
■ Base da cóclea: dois orifícios cobertos por membrana: a janela oval e a janela
redonda;
■ Corte transversal: dividido em três câmaras preenchidas por fluido: a escala
vestibular, a escala média e a escala timpânica;
■ As três escalas se dispõem ao redor da porção interna da cóclea como uma
escada em espiral;
■ Membrana de Reissner: separa a escala vestibular da média;
■ Membrana basilar: separa a escala timpânica da média;
■ Apoiado da membrana basilar está o órgão de Corti, o qual contém as células
receptoras auditivas; suspensa sobre esse órgão está a membrana tectorial;
■ Ápice da cóclea: a escala média está fechada, e a escala timpânica tem
continuidade com a escala vestibular através de um orifício nas membranas,
chamado de helicotrema;
■ Base da cóclea: janela oval, na escala vestibular, e a janela redonda, na escala
timpânica;
■ Fluido na escala vestibular e na timpânica: perilinfa, tem constituição iônica similar
à do líquido cerebroespinhal (concentrações baixas de K+ e altas de Na+);
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■ Fluido na escala média: endolinfa, líquido extracelular incomum, pois possui


concentrações iônicas similares à do líquido intracelular, com altas concentrações
de K+ e baixas de Na+;
■ Essa diferença na concentração iônica é por processos de transporte ativo que
ocorrem na estria vascular, o endotélio que recobre a parede da escala média em
contato com a endolinfa;
■ Estria vascular: reabsorve sódio da endolinfa e secreta potássio para ela;
■ Devido às diferenças de concentração iônica e à permeabilidade da membrana de
Reissner, a endolinfa tem potencial elétrico que é aproximadamente 80 mV mais
positivo que o da perilinfa; isso é chamado de potencial endococlear;



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➢ Fisiologia da cóclea:


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■ Formação de mapas tonotópicos;
■ Mapas tonotópicos existem na membrana basilar, em cada um dos núcleos de
retransmissão auditivos, no NGM e no córtex auditivo;
➢ Órgãos de corti e estruturas associadas:
■ Células receptoras auditivas: convertem energia mecânica em uma alteração na
polarização da membrana; estão localizadas nos órgãos de Corti;
■ Órgãos de Corti: células ciliadas, pilares de Corti e por várias células de
sustentação;
■ Receptores auditivos: células ciliadas (cada uma possui 10 - 300 estereocílios em
sua porção apical, microvilosidades rígidas que lembram os cílios);
■ Células ciliadas: não são neurônios;
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■ Evento de transdução do som: inclinação dos estereocílios;
■ Células ciliadas: estão fixas entre a membrana basilar e uma fina lâmina de
tecido, chamada de lâmina reticular;
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■ Os pilares de Corti estendem-se entre essas duas membranas e fornecem


sustentação estrutural;
■ Células ciliares internas (cerca de 4500, dispostas em fileira única): localizadas
entre o modíolo e os pilares de Corti;
■ Células ciliares externas (cerca de 12k - 20k, disposta em três fileiras): células
dispostas mais externamente aos pilares de Corti;
■ Estereocílios: estendem-se do limite apical das células ciliadas, para cima da
lâmina reticular, no interior da endolinfa, mantendo suas extremidades distais na
substância gelatinosa da membrana tectorial (células ciliadas externas) ou logo
abaixo da membrana tectorial (células ciliadas internas);
■ Para guardar as membranas internas dos órgãos de Corti: lembre que basilar está
na base do órgão de Corti, a tectorial forma o teto sobre a estrutura e a reticular
está no meio, apoiada sobre as células ciliadas;
■ Células ciliadas: fazem sinapse com os neurônios cujos corpos celulares estão no
gânglio espiral, dentro do modíolo;
❖ Processos auditivos centrais:
➢ Anatomia das vias auditivas:
■ As aferências do gânglio espiral entram no tronco encefálico pelo nervo
vestibulococlear;
■ No nível do bulbo, cad axônio ramifica-se de modo a fazer sinapse
simultaneamente com neurônios do núcleo coclear posterior e do n. coclear
anterior, ipsilaterais à cóclea, de onde os axônios se originam;
■ A partir desse ponto, o sistema fica mais complicado, e as conexões são menos
compreendidas, pois existem múltiplas vias paralelas;
■ Em vez de tentar descrever todas essas conexões, seguiremos uma via
particularmente importante dos núcleos cocleares ao córtex auditivo;
■ As células do n. coclear ventral projetam seus axônios à oliva superior (ou n.
olivar superior) de ambos lados do tronco encefálico;
■ Os axônios dos neurônios olivares ascendem pelo lemnisco lateral (um lemnisco
é um conjunto de axônios) e inervam o colículo inferior, no mesencéfalo;
■ Muitos axônios eferentes do n. coclear posterior seguem uma rota similar à via do
n. coclear anterior, mas a via posterior segue diretamente, sem parar na oliva
superior;
■ Embora existam outras vias dos n. cocleares ao colículo inferior com outros n. de
retransmissão intermediários, todas vias auditivas ascendentes convergem para o
colículo inferior;
■ Os neurônios do colículo inferior enviam axônios ao n. geniculado medial (NGM)
do tálamo, o qual, por sua vez, projeta-se ao córtex auditivo;
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➢ Propriedades das respostas dos neurônios na via auditiva:
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■ Os neurônios apenas disparam potenciais de ação em resposta ao som de uma


faixa limitada de frequência, uma vez que as células ciliadas são excitadas pelas
deformações da membrana basilar, e cada porção da membrana basilar é
sensível ao máximo para uma determinada faixa de frequências;


■ À medida que a via auditiva ascende no tronco encefálico, as propriedades de
resposta das células tornam-se mais diversificadas e complexas. Por exemplo,
algumas células dos n. cocleares são especialmente sensíveis a sons que variam
de frequência ao longo do tempo.
SISTEMA VESTIBULAR
❖ Características gerais:
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➢ Informa sobre a posição e o movimento da cabeça, provendo-nos com o sentido do


equilíbrio, além de auxiliar na coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos e
nos ajustes da postura corporal;
❖ Sistema vestibular:
➢ Labirinto vestibular:
■ O sistema vestibular, assim como o auditivo, utiliza células ciliadas para
transduzir os movimentos;
■ Todas as células ciliadas estão confinadas em conjuntos de câmaras
interconectadas, denominadas labirinto vestibular;
■ Composição do labirinto vestibular: órgãos otolíticos, que detectam a força da
gravidade e as inclinações da cabeça, e os ductos semicirculares, que são
sensíveis à rotação da cabeça;
■ Cada estrutura é sensível a um tipo diferentes de movimento, não devido a
diferenças nas células ciliadas, mas pelas estruturas especializadas dentro das
quais estão dispostas as células ciliadas;
■ Órgãos otolíticos: denominados sáculo e utrículo, são câmaras relativamente
grandes próximas ao centro do labirinto;
■ Ductos semicirculares: são três estruturas em forma de arco no labirinto;;
■ Células ciliadas dos órgãos vestibulares: estabelece sinapse excitatória com o
nervo vestibular, um ramo do nervo vestibulococlear (NC VIII);


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➢ Órgãos otolíticos:
■ Sáculo e utrículo: detectam mudanças no ângulo da cabeça, como também a
aceleração linear dela;
■ Cada órgão otolítico contém um epitélio sensorial, chamado de mácula, que está
orientado verticalmente dentro do sáculo e horizontalmente dentro do utrículo
quando a cabeça está aprumada;
■ Otocônias: pequenos cristais de carbonato de cálcio, incrustadas nas coberturas
gelatinosa da mácula, próximas às pontas dos feixes de estereocílios, e são o
elemento-chave para sensibilidade da mácula a inclinações. Elas possuem uma
densidade superior à da endolinfa circundante;
■ Quando o ângulo da cabeça muda ou quando a cabeça sofre aceleração, uma
força (inércia ao movimento) é exercida sobre as otocônias que, por sua vez,
exercem uma força no mesmo sentido sobre a cobertura gelatinosa, movendo-a
levemente e inclinando, assim, os estereocílios das células ciliadas;
■ Contudo, não é qualquer inclinação do estereocílio que produzirá resultado. Cada
célula ciliada tem um cílio especialmente longo, chamado de cinocílio;
■ A inclinação dos estereocílios na direção oposta ao cinocílio resulta em
hiperpolarização, inibindo a célula;
■ Se os estereocílios forem inclinados perpendiculares à direção preferencial, eles
respondem fracamente;
■ Conjunto sáculo e utrículo de um lado da cabeça é uma imagem especular do
conjunto do outro lado, de modo que, quando um determinado movimento da
cabeça excita as células ciliadas de um lado, ele inibe as células na localização
correspondente do outro lado;


■ Assim, qualquer inclinação ou aceleração da cabeça excita algumas células
ciliadas, inibe outras e não exerce efeito algum sobre as demais;
➢ Ductos semicirculares:
■ Detectam movimentos de rotação da cabeça, como sacudi-la de um lado para o
outro ou no movimento de assentir, inclinando sua cabeça para cima ou para
baixo;
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■ Também detectam a aceleração, porém de uma forma diferente dos órgãos


otolíticos;
■ A aceleração angular é gerada por movimentos rotacionais repentinos e
constitui-se no estímulo para os ductos semicirculares;
■ As células ciliadas são agrupadas em uma camada de células, a crista, localizada
dentro de uma protuberância do ducto, chamada de ampola;
■ Os estereocílios se projetam para dentro da cúpula gelatinosa, a qual se estende
no lúmen da ampola;
■ Todas as células ciliadas na ampola possuem seus cinocílios orientados no
mesmo sentido, indicando que todas células ficam excitadas ou inibidas
conjuntamente;
■ Os ductos semicirculares são preenchidos com endolinfa, o mesmo fluido que
preenche a escala média da cóclea;
■ Inclinação dos estereocílios: ocorre quando o ducto sofre uma repentina rotação
sobre o seu eixo como uma roda; à medida que a parede do ducto e a cúpula
começam a girar, a endolinfa tende a se atrasar em relação ao movimento, devido
à inércia;
■ O movimento mais lento da endolinfa exerce uma força sobre a cúpula, como o
vento sobre a vela de um barco;
■ Essa força encurva a cúpula, que inclina os estereocílios, os quais,por sua vez,
podem excitar ou inibir a liberação de neurotransmissor das células ciliadas para
as terminações axonais do nervo vestibular;
■ Juntos, os três ductos semicirculares de cada lado da cabeça auxiliam na
sensação de todos os ângulos possíveis de rotação;
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➢ Vias vestibulares centrais e reflexos vestibulares:


■ Os axônios vestibulares centrais coordenam e integram as informações sobre os
movimentos da cabeça e do corpo e utilizam para controlar a eferência dos
neurônios motores que ajustam a posição da cabeça, dos olhos e do corpo;
■ Os axônios vestibulares primários do NC VIII fazem conexões diretas com os n.
vestibulares lateral e medial, no mesmo lado do tronco encefálico, bem como com
o cerebelo;
■ Os n. vestibulares também recebem aferências de outras partes do encéfalo,
incluindo do cerebelo e dos sistemas sensoriais somáticos e visual, combinando,
desse modo, a informação vestibular aferente com os dados sobre o sistema
motor e de outras modalidades sensoriais;
■ Os n. vestibulares, por sua vez, projetam-se para vários alvos rostrais a eles, no
tronco encefálico, os e caudais, para a medula espinal. Por exemplo, os axônios
dos órgãos otolíticos projetam-se para o n. vestibular lateral, o qual se projeta,
então, via trato vestibuloespinhal, aos neurônios motores espinhais que controlam
os m. das pernas, auxiliando na manutenção da postura;
■ É provável que o córtex mantenha continuamente uma representação da posição
e da orientação do corpo no espaço, o que é essencial para a nossa percepção
de equilíbrio e para o planejamento e a execução de movimentos complexos e
coordenados;

❖ Considerações finais:
➢ As vias auditivas e vestibulares estão totalmente separadas, exceto, talvez, nos
níveis mais superiores do córtex;
➢ A informação auditiva está frequentemente à frente da nossa consciência, ao passo
que a sensação vestibular normalmente opera sem ser notada;
VIA AUDITIVA: MACHADO
❖ Vias auditivas:
➢ NI: localizado no gânglio espiral situado na cóclea. São neurônios bipolares, cujos
prolongamentos periféricos são pequenos e terminam em contato com as células do
órgão de Corti. Os prolongamentos centrais constituem a porção coclear do nervo
vestibulococlear e termina na ponte, fazendo sinapse com NII;
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➢ NII: situados nos n. cocleares dorsal e ventral. Seus axônios cruzam para o lado
oposto, constituindo o corpo trapezoide, contornam o complexo olivar superior e
inflectem-se cranialmente para formar o lemnisco lateral terminam fazendo sinapse
com NIII no colículo inferior. Existe certo número de fibras provenientes dos n.
cocleares que penetram no lemnisco lateral do mesmo lado, sendo, por conseguinte,
homolaterais;
➢ NIII: a maioria dos NIII da via auditiva está localizada no colículo inferior. Seus
axônios dirigem-se ao corpo geniculado medial, passando pelo braço do colículo
inferior;
➢ NIV: estão localizados no corpo geniculado medial. Seu n. principal é organizado
tonotopicamente e seus axônios formam a radiação auditiva do córtex, situada no
giro temporal transverso anterior;
➢ Admite-se que a maioria dos impulsos auditivos chegam ao córtex através de uma
via como a acima descrita. Entretanto, muitos impulsos auditivos seguem trajeto
mais complicado, envolvendo um número variável de sinapses. Apesar de bastante
complicada, a via auditiva mantém organização tonotópica, ou seja, impulsos
nervosos relacionados com tons de determinadas frequências seguem caminhos
específicos ao longo de toda a via, projetando-se em áreas específicas da área
auditiva;
➢ Peculiaridades da via auditiva:
■ possui grande número de fibras homolaterais. Assim, cada área auditiva do córtex
recebe impulsos originados na cóclea de seu próprio lado e na do lado oposto,
sendo impossível a perda de audição por lesão de uma só área auditiva;
■ possui grande número de relés. Assim, enquanto nas demais vias o número de
neurônios ao longo da via é geralmente três, na via auditiva este número é de
quatro ou mais;
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VIA VESTIBULAR: MACHADO
❖ Vias vestibulares:
➢ NI: células bipolares localizadas no gânglio vestibular. Seus prolongamentos
periféricos, pequenos, ligam-se aos receptores, e os centrais, muito maiores,
constituem a porção vestibular do nervo vestibulococlear, cujas fibras fazem sinapse
com NII;
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➢ NII: localizam-se nos n. vestibulares. A partir desses núcleos, temos a considerar


dois trajetos, conforme se trate de via consciente ou inconsciente;
■ via inconsciente - axônios de NII dos n. vestibulares formam o fascículo
vestibulocerebelar, que ganha o córtex do vestíbulocerebelo, passando pelo
pedúnculo cerebelar inferior. Fazendo exceção algumas fibras que vão
diretamente ao cerebelo, sem sinapse nos núcleos vestibulares;
■ via consciente - a existência de conexões entre os n. vestibulares e o córtex
cerebral foi negada durante muito tempo, mas está estabelecida hoje. Contudo,
há controvérsia quanto o trajeto da via, embora a existência de um relé talâmico
seja geralmente admitida. No que se refere à localização da área vestibular no
córtex, admite-se que ela está no lobo parietal, próximo ao território da área
somestésica correspondente à face;

04 - Relacione a via auditiva com a do equilíbrio.

05 - Entenda a relação entre náuseas e equilíbrio.

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