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Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Curso de Mestrado Integrado em Medicina


Módulo II.II - Anatomia

ANATOMIA
2º Semestre
Índice
Sistema Cardiovascular ............................................................................................................................................ 9
Situação e forma do coração ............................................................................................................................... 9
Bordos do coração................................................................................................................................................... 9
Paredes dos ventrículos do coração .................................................................................................................. 9
Área Cardíaca ........................................................................................................................................................... 9
Musculatura do coração ..................................................................................................................................... 10
Representação topográfica das válvulas ........................................................................................................ 11
Septo incompleto do ventrículo direito........................................................................................................... 12
Sistema Cardionector .......................................................................................................................................... 12
Fita Interatrial de Bachman do Sistema Cardionector ............................................................................. 13
Fitas Internodais do Sistema Cardionector .................................................................................................. 13
Triângulo de Koch ................................................................................................................................................. 14
Canal Aórtico de Marc Seé ................................................................................................................................. 14
Fita arciforme ou trabécula do septo marginal ........................................................................................... 14
Prega Vestigial de Marshall ................................................................................................................................ 15
Artéria Coronária Esquerda ............................................................................................................................... 15
Artéria Coronária Direita .................................................................................................................................... 16
Circulação Coronária ........................................................................................................................................... 16
Espaço Portal .......................................................................................................................................................... 17
Grande corno de Haller ....................................................................................................................................... 17
Fundos de saco do pericárdio seroso.............................................................................................................. 17
Seio Transverso de Theile ............................................................................................................................... 17
Seio Oblíquo de Haller ..................................................................................................................................... 18
Linha de reflexão do pericárdio ........................................................................................................................ 19
Ligamentos do pericárdio fibroso ..................................................................................................................... 20
Freno-pericárdicos ............................................................................................................................................ 20
Esterno-pericárdico superior......................................................................................................................... 20
Esterno-pericárdico inferior ........................................................................................................................... 20
Vértebro-pericárdicos....................................................................................................................................... 20
Corona Cordis ........................................................................................................................................................ 21
Aorta Torácica ........................................................................................................................................................ 21
Aorta Torácica Descendente - Colaterais ...................................................................................................... 21
Ligamento de Mayer ............................................................................................................................................. 22
Artéria Carótida Primitiva .................................................................................................................................. 22
Bifurcação da carótida primitiva/comum ..................................................................................................... 23
Artéria Carótida Externa .................................................................................................................................... 23

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ANATOMIA – 2º Semestre
Artéria Carótida Interna...................................................................................................................................... 24
Origem da artéria comunicantes posterior ................................................................................................... 27
Polígono de Willis .................................................................................................................................................. 27
Pinça do Motor Ocular Comum ........................................................................................................................ 28
Anastomoses intra-extracranianas ................................................................................................................. 28
Veia Zeferina ........................................................................................................................................................... 28
Seios venosos cranianos ..................................................................................................................................... 28
Grupo póstero-superior ................................................................................................................................... 28
Grupo ântero-inferior ....................................................................................................................................... 31
Veia Jugular Interna ............................................................................................................................................ 35
Veia Subclávia ........................................................................................................................................................ 36
Zonas sem drenagem linfática .......................................................................................................................... 37
Gânglio jugulo-digástrico ou de Kutner [N-72]............................................................................................ 37
Gânglio jugulo-omohioideu ou de Poirier [N-72]......................................................................................... 38
Canal Torácico ....................................................................................................................................................... 38
Via para-esofágica de Santos Ferreira............................................................................................................ 39
Via para-cávica ...................................................................................................................................................... 39
Gânglio de Wirchow-Troisier ............................................................................................................................. 39
Ligamento arterial ................................................................................................................................................. 39
Gânglio de Wrisberg ............................................................................................................................................. 40
Buraco Lácero Posterior ...................................................................................................................................... 40
Aorta Abdominal – Origem dos colaterais ..................................................................................................... 40
Relação entre os vasos ilíacos primitivos ...................................................................................................... 41
Relações entre as artérias renais e a veia cava inferior ............................................................................ 41
Plexo de Batson ..................................................................................................................................................... 41
Sistema Porta Hepático ....................................................................................................................................... 41
Ramos de origem ............................................................................................................................................... 41
Tronco Porta........................................................................................................................................................ 42
Anastomoses Porto-Cava .................................................................................................................................... 43
Anastomoses Cava-Cava – Veia Ázigos .......................................................................................................... 44
Fosseta de Barety .................................................................................................................................................. 46
Espaço pelvi-rectal superior .............................................................................................................................. 46
Bainha Hipogástrica ......................................................................................................................................... 46
Triângulo de Beclard e Triângulo de Pirogoff ............................................................................................... 47
Plexo tonsilar de Andersch................................................................................................................................. 47
Aneurisma Intra-cavernoso da Carótida Interna ........................................................................................ 48
Artéria e veia subclávias ..................................................................................................................................... 48
Espaço Supraesternal .......................................................................................................................................... 48

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ANATOMIA – 2º Semestre
Espaço Supraclavicular ...................................................................................................................................... 49
Sistema Respiratório ................................................................................................................................................ 50
Vestígio adiposo do timo ..................................................................................................................................... 50
Loca Tímica ............................................................................................................................................................. 50
Ligamento esterno-pericárdio superior .......................................................................................................... 50
Fascia Endotorácica ............................................................................................................................................. 50
Lobos do pulmão esquerdo ................................................................................................................................ 51
Lobo apical de Nelson .......................................................................................................................................... 51
Tumor no ápex do pulmão ................................................................................................................................. 51
Pleuras ...................................................................................................................................................................... 51
Espaço hio-tiro-epiglótico ................................................................................................................................... 52
Fossas nasais ......................................................................................................................................................... 52
Esqueleto cartilagíneo do nariz ........................................................................................................................ 55
Vascularização arterial das fossas nasais - Quadrantes ......................................................................... 57
Cartilagens tritíceas da laringe ......................................................................................................................... 58
Músculos intrínsecos da laringe ...................................................................................................................... 58
Irrigação arterial da laringe ............................................................................................................................... 59
Inervação da laringe ............................................................................................................................................. 60
Drenagem Linfática da Laringe......................................................................................................................... 61
Relações da traqueia ............................................................................................................................................ 61
Diferença entre os brônquios principais ....................................................................................................... 63
Segmentação do brônquio principal direito .................................................................................................. 63
Segmentação do brônquio principal esquerdo ............................................................................................ 64
Pulmão ...................................................................................................................................................................... 64
Pulmão – relações da face mediastínica ........................................................................................................ 64
Hilos pulmonares .................................................................................................................................................. 66
Pulmão – Relações internas do vértice ........................................................................................................... 67
Segmentação Pulmonar ...................................................................................................................................... 68
Relações da cúpula pleural ................................................................................................................................ 69
Aparelho Suspensor da Pleura de Sebileau.................................................................................................. 70
Fosseta supra-retro-pleural de Sebileau ....................................................................................................... 71
Vasos e nervos do sistema respiratório ......................................................................................................... 71
Mediastino ................................................................................................................................................................... 75
Divisões .................................................................................................................................................................... 75
Sistema Digestivo ...................................................................................................................................................... 81
Loca da Parótida .................................................................................................................................................... 81
Triângulos da Parede Posterior da Loca Parotídea ................................................................................. 82
Loca da Glândula Submaxilar .......................................................................................................................... 83

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ANATOMIA – 2º Semestre
Loca da Glândula Sublingual ............................................................................................................................ 84
Espaço Maxilo-Faringeo ...................................................................................................................................... 86
Relações da artéria lingual e músculos da língua ...................................................................................... 87
Canal de Wharton ................................................................................................................................................. 87
Ligamento de Berry .............................................................................................................................................. 88
Hipofaringe .............................................................................................................................................................. 88
Pontos fracos da Nasofaringe – Seios de Morgagni .................................................................................... 88
Pontos fracos da Hipofaringe............................................................................................................................. 88
Anéis Linfáticos da Faringe ................................................................................................................................ 89
Pinça de Jackson................................................................................................................................................... 89
Comunicação mediastino posterior – espaço retro-faringeo ................................................................... 90
Relações do esófago .............................................................................................................................................. 90
Irrigação arterial do esófago .............................................................................................................................. 93
Drenagem venosa do esófago ............................................................................................................................ 94
Irrigação arterial do estomago .......................................................................................................................... 95
Drenagem venosa do estomago ........................................................................................................................ 96
Drenagem linfática do estomago ...................................................................................................................... 97
Grande arco epiploico de Hyrtl ......................................................................................................................... 98
Grande arco epiploico de Barkon..................................................................................................................... 98
Incisura Angularis ................................................................................................................................................ 99
Cárdia ....................................................................................................................................................................... 99
Artéria Gástrica Esquerda = Coronária Estomáquica ............................................................................... 99
Vias anastomóticas entre as artérias mesentéricas superior e inferior ............................................ 100
Quadrilátero venoso da artéria mesentérica superior............................................................................. 100
Tronco de Henlé = tronco venoso gastro-cólico ......................................................................................... 100
Triângulo inter-porto-colédoco ....................................................................................................................... 100
Nervos de Latarjet ............................................................................................................................................... 100
Nervo Criminal de Grassi ................................................................................................................................. 100
Nervo Amelitta Galli-Curci ............................................................................................................................... 100
Ligamento Freno-Esofágico .............................................................................................................................. 101
Epíploon pancreático-esplénico ...................................................................................................................... 101
Relações do bloco duodeno-pancreático ...................................................................................................... 101
Irrigação Arterial do Bloco Duodeno-Pancreático..................................................................................... 102
Drenagem Linfática do Bloco Duodeno-Pancreático ............................................................................... 103
Mesentério ............................................................................................................................................................. 104
Irrigação Arterial do Jejuno-Ileon .................................................................................................................. 105
Drenagem venosa do Jejuno-Ileon ................................................................................................................ 106
Prega Avascular de Treves................................................................................................................................ 106

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ANATOMIA – 2º Semestre
Drenagem Linfática do Jejuno-Ileon ............................................................................................................. 106
Área Avascular de Treves.................................................................................................................................. 107
Óculos vasculares de Monks e Bolsas Adiposas de Monks................................................................... 107
Região Ceco-Apendicular .................................................................................................................................. 107
Mesocolon Descendente .................................................................................................................................... 108
Mesocolon Sigmoideu ........................................................................................................................................ 108
Irrigação arterial do Cólon ............................................................................................................................... 109
Drenagem Venosa do Cólon ............................................................................................................................. 110
Drenagem Linfática do Cólon Direito ........................................................................................................... 110
Drenagem Linfática do Cólon Esquerdo ...................................................................................................... 111
Territórios de barragem (“Watershet Area”) dos instestinos ................................................................. 112
Recto ........................................................................................................................................................................ 112
Irrigação arterial do Recto ................................................................................................................................ 115
Drenagem venosa do Recto .............................................................................................................................. 115
Drenagem Linfática do Recto .......................................................................................................................... 116
Segmentação hepática ....................................................................................................................................... 117
Segmentação Hepática e Supra-Hepática ................................................................................................... 118
Segmentação Vias Biliares ............................................................................................................................... 119
Triângulo de Calot............................................................................................................................................... 119
Baço ......................................................................................................................................................................... 119
Loca esplénica .................................................................................................................................................. 120
Peritoneu do baço............................................................................................................................................ 120
Locas peritoneais................................................................................................................................................. 121
Grande Epiloon (=gastro-cólico) ..................................................................................................................... 122
Hiato de Winslow ................................................................................................................................................. 123
Cavidade Posterior dos Epiploons ................................................................................................................. 123
Vasos e nervos do sistema digestivo ............................................................................................................. 124
Sistema Urinário ..................................................................................................................................................... 131
Meios de fixação do Rim ................................................................................................................................... 131
Relações do Rim................................................................................................................................................... 132
Linha de Brodel.................................................................................................................................................... 135
Fáscia Peri-renal.................................................................................................................................................. 135
Gordura Peri e Para Renal ............................................................................................................................... 136
Gordura Para-Renal de Gerota ....................................................................................................................... 136
Triângulo gástrico ............................................................................................................................................... 136
Circulação renal .................................................................................................................................................. 136
Funcionamento do rim ...................................................................................................................................... 136
Irrigação arterial do rim .................................................................................................................................... 136

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ANATOMIA – 2º Semestre
Segmentação do Rim.......................................................................................................................................... 139
Veia Renal .............................................................................................................................................................. 140
Uretero- relações ................................................................................................................................................. 140
Ponto Ureteral ...................................................................................................................................................... 142
Triângulo vesical de Liautaud ......................................................................................................................... 142
Fascia umbilico-pré-vesical ............................................................................................................................. 143
Espaço de Retzius = pré-vesical = retro-púbico ........................................................................................ 143
Diferenças entre uretra masculina e feminina .......................................................................................... 143
Sistema Genital Masculino .................................................................................................................................. 147
Corpo de Highmore ............................................................................................................................................. 147
Bolsas escrotais ................................................................................................................................................... 147
Túnica vaginal ...................................................................................................................................................... 148
Vias Espermáticas .............................................................................................................................................. 148
Epididimo............................................................................................................................................................... 148
Canal Deferente ................................................................................................................................................... 148
Canal deferente no cordão espermático [p. funicular] ........................................................................ 149
Canal deferente no canal inguinal [p. inguinal] .................................................................................... 149
Canal deferente [p. pélvica] .......................................................................................................................... 149
Vesículas seminais ............................................................................................................................................. 150
Loca Prostática ..................................................................................................................................................... 150
Toque rectal .......................................................................................................................................................... 150
Dor referida no testículo ................................................................................................................................... 150
Dor referida na glande ....................................................................................................................................... 150
Sistema Genital Feminino .................................................................................................................................... 151
Fosseta Ovárica de Krause............................................................................................................................... 151
Fosseta Sub-Ovárica de Claudius ................................................................................................................. 151
Fundo de saco anular ........................................................................................................................................ 151
Ligamentos do útero........................................................................................................................................... 151
Ligamento redondo do útero no canal inguinal ........................................................................................ 152
Ligamentos largos do útero.............................................................................................................................. 152
Drenagem Linfática da Mama ......................................................................................................................... 154
Sistema nervoso Autónomo ................................................................................................................................. 156
Simpático vs Parassimpático ........................................................................................................................... 156
Simpático ............................................................................................................................................................... 157
Parassimpático ..................................................................................................................................................... 158
Sistema Endócrino.................................................................................................................................................. 160
Hipotálamo ............................................................................................................................................................ 160
Glândula Tiroideia .............................................................................................................................................. 160

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ANATOMIA – 2º Semestre
Glândulas Supra-renais.................................................................................................................................... 162
Outras coisas - Listas ............................................................................................................................................ 163
Serosas do corpo humano ................................................................................................................................ 163
Artérias espiraladas do corpo humano ........................................................................................................ 163
Artérias coronárias do corpo humano .......................................................................................................... 163
Artérias inconstantes ......................................................................................................................................... 163
Mnemónicas .............................................................................................................................................................. 164
Colaterais da artéria oftálmica (carótida interna) ..................................................................................... 164
Colaterais da carótida externa ........................................................................................................................ 164
Colaterais da ilíaca interna .............................................................................................................................. 164
Colaterais das artérias do tronco celíaco .................................................................................................... 165
Colaterais da mesentérica superior .............................................................................................................. 165
Camadas das bolsas escrotais ........................................................................................................................ 166

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ANATOMIA – 2º Semestre
Sistema Cardiovascular
Situação e forma do coração
O coração localiza-se no mediastino anterior e tem uma forma de pirâmide
triangular, cujo grande eixo varia com a forma do tórax:
 Tórax estreito: quase vertical;
 Tórax largo: quase horizontal.
Num tórax de dimensões médias, o seu eixo é oblíquo para a frente, para a
esquerda, e ligeiramente para baixo.
Apresenta:
-três faces: anterior / esterno-costal; inferior / diafragmática; lateral esquerda
(“desaparece” durante a sístole).
-três bordos: direito (agudo); lateral anterior (obtuso); lateral posterior.
-três sulcos: interventricular; interauricular; aurículo-ventricular.
-base;
-vértice.

Bordos do coração
O coração tem dois bordos, um direito e um esquerdo. Tendo em conta os ângulos
que os bordos fazem, o direito também pode ser chamado de agudo e o esquerdo de
obtuso.

Paredes dos ventrículos do coração


Os ventrículos do coração têm dois tipos de parede, septal e livre. A primeira
corresponde à parede do septo interventricular. A segunda corresponde à parede que
une as duas extremidades da parede septal.

Área Cardíaca
Num toráx normal e segundo Rouviere, a área cardíaca corresponde a:
 Ângulo sup-dir: 2º espaço intercostal dir, a 1 cm do esterno.
 Ângulo sup-esq: 2º espaço intercostal esq, a cm do esterno.
 Ângulo inf-dir: 6º espaço intercostal dir, extremidade esternal.
 Ângulo inf-esq: 5º espaço intercostal esq, ínf-int ao mamilo, a 8 cm da linha
média.

9
ANATOMIA – 2º Semestre
Musculatura do coração
Os músculos do coração apresentam colunas carnosas ou carnudas que podem
ser de três ordens:
 1ª ordem (pilares do coração; músculos papilares): unidas na base, livres na
extremidade. Do seu vértice partem cordas tendinosas, que podem ser de três ordens:
 1ª ordem: fixam-se ao bordo aderente da válvula;
 2ª ordem: fixam-se à face parietal;
 3ª ordem: fixam-se ao bordo livre.
 2ª ordem: unidas pelas duas extremidades à parede ventricular; livres na
restante extensão.
 3ª ordem: aderem à parede em toda a sua extensão; são simples saliências.

10
ANATOMIA – 2º Semestre
Representação topográfica das válvulas
Válvula tricúspide:
 Superfície elíptica com grande eixo oblíquo para baixo e direita;
 Tem a sua extremidade superior na extremidade esternal do 4º espaço
intercostal esq e a extremidade inferior na extremidade esternal do 6º
espaço intercostal dir.
Válvula mitral:
 Extremidade interna das 4ª e 5ª cartilagens costais.
Válvula aórtica:
 Elipse muito alongada, inclinada a 45º de superior para inferior e da
esquerda para a direita, a partir do bordo inferior da 3ª cartilagem costal
esquerda, muito perto do esterno.
Válvula pulmonar:
 Parte interna da 3ª cartilagem costal.

11
ANATOMIA – 2º Semestre
Septo incompleto do ventrículo direito
Este septo vai separar a camara de entrada da camara de saida do ventriculo
direito. É constituido por:
- valva anterior da tricuspide
- musculo papilar anterior
- musculo do infundibulum ou do cone arterial
- esporão de wolff
- fita arciforme

Sistema Cardionector
O sistema cardionector é constituido por:
Nódulo Sinusal:
 Subepicárdico
 Localizado no sulco terminal de His, perto da junção entre veia cava
superior e aurícula direita.
Nódulo Aurículo-Ventricular:
 Subendocárdico
12
ANATOMIA – 2º Semestre
 Localizado no triângulo de Koch.
Feixe aurículo-ventricular de His:
 Ramo direito: passa pela trabécula septo-marginal, até alcançar o
músculo papilar tricúspide anterior;
 Ramo esquerdo: mais disperso, distribui-se pela superfície septal do
ventrículo esquerdo.

Fita Interatrial de Bachman do Sistema Cardionector


Vai desde o nodulo sinusal até à auricula esquerda.

Fitas Internodais do Sistema Cardionector


A fita internodal anterior começa no bordo anterior do nódulo sinusal e curva-se
anteriormente em torno da veia cava superior, entrando no bordo superior do nódulo
AV.
A fita internodal média (= Wenckbach) começa nos bordos superior e posterior do
nódulo sinusal, caminha posteriormente à veia cava superior até à crista do septo
interauricular, e desce no septo interauricular até ao bordo superior do nódulo AV.
A fita internodal posterior começa no bordo posterior do nódulo sinusal, viaja
posteriormente em torno da veia cava superior e ao longo da crista terminal de His até à

13
ANATOMIA – 2º Semestre
crista de eustáquio, e a seguir, para dentro do septo interauricular, acima do seio
coronário, onde se junta à porção posterior do nódulo AV.

Triângulo de Koch
Espaço localizado na auricula direita, muito inconstante, uma vez que só existe
em 30% dos casos.
Limites:
- sup: prega vascular do seio coronário (=fita do seio=tendão de todaro) [ausente
em 2/3 dos corações]
- post-inf: valvula Thebesius do seio coronário
- ant: anel tendinoso tricuspide.
Conteúdo:
- parte septal do nódulo auriculo-ventricular de Aschoff-Tawara
- parte inicial do feixe de His

Canal Aórtico de Marc Seé


Corresponde à camara de saida do ventriculo esquerdo e termina no orificio
aortico.
O septo incompleto que separa as duas câmaras do ventrículo esquerdo é
constituído pela valva direita da válvula mitral e pelas respectivas cordas tendinosas e
pilares.

Fita arciforme ou trabécula do septo marginal


É um musculo papilar de 2ª ordem que se insere por uma extremidade na face
anterior do ventrículo direito, junto à base do pilar anterior, e por outra na face interna
do ventrículo. É especial devido ás suas ligações com o feixe de His. Tem um bordo

14
ANATOMIA – 2º Semestre
posterior e um anterior, em que este ultimo se une às paredes anterior e interna do
ventrículo.

Prega Vestigial de Marshall


Localiza-se entre a artéria pulmonar esquerda (acima) e a veia pulmonar superior
esquerda (abaixo), separando o seio transverso de Theile da cavidade formada entre
estes vasos.

Artéria Coronária Esquerda


Nasce da porção superior do seio aórtico esquerdo e é conhecida por “tronco
comum”, sendo que se bifurca na descendente anterior e na circunflexa (trifurcação:
ramus intermedius).
Descendente anterior:
 Ramos septais: dois terços superiores do septo interventricular; feixe de His;
ramo esquerdo proximal do feixe de His.
 Ramos diagonais: porção anterior da parede livre do ventrículo esquerdo,
parte do músculo papilar mitral ântero-externo, e terço interno da parede livre anterior
do ventrículo direito.
Circunflexa:
 Ramos marginais obtusos: parede lateral livre do ventrículo esquerdo; parte
do músculo papilar ântero-externo do ventrículo esquerdo

15
ANATOMIA – 2º Semestre
Artéria Coronária Direita
Nasce do seio aórtico direito e é dominante em 85% dos casos, ou seja, origina a
artéria descendente posterior.
Dá origem a vários ramos:
 Artéria do cone arterial (anastomose com análogo da descendente anterior:
círculo de Vieussens);
 Artéria do nódulo sinusal (60%).
 Ramos marginais agudos: parede anterior do ventrículo direito.
 Artéria anastomótica de Kugel, que se anastomosa com a circunflexa
proximal.
 Descendente posterior:
 Artéria do nódulo aurículo-ventricular (85%);
 Terço inferior do septo interventricular;
 Feixe de his;
 Ramo direito do feixe de His;
 Porção posterior do ramo esquerdo do feixe de His;
 Músculo papilar mitral póstero-interno.

Circulação Coronária
Ao contrário do resto da circulação do nosso corpo, a circulação coronária ocorre
em diástole, porque durante a sistole o coração está contraido, o que cria resistencia ao
enchimento e ao fluxo coronário. Além disso, durante a sistole, as valvas da valvula
sigmoideia da aorta tapam os orificios de origem das artérias coronárias, impedindo a
entrada de sangue.
16
ANATOMIA – 2º Semestre
Espaço Portal
Espaço que existe entre o pericárdio e o diafragma e que está preenchido por
tecido adiposo.

Grande corno de Haller


Porção mais elevada do pericárdio.

Fundos de saco do pericárdio seroso


Seio Transverso de Theile
 Separa pedículos arterial e venoso.
 Limitado:
 Ant: face posterior do pedículo arterial;
 Post: face anterior das aurículas e veia cava superior;
 Sup: artéria pulmonar direita;

 Orifício esquerdo:
 Ext: aurícula e apêndice esquerdos;
 Int: tronco pulmonar;
 Inf: coronária esquerda.
 Orifício direito:
 Int: aorta;
 Ext: auricula e apêndice direito + veia cava sup;
 Inf: coronária direita.
17
ANATOMIA – 2º Semestre
Seio Oblíquo de Haller
Localiza-se na face posterior da aurícula esquerda, entre veias pulmonares
esquerdas e direitas e relaciona-se como o esofago.

18
ANATOMIA – 2º Semestre
Linha de reflexão do pericárdio
Relativamente à linha de reflexão pericárdica, sobre a face anterior do coração:
inicia-se, à esquerda, sobre o bordo inferior da artéria pulmonar esquerda. Daí, desloca-
se para cima e direita, até ao ângulo de bifurcação do tronco pulmonar. Depois passa
pela aorta e, continuando o seu trajecto obliquamente ascendente, alcança a porção
póstero-externa da origem do tronco braquio-cefálico arterial. Inflecte-se depois para
baixo e fora, alcançando a veia cava superior, cruzando obliquamente a sua face
anterior, e alcançando o seu bordo externo. Depois desloca-se obliquamente para baixo e
dentro, tornando-se descendente e bordejando sucessivamente a face anterior das veias
pulmonares direitas e da veia cava inferior. Alcançada a parte inferior deste último vaso,
contorna-o de externo para interno e de baixo para cima, percorre posteriormente as
duas veias pulmonares direitas, e alcança por um trajecto horizontal o ponto de
emergência das duas veias pulmonares esquerdas; descende sobre a face posterior
destas últimas, alcançando o bordo inferior da veia pulmonar esquerda inferior. Muda
novamente de direcção, contornando este último vaso; cobre as faces anteriores das
duas veias pulmonares esquerdas e alcança, um pouco superiormente a estas últimas, o
bordo inferior da artéria pulmonar esquerda, o nosso ponto de partida.

19
ANATOMIA – 2º Semestre
Ligamentos do pericárdio fibroso
Freno-pericárdicos
 Ant: bordo anterior da base do pericárdio;
 Dir: recobre face póstero-externa da veia cava inferior;
 Esq: inconstante; parte posterior e esquerda da base do pericárdio.
Esterno-pericárdico superior
 Prolongamento do folheto profundo da fascia cervical média / pré-traqueal;
 Manúbrio, inferiormente ao esterno-tiroideu; perícárdio, ao nível da origem
dos grandes vasos;
 Forma parte da parede anterior da loca tímica.
Esterno-pericárdico inferior
 Extremidade inferior do esterno, apófise xifoideia; parte inferior do
pericárdio.
Vértebro-pericárdicos
 C6-T4; confunde-se com fascia cervical profunda;
 Parte superior do pericárdio:
 À dir: ant-sup ao pedículo pulmonar;
 À esq: desdobra-se para embainhar a crossa da aorta;
 Ligamento esquerdo mais desenvolvido que o direito.

20
ANATOMIA – 2º Semestre
Outros ligamentos: tráqueo-pericárdicos, bronco-pericárdicos, esófago-
pericárdicos.

Corona Cordis
É formada pela envolvência da aorta pelo apêndice auricular direito e da artéria
pulmonar pelo apêndice auricular esquerdo.

Aorta Torácica
Os primeiros ramos da aorta torácica são as artérias coronárias esquerda e direita,
a nível dos seios aórticos de valsava na extremidade inferior da porção ascendente da
aorta.

Aorta Torácica Descendente - Colaterais


 Ramos brônquicos;
 Ramos esofágicos;
 Ramos mediastínicos;
21
ANATOMIA – 2º Semestre
 Artérias intercostais posteriores:
 De superior para inferior: Veia, Artéria, Nervo!
 Primeiro entre intercostais interno e externo;
 Depois entre intercostais interno e médio;
 Por fim, entre intercostal médio e fascia endotorácica / músculo
transverso do tórax.

Ligamento de Mayer
Pedículo fibro-vascular de 2-3mm que une o polo inferior do corpúsculo carotídeo
à extremidade superior da carótida primitiva. Leva o sangue arterial até ao corpúsculo.

Artéria Carótida Primitiva


Vai ter origens diferentes à esquerda e à direita, sendo que à esquerda nasce
diretamente da crossa da aorta, apresentando um trajeto intra-torácico de cerca de 4
cm, e à direita nasce do tronco braquicefálico arterial, sendo apenas cervical.
Assim, no toráx, a carótida primitiva esquerda relaciona-se posteriormente com a
artéria subclávia esquerda e com o canal torácico, externamente com o pneumogástrico
22
ANATOMIA – 2º Semestre
esquerdo, a pleura e o pulmão esquerdos, internamente com a traqueia e anteriormente
com o tronco braquiocefálico venoso esquerdo e com o plastron esterno-costal.
Na região cervical, vai estar relacionada externamente com a veia jugular interna,
sendo que forma, com ela e com o pneumogástrico, o pedículo vasculo nervoso do
pescoço. Este pedículo relaciona-se anteriormente com a ansa do hipoglosso e
posteriormente com a cadeia cervical simpática. Esta também envolvido por um plexo
carotídeo, formado por ramos do IX, X, XI e do simpático.
Posteriormente, relaciona-se com a aponevrose dos músculos pré-vertebrais e com
a artéria tiroideia inferior (a. subclávia); internamente relaciona-se com a laringe, a
traqueia, a faringe e o esófago; anteriormente relaciona-se, de profundo para superficial,
com os loboc laterais da tiroidei, musculo omo-hioideu, lamina pré-traqueal da
aponevrose cervical, ECM e lamina superficial da aponevrose cervical. É ainda cruzada
pelo tronco tiro-linguo-facial e pela veias tiroideias medias.
A nível de C4 bifurca-se, sendo que posteriormente à bifurcação encontramos o
corpúsculo carotídeo, um quimioreceptor (ritmo respiratório) que analisa a
concentração periférica de oxigénio e que está preso à extremidade superior da carótida
primitiva pelo ligamento de Mayer, um pedículo fibro-vascular.
A nível da extremidade superior, a artéria tem uma dilatação, o seio carotídeo,
que é então um barorreceptor (pressão arterial e ritmo cardíaco) inervado por um plexo
inter-carotideo formado por ramos carotídeos do IX, X e simpático. Quando se pressiona
esse plexo, temos um reflexo hipotenso a nível so seio carotideo.

Bifurcação da carótida primitiva/comum


A carótida primitiva divide-se ao nível de C4 ou hioide ou plano tangente ao bordo
inferior do maxilar inferior ou bordo superior da cartilagem tiroideia.

Artéria Carótida Externa


Vai ser a bifurcação interna da carótida primitiva e relaciona-se com:
 Parte cervical:
 Anteriormente: ECM, nervo grande hipoglosso, tronco venoso tiro-
linguo-facial;
 Posteriormente: carótida interna;
 Internamente: faringe.
 Parte cefálica:
 Espaço retro-estiloideu: inferior ao estilo-hioideu e digástrico;
23
ANATOMIA – 2º Semestre
 Atravessa interstício interno do diafragma estiloideu (estilo-hioideu
externamente, estilo-glosso internamente);
 Na região parotídea, escava sulco sobre face interna; é a estrutura
vascular mais profunda da loca parotídea (acompanhada externamente pela
veia carótida externa de Launay)!

Artéria Carótida Interna


É o ramos de bifurcação externo na carótida primitiva e, na sua porção cervical,
relaciona-se com:
-ext: veia jugular interna
-ant-int: carótida externa
-post: apófises transversas das vertebras cervicais
-int: faringe
Vai estar contida, juntamente com a veia jugular interna e com o nervo
pneumogástrico (que caminha na goteira posterior entre os vasos), numa bainha
carotídea.

24
ANATOMIA – 2º Semestre
Na sua porção inicial, encontra-se o seio carotídeo (barorreceptor) que está
rodeado pelo plexo intercarotideo, que é constituído por ramos carotídeos do IX, do X e
do gânglio cervical superior do simpático. Quando se pressiona este plexo, a nível do seio
tem-se um reflexo hipotenso.
A este nível, o ramo descendente do hipoglosso é anterior e a sua ansa com ramo
descendente do plexo cervical, cruza face anterior da veia jugular interna, ao nível do
omo-hioideu;
Posteriormente, temos o tronco simpático e nervo cardíaco superior do simpático,
internamente ao tronco; ambos incluídos em desdobramentos da fascia cervical
profunda.

Entra depois no espaço retro-estiloideu do espaço maxilo-faringeo, onde se vai


afastar da veia jugular interna (que se “dirige” para a fossa jugular) para se dirigir para o
canal carotídeo. Neste segmento vai apresentar relações nervosas com os últimos quatro
pares cranianos:
-Glossofaríngeo (IX): este nervo vai estar póstero-externamente à artéria e depois
vai cruzar a sua face externa (cruza face interna da veia jugular interna) para atingir o
espaço para-amigdalino, onde vai dar origem a ramos amigdalinos/tonsilares para
formar o plexo tonsilar de Andersh;
-Pneumogástrico (X): este nervo vai percorrer a goteira posterior entre a carótida
interna e a veia jugular interna e vai dar origem ao nervo laríngeo superior, que vai
cruzar a face posterior da carótida interna de forma a depois percorrer o espaço entre a
sua face interna e a parede faríngea;
-Espinhal (XI): este nervo atinge o espaço retro-estiloideu e divide-se em dois
ramos, um interno para o gânglio inferior do pneumogástrico e um externo que cruza ou
anterior ou posteriormente a veia jugular interna, sendo que quando cruza
anteriormente, cruza também a artéria occipital (ramo da carótida externa);
-Grande Hipoglosso (XII): este nervo vais estar póstero-internamente à artéria e
depois vai cruzar a sua face posterior, a face posterior do gânglio cervical superior do
simpático e a face posterior do gânglio inferior do pneumogástrico de forma a atingir a
face externa da carótida externa.

25
ANATOMIA – 2º Semestre
De seguida, dirige-se para a frente e atravessa o canal carotídeo, acompanhada
pelo plexo venosos de Rektorzik e pelo plexo nervoso carotídeo. Depois entra no seio
cavernoso, onde forma o sifão de Egaz Moniz. De seguida atravessa a duramater e a
aracnóideia, coloca-se antero-internamente à apófise clinoideia anterior, cruza a face
externa no nervo óptico (II) e dá origem aos seus dois terminais: cerebral anterior e
média.

Em termos de segmentos e colaterais, temos que:


 C1 cervical – até canal carotídeo
 C2 petroso – até buraco lacero anterior:
 Artéria carótida-timpânica;
 C3 lácero – até ligamento petro-lingual:
 Artéria vidiana (quando não nasce da maxilar interna);
 Artéria carótida-timpânica (quando não nasce de C2);

26
ANATOMIA – 2º Semestre
 C4 cavernoso – do seio cavernoso ate anel dural proximal:
 Tronco meningo-hipofisário:
 Artéria tentorial de Bernasconi & Cassinari;
 Ramo meníngeo dorsal;
 Artéria hipofisária inferior;
 Artéria inferior do seio cavernoso;
 Artérias capsulares de McConnell;
 C5 clinoideu – até anel dural distal
 C6 oftálmico – até antes da origem da comunicante posterior:
 Artéria hipofisária superior;
 Artéria oftálmica;
 C7 comunicante – até à bifurcação nas cerebral média e anterior:
 Artéria comunicante posterior;
 Artéria coroideia anterior.

Origem da artéria comunicantes posterior


Na literatura afirma-se que a artéria comunicantes posterior tem origem na
carótida interna e que terminal na cerebral posterior, mas porque não ao contrário?
Simplesmente, embriologicamente, vê-se a artéria a nascer a partir da carótida interna.

Polígono de Willis
O polígono de willis e constituído por: comunicantes anterior, cerebrais anterior,
cerebrais médias (depende dos autores, cavaco sim), comunicantes posteriores e
cerebrais posteriores.
Este polígono constitui uma importante anastomose entre os sistemas da carótida
interna e o vertebro-basilar. Quando o primeiro (circulação anterior) ou o segundo
(circulação posterior) se encontra ocluído ou lesado, a circulação colateral através do
polígono de Willis ajuda (até certo grau) a fornecer sangue à área lesada.3
Este polígono encontra-se completo em apenas 20% da população. Na maioria dos
indivíduo, a “regra” é a variação na dimensão e/ou origem dos vasos.3 Hipoplasia de
uma ou ambas as comunicantes posteriores ocorre em 22-32% dos casos, e hipoplasia
ou ausência do segmento A1 da cerebral anterior ocorre em 25%.

27
ANATOMIA – 2º Semestre
Pinça do Motor Ocular Comum
O nervo motor ocular comum (III) passa entre a artéria cerebelosa superior e a
artéria cerebral posterior que formam, assim, a pinça do motor ocular comum.

Anastomoses intra-extracranianas

Veia Zeferina
Veia que vem do buraco cego e que drena no seio longitudinal superior.

Seios venosos cranianos


São canais venosos compreendidos num desdobramento da dura-máter que
correspondem aos ramos de origem da veia jugular interna.
São 21, sendo que 5 são impares e 8 são pares, e estão divididos em dois grupos,
um póstero-superior e outro ântero-inferior.

Grupo póstero-superior
Seio longitudinal superior:
 Bordo convexo da foice do cérebro; desde crista frontal interna até
confluente posterior dos seios;

28
ANATOMIA – 2º Semestre
 Recebe veias cerebrais superficiais superiores, veias meníngeas médias,
veias diplóicas, veia emissária de Santorini.

Seio longitudinal inferior:


 Bordo inferior côncavo livre da foice do cérebro; recebe veias da foice.

Seio recto:
 Base da foice do cérebro;
 Recebe seio longitudinal inferior, grande veia cerebral de Galeno, e veias
cerebelosas superiores.

Seios occipitais posteriores (seios marginais):


 Origem no buraco lácero posterior, contornam buraco occipital, drenam
para confluente posterior.

Confluente posterior / Lagar de Herófilo / Tórcula:


 Ponto de junção dos seios longitudinal superior, recto e occipitais
posteriores, anteriormente à protuberância occipital interior.

29
ANATOMIA – 2º Semestre
Seio lateral: desde confluente posterior até buraco lácero posterior, onde se
continua com veia jugular interna.
 Segmentação:
 Seio transverso: até extremidade posterior do bordo superior do
rochedo do temporal; contido na grande circunferência da tenda do cerebelo.
 Seio sigmóide:
 Segmento mastoideu: goteira escavada na face endocraniana da
mastóide;
 Segmento jugular: desde extremidade inferior da base do
rochedo, até bordo posterior do buraco lácero posterior.
 Recebe:
 Veias cerebrais posteriores e inferiores;
 Veias cerebelosas posteriores;
 Seio petroso superior (cotovelo do seio lateral; início do segmento
mastoideu);
 Veias do aqueduto do vestíbulo;
 Veia emissária do buraco mastoideu.

30
ANATOMIA – 2º Semestre
Veias anastomóticas da drenagem venosa superficial do encéfalo:
 Veia anastomótica superior de Trollard:
 Une o seio longitudinal superior ao seio cavernoso, directamente ou
por intermédio do seio esfeno-parietal (veia cerebral média superficial).

 Veia anastomótica inferior de Marcel Labbé:


 Une seio longitudinal superior, ou mais comummente a veia
anastomótica superior, ao seio transverso.

Grupo ântero-inferior
Seio Cavernoso
É o principal confluente venoso anterior e limita lateralmente a sela turca, que
contém a hipófise, estendendo-se desde a parte interna da fenda esfenoidal até à
extremidade anterior do rochedo.
Repousa sobre a face externa do corpo do esfenóide e relaciona-se posteriormente
com o orifício superior do canal carotídeo. Apresenta 3 paredes: externa, interna e
posterior, de acordo com expansões de dura-máter.

31
ANATOMIA – 2º Semestre
Relativamente à parede externa, ela enconta-se dividida em duas lâminas
fibrosas por uma rede venosa intermediária (parte superficial do seio cavernoso). A sua
lâmina interna contém III par, IV par e V1, que apresentam estas relações:
 III par encontra-se primeiro superiormente ao IV e V1;
 Na extremidade anterior do seio, IV e frontal e lacrimal do V1 cruzam o III,
passando-lhe externamente;
 IV e ramos do V1 tornam-se superiores e externos ao III par, sendo os ramos
do V1 os mais externamente situados.

32
ANATOMIA – 2º Semestre
Na cavidade areolar do seio cavernoso encontramos a artéria carótida interna e o
nervo motor ocular externo (VI).

Ramos aferentes:
 Veia oftálmica superior:
 Ângulo interno do olho, passa inferiormente ao recto superior,
superiormente ao II par, passa fora do anel de Zinn;
 Veia oftálmica inferior:
 Superiormente ao recto inferior, inferiormente ao II par, drena para
veia oftálmica superior ou então atravessa fenda esfenoidal, ínfero-
externamente ao anel de Zinn, e drena para seio cavernoso
directamente;
 Veia central da retina;
 Seio esfeno-parietal (Breschet):
 Início no seio longitudinal superior, segue bordo posterior da pequena
asa do esfenóide;
 Seio coronário (intercavernoso):

33
ANATOMIA – 2º Semestre
 Anterior ou posterior da sela turca; seio circular de Ridley caso
existem ambos;
 Seio occipital transverso:
 Seio basilar; ladeira de Blumenbach.

Ramos eferentes:
 Seio petroso superior:
 Segue bordo superior do rochedo, termina no cotovelo do seio lateral.
 Seio petroso inferior:
 Ao longo da fissura petro-occipital, sai pelo buraco lácero posterior, e
drena para veia jugular interna.
 Seio petro-occipital:
 Exterior à cavidade craniana; origem no buraco lácero anterior, segue
sutura petro-occipital, drena para seio petroso inferior ou veia jugular
interna.
 Plexo venoso carotídeo interno (Rektorzik).

34
ANATOMIA – 2º Semestre
Veia Jugular Interna
Nasce a nível do buracão lacero posterior, pela junção do seio lateral, do seio
petroso inferior, do seio petro-occipital e do plexo carotídeo. Entra na fossa jugular, onde
está dilatada, golfo da veia jugular interna.
Vai estar contida, juntamente com a carótida interna superiormente e com a
carótida primitiva inferiormente e ainda com o nervo pneumogástrico, na bainha
carotídea, sendo o elemento mais externo do pedículo vásculo nervoso do pescoço.
Na parte cefálica, atravessa o espaço retro-estiloideu, no interstício entre o
musculo digástrico, que lhe está posteriormente, e o estilo-hioideu, que lhe está
anteriormente. A este nível relaciona-se com o gânglio linfático de Kutner (=jugulo-
digástrico). Relaciona-se também com:
-IX: cruza a sua face interna;
-X: está goteira posterior do pedículo vasculo-nervoso do pescoço;
-XI: cruza-a ou anterior ou posteriormente;
-XII: cruza a sua face posterior;
-gânglio cervical superior do simpático: está-lhe postero-internamente.

35
ANATOMIA – 2º Semestre
Na parte cervical, está antero-externamente à carótida primitiva e relaciona-se
posteriormente com o tronco simpático e com os tubérculos anteriores das apófises
transversas das vertebras cervicais e anteriormente com a ansa do hipoglosso (entre o
ramo descendente do XII, que percorre a goteira anterior do pedículo, e um ramo
descendente do plexo cervical) e com o tendão intermédio do omo-hioideu. Relaciona-se
ainda com o gânglio linfático de Poirier (=jugulo-omo-hioideu).
Termina através de uma dilatação, bulbo da veia jugular interna, unindo-se à veia
subclávia e formando o tronco braquiocefálico venoso.
Vai receber o tronco tiro-linguo-facial (que recebe as veias tioideias superiores,
linguais e faciais), as veias faríngeas inferiores (também pode ir para o tronco tiro-
linguo-facial, passando este a chamar-se tronco tiro-linguo-faringo-facial) e as veias
tiroideias médias.

Veia Subclávia
Relaciona-se:
-anteriormente com músculo subclávio e com a clavícula;
-posteriormente com artéria subclávia, da qual é separada na sua parte média
pelo escaleno anterior, e com a cúpula pleural por intermédio da fascia
endotorácica.

Entre vasos subclávios:


 À direita, de externo para interno: frénico, ansa subclávia de Vieussens,
pneumogástrico.
 À esquerda, pneumogástrico não cruza vasos subclávios; ansa subclávia e
frénico apresentam mesmas relações que à direita.

36
ANATOMIA – 2º Semestre
Zonas sem drenagem linfática
- corpo vitreo
- sistema nervoso central
- andar glótico da faringe (epiglote): uma hipertrofia ganglionar nesta zona poderia
provicar constrição das vias respiratórias, o que ia fazer com que a pessoa não
respirasse
- valvulas cardiacas
- placenta

Gânglio jugulo-digástrico ou de Kutner [N-72]


É um gânglio linfático da cadeia jugular interna que se localiza na intersecção do
m. digastrico com a veia jugular interna. Drena a amigdala palatina e a base da língua
(2/3 posteriores).

37
ANATOMIA – 2º Semestre
Gânglio jugulo-omohioideu ou de Poirier [N-72]
É um gânglio linfático da cadeia jugular interna localizado no ponto de intersecção
entre o m. omohioideu e a veia jugular interna. Drena a lingua (ponta da língua – 1/3
anterior) e a região submentoniana.

Canal Torácico
O canal torácico é o coletor linfático da parte infra-diafragmática e da porção
direita da parte supra-diafragmática do corpo humano e resulta da união de dois
troncos lombares, direito e esquerdo, e de um tronco intestinal. Esta origem pode ser
alta ou baixa. Quando é baixa (35% dos casos), ocorre a união dos tres troncos
inferiormente ao diafragma, ocorrendo a formação da cisterna de pecquet a nivel de L2.
Quando é alta (65% dos casos), o corre a união do tronco lombar esquerdo e do tronco
intestinal inferiormente ao diafragma e depois o tronco lombar direito une-se
superiormente ao diafragma, não ocorrendo a formação da cisterna de pecquet.
Recebe: tronco braquial esquerdo, tronco jugular esquerdo e tronco bronco-
mediastínico.
O canal torácico termina no ângulo venoso chamado ângulo de Pirogoff esquerdo
(entre veia subclávia esquerda e veia jugular interna).
O canal torácico apresenta quatro segmentos:
-abdominal: localiza-se posteriormente à aorta e depois atravessa com ela o
espaço inframediastinico posterior;
-inter-ázigos-aortico: localiza-se internamente à veia ázigos, externamente à
aorta torácica descendente e anteriormente à porção transversal das veias hemi-ázigos;
-a nível de T5, cruza a face inferior e interna da crossa da aorta e entramos a nível
do terceiro segmento – supra-aortico: localiza-se anteriormente ao musculo longo do
pescoço, posteriormente à carótida primitiva esquerda e ao pneumogástrico esquerdo,
externamente ao esófago e ao nervo laríngeo recorrente esquerdo e internamente à
pleura esquerda e à artéria subclávia esquerda;
-cruza depois posteriormente ou o tronco braquicefálico venosos ou a veia
subclávia esquerdos e atinge o seu segmento cervical, a nivel do triangulo de
waldeyer ou da artéria vertebral: o triãngulo é limitado externamente pelo escaleno
anterior, internamente pelo longo do pescoço e inferiormente pela 1ª costela; neste
triangulo relaciona-se posteriormente com a artéria vertebral, com a veia vertebral e com
o musculo longo do pescoço e anteriormente com o pediculo vasculo nervoso do pescoço;

38
ANATOMIA – 2º Semestre
-dirige-se então para a frente, fazendo a crossa do canal torácico, e drena do
angulo de pirogoff esquerdo (confluente jugulo-subclávio esquerdo).

Via para-esofágica de Santos Ferreira


Gânglios do cárdia + plexos esofágicos -> gânglios brônquicos esquerdos ->
gânglios latero-traqueais esquerdos -> gânglios supraclaviculares esquerdos -> tronco
braquial esquerdo -> crossa do canal torácico -> ângulo de pirogoff esquerdo
Por esta via, pode ocorrer a disseminação de tumores gástricos, esofágicos ou
brônquicos para a região supraclavicular, nomeadamente para o gânglio Wirchow-
Troisier.

Via para-cávica
Acompanha a veia cava inferior
Gânglios para-aórticos -> gânglios justa-frénicos direitos -> cadeia mamária
interna + cadeia mediastínica anterior -> gânglios supraclaviculares direitos -> tronco
braquial direito -> grande veia linfática -> ângulo de pirogoff direito
Por esta via, pode ocorrer a disseminação de tumores infradiafragmáticos para a
região supraclavicular.

Gânglio de Wirchow-Troisier
É um gânglio linfático localizado na fossa supraclavicular esquerda que recebe a
linfa da cavidade abdominal. Quando aumentado, indica cancro no abdomen,
nomeadamente cancro do estômago que se espalhou pelos vasos linfáticos. Por isso é
considerado um gânglio sentinela.

Ligamento arterial
É o ligamento que se localiza entre a crossa da aorta e o tronco pulmonar e que
corresponde à obliteração do canal arterial. O canal arterial, no feto, permite a passagem
de sangue do tronco arterial até à aorta. Como o pulmão está cheio de líquido, não é
necessário levar sangue para lá, o que vai fazer com que parte do sangue passe para a
aorta para a circulação sistémica. No feto o pulmão tem apenas uma função endócrina.

39
ANATOMIA – 2º Semestre
Gânglio de Wrisberg
O gânglio nervoso cardíaco de Wrisberg resulta da união entre o plexo cardiaco
anterior e o posterior e relaciona-se com o espaço que é delimitado superiormente pela
aorta e inferiormente pela bifurcação do tronco pulmonar e pelo ligamento arterial.

Buraco Lácero Posterior


Entre chanfradura da fossa jugular da face post-inf do rochedo do temporal e a
parte anterior da apófise jugular do bordo externo das massas laterais do occipital.

Septo fibroso=ligamento petro-occipital

Aorta Abdominal – Origem dos colaterais


Frénicas inferiores: T12;
Tronco celíaco: bordo inferior de
T12;
Mesentérica superior: disco T12-
L1;
Supra-renais médias: mesmo nível
que mesentérica superior (disco
T12-L1);
Renais: um pouco inferiormente à
mesentérica inferior (L1);
Genitais: entre L1 e L3;
Mesentérica inferior: bordo
inferior L3.

40
ANATOMIA – 2º Semestre
Relação entre os vasos ilíacos primitivos
A veia iliaca comum direita inferiormente é posterior à artéria homónima e depois
coloca-se externamente a ela.
A veia iliaca comum esquerda inferiormente coloca-se posteriormente à arteria
homónima e termina internamente à artéria. Depois dirige-se muito obliquamente para
cima e para dentro colocando-se interna e inferior à artéria e cruzando posteriormente a
extremidade superior da artéria iliaca comum direita.

Relações entre as artérias renais e a veia cava inferior


A artéria renal esquerda não se relaciona com a veia cava inferior, porém a direita
localiza-se posteriormente à veia cava inferior.

Plexo de Batson
Redes de veias sem válvulas que permite a ligação entre as veias pélvicas
profundas e as torácicas, que trazem sangue da bexiga, da próstata e da mama, e o
plexo venoso intervertebral interno.
Este plexo, devido a sua localização e ao facto de ser avalvular, permite o
desenvolvimento de metátese a nível da coluna vertebral e do cérebro.

Sistema Porta Hepático


Ramos de origem
 Veia Mesentérica Superior:
 Veias jejunais e ileais;
 Veias cólicas direitas;
 Veia pancreático-duodenal posterior e inferior;
 Recebe veia pancreático-duodenal anterior e inferior.
 Veia gastro-epiplóica direita + veia cólica superior direita = tronco de
Henlé;
 Veia pancreático-duodenal anterior e superior nasce da veia gastro-
epiplóica direita.
 Veia Mesentérica Inferior:
 Veias cólicas esquerdas;
 Veia Esplénica:
 Veias gástricas curtas;
 Veia gástro-epiplóica esquerda;
41
ANATOMIA – 2º Semestre
 Veias pancreáticas;
 Veia pequena mesentérica;
 Veia cardio-tuberositária posterior.

Tronco Porta
Segmentação:
 Retro-pancreático-duodenal: terço inferior da veia porta, à direita da artéria
mesentérica superior e da hepática comum, à esquerda do canal colédoco
(triângulo inter-porto-colédoco);
 Epiplóico: quase dois terços da veia porta; bordo livre do pequeno epíploon
(pedículo hepático); separada da veia cava inferior pelo hiato de Winslow;
 Hilar ou terminal: extremidade superior bifurcada da veia porta.

42
ANATOMIA – 2º Semestre
Ramos colaterais:
 Veia gástrica esquerda;
 Veia gástrica direita;
 Veia pancreático-duodenal posterior e superior.

Anastomoses Porto-Cava
Anastomoses cárdicas:
 Veias esofágicas;
 Veia frénica inferior esquerda;
 Afluentes gástricos formam veia colateral gástrica, que se anastomosa
com sistema porta;
 Recebe veias supra-renais superiores, que se anastomosam com
supra-renais inferiores, que drenam para renal esquerda -> cárdia
comunica com veia renal esquerda (canal reno-cápsulo-diafragmático);
Anastomoses umbilicais:
 Veias umbilicais com epigástrica superior (VCS) com epigástrica inferior
(VCI);
Anastomoses rectais:
 Rectais superiores (VMI) com rectais médias e inferiroes (VCI);
Anastomoses parieto-peritoneais:
 Veias de Retzius: veias jejuno-ileais e cólicas com parietais posteriores;

43
ANATOMIA – 2º Semestre
 Anastomose porto-renal de Tuffier e Lejars: veia esplénica e sistema renal
esquerdo;
 Veias ligamentares do fígado (coronários e falciforme)
Anastomoses porto-supra-hepáticas:
 Persistência do canal venoso de Arantius.

Anastomoses Cava-Cava – Veia Ázigos


Origem:
Ocorre no espaço infra-mediastínico posterior, ao nível do 11º EIC direito, por
união de duas raízes:
 Raiz interna, inconstante, nasce da face posterior da veia cava inferior,
ou da veia renal direita (mais raro); atravessa o diafragma com o grande
esplâncnico que lhe é anterior;
 Raiz externa resulta da união da veia lombar ascendente direita com a
12ª veia intercostal, sobre o bordo interno do quadrado lombar.

Trajecto e Relações:

44
ANATOMIA – 2º Semestre
Ascende sobre face anterior da coluna vertebral, à direita da linha média,
dirigindo-se para a esquerda até T5-T6, depois para a direita até T4 e depois
encurva-se anteriormente, passando por cima do pedículo pulmonar direito e
descrevendo a crossa da veia ázigos, e drena para a parede posterior da veia cava
superior.
Relaciona-se internamente com o canal torácico e aorta torácica descendente,
externamente com pleura, posteriormente com a coluna e artérias intercostais
posteriores direitas, e anteriormente com pedículo pulmonar e esófago.
A sua crossa constitui limite inferior da fosseta de Baréty.

Ramos Colaterais:
 Veias intercostais;
 Veia intercostal superior direita (recebe 3 primeiras veias intercostais
direitas);
 Veias hemi-ázigos:
 Hemi-ázigos superior/acessória descende à esquerda da coluna, até 6ª
ou 7ª costela, inflecte-se para a direita, passa atrás da aorta e canal torácico, e
termina na ázigos;
 Hemi-ázigos inferior forma-se por reunião de duas raízes:

45
ANATOMIA – 2º Semestre
 Raiz externa: lombar ascendente esquerda e 12ª intercostal
esquerda;
 Raiz interna: inconstante, provém da veia renal, ou da anastomose
que une a veia renal à veia lombar subjacente, formando o arco reno-
ázigo-lombar de Lejars; passa posteriormente ao grande esplâncnico.

Fosseta de Barety
Pequena fossa cujos limites são:
-ant: tronco braquicefálico venoso direito + veia cava superior
-post: face antero-lateral da traqueia
-inf: crossa da veia azigos
-int: parte superior da porção ascendente da aorta + tronco braquicefálico arterial
Contém os gânglios latero-traqueais direitos

Espaço pelvi-rectal superior


É um espaço limitado por:
-Sup: peritoneu
-Inf: fáscia pélvica
-Int:
-Homem: recto + próstata + bexiga
-Mulher: recto + uretero + vagina + bexiga

Este espaço contém tecido fibro-celular com vasos e nervos obturadores, ramos
viscerais dos vasos ilíacos internos e plexo hipogástrico.

Está organizado em 4 lâminas: bainha hipogástrica + fáscia umbilico-pré-vesical +


fáscia retro-vesical + fáscia retro-retal da bainha do recto.

Bainha Hipogástrica
Esta aplicada sobre a parede lateral da cavidade pélvica e é elevada internamente
por vasos viscerais.
Tem uma porção justa-visceral que forma a lamina sacro-recto-genital (=sacro-
recto-génito-púbica) que se estende desde o púbis até ao sacro, a nível da parte interna
do espaço profundo do períneo.

46
ANATOMIA – 2º Semestre
Apresenta uma parte posterior e uma anterior. A parte posterior é nervosa e
apresenta o plexo hipogástrico, o recto e as vesiculas seminais, no homem, e a vagina,
na mulher. A parte anterior é vascular e é formada por tecido conjuntivo que contem,
no homem, os plexos venosos vesical e prostático e, na mulher, os plexos venosos útero-
vaginal, vesical e pré-uretral. As duas partes comunicam entre si por ramos nervosos e
por anastomoses entre os plexos venosos.

Triângulo de Beclard e Triângulo de Pirogoff


O triângulo de Béclard é limitado por:
-post: bordo posterior do hioglosso
-sup: ventre post do digástrico
-inf: grande corno do hioide
É atravessado por XII (externamente ao hioglosso) e artéria lingual (internamente
ao hioglosso).

O triângulo de Pirogoff é limitado por:


-ant: bordo posterior do milohioideu
-sup: XII
-inf: tendão intermediário digástrico
É atravessado por artéria lingual.

Plexo tonsilar de Andersch


É um plexo constituído pelos ramos amigdalinos/tonsilares do n. glossofaríngeo
(IX), localizado no espaço para-amigdalino.

47
ANATOMIA – 2º Semestre
Aneurisma Intra-cavernoso da Carótida Interna
Um aneurisma intra-cavernoso da carótida interna pode causar estrabismo
convergente, um vez que pode ocorrer uma lesão do VI (motor ocular externo ou
abducente), cuja função, que é realizar a abdução do olho, deixa de ser realizada.

Artéria e veia subclávias


A artéria está dividida em três porções pelos escalenos. A veia não se divide porque
é pré-escalénica.
A veia subclávia localiza-se mais anterior e mais inferiormente do que a artéria,
sendo que elas vão estar separadas por:
-Direita, de externo para interno:
-n. frénico dir
-ansa subclávia dir
-n. pneumogástrico dir
-Esquerda, de externo para interno:
-n. frénico esq
-ansa subclávia esq
-(o n. pneumogástrico esq relaciona-se mais diretamente com a carotida
primitiva não cruzando, por isso, nem a artéria nem a veia subclávias)

Espaço Supraesternal
Espaço compreendido entre as aponevroses cervicais média (insere-se no bordo
posterior da fúrcula) e superficial (insere-se no bordo anterior da furcula) e a furcula do
esterno.
As suas paredes são:
- Ant: aponevrose cervical superficial + tecido celular subcutaneo + pele + gânglio
linfático
-Post: folheto superficial da aponevrose cervical média + ECM (feixe esternohoideu)
+ esternotiroideus
-Inf: furcula do esterno
-Lat. Bordo anterior do ECM
De cada lado, tem fundo de saco de Gruber, posteriormente ao ECM e ao longo da
clavicula, onde penetra o segmento horizontal da veia jugular anterior.
Contém:
-tecido celulo-adiposo
48
ANATOMIA – 2º Semestre
-gânglios supra-esternais
-2 veias jugulares anteriores e a anastomose entre elas.

Espaço Supraclavicular
Espaço externamente ao ECM, cujos limites são:
-inf: clavicula
-ext: união das aponevroses cervicais média e superficial, anteriormente ao
trapézio
-int: bordo interno ECM
Contém gânglios supralaviculares.

49
ANATOMIA – 2º Semestre
Sistema Respiratório
Vestígio adiposo do timo
A face anterior ou esterno-costal do coração não se relaciona com o timo, mas sim
com o vestígio adiposo do timo, uma vez que o timo vai atrofiando ao longo da vida. O
timo aumenta de peso até aos 3 anos (2g/ano) e depois começa a regredir, sendo que aos
25 anos é apenas um vestígio adiposo.

Loca Tímica
É o espaço onde o timo está contido e cujas paredes são constituidas por:
-Ant: folheto profundo da aponevrose cervical média + ligamento esterno-
pericárdio superior
-Post: aponevrose tiro-pericárdica + pericárdio
-Lat-sup: bainha do pediculo vasculo-nervoso
-Lat-inf: expansões fibrosas que unem os troncos braquiocefálicos venosos e os
vasos torácicos à clavícula, à 1ª cartilagem costal ao esterno.

Ligamento esterno-pericárdio superior


É um dos ligamentos de união do pericárdio ao esterno e corresponde a um
prolongamento do folheto profundo da lâmina pré-traqueal da fascia cervical (aponevrose
cervical média).

Fascia Endotorácica
É uma vasta membrana fibroelástica que reveste toda a cavidade torácica.
Encontra-se externamente à pleura parietal, à qual é unida por tecido conectivo delgado,
infiltrado de gordura em alguns pontos.
Na parte superior do tórax, ao nível da cúpula pleural, a fáscia endotorácica
contrai aderências com os vasos da região; anteriormente, ao nível do manúbrio esternal
continua-se com a aponeurose cervical média; posteriormente ao esterno, passa por trás
dos vasos torácicos internos (mamários) e músculo esternocostal; inferiormente reveste a
porção carnosa do diafragma e contribui para o fechamento dos orifícios diafragmáticos.
A fáscia endotorácica é delgada na criança e mais espessa no adulto. Sua
espessura varia de uma para outra região, no mesmo indivíduo: mostra-se mais
resistente nas paredes anterior e posterior do tórax, sendo mais frágil nas paredes
laterais e diafragmática. Superiormente, sua continuação com as aponeuroses cervicais

50
ANATOMIA – 2º Semestre
média e profunda não apresenta linha de demarcação, porém, lateralmente, adere-se
firmemente ao contorno interno da primeira costela. Esta disposição impede a invasão
do tórax pelos processos supurativos do pescoço.
Na parede torácica posterior a fáscia endotorácica contorna os órgãos do
mediastino posterior e se confunde com a porção fibrosa do pericárdio. Em casos de
fraturas, a fáscia endotorácica, reforçada pela pleura, contribui significativamente,
impedindo a propagação de infecções, raças a sua estrutura consistente.

Lobos do pulmão esquerdo


O pulmão esquerdo tem apenas uma divisão em dois lobos, mas em termos
funcionais tem 3, sendo que o seu lobo médio funcional é a língula.

Lobo apical de Nelson


Num doente acamado, o lobo onde é mais provavel ocorrer aspiração é o lobo
apical de nelson do pulmão direito, porque em pé está orientado para trás e deitado está
orientado para baixo.

Tumor no ápex do pulmão


Um tumor no apex do pulmão vai comprimir o plexo nervoso pericarotideo
simpatico, o que vai comprometer a inervação sensitiva da face.

Pleuras
Em casos de ar dentro da cavidade pleural, anatomicamente, deve-se perfurar a
nivel do 2º espaço intercostal na linha médio-clavicular. Em casos de sangue dentro da
mesma cavidade, anatomicamente, deve-se perfurar a nivel do 5º-6º espaços
intercostais, a nivel da linha axilar média, porque corresponde a um triângulo de
segurança sem musculos e só com aponevrose, limitado por:
-anterior: bordo externo do grande peitoral
-inferior: linha tangente ao mamilo
-posterior: bordo anterior grande dorsal
-vértice: vértice da axila
Porém, a nivel clinico, por segurança, utiliza-se sempre o triângulo de segurança.

51
ANATOMIA – 2º Semestre
Espaço hio-tiro-epiglótico
Espaço que se encontra preenchido por tecido celulo-adiposo e é limitado por:
-anterior: membrana tirohioideia
-inferior: cartilagem tiroideia
-posterior: epiglote
-superior: membrana hio-epiglótica

Fossas nasais
São duas cavidades anfratuosas localizadas de cada lado da linha média, entre as
cavidades orbitárias e que estão separadas por um septo sagital. São a sede do olfacto e
a porção mais superior das vias respiratórias.
Relacionam-se:
-sup: cavidade craniana
-inf: cavidade bucal
-ant: cavidades do nariz
-post: faringe (nasofaringe).
Comunicam com diversas cavidades pneumáticas denominadas seios perinasais e
células etmoidais.
A sua estrutura óssea é formada por 4 paredes e 2 orificios.
Parede externa
É formada por 6 ossos:
-maxilar inferior: apofise ascendente
-unguis: posteriormente ao ramo ascendente do maxilar superior, superiormente
ao corneto inferior e anteriormente às massas laterais do etmoide
-corneto inferior: entre a crista trubinal inf do maxilar superior e a crista turbinal
inf do palatino
-palatino: porção vertical. Anteriormente à apofise pterigoideia do esfenoide,
posteriormente ao corneto inferior e ao maxilar superior
-etmoide: massas laterais. Superiormente ao maxilar superior, anteriormente ao
corpo do esfenoide e à apofise orbitária do palatino e post-int ao unguis
-esfenoide: face int da asa interna da apofise pterigoideia. Parte mais recuada da
parede.
Tem ainda 3 cornetos constantes, o inferior, o médio e o superior, sendo que os
dois ultimos são etmoidais. Pode ainda ter um corneto de Santorini (superiormente ao
superior) e, em 1% dos casos, um de Zuckerkandl (superiormente ao de Santorini).
52
ANATOMIA – 2º Semestre
Cada corneto apresenta um meato entre a sua face externa e a parede externa das
fossas nasais. Para o meato inferior drena o canal lacrimo nasal. Para o meato médio
drenam os seios maxilar e frontal e as celulas etmoidais anteriores. Para o meato
superior drenam o seio esfenoidal e as celulas etmoidais posteriores.

Parede interna ou septo das fossas nasais


É formada por 2 ossos e uma cartilagem:
-vomer: parte mais posterior
53
ANATOMIA – 2º Semestre
-lamina perpendicular do etmoide: anteriormente ao vomer
-cartilagem do septo nasal: parte ant-inf do septo das fossas nasais

Parede superior ou abobada das fossas nasais


Tem a forma de uma goteira antero-posterior que olha para as fossas nasais. É
formada, da frente para trás, por: ossos proprios do nariz, espinha nasal do frontal,
lâmina horizontal do etmoide e corpo do esfenoide. É constituida por 4 segmentos, que
são, de anterior para posterior:
-Segmento anterior ou fronto-nasal= ossos proprios do nariz + espinha nasal do
frontal
-Segmento etmoidal ou horizontal= lamina crivado do etmoide + processus
etmoidal da face superior do corpo do esfenoide
-Segmento esfenoidal anterior= face anterior do corpo do esfenoide
-Segmento esfenoidal inferior= face inferior do corpo do esfenoide

Parede inferior ou pavimento das fossas nasais


É formada:
-ant: apofise palatina do maxilar superior
-post: lamina horizontal do palatino
Apresenta, anteriormente, o orificio da canal palatino anterior, onde passam
nervos e vasos naso-palatinos.

Orificio anterior das fossas nasais (=orificio piriforme)

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ANATOMIA – 2º Semestre
É limitado inferior e externamente pelo bordo anterior do maxilar superior e
superiormente pelos ossos proprios do nariz.

Orificios posteriores das fossas nasais ou choanas ou coanas


É limitado por:
-int: bordo posterior do vomer
-ext: asa interna da apofise pterigoideia
-sup: bordo posterior das asas do vomer + corpo esfenoide
-inf: bordo posterior lamina horizontal palatino

Esqueleto cartilagíneo do nariz


Compreende tres cartilagens principais e açgumas acessórias.
As principais são: do septo nasal, laterais e das asas do nariz.
Cartilagem do septo nasal
Está localizada anteriormente ao vomer e à lamina quadrilatera do etmoide.

Tem forma quadrilatera, o que implica que tem 4 bordos:


- b. post-sup: entre as duas laminas do bordo anterior do vomer. Emite
prolongamento caudal que se insinua entre o bordo post-inf da lamina perpendicular do
etmoide e o fundo da goteira entre as duas laminas do vomer;
- b. post-sup: une-se à lamina perpendicular do etmoide;
- b. ant-sup: em cima, une-se à parte inferior e interna dos ossos próprios do nariz
e, em baixo, relaciona-se com a pela até ao lobulo do nariz;
- b. ant-inf: relaciona-se com o lobulo do nariz e termina na espinha nasal
anterior.
Representa o segmento mais espesso da parede interna das fossas nasais e pode
apresentar espessamentos na forma de cristas ou esporões.
55
ANATOMIA – 2º Semestre
Cartilagem de Huschke ou de Jacobson ou cartilagens vomerianas
São duas lamelas cartilaginosas ce cada lado da cartilagem do septo nasal, ao
longo do seu bordo post-inf e posteriormente à espinha nasal anterior.

Cartilagens laterais
São duas lamelas triangulares sobre as faces laterais do nariz, inferiormente aos
ossos proprios do nariz e superiormente às asas do nariz.

Tem 3 bordos:
- ant: une-se ao bordo ant-sup da cartilagem do septo nasal;
- sup: une-se ao osso proprio do nariz correspondente
- inf: relaciona-se com o segmento externo da cartilagem da asa do nariz.

Cartilagem da asa do nariz ou das narinas


São duas, uma por narina.
São lamelas finas cujas concavidade limuta por fora, frente e dentro o orificio da
narina. Tem 3 segmentos:
- ext;
- int: une-se ao bordo ant-inf da cartilagem do septo nasal;
- ant: relaciona-se com o lobulo do nariz.

Cartilagens acessórias
São pequenas peças cartilagineas que separam as cartilagens das narinas das
cartilagens laterais.

Membrana fibrosa

56
ANATOMIA – 2º Semestre
É uma membrana que ocupa os espaços entre as cartilagens do nariz e que se
comtinua com o periosteo e o pericondrio.

Vascularização arterial das fossas nasais - Quadrantes


A vascularização das fossas nasais é feita pelas seguintes artérias:
- etmoidal ant (a. oftalmica, carotida interna)
- etmoidal post (a. oftalmica, carotida interna)
- esfeno-palatina (a. maxilar interna, carotida externa)
- ptérigo-palatina (a. maxilar interna, carotida externa)
- palatina descendente (a. maxilar interna, carotida externa)
- das asas do nariz e do septo (a. facial, carotida externa)

Sup
a. etmoidal post
a. etmoidal ant
a. etmoidal ant a. pterigo-palatina
a. etmoidal post
Ant a. esfeno-palatina Post
Plexo de a. palatina a. esfeno-palatina
Kiesselbach (1/3 descendente (a. palatina

57
ANATOMIA – 2º Semestre
ant-inf): a. esfeno- descendente)
-a. Etmoidal ant palatina (a. pterigo-palatina)
-a. Palatina
descendente
-a. Esfeno-palatina
-a. das asas do nariz
e do septo
Inf

Cartilagens tritíceas da laringe


São cartilagens inscontantes localizadas na parte média dos ligamentos tiro-
hioideus laterais.

Músculos intrínsecos da laringe


Estão divididos em três grupos, de acordo com a sua ação:
Músculos tensores das cordas vocais:
 Crico-tiroideu (arco cricoideu – cartilagem tiroideia);
 Camada interna do tiro-aritenoideu inferior
Músculos dilatadores da glote:
 Crico-aritnoideu posterior (placa cricoideia – apófise muscular da cartilagem
aritenoideia);
Músculos constritores da glote:
 Crico-aritnoideu lateral (arco cricoideu – apófise muscular da cartilagem
aritenoideia);
 Vocal ou tiro-aritnoideu inferior;
-Camada interna, ou músculo vocal propriamente dito, também é tensor
da corda vocal (cartilagem tiroideia – apófise vocal da cartilagem aritenoideia)
-Camada externa (cartilagem tiroideia – cartilagem aritenoideia +
epliglotica)
 Tiro-aritnoideu superior (cartilagem tiroideia – apófise muscular da
cartilagem aritenoideia);
 Aritnoideus oblíquo (apófise muscular de uma e face posterior da outra) e
transverso (face posterior das duas).

58
ANATOMIA – 2º Semestre
Irrigação arterial da laringe
A irrigação arterial da laringe é feita principalmente por 3 artérias:
Artéria laríngea superior (ramo da tiroideia superior):
 Atravessa a membrana tiro-hioideia com o ramo interno do nervo laríngeo
superior (encontrando-se este superiormente à artéria)
 Distribui-se nos músculos da laringe e da mucosa do vestíbulo.
Artéria laríngea inferior (ramo da tiroideia superior):
 Anastomosa-se anteriormente à membrana crico-tiroideia com a do lado
oposto.
 Perfura a membrana, irriga o músculo crico-tiroideu e a mucosa sub-glótica
Artéria laríngea posterior (de Theile; ramo da tiroideia inferior):
 Passa inferiormente ao constritor inferior da faringe, com o laríngeo
recorrente;
 Distribui-se pela face posterior da laringe, músculos crico-aritnoideu
posterior e aritnoideu.

59
ANATOMIA – 2º Semestre
Inervação da laringe
A inervação da laringe é feita pelos seguintes nervos:
Nervo laríngeo superior [misto]:
Divide-se em dois ramos:
-ramo superior ou interno: atravessa a membrana tiro-hioideia,
superiormente à artéria laríngea superior; inerva parte supra-glótica.
-ramo inferior ou externo: inerva crico-tiroideu e mucosa infra-glótica.
Nervo laríngeo inferior ou recorrente [motor]:
Penetra na mucosa do recesso piriforme, inferiormente ao constritor inferior, e
inerva todos os músculos, excepto crico-tiroideu.

60
ANATOMIA – 2º Semestre
Drenagem Linfática da Laringe
Andar supra-glótico: cadeia jugular interna -> tronco jugular
Andar glótico: não tem drenagem linfática
Andar infra-glótico: cadeia recorrencial + cadeia jugular interna -> cadeia jugular
interna -> tronco jugular
->dir: grande veia linfática -> angulo de pirogoff direito
->esq: canal torácico -> angulo de pirogoff esquerdo
Relações da traqueia
Dividem-se em cervicais e torácicas.
- Relações cervicais
Anteriormente:
 Istmo da tiróide;
 Artéria tiroideia ima, veias tiroideias inferiores (desdobramento fascia
tiropericárdica);
 Timo / vestígios;
 Músculos infra-hioideus e fascia cervical média;
 Espaço supra-esternal, fascia cervical superficial, pele.

61
ANATOMIA – 2º Semestre
Posteriormente:
 Esófago (ligeiramente desviado para a esquerda).
Lateralmente:
 Lobos laterais da tiróide;
 Feixe vásculo-nervoso do pescoço;
 Artéria tiroideia inferior;
 Nervo laríngeo recorrente;
 Gânglios linfáticos para-traqueiais.

- Relações torácicas
Anteriormente:
 Bifurcação do tronco pulmonar, artéria pulmonar direita;
 Crossa da aorta (depressão aórtica);
 Plexo cardíaco posterior entre traqueia e aorta;
 Tronco braquio-cefálico arterial, carótida comum esquerda, artéria tiroideia
ima.
 À direita: veia cava superior; fosseta de Baréty
 Post: face ântero-lateral direita da traqueia;
 Ant: veia cava superior e veia bráquio-cefálica direita;

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ANATOMIA – 2º Semestre
 Int: parte superior da porção ascendente da aorta e tronco bráquio-
cefálico arterial;
 Inf: crossa da ázigos.

Posteriormente:
 Esófago;
Lateralmente:
 À esquerda: crossa da aorta, carótida comum esquerda, pneumogástrico
esquerdo, artéria subclávia esquerda, canal torácico, laríngeo recorrente
esquerdo, pleura mediastínica esquerda;
 À direita: crossa da veia ázigos, tronco bráquio-cefálico arterial,
pneumogástrico direito, pleura mediastínica direita.

Diferença entre os brônquios principais


A bifurcação traqueal ocorre ao nivel do bordo inferior de T5, ou do disco T5-6,
dando origem a dois brônquios principais, um direito e um esquerdo.
Brônquio principal direito:
-é como uma continuação da traqueia, sendo aproximadamente vertical;
-tem maior calibre / diâmetro.
Brônquio principal esquerdo:
-é aproximadamente horizontal;
-tem menor calibre / diâmetro.

Em casos de aspiração de um corpor estranho, existe maior probabilidade de ele


entrar para o bronquio principal direito.

Segmentação do brônquio principal direito


Brônquio lobar superior:
 B1 - Superior ou apical;
 B2 - Posterior ou dorsal;
 B3 - Anterior ou ventral;
Brônquio lobar médio:
 B4 - Interno ou medial;
 B5 - Externo ou lateral;
Brônquio lobar inferior:
63
ANATOMIA – 2º Semestre
 B6 - Apical ou de Nelson;
 B7 - Médio-basal ou paracardíaco ou basal medial;
 B8 - Ventro-basal ou basal anterior;
 B9 - Látero-basal ou basal lateral;
 B10 - Término-basal ou basal posterior.

Segmentação do brônquio principal esquerdo


Brônquio lobar superior:
 Tronco superior (culminal):
 Tronco comum ápico-dorsal:
 B1 - Apical;
 B2 - Dorsal;
 B3 - Ventral;
 Tronco inferior (lingular; homólogo ao brônquio lobar médio direito):
 B4 - Superior ou cranial;
 B5 - Inferior ou caudal;
Brônquio lobar inferior:
 B6 - Apical (ou de Nelson?);
 Tronco comum:
 B7 - Médio-basal ou paracardíaco ou basal medial;
 B8 - Ventro-basal ou basal anterior;
 B9 - Látero-basal ou basal lateral;
 B10 - Término-basal ou basal posterior.

Pulmão
É um órgão central das trocas gasosas e localiza-se na região pleuro-pulmonar. O
pulmão direito é maior do que o esquerdo, devido à presença do coração.
Ambos vão estar revestidos por uma membrana serosa, a pleura, e correspondem
a “metade de um cone, dividido em dois por um plano vertical”, apresentando: uma face
parietal convexa, uma face mediastínica quase plana, uma face diafragmática (base), um
vértice superior e 3 bordos (anterior, posterior e inferior).

Pulmão – relações da face mediastínica


Direita
-Ant-inf ao hilo: impressão cardíaca + impressão da veia cava superior;
64
ANATOMIA – 2º Semestre
-Sup ao hilo: goteiras dos vasos braquio-cefálicos direitos + timo / vestígios;
-Post ao hilo: impressão da veia ázigos;
-Inf ao hilo: impressão da veia cava inferior.

Esquerda
-Ant-inf ao hilo: impressão cardíaca (mais acentuada) + impressão da porção
ascendente da aorta
-Sup ao hilo: goteiras da porção horizontal da crossa da aorta + timo / vestígios;
-Post ao hilo: impressão da aorta torácica descendente.

65
ANATOMIA – 2º Semestre
Hilos pulmonares
Direito
-Tronco pulmonar é anterior ao brônquio;
-Veia pulmonar superior direita é pré-brônquica e pré-arterial;
-Veia pulmonar inferior direita é infra-brônquica;
-Ramos brônquicos arteriais da aorta torácica descendente podem ser anteriores
ou posteriores ao brônquio.
-Vasos e gânglios linfáticos em redor do brônquio e vasos;
-Plexo nervoso pulmonar, sobretudo desenvolvido atrás.

Esquerdo
-Tronco pulmonar é anterior, e depois superior ao brônquio;
-Veia pulmonar superior esquerda é apenas pré-brônquica;
-Veia pulmonar inferior esquerda é infra-brônquica;
-Ramos brônquicos arteriais da aorta torácica descendente podem ser anteriores
ou posteriores ao brônquio.
-Vasos e gânglios linfáticos em redor do brônquio e vasos;
-Plexo nervoso pulmonar, sobretudo desenvolvido atrás.

66
ANATOMIA – 2º Semestre
Pulmão – Relações internas do vértice
Pulmão Esquerdo
-Veia braquio-cefálica esquerda;
-Artéria carótida primitiva esquerda;
-Pneumogástrico esquerdo;
-Artéria subclávia esquerda;
-Ansa subclávia esquerda;
-Canal torácico;
-Traqueia;
-Esófago.

Pulmão Direito
-Artérias mamárias internas;
67
ANATOMIA – 2º Semestre
-Tronco braquio-cefálicos arterial;
-Tronco braquio-cefálico venoso direito;
-Pneumogástrico direito;
-Nervo laríngeo recorrente direito;
-Ansa subclávia direita;
-Anastomose entre frénico e gânglio cervical inferior;
-Traqueia;
-Esófago.

Segmentação Pulmonar
Pulmão direito:
-Duas cissuras interlobares: oblíqua, horizontal;
-Três lobos: superior, médio, inferior.
Pulmão esquerdo:
-Uma cissura interlobar;
-Dois lobos: superior, inferior.

Existem 10 lobos em cada pulmão que correspondem à segmentação da árvore


tráqueo-brônquica.

Não se ausculta lobo inferior direito na face anterior do tórax! Só na lateral!

68
ANATOMIA – 2º Semestre
Relações da cúpula pleural
São semelhantes às do vértice do pulmão, porém a sua face externa é recoberta
por (anterior para posterior):
-Veia subclávia;
-Escaleno anterior;
-Artéria subclávia;
-Troncos do plexo braquial;
-Escalenos médio e posterior.

69
ANATOMIA – 2º Semestre
Aparelho Suspensor da Pleura de Sebileau
É formado por:
-Músculo pequeno escaleno;
-Apófise transversa C7;
-Bordo interno da 1ª costela, posteriormente à inserção do escaleno anterior;
-Existe em 50% dos casos; nos restantes 50%, é substituído pelo ligamento
vértebro-pleuro-costal.
-Ligamento vértebro-pleural / pleuro-membranoso;
-Aponevrose cervical profunda e bainha visceral;
-Parte súpero-interna da cúpula pleural.
-Ligamento costo-pleural (inconstante);
-Colo da 1ª costela
Na sua constituição tem também fibras tendinosas dos escalenos anterior e médio
e insere-se na membrana suprapleural de Leblanc /fascia de Sibson.

70
ANATOMIA – 2º Semestre
Fosseta supra-retro-pleural de Sebileau
Espaço onde se encontra o gânglio cervical inferior do simpático (=gânglio
estrelado=ganglio cervico-torácico) e que é limitado por:
-int: ligamento vertebro-pleural;
-ext: ligamento costo-pleural;
-inf: pleura;
-post: extremidade posterior da 1ª costela;
-sup-ext: musculo pequeno escaleno/ligamento vertebro-pleuro-costal.

Vasos e nervos do sistema respiratório


SISTEMA RESPIRATÓRIO
órgãos artérias veias nervos
A. Nasal (r. oftalmica da
Motor: VII
carotida int)
Sensitivo: n. nasal
Nariz V. Angular e Facial (r. jugular int)
externo, infra-
A. Facial (r. da carotida ext)
orbitário e
nasolobar (r. V)

A. Etmoidal Ant (r. ofltamica, Sensorial: n.


Fossas rede mucosa mt rica -> Veias-
carotida int) -> apo pterigo- olfactivo ->
Nasais satélite das artérias
temporo-maxilar paredes ext e int

71
ANATOMIA – 2º Semestre
A. Etmoidal Post (r. ofltamica,
carotida int) -> celulas
etmoidais post

A. Esfeno-Palatina (r. max int,


carotida ext): r. int para
mucosa septo nasal e r. ext
para cornetos e meatos sup e
médio e mucosas das celulas
etmoidais e do seio maxilar

A. Palatina Descendente (r.


max int, carotida ext) ->
corneto e meato inferior
Sensitivo: n.
A. Pterigo-Palatina (r. max int, esfeno-palatino e
carotida ext)-> mucosa da n. nasal int (parte
aboboda das fossas nasais e + ant)
da faringe

A. Das Asas do Nariz e Infra-


Septais (r. facial, carotida ext)-
> lobulo do nariz e asas do
nariz
Plexo de Kiesselbach = Área
de Littel [1/3 ant-inf do septo
nasal]: a. etmoidal ant + a.
esfeno-palatina + a. palatina
descendente + a. asas do nariz
e do septo
n. laringeo sup
[MISTO]: r. sup=int
(c/ a. Laringea sup)
A. Laringea sup (r. tiroideia
V. laringea sup -> tronco tiro- p/ mucosa andar
sup, carotida ext) -> m.
linguo-facial -> V. jugular int -> superior e p. sup
laringe, mucosa supra-glótica,
tronco braquiocefálico -> v cava sulco faringo-
mucosa da goteira faringo-
sup laringeo; r. inf=ext
laringea
p/ m. crico-
tiroideu e mucosa
infra-glótica
n. laringeo inf ou
A. Laringea inf (anastomose V. laringea inf -> V. jugular int recorrente
Laringe
entre os ramos internos das r. (ou v. laringea sup -> tronco [MOTOR]: inf ao
tiroideias sup contralaterais, tiro-linguo-facial -> v. jugular m. constritor inf
carotida ext) -> mucosa infra- int)-> tronco braquiocefálico -> faringe -> todos os
glótica, m. crico-tiroideu v cava sup musculos, excepto
m. crico-tiroideu
A. Laringea post (r. tiroideia
n. laringeo inf
inf, tronco tiro-bicervico-
anastomose com
escapular, a. subclávia) -> V. laringea post -> V. tiroideias
n. laringeo sup =
mucosa f. post laringe, m. inf -> tronco braquiocefálico -> v
Ansa de Galeno ->
crico-aritenoideus post, m. cava sup
mucosa f. post
ari-aritenoides [anast c/ a.
laringe
Laringea sup]

A. Tiroideia sup (r. carotida V. tiroideias inf -> tronco


Traqueia gg cervicais
ext) braquiocefálico -> v cava sup

72
ANATOMIA – 2º Semestre
1º gg torácico do
V. tiroideias sup -> tronco tiro-
tronco simpático
A. Mamária int (r. subclávia) lingual-facial -> v. jugular int -> v
(inervação
cava sup
vegetativa)

A. Bronquicas (r. aorta n.


torácica descendente) pneumogástrico:
V. esofágicas -> v. ázigos -> v
A. Tiroideia inf (tronco tiro- n. laringeos
cava sup
bicervico-escapular, a. recorrentes +
subclávia) plexos pulmonares

A. brônquicas (r. aorta V. bronquicas post -> v. hemi-


Brônquios plexo pulmonar
torácica descendente) azigos -> v. ázigos -> v. cava sup

V.
perisegmentares
do lobo sup ->
a. Lobo sup (a.
tronco
Mediastinica
mediastinico +
lobo sup + a.
tronco interlobar
Cisural lobo sup)
ant + tronco
cisural post -> raiz
sup da VPSD
V.
pulmonar
sup dir
V.
perisegmentares
A. do lobo méd ->
a. Lobo méd (a.
Pulmonar tronco superficial
Sup constante +
Dir (v. mediastinica
a. Ext do lobo
int) + tronco
méd)
profundo (tronco
cisural inf) -> raiz
inf da VPSD
Pulmões plexo pulmonar
V. lobo inf -> v.
inter-ápico-basais
-> raiz sup da VPID
a. Lobo inf (ex: a. V.
Do segmento de pulmonar
Nelson) inf dir V. lobo inf -> v.
intersegmentares
da pirâmide basal
-> raiz inf da VPID
V.
intersegmentares
a. Lobo sup (a. do culmen (lobo
Mediastinica ant V. sup) -> tronco
+ a. Mediastinica pulmonar central -> raiz sup
A. post + a. Lingular sup esq da VPSE
Pulmonar cisural) V. território
Esq lingular -> raiz inf
da VPSE
a. Lobo inf (ex: a. V. V. lobo inf -> v.
Do segmento de pulmonar inter-ápico-basais
Nelson) inf esq -> raiz sup da VPIE

73
ANATOMIA – 2º Semestre
V. lobo inf -> v.
intersegmentares
da pirâmide basal
-> raiz inf da VPIE

Dir -> v. ázigos ->


V. v. cava sup
bronquicas Esq -> v. hemi-
post ázigos -> v. ázigos
-> v. cava sup
A. Bronquicas (r. aorta Dir -> v. ázigos ->
torácica descendente) v. cava sup [ou
V. diretamente v.
bronquicas pulmonares]
ant
Esq -> v. hemi-
ázigos -> v. ázigos
-> v. cava sup

a. mamária int
(a. subclávia)
a. Intercostais n. intercostais ->
ant (mamária int, pleura parietal
a. subclávia) + a. costal
Intercostais post
(aorta torácica
Parietal descendente)
Pleuras a. Mediastinicas v. satélites das artérias
(aorta torácica
n. frénico -> pleura
descendente)
parietal
a. Diafragmáticas mediastinica e
(r. mamária int, diafragmática
a. subclávia)
a. bronquicas
plexo pulmonar ->
Visceral (aorta torácica
pleura visceral
descendente)

74
ANATOMIA – 2º Semestre
Mediastino
Divisões
O mediastino é a região que separa as regiões pleuro-pulmonares e é limitado por:
-Anteriormente: grelha esterno-costal,
-Posteriormente: coluna vertebral,
-Lateralmente: pleuras + pulmões,
-Inferiormente: diafragma.

Pode ser dividido de duas forma.


A primeira divisão ocorre por um plano frontal que passa pela bifurcação da
traqueia e que o divide num mediastino anterior e noutro posterior.

Mediastino anterior
Tendo por base a primeira divisão, o mediastino anterior contém:
Timo, contido na sua loca tímica.

75
ANATOMIA – 2º Semestre
Pericárdio, que vai estar diretamente em contacto com a parede anterior do
mediastino entre a 2ª e a 4ª cartilagens costais. Inferiormente a isso, vais delimitar um
triângulo cujos vértices são: o superior corresponde ao ponto médio da linha que une as
4ª cartilagens costais, o inferior direito está ao nível da 6ª cartilagem costal e o inferior
esquerdo está um pouco superiormente ao nível da 6ª cartilagem costal (ponto no qual o
recesso costo-mediastínico esquerdo cruza o limite inferior da área cardíaca). O limite
direito corresponde ao recesso costo-mediastínico direito, o inferior ao diafragma e o
esquerdo ao recesso costo-mediastínico esquerdo. Este ultimo limite cruza, a nível do 5º
espaço intercostal esquerdo, uma zona que o pericárdio está diretamente em contacto
com as partes moles do toras, sem pleura como intermédio, sendo esse o sitio indicado
para uma paracentese.

Vasos, onde encontramos um 1º plano (mais anterior) venoso e um 2º plano


arterial. Relativamente ao plano venoso, é constituído por: veia cava superior, troncos
braquiocefálicos venosos e veias tiroideias inferiores (contidas na aponevrose tiro-
pericárdica). O plano arterial é formado por: porção ascendente da crossa da aorta,
tronco braquiocefálico arterial, carótida primitiva esquerda e tronco pulmonar.

76
ANATOMIA – 2º Semestre
Nervos: frénico direito (anteriormente ao pedículo pulmonar direito), frénico
esquerdo (anteriormente ao pedículo pulmonar esquerdo, 1-2cm do vértice do pulmão),
pneumogástricos direito e esquerdo, plexos cardíacos anterior (anteriormente à crossa
da aorta), plexo cardíaco posterior (entre crossa da aorta e traqueia) e gânglio de
Wrisberg (anastomose entre os plexos cardíacos, inferiormente à crossa da aorta)

Linfáticos: gânglios linfáticos para-esternais, frénicos anteriores e mediastínicos


anteriores.

Mediastino posterior
Esta porção do mediastino é formada por diversas estruturas.
-esófago (relações com n. pneumogástricos)
-traqueia (relações, bifurcação em T5/T5-T6, fosseta de barety)
-brônquios (diferenças, hilos pulmonares)
-pleuras (fundos de saco inter-azigos-esofagico e inter-aortico-esofágico, ligamento
de Morosow, ligamentos triangulares)
-crossa da aorta (T4, cruza, de anterior oara posterior: traqueia, nervo laríngeo
inferior esquerdo, esófago, canal torácico)
-aorta torácica descendente (relações)
-a. intercostais posterior
-a. subclávia esquerda (relações intra-torácicas: anteriormente com carótida
primitiva esquerda e com n. pneumogástrico esquerdo; externamente com pleura e
pulmão esquerdos; internamente com canal torácico, traqueia e esófago; posteriormente
com coluna vertebral)
-veia ázigos (relações)
-veias hemi-ázigos (relações)
-canal torácico (relações e segmentos)
-gânglios linfáticos peri-traqueo-brônquicos (relações)
-gânglios linfáticos mediastínicos posteriores (relações: bordos laterais e faces do
esófago)
-n. pneumogástricos (relações com esófago: o esquerdo torna-se anterior e o direito
torna-se posterior)

77
ANATOMIA – 2º Semestre
Dentro deste grupo, as artérias intercostais posteriores, os ramos aferentes do
canal torácico e os gânglios pré-vertebrais constituem o plano vascular mais profundo
do mediastino.

Espaço infra mediastínico posterior


Este espaço vai ser limitado por:
-sup: mediastino posterior
-inf: inserções dos pilares do diafragma em L1-L2
-ant: face posterior do pilares do diafragma
-post: face anterior de T12-L1
-lat: curva desde T12 até pilares do diafragma

Esta porção do mediastino é formada por diversas estruturas.


-aorta torácica descendente (anteriormente ao canal torácico)
-tronco simpático (anteriormente às articulações costo-vertebrais até 12º gânglio
torácico)
-n. esplâncnicos (grande, pequeno e inferior)
-canal torácico (anteriormente à aorta torácica descendente)
-raízes veia ázigos (local de origem da veia – 11º espaço intercostal direito)
-raízes veia hemi-ázigos (local de origem da veia – 11º espaço intercostal esquerdo)

A segunda divisão começo por o dividir num mediastino superior e noutro inferior
através de um plano horizontal que passa pelo angulo de Louis (bordo inferior de T4).
Depois o mediastino inferior é dividido em anterior, médio e posterior pelo pericárdio e
pela bifurcação da traqueia respectivamente.
Em qualquer um dos casos, inferiormente ao mediastino posterior, encontra-se
um espaço infra-mediastinico posterior.

78
ANATOMIA – 2º Semestre
Mediastino Superior
 Timo ou seus vestígios adiposos;
 Vasos torácicos internos;
 Frénicos;
 Veias bráquio-cefálicas;
 Metade superior da veia cava superior;
 Crossa aórtica e seus 3 ramos;
 Pneumogástricos;
 Nervo laríngeo recorrente esquerdo;
 Traqueia;
 Esófago;
 Canal torácico;
 Gânglios linfáticos peri-traqueo-brônquicos.

Mediastino Inferior e Anterior


 Vasos torácicos internos;
 Timo ou seus vestígios adiposos

Mediastino Inferior e Médio


 Coração e pericárdio;
 Aorta ascendente;
79
ANATOMIA – 2º Semestre
 Metade inferior da veia cava superior;
 Bifurcação traqueal e brônquios principais;
 Tronco pulmonar e artérias pulmonares;
 Frénicos;
 Gânglios linfáticos peri-traqueo-brônquicos.

Mediastino Inferior e Posterior


 Aorta torácica descendente;
 Sistema ázigos;
 Troncos simpáticos;
 Nervos esplâncnicos torácicos;
 Pneumogástricos;
 Esófago;
 Canal Torácico;
 Gânglios linfáticos mediastínicos posteriores.

80
ANATOMIA – 2º Semestre
Sistema Digestivo
Loca da Parótida
A parótida está contida numa loca com 3 paredes, 3 bordos e 2 extremidades:
-parede ext: aponevrose do ECM + aponevrose masseteriana + aponevrose cervical
superficial
-parede ant-int: m. masséter (externo) + ramos ascendente maxilar inf + m.
pterigoideu int (interno)
-parede post-int: lig. estilo-maxilar (interno) + m. estilo-glosso+ lig. estilo-hioideu +
m. estilo-hioideu + apófise estiloideia + ECM + ventre post do m. digástrico [elementos do
diafragma estiloideu]
-b. int: lig. estilo-maxilar
-b. ant: m. masseter
-b. post: ECM
-extremidade sup: anteriormente corresponde à ATM e posteriormente corresponde
ao canal auditivo externo
-extremidade inf: septo inter-parotideo-maxilar

81
ANATOMIA – 2º Semestre
Triângulos da Parede Posterior da Loca Parotídea
Na parede posterior da loca, distinguem-se três interstícios triangulares (interno,
médio, externo) que separam os músculos da parede e cujo fundo é encerrado pela
aponevrose do diafragma estiloideu.
O interstício interno é limitado internamente pelo músculo estilo-glosso, ligamento
estilo-maxilar, e ligamento estilo-hioideu; posterior e externamente pelo músculo estilo-
hioideu. Chama-se triângulo pré-estilo-hioideu, e apresenta na sua união com a
parede inferior da loca, o orifício de entrada da carótida externa.
O interstício médio, que é externo e posterior ao músculo estilo-hioideu, localiza-se
entre este músculo e o digástrico; é o triângulo estilo-digástrico ou retro-estilo-
hioideu.
O interstício externo localiza-se entre o digástrico e o ECM. O interstício externo
é cruzado pelo nervo espinhal perto da extremidade inferior da loca parotídea, cerca de
4cm abaixo da apófise mastoideia.

82
ANATOMIA – 2º Semestre
Loca da Glândula Submaxilar
A glândula submaxilar está contida numa loca com 3 paredes, 3 bordos e 2
extremidades:
-parede int: anteriormente corresponde ao m- milo-hioideu e posteriormente ao m.
constritor médio da faringe. Superiormente ao hioide corresponde ao tendão intermédio
do m. digástrico, ao m. hioglosso e ao m. estilo-hioideu e inferiormente ao hioide
corresponde ao folheto profundo da aponevrose cervical superficial
-parede sup-ext: p. horizontal maxilar inf + m. pterigoideu int
-parede inf-ext: m. platisma + folheto superficial da aponevrose
-b. ext: b. inf do maxilar inferior
-b. sup: corresponde, de anterior para posterior, ao musculo milo-hioideu, à
mucosa do sulco alvéolo-lingual e ao espaço para-amigdalino
-b. inf: ponto em que a aponevrose cervical superficial se divide nos seus dois
folhetos
-extremidade ant: ventre anterior do m. digástrico
-extremidade post: septo inter-parotideo-maxilar + ECM

83
ANATOMIA – 2º Semestre
Loca da Glândula Sublingual
A glândula sublingual está contida numa loca com 2 paredes, 2 bordos e 2
extremidades:
-parede ext: p. horizontal maxilar inferior + m. milo-hoideu
-parede int: m. geni-glosso + n. lingual + canal de Wharton
84
ANATOMIA – 2º Semestre
-b. sup: p. mucosa do sulco alvéolo-lingual, mais propriamente à eminência
sublingual
-b. inf: m.geni-hiloideu
-extremidade ant: sínfise mentoniana
-extremidade post: prolongamento interno da glândula submaxilar entre m. milo-
hioideu e m. hio-glosso

85
ANATOMIA – 2º Semestre
Espaço Maxilo-Faringeo
O espaço maxilofaringeo localiza-se para fora das paredes laterais da faringe, tem
a forma de um prisma triangular, apresentado 3 paredes, 2 extremidades ou bases.

A parede interna é formada por:


-parede lateral da faringe e septo sagital, que prolonga esta mesma parede.
A parede externa é formada, de diante para trás:
-ramo ascendente do maxilar inferior atapetado externamente pelo masséter e sua
aponevrose, e internamente pelos musculos pterigoideus e aponevrose interpterigoideia;
-aponevrose cervical superficial que se estende sobre a parótida, desde a
aponevrose massetérica até à baínha do ECM,
-ECM e sua baínha.
A parede posterior é formada por:
-aponevrose cervical profunda que cobre, externamente aos septos sagitais, as
inserções nas apófises transversas dos músculos pré-vertebrais, do angular da
omoplata, do splenium capitis, e dos escalenos. A aponevrose cervical profunda estende-
se externamente a estes dois musculos até à baínha do ECM.
A extremidade superior corresponde à face inferior do rochedo do temporal.
A extremidade inferior corresponde ao plano horizontal tangente ao bordo inferior
do maxilar inferior.

86
ANATOMIA – 2º Semestre
Relações da artéria lingual e músculos da língua
A artéria lingual, inicialmente, está internamente ao hio-glosso e externamente ao
constritor médio. Depois vai para frente/dentro/cima e fica inferiormente ao longitudinal
inferior da língua, externamente ao geni-glosso e internamente ao hioglosso. Alcança
então o bordo anterior do hio-glosso, onde se divide nos seus terminais, a sublingual e a
profunda da língua (=ranina).

Relativamente aos músculos da língua, eles são 17 músculos, 8 pares e um impar


(longitudinal superior). Num corte frontal da língua, de interno para externo, temos:
-m. geni-glosso
-m. longitudinal inferior
-m. hioglosso
-m. palato-glosso, m. amigdalo-glosso e m. estilo-glosso (anterior para posterior)

Os outros músculos são: faringo-glosso (prolongamento do contritor superior da


faringe) e transverso da língua.

Canal de Wharton
Entre hioglosso, geniglosso e sublingual. Passa o XII.

87
ANATOMIA – 2º Semestre
Ligamento de Berry
É o nome dado ao ligamento suspensor da glandula tiroide. Relaciona-se com a
artéria tiroideia inferior na parte em que ela se divide nos seus terminais no bordo
inferior da tiroide.
Hipofaringe
A hipofaringe corresponde à oro-faringe e à laringo-faringe.

Pontos fracos da Nasofaringe – Seios de Morgagni


Localiza-se entre constritor superior da faringe e base do crânio, sendo que,
superiormente ao bordo superior do constritor superior, existe a ausência de camada
muscular e apenas a presença de mucosa, aponevrose faríngea e aponevrose
faringobasilar. Estas aponevroses aproximam-se e seguem a mesma linha de inserção na
base do crânio, a nível do tubérculo faríngeo do occipital, do bordo anterior do orifício
inferior do canal carotídeo, da face inferior do rochedo, interno à goteira da trompa de
Eustáquio. seguem a inserção do periestafilino interno.
Este espaço é atravessado pela trompa de Eustáquio e pelo periestafilino interno; a
2.5cm do buraco oval (relaciona-se com nervo maxilar inferior).

Pontos fracos da Hipofaringe


A hipofaringe tem 3 pontos fracos:

88
ANATOMIA – 2º Semestre
-Killian: zona entre o constritor inferior superiormente e o cricofaringeo (=feixe
cricoideu do musculo constritor inferior da faringe) inferiormente que pode dar origem a
divertículos de Zenker;
-Killian-Jamieson: zona entre o os feixes tranversos (superiormente) e obliquos
(inferiormente) do cricofaringeo;
-Laimer: área em V de Laimer é a área limitada superiormente pelas fibras
inferiores do cricofaringeo e inferiormente pela camada muscular esofágica.

Anéis Linfáticos da Faringe


A faringe tem dois aneis linfáticos:
- Anel de Waldeyer: é o maior e é formado pelas amigdalas lingual, palatina,
tubária e faringea e o foliculos linfoides entre elas.
- Anel de Bickel: é o mais pequeno e é formado inferiormente pela amigdala
lingual, dos lados pelas amigdalas palatinas e folicuos linfáticos da mucosa dorsal do
palato mole.

Pinça de Jackson
É um esfíncter formado pelas fibras do musculo crico-faringeo e é responsável pelo
encerramento da boca do esófago (durante a respiração).
89
ANATOMIA – 2º Semestre
Comunicação mediastino posterior – espaço retro-faringeo
Estes dois espaço comunicam através do espaço retro-visceral (retro-faringeo na
faringe). Sendo eu pode ocorrer disseminação tumoral entre as duas zonas através da
comunicação dos gânglios linfáticos.

Relações do esófago
Dividem-se em cervicais e torácicas.
- Relações cervicais
Orifício superior: posteriormente ao bordo inferior da cartilagem cricoideia;
anteriormente a C6
Anteriormente:
 Traqueia
 Nervo laringeo recorrente
Posteriormente:
 Coluna vertebral
 M. pré-vertebrais
 Aponevrose pré-vertebral
 Espaço celular retro-visceral
Lateralmente:
 Lobos laterais da tiróide;
 Feixe vásculo-nervoso do pescoço;
 Artéria tiroideia inferior.

90
ANATOMIA – 2º Semestre
- Relações torácicas
Anteriormente:
 Traqueia
 Bifurcação da traqueia – origem bronquio esquerdo
 Bifurcação do tronco pulmonar – artéria pulmonar direita
 Pericárdio
 Fundo de saco de haller
 Espaço portal
 Ganglios linfáticos inter-traqueo-bronquicos
Posteriormente:
 Coluna vertebral
 M. pré-vertebrais
 Aponevrose pré-vertebral
 Espaço celular retro-visceral
 Aorta torácica descendente (T7-T8)
 Canal torácico
 Veia ázigos
 Veias hemi-ázigos

91
ANATOMIA – 2º Semestre
 Fundos de saco inter-ázigo-esofágico e inter-aórtico-esofágico
 Ligamento de Morosow
 Recesso retro-cardiaco
 1ª artérias intercostais aorticas posteriores direitas
Lateralmente:
 À esquerda: aorta torácica descendente, pneumogástrico esquerdo, artéria
subclávia esquerda, canal torácico, pleura mediastínica esquerda, ligamento
triangular do pulmão;
 À direita: veia ázigos (crossa em T4), pneumogástrico direito, pleura
mediastínica direita, ligamento triangular do pulmão.

- Hiato Esofágico
O esófago unido às paredes do hiato esofágico por:
 Membrana conjuntiva anular (Treitz e Laimer);
 Fibras musculares que vão do diafragma até à parede esofágica.
A bainha esofágica (membrana/ligamento freno-esofágico/de Laimer) insere-se
no esófago (folheto ascendente) e no cárdia (folheto descendente) e adere ao
peritoneu infra-frénico e aos pilares do diafragma. Entre a bainha e o esofago,
encontramos um espaço célulo-adiposo de deslizamento.
O diafragma envia fibras musculares, que se dispersam pela bainha esofágica
de Laimer:
 Músculo de Rouget: folheto inferior;
 Músculo de Juvara: folheto superior;

92
ANATOMIA – 2º Semestre
- Relações abdominais
Posteriormente:
 N. pneumogastrico direito
 Pilar esquerdo do disfragma
 Glandula supra-renal esquerda
 A. diafragmáticas inferiores esquerdas
 Através do diafragma.
 Aorta
 Pulmão esquerdo
 Coluna vertebral T10-T11
Anteriormente
 N. pneumogastrico esquerdo
 Peritoneu
 Face posterior do fígado
À esquerda
 Ligamento triangular esquerdo do fígado
À direita
 Pequeno epiploon

Irrigação arterial do esófago


Artérias esofágicas superiores:
 Ramos das tiroideias inferiores (subclávia).
Artérias esofágicas médias:
 Ramos da aorta torácica descendente.
 Artérias brônquicas podem dar alguns ramos.
Artérias esofágicas inferiores:
 Ramos das frénicas inferiores e da gástrica esquerda (coronária
estomáquica).

93
ANATOMIA – 2º Semestre
Variações: os ramos esofágicos podem nascer das diafragmáticas inferiores
esquerdas, das gástricas curtas, do tronco celíaco ou da artéria esplénica.

Drenagem venosa do esófago


Plexo venoso esofágico:
 Drena superiormente para veias tiroideias inferiores, ázigos e frénicas
inferiores (sistemas cava superior e inferior);
 Drena inferiormente para veia gástrica esquerda (sistema porta).
 Anastomoses na submucosa e na superfície exterior: anastomoses porto-
cava!

94
ANATOMIA – 2º Semestre
Irrigação arterial do estomago
Artéria gástrica esquerda (tronco celíaco);
Artéria gástrica direita (hepática comum);
Artéria gastro-epiplóica direita (gastro-duodenal);
Artéria gastro-epiplóica esquerda (esplénica);
Artérias gástricas curtas (esplénica).
Ramos esofágicos (gástrica esquerda);
Ramos fúndicos (esplénica).

95
ANATOMIA – 2º Semestre
Drenagem venosa do estomago
Veia gástrica esquerda (tronco porta);
Veia gástrica direita (tronco porta);
Veia gastro-epiplóica esquerda (esplénica);
Veia gastro-epiplóica direita (em conjunto com artéria cólica superior direita,
formando tronco de Henlé – mesentérica superior);
Drenagem venosa da junção gastro-esofágica: anastomose porto-cava!

96
ANATOMIA – 2º Semestre
Drenagem linfática do estomago
Três territórios linfáticos principais:
 Território dos gânglios gástricos esquerdos;
 Compreende os dois terços internos da porção vertical, e um pequeno
segmento da porção horizontal.
 Território dos gânglios linfáticos esplénicos;
 Restante parte da porção vertical, desde vértice do fundo gástrico até
parte média da grande curvatura
 Território dos gânglios hepáticos;
 Restante parede gástrica. Dividido em 2 regiões secundárias, uma
superior ou gástrica direita, tributária dos gânglios do segmento
horizontal da artéria hepática (gânglio retro-duodeno-pancreático), e
uma inferior ou gastro-epiplóica.
Parte da linfa do estômago, principalmente da região superior, pode atingir o tórax
e as regiões supra-claviculares (sobretudo a esquerda) através da via para-esofágica de
Santos Ferreira e através da via para-cávica.

97
ANATOMIA – 2º Semestre
Grande arco epiploico de Hyrtl
Corresponde a anastomose entre as artérias gastro-epiploicas direita e esquerda
ao longo da grande curvatura.

Grande arco epiploico de Barkon


Corresponde a anastomose entre as artérias gastro-epiploicas direita e esquerda
ao longo do bordo livre do grande epiploon.

98
ANATOMIA – 2º Semestre
Incisura Angularis
Corresponde ao angulo da pequena curvatura, entre a porção vertical e a
horizontal, a partir do qual começa o antro do estomago.

Cárdia
O cardia é marcado por:
- camada adiposa pré-cárdia de Belsey;
- colar muscular de Helvitius (=círculo de Willis) – transição entre fibras
musculares circulares e obliquas do estomago.

Artéria Gástrica Esquerda = Coronária Estomáquica


A artéria gástrica esquerda ascende e depois dirige-se para a frente e esquerda
formando uma curva de concavidade inferior, levantando o peritoneu formando a foice
da coronária estomáquica que constitui o limite superior do foramen bursae omentalis,
orifício que permite a comunicação entre a cavidade posterior do epiploons (à esquerda)
e o vestinulo da cavidade posterior dos epiploons (^a direita). O limite inferior deste
orifício corresponde á foice da artéria hepática

99
ANATOMIA – 2º Semestre
Vias anastomóticas entre as artérias mesentéricas superior e
inferior
São: a artéria marginal de de Drummond, a artéria anastomótica central e a
arcada de Riolan.

Quadrilátero venoso da artéria mesentérica superior


A artéria mesentéria superior, logo apos a sua origem, atravessa um quadrilatero
venoso limitado por:
- post: v. renal esq (retroperitoneal)
- ant: tronco espleno-meseráico
- esq: v. mesentérica inf
- dir: v. mesentérica sup

Tronco de Henlé = tronco venoso gastro-cólico


É formado pela confluência da veia gastro-epiplóica direita e da veia cólica
superior direita e, de seguida, vai drenar na veia mesentérica superior.

Triângulo inter-porto-colédoco
O tronco porta aproxima-se progressivamente, de inferior para superior, do canal
colédoco e limita com ele este triângulo de base inferior.

Nervos de Latarjet
É a designação dada ao nervos pneumogástricos a partir do momento em que eles
passam a inervar apenas o estomago.
O pneumogástrico direito torna-se o nervo de Latarjet posterior e o
pneumogástrico esquerdo torna-se o nervo de Latarjet anterior.
As passagens de esquerdo a anterior e de direito a posterior devem-se à rotação de
90º no sentido da esquerda para a direita que ocorre no desenvolvimento embrionário.

Nervo Criminal de Grassi


É o primeiro ramo intra-abdominal do pneumogástrico posterior.

Nervo Amelitta Galli-Curci


É o nervo laringeo superior.
100
ANATOMIA – 2º Semestre
Ligamento Freno-Esofágico
É a porção de pequeno epiploon que se insere no diafragma.

Epíploon pancreático-esplénico
Estende-se entre o hilo do baço e a cauda do pâncreas, e assegura a fixação
indireta do estomago pois segue o acolamento do mesogastro posterior, ligando-se
àparede posterior.

Relações do bloco duodeno-pancreático


Anteriormente:
 Segmento supra-mesocólico:
 Cavidade posterior dos epiploons -> estomago
 Face inferior do fígado
 Vesicula biliar
 Mesocolon transverso – cruza 2ª porção do duodeno, parte inferior da
cabeça do pancreas e segue o bordo inferior da cauda do pancreas
 Segmento infra-mesocólico:
 Ansas intestinais
 Pediculo mesentérico superior
 Mesentério
 Pediculo colico superior direito

Posteriormente:
 À direita da linha axial: [fascia de treitz]
 Rim direito
 Glandula supra-renal direita
 Pediculo renal direito
 Veia cava inferior
 Veia porta
 Vasos espermáticos/ováricos direitos
 Na linha axial:
 Aorta abdominal
 A. mesentérica superior (L1)
 V. renal esquerda
101
ANATOMIA – 2º Semestre
 Plexo intermesentérico
 À esquerda da linha axial:
 Rim esquerdo
 Glandula supra-renal esquerda
 Pediculo renal esquerdo
 Pilar esquerdo do diafragma
 Vasos espermáticos/ováricos

Superiormente, da direita para a esquerda:


 Pediculo hepatico
 Tronco celiaco
 Artéria esplénica
Inferiormente:
 Pediculo mesentérico superior
 Ansas intestinais
 Mesentério

Irrigação Arterial do Bloco Duodeno-Pancreático


Artéria pancreático-duodenal superior e anterior (gastro-duodenal);
Artéria pancreático-duodenal superior e posterior (gastro-duodenal);
Artéria pancreático duodenal inferior (mesentérica superior);

102
ANATOMIA – 2º Semestre
Artéria supra-duodenal de Wilkie (origem variável: 60% hepática comum, 40%
gastro-duodenal, 8% pilórica);
Artéria subpilórica (gastro-epiplóica direita ou pancreático-duodenal superior e
anterior);
Ramos pancreáticos de Charpey (esplénica);
Pancreática dorsal (origem variável; esplénica);
Pancreática inferior (origem variável; mesentérica superior) ;
Pancreática magna de Haller (mesentérica superior, esplénica, tronco celíaco ou
hepática comum);
1ª Artéria jejunal (mesentérica superior).

Drenagem Linfática do Bloco Duodeno-Pancreático


À direita: cadeia pancreático-duodenal -> tronco intestinal -> canal torácico
À esquerda: cadeia pancreático-esplénica -> tronco intestinal -> canal torácico
Sup: cadeia esplénica -> tronco intestinal -> canal torácico
Inf: cadeia mesentérica superior -> tronco intestinal -> canal torácico

103
ANATOMIA – 2º Semestre
Mesentério
Raiz do mesentério:
 Desde ângulo de Treitz (L1-L2, L2) até fossa ilíaca direita, terminando na
porção superior da articulação sacro-ilíaca direita;
 Cobre 4ª porção do duodeno, junção entre 3ª e 4ª porções do duodeno,
vasos mesentéricos superiores, aorta abdominal, veia cava inferior, vasos
ilíacos primitivos.
2 folhetos:
 Direito: recobre parte da aorta abdominal, veia cava inferior, uretero, vasos
espermáticos, parte inferior do rim direito, vasos cólicos direitos.
 Esquerdo: uretero, vasos cólicos esquerdos, vasos espermáticos, parte média
e inferior do rim esquerdo.

104
ANATOMIA – 2º Semestre
Irrigação Arterial do Jejuno-Ileon
Artéria mesentérica superior:
 Artérias jejunais e ileais;
 Arcadas de primeira, segunda e terceira ordens; espaços entre arcadas
formam os óculos de Monks, ocupados pelas bolsas adiposas de Monks;
 Vasos rectos a partir da última arcada
 Plexo submucoso de Haller

105
ANATOMIA – 2º Semestre
Drenagem venosa do Jejuno-Ileon
Veia mesentérica superior: Veias satélites às artérias

Prega Avascular de Treves


Também chamada de prega ileo-cecal, é uma prega formada pela artéria ileo-
apendicular que une a ultima porção do ileon ao apêndice.

Drenagem Linfática do Jejuno-Ileon


Quilíferos de Asselius-> plexo mucoso -> plexo submuscoso -> plexo interlaminar -
> vasos sub-serosos -> veias lácteas (acompanham os vasos rectos) -> gânglios justa-
intestinais ->gânglios do grupo médio -> gânglios do grupo central -> tronco intestinal ->
gânglios para-aórticos + tronco lombar esquerdo -> canal torácico -> angulo de pirogoff
esquerdo

106
ANATOMIA – 2º Semestre
Área Avascular de Treves
É a área delimitada pela arcada ileo-cólica, que resulta da anastomose entre a
ultima artéria ileal e a artéria recorrente da ileo-ceco-colo-apendicular (=a. colica direira
inferior). É dita de avascular pois não é reforçada por nenhuma arcada secundária.

Óculos vasculares de Monks e Bolsas Adiposas de Monks


Os óculos são os espaços delimitados pelas arteriolas que nascem da ultima
arcada arterial do jejuno-ileon. Estes espaços são ocupados por porções adiposas na sua
parte baixa, as bolsas adiposas de Monks.

Região Ceco-Apendicular
Pregas ceco-apendiculares:
 Prega cecal vascular (face anterior do mesentério até face anterior do cego),
devido a artéria cecal anterior;
107
ANATOMIA – 2º Semestre
 Mesoapêndice (desde face interna do cego e face posterior do mesentério até
apêndice), devido a artéria apendicular;
 Prega íleo-cecal avascular de Treves (desde bordo inferior do íleon até face
interna do apêndice), por ramo recorrente apendicular (=ileo-apendicular).

Fossetas cecais:
 Superior: entre prega cecal vascular e ângulo íleo-cecal;
 Inferior: entre mesoapêndice e prega avascular de Treves.
 Retro-cecal.

Mesocolon Descendente
É raro existir mesocólon descendente, ainda mais raro do que no ascendente;
razão pela qual se realiza paracentese na fossa ilíaca esquerda.

Mesocolon Sigmoideu
Localiza-se no bordo superior/aderente/parietal apresenta dois segmentos: um
oblíquo (acompanha os vasos ilíacos externos esquerdos) e um vertical (na linha média).
Em 2/3 casos, o intervalo que separa os dois segmentos contém orifício da fosseta
intersigmoideia, que vai estar localizada sobre os vasos ilíacos comum esquerdos.

108
ANATOMIA – 2º Semestre
Contém na sua espessura a terminação da artéria mesentérica inferior, as artérias
sigmoideias e veias satélites, assim como linfáticos e filetes nervosos.

Irrigação arterial do Cólon


Cólon direito (irrigado por artéria mesentérica superior):
 Cólica superior direita;
 Cólica média direita;
 Cólica inferior direita (ileo-ceco-colon-apendicular).

Cólon esquerdo (irrigado por artéria mesentérica inferior):


 Cólica superior esquerda;
 Cólica inferior esquerda.

109
ANATOMIA – 2º Semestre
Drenagem Venosa do Cólon
Veias aproximadamente satélites das artérias; pertencentes ao sistema porta
hepático.

Drenagem Linfática do Cólon Direito


Rede pariteal -> gânglios epicólicos (na parede no colon) -> gânglios paracólicos (no
bordo mesocólico da arcada marginal) -> gânglios intermédios -> gânglios principais (na
raiz das arcadas cólicas) -> gânglios do grupo central + gânglios cecais e ileais anteriores
e internos -> cadeia mesentérica superior -> gânglios para-aorticos -> tronco lombar
-> canal torácico -> angulo de pirogoff esquerdo

Drenagem ceco-apendicular – cinco grupos:


 Cólico,
 Ileal,
110
ANATOMIA – 2º Semestre
 Cecal anterior,
 Cecal posterior,
 Apendicular (inconstante).

Drenagem Linfática do Cólon Esquerdo


Rede pariteal -> gânglios epicólicos (na parede no colon) -> gânglios paracólicos (no
bordo mesocólico da arcada marginal) -> gânglios intermédios -> gânglios principais (na
raiz das arcadas cólicas) -> gânglios do grupo central + gânglios cecais e ileais anteriores
e internos -> cadeia cólica esquerda superior + cadeia mesentérica inferior ->
gânglios retro-pancreáticos -> gânglios do hilo do baço + gânglios do pedículo
gastro-epiploico direito -> tronco intestinal -> canal torácico -> angulo de pirogoff
esquerdo

111
ANATOMIA – 2º Semestre
Territórios de barragem (“Watershet Area”) dos instestinos
Um território de barragem é uma zona de transição entre duas zonas de
vascularização distinta que recebe os ramos mais distas, logo menos oxigeneados, das
artérias. Por essa razão, é o território onde é mais provável ocorrer isquémia.
Estas zonas, no intestino, são:
-ponto de sudeck: é o ponto onde nasce a ultima arteria sigmoideia, a sigmoideia
ima, da artéria mesenterica inferior. Esta artéria pode anastomosar-se comum ramo da
arteria hemorroidaria superior, sendo que é pequena e pode estar ausente bastantes
vezes. Este ponto é bastante importante em casos de isquemia cólica.
-ponto de Griffith: anastomose entre a mesentéria superior e a inferior no colon
transverso, na união dos seus 273 direitos com o seu 173 esquerdo (um pouco mais
para a esquerda). Corresponde ao angulo esplénico.

Recto
É a porção final do tubo digestivo, continuando-se com o colon sigmoideu ao nivel
de S3 (angulo de Sudeck) e terminando a nivel do anus por uma dilatação, a ampola
rectal. Vai ser uma importante zona de anastomoses porto-cava e, através dessa
anastomose da drenagem linfática, vai ser possível a metastização de tumores.

112
ANATOMIA – 2º Semestre
Apresenta duas curvaturas, uma anterior ou sagrada, que é a mais superior, e
uma posterior ou perineal que é a mais inferior. Está dividido em duas partes: o recto
pélvico, superior, e o canal anal, inferior.
O recto pélvico tem um revestimento fibro-seroso na sua parte superior, ou seja,
é revestido por peritoneu, e um revestimento apenas fibroso na sua parte inferior. Tem
uma parede anterior, uma posterior e duas laterais.
O segmento peritoneal relaciona-se com:
Parede anterior:
-mulher:
-utero + vagina pelo fundo de saco de Douglas
-homem:
-bexiga + colon sigmoideu + ansas intestinais pelo fundo de saco vesico-rectal
Parede posterior:
-sacro
-cóccix
-m. piramidal
Paredes laterais:
-vazio:
-colon sigmoideu
-ansas intestinais
-distendido:
-uretero
-vasos ilíacos internos
-mulher: ovário + pavilhão das trompas

113
ANATOMIA – 2º Semestre
O segmento infra-peritoneal constitui um septo recto-seminal no homem e um
septo recto-vaginal na mulher porque existe uma coalescência dos dois folhetos.
Relaciona-se com:
Parede anterior:
-mulher:
- vagina
-homem:
-bexiga + canais deferentes + vesiculas seminais + prostata
Parede posterior:
-sacro
-coccix
-m. piramidal
Paredes laterais:
-bainha rectal
-a. hipogástrica
-plexo hipogástrico
-uretero
-vasos ilíacos internos

O canal anal está envolvido num involucro musculo-aponevrótico constituído pela


aponevrose pélvica, pelo m. elevador do ânus e pelo esfíncter externo do ano. Relaciona-
se:
Parede anterior: centro tendinoso do perineo
-mulher – triangulo vagino-rectal:
-ant: uretra + vagina
-post: recto
-homem – triângulo recto-uretral:
-ant: uretra + glândulas de cowper + bulbo do pénis
-post: recto
Parede posterior:
-sacro
-coccix
-m. piramidal
Paredes laterais:
-fossa ísquio-anal

114
ANATOMIA – 2º Semestre
Irrigação arterial do Recto
Artéria rectal superior (mesentérica inferior)
Artéria rectal média (ilíaca interna)
Artéria rectal inferior (pudenda interna, ilíaca interna)
Artéria sagrada média contribui com alguns ramos.

Drenagem venosa do Recto


Veias rectais superiores (mesentérica inferior);
Veias rectais médias (ilíacas internas);
Veias rectais inferiores (pudendas internas, ilíacas internas).
É uma importante zona de anastomoses porto-cava.

115
ANATOMIA – 2º Semestre
Drenagem Linfática do Recto
Vasos linfáticos rectais superiores: cadeia mesentérica inferior -> gânglios
lombo-aorticos -> troncos lombares -> canal torácico
Vasos linfáticos rectais médios: (acompanham vasos rectais médios) cadeia iliaca
interna -> cadeia ilíaca primitiva -> gânglios lombo-aorticos -> troncos lombares ->
canal torácico
Vasos linfáticos rectais inferiores: (pode ir para gânglios para-rectais que vão para
os vasos linfáticos rectais superiores) gânglios inguinais superficiais -> gânglios
inguinais profundos -> cadeia ilíaca externa -> cadeia ilíaca primitiva -> gânglios lombo-
aorticos -> troncos lombares -> canal torácico

116
ANATOMIA – 2º Semestre
Segmentação hepática

117
ANATOMIA – 2º Semestre
Segmentação Hepática e Supra-Hepática

118
ANATOMIA – 2º Semestre
Segmentação Vias Biliares
Segmento hilar;
Segmento intra-epiplóico;
Segmento retro-duodeno-pancreático;
Segmento intra-parieto-duodenal.

Triângulo de Calot
É atravessado pela artéria cística, sendo limitado à esquerda pelo canal hepático,
à direita pelo canal cístico e superiormente pelo segmento direito do hilo hepático,
apresentando um vértice inferior.

Baço
É um órgão localizado no hipocôndrio esquerdo com 4 faces (gástrica, cólica,
diafragmática e renal), com 3 bordos e 3 ângulos.
A face gástrica relaciona-se com a cavidade posterior dos epiploons, com o
epíploon gastro-esplénico (através do qual se relaciona com o estomago) e com o
epíploon pancreático-esplénico.
A face cólica relaciona-se com o sustentaculum lienis.

119
ANATOMIA – 2º Semestre
A face diafragmática relaciona-se, através da cúpula diafragmática, com o fundo se
saco costo-diafragmático esquerdo, com o pulmão esquerdo e com os espaços
intercostais 8º-12º.
A face renal relaciona-se com o polo superior do rim esquerdo.

Loca esplénica
Este órgão está contido numa loca limitada por:
-sup: cúpula diafragmática;
-inf: polo superior do rim esquerdo posteriormente e sustentaculum lienis
anteriormente;
-int: cavidade posterior dos epiploons + estomago;
-ext: cúpula diafragmática;
-post: cúpula diafragmática.
Esta loca abre-se no angulo entre a parte superior da grande curvatura e a cúpula
diafragmática (angulo basal anterior)

Peritoneu do baço
Este órgão está revestido por peritoneu.
O folheto peritoneal que cobre a face anterior do estomago alcança a sua grande
curvatura e depois dirige-se para o bordo anterior do hilo esplénico, constituindo assim
o folheto anterior do epíploon gastro-esplenico. Dai, o peritoneu vai revestir a sua face
gástrica, diafragmática e renal, atingindo o bordo posterior do hilo do baço e depois
dirige-se para a face posterior da cauda do pâncreas, constituindo o folheto posterior do
epíploon pancreático-esplénico.
O peritoneu que reveste a face anterior da cauda do pâncreas (parede posterior da
cavidade posterior dos epíploons) vai atingir o hilo do baço, formando o folheto anterior
do epíploon pancreático-esplénico, e depois reflete-se e atinge a grande curvatura do
estomago, formando o folheto posterior do epíploon gastro-esplénico, e depois continua-
se pela face posterior do estomago.
A nível da extremidade superior do órgão, o peritoneu vai-se prolongar até ao
diafragma, formando o ligamento freno-esplénico.
A nível da sua extremidade inferior, o peritoneu vai dirigir-se para o ângulo
esplénico, formando o sustentaculum lienis.

120
ANATOMIA – 2º Semestre
Locas peritoneais
No andar supra-mesocólico temos:
-subfrémica direita (separada da esquerda pelo ligamento falciforme)
-subfrénica esquerda (separada da direita pelo ligamento falciforme)
-cavidade posterior dos epiploons
-gastrica (separada da duodeno-biliar pelo pequeno epíploon)
-esplénica
-infra-hepática posterior ou duodeno-biliar (separada da gástrica pelo pequeno
epíploon)
-hepato-renal de Morisow [numa pessoa em decúbito dorsal, esta é a loca mais
inferior]
No andar infra-mesocólico temos:
-parieto cólica direita
-parieto-cólica esquerda
-mesentérico cólica direita FECHADA – não comunica com nenhuma outra loca
-mesentérico-colica esquerda
-pelve [numa pessoa em pé, é a mais inferior]

121
ANATOMIA – 2º Semestre
Grande Epiloon (=gastro-cólico)
“Une” a grande curvatura do estômago ao cólon transverso, correspondendo a um
avental localizado anteriormente ao colon transverso e ao jejuno-ileon. Tem tamanho e
forma variável, sendo espessado por tecido adiposo.

Distinguem-se duas lâminas que correspondem às duas porções do saco epiplóico


embrionário: uma directa, ou descendente, e outra reflectida, ou ascendente:
 A lâmina directa continua a parede posterior da cavidade posterior dos
epíploons; os seus 2 folhetos, após envolverem o pâncreas, aplicam-se sobre o
mesocólon transverso e faces superior e anterior do cólon transverso; devido a
acolamentos embrionários, encontra-se “soldada” a estas formações que reveste,
confundindo-se com elas (por exemplo, não se distingue do mesocólon transverso);
 A lâmina reflectida ou ascendente continua a lâmina directa, e insere-se
sobre o bordo inferior da 1ª porção do duodeno e sobre a grande curvatura do estômago
(formando o ligamento gastro-cólico, que fecha anteriormente a cavidade posterior dos
epiploons); o seu folheto anterior continua-se com o peritoneu da face anterior do
estômago, e o folheto posterior com o peritoneu da face posterior do estômago (parede
anterior da cavidade posterior dos epiploons).
 A coalescência das duas lâminas (obliteração da cavidade epiplóica) forma a
porção inferior da cavidade posterior dos epiploons.

122
ANATOMIA – 2º Semestre
 Lateral e superiormente, está unido às paredes posterior e lateral da
cavidade abdominal por dois ligametos, freno-colico direito e freno-colico esquerdo.

Hiato de Winslow
O hiato de winslow separa a veia cava inferior da veia porta e é o orifício de
entrada para a cavidade posterior dos epíploons. É limitado por:
-ant: pedículo hepático contido no bordo livre do pequeno epíploon;
-post: veia cava inferior;
-sup: face inferior do fígado [hilo hepático e prolongamento anterior do lobo
caudado de Spiegel];
-inf: 1ª porção do duodeno e porção horizontal da artéria hepática.

Cavidade Posterior dos Epiploons


Peritoneu no plano vertical

Peritoneu no plano horizontal

123
ANATOMIA – 2º Semestre
Esta cavidade tem 4 porções:
-porção principal, que é a cavidade posterior dos epiploons propriamente dita e
que está posteriormente ao estomago;
-prolongamento inferior que corresponde à cavidade virtual do grande epíploon;
-prolongamento esquerdo, que está entre o foh«olheto posterior do epíploon
gastro-esplenico e o folheto anteror do epíploon pancretaico-esplenico;
-prolongamento direito, o vestíbulo, que está entre o folheto posterior do
pequeno epíploon anteriormente, a região celíaca de Luschka (veia cava inferior, pilar
direito do diafragma, tronco celíaco, plexo celíaco) posteriormente, a 1ª porçaõ do
duodeno inferiormente e o loco caudado do fígado superiormente. O vestíbulo comunica
com a cavidade propriamente dita pelo foramen bursae omentalis, limitado superiormente
pela foice da artéria coronária estomáquica e inferiormente pela foice da artéria hepática
comum. A sua extremidade direita corresponde ao hiato de Winslow e a esquerda ao
forâmen bursae omentalis.

Vasos e nervos do sistema digestivo


SISTEMA DIGESTIVO
Órgãos Artérias Veias Nervos
n. dentários post, méd
A. alveolar (r. max int, carotida ext)
e ant (V2) -> dentes
-> dentes max sup
Tronco venoso alveolar -> V. Facial max sup
Gengivas e R. dentários da a. infra-orbitária (r. (r. jugular int)
Dentes max int, carotida ext)-> dentes max
n. dentário inf (V3) ->
sup
dentes max inf
A. Dentária inf (r. max int, carotida Plexo alveolar -> V. max int (r.
ext)-> dentes max inf jugular ext)
Plexo venoso intra-parotideo: v.
Glândula a. carótida ext – passa na goteira da satélites das artérias + v.
NEURO
Parótida face inf da parótida comunicante intra-parotidea + v.
carótida externa de Launay
124
ANATOMIA – 2º Semestre
Glândula n. lingual (contorna-a)
a. facial – b. sup da glandula v. facial – f. inf-ext da glandula
Submaxilar + gânglio submaxilar
Glândula a. sublingual + r. terminais da a. n. lingual + XII +
v. lingual profunda (=sublingual)
Sublingual lingual gânglios submaxilares
A. Dorsal da língual e A. ranina (r. Motora: XII + IX (m.
lingual, carotida ext) estilo-glosso)
Sensorial: corda do
timpano (VII), pelo
n.lingual (ant ao V
A. Palatina inf (r. facial, carotida lingual - 2/3 ant); IX
ext) v. linguais prof e linguais principais (post ao V lingual - 1/3
Língua
ou raninas (r. jugular int) post), X (epiglote,
pregas e fossetas
glosso- epiglóticas)
Sensitivo: n. lingual
r. da a. Faringea ascendente (V3) (ant ao V lingual -
(carotida ext) 2/3 ant); IX (post ao V
lingual - 1/3 post)
A. Faringea ascendente (r. carotida Motora: V3 (m.
ext) -> paredes lat e post da periestafilino ext); X
plexo submucoso face dorsal palato
nasofaringe ou XI (m. periestafilino
mole -> v. fossas nasais -> plexos
A. Palatina ascendente (r. facial, int, m. uvular); IX (m.
pterigoideus -> v. jugular ext
carotida ext) -> amigdala, p. ext estilo-faringeo); n.
palato mole, parede lat faringe laringeo recorrente (x)
A. Palatina descendente (r. maxilar (m. contritor inf da
int, carotida ext) -> palato mole, plexo submucoso face inf palato faringe); X+plexo
canal palatino post mole -> v. base lingua -> v. jugular faringeo (resto dos m.)
Faringe A. Dorsal da língual (r. lingual, int
Sensitivo: n. palatinos
carotida ext) -> arco palato-glosso
ant, méd e post (V2)
(véu do palato); r.
A. Pterigo-palatina (r. maxilar int,
amigdalino do IX
carotida ext) + a. vidiana (r. maxilar
plexo submucoso faces post e lat (amigdala + arcos
int, carotida ext ou carotida int) ->
faringe -> plexo faringeo -> v. jugular palato mole); plexo
aboboda faringea
int faringeo (IX+X+grande
simpático) (paredes
A. Tiroideia sup (r. carotida ext) ->
lat e post faringe)
p. inf faringe
A. Esofágicas sup (r. tiroideias inf,
tronco tiro-bicervico-escapular, a. veias SUP -> v. tiroideias inf
subclávia, crossa aorta) esófago + v. azigos + v.
A. bronquicas (r. aorta torácica anastomosa diafragmáticas -> v.
descendente) -> região vizinha da das na cava sup
crossa da aorta submucosa
A. Esofágicas medias (aorta torácica plexos esofágicos =
Esófago e na
descendente) simpático + X
superfície
exterior INF -> v. coronária
A. Esofágicas inf (r. diafragmáticas
[anastomos estomáquica -> v.
inf, aorta abdominal + r. coronária
e porto- porta
estomáquica, tronco celiaco, aorta
cava]
abdominal)

A. Coronária estomáquica (r. tronco V. coronária estomáquica -> tronco


celiaco, aorta abdominal) porta
Simpática: plexos
A. pilória (origem variavél) -> 8%
Estômago V. pilórica -> tronco porta peri-arteriais -> plexo
origina a. Supra-duodenal de Wilkie
solhar (celíaco)
A. Esofágicas medias (aorta torácica V. gastro-epiploica esq + v. gastricas
descendente) curtas + v. cardio-tuberositária post -

125
ANATOMIA – 2º Semestre
A. Gastro-epiploica dir (r. gastro- > tronco esplenico -> tronco porta
duodenal, hepática comum, tronco
celiaco, aorta abdominal)
A. Gastro-epiploica esq (r.
esplénica, tronco celiaco, aorta
V. gastro-epiploica dir -> tronco de
abdominal)
Henlé -> v. mesentéria sup -> tronco
vasos curtos do estomago
porta
(esplénica, tronco celiaco, aorta
abdominal)
junção gastro-esofágica (cárdia +
polo sup grande tuberosidade + Parassimpática: n.
f. post cárdia: ramos -> v.
esofago abdominal): a. Coronária pneumogastricos (X)
diafragmatica inf esq -> v. cava inf
estomáquica, vasos curtos do dir e esq
ou v. supra-renal inf
estomago, a. Gastrica post, a.
Diafragmáica inf esq
região gastro-duodenal: a. Pilórica,
a. Gastro-duoenal, a. Gastro-
Região pilórica: venulas gastricas ->
epiploica dir, a. Supra-duodenal de
arcadas duodeno-pancreaticas
Wilkie, 2 arcadas duodeno-
pancreáticas
arcada pancreatica-duodenal ant e
inf: anastomose entre a. pacreática-
duodenal ant e sup (a. gastro-
duodenal, hepática comum, tronco
celiaco, aorta abdominal) e a.
Pancreatica-duodenal ant e inf (a.
mesentérica sup, aorta abdominal)
-> f. ant 2,3 e 4 duodeno + 1ª ansa
satélites das artérias: 2 arcadas
intestinal
duodeno pancreáticas (ant e post) ->
v. mesenérica sup -> tronco porta ->
arcada pancreatica-duodenal pos e
v. cava inf
sup: anastomose entre a.
pacreática-duodenal post e sup (a.
gastro-duodenal, hepática comum,
tronco celiaco, aorta abdominal) e
a. Pancreatica-duodenal post e inf
plexo solhar (gg
(a. mesentérica sup, aorta
semilunares + gg
abdominal) -> f. post 2,3 e 4
mesentéricos sup) + n.
duodeno
Duodeno Pneumogastrico ->
pediculo sup = a. plexos peri-arteriais
Supra-duodenal de (ou diretamente) ->
Wilkie [60% - a. duodeno
Hepatica propria,
hepatica comum,

tronco celiaco, aorta
duodeno:
abdominal; 40% - a
pobre
gastro-duodenal,
vascularizaç
hepatica comum,
ão face post
tronco celiaco, aorta 1º Duodeno: v. pilórica
-> 3
abdominal;
pediculos
pancreatico-
de
duodenal post e sup;
vascularizaç
8% pilorica] + r.
ão
duodenais sup da
hepatica, pilorica e
gastroduodenal + r.
descendentes da
pancreatico-

126
ANATOMIA – 2º Semestre
duodenal post e sup

pediculo inf = a.
infra-pilorica [a.
gastro-epiploica dir,
a gastro-duodenal,
hepatica comum,
tronco celiaco, aorta
abdominal; a.
pancreatico-
duodenal ant e sup,
gastro-duodenal,
hepatica comum,
tronco celiaco, aorta
abdominal] + r. da
pancreatico-
duodenal ant e sup
pediculo post =
plexo de ramos
pancreatico
duodenais [à dir da
a. Gastro-duodenal]
+ r. Retro-duodenais
[à esq da a. Gastro-
duodenal] -> arcada
inter-duodeno-
pancreática

1ª artéria jejunal
Ângulo de
(mesentérica sup,
Treitz
aorta abdominal)

arcada pancreatica-duodenal ant e arcada cefálica ant: anastomose


inf: anastomose entre a. entre v. pancreática-duodenal ant e
Inervação simpática e
pancreática-duodenal ant e sup (a. sup (v. gastro-epiploica dir -> tronco
parassimpática: gg
gastro-duodenal, hepática comum, henle -> v. mesentérica sup -> v.
semilunares + gg
Pâncreas tronco celiaco, aorta abdominal) e porta -> v. cava inf) e v. Pancreatica-
mesentéricos sup + n.
a. Pancreatica-duodenal ant e inf (a. duodenal ant e inf (v. pancreática-
pneumogástrico (n.
mesentérica sup, aorta abdominal) duodenal inf e post -> v.
secretor direto)
-> concavidade dá ramos para mesentérica sup -> v. porta -> v.
pancreas cava inf)

127
ANATOMIA – 2º Semestre
arcada pancreatica-duodenal post e
sup: anastomose entre a. arcada cefálica post: anastomose
pacreática-duodenal post e sup (a. entre v. pancreática-duodenal post e
gastro-duodenal, hepática comum, sup (v. porta -> v. cava inf) e v.
tronco celiaco, aorta abdominal) e Pancreatica-duodenal post e inf (v.
a. Pancreatica-duodenal post e inf mesentérica sup -> v. porta -> v.
(a. mesentérica sup, aorta cava inf)
abdominal) -> ramos para pancreas
arcada ventral intra-pancreatica de
Eurard [70%]: anastomose entre 2 arcadas marginais sup e inf ou v.
arcada pacreática-duodenal post e pequeno calibre -> v. esplénica -> v.
sup e arcada Pancreatica-duodenal porta
ant e inf -> na cabeça do pâncreas
arcada pancreatica dorsal (Magna
de Haller) [origem: a. Esplenica, a.
Hepatica, tronco celiaco ou a.
Mesentérica sup]-> f. post colo do
pancreas -> 3 ramos: 1º r. dir -> f.
ant cabeça e anastomosa-se com
arcada pancreatica-duodenal ant e
v. pancreática inf [34%] -> v.
inf, dando origem à arcada ant de
esplénica -> v. porta Sensibilidade
Kirk; 2º r. dir -> gancho do pâncreas
dolorosa: n.
e anastomosa-se com arcada
esplancnicos -> sobem
pancreatico-duodenal post e sup; r.
posteriormente à raiz
esq= a. pancreática transversa =
post das 6 ultimos n.
análoga da a. inf esq de Testu ->
raquidianos torácicos
cauda pancreas e anastomosa-se
e ao longo dps n.
com a. esplénica
frénicos
ramo pancreaticos da a. Esplénica
(= a. Pancreáticas sup de Charpy):
nascem no bordo sup do pancreas
Veias do colo: v. istmicas sup (57%)
A. Cauda do pancreas: posição da + inf (30%) -> v. porta
cauda influencia a origem de a.
Esplenica + r. hilares da a. Esplenica
+ a. Gastro-epiploica esq
plexos hepáticos: ant
V. porta [pertence ao pediculo
(gg semilunares dir e
hepático - inf]
esq + r. hepáticos n.
gastro-hepático ant) e
v. supra-hepáticas dir
post (gg semilunar dir
-> VCI
+ n. pneumogástrico)
Sensibilidade
dolorosa: n.
Veias supra- v. supra-hepáticas
A. Hepática [pertence ao pediculo esplancnicos -> sobem
hepáticas méd -> VCI
Fígado hepático - inf] (tronco celiaco, aorta posteriormente à raiz
[pertence
abdominal) post das 6 ultimos n.
ao pediculo
raquidianos torácicos
supra- v. supra-hepáticas e ao longo dps n.
hepático - esq -> VCI frénicos
post-sup]
Inervação sensitiva: n.
frénico dir + n.
v. dorsais ou
pneumogástrico + gg
caudadas -> VCI
sup do simpático
cervical
Parte superior - r.
recorrentes da a. r. da arcada duodeno-pancreática Gânglios semilunares
Via
Vias Biliares cística (a. hepática sup e post + v. pilóricas -> arcada direitos + plexos
Principal
própria, a. hepática parabiliar -> v. portas esq ou dir hepáticos
comum, tronco
128
ANATOMIA – 2º Semestre
celíaco, aorta
abdominal) + parte
supra-duodenal -
ramos da hepática
própria (a. hepática
comum, tronco
celíaco, aorta
abdominal) + parte
retro-duodenal e
retro pancreática
superior – r. da
artéria pancreático-
duodenal sup e post
(a. gastro-duodenal,
hepática própria,
tronco celíaco, aorta
abdominal) + parte
retro-duodenal e
intra-pancreatica
inferior – r. da artéria
pancreática duodenal
sup e ant (a. gastro-
duodenal, hepática
comum, tronco
celíaca, aorta
abdominal)
Artérias císticas:
podem ser curtas,
nascendo do ramo
direito da artéria
hepática, ou longas,
nascendo hepática
própria e tendo de
v. cisticas -> arcada parabiliar + v. Sensibilidade
Via cruzar a via biliar
portas dir ou esq + r. segmentares dolorosa: r. post D6-
acessória principal. De
vizinhos D10 + n. frénico dir
qualquer da forma,
elas atingem o colo
da vesícula biliar ou
seguindo o canal
cístico ou
atravessando o
triângulo de calot.
Inervação simpática e
ultima ansa intestinal -> V. ileo-
A. Intestinais (a. Mesentérica sup, parassimpática:
ceco-colo-apendicular -> v.
aorta abdominal) ganglios mesentéricos
mesentérica sup -> v. porta
sup
ansas distais -> grande tronco ileal
artéria que vem da vertical -> v. mesentérica sup -> v.
a. Pancreatica- porta
duodenal inf e post tronco intermediário -> v.
(a. Pancreatico- mesentérica sup [drena: ant ou inf
Jejuno-ileon
duodenal inf, a. ao 3º duodeno; no bordo sup do 3º Sensibilidade visceral:
Ângulo de mesentérica sup, duodeno; no bordo inf do pâncreas; raiz post 10º-12º n.
Treitz aorta abdominal) + post ao pâncreas] -> v. porta torácicos + raiz post 1º
1ª a. Jejunal (a. ansas proximais -> grande tronco n. lombar
mesentérica sup, jejunal tranversal -> v. mesentérica
aorta abdominal) + sup -> v. porta
a. Mesentérica sup Esta veia pode dividir-se em vários
(aorta abdominal) ramos jejunais, sendo que alguns
superiores podem ir para a

129
ANATOMIA – 2º Semestre
terminação da v. espkénica ou da v.
mesentérica sup

sensibilidade visceral:
Vãos rectos v. colica sup (recebe raiz post 10º-12º n.
-> arcada v. gastro-epiploica torácicos + raiz post 1º
venosa -> dir) -> tronco henle -> n. lombar
pedículo v. mesentérica sup -> Inervação
cólico sup v. porta Parassimpática : X dir
A. Cólica dir sup + a cólica dir inf +
e esq
Cólon a. colon transverso + a cólon
v. colica inf = v. ileo-
Direito ascendente [inconstante] (a.
Vasos ceco-colo-
Mesentérica sup, aorta abdominal)
rectos -> apendicular (recebe
Inervação simpática:
arcadas v. cecais ant e post +
plexo solhar + plexo
venosas -> v. apendicular + r.
mesentérico sup
pedículo cólicos e ileal) -> v.
cólico inf mesentérica sup -> v.
porta
plexo mesentérico
inferior
V. cólica esq sup + v. cólon
A. Cólica esq sup + a cólica esq inf + Inervação
descendente [inconstante, só existe
Cólon a cólon descendente [inconstante – Parassimpática : X
se existir artéria] + v. sigmoideias ->
Esquerdo 5-8% da a. cólica esq sup] (a. Inervação simpática:
v. mesentérica inf -> tronco espleno-
Mesentérica inf, aorta abdominal) n. esplâncnicos
meseráico -> v. porta
abdominais + n.
esplâncnicos pélvicos
A. hemorroidárias sup (a.
plexos hemorroidários
Mesentérica inf, aorta abdominal) V. hemorroidárias
sup (plexo
[anastomosam-se com a. sup -> v. mesentérica
plexo mesentérico inf)
hemorroidárias méd] inf -> v. porta
A. hemorroidárias méd (tronco venoso
anterior da a. iliaca int, a. iliaca submucoso plexos hemorroidários
= plexo V. hemorroidárias
comum, aorta abdominal) méd e inf (plexos
hemorroidá méd -> v. iliacas int ->
Recto [anastomosam-se com a. hipogástricos)
rio -> v. iliaca comum -> VCI
hemorroidárias sup e inf]
ANASTOM
A. hemorroidárias inf (a. pudenda
int, tronco anterior da a. iliaca int, OSE
V. hemorroidárias inf n. hemorroidário ou
a. iliaca comum, aorta abdominal) PORTO-
-> v. pudenda int. -> anal -> m. esfincter
CAVA
[anastomosam-se com a. v. iliacas int -> v. externo do anus + pele
hemorroidárias méd] iliaca comum -> VCI da margem do ânus
A. sagrada méd (aorta abdominal)

130
ANATOMIA – 2º Semestre
Sistema Urinário
Meios de fixação do Rim
O rim tem como meios de fixação: os vasos renais, o peritoneu parietal, a pressão
intra-abdominal, a fáscia peri-renal e a capsula adiposa.

Relativamente à fáscia peri-renal, ela corresponde a um involucro fibroso que


envolve tanto o rim como a glândula supra-renal, delimitando assim a loca renal. É
constituída por duas laminas:
-lâmina anterior, também chamada de fáscia Gerota, que recobre a face anterior
do rim, da glândula supra-renal e do pedículo renal e que corresponde ao peritoneu
parietal;
-lâmina posterior, também chamada de fáscia de Zuckerkandl, que vai estar
superiormente unida ao diafragma e que inferiormente vai estar separada do m.
quadrado lombar pela gordura para-renal de gerota, sendo que esta é atravessada pelo
12º nervo intercostal e pelos nervos pequeno e grande abdomino-genitais.
As duas lâminas vão delimitar uma loca fechada, uma vez que se vão unir a nível
do polo inferior do rim, da glândula supra-renal e dos elementos do pedículo renal.
Entre o rim e a sua glândula supra-renal vamos encontrar um septo inter-
suprarreno-renal.
Interiormente à fascia renal: gordura perirenal; exteriormente à fascia renal,
gordura pararenal.

Relativamente à cápsula adiposa, ela corresponde a uma camada de gordura que


envolve o rim, estando internamente à fáscia peri-renal. Vai ser mais espessa a nível dos
bordos, principalmente no externo. Em termos de polos, é mais espessa no inferior e, em
termos de faces, é mais espessa na posterior. Tem como objetivo amortecer o
deslocamento dos rins.

131
ANATOMIA – 2º Semestre
Relações do Rim
Anteriormente:
 Direito:
 Face inferior do fígado
 Ângulo cólico direito
 2ª porção do duodeno
 Loca hepato-renal de Morrison
 Esquerdo
 Estomago – triângulo gástrico
132
ANATOMIA – 2º Semestre
 Cauda do pâncreas
 Baço
 Glândula suprarrenal esquerda
 Colon transverso (segmento cólico)
 Ângulo cólico esquerdo (segmento cólico)
 Colon descendente (segmento cólico)
 Ansas intestinais
 Vasos cólicos superiores esquerdos

Posteriormente:
 Relações Esqueléticas:
 11ª-12ª costelas
 D12-L3 (sendo que o esquerdo está mais superiormente)
 Relações torácicas:
 11ª-12ª costelas
 Arcada do musculo psoas
 1ª arcada Sennec
 Arcada do quadrado lombar – quando não existe temos o hiato costo-
lombar
 Ligamento lombo-costal de Henlé
 Fundo de saco costo-diafragmático
 Linha de reflexão pleural (entre D12-L1)
 Relações lombares, de externo para interno: [4 planos musculares]
 M. grande obliquo e grande dorsal
 M. pequeno obliquo e pequeno dentado postero-inferior
133
ANATOMIA – 2º Semestre
 Massa comum dos eretores e aponevrose do transverso do abdomen
 M. quadrado lombar

Superiormente:
 Direito:
 Face inferior do figado
 Glandula supra-renal direita
 Disco T11-T12
 Esquerdo:
 Baço
 Glandula supra-renal esquerda
 T11

Inferiormente:
 Direito:
 Colon ascendente
 L3
 Esquerdo:
 Mesentério
 Disco L2-L3

Bordo Interno:
 Direito:

134
ANATOMIA – 2º Semestre
 Glandula supra-renal (segmento supra-hilar)
 Bacinete + pediculo renal (segmento hilar)
 Uretero (segmento infra-hilar)
 Veia cava inferior
 Apofises costiformes de L1-L2
 Esquerdo:
 Glandula supra-renal (segmento supra-hilar)
 Bacinete + pediculo renal (segmento hilar)
 Uretero (segmento infra-hilar)
 Aorta abdominal
 Apofises costiformes de L1-L2

Bordo Externo:
 Direito:
 Diafragma
 Figado
 Peritoneu
 M. transverso do abdomen
 Esquerdo:
 Diafragma
 Loca esplénica
 Colon descendente
 M. transverso do abdomen

Linha de Brodel
Corresponde à linha de transição entre o território vascular posterior e o território
vascular anterior do rim, que se encontra cerca de 1 cm posteriormente ao bordo
convexo externo do rim. Dado que não existem anastomoses entre os vasos terminais, é
considerada uma linha quase "avascular" (claro que não existe nada totalmente
avascular no nosso corpo), daí ser um dos melhores locais para realizar uma incisão
cirúrgica.

Fáscia Peri-renal
A sua lâmina anterior também é chamada de fáscia de Gerota e a posterior de
fáscia de Zuckerkandl.
135
ANATOMIA – 2º Semestre
Gordura Peri e Para Renal
A gordura para-renal de gerota é a que se localiza fora da loca renal, logo fora da
fáscia peri-renal. A peri-renal é a que se localiza dentro da loca, entre a capsula fibrosa e
a fáscia peri-renal.

Gordura Para-Renal de Gerota


É a camada adiposa que separa a fáscia de Zuckerkandl do musculo quadrado
lombar. É atravessa pelo 12º n. intercostal e pelos n. pequeno e grande abdomino-
genitais.

Triângulo gástrico
É o triangulo através do qual o rim esquerdo se relaciona com o estomago. É
limitado por:
-inf: pâncreas
-sup-dir: glândula supra-renal esquerda
-sup-esq: baço

Circulação renal
A circulação renal arterial tem praticamente 0% de anastomoses entre os seus
terminais. Por outro lado, a circulação venosa renal tem muitas anastomoses.

Funcionamento do rim
O rim consegue funcionar até 15-20% do seu volume total, porque os segmentos
que se mantem conseguem compensar a falta dos outros.

Irrigação arterial do rim


A artéria renal divide-se, perto do hilo, em dois ramos terminais: um anterior ou
pré-piélico, outro posterior ou retro-piélico (Couinaud refere ainda um terceiro ramo
variável, a artéria polar inferior).
Couinaud descreve as divisões terminais da artéria renal, caso seja única [77,5%],
ou dupla [18,75%]:
 Artéria única:

136
ANATOMIA – 2º Semestre
 Tipo I: polar inferior nasce do tronco renal antes da sua bifurcação em
troncos primários anterior e posterior [13,75%] [sim, a imagem está errada, o
77,5% é de ser artéria renal única]
 Tipo II: trifurcação nos 3 troncos [12,5%];
 Tipo III: tronco primário posterior nasce primeiro, e depois um tronco
comum bifurca-se no primário anterior e na polar inferior [32,5%];
 Tipo IV: tronco primário anterior nasce primeiro, e depois um tronco comum
bifurca-se no primário posterior e na polar inferior [3,75%]
 Tipo V: polar inferior não existe [10%]
 Artéria dupla:
 Um dos ramos terminais nasce directamente da aorta, enquanto os outros
dois nascem de um tronco comum. Os tipos dependem de qual o vaso que nasce
directamente da aorta, e de qual é superior ou inferior.

Tronco primário posterior:


 Artéria polar póstero-superior;
 Artéria mesorenal póstero-superior;

137
ANATOMIA – 2º Semestre
 Artéria mesorenal posterior média;
 Artéria mesorenal póstero-inferior;

Tronco primário anterior:


 1 ou 2 artérias polares ântero-superiores;
 1 ou 2 artérias mesorenais ântero-superiores;
 1 ou 2 artérias mesorenais anteriores médias;
 Artéria mesorenal ântero-inferior.

Artéria polar inferior [86,25%]


 Dá geralmente 2 ramos, um anterior e um posterior, e por vezes um terceiro
ramo, inferior.
Artéria polar superior e interna [30%]

138
ANATOMIA – 2º Semestre
 Origem na artéria renal ou na artéria supra-renal inferior.

Segmentação do Rim
A segmentação do rim é baseada na irrigação arterial terminal, uma vez que não
existem quaisquer anastomoses entre as artérias terminais renais.
Ao contrário do descrito por Couinaud, a existência de 5 segmentos é a mais
comum (nota: descrição de Couinaud vai um pouco contra aquilo que é actualmente
aceite e descrito nos tratados médico-cirúrgicos, por isso não tentem muito estabelecer
uma correspondência entre as artérias descritas anteriormente [em que Couinaud as
descreve tendo em base 3 segmentos] e os segmentos aqui mostrados):
 Ramo retro-piélico geralmente continua-se como uma única artéria
segmentar posterior.
 Ramo pré-piélico divide-se geralmente em 2-4 artérias segmentares
anteriores (com formação consequente de 3-5 segmentos, respectivamente).

Num rim com 5 segmentos, foi observado um padrão característico:


 Segmentos superior e inferior, localizados nas extremidades, recebem as
artérias segmentares do ramo pré-piélico;
 Na superfície anterior, a área entre os pólos é dividida em segmentos ântero-
superior e ântero-inferior, que recebem as artérias segmentares ântero-superior e
ântero-inferior, provenientes do ramo pré-piélico;
 Na superfície posterior, um segmento posterior único, entre os segmentos
polares, recebe a artéria segmentar posterior.

139
ANATOMIA – 2º Semestre
Veia Renal
A veia renal drena o sangue do rim e leva-o até á veia cava inferior.
A esquerda é maior, passando a nível da pinça arterial formada pela aorta e pela
artéria mesentérica superior. Uma vez que é maior, recebe ramos que a direita não
recebe, que são:
- veia supra-renal média esquerda
- veia testicular/ovárica esquerda
- veia diafragmática inferior esquerda
- veias lombares esquerdas

Uretero- relações
Porção lombar/abdominal
Direito:
 Anterior: 2ª porção duodeno + fascia de treitz + peritoneu + vasos
espermáticos/ováricos (L3)
 Posterior: fascia iliaca + m. psoas + n. genito-crural + apofises
costiformes L3-L5
 Direita: rim direito + colon ascendente
 Esquerda: veia cava inferior
Esquerdo
 Anterior: peritoneu + vasos espermáticos/ováricos (L3) + raiz
mesocolon sigmoideu
 Posterior: fascia iliaca + m. psoas + n. genito-crural + apofises
costiformes L3-L5
 Direita: 4ª porção duodeno + angulo de Treitz + arcada vascular de
Treitz + aorta abdominal
 Esquerda: rim esquerdo + colon descendente

Porção iliaca
Direito:
 Anterior: mesentério + artéria colica direita inferior
 Posterior: a. iliaca externa direita
Esquerdo
 Anterior: peritoneu + mesocolon sigmoideu
 Posterior: a. iliaca comum esquerda
140
ANATOMIA – 2º Semestre
Porção Pélvica - Homem
Segmento Parietal
Direito:
 Interno: recto
 Externo: r. viscerais a. iliaca interna
 Posterior: a. iliaca interna direita
Esquerdo
 Interno: recto
 Externo: r. viscerais a. iliaca interna
 Anterior: a. iliaca interna esquerda
Segmento visceral
 Interno: recto
 Posterior: recto + bexiga
 Anterior: canal deferente + vesicula seminal

141
ANATOMIA – 2º Semestre
Porção Pélvica - Mulher
Segmento Parietal
Direito:
 Interno: peritoneu + bainha hipogástrica + plexo hipogástrico -> recto
+ colon sigmoideu
 Externo: r. viscerais a. iliaca interna
 Posterior: a. iliaca interna direita
 Postero-externamente: a. uterina direita
Esquerdo
 Interno: peritoneu + bainha hipogástrica + plexo hipogástrico -> recto
+ colon sigmoideu
 Externo: r. viscerais a. iliaca interna
 Anterior: a. iliaca interna esquerda
 Postero-externamente: a. uterina esquerda
Segmento visceral
 Superior: base dos ligamentos largos do utero
 Posterior: v. uterina principal
 Antero-superior: a. uterina

Porção Vesical
Formam o triângulo vesical de Liautaud.

Ponto Ureteral
É o ponto em que o uretero cruza os vasos ilíacos. Corresponde ao ponto mais
próximo entre esse órgão e a parede abdominal anterior, estando na intersecção do 1/3
lateral com 1/3 médio de uma linha que une das duas espinhas ilíacas antero-
superiores.

Triângulo vesical de Liautaud


É um triângulo, na face posterior da bexiga, limitado pelo orifícios ureterais e pelo
orifício vesical. Entre os dois orifícios ureterais existe um debrum posterior que
corresponde ao músculos inter-ureteral.

142
ANATOMIA – 2º Semestre
Fascia umbilico-pré-vesical
É a fáscia que recobre anteriormente a bexiga, sendo que apresenta uma forma
triangular:
-vértice: umbigo
-base: lig. Pubo-vesicais + aponevrose pélvica + bainha da a. ilíaca int
-b. lat: f. profunda do peritoneu
-f. post: bexiga + uraco + a. umbilicais
-f. ant: superiormente corresponde à fáscia transversalis e inferiormente
corresponde à sínfise púbica, ao pubis e ao pavimento pélvico.

Espaço de Retzius = pré-vesical = retro-púbico


É o espaço entre a fáscia umbilico pré-vesical e a parede abdominal anterior,
apresentando duas paredes:
-post: fáscia umbilico pré-vesical
-ant: superiormente é formada pela fáscia transversalis e inferiormente é formada
por sínfise púbica + pubis + m. obturador int + aponevrose do m. obturador int +
pavimento pélvico.

Diferenças entre uretra masculina e feminina


A uretra feminina é mais curta e está mais próxima do canal anal, o que vai fazer
com que a probabilidade de ocorrer propagação de infeções urnárias na mulher é muito
maior.

SISTEMA URINÁRIO
orgãos artérias veias nervos
a. supra-renal sup (a. v. supra-renal sup -> v. Plexos supra-
diafragmática inf, aorta diafragmáticas inf -> renais: plexo
abdominal) VCI supra-renal
v. supra-renal média: superior [plexo
Glândula a. supra-renal média (aorta esq vai para v. renal diafragmático] +
Supra- abdominal) esq -> VCI; dir vai para plexo supra-
renal VCI renal médio
[plexo solhar]+
v. supra-renal inf: esq
a. supra-renal inf (a. renal, aorta supra-renal
vai para v. renal esq ->
abdominal) inferior [plexo
VCI; dir vai para VCI
renal]

143
ANATOMIA – 2º Semestre
a. Renal (r. aorta abdominal): Plexos renais
tronco retro-piélico + tronco pré- ant e post [plexo
piélico + a. Polar inf v. renais (VCI) solhar]: gg
renal post de
A. Capsulares
Hirschfeld
(posteriormente
Rim à artéria renal,
perto do hilo
Arcada exorrenal ou capsular (b.
renal) + gg.
ext rim) = a. Supra-renais + a. Veias capsulares
aórtico-renal
Testiculares/ováricas
(superiormente
à origem da
artéria renal)
V. renais + v. supra-
A. renal (aorta abdominal) -> renais + v.
cálices renais + bacinete espermáticas/ováricas
-> Veia cava inf
A. renal (aorta abdominal) + a.
Vias espermática/ovárica (aorta plexos renal +
excretoras abdominal) + a. Iliaca primitiva espermático +
rim (aorta abdominal) + a vesical inf V. iliacas int -> v. iliaca iliaco int
(a. Iliaca int, a. Iliaca primitiva, primitiva -> Veia cava
aorta abdominal) + a. inf
prostática/uterina (a. Iliaca int,
a. Iliaca primitiva, aorta
abdominal) -> ureteros
ant: plexo
santorini ->
inf-lat: a. Vesical inf (a. Iliaca inervação
v. iliaca int -
int, a. Iliaca comum, aorta simpática: n.
> v. iliaca
abdominal) hipogástricos
comum -> v.
cava inf
inf-post: a. Vesicais post (a. Rede Fibras
Hemorroidárias médias, a. Iliaca venosa sensoriais
Bexiga
int, a. Iliaca comum, aorta superfic lados: plexo (detetam grau
abdominal) + [H] r. prostáticos da ial vesical -> v. de distensão) +
a. Vesical inf (a. Iliaca int, a. iliaca int -> fibras motoras
Iliaca comum, aorta abdominal) + v. iliaca parassimpática
[H] a. vesico-diferencial (a. Iliaca comum -> v. s (para m.
int, a. Iliaca comum, aorta cava inf detrusor): 2º e
abdominal) + [M] a. uterina (a. 3º nervos
iliaca int, a. iliaca comum, aorta sagrados

144
ANATOMIA – 2º Semestre
abdominal) + [M] a. vaginal (a.
iliaca int, a iliaca comum, aorta
abdominal)

fibras
somáticas
motoras
inf-ant: a. Vesical ant (a.
post: plexo esqueléticas: n.
Pudenda int, a. Iliaca int, a.
seminal [H] pudendo para
Iliaca comum, aorta abdominal)
ou plexo m. esfincter
utero-vaginal externo da
[M] -> v. bexiga
iliaca int -> fibras nervosas
v. iliaca sensoriais: n.
sup: a. Vesicais sup (a.
comum -> v. simpáticos, são
Obturadora, a. Iliaca int, a. Iliaca
cava inf importantes da
comum, aorta abdominal + parte
sensação de
permeável a. umbilical)
plenitude e de
dor
a. prostática (a.
vesical inf, a. iliaca
int, a. iliaca comum, plexo prostático
aorta abdominal) [plexo
P. a. vesical inf (a. iliaca hipogástrico]
prostáti int, a. iliaca comum,
ca aorta abdominal) v. dorsal profunda do
a. hemorroidária pénis + plexo santorini
Uretra
média (a. iliaca int, a. + plexo seminal -> v.
Masculina
iliaca comum, aorta iliaca int -> v. iliaca
abdominal) comum -> VCI r. muscular do
a. hemorroidárias inf n. perineal
+ a. bulbar + r. vesical superficial [n.
P.
ant (a. pudenda int, a. pudendo int]
membra
iliaca int, a. iliaca
nosa
comum, aorta
abdominal)

145
ANATOMIA – 2º Semestre
a. bulbo do pénis + a.
bulbo-uretral + a.
P.
dorsal pénis (a. n. dorsal do
esponjo
pudenda int, a. iliaca pénis
sa
int, a. iliaca comum,
aorta abdominal)
a. vaginal (a. iliaca
int, a. iliaca comum, sup: plexo santorni +
aorta abdominal) plexo vaginal -> v.
a. vesical inf (a. iliaca iliaca int -> v. iliaca
P. int, a. iliaca comum, comum -> VCI
pélvica aorta abdominal)
a. vesical ant (a. plexo
Uretra
pudenda int, a. iliaca hipogástrico +
Feminina
int, a. iliaca comum, n. pudendo int
inf: v. bulbo + v.
aorta abdominal)
vestíbulo -> v. iliaca int
a. do bulbo + a.
-> v. iliaca comum ->
uretral (a. pudenda
P. VCI
int, a. iliaca int, a.
perineal
iliaca comum, aorta
abdominal)

146
ANATOMIA – 2º Semestre
Sistema Genital Masculino
Corpo de Highmore
É um espessamento da albugínea no ½ anterior do bordo superior do testículo.

Bolsas escrotais
É o que envolve os testículos e apresenta várias camadas que, de externo para
interno, são:
1. Pele ou escroto (única continua entre os dois testículos);
2. Dartos;
• Na linha média, divide-se em dois folhetos: um superficial que se
continua com o do lado oposto; outro profundo que ascende junto com o do lado
oposto, formando um septo mediano.
3. Túnica celular subcutânea;
4. Fascia espermática externa;
• Prolonga o folheto de revestimento superficial do músculo oblíquo
externo/grande obliquo e continua-se com a fascia peniana.
5. Músculo cremáster: dois feixes:
• Um externo que se destaca da arcada crural, ou do bordo inferior do
oblíquo interno e transverso, e que atinge o testículo;
• Um interno que nasce da espinha do púbis ou do tendão conjunto e que
não atinge o testículo;
6. Fascia espermática interna:
• Invaginação da fascia transversalis;
7. Túnica vaginal (serosa).

147
ANATOMIA – 2º Semestre
Túnica vaginal
É a camada mais interna das bolsas escrotais e é uma serosa, tendo por isso dois
folhetos, um parietal e um visceral.
A sua linha de reflexão inicia-se na face anterior do cordão espermático, 1cm
superiormente ao bordo superior do epidídimo, depois desloca-se para a face interna do
cordão, dai para a face interna do testículo (anteriormente ao seu bordo posterior),
atinge então a sua extremidade posterior onde se insere no ligamento escrotal. Depois
vai então para a face externa do testículo, depois para o bordo externo da cauda do
epidídimo, depois para o corpo (fundo de saco inter-epididimo-testicular) e depois para a
cabeça do epidídimo. Dai atinge a face externa do cordão espermático e termina ao nível
da sua face anterior.
As zonas sem revestimento pela túnica vaginal são a parte postero-superior da face
interna do testículo e as extremidades posteriores do testículo e do epidídimo.

Vias Espermáticas
Tubos rectos (canais excretores dos lóbulos) -> rede testicular (parte inferior do
corpo de Highmore) -> cones eferentes -> epidídimo -> canal deferente -> vesiculas
seminais -> canais ejaculadores (confluência do canal deferente com o canal da vesicula
seminal)

Epididimo
Localiza-se no bordo postero-superior e na face externa do testículo. E apresenta
três porções: cabeça, corpo e cauda.
Entre a face inferior do corpo do epidídimo e o testículo, encontra-se o fundo de
saco inter-epididimo-testicular.
A extremidade posterior da cauda continua-se com o canal deferente.

Canal Deferente
É acompanhado pela artéria deferencial e apresenta 5 segmentos:
-parte epidídimo-testicular: cauda do epidídimo até ao bordo anterior do corpo do
epidídimo;
-parte funicular: até orifício superficial do canal inguinal;
-parte inguinal: até orifício profundo do canal inguinal:
-parte ilíaca: até atingir a bexiga; cruza vasos epigástricos e ilíacos externos;
-parte pélvica: até vesiculas seminais.
148
ANATOMIA – 2º Semestre
Canal deferente no cordão espermático [p. funicular]
No cordão espermático, o canal deferente relaciona-se posteriormente com o plexo
venoso espermático posterior. É acompanhado ao longo do seu percurso pela artéria
deferente. Relaciona-se anteriormente com o ligamento de Cloquet (obliteração do canal
vagino-peritoneal), com a artéria espermática e com o plexo venoso espermático anterior
(plexo pampiniforme).

Canal deferente no canal inguinal [p. inguinal]


No canal inguinal, o canal deferente relaciona-se anteriormente com o ramo genital
do nervo abdomino-genital e posteriormente com a artéria funicular e com o ramo
genital do nervo genito-crural.

Canal deferente [p. pélvica]


A parte pélvica está subdividida:
-Segmento latero-vesical
-vacuidade: localiza-se entre a parede lateral da pélvis e o bordo lateral da bexiga,
superiormente à artéria umbilical e internamente aos vasos e nervos obturadores;
-distendida: cruza artéria umbilical e uretero
-Segmento retro-vesical = ampola do canal deferente
-está contido na aponevrose prostato-peritoneal de Denonvilliers juntamente com
o plexo venoso seminal e com as vesiculas seminais;
-relaciona-se posteriormente com o recto, anteriormente com a bexiga,
externamente com a vesicula seminal e internamente com o canal deferente oposto
(triângulo interdeferencial).

149
ANATOMIA – 2º Semestre
Vesículas seminais
Estão contidas na aponevrose prostato-peritoneal de Denonvilliers juntamente com
o plexo venoso seminal e com os canais deferentes.

Loca Prostática
Corresponde ao espaço onde se localiza a próstata e é limitada por:
-Sup: bexiga urinária
-Inf: plano médio do períneo + folheto superior da aponevrose media do períneo
-Ant: prolongamento prostático do folheto superior da aponevrose média do períneo
-> é espesso pela existência de duas veias pré-vesicais
-Post: aponevrose prostato-peritoneal de Dennonvilliers
-Lat: aponevrose lateral da próstata -> espessada pelo plexo venoso prostático

Toque rectal
Um dos risco quando se faz o toque rectal será uma ereção e uma ejaculação, uma
vez que ocorre uma estimulação do plexo hipogástrico e do nervo dorsal do pénis, que
vão levar à ereção.

Dor referida no testículo


As suas causas são:
-torção do cordão espermático
-doenças nas bolsas escrotais
-doenças no uretero
-cólica renal

Dor referida na glande


A sua principal causa é a doença prostática.

150
ANATOMIA – 2º Semestre
Sistema Genital Feminino
Fosseta Ovárica de Krause
É a fosseta onde se encontra a face externa do ovário no caso de uma mulher
nulípara. É limitada por:
-Sup: vasos ilíacos externos
-Post: vasos ilíacos internos + uretero
-Ant-inf: ligamento largo do útero
Nesta fosseta, o ovário relaciona-se com:
-a. umbilical
-a. uterina
-n. obturador
-vasos obturadores

Fosseta Sub-Ovárica de Claudius


É a fosseta onde se encontra a face externa do ovário no caso de uma mulher
multípara. É limitada por:
-Ant: uretero
-Post: parede posterior da cavidade pélvica
-Inf: ligamento útero-sagrado

Fundo de saco anular


É o fundo de saco que separa a parte intra-vaginal (=focinho de tenca) do colo do
útero da extremidade superior da vagina. Pode ser dividido numa parte anterior, outra
posterior e duas laterais, sendo a parte posterior será a mais profunda.

Ligamentos do útero
Os ligamentos do útero vão estar divididos em três sistemas:
-sistema de orientação: ligamentos largos do útero + ligamentos
redondos;
-sistema de suspensão: sistema transversal formado pelos ligamentos
cardinais e um sistema longitudinal formado pelos ligamentos pubo-vesico-
uterinos, útero-sagrados, útero-lombares de Huguier e útero-ováricos;

151
ANATOMIA – 2º Semestre
-sistema de sustentação: parte do útero intravaginal + músculos
períneo + m. elevador do anus.

Ligamento redondo do útero no canal inguinal


Este ligamento faz parte do sistema de orientação dos meios de fixação do útero.
Quando atravessa o canal inguinal, relaciona-se antero-externamente com o ramo
genital do nervo abdomino-genital e posteriormente com o ramo genital do nervo genito-
crural e com a artéria funicular.

Ligamentos largos do útero


Vão constituir septos entre o borda lateral do útero e parede lateral da cavidade
pélvica, sendo que , juntamente com o útero, dividem a cavidade pélvica em duas partes:
-cavum pré-uterino, onde se encontra a bexiga,
-cavum retro-uterino, onde se encontra o recto.
São laminas quadriláteras, com 4 bordos e 2 faces:
-bordo superior: trompa de Falópio [asa superior],
-bordo inferior: pavimento pélvico e uretero,
-bordo interno: bordo lateral do útero,
-bordo externo: parede lateral da cavidade pélvica,
-face anterior: bexiga [asa anterior],
-face posterior: recto [asa posterior].

Apresenta 3 asas levantadas por estruturas vizinhas:


 Asa anterior: ligamento redondo; geralmente pouco desenvolvida;
 Asa superior ou média: trompa de falópio;
 Asa posterior: ligamento útero-ovárico (parte interna), ovário e hilo ovárico (parte
média) e ligamento tubo-ovárico (parte externa);

Entre a asa superior e a asa anterior, localiza-se a fosseta pré-ovárica, que é


limitada pelo ligamento redondo, pela trompa de falópio (paramétrio) e pelo bordo lateral
do útero

Segundo Rouvière, podem ser divididos em duas partes:


 Superior ou mesosalpinge:

152
ANATOMIA – 2º Semestre
 Vai ter uma forma triangular, sendo limitada superiormente pela trompa de
Falópio (asa superior), inferiormente pelo mesométrio, externamente pelo ligamento
tubo-ovárico, sendo que o vértice se localiza no angulo lateral do útero.
 Vai apresentar diversas estruturas, nomeadamente: ramos tubários dos
vasos ováricos e uterinos; arcada arterial resultante da anastomose entre os ramos
tubário externo (a. ovárica, aorta abdominal) e interno (a. uterina, ramos anterior da
ilíaca interna); epoforo na parte externa; paraforo na parte interna;
 Inferior ou mesométrio:
 Vai ter uma forma quadrilátera, sendo limitado superiormente pela
mesossalpinge, inferiormente pelo pavimento pélvico, internamente pelo bordo lateral do
útero e externamente pela parede lateral da cavidade pélvica;
 Vai apresentar várias estruturas: vasos uterinos, veia interpendicular (vai
nascer do angulo lateral do útero, posteriormente ao ligamento redondo, e depois vai
drenar para os vasos ovárico-uterinos) e uretero (sendo que este não atravessa o
ligamento, mas sim o espaço pelvi-rectal superior).

O mesovário vai desde o ligamento largo até ao bordo anterior do ovário, sendo
que se insere no ovário segundo uma linha de inserção, linha mesovárica de Farré-
Waldeyer, que delimita o hilo e que marca a passagem entre peritoneu e epitélio ovárico.

153
ANATOMIA – 2º Semestre
Drenagem Linfática da Mama
Tributários dos gânglios axilares:
 Via principal (75% da linfa); desde rede subareolar até gânglios axilares
externos.
 Via transpeitoral de Groszman: a partir da face profunda da mama,
atravessam músculo grande peitoral e fascia clavipeitoral (gânglios
retropeitorais de Rotter), alcançando gânglio infra-claviculares.
 Via retropeitoral: linfáticos contornam bordo inferior do grande peitoral,
passam sobre a face posterior dos músculos peitorais, e drenam para os
infra-claviculares.
Tributários dos gânglios mamários internos;
Tributários dos gânglios supra-claviculares;
Via intermamária;
Via trans-parieto-diafragmática de Gerota.

154
ANATOMIA – 2º Semestre
155
ANATOMIA – 2º Semestre
Sistema nervoso Autónomo
Simpático vs Parassimpático
Carateristicas Simpático Parassimpático
Cranio-sagrada
Toraco-lombar
Centro nervoso de origem (Núcleos dos nervos cranianos +
(T1-L2/L3)
S2-S4)
Origem dos neurónios GG laterovertebrais ou pré- GG intramurais ou perto das
pós-ganglionares vertebrais visceras
Fibras pré-gg curtas Fibras pré-gg longas
Morfologia dos neurónios
Fibras pós-gg longas Fibras pós-gg curtas
Padrão de inervação Difusa Localizado
Neurotransmissores Noradrenalina + acetilcolina Acetilcolina
Função Fight or flight Rest and digest

156
ANATOMIA – 2º Semestre
Simpático
Os corpos dos neurónios pré-ganglionares do simpático situam-se na coluna
intermediolateral da medula espinhal, entre T1-L2/3, logo o simpático apresenta uma
distribuição tóraco-lombar.
Os corpos dos neurónios póst-ganglionares do simpático encontram-se nos
gânglios paravertebrais ou pré-vertebrais, sendo por isso bastante longos.

Fibras eferentes simpáticas


Os axónios do neurónio pré-ganglionar abandona a medula espinhal pela sua raiz
ventral, e através do ramo comunicante branco, alcança o gânglio paravertebral do
tronco simpático. Assim que esta fibra eferente, pré-ganglionar, alcança o gânglio do
tronco simpático, pode ocorrer uma de três situações:

157
ANATOMIA – 2º Semestre
1. Sinapsa com o corpo celular do neurónio pós-ganglionar, situado ao mesmo
nível. O axónio pós-ganglionar abandona ao gânglio e dirige-se para o nervo espinhal, ao
passar pelo ramo comunicante cinzento, distribuindo-se pelos ramos dos nervos
espinhais destinados ao músculo liso das paredes vasculares, às glândulas sudoríparas,
e músculos erectores dos pêlos.
2. Ascendem ou descendem pelo tronco simpático, sinapsando com neurónios
pós-ganglionares de outros níveis; os axónios pós-ganglionares passam pelo ramo
comunicante cinzento, juntando-se às restantes fibras dos nervos espinhais.
3. Podem passar pelo gânglio do tronco simpático sem sinapsar. Assim, estas
fibras abandonam o tronco simpático, designando-se por nervos esplâncnicos, que
sinapsam depois em gânglios pré-vertebrais, como o gânglio celíaco, gânglio mesentérico,
ou até na medula supra-renal.

Fibras aferentes simpáticas


As fibras aferentes simpáticas enviadas pelas vísceras passam pelos gânglios
simpáticos sem sinapsarem, passam pelo ramo comunicante anterior, alcançam o nervo
espinhal e respectivo corpo celular no gânglio espinhal da raiz posterior; o axónio central
penetra na medula espinhal, podendo formar parte de um reflexo local, ou ascender a
níveis superiores, como o hipotálamo.

Parassimpático
Os corpos dos neurónios pré-ganglionares do parassimpático encontram-se no
tronco cerebral (núcleos do III, VII, IX e X pares cranianos) e segmentos S2-4 da medula
espinhal, logo o SNP apresenta uma distribuição crânio-sagrada.
Os corpos dos neurónios pós-ganglionares do parassimpático encontram-se em
gânglios intramurais ou próximos do órgão a ser inervado.
Os neurónios pós-ganglionares parassimpáticos apresentam um trajecto muito
curto, uma vez que os corpos celulares pós-ganglionares se situam próximos do órgão

Fibras eferentes parassimpáticas


Os corpos celulares pré-ganglionares situam-se no tronco cerebral e nos
segmentos medulares sagrados. Os do tronco cerebral formam diversos núcleos: núcleo
parassimpático de Edinger-Westphal (III par), núcleos salivar superior e lacrimal (VII
par), salivar inferior (IX par) e dorsal motor (X par). As suas fibras estão contidas nos
nervos cranianos respectivos. Os corpos celulares sagrados situam-se na substância
158
ANATOMIA – 2º Semestre
cinzenta dos segundo, terceiro e quarto segmentos medulares sagrados; não existe
coluna intermediolateral. As suas fibras emergem da medula espinhal pelas raízes
anteriores dos nervos espinhais, abandonando depois estes últimos, formando os nervos
esplâncnicos pélvicos. Todas as fibras pré-ganglionares sinapsam depois com gânglios
periféricos cranianos (ciliar, ptérigo-palatino, submandibular, ótico) e sagrados (gânglios
do plexo hipogástrico).

Fibras aferentes parassimpáticas


As fibras aferentes parassimpáticas enviadas pelas vísceras alcançam os seus
corpos celulares, localizados ou nos gânglios sensitivos dos pares cranianos, ou nos
gânglios espinhais da raiz posterior espinhal dos nervos sacro-espinhais; depois,
apresentam um trajecto semelhante às do simpático, podendo formar parte de um
reflexo local, ou ascender a níveis superiores.

159
ANATOMIA – 2º Semestre
Sistema Endócrino
Hipotálamo
É o centro homeostático do nosso corpo e encontra-se sobre a base do crânio,
imediatamente superiormente à glândula pituitária ou hipófise, contida na sela turca do
esfenóide. Lateralmente, o hipotálamo é bordejado pelos prolongamentos posteriores do
quiasma óptico, que constituem as fitas ópticas. Os elementos que constituem o
polígono de Willis circundam o hipotálamo, podendo nós também encontrar, de cada
lado da sela turca, os seios cavernosos.
Tratando-se do principal centro controlador da homeostase, o hipotálamo
apresenta uma miríade de funções, desde o controlo da temperatura, da sensação de
saciedade e de apetite, da função simpática e parassimpática, do controlo hormonal e do
ciclo de sono e de vigília. Aquando de uma lesão hipotalâmica, ela é geralmente fatal.

Glândula Tiroideia
Localiza-se na parte antero-inferior do pescoço e é maior na mulher.
Quanto a meios de união, temos:
-capsula fibrosa: anteriormente corresponde à lamina pre-traqueal da aponevrose
cervical, posteriormente à lamina pre-vertebral da aponevrose cervical e lateralmente à
bainha carotídea.
160
ANATOMIA – 2º Semestre
-ligamento médio ou suspensor de Wolfler: insere-se na face profunda do istmo,
na cartilagem tiroideia, na cartilagem cricoideia e na aponevrose dos músculos crico-
tiroideus.
-ligamentos laterais: inserem-se nos lobos laterais, na cartilagem cricoideia e na
traqueia.
-vasos: artéria tiroideia superior, artéria tiroideia inferior e veias tiroideias médias.

A nível de configuração externa, temos lobos laterais e um istmo.


O istmo tem uma face anterior para a lamina pre-traqueal da aponevrose cervical
(+ m. infra-hioideus, lamina superficial AC, pele), uma face posterior para a traqueia e
para a cartilagem cricoideia, duas extremidades laterais que se continuam com os lobos,
o bordo inferior ao nível do 2º anel traqueal e um bordo superior que apresenta um
prolongamento, pirâmide de Lalouette ou lobo piramidal, que pode atingir o hioide.
Os lobos laterais têm a forma de uma pirâmide e, por isso, apresentam um vértice
ou corno posterior a nível da cartilagem tiroideia, uma base a nível dos 5º-6º anel
traqueal, uma face interna para a traqueia e para a cartilagem cricoideia, uma face
posterior para o pedículo vasculo-nervoso do pescoço e uma face antero-externa que se
continua com a face anterior do istmo e se relaciona com a lamina pre-traqueal da
aponevrose cervical(+ m. infra-hioideus, lamina superficial AC, ECH, ECM, m.
esterno.hioideu, m. omo-hioideu, platisma, pele).

161
ANATOMIA – 2º Semestre
Glândulas Supra-renais
Localizam-se na parte supra-hilar do bordo interno do rim e estão fixas pelo
peritoneu (são retro-peritoneais como o rim), pelos vasos supra-renais, pelos nervos,
pela fáscia peri-renal e pela capsula adiposa do rim.
Apresentam 2 faces, 2 bordos e 2 extremidades:
Esquerda
-face anterior: estomago (através da cavidade posterior dos epiploons), cauda do
pâncreas;
-face posterior: diafragma, seio costo-diafragmático;
-bordo externo: rim;
-bordo interno: aorta abdominal, cavidade posterior dos epiploons, plexo solhar,
entrada das artérias supra-renais média e superior;
-extremidade inferior: pedículo renal, recebe artéria supra-renal inferior e ramos
do plexo renal;
-extermidade superior: baço, 11ª costela.

Direita
-face anterior: fígado (tem ligamento hépato-supra-renal), veia cava inferior, 1ª
porção do duodeno (pela fáscia de Treitz)
-face posterior: diafragma, seio costo-diafragmático
-bordo externo: rim
-bordo interno: veia cava inferior, plexo solhar, entrada das artérias supra-renais
média e superior
-extremidade inferior: pedículo renal, recebe artéria supra-renal inferior e ramos
do plexo renal
-extermidade superior: 11ª costela

162
ANATOMIA – 2º Semestre
Outras coisas - Listas
Serosas do corpo humano
Todas têm origem mesodérmica:
-Sinoviais
-Peritoneu
-Pleuras
-Pericárdio seroso
-Membrana vaginal dos testículos

Artérias espiraladas do corpo humano


Artéria ranina
Artéria esplénica
Artéria uterina

Artérias coronárias do corpo humano


Coração:
- Coronária direita
- Coronária esquerda (sendo que, uma vez que é muito curta, podemos
considerar os seus terminais duas coronárias)
Cabeça:
- Coronária superior (=labial superior, colateral da facial da carótida externa)
- Coronária inferior (=labial inferior, colateral da facial da carótida externa)
Abdomen:
- Coronária estomática (=gástrica esquerda)

Artérias inconstantes
Artéria suprarrenal média
Artéria rectal média
Artéria cólica direita média

163
ANATOMIA – 2º Semestre
Mnemónicas
Colaterais da artéria oftálmica (carótida interna)
Cristiano Ronaldo (em) Lagrimas.
ScOlari Chorou Com Pauleta, Com Luis (e) Maniche .
Então Pediu (a) Estes Artistas Para Foderem Inglesas.

1º grupo (inf-ext a II): Central da Retina, Lacrimal


2º grupo (sup a II): Supra-Orbitaria, Ciliares Curtas Posteriores, Ciliares Longas,
Musculares.
3º grupo (int a II): Etmoidal Posterior, Etmoidal Anterior, Palpebrares, Frontal
Interna

Colaterais da carótida externa


Tirou superiormente (as) ligas, ostentando (a) fauna ascendente,
favorecendo (o) auge (da) posse (e) parou.

Tiroideia Superior (Tirou superiormente)


Lingual (ligas)
Occipital (ostentando)
Faringea ascendente (fauna ascendente)
Facial (favorecendo)
Auricular posterior (auge posse)
Parotideas (parou)

Colaterais da ilíaca interna


Ramos parietais – intrapélvicos
SIS

Sagrada lateral superior


Ileolombar
Sagrada lateral inferior

Ramos parietais- extrapélvicos


PIGO

164
ANATOMIA – 2º Semestre
Pudenda interna
Isquiática
Glútea
Obturadora

Ramos viscerais
v3 (ao cubo) u2(ao quadrado) hp

Vesiculo-deferencial; Vaginal; Vesical;


Umbilical; Uterina;
Hemorroidaria media; Prostatica

Colaterais das artérias do tronco celíaco


Coronária estomáquica
HEGA

Ramo Hepatico;
Ramos Esofagicos;
Ramos Gastricos;
Ramo Anterior

Esplénica
PEG

Pancreatica magna ou de Haller;


Epiploica Esq;
Gastricas curtas

Colaterais da mesentérica superior


PPIC

Pancreatica-duodenal;
Pancreatica inf;
Intestinais;
165
ANATOMIA – 2º Semestre
Cólicas

Camadas das bolsas escrotais


Estudar Deixa Caloiros Sem Forças (e) Sem Coragem, Mortos (por)
Férias Prolongadas (de) Verão!

Escroto, dartos, (túnica) celulosa subcutânea, (túnica) fibrosa


superficial, cremáster, (túnica) muscular, (túnica) fibrosa
profunda, vaginal

166
ANATOMIA – 2º Semestre

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