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Pares Cranianos
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Tipos:
Motores – origem o SNC e terminam na periferia Sensoriais – origem na periferia Mistos – com fibras motoras e sensitivas
o III - Oculomotor e terminam no SNC
o V – Trigémio
o IV - Troclear o I – Olfativo
o VII – Facial
o VI – Abducente o II – Ótico
o IX – Glossofaríngeo
o XI - Acessório o VIII – Vestíbulo-coclear
o X – Vago
o XII - Hipoglosso
Nervos – estradas
Fibras – carro
Central Periférico
o Encéfalo – cavidade craniana o Nervos com origem ou que vão ter ao SNC
Nervos intercostais – “plexo torácico” o “fuga de um leão” o Núcleos com origem crânio-sagrada
o Núcleo – agregação de corpos celulares dos neurónios o origem toracolombar o Boleia dos nervos cranianos
Somático
o M. esquelético
Autónomo/autonómico
o Não controlamos
o M. liso
As duas funções NÃO SÃO antagónicas, ou sejam, não são o contrário uma da outra.
Par I e II serão abordados com maior pormenor nas unidades curriculares de neurociências no 2ºAno
I – Olfativo
Vários ramos que convergem na face superior da lâmina cribriforme (etmoide), terminando no bulbo
olfativo.
II - Ótico
Células ganglionares da retina, sai pelo canal ótico e termina ao nível do quiasma ótico.
Relação com artéria oftálmica. Começa lateralmente, contornando-o para medial (por superior).
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Nervo Oculomotor (III)
Classificação: Nervo Motor, porque tem origem no SNC e termina na periferia
Plate 120- 5ª Edição
Territórios de Inervação: Músculos extrínsecos do bulbo ocular (há exceção do músculo reto lateral e do músculo oblíquo superior)
Origem Aparente: Tronco encefálico: na face medial do pedúnculo cerebral entre a ponte e o corpo mamilar mais preci-
samente no sulco do nervo oculomotor.
Trajeto:
Nervo do músculo
levantador da
pálpebra superior
Ramo superior
Nervo do músculo
oblíquo inferior
É muito comprimido e
origina
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Clínica:
Territórios de Inervação: Músculo oblíquo superior (músculo extrínseco do bulbo ocular) Plate 120- 5ª Edição
Origem Aparente: Tronco encefálico: posteriormente aos colículos inferiores, de cada lado do frénulo do véu medular superior (face posterior da
medula oblonga)
Trajeto:
Fissura orbital
superior
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Na porção súpero-medial
Ramos terminais:
Nervo do músculo oblíquo superior
Comunica:
- Plexo simpático carotídeo interno
Clínica:
- A lesão deste nervo impedirá a rotação medial do olho e impedirá que o indivíduo olhe para baixo e para lateral.
Territórios de Inervação: Vai inervar os músculos mastigadores (componente motora), e a face, órbita, cavidades nasais e oral (componente sensi-
tiva).
Origem/terminação:
Raiz motora:
A sua origem aparente é anterior e lateral à terminação aparente da raiz sensitiva porção média da face ântero-inferior da ponte
(medialmente aos pedúnculos cerebelosos médios).
Raiz Sensitiva:
Terminação aparente situa-se na porção lateral da face ântero-inferior da ponte, na sua porção média (medialmente aos pedúncu-
los cerebelosos médios).
Termina através de três núcleos: o núcleo mesencefálico (superior), o núcleo principal (médio) e o núcleo espinhal (inferior)
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O gânglio trigémeo de Gasser, que se situa Originam-se três ramos, que se vão descrever separadamente: o
na fóssula de Gasser na porção anterior nervo oftálmico (ântero-medial), o nervo maxilar (ântero-lateral) e o
da face ântero-superior da porção nervo mandibular (inferior) (De medial para lateral).
petrosa do temporal
A raiz motora juntando-se à ao nervo mandibular ao nível do fo-
rame oval
NERVO OFTÁLMICO
Exclusivamente sensitivo
Inervar a pele da região frontal e das pálpebras superiores, e também a mucosa da porção superior das cavidades nasais (região olfatória),
dos seios paranasais, e do globo ocular.
Nasociliar Lacrimal
Frontal
(mais medial)
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Frontal
Trajeto Antes de alcançar a
margem supraorbital, vai
dividir-se nos seus dois ramos
Vai passar pela fissura orbital superior, passando Vai passar junto à parede superior da cavidade terminais
fora do anel de Zinn, lateralmente ao nervo orbital, superiormente ao músculo levantador da
troclear e medialmente ao nervo lacrimal pálpebra superior
Contribuindo para a
inervação da pele da Vai passar superiormente à Nervo
zona circundante tróclea e ao nervo infra troclear supratroclear
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Lacrimal
Ao atingir a glândula
lacrimal divide-se em 2
ramos
Vai passar pela fissura orbital superior, passando Vai passar pela parede lateral da cavidade
Anterior e lateral
fora do anel de Zinn, lateralmente ao nervo frontal orbital, ao longo da margem superior do músculo
reto lateral
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Nasociliar Origina 3 ramos
colaterais e 2 ramis
terminais
Contorna o nervo óptico de lateral
para medial passando-lhe
Vai passar pela fissura orbital superiormente, acompanhando o Alcança o forame
superior, através do anel de Zinn trajeto da artéria oftálmica ao etmoidal anterior
longo da face inferior do músculo
oblíquo superior do bulbo ocular
Ramos colaterais
Ramo comunicante com o gânglio ciliar*, fornecendo-lhe fibras sensitivas;
Nervo etmoidal posterior (ou esfeno-etmoidal de Luschka), que vai penetrar pelo forame etmoidal posterior, e inervar a mucosa dos seios esfenoidais e
etmoidais mais posteriores, e a porção mais superior das cavidades nasais.
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Gânglio ciliar
Este gânglio encontra-se na cavidade orbitária, no flanco lateral do nervo ótico.
Uma raiz sensitiva proveniente do nervo lacrimal, que se origina ínfero-medialmente à origem dos nervos ciliares longos, e terminam no ângulo
póstero-superior do gânglio ciliar;
Uma raiz parassimpática proveniente do nervo oculomotor, do ramo para o músculo reto inferior, cujas fibras parassimpáticas provêm dos núcleos
acessórios do nervo oculomotor;
Uma raiz simpática, proveniente do plexo simpático carótico interno (que por sua vez provem do gânglio cervical superior), quando a carótida
interna se encontra dentro do seio cavernoso.
Vai emitir ramos eferentes, os nervos ciliares curtos, que vão anastomosar-se com os nervos ciliares longos, e vão inervar o bulbo ocular.
NERVO MAXILAR
É exclusivamente sensitivo.
Vai inervar:
A pele da bochecha
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Trajeto:
Dirigir-se anteriormente, passando Passando depois pelo forame Passa superiormente à artéria
pelo seio cavernoso (espessura da redondo do esfenoide, entrando Antero-ínfero-medial maxilar e emite 2 ramos para o
lâmina profunda) na fossa infra temporal gânglio esfeno-palatino
Mediais Inferiores
Superiores
ou ou
ou
nasais labiais
palpebrais
Ramos colaterais:
Ramo meníngeo – origina-se antes do nervo maxilar penetrar pelo forame redondo, e vai inervar a duramáter
Nervo orbital – origina-se imediatamente anterior ao forame redondo. Vai passar pela fissura orbital inferior, passando pela parede lateral da cavidade
orbital e vai originar 2 ramos terminais Zigomático e Lácrimo-palpebral, este que vai comunicar com um ramo do nervo lacrimal inervando a glândula
lacrimal e a pele da pálpebra superior. O nervo Zigomático pentra o forame zigomático-facial e origina o nervo zigomático-facial que inerva a pele da
região zigomática e o nervo zigomático-temporal que inerva a pele da região temporal
Nervo alveolar superior posterior – Dirigindo-se para inferior pela tuberosidade da maxila. Vai penetrar nos forames alveolares da maxila, e vai inervar as
raízes dos molares e dos pré-molares e da mucosa da maxila
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Nervo alveolar superior médio – é um nervo inconstante, origina-se anteriormente ao superior posterior, e vai penetrar no forame alveolar auxiliando o
nervo alveolar superior posterior;
Nervo alveolar superior anterior – antes de alcançar o forame infraorbital, o nervo infraorbital vai originar o ramo alveolar superior anterior, que se pelo
canal alveolar superior anterior, inervando os incisivos e os caninos. Vai ainda emitir um ramo que irá inervar a porção anterior do meato nasal inferior.
Este gânglio recebe ramos aferentes, provenientes do nervo pterigopalatino (nervos ptérigopalatinos) e do canal pterigoideu (nervo carótico –
proveniente do plexo simpático carótico interno, que se dispõe à volta da carótida interna; nervo vidiano/craniano – resultante da fusão do nervo petroso
maior [ramo do facial] e do nervo petroso profundo [ramo do nervo timpânico de Jacobson, que é ramo colateral do glossofaríngeo]).
Vai emitir então ramos eferentes que vão inervar as cavidades nasais e a cavidade oral (iniciam-se no gânglio e terminam no nervo pterigopalatino)
- nervo nasopalatino
- nervos posteriores súpero-laterais
- nervo palatino maior
- nervo palatino menor
Mandibular
É sensitivo-motor.
É composto por:
Uma raiz sensitiva origina-se na face convexa do gânglio trigeminal (de Gasser), lateralmente à origem do nervo maxilar
Zona temporal
Mandibula
Ainda vai fazer a inervação sensitiva da cavidade oral (ex: lábio inferior e porção anterior da língua)
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Conduz as fibras do intermédio de Wrisberg que dá a sensação do gosto
Músculos mastigadores
Trajeto:
Emerge pelo forame infra Penetra no canal infra orbital Passa pela fissura orbital
orbital onde emite os seus relacionando-se com a artéria inferior onde se passa a
ramos terminais infra orbital chamar nervo infra orbital
No seu pequeno trajeto exocraniano atravessa a fossa infra temporal lateralmente à fáscia interpterigoideia
Ramos terminais
Ramos do tronco anterior (os nervos do tronco anterior vão dirigir-se lateralmente, atravessando o Porus Crotaphiticus Buccinatorius de Hyrtl)
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Nervo temporobucal: Nervo temporal Inervando a parte anterior
profundo anterior do músculo temporal
(motor)
Dirige-se ântero-ínfero-lateral
passando entre os 2 fascículos Ao chegar à superfície lateral
do m. pterigoideu lateral do músculo, vai dividir-se em
dois ramos
Nervo bucal Inervando a pele e a
(sensitivo) mucosa das paredes
laterais da cavidade oral
Nervo têmporo-massetérico
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Tronco comum aos nervos dos músculos pterigoideu medial, tensor do véu palatino e tensor do tímpano.
Nervo do músculo
pterigoideu medial
ATM
Glândula parótida
Tronco comum aos nervos dos músculos milo-hioideu e do ventre anterior do músculo digástrico
Nervo do músculo milo-hioideu penetra no sulco milo-hioideu e inerva este mesmo músculo
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Nervo lingual
Ramo terminal:
Ramos colaterais:
Inervam:
Tonsila palatina
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Nervo alveolar inferior:
Nervo mentual sai pelo forame mentual e inerva a mucosa do lábio inferior e a pele do mento
Ramos colaterais:
Nervo do músculo milo-hioideu origina-se no ponto onde o alveolar inferior penetra no canal da mandibula para ir posteriormente
percorrer o sulco milo-hioideu e inervar o músculo milo-hioideu e o ventre anterior do músculo digástrico.
Ramos alveolares inferiores destacam-se durante o trajeto do nervo no canal na mandibula inervando os molares os pré-molares e
os seus alvéolos
Uma raiz curta (que transporta fibras sensitivas) proveniente do nervo mandibular;
Uma raiz longa o nervo petroso menor (ramo do nervo timpânico de Jacobson, que é colateral do glossofaríngeo, que leva fibras parassimpáticas)
Uma raiz simpática, proveniente do plexo que envolve a artéria meníngea média.
- Ramo comunicante com o nervo aurículo-temporal (que lhe fornece as fibras parassimpáticas para a inervação funcional da parótida);
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- Ramo comunicante com o tronco comum aos nervos dos músculos pterigoideu medial, tensor do véu palatino e
tensor do tímpano;
Pele da metade anterior da região parietal, frontal, da pálpebra superior, e do nariz (menos a asa do
nariz)
Pele da pálpebra inferior, da porção superior da parede lateral da cavidade oral, da asa do nariz e do lábio superior
Pele da região temporal, lobo da orelha, porção inferior da parede lateral da cavidade oral, lábio inferior e mento
Territórios de Inervação: Músculo reto lateral (músculo extrínseco do bulbo ocular) Plate 120- 5ª Edição
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Trajeto:
Ramos terminais:
Clínica:
Território de inervação:
por intermédio de um dos seus ramos - a corda do tímpano - faz a
músculos da cutâneos da cabeça e do pescoço e músculos dos ossículos da
audição secreção salivar das glândulas submandibular e sublingual
alguns músculos do véu palatino
Origem Real:
a raiz motora nasce do núcleo do nervo facial situado na substância reticular cinzenta da ponte
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sai do sistema nervoso central pela porção lateral do sulco bulbo-pontino depois de um trajeto intrapontino complexo
as fibras vegetativas provêm dos núcleos situados posteriormente ao núcleo motor - núcleos parassimpáticos do nervo facial
a raiz sensitiva tem a sua origem no gânglio geniculado situado no trajeto do nervo facial
os prolongamentos das células do gânglio geniculado constituem as fibras sensitivas do nervo intermédio de Wrisberg
estas fibras penetram no sistema nervoso central a altura do sulco bulbo-pontino lateralmente ao nervo VII e medialmente ao nervo VIII
terminam finalmente na porção superior do núcleo do trato solitário
Origem aparente:
o nervo facial origina-se na fosseta lateral da medula oblonga lateralmente ao nervo abducente (VI)
Terminação aparente:
o nervo intermédio de Wrisberg origina-se no gânglio geniculado
relaciona-se com o VII no canal do nervo facial (Falópio) e termina na fosseta lateral da medula oblonga
percorre o meato acústico interno e percorre depois o canal do nervo facial de Falópio
depois de sair pelo forame estilo-mastoideia entra na glândula parótida onde origina os seus 2 ramos terminais
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Trajeto e relações (nervo intermédio de Wrisberg):
origina-se no gânglio geniculado localizado no canal do nervo facial de Falópio
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RAMOS TERMINAIS
RAMOS INTRAPETROSOS
origina-se no gânglio geniculado e sai da porção petrosa do temporal pelo canal do nervo facial de Falópio
alcança a face ântero-superior da porção petrosa do temporal
recebe o nervo petroso profundo, ramo do nervo timpânico de Jacobson (ramo do nervo IX) e o nervo carótico
constitui então o nervo do canal pterigoideu que atravessa o forame lácero, o canal pterigoideu e termina no gânglio pterigopalatino
Corda do Tímpano
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Ramo Comunicante com o Nervo Vago - Cruveilher
depois da sua origem dirige-se posteriormente e percorre o canalículo mastoideu que termina na fossa jugular
acabando por comunicar com o gânglio superior do nervo vago
RAMOS EXTRAPETROSOS
inerva o músculo auricular posterior, o músculo auricular superior, o ventre occipital do músculo occipitofrontal
inerve a pele da região mastoideia e a porção posterior da orelha
Nervo do Ventre Posterior do Músculo Digástrico - Inerva o ventre posterior do músculo digástrico
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RAMOS TERMINAIS
RAMO TÊMPORO-FACIAL - origina-se no interior da parótida e dirige-se para o colo da mandíbula e distribui-se em 5 ramos
NERVOS TEMPORAIS - inervam o músculo auricular anterior e os músculos da face lateral da orelha
NERVOS PALPEBRAIS - inervam músculos carregador do supercílio, proceros e orbicular do bulbo ocular
NERVOS ZIGOMÁTICOS - inervam músculos zigomático maior, menor, levantador do lábio superior e asa do nariz e do ângulo da boca
NERVOS BUCAIS SUPERIORES - inervam os músculos bucinador e semi-orbicular superior do bulbo ocular
NERVOS BUCAIS INFERIORES - inervam o músculo risórios e o semi-orbicular inferior do bulbo ocular
NERVOS MARGINAIS MANDIBULARES - inervam os músculos depressor do ângulo da boca, depressor do lábio inferior e transverso do mento
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Anatomia funcional do nervo facial
nervo da mímica facial: os diferentes músculos faciais recebem a sua inervação do nervo facial
nervo sensitivo e sensorial - conduz a sensibilidade do 1/3 médio da orelha, do meato auditivo externo e do tímpano
pelas fibras da corda do tímpano que se unem ao nervo lingual assegura a sensibilidade gustativa do vértice e margens da língua
devido ao nervo V que conduz as suas fibras vegetativas ao território terminal do VII - controla as secreções lacrimal, nasal e salivar
Relações
na cavidade craniana os nervos facial e intermédio passam sobre o osso occipital e face póstero-superior da porção petrosa do temporal
o nervo intermédio penetra no gânglio a partir deste ponto os dois nervos constituem um só cordão nervoso
este segundo segmento do nervo facial termina inferiormente à entrada do antro mastoideu onde o canal facial se torna vertical
o nervo facial desce posteriormente ao canal do músculo estapédio - aqui o nervo é vertical e um pouco oblíquo inferior e lateralmente
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Nervo glossofaríngeo (IX)
músculos da faringe e
fibras motoras
palato mole
cavidade timpânica,
fibras sensitivas tuba auditiva, mucosa
da língua e andar
Função
superior da faringe
Classificação: misto
papilas gustativas da
fibras sensoriais
base da língua
secreção parotidiana e
fibras autónomas regulação da tensão
arterial
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Trajeto:
RAMOS COLATERAIS:
Nervos faríngeos → em número de 5 a 6, inervam os músculos constritores da faringe e dirigem-
se medialmente, comunicando na parede lateral da faringe com os ramos faríngeos do nervo
vago e do tronco simpático para formar a porção superior do plexo faríngeo, que inerva os
músculos, mucosas e vasos da faringe
Ramo comunicante com o nervo facial (asa de Haller) → parte do gânglio inferior do nervo
glossofaríngeo, cruza a face anterior da veia jugular interna e comunica com o nervo facial inferiormente ao forame estilomastoideu
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Nervos do seio carotídeo de Hering → são geralmente dois e descendem sobre a artéria carótida interna
contribuindo para formar em conjunto com o tronco simpático (gânglio cervical superior) e ramos do nervo
vago, o plexo carotídeo comum que inerva o seio e o glomo caróticos
RAMOS TERMINAIS:
Ramos linguais → ao alcançar a base da língua, o nervo glossofaríngeo origina o plexo lingual que inerva a mucosa da
língua posteriormente ao V lingual, até à cartilagem epiglótica e às pregas glosso-epiglóticas laterais
ANATOMIA FUNCIONAL:
É o nervo sensorial do paladar que recebe através dos seus recetores os diferentes tipos de sabor, especialmente doce e
amargo. Além disso, é responsável pela sensibilidade da mucosa nasofaríngea, da tuba auditiva, da cavidade
timpânica e da orofaringe. Participa, com os nervos facial, vago, acessório e hipoglosso, na inervação motora da
faringe, sendo essencial para a deglutição. Também regula a secreção parotídea, a pressão arterial (seio carotídeo) e
atua como quimiorrecetor (glomo)
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NERVO VAGO (X)
Classificação: Nervo Misto (raiz sensitiva e raiz motora)
Plate 127- 6ª Edição
Território de Inervação: órgãos do pescoço, do tórax e do abdómen
Núcleo sensitivo do
nervo trigémeo (V)
Raiz sensitiva
Núcleo do trato
solitário
Origem Real
Núcleo ambíguo
Raiz motora
Núcleo dorsal do
vago
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Trajeto e Relações:
Nível do PESCOÇO: passa POST à veia jugular interna e à artéria carótida comum/interna
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INF aos BRÔNQUIOS
FACE POST» FACE ANT da parede - Situa-se na face ANT da parede abdominal do esófago + cárdia (região de
abdominal do esófago transição entre o esófago e o estômago)
Nervo Hipoglosso
Nervo Hipoglosso
(XII)
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NERVO VAGO
• Hepáticos
• Meníngeo POST • Cardíacos
• Gástricos ANT e POST
• Faríngeos Torácicos
• Hepático direto
• Caróticos • Tráqueo-brônquicos
• Celíacos
• Laríngeo SUP • Pulmonares
• Esplénicos
• Cardíacos cervicais • Esofágicos
torácicos • Duodenais
SUP
• Do cólon direito e
• Laríngeo recorrente
intestino delgado
• Do cólon esquerdo
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1. RAMOS COLATERAIS CERVICAIS
2. Nervos Faríngeos
1. Nervo Meníngeo POST
- Origem: gânglio INF do vago
- Origem: gânglio jugular
- Inerva músculos do véu palatino EXCETO TENSOR DO VÉU
- Atravessa forame jugular PALATINO (inervado por ramo do nervo mandibular, V3)
- Inerva duramáter (adjacente ao forame) - Contribui p/ formação do plexo faríngeo
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7. Nervo Laríngeo Recorrente
DIREITA ESQUERDA
- Contorna artéria subclávia - Contorna arco da
- Segue margem direita do
aorta
esófago - Situa-se entre esófago
- Alcança face POST da e traqueia
laringe
Inerva músculos
Ao longo do seu trajeto, origina Crico-aritnoideu POST e LAT
- Nervos cardíacos cervicais INF Tiro-aritnoideu
- Nervos esofágicos cervicais Ari-aritnoideu
- Nervos traqueais
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2. Ramos Colaterais Torácicos Plate 206- 6ª Edição
2. Nervos Tráqueo-Brônquicos: inervam árvore traqueobrônquica (originam-se a partir do nervo laríngeo recorrente)
3. Nervos Pulmonares: formação do plexo bronco-pulmonar (através de ramos comunicantes c/ nervos simpáticos pulmonares)
2. Nervos Gástricos ANT e POST: inervam faces ANT e POST do estômago, respetivamente
3. Nervo Hepático Direto: POST à veia porta = mesentérica superior + esplénica (inconstante)
4. Nervos Celíacos
DIREITO + nervo esplâncnico maior direito = ansa memorável de Wrisberg
6. Nervos Duodenais: formação do plexo da artéria gástrica direita + inervação do duodeno (POST)
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7. Nervos do Cólon Direito e do Intestino Delgado: formação do plexo da artéria mesentérica SUP + inervação do cólon direito e intestino delgado
8. Nervos do Cólon Esquerdo: formação do plexo da artéria mesentérica INF + inervação do cólon esquerdo
Classificação: nervo craniano motor que inerva os músculos esternocleidomastoideu e trapézio e comunica com o nervo vago
Origem aparente:
raízes cranianas ⇒ sulco póstero-lateral da medula oblonga, inferiormente ao
nervo vago
raízes espinhais ⇒ funículo lateral da medula espinhal
Trajeto: a raiz espinhal ascende pelo canal vertebral, penetra no crânio através do
forame magno, unindo-se à raiz craniana perto do forame jugular para formar um
tronco comum que segue um trajeto lateral, anterior e superior, passa pelo forame
jugular e divide-se à saída nos seus dois ramos terminais
Relações:
No canal vertebral → a raiz espinhal localiza-se posteriormente ao ligamento denteado e anteriormente às raízes posteriores, comunicando
frequentemente com as raízes posteriores dos primeiros nervos cervicais
No forame magno → cruza posteriormente a margem superior do ligamento denteado e, imediatamente depois, a face posterior da artéria vertebral.
Nesse ponto, as duas raízes do nervo acessório estão relacionadas com a origem da artéria cerebelosa ínfero-posterior; passam medial e posteriormente a
essa artéria, embora às vezes seja anterior e lateralmente a ela. Por vezes a raiz espinhal ascende anteriormente e a raiz cranial posteriormente a esse vaso
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Na cavidade craniana → o nervo acessório encontra-se posterior e inferiormente ao nervo vago, estabelecendo as mesmas relações que este com a
parede craniana, o cerebelo e as meninges
No forame jugular → o nervo acessório está no mesmo espaço que o nervo vago e posterior a ele
Ramos terminais:
Ramo interno
Ramo comunicante com o gânglio inferior do nervo vago → termina na porção súpero-lateral do gânglio inferior do
nervo vago, constituindo a raiz craniana do nervo acessório, sendo que contribui para a inervação do palato mole,
faringe e laringe
dirige-se inferior, lateral e posteriormente, cruza a veia jugular interna, passa posteriormente aos músculos estilohióideu
e digástrico, chega à face profunda do músculo esternocleidomastoideu abaixo do processo mastoide, atravessa-o e
alcança o músculo trapézio
músculos infra-hioideus
músculo génio-hioideu
todos os músculos da língua
ORIGEM REAL
as fibras do nervo hipoglosso nascem de células de uma coluna cinzenta do bulbo que se estende ao redor de quase todo o bulbo
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superiormente à altura do trígono do nervo hipoglosso na fossa romboide
inferiormente no lado ântero-lateral do canal central
ORIGEM APARENTE
o nervo hipoglosso origina-se no sulco pré-olivar situado na face anterior da medula oblonga
TRAJETO e RELAÇÕES
depois curva inferior e anteriormente e insinua-se obliquamente entre a veia jugular interna (lateral), o nervo X e artéria carótida interna (mediais)
Na região supra-hioideia:
ao nível do corno maior do osso hióide relaciona-se com a faringe medialmente e com a glândula submandibular lateralmente
neste trajeto o nervo é acompanhado pela artéria lingual e alcança a margem posterior do músculo milo-hioideu
Nervos Vasculares
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RAMOS COLATERAIS
NERVOS VASCULARES - inervam as paredes da veia jugular interna e da artéria carótida interna
- origem no ponto onde o nervo XII passa entre a veia jugular interna e artéria carótida interna
- ramo comunicante com o nervo descendente da ansa cervical (ramo do plexo cervical)
NERVO DESCENDENTE DA ANSA DO XII
- constituem a ansa cervical
- inerva os músculo omo-hioideu, esternocleidomastoideu e esterno-tiroideu
RAMO TERMINAL - NERVOS DOS MÚSCULOS DA LÍNGUA - inervam os diferentes músculos da língua
transverso da língua
longitudinal inferior da língua
longitudinal superior da língua
porção glossofaríngea da músculo constritor superior da faringe
faringo-glosso
palato-glosso
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ANATOMIA FUNCIONAL DO NERVO HIPOGLOSSO
nervo motor da língua
também possui um papel inegável na mastigação
intervém nos mecanismos iniciais da deglutição que impulsionam o bolo alimentar para a cavidade faríngea
nervo da linguagem articulada = responsável pela pronunciação da maior parte das vogais e algumas consoantes
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Sistema nervoso
autónomo
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Sistema nervoso autónomo
O sistema nervos vegetativo ou sistema nervoso visceral é, como o nome indica, a porção do sistema nervoso que controla a maioria das funções
viscerais do organismo, de uma forma não consciente e independente da vontade.
É muito importante na regulação da homeostasia e num controlo muito rápido e preciso do meio interno, estando para isso relacionado com os
mecanismos coordenadores e integradores do hipotálamo.
Sendo o sistema nervoso vegetativo a ligação entre as vísceras e o sistema nervoso central, possui tanto vias 'aferentes’ como vias 'eferentes’. É às
vias eferentes que se dá o nome de SISTEMA' NERVOSO' AUTÓNOMO.
Quanto às vias aferentes, são as responsáveis pela sensibilidade interoceptiva ou visceral, que é maioritariamente inconsciente e que pode estar
associada a uma sensação de dor difusa, vaga e imprecisa, provocada por estímulos diferentes dos estímulos somáticos.
Contudo, apesar dos estímulos serem diferentes, estes vão terminar em segmentos medulares correspondentes a determinados dermátomos, e dá-
se o nome de dor' visceral' referida à dor que, apesar de estar associada a uma patologia visceral, se sente irradiada a uma determinada região
cutânea que corresponde ao mesmo segmento da medula espinhal.
O sistema nervoso autónomo pode ser dividido em duas grandes porções, o sistema' nervoso' simpático (SNS) e o sistema' nervoso' parassimpático
(SNP). O mais correto é dizer que as ações do SNS e do SNP são complementares, e não antagónicas.
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Glândulas
endócrinas
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Hipófise ou Glândula Pituitária
é uma glândula endócrina individualizada de forma elipsoidal = pertence ao sistema endócrino Plate 148-149- 6ª Edição
localiza-se na sela turca do esfenóide posteriormente ao quiasma ótico e anteriormente aos corpos mamilares
produção de hormonas que entram em circulação sanguínea com transmissão lenta e com atuação em células afastadas
Localização
localiza-se na cavidade craniana, na loca hipofisária (é ósteo-fibrosa)
composta por uma porção óssea - a sela turca - e por uma porção de natureza fibrosa - a duramáter
LOCA HIPOFISÁRIA
Sela Turca Anterior - tem obliquidade póstero-inferior e tem de anterior para posterior:
- sulco do quiasma ótico --> tubérculo da sela --> sulco intervenoso (limitado lateralmente pelos clinoides anteriores)
Laterais - constituídas pela duramáter unindo o diafragma da sela com as margens laterais da sela turca
52
Diafragma da Sela
septo horizontal situado superiormente à sela turca apresentando na porção média o óstio da haste hipofisária
o diagrama da sela insere-se anteriormente no lábio posterior do sulco do quiasma ótico e nos processos clinoides anteriores
insere-se posteriormente na margem superior do dorso da sela e nos processos clinoides posteriores
lateralmente desde ao nível das porções laterais da sela turca = parede medial dos seios cavernosos
Sela Turca
apresenta numerosas variações quanto à forma - predomina o tipo normal
o tipo fechado apresenta pavimento escavado e as porções superiores das paredes anterior e posterior estão próximas uma da outra
Divisão da Hipófise - constituída por duas porções: o lobo posterior (neuro-hipófise) e o lobo anterior (adeno-hipófise)
1. Neuro-Hipófise
encontra-se ligada ao hipotálamo ao nível do infundíbulo por intermédio da haste hipofisária
a haste hipofisária apresenta no seu interior os tratos hipotálamo-hipofisários (Roussy e Mosinger) - com origem nos núcleos hipotalâmicos
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2. Adeno-Hipófise
envolve a neuro-hipófise
constituída por uma porção principal situada anteriormente - a parte distal
constituída por uma porção situada superiormente em volta da haste hipofisária e do infundíbulo - a parte tuberal
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Relações da Hipófise:
Posterior - dorso da sela turca e através deste com a ponte e artéria basilar
Inferior - fundo da sela turca e através deste com seio esfenoidal e fórnice da faringe
Neuro-Hipófise
constituída por 100000 axónios amielínicos de neurónios em que os corpos celulares se encontram nos núcleos da região supraquiasmática
os corpos celulares dos neurónios produzem as hormonas: arginina-vasopressina (AVP) ou antidiurética (ADH) e a ocitocina
estas hormonas escoam através dos axónios dos tratos hipotálamo-hipofisários (Roussy e Mosinger) até alcançarem a neuro-hipófise
55
aqui entram na circulação sanguínea
Hormona Ocitocina:
- estimula a contração do miométrio durante o trabalho de parto e estimula a secreção do leite após o parto em
resposta à sucção
Vascularização da Hipófise
pela artéria hipofisária superior e artéria hipofisária inferior (ramos colaterais da artéria cerebral média)
Artéria Carótida Interna -----> Artéria Cerebral Média (Ramo Terminal da Artéria Carótida Interna) ----> Artérias Hipofisá-
ria Superior e Inferior
Hipófise Faríngea
pertence ao sistema endócrino
situa-se na espessura da mucosa da superfície interna da face superior ou fórnice da faringe
encontra-se na linha média anteriormente à bolsa faríngea (invaginação da tonsila faríngea)
encontra-se posteriormente à porção inferior da margem posterior do vómer
tem forma cilindroide achatada súpero-inferiormente e dimensões variáveis (5 mm de comprimento, 3
mm de largura, 0,5 mm espessura)
pode constituir reserva da adeno-hipófise produzindo hormonas adeno-hipofisárias na idade média
quando hipófise começa a atrofiar
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GLÂNDULA PINEAL
LOCALIZAÇÃO
CONFORMAÇÃO EXTERNA
Pedúnculos Médios
Pedúnculos Inferiores
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A glândula pineal é constituída por:
CONSTITUIÇÃO
Glândula tiroideia
Sistema:
Função:
- Produzir hormonas tiroideas (que controlam a velocidade das funções químicas do corpo (velocidade metabólica) e que contribuem igualmente para a
regulação do mecanismo do cálcio, da temperatura corporal, frequência cardíaca, pressão arterial, funcionamento intestinal, controlo de peso e de
estados de humor)
Localização:
-Parte anterior e inferior do pescoço, anteriormente aos primeiros anéis da traqueia e as partes laterais da laringe.
Meios de união:
- As artérias da glândula tiroideia são ramos terminais das artérias tiroideias superiores e inferiores e da artéria tiroideia ima
58
- As veias da glândula tiroideia um rico plexo tiroideu do qual partem: veias tiroideias superiores (drenam no tronco tiro-lingo-facial e diretamente na
jugular interna), veias tiroideias médias (colaterais da jugular interna), veias tiroideias inferiores (drenam para os troncos braquiocefálicos venosos)
- Os nervos da glândula tiroideia proveem do plexo simpático acompanhando as artérias tiroideias superiores inferiores e superiores.
- Os vasos estão situados no espaço tiroide (entre a cápsula e a bainha peritiroideia)
A drenagem linfática do istmo da glândula tiroideia faz-se para os gânglios pré-tiroideus e pré-
traqueais
A drenagem linfática dos lobos da glândula tiroideia faz-se para os gânglios anteriores, para as cadeias retrofaríngeos,
recorrêncial e jugular interna.
LINFÁTICOS
Os vasos linfáticos superiores e laterais drenam nos gânglios da cadeia jugular interna, mas alguns drenam nos gânglios
retrofaríngeos laterais
Os vasos linfáticos inferiores e laterais drenam nos gânglios da cadeia recorrêncial e jugular interna.
A glândula tiroideia situa-se numa bainha visceral depende das aponevroses cervicais
BAINHAS
A bainha tiroideia continua-se com a lâmina tiro-pericárdica envolvendo o istmo e as bases dos lobos laterais
Cápsula fibrosa da
glândula tiroideia
A pressão das estruturas que se situa na periferia da glândula fazem com que esta permaneça na posição descrita.
59
Ligamento mediano ou suspensor
Ligamentos que fixam a bainha Principais
Ligamentos laterais peritiroide aos órgãos vizinhos meios de
união
Pedículos vásculo-nervosos (superior inferior e medio)
Consistência mole
Istmo:
A face anterior é recoberta pela aponevrose cervical media e pelos músculos infra-hioideus
A face posterior, concava corresponde aos 2º,3º,4º anéis da traqueia, aderindo aso ligamentos interanulares correspondentes
Do bordo inferior Partem as veias tiroideias inferiores (vão da aponevrose tiro-pericárdica até ao tronco braquio-cefálico venoso esquerdo)
60
Lobos:
Apresentam uma face ântero-lateral, medial, posterior, margem póstero-medial, margem anterior, margem lateral, extremidade inferior ou base
e uma extremidade superior ou vértice
Face ântero-lateral, continua a face anterior do istmo. Encontra-se revestida pela aponevrose cervical media e pelos músculos infra-
hioideus
Face medial, continua a face posterior do istmo, aplicada nos 5 ou 6 primeiros anéis da traqueia. Posteriormente corresponde à faringe
e ao esófago
Face posterior relaciona-se com o feixe vasculonervoso do pescoço, com a artéria carótida comum, com a veia jugular interna e com o
nervo vago.
Margem póstero-lateral, mais desenvolvida relaciona-se com a artéria tiroideia inferior, nervo laríngeo recorrente e glândulas
paratiroides
- 3 Tipos:
61
Constituição Anatómica:
- A glândula encontra-se envolvida por uma cápsula fibrosa – adere à glândula e envia para o seu interior septos conjuntivos
Nota: TSH
HORMONA T3
Células foliculares da
adeno-hipófise Vão para o sangue onde
estimulam o metabolismo celular
HORMONA T4
Coloide tiroideu
1. Sistema Endócrino
Órgãos endócrinos anexos à glândula tiroideia
2. Função
Secreção da hormona paratiroideia (PTH) cuja função é a regulação da concentração de cálcio no sangue.
3. Localização
62
Encontram-se na porção posterior do espaço tiroideu, entre a bainha peritiroideia e a glândula tiroideia.
4. Considerações gerais
Número- São 4, 2 superiores e 2 inferiores.
Variações por excesso- podem existir até 8 glândulas resultantes da divisão das glândulas principais.
Variações por defeito- podem levar ao desaparecimento de 1 ou 2 glândulas superiores.
Forma:
- Glândulas paratiroideias superiores: globular
- Glândulas paratiroideias inferiores: ovoide
Coloração- Varia do amarelo ao castanho. Mas é sempre mais escura do que a tiroide.
Consistência- É mais mole e friável (fragmenta-se mais facilmente) do que a tiroide.
63
Peso: 160 mg no adulto
5. Meios de união
a. Continuidade
Continua-se com a tiroide sendo por vezes muito difícil separá-las.
b. Vascularização
o Artérias:
Glândulas superiores- vascularizada pelos ramos terminais da artéria tiroideia inferior e pela anastomose dos ramos posteriores
das artérias tiroideias superiores e inferiores
Glândulas inferiores- vascularizada pela artéria tiroideia inferior ou por um dos seus ramos terminais
o Linfáticos:
Provêm dos ramos tributários dos linfáticos cervicais laterais profundos ou dos linfáticos paratraqueais
c. Inervação – Os nervos acompanham as artérias.
6. Conformação externa
- Cápsula delgada de tecido conjuntivo partem trabéculas para o interior da glândula que se continuam com as fibras reticulares
que sustentam as células secretoras.
7. Conformação interna
Células principais
8. Relações:
Glândulas Superiores- Anteriormente: Porção média da tiroide
Superiormente: Artéria tiroideia superior
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Glândulas Inferiores- Anteriormente: Porção inferior da tiroide
Inferiormente: Artéria tiroideia inferior
Medialmente: Nervo laríngeo recorrente
POSTERIORMENTE- Feixe vásculo- nervoso do pescoço
LATERALMENTE- Feixe vásculo- nervoso do pescoço
MEDIALMENTE- Traqueia e esófago
9. Clínica
Nas tiroidectomias, o cirurgião tem de identificar as glândulas paratiroideias de forma a evitar uma tetania pós-operatória. A tetania
consiste em contrações musculares involuntárias (estas devem-se à diminuição da atividade das glândulas paratiroideias) que podem
levar à paralisia e a dores musculares.
65
Órgãos linfoides
66
Timo
Órgão linfoide primário, embora possa ser considerado como uma glândula endócrina
Localização:
Porção inferior do pescoço
Porção ântero-inferior da caixa torácica.
Anteriormente à traqueia
Posteriormente ao externo
Anteriormente às carótidas comuns, veias braquiocefálicas, cava superior
Entre os pulmões
Meios de união:
Pleuras
Pressão exercida pela cavidade torácica
Artérias do timo proveem das artérias mamárias internas e tiroideias inferiores
Veias tímicas principais drenam para o tronco braquio-cefálico venoso esquerdo
Veias tímicas acessórias drenam para veias mamárias internas e tiroideias inferiores
Os linfáticos do timo drenam nas cadeias, mediastínicas anterior e transversa e mamária interna
Nervos são de origem simpática e seguem os trajetos dos vasos
Construído por 2 lobos do timo, unidos na linha mediana e apresentando 3 faces e 2 extremidades.
Face anterior:
Pele
67
Face Posterior:
Extremidade superior:
Traqueia
- Istmo da glândula tiroide
Carótidas comuns
Pericárdio
Cavidade torácica Extremidade inferior:
Grandes vasos - Pericárdio ao nível da 4ª ou 5ª cartilagem costal
Faces laterais:
Veias braquiocefálicas
Pleura
Pulmões
Cavidade torácica
Nervos frénicos
Evolução e involução:
68
Constituição anatómica:
Cada lobo é constituído por 2 porções: Córtex do timo (periférica) e Medula do timo (central), ambos contem as células mais importantes os linfóci-
tos T em vários estados de evolução.
Córtex do timo:
Medula do timo:
Linfócitos jovens
Microvascularização:
As artérias penetram na cápsula distribuindo-se no córtex do timo e enviando finos ramos para a medula do timo
Os vasos linfáticos aferentes não existem e o timo não constitui um filtro para a linfa, como acontece com os nodos linfáticos
69
Face
70
CAVIDADES NASAIS
ARTÉRIA ESFENOPALATINA
ramo da artéria maxilar
a artéria maxilar entra da fossa esfenopalatina e origina a artéria esfenopalatina que passa pelo forame esfenopalatino
a artéria esfenopalatina entra na cavidade nasal e divide-se em:
ramos nasais posteriores laterais - vascularizam a parede lateral e anastomosam-se com o ramo lateral da artéria etmoidal anterior
ramos septais posteriores - vascularizam a parede medial e continuam descendo pelo septo nasal
estes últimos ramos anastomosam-se com ramos da artéria palatina maior e da artéria labial superior
71
ARTÉRIA ETMOIDAL POSTERIOR
o desce para a cavidade nasal através da lâmina cribriforme e emite ramos para as porções superiores das parede lateral e medial
NERVO OLFACTIVO
depois de passar pelos sulcos olfativos da lâmina horizontal do etmoide
desce pelos forames inervando a porção superior das paredes lateral e medial das cavidades nasais
NERVO OFTÁLMICO
inerva a cavidade nasal a partir das suas ramificações: nervo etmoidal anterior e o nervo etmoidal posterior (têm origem no nervo nasociliar)
o nervo nasociliar é um dos 3 ramos terminais do nervo oftálmico juntamente com o frontal e o lacrimal
72
o alcança as cavidades nasais originando ramos nasais mediais e laterais que inervam a superfície inferior do nariz
o este nervo termina com um ramo nasal externo que inerva a pele ao redor da narina, o nariz e o ápice
NERVO MAXILAR
divide-se em 3 ramos
ramos nasais posteriores súpero-laterais, ramos nasais posteriores ínfero-laterais e ramo nasopalatino
ramos nasais posteriores súpero-laterais: dirigem-se para anterior para inervar a parede lateral da cavidade nasal
ramos nasais posteriores ínfero-laterais: origem no nervo palatino maior e atravessam pequenos forames ósseos para inervar parede lateral
ramo nasopalatino: dirige-se anteriormente descendo na parede medial da cavidade e atravessa canal incisivo - inerva mucosa oral
73
Cavidade Oral
74
Glândulas Salivares
Sistema: digestivo
2. Maiores (dispostas em colar concêntrico à mandíbula + ductos excretores abrem na cav. oral)
- Parótidas
- Submandibulares
- Sublinguais
75
HISTOLOGIA» GLÂNDULAS SALIVARES
Unidade glandular: porção secretora formada por ácinos (recessos em forma de saco), constitu-
ídos p/ células epiteliais glandulares (na sua porção + externa, encontram-se as células mioepi-
teliais, c/ propriedades contrácteis que aceleram a secreção de saliva)
Ductos excretores: INTERCALARES de BOLL (pouco desenvolvidos, epitélio simples cuboide) + IN-
TRALOBULARES (reunião dos intercalares, localizados no interior dos lóbulos, epitélio simples cu-
boide a colunar) + INTERLOBULARES (reunião dos intralobulares, entre lóbulos, epitélio pseudo-
estratificado colunar) + EXCRETOR/PRINCIPAL (reunião dos interlobulares, transportam saliva para
cavidade oral, epitélio estratificado colunar)
76
1. GLÂNDULAS PARÓTIDAS (pares)
Fáscia Parotídea
a) Lâmina superficial = ângulo e ramo da mandíbula + arco zigomático (confunde-se com fáscia mas-
setérica)
• Ligamentos estilo-hioideu e
Ramalhete de estilo-mandibular
RIOLAND • Músculos estilo-glosso,
estilo-faríngeo, estilo-hioideu
•
77
Reveste porção Alcança ramo
Inflete-se para da face POST da mandíbula
ANTERIOR do músculo (une-se à
pterigoideu lâmina
medial superficial)
Lâminas Superficial e Profunda confundem-se
POST ANT
78
Lâminas sup e profunda separadas SUP ao nível do intervalo
entre arco zigomático e base do processo estilóide
(pág. 47 Netter, 6ª E)
Loca Parotídea = Loca Ósteo-Facial
Meios de União
- Prolongamento ÂNT-LAT/ MASSETÉRICO: face lat do músculo masséter (relação c/ ducto parotídeo)
- Prolongamento MEDIAL/ FARÍNGEO: passa ANT ao processo estiloide e Ramalhete de Rioland e alcança faringe (MUITO DESENVOLVIDO)
79
Vascularização (PLATES 24 E 42 DO NETTER, 6ª EDIÇÃO)
- Veia jugular externa (7): veia temporal superficial + veia maxilar
[colaterais = veias occipital e auricular posterior]
- Artéria carótida externa (2): origina artérias auricular POST (e seus
ramos terminais – artéria auricular e artéria occipital) + temporal superficial + maxilar (PLATE 135)
VER PLATE 74 DO NETTER, 6ª EDIÇÃO
- Nodos linfáticos parotídeos extraglandulares superficiais:
Face LAT da glândula
- Nodos linfáticos parotídeos profundos:
Relacionam-se c/ artéria carótida externa e veia jugular interna
Inervação (VER PLATES 46 E 126 DO NETTER, 6ª EDIÇÃO)
- Nervo facial (VII) e os seus ramos terminais (têmporo-facial e cérvico-facial)
- Nervo aurículo-temporal (ramo POST do nervo mandibular, V3)
Coloração e Peso:
Superfície lobulada
Coloração cinzenta amarelada (confunde-se c/ tecido célulo-adiposo)
Peso médio de 25 g
Forma:
80
LAT
a) Relação c/ pele, tecido subcutâneo
b) Lâmina superficial da fáscia cervical
c) Músculos platisma e risórios
d) Ramos superficiais do plexo cervical
3 FACES
(relações POST-MEDIAL
extrínsecas) a) Relação c/ processo mastóide, esternocleidomastoideu e ventre POST do digástrico
b) Relação c/ processo estilóide e Ramalhete de Rioland
ANT-MEDIAL
a) Relação c/ margem POST do ramo da mandíbula
b) Relação c/ músculos pterigoideu medial e masséter
Superior ou Temporal
- Relação c/ cápsula da ATM
- Relação c/ parede INF do meato acústico externo
2 BASES
(relações
extrínsecas)
Inferior ou Cervical
- Relação c/ glândula submandibular (separada desta
pelo septo submandíbulo-parotídeo)
81
Ducto Parotídeo - Sténon (ducto principal)
(constituída por 1 desdobramento da lâmina superficial da fáscia cervical ao nível do osso hióide)
82
Lâmina superficial ou inferior (fixa-se na margem INF da mandíbula)
Meios de União
- Prolongamento ANT (lingueta conoide, achatado transversalmente): passa entre os músculos hioglosso e milo-
hioideu + alcança proximidade da glândula sublingual [pode originar glândula acessória]
- Prolongamento POST: estende-se até à margem POST do músculo pterigoideu medial até alcançar parótida
Vascularização: relação c/ artéria e veia linguais (MEDIALMENTE) + relação c/ artéria facial (contorna extre-
midade POST) + nodos mandibulares
83
PLATES 47, 72, 73 e 74 DO NETTER, 6ª EDIÇÃO
Conformação Externa
MEDIAL
- Tendão do digástrico +
estilo-hioideu
- Vasos linguais e o nervo
hipoglosso (XII)
INF
- Lâmina superficial ou
inferior
- Platisma + tecido célulo-
adiposo + pele
84
EXTREMIDADE ANT
• Músculo milo-hioideu
EXTREMIDADE POST
• Separada da parótida pelo septo submandíbulo-parotídeo
• Contornada pela artéria facial
Abre-se no ápice da
carúncula
sublingual
85
3. GLÂNDULAS SUBLINGUAIS (pares)
Vascularização
- Artéria e veia lingual profunda + linfáticos (INF-MED)
Inervação
- MEDIALMENTE, nervo lingual
Conformação Externa
Forma e Relações: achatada transversalmente e afilada nas extremidades (maior eixo é paralelo ao corpo da mandíbula) 2 FACES, 2 MARGENS, 2
EXTREMIDADES
• LAT: relação direta c/ fóvea • SUP: mucosa bucal (formam • ANT: relação c/ genioglosso
sublingual da mandíbula carúnculas sublinguais) e génio-hioideu
• MED: relação c/ génio- • INF: repousa no espaço • POST: relação c/
hioideu, ducto formado pelo milo-hioideu prolongamento ANT da
submandibular, nervo e génio-hioideu glândula submandibular
lingual, veias linguais
profunda
86
Constituição: massa glandular volumosa (glândula principal) + glândulas acessórias (+
pequenas)
- Cinzento amarelada
87
LÍNGUA
CONFORMAÇÃO EXTERNA
Posteriormente ao V lingual:
sulco terminal da língua e dirige-se paralelamente ao V
forame cego da língua onde se inicia o sulco
a superfície da língua é irregular
corresponde à faringe limitada na linha mediana pela epiglote - prega glosso-epiglótica mediana e 2 pregas glosso-epiglóticas laterais
estas pregas unem a língua à face anterior da epiglote e entre elas existem 2 fóveas glosso-epiglóticas
Anteriormente ao V lingual:
sulco mediano da língua
relacionada com o palato duro
88
FACE INFERIOR DA LINGUA
RELAÇÕES
MARGENS DA LINGUA
RAIZ DA LINGUA
relativamente fixa
larga e espessa
constitui a parede anterior da porção oral da faringe
marcada pelo V lingual e pela tonsila lingual (muitos nodos linfáticos)
89
a raiz da língua corresponde de anterior para posterior a:
músculo milo-hioideu
músculo génio-hioideu
osso hioide
epiglote
ÁPICE DA LINGUA
esqueleto ósteo-fibroso
vários músculos
mucosa de revestimento
APONEVROSE DA LÍNGUA
SEPTO DA LÍNGUA
90
situado entre os 2 músculos genioglosso
a extremidade posterior continua-se com a aponevrose da língua
Faces Laterais - inserção a feixes musculares
Margem Superior - convexa, separada da língua
Margem Inferior - côncava e corresponde a fascículo do músculo genioglosso
Extremidade Anterior - termina ao nível de fascículos musculares próximos do ápice da língua
Extremidade Posterior - insere-se na aponevrose da língua e do hioide
MÚSCULOS DA LÍNGUA - ver livro do professor página 87-90 (anatomia humana dos órgãos)
MUCOSA DA LÍNGUA
envolve a língua com exceção da raiz (reflete para continuar com as mucosas da cavidade oral, faringe e laringe
mais consistência na porção superior da língua
cor geralmente rosa (só muda em cima depois das refeições e em jejum)
a principal característica é a existência de papilas linguais (variáveis quanto ao tamanho e forma)
91
Ramos posteriores dos nervos cervicais
92
- Ramos posteriores dos 5 últimos nervos cervicais
PLEXO CERVICAL
- Alcança região pré-vertebral e forma (ramo ascendente) do ramo ANT do 2º nervo occipital
93
1ª Ansa Cervical OU Ansa do ATLAS
2 RAMOS
Ascendente Descendente
Ao comunicar com
do 4º nervo cervical
94
- Comunica com o PLEXO BRAQUIAL através do ramo comunicante cérvico-braquial
do 5º nervo cervical
Ramos
Superficiais Ramos Ascendentes
PLEXO
CERVICAL Ramos Descendentes
Ramos
Profundos
Ramos Mediais
Ramos Laterais
e temporal
Obliquidade supraesternal
ÂNT-INF
supraclavicular
1) Ramos Ascendentes
a) Nervo do músculo reto lateral da cabeça
2) Ramos Descendentes
96
a) Nervo descendente da ansa cervical
- Trajeto descendente
b) Nervo frénico
- Nível do pescoço:
FRÉNICO DIREITO
NOTA: Ao longo do seu trajeto, o nervo frénico inerva a pleura mediastínica (entre os pulmões, reveste os restantes órgãos do peito) e o pericárdio fibroso.
3) Ramos Mediais
97
a) Nervo do músculo longuíssimo da cabeça
4) Ramos Laterais
Origina ramos colaterais para a cabeça, pescoço, membro superior e mediastino anterior (uma das cavidades torácicas).
Localização: Lateralmente ao feixe vasculonervoso do pescoço e anteriormente à lâmina pré-vertebral da fáscia cervical
Ramos comunicantes
Estendem-se dos três gânglios cervicais aos ramos anteriores dos nervos espinhais cervicais.
Gânglio Cervical Superior - envia ramos aos ramos anteriores dos 4º primeiros nervos cervicais
Gânglio Cervical Médio - envia ramos aos ramos anteriores dos 5º e 6º nervos cervicais
Gânglio Cervical Inferior - envia ramos aos ramos anteriores dos 2º últimos nervos cervicais e ao 1º torácico
Ramos eferentes
98
Gânglio cervical superior
- Ramo posterior:
- Ramo anterior:
Plexo cavernoso
Origina:
- ramos meníngeos
- ramos vasculares
- Origina o ramo do glomo carótido (quimiorrecetor que se encontra na bifurcação da carótida comum)
Um dos ramos origina o nervo cardíaco cervical superior que contribui para a constituição do plexo cardíaco (no centro do qual se
encontra o gânglio cardíaco (Wrisberg)).
1. Ramos tiroideus
Destinam-se à tiroide.
2. Ramos cardíacos
Reúnem-se no nervo cardíaco cervical médio que contribui para a constituição do plexo cardíaco.
100
Gânglio cervical inferior ou Gânglio estrelado
1. Ramos laterais
Destinam-se à artéria subclávia e a todos os seus ramos, formando o plexo subclávio.
3. Ramos mediais
Uns comunicam com o nervo laríngeo recorrente e com o nervo frénico (do plexo cervical) e outros formam o nervo cardíaco cervical
inferior do plexo cardíaco.
A aorta horizontal origina três ramos volumosos que da direita para a esquerda são (como será visto mais à frente na cavidade torácica):
tronco braquio-cefálico que se bifurca na artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita
artéria carótida comum esquerda
artéria subclávia esquerda
Nesta divisão encontra-se uma porção dilatada: seio carótico (regulador da pressão sanguínea nos vasos cerebrais)
o ao nível da bifurcação existe o glomo carótico ligado aos vasos pelo ligamento fibroso (Meyer)
o o glomo carótico é um quimiorrecetor sensível à anoxia
o a sua estimulação produz aumento da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca e dos movimentos respiratórios
101
Relações
o artéria carótida comum esquerda é mais comprida do que a direita
o esta diferença resulta da ausência à esquerda do tronco bráquio-cefálico
o a carótida comum direita dirige-se superiormente na vertical
o a carótida comum esquerda dirige-se com obliquidade súpero-lateral e depois na vertical
o as relações da carótidas comuns são diferentes => a carótida comum esquerda apresenta relações no tórax
- Veia Bráquio-cefálica
Anteriormente
- Esterno
- Traqueia
Posteriormente - Esófago
- Pleura
102
Relações de Ambas as Carótidas Comuns na Porção Cervical
- Esófago e Traqueia
Medialmente
- Nervo Laríngeo Recorrente
A artéria carótida comum + veia jugular interna + nervo vago => envolvidos por bainha fibrosa comum => feixe vasculonervoso do pescoço
Ramos: A artéria carótida comum origina pequenos ramos colaterais que vascularizam:
o glomo carótico
o dois ramos terminais
o artéria carótida externa
o artéria carótida interna
103
Artéria Carótida Externa
o ramo terminal da artéria carótida comum
o estende-se desde a margem superior da cartilagem tiroideia da laringe ao colo da mandíbula
Medialmente - Faringe
- Músculo Esternocleidomastoideu
- Tegumentos
104
No Trígono de Farabeuf origina as artérias:
- Artéria Lingual
- Artéria Facial
- Artéria Occipital
105
Descrição Vascularização
Artéria Esternoclidomas-
Ramos Colaterais
- Esternocleidomastoideu
toidea
- cartilagem epiglótica
- origina-se na porção inicial da carótida ex-
RAMOS COLATERAIS DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA
Ramo Termi-
- alcança a glândula tiróide
nais
Artéria Glandular Lateral *a glandular anterior anastomosa-se com
a artéria homóloga para originar a arté-
Artéria Glandular Posterior ria laríngea inferior
Colate-
Ramos
rais
Artéria Farín- - origina-se no flanco medial da carótida ex-
Artérias Pré-Vertebrais - músculos pré-vertebrais
gea Ascen- terna
dente - situa-se depois entre faringe e carótida in- - penetra na cavidade craniana pelo fo-
Ramo Ter-
(de Theile) terna rame jugular
minal
Artéria Meníngea Posterior
- vasculariza a duramáter nos lobos occi-
pitais
terna
- alcança o corno maior do osso hióide Artéria Dorsal da Língua - raiz da língua
rais
Artéria Lingual
- alcança depois o corno menor e - glândula sublingual,
Artéria Sublingual
- dirige-se para o ápice da língua - pavimento cavidade oral
106
- anastomosa-se com a artéria homóloga Ramo
Termi- Artéria Profunda da Língua - mucosa e músculos do ápice língua
nal
Descrição Vascularização
Ramos Colaterais
dente
Cervicais
Artéria Tonsilar - tonsila palatina
- origina-se na carótida externa
Artéria Pterigoideia - músculo pterigoideu lateral
RAMOS COLATERAIS DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTERNA
Artéria esternocleido-
Colaterais
mastóidea
Artéria Oc- terna
cipital - dirige-se súpero-lateralmente ao longo do di- Artéria Meníngea - meninges da região mastoideia
gástrico
Artéria Occipital Lateral - músculo occipital
rm
Ra
os
Te
m
ai
in
107
- alcança a margem posterior do processo mas-
tóide Artéria Occipital Medial
- termina na região occipital
Ramos Colate-
Artérias Parotidianas - glândula parótida
rais
Artéria Auri- terna - penetra o forame estilomastoideu
cular Poste- Artéria Estilo-Mastoideia - vasculariza ouvido médio e in-
- penetra na glândula parótida e
rior terno
- alcança o processo mastoide do temporal
Ramos Artéria Auricular - orelha
Termi-
nal Artéria Occipital - músculo occipital
Descrição Vascularização
RAMOS TERMINAIS DA ARTÉRIA CARÓTIDA
Ramos Colaterais
Face
- vasculariza músculo masséter
- no interior da glândula parótida
- vasculariza tegumentos da bochecha
EXTERNA
108
Artéria Timpânica An- - atravessa fissura petro-timpânica (Gas-
terior ser)
- origina-se ao nível do colo da mandíbula Artéria Temporal Pro- - vasculariza a porção média e profunda
funda Média do músculo temporal
- passa depois na botoeira retrocondiliana de
Juvara Artéria Temporal Pro- - vasculariza porção anterior e profunda
funda Anterior do músculo temporal
Artéria - cruza a margem inferior do músculo pterigoi-
Maxilar deu lateral (variedade externa) ou entre as duas - alcança o forame da mandíbula
partes deste músculo (variedade profunda) - percorre o canal da mandíbula
- bifurca-se nas artérias:
109
- músculo bucinador / tegumentos boche-
Artéria Bucal
cha
110
- atravessa o forame esfenopalatino
- depois bifurca-se nos ramos lateral e me-
dial
Ramo Terminal
- ramo lateral origina:
Medialmente - Faringe
111
Descrição
- vasculariza porção da mucosa da cavidade timpânica
Artéria Carótico-Timpâ-
nica - anastomosa-se com ramos da artéria estilo-mastoideia e das timpâni-
cas
Ramos Colaterais
RAMOS DA ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA
Artéria Comunicante Pos- - dirige-se posteriormente anastomosando-se com a artéria cerebral pos-
terior terior
* o conjunto vascular da base do encéfalo desenha uma figura geométrica - o círculo arterial do cérebro ou polígono de Willis
112
- penetra no bulbo ocular, na espessura do nervo ótico
- emerge na escavação no nervo ótico
Artéria Central da Retina
- alcança a retina e divide-se em 4 ramos: 2 artérias nasais e 2 tempo-
rais
Ramos Oculares - 10 a 20 e atravessam a esclera por forames à volta do óstio de en-
Artérias Ciliares Posteriores Curtas
(vascularizam o bulbo ocular) trada do nervo ótico
- 2: uma artéria nasal (medial) e uma artéria temporal (lateral)
Artérias Ciliares Posteriores Lon- - perfuram a esclera e a coroideia
gas - alcançam o grande anel da íris onde se anastomosam
RAMOS DA ARTÉRIA OFTÁLMICA
113
- depois de passar o forame supraorbitário
Artéria Palpebral Inferior - vasculariza a pálpebra inferior e a conjuntiva
Artéria Palpebral Superior - vasculariza a pálpebra inferior e a conjuntiva
- alcança o ângulo medial do bulbo ocular e vasculariza a região fron-
Artéria Supratroclear
tal
- alcança o ângulo medial do bulbo ocular e anastomose com a art.
Artéria Dorsal do Nariz
angular
ARTÉRIA SUBCLÁVIA
Origem:
- Aorta horizontal
Trajeto e Relações:
Relacionam-se com o flanco superior da 1ª costela entre os músculos escalenos anterior e médio. Alcançam a face
inferior da clavícula (músculo subclávio) e continuam-se com a artéria axilar.
3 porções: pré-escaléncia (entre a sua origem e os músculos escalenos), interescalénica (entre os músculos esca-
lenos) e pós-escalénica (mais curta e situada lateralmente aos músculos escalenos).
Direita – nervos vago e laríngeo recorrente anteriormente; músculo subclávio anterior, nervo frénico e veia sub-
clávia lateralmente; cúpula pleural e tronco simpático cervical posteriormente; porção anterior da cúpula pleu-
ral inferiormente.
Esquerda – veia braquiocefálica esquerda e nervo frénico anteriormente; C7 e T1 posteriormente; cúpula pleural lateralmente.
Porção interescalénica
114
- Inferiormente: 1ª costela
Porção pós-escalénica
Porção interescalénica –tronco costo-cervical (artérias intercostal suprema e cervical profunda) e artéria escapular posterior.
Artéria vertebral
115
anastomosando-se com a outra artéria vertebral para formar a artéria basilar, que se situa no sulco basilar do occipital e bifurca-se originando as 2 artérias
cerebrais posteriores que contribuem para a formação do círculo arterial do cérebro (Willis).
Artéria basilar
116
Tronco tiro-bicérvico-escapular
Artéria tiroideia inferior
Origina-se lateralmente à artéria vertebral e emite 4 ramos terminais Artéria cervical ascendente
Artéria supraescapular
Artéria tiroideia inferior ⇒ dirige-se para a glândula tiróide
Quando alcança a glândula tiroide origina 3 ramos terminais: artérias glandulares inferior, posterior e profunda.
Artéria cervical ascendente ⇒ alcança as primeiras vértebras cervicais Artérias musculares: músculos pré-vertebrais
Artéria cervical transversa ⇒ vasculariza o músculo trapézio depois de passar anteriormente aos músculos escalenos
Artéria supraescapular ⇒ dirige-se para lateral, anteriormente ao músculo escaleno anterior, atravessa o trígono supraclavicular até à margem superior da
escápula, onde atravessa a incisura escapular e vasculariza os músculos supra e infra-espinhal
117
Artéria torácica interna
Após a sua origem, entra no tórax, é cruzada pelo nervo frénico e relaciona-se com a face posterior do
esterno até alcançar o 6º espaço intercostal, onde origina ramos terminais.
Tronco costo-cervical
Dirige-se para o colo da 1ª costela, originando o tronco das artérias intercostais superiores e a artéria cervical profunda.
Tronco das artérias intercostais superiores ⇒ cruza anteriormente o colo das 2 ou 3 primeiras costelas e origina as primeiras
artérias intercostais posteriores.
Artéria cervical profunda ⇒ dirige-se com obliquidade póstero-superior, passa entre o colo da 1ª costela e o processo trans-
verso de C7, vascularizando os músculos longuíssimo do pescoço e semi-espinhoso da cabeça.
118
Artéria escapular posterior
Cruza a face anterior do músculo escaleno médio, passa inferiormente ao músculo trapézio e alcança o ângulo
superior da escápula, percorrendo toda a sua margem medial e acabando por se anastomosar com a artéria subes-
capular ao nível do ângulo inferior da escápula.
O sangue venoso da porção posterior do pescoço, parte cervical da coluna vertebral e nuca, alcança a veia vertebral que, com a veia cervical profunda,
termina na veia braquiocefálica.
SEIOS DA DURA-MÁTER
► são ductos venosos que se encontram na espessura da dura-máter, sendo a sua parede constituída por 2 túnicas, a externa é formada pela dura-máter
e a interna de natureza endotelial. Têm uma forma prismática ou cilíndrica e são avalvulares (circulação venosa faz-se dos seios com mais pressão para os
que têm menor pressão)
Lacunas laterais: cavidades areolares na espessura da dura-máter que regulam a circulação venosa do encéfalo.
Recebem veias diploicas e meníngeas, especialmente no seio sagital superior, transversos e sigmoideus.
Grupo da calvaria ⇒ conjunto de seios que confluem direta ou indiretamente para simétrico: o
assimétrico:
Lagar de Herófilo (confluência dos seios), situado anteriormente à protuberância seio sagital superior, reto, seio sagital superior termina
occipital externa. transversos e occipitais num dos seios transversos
119
Seio sagital superior: seio ímpar e mediano que ocupa a margem convexa da foice do cérebro
Seio sagital inferior: seio ímpar e mediano que ocupa a metade posterior da margem interior e
livre da foice do cérebro
120
Seio reto: seio ímpar e mediano situado na base da foice do cérebro
Origem: confluência dos seios (Herófilo) porção mediana: em relação com a crista occipital interna, continua-se
com a foice do cérebro
Terminação: forame jugular
Seio transverso: seio par que se estende desde a confluência de Herófilo até alcançar a base da
parte petrosa do temporal, percorrendo o sulco do seio transverso do occipital
121
⇒ importante anastomose com as veias occipitais e da nuca, por intermédio da veia emissária mastoideia
Grupo da base do crânio ⇒ têm como centro os seios cavernosos, onde chegam os aferentes e partem os eferentes
Seios cavernosos: pares, simétricos, volumosos, alongados ântero-posteriormente, situados de cada lado da fossa hipofisária que se estendem da
parte mais larga da fissura orbital superior ao ápice da parte petrosa
Conteúdo:
o no seu interior: artéria carótida interna + plexo simpático e nervo abducente (VI)
⇒ veia oftálmica inferior: situa-se no pavimento da órbita, tem início na porção anterior e medial através de veias com origem na pálpebra inferior e
nas vias lacrimais, dirigindo-se com obliquidade póstero-lateral, passando inferiormente ao bulbo ocular e ao nervo óptico e termina na veia oftálmica
superior
122
As veias oftálmicas anastomosam-se com as veias da face, veias das cavidades nasais e com o plexo pterigoideu, estabelecendo assim uma circu-
lação derivativa, em casos de obliteração das veias oftálmicas.
Seios esfeno-parietais de Breschet: seios pares que se originam no seio sagital superior, dirigem-se até alcançar a margem posterior da pequena asa
do esfenoide, terminando no seio cavernoso
Seio occipital transverso: seio ímpar e mediano, situado no dorso da sela do esfenoide e no clivo do occipital, sendo que estabelece anastomoses
entre os seios cavernosos e a origem dos seios petrosos superior e inferior
Seios petrosos superiores: pares, originam-se no seio cavernoso e terminam no seio sigmoideu depois de percorrer a margem superior da parte petrosa
do temporal
123
Seios petrosos inferiores: pares, originam-se no seio cavernoso, situando-se ao nível da sutura petro-occipital, dirigem-se com obliquidade póstero-
lateral, atravessam verticalmente o forame jugular e terminam no bulbo superior da veia jugular interna
Seios petro-escamosos (English): pares, originam-se no seio cavernoso, atravessam o forame jugular, percorrem a sutura petro-basilar na base do
crânio, dirigem-se com obliquidade póstero-lateral e terminam no seio petroso inferior próximo do bulbo superior da veia
jugular interna
Plexo venoso carótico interno (Rektorzic): origina-se no seio cavernoso, envolve a artéria carótica interna e ao nível do
forame inferior do canal carótico, recebe veias que terminam na veia jugular interna
Recebe: - sangue venoso da cavidade craniana, órbita, de uma porção da face e de grande parte da região anterior do pescoço.
124
Origem: seios da duramáter
No pescoço dirige-se com obliquidade ântero-ínfero-lateral, situando-se primeiro lateralmente à artéria carótida interna e depois lateralmente artéria caró-
tida comum.
Veia Veia
Veia
jugular Bráquio-
subclávia
interna cefálica
Durante o trajeto recebe veias correspondentes aos ramos da artéria carótida externa.
Relações:
125
o Situa-se no forame jugular (na porção posterior) continua com o seio sigmoideu recebe o seio petroso inferior
Encontra-se ântero-lateral à artéria carótida interna e mais inferiormente à artéria carótida comum, relaciona-se no ângulo diedro posterior dos vasos com
o nervo vago.
Na porção superior – está separada da artéria pelo nervo glossofaríngeo (IX) e pelo nervo hipoglosso (XII) e posteriormente relaciona-se com o tronco
simpático cervical.
- Na base do pescoço:
126
Ramos colaterais no pes- Descrição Origem Recebe Termina
coço
Acompanha a ar- Porção superior da glân- Tronco tiro-línguo-
Veia tiroideia superior téria tiroideia su- dula tiroideia faringo-facial
perior (t.t.l.f.f) ou na veia
jugular interna
Veias linguais profundas Linguais profun- Tronco tiro-línguo-
das- veias dorsais faringo-facial
Veias linguais (ápice da língua) da língua e as (t.t.l.f.f)
veias linguais co-
mitativas do nervo
hipoglosso
Acompanha a ar- Tronco tiro-línguo-
Veia faríngea ascen- téria faríngea as- faringo-facial
dente cendentes (t.t.l.f.f) ou na veia
jugular interna
-Veia preparata
(região frontal)
-Veias nasais ex-
Território da artéria ternas
facial -Veia labial supe-
Veia Facial rior
- Veias palatinas -Veia labial inferior
ascendentes -Veias bucais
-Veias massetéri-
- Veias alveolares cas anteriores
(originam-se o -Veias submentais
plexo alveolar) -Veias submandi-
bulares
127
Coluna Vertebral
VEIAS DA COLUNA VERTEBRAL
constituído por 4 veias longitudinais ligadas entre si por plexos venosos transversais
2 veias longitudinais anteriores e 2 veias longitudinais posteriores que se estendem do occipital até ao cóccix
estas veias estão ligadas/anastomosam-se por veias transversais
este plexo encontra-se localizado no interior do canal vertebral
128
o plexo venoso vertebral interno anterior situa-se entre a face posterior dos corpos vertebrais e o ligamento longitudinal posterior
o plexo venoso vertebral interno posterior situa-se anteriormente às lâminas vertebrais e aos ligamentos amarelos
Estes dois plexos: prolongam-se em redor das raízes dos nervos espinhais nos forames intervertebrais através das veias intervertebrais
drenam nos plexos venosos vertebrais externos, nas veias intercostais, lombares e sagradas
Os plexos venosos vertebrais interno e externo: comunicam/anastomosam-se através das veias intervertebrais = plexos venosos intervertebrais
veia intervertebral
129
Todas as veias da coluna vertebral unem-se com as veias intervertebrais para constituir:
NERVOS INTERCOSTAIS
130
2. RAMOS COLATERAIS DOS NERVOS INTERCOSTAIS
131
RAMOS COLATERAIS Inervação
a terminação dos ramos terminais é variável conforme se trate dos 6 primeiros ou dos 6 últimos nervos intercostais
132
a cerca de 1 cm da margem lateral do esterno originam o nervo cutâneo anterior do tórax
este nervo depois de se tornar superficial inerva a pele da região anterior do tórax
Durante o trajeto os 6 últimos nervos intercostais até alcançarem o músculo recto do abdómen inervam:
133
NERVO INTERCOSTAL CARACTERÍSTICAS
5º
- inervam os músculos serrátil posterior superior, músculo transverso do tórax e pele da mama
6º
8º
9º
- inervam uma porção dos músculos oblíquo interno e transverso do abdómen e serrátil posterior inferior
10º
11º
12º - inerva porção do diafragma e o seu nervo cutâneo lateral do abdómen inerva porção da pele da região glútea
134
Pescoço
135
Laringe
136
Laringe
Sistema
Respiratório
Função
Condução de ar até à traqueia, contribui de forma direita para a anatomia da fala
Situação ou Localização
órgão ímpar e mediano que ocupa a porção mediana e anterior do pescoço e projeta-se entre C3 e C6
é superior à traqueia
tem a forma de uma pirâmide estrangulada com base póstero-inferior que corresponde à faringe e ao osso hióide
laringes mais pequenas características de indivíduos com vozes mais agudas e as mais desenvolvidas relaciona-se com vozes mais graves
Limites
137
Meios de Fixação
Continuidade: laringe é mantida em posição pela continuidade com a traqueia e com a parte laríngea da faringe
Mobilidade
Plates 66, 79 e 80 –
órgão móvel nos sentidos vertical, transversal e ântero-posterior
6ªEdição
a mobilidade vertical é controlada muscularmente e ocorre durante a deglutição e o canto
Constituição Anatómica
Cartilagens
1. Cartilagem Tiroideia
cartilagem ímpar e mediana constituída por 2 lâminas de forma quadrilátera: lâmina esquerda e lâmina direita
estas reúnem-se na linha mediana dispostas verticalmente e dirigidas com obliquidade póstero-lateral
Face Anterior
muito convexa apresenta na linha mediana uma saliência angulosa - a proeminência laríngea (maçã de Adão)
lateralmente apresenta a lâmina esquerda e a lâmina direita e cada uma delas apresenta a linha oblíqua
138
na extremidade superior da linha oblíqua está o tubérculo tiroideu superior e na extremidade inferior o tubérculo tiroideu inferior
Face Posterior
o neste ângulo inserem-se de superior para inferior: epiglote, as 2 pregas vestibulares, as 2 pregas vocais e os músculos tiro-aritnoideus
o para cada lado da linha mediana estão as lâminas que correspondem à cavidade laríngea e à parte laríngea da faringe
Margem Superior - na linha mediana está a incisura tiroideia superior onde se insere a membrana tiro-hioideia
Margem Inferior - na linha mediana está a incisura tiroideia inferior e corresponde à cartilagem cricoideia
Margens Posteriores
o inferiormente está o corno inferior apresenta superfície para se articular com a face articular existente na cartilagem cricoideia
2. Cartilagem Cricoideia
cartilagem ímpar, situada na porção inferior da laringe ligação com a 1ª cartilagem da traqueia
constituída por 2 porções: ântero-lateral (arco da cartilagem cricoideia) e uma posterior (lâmina da cartilagem cricoideia)
139
2.1 Arco da Cartilagem Cricoideia (duas faces e duas margens)
Face Ântero-Lateral
convexa e apresenta na linha mediana o tubérculo cricoideu (inserção dos músculos cricotiroideus)
lateralmente apresenta as faces articulares tiroideias para os cornos inferiores da cartilagem tiroideia
Margem Superior - insere-se anteriormente a membrana crico-tiroideia e lateralmente os músculos crico-aritnoideus laterais
2.2. Lâmina da Cartilagem Cricoideia (forma hexagonal e tem duas faces e duas margens)
Face Posterior - apresenta na linha mediana a crista mediana que separa as 2 fóveas onde se inserem os músculos crico-aritnoideus posteriores
Margem Superior - apresenta incisura mediana e de cada lado estão as faces articulares aritnoideias (articulam-se com a bases destas cartilagens)
3. Cartilagens Aritnoideias
são 2 e apresentam a forma de pirâmide triangular: o ápice articula-se com a cartilagem corniculada (Santorini)
140
- apresenta o ângulo anterior, o ângulo póstero-lateral e o ângulo póstero-medial
- do ângulo póstero-lateral (destaca-se o processo muscular - onde se inserem os músculos crico-aritnoideu posterior e lateral)
o apresenta forma de uma raquete que fecha a abertura superior da laringe durante a deglutição
o a extremidade inferior insere-se através de um ligamento fibroso no ângulo reentrante da cartilagem tiroideia
Face Posterior - revestida pela mucosa da faringe e preenchida com numerosos óstios glandulares
Face Anterior - côncava verticalmente e convexa transversalmente
Margens Laterais - convexas e dão inserção às pregas faringo-epiglóticas e às pregas aritno-epiglóticas
Porção Superior
o a mucosa passa da face anterior da epiglote para a língua e condiciona a formação de 3 pregas:
inferiormente à porção superior: a epiglote está separada do osso hióide e membrana tiro-hioideia por tecido célulo-adiposo
5. Cartilagens Corniculadas (Santorini) - em forma de gancho e articulam-se com ápice das cartilagens aritnoideias = tubérculo corniculado
141
2 pequenas cartilagens que se encontram na espessura das pregas aritno-epiglóticas anteriormente
lateralmente às cartilagens aritnoideias e corniculadas condicionando o tubérculo cuneiforme existente nas pregas aritno-epiglóticas
o as sesamoideias anteriores são inconstantes e situam-se na porção anterior dos ligamentos tiro-aritnoideus inferiores
o as sesamoideias posteriores são inconstantes e situam-se lateralmente à extremidade superior das cartilagens aritnoideia
8. Cartilagem Interaritnoideia
Intrínsecos
Extrínsecos
142
Articulações e ligamentos intrínsecos da laringe
Articulações Classificação Superfícies Articulares Meios de união Anatomia funcional
Cápsula articular
+
Facetas articulares tiroideias da cartilagem Ligamentos cricotiroideus
Crico-tiroideias Planas cricoideia (anterior, ínfero-lateral, súpero- Movs Deslizamento (c/
+ medial e posterior) pouca extensão)
Cornos inferiores da cartilagem tiroideia + Movs de báscula
Membrana sinovial
Movs Deslizamento-
aproximam e afastam
as cartilagens
aritnoideias
Movs de rotação
Faceta articular aritnoideia da cartilagem Cápsula articular
lateral- afastam as
Crico-aritnoideias Gínglimos cricoideia (margem superior) +
apófises vocais e
+ Ligamento crico-aritnoideu
abrem a glote
Faceta articular da base da cartilagem +
Movs de rotação
aritnoideia Membrana sinovial
medial- aproximam as
apófises vocais e
fecham a glote
Ápice da cartilagem aritnoideia
Cápsula articular
+
Ari-corniculadas Sínfise +
Base da cartilagem corniculada de
Membrana sinovial
Santorini
Ligamento crico-corniculado
Inferiormente Cartilagem Cricoideia
Membrana fibro-elástica da laringe (A mucosa da laringe é desdobrada por esta membrana em toda a sua extensão)
Apresenta 3 espessamentos:
- Ligamentos tiro-aritnoideus superiores
- Ligamentos tiro-aritnoideus inferiores
- Ligamentos ari-epiglóticos
144
Ligamentos extrínsecos da laringe
Membrana tiro-hioideia
Insere-se:
Membrana hio-epiglótica
145
Ligamentos Descrição Inserção desde Inserção até
Fibro-elásticos cobertos de mucosa
Músculos da laringe
Segundo a função são classificados como:
Músculo crico-
Dilatadores da
aritnoideu
glote
posterior
Músculos
da laringe Músculo crico-
aritnoideu
lateral
146
Descrição Inserções
das pregas vocais
Músculos tensores
Músculos Crico-Tiroideus (2) Obliquidade: Antero- Inferior Sup Corno inferior, margem inferior,
Inf arco da cartilagem cricoideia e tubérculo
Fascículos mediais verticais face post-lat da lâmina da cartilagem
cricoideu
Fascículos laterais horizontais tiroideia
dilatadores
Músculos
da glote
Músculo Crico-aritnoideu Obliquidade: Ântero-inferior Sup Processo muscular da cartilagem Inf Porção póstero-lateral da margem superior do
lateral aritnoideia arco da cartilagem cricoideia
Músculos constritores da glote
Post 2 partes
Parte lateral: margem lateral cartilagem aritnoideia
Algumas fibras inserem-se na margem lateral da
Músculo Tiro-aritnoideu Ocupa as paredes laterais das Ant Porção inferior da cartilagem epiglote e na prega aritno-epiglótica
porções glótica e supraglótica tiroideia Parte medial (ocupam a prega vocal): processo
da laringe. vocal e face ântero-lateral da cartilagem
aritnoideia
Músculos oblíquos
Músculos aritnoideus
(direito e esquerdo) - Ápice da cartilagem aritnoideia
Entrecruzam-se na linha - Processo muscular da outra cartilagem aritnoideia
mediana
147
Vascularização
Artérias
Vasculariza
Ramo colateral da artéria
Cartilagem epiglótica
tiroideia superior Perfura a membrana tiro-
Artéria laríngea superior Músculos da laringe
hioideia
Mucosa do vestíbulo da laringe
Veias
o Têm o mesmo trajeto que as artérias laríngeas.
Veia laríngea superior e veia laríngea inferior terminam na veia tiroideia superior (aferente do tronco tiro-línguo-faringo-facial, aferente da veia
jugular interna)
Veia laríngea posterior termina na veia tiroideia inferior (aferente da veia jugular interna)
148
Linfáticos
o Originam-se no interior da laringe
Rede linfática que se distribui em dois territórios: o território supraglótico (muito desenvolvido) e o território infraglótico (muito fino).
Os troncos linfáticos eferentes seguem os pedículos vasculares sendo três de cada lado:
- Pedículo superior: relaciona-se com o pedículo arterial superior e termina nos grupos nodais linfáticos jugulares internos
- Pedículo póstero-lateral: relaciona-se com o pedículo arterial póstero-lateral e termina nos nodos linfáticos laríngeo-recorrenciais e depois nos
nodos linfáticos jugulares internos.
- Pedículo anterior: relaciona-se com o pedículo arterial anterior e termina nos nodos linfáticos crico-tiroideus e nodos linfáticos pré-traqueais e
depois nos nodos linfáticos jugulares internos.
Clínica: A diferença entre os territórios linfáticos explica a razão pela qual as metástases nodais linfáticas serem precoces nas neoplasias supraglóticas e
tardias nas neoplasias infraglóticas e glóticas.
Nervos
A laringe apresenta inervação simpática e parassimpática.
Inervação parassimpática
- Nervo laríngeo superior e nervo laríngeo recorrente ambos ramos do nervo vago.
1. Classificação
Nervo misto tem raízes motoras e raízes sensitivas
2. Função
Ramo laríngeo interno inerva mucosa do vestíbulo da laringe (depois de perfurar a membrana tiro-hioideia)
Ramo laríngeo externo inerva o músculo crico-tiroideu (depois de perfurar a membrana crico-tiroideia inerva a mucosa da laringe)
3. Origem
Inferiormente ao gânglio inferior do nervo vago
149
4. Trajeto
Origem obliquidade: ântero-inferior relaciona-se com a faringe ao nível do corno maior do hioide alcança a laringe e bifurca-se em
ramo laríngeo interno e ramo laríngeo interno
2. Função
Inerva os músculos da laringe à exceção do músculo crico-tiroideu
3. Origem
4. Trajeto
à esquerda: à direita:
- contorna o arco da aorta - contorna a artéria subclávia
- situa-se entre o esófago e a traqueia - dirige-se com obliquidade súpero-medial
- relaciona-se com o lobo esquerdo da tiroide - passa entre a artéria carótida comum e a artéria
- até alcançar a laringe vertebral
- segue o flanco direito do esófago
- alcança o lobo esquerdo da tiroide
- alcança a laringe
Inervação Simpática
Origina os ramos laríngeos, sendo estes ramos eferentes internos ou viscerais do gânglio cervical superior (pertencentes ao tronco simpático cervical).
150
Conformação externa
Face posterior:
Face dilatada pela existência das cartilagens cricoideia e aritnoideias.
Na porção superior Incisura interaritnoideia ou rímula
Na porção lateral recessos piriformes ou sulcos faringo-laríngeos (superiormente estão limitados pelas pregas faringo-epiglóticas).
Faces ântero-laterais:
Porções anteriores das cartilagens cricoideia e tiroideia unidas pela membrana crico-tiroideia.
Margens:
- Anterior: constituída pela face anterior do arco da cartilagem cricoideia e pelo ângulo saliente da cartilagem tiroideia.
- Posteriores: margens posteriores da lâmina da cartilagem tiroideia.
Ápice:
Ponto de continuidade entre a laringe e a traqueia.
Base:
- Epiglote
Pregas glosso-
-Delimitam entre si
epiglóticas
2 valéculas ou
fóveas glosso- - Inferiormente às valéculas, entre a face anterior da epiglote e a membrana tiro-hioideia:
epiglóticas loca tiro-glosso-epiglótica (cavidade com tecido adiposo)
151
Pregas faringo-
epiglóticas
Tubérculo cuneiforme
Margens laterais da (cartilagem
epiglote cuneiforme de
Wrisberg)
Pregas aritno-
epiglóticas
Tubérculo corniculado
(cartilagem
corniculada de
Santorini)
- Face medial das cartilagens aritnoideias + prega que as une (incisura interaritnoideia ou rímula)
Conformação Interna
Piso
supraglótico
Piso
infraglótico
A cavidade laríngea é revestida por mucosa laríngea que se continua inferiormente com a mucosa traqueal, posteriormente com a mucosa faríngea e anteriormente com
a mucosa lingual.
152
Piso supraglótico ou vestíbulo da laringe
Piso glótico
Limites:
Lateralmente:
superiormente- duas pregas vestibulares
Na linha mediana- a glote (uma fenda), esta é limitada lateralmente pelas pregas vocais
153
Glote
Localização: entre as margens livres das pregas vocais e os processos vocais das cartilagens aritnoideias
Segmento anterior- Parte Intermembranosa ou vocal- relaciona-se com a margem livre das pregas vocais
Segmento posterior- Parte Cartilaginosa- entre os dois processos vocais das cartilagens aritnoideias
Piso infra-glótico
Clínica
- As lesões entre a comunicação do nervo vago com o ramo interno do nervo acessório e o ramo faríngeo, ramo cervical do nervo vago, originam uma
paralisia unilateral e direta da laringe, associada a uma paralisia unilateral da faringe e do palato mole.
- As lesões do nervo vago superiores à origem do nervo laríngeo superior, originam uma paralisia e anestesia unilateral e direta da laringe.
154
ANATOMIA DA FALA
A estrutura músculo-esquelética da laringe sofre modificações aquando da expiração (devido ao controlo
neuromuscular), promovendo-se, assim, a produção de complexos padrões de som.
O controlo central da produção vocal envolve 2 vias: Sistema límbico = compreende a área inferior ao
córtex cerebral, associada ao comportamento
- VIA LÍMBICA» controlo da vocalização inata não-verbal e e às emoções
emocional
Principais estruturas do sistema límbico =
- VIA MOTORA CORTICAL DA LARINGE» regulação do controlo motor hipocampo + amígdala
necessário à produção voluntária de voz (verbal)
Conversão em
Expiração Fluxo de ar vibrações ao
pulmonar contínuo nível da laringe
(FONAÇÃO)
Vibração
Produção de Interrupção da
periódica das
som coluna de ar
pregas vocais
155
O TRATO VOCAL SUPRALARÍNGEO é responsável pela amplificação e modificação do som» produção da FALA (ARTICULAÇÃO)
- Pode ser considerado 1 tubo com cerca de 17 cm estreito ao nível da laringe e mais largo à medida que se prolonga para a
faringe e as cavidades oral e nasal (ressonância).
DIAFRAGMA +
Padrão não- Esforço músculos do
rítmico associado inspiratório muito ABDÓMEN que se
à fala significativo
inserem nas
últimas costelas
Músculos
expiratórios: Contração dos
Auxiliares da músculos
- Porção costal
expiração: expiratórios»
dos intercostais
Músculos da loca internos pressão
ANT do abdómen infraglótica
- Transverso do necessária
tórax
156
Fonação
Alcança-se ponto em
Expiração: que a força muscular
Aumento da pressão
Verdadeiras pregas de adução NÃO
infraglótica
vocais juntas CONSEGUE resistir à
pressão infraglótica
157
Pregas vocais começam a fechar-se + cavidades glóticas tornam-se contínuas = pressão infraglótica DIMINUI
EFEITO DE
BERNOULLI Encerramento da
glote
NÃO HÁ TENSÃO (a passagem de
MUSCULAR ar de uma região (novo aumento
ADUTORA de alta para baixa da pressão
pressão num infraglótica» novo
espaço estreito ciclo)
provoca
diminuição da
Articulação
O trato vocal supralaríngeo engloba um conjunto de cavidades de ressonância seletiva cujo comprimento, forma e volume varia mediante
- Ação muscular da faringe + palato mole (cavidade oral) + língua + região labial
Durante o processo de articulação, a coluna de ar expirado sofre rápidas alterações através do contacto com a faringe, o palato, língua, dentes
e as cavidades nasais.
158
FARINGE
Pertence simultaneamente ao Sistema Digestivo e Respiratório
Conformação externa:
Apresenta um aspeto infundibuliforme, sendo achatada de anterior para posterior e mais larga na porção
média do que nas extremidades.
orofaringe da face ântero-inferior do palato mole até um plano que passa pelo osso hióide
Fáscia perifaríngea: camada de tecido celular que envolve a faringe posterior e lateralmente e que a une aos órgãos vizinhos
Face anterior ⇒ continua-se, de superior para inferior, com as cavidades nasais, com a cavidade oral e a laringe
Face posterior ⇒ corresponde à parte cervical da coluna vertebral e relaciona-se com a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical e com os músculos pré-
vertebrais.
159
Espaço retrofaríngeo: compreendido entre a faringe anteriormente, a lâmina pré-vertebral posteriormente e os septos sagitais de Charpy lateralmente.
Porção cefálica:
medialmente: parede lateral da faringe e septo sagital
Neste espaço encontram-se o processo estilóide e as estruturas que formam o ramalhete de Riolan.
Porção cervical: apresenta relações ao nível do 1/3 inferior da faringe com a artéria
carótida comum, veia jugular interna, nervo vago e lobos da glândula tiróide.
Extremidade superior ⇒ encontra-se fixada à base do crânio.
160
Extremidade inferior ⇒ é o ponto de continuação do esófago, sendo que esta transição ocorre ao nível de um plano que passa por C6 ou C7 e
pela margem inferior da cartilagem cricoideia.
Conformação interna: a superfície interna é revestida em toda a sua extensão pela muscosa faríngea
de aspeto irregular e avermelhada A nasofaringe encontra-se separada da orofaringe apenas
durante a deglutição, por intermédio do palato mole que fica disposto horizontalmente.
Face posterior
Nasofaringe: em relação com a face anterior do arco anterior do atlas, podendo apresentar uma
prega transversal que uno os 2 óstios faríngeos da tuba auditiva de Eustáquio
Faces laterais
óstio faríngeo da tuba auditiva de Eustáquio: triângulo de base inferior que apresenta no seu lábio anterior uma prega denominada prega salpingo-palatina e
no seu lábio posterior a prega salpingo-faríngea, saliência póstero-superior ao óstio é o toro tubário que corresponde à parte fibrocartilaginosa da tuba
Nasofaringe auditiva e inferiormente ao óstio há uma saliência que representa o relevo do músculo levantador do véu palatino e que se denomina toro levantador do véu
palatino
161
Face anterior
Nasofaringe: aberturas posteriores das cavidades nasais ou cóanos, margem posterior do septo nasal e extremidades posteriores das
conchas nasais inferior e média
Orofaringe: face póstero-superior do palato mole, úvula, arco palato-faríngeo, fossa tonsilar ocupada pela tonsila palatina e istmo
nasofaríngeo ocupado pela língua
Laringo-faringe: face posterior da laringe, epiglote, pregas glosso-epiglóticas mediana e laterais, pregas aritno-epiglóticas, abertura superior
da faringe e recesso piriforme ou sulco faringo-laríngeo
Face superior ou Fórnice da faringe → apresenta-se disposta segundo um plano com obliquidade póstero-inferior, está relacionada com a
parte basilar do occipital e com o corpo do esfenóide, sendo que se continua com a abóbada das cavidades nasais. Apresenta estruturas
como a prega salpingo-faríngea que se estende do septo das cavidades nasais até ao óstio faríngeo da tuba auditiva, a bolsa faríngea de
Luschka (invaginação mais ou menos profunda), a tonsila faríngea que é alongada ântero-posteriormente e a hipófise faríngea que se
encontra desenvolvida na espessura da mucosa.
Extremidade inferior → abertura elítica que dá seguimento ao esófago, podendo apresentar uma constrição na zona que separa os dois
órgãos.
Túnica mucosa: reveste a superfície interna da faringe, continuando-se com a muscosa das cavidades
nasais, da tuba auditiva, da cavidade oral, da laringe e do esófago.
162
Extremidade inferior ⇒ continua-se com a túnica submucosa do esófago
Margens anteriores ⇒ insere-se de superior para inferior: na margem posterior da lâmina medial do processo pterigoide, no ligamento
ptérigo-mandibular, na porção posterior da linha milo-hioideia, no ligamento estilo-hioideu, nos cornos maiores e menores do osso hioide, nos
ligamentos tiro-hioideus laterias e nas margens posteriores das cartilagens tiroideia e cricoideia.
Constritores:
163
Músculo constritor médio da faringe - forma triangular e insere-se por intermédio de 2
partes:
Músculo constritor inferior da faringe - forma trapezoidal e insere-se por intermédio de 2 partes:
Levantadores:
Músculo petro-faríngeo (inconstante) – insere-se superiormente na parte petrosa do temporal e ântero-lateralmente ao canal carótico, sendo
que os seus fascículos se fundem com os do músculo constritor médio da faringe
Músculo estilofaríngeo - insere-se na margem medial da base do processo estiloide e dirige-se inferiormente passando entre os músculos
constritores superior e médio da faringe
164
É levantador da faringe e laringe e dilatador das porções média e inferior da faringe
Fáscia perifaríngea: reveste externamente os músculos constritores da faringe, sendo muito resistente e confundindo-se com a fáscia
faringo-basilar superiormente ao músculo constritor superior da faringe.
é constituído pelas tonsilas palatinas, faríngea, lingual e tubárias de Gerlach que são órgãos linfoides secundário subepiteliais que
produzem linfócitos.
Tonsilas palatinas: ocupam a fossa tonsilar, situada entre os arcos palato-glosso (prega anterior) e palato-faríngeo (prega posterior)
face lateral → cápsula de tecido conjuntivo, originando trabéculas que condicionam lóbulos preenchidos de tecido linfoide
face medial → epitélio estratificado plano, onde se abrem as criptas envolvidas pelos nódulos linfáticos
Tonsila faríngea: ocupa a região mediana do fórnice da faringe, alcançando o seu maior desenvolvimento na infância e começa a involuir
a partir dos 15 anos de idade
É constituída por pregas que irradiam para anterior em leque, a partir de um ponto comum, e originam
sulcos entre si, sendo formada por parênquima (nódulos linfáticos) e epitélio pseudo-estratificado com
células ciliadas e caliciformes.
Tonsila lingual: situa-se na raiz da língua e está coberta por epitélio estratificado que forma uma
invaginação profunda, condicionando as criptas, entre as quais se encontram os nódulos linfáticos
Tonsilas tubárias de Gerlach: situam-se ao nível dos óstios faríngeos das tubas auditivas de Eustáquio,
apresentando criptas
165
Vascularização e inervação da faringe
ARTÉRIAS
artéria faríngea ascendente (ramo da artéria carótida externa): dá ramos para as paredes laterais e posterior da parte superior da faringe
artéria palatina ascendente (ramo da artéria facial – ramo colateral da carótida externa): dá um ramo constante para a região tonsilar, que termina na
parte externa do palato mole e na parede lateral da faringe
artéria palatina descendente (ramo descendente da artéria maxilar – ramo terminal da carótida externa): destina-se ao palato mole e palato duro,
sendo que atravessa o canal palatino maior
artéria dorsal da língua (ramo da artéria lingual – ramo colateral da carótida externa): dá alguns ramos para o arco palato-glosso do palato mole
artérias esfeno-palatina (ramo terminal da artéria lingual) e do canal pterigoideu (ramo colateral da artéria lingual): destinam-se à abóbada da faringe
artéria tiroideia superior (ramo da artéria carótida externa): fornece um ramo faríngeo para a parte inferior da faringe.
VEIAS
plexo submucoso da face dorsal do palato mole: drenam nas veias das cavidades nasais e, por intermédio destas, no plexo pterigoideu
plexo periférico ou perifaríngeo: rede venosa que drena, por troncos coletores laterais, nas veias jugulares internas.
LINFÁTICOS
Alguns coletores das redes linfáticas da nasofaringe e da face superior do palato mole drenam nos gânglios retrofaríngeos, outros drenam nos gânglios da
cadeia jugular interna. Os coletores linfáticos da orofaringe e laringo-faringe, da face inferior e dos arcos do palato mole drenam para os gânglios da
cadeia jugular interna. Os linfáticos da tonsila palatina drenam apenas para os gânglios jugulo-digástricos desta cadeia.
166
NERVOS
do palato mole – procedem dos nervos palatinos maior e menor (ramos do nervo maxilar V2)
da tonsila e dos arcos do véu palatino – ramos tonsilares do nervo glossofaríngeo (IX)
sensitivos
das paredes laterais e posterior da faringe – provêm do plexo faríngeo (comunicações na parede lateral da faringe, dos
ramos faríngeos do nervo glossofaríngeo, do nervo vago e do tronco simpático)
todos os outros músculos do palato mole e da faringe – inervados pelo nervo vago e pelo plexo faríngeo
músculos levantadores do palato mole e da úvula – recebem a sua inervação motora do nervo vago ou do nervo
motores acessório através de seu ramo medial que se une ao nervo vago
músculo constritor inferior da faringe – recebe algumas fibras do nervo laríngeo recorrente
167
Pescoço +
cavidade torácica
168
Esófago
O que é:
Plates 266-248 –
Órgão musculomembranoso pertencente ao sistema digestivo. 7ªEdição
Função:
Transportar os alimentos desde a faringe até ao estomago, ou seja, faz a comunicação destas 2 estruturas
Localização:
Inicialmente encontra-se na região infra-hioideia, na porção ainda extratorácica, inferiormente à cartilagem cricoideia.
Penetrando no tórax passa a localizar-se na porção mais posterior do mediastino superior (sendo este o espaço limitado inferiormente por um plano
que passa na articulação manúbrio esternal ou angulo de Lewis e superiormente pelos limites superiores do tórax) e à medida que percorre o seu
percurso passa a localizar-se no mediastino inferior também na sua porção mais posterior, sendo esta porção do mediastino limitada anteriormente
pelo coração, superiormente pelo angulo de Lewis e posteriormente pela coluna vertebral e outras estruturas como o próprio esófago, os nervos
vagos, veia ázigos, entre outros.
Passa ao nível do hiato esofágico do diafragma, ou seja, na zona de transição da cavidade torácica para a cavidade abdominal.
Percorre ainda um trajeto ao entrar na cavidade abdominal até se continuar com o estômago por um orifício de terminação a cárdia, ao nível de
um plano que passa pela 10ª ou 11ª vertebras torácicas.
Meios de união:
- O esófago está mantido pela continuidade com a faringe, superiormente e com o estômago, inferiormente.
- Está ligado ao fígado e ao diafragma através de pregas peritoneais
Bronco-esofágico: Pleuro-esofágico:
FACE MEDIASTINAL DA
FACE ANTERIOR FACE POST FACE ANTERIOR LÂMNA PARIETAL DA
DO ESÓFAGO BRNQUIO ESQ DO ESÓFAGO PLEURA
169
Aorto-esofágico: Traqueo-esofágico:
Em toda a extensão o esófago está unido aos órgãos vizinhos por fibras conjuntivas que vão se destacam da sua face externa ligando-o à Ár-
vore tráquio-brônquica
Ligamento frénico-esofágico superior e inferior, dependências da fáscia subdiafragmática, também podem ajudar na fixação deste órgão em-
bora a sua maior função seja impedir que o esfíncter esofágico seja submetido à pressão esofágica
Para um melhor entendimento da vascularização, inervação e drenagem linfática do esófago é importante dividi-lo em 4 porções, que serão pos-
teriormente abordadas com mais detalhe:
Cervical: entre os planos que superiormente passam pela cartilagem cricoideia e inferiormente pela incisura jugular do esterno
Torácica: estende-se desde o limite inferior da porção cervical até ao hiato esofágico
Artérias esofágicas médias: (ramos diretos da aorta descendente, das bronquiais ou intercostais)
Vascularizam a
Ramos esofágicos das artérias brônquicas esquerdas e direita (Artérias brônquicas esquerdas: para o porção torácica
lado esquerdo há 2 artérias que nascem da face posterior da aorta. Artéria brônquica direita: há uma do esófago
só artéria para o lado direito que nasce da 3ª ou 5ª artéria intercostal, ramo da aorta torácica)
170
As artérias esofágicas inferiores:
Ramo esofágico da artéria gástrica esquerda (provem do tronco celíaco ramo anterior da porção
Vascularizam a
abdominal da artéria aorta
porção abdominal
do esófago
Ramo esofágico da artéria frénica inferior (ramo da aorta abdominal)
As veias do esófago anastomosadas entre si na mucosa e nas superfícies exterior do esófago, estabelecem uma importante anastomose porto-cava
A veia tiroideia inferior direita e esquerda drenam na respetiva braquiocefálica que drena na Veia cava Drenam a porção
cervical do esófago
superior
As veias do plexo esofágico drenam na veia intercostal esquerda e direita drena na braquiocefálica
Drenam a porção torácica
esquerda e na veia ázigos respetivamente (perto da anastomose desta com a cava superior) Veia do esófago
cava superior / e drenam ainda na veia ázigos que drena na Veia cava superior
A veia gástrica inferior esquerda e direita fazem a drenagem venosa de todas as veias que se situam na por- Drenam a porção
ção abdominal do esófago, drenando estas na Veia porta que por sua vez drena na Veia cava inferior abdominal do esófago
Plexo esofágico anterior Ramos do plexo simpático, grande nervo simpático torácico e plexo aórtico torácico
Anteriormente Inervam a porção torácica do
esófago
Plexo esofágico posterior + Nervo vago direito Posteriormente
171
Tronco do vago anterior e posterior continuação do plexo esofágico e recebe fibras do tronco Inervam a porção
simpático abdominal do esófago
O esófago possui uma rede linfática submucosa, na continuidade da faringe e uma rede muscular, que recebem a linfa de toda a espessura do ór-
gão.
Os linfáticos da parte cervical do esófago drenam para Cadeia jugular interna e recorrêncial
Os linfáticos da parte torácica do esófago drenam para Gânglios pré-esofágicos, mediastínicos posteriores e ducto torácico
Os linfáticos da parte abdominal do esófago drenam para Gânglios do cárdia e da pequena curvatura do estômago (ca-
deia coronária estomática)
Direção:
Em toda a sua extensão se relaciona com a coluna vertebral afastando-se dela ao nível de T4.
Apresenta 2 curvaturas no sentido transversal: curvatura superior (concavidade direita), curvatura inferior (concavidade esquerda)
Forma e calibre:
Distendido: Apresenta constrições (devido à relação do esófago com outros órgãos) e entre estas, segmentos.
Constrição cricoideia:
Resulta das relações da aorta e do brônquio esquerdo com a face esquerda do esófago.
Conformação interna:
Mucosa esta formada por pregas longitudinais que atenuam ou desaparecem com a passagem de alimentos.
Anteriormente: Lateralmente:
Traqueia Em toda a sua extensão apresenta relações idênticas
com o feixe vasculonervoso do pescoço (Carótida co-
Lobos da tiroide mum, Nervo vago, Veia jugular interna)
Nervo laríngeo recorrente esquerdo
À direita:
Nodos linfáticos laríngeo-recorrenciais
Lobo direito da glândula tiroide
Artéria tiroideia inferior Nervo laríngeo recorrente direito
Parte torácica do esófago: ocupa inicialmente a porção posterior do mediastino superior e o mediastino inferior numa zona mais avançada do seu
percurso
Lateralmente:
Anteriormente:
À direita:
Superiormente à bifurcação da traqueia:
Pleura mediastínica direita
Traqueia
Pulmão direito
Na bifurcação da traqueia:
A pleura mediastínica direita relaciona-se
Com esta
com o esófago e com a veia ázigos formando
Com o brônquio esquerdo entre estes um recesso inter-aórtico-esofágico
Posteriormente:
Nodos linfáticos traqueobrônquicos Pleura mediastínica esquerda
Coluna
Corno
vertebral
do pericárdio (Haller) Pulmão esquerdo
174
Nota:
Na porção superior encontra-se relacionado com os nervos vagos que se encontram, o esquerdo e o direito,
de cada lado deste na porção superior do tórax, enquanto na porção mais inferior o vago esquerdo continua
relacionando-se anteriormente com o esófago e o direito continua para posterior, relacionando-se posterior-
mente com este órgão.
O esófago está fixo ao hiato esofágico do diafragma pela membrana esófago-diafragmática (Treitz e Leimer)
O esófago não adere ao hiato estando ligado a este pelos ligamentos frénico-esofágico superior e inferior
A partir do diafragma lançam-se fascículos musculares, uns que se fixam no ligamento frénico-esofágico superior (músculo de Juvara) e outros que
se fixam no ligamento frénico-esofágico inferior (músculo de Rouguet)
Anteriormente: Posteriormente:
Face posterior do fígado Nervo vago direito
Nervo vago esquerdo Aorta abdominal
Tronco vago comum (Delmas e Laux) Resulta das anastomoses do vago Pilar principal esquerdo do diafragma
esquerdo com o direito
À direita:
À esquerda:
Lobo caudado do (Spirgel) do fígado
Fundo gástrico do estômago
175
Constituição anatómica:
O esófago é constituído por 4 túnicas sendo estas da superfície para a profundidade: Serosa, muscular, submucosa e mucosa
Túnica serosa:
A parte cervical e torácica não tem revestimento seroso (um dos motivos pelos quais o cancro do esófago tem muito mau prognós-
tico, sendo o outro motivo a grande drenagem linfática da via esó-figada Armando-Ferreira)
Túnica muscular:
As fibras longitudinais nascem da placa posterior da cartilagem cricoideia por intermédio do tendão crico-esofágico (Gile-
tte) Origina fibras que se dividem em 2 fitas laterais anteriores, fibras medias laterais e fibras posteriores. Há ainda umas
fibras longitudinais que se destacam da cartilagem cricoideia e se inserem na fáscia faringo-basilar
As fibras circulares Dispõem-se em anéis horizontais que se continuam com fibras dos músculos constritor inferior da faringe
e do estômago
Tela submucosa:
Túnica mucosa:
Coloração esbranquiçada
176
Cavidade Torácica
177
Mediastino
Pode apresentar 2 divisões diferentes, em mediastino superior e inferior sendo este último dividido em anterior medio e inferior ou pode ser apenas
dividido em anterior e posterior
Limites:
Inferior: diafragma
Mediastino anterior:
Estreito
Ocupada superiormente pelo timo e inferiormente pelo pericárdio
Traqueia
Brônquios
Esófago torácico
Aorta torácica
Ducto torácico
178
Nervos vagos
179
Traqueia
Plates 208 e 209 – 7ª Edição
Sistema
- Sistema respiratório
Função
- Condução do ar até os brônquios
Localização
-Estende-se de C6 a T4
Meios de união
- As artérias da traqueia proveem das tiroideias, mamárias internas, brônquicas e tiroideia inferior de Neubauer.
VASOS
- As veias da traqueia drenam para as veias tiroideias e veias esofágicas NERVOS E
LINFÁTCIOS
- Os vasos linfáticos organizados nas redes mucosa e submucosa drenam para a cadeia recorrêncial (superiormente) e
para os gânglios linfáticos pré-tráquio-brônquicos (inferiormente)
- Os nervos da traqueia proveem dos nervos pneumogástricos, gânglios cervicais e 1ºs gânglios torácicos do tronco simpático (inervação vegetativa)
- A pressão exercida pelas estruturas que se encontram na periferia da traqueia faz com que esta permaneça no local PRESSÃO
indicado anteriormente, sendo, portanto, um importante meio de união
Direção
Obliquidade póstero-inferior
180
Dimensões
Forma
Saliências transversais sobrepostas, resultantes dos anéis cartilaginosos (que constituem a traqueia) – separadas pelas depressões interanelares
Uma no 1/3 superior do canal, produzida pelo lobo esquerdo da glândula tiroideia
IMPRESSÃO TIROIDEIA
Configuração interior
Apresenta os orifícios dos brônquios principais separados pela carina traqueal ou esporão traqueal
Pode ser formada apenas pelas partes moles da traqueia, mas possui muito frequentemente um esqueleto cartilaginoso que depende do último anel
da traqueia
Constituição da traqueia
181
Túnica exterior fibro-musculo-cartilaginosa:
Constituída por uma bainha fibro-elástica, que contem na sua espessura as cartilagens e por uma camada de fibras musculares (ocupam a parte
posterior da traqueia)
Cartilagens traqueais:
A configuração não é uniforme: a altura varia entre os diferentes anéis e entre cada porção na mesma cartilagem. Os anéis nem sempre são paralelos
podendo estar unidos aos anéis vizinhos por prolongamentos de cartilagem.
O último prolonga-se inferiormente, sobre a linha media, formando a carina ou esporão traqueal
Parede membranosa:
A membrana fibro-elástica da traqueia envolve as cartilagens e preenche os intervalos entre elas através dos: Ligamentos interanulares + Ligamentos
traqueais
Situa-se na face posterior e esta entre os anéis e os ligamentos interanulares formando Lâmina transversa
Músculo traqueal:
À frente da lâmina transversa, há uma lâmina contínua de fibras musculares lisas, com direção transversal que formam Músculo traqueal
Revestida, apenas no espaço entre os anéis cartilaginosos por uma camada de tecido célulo-adiposo
Parede posterior apresenta pregas ou dobras longitudinais -formadas por agrupamentos de fibras elásticas (importantes no processo de inspiração e
expiração quando há contração longitudinal da traqueia)
182
Relações
No pescoço:
Anteriormente: Lateralmente:
Istmo da glândula tiroideia Lobos da glândula tiroideia
Pele
Posteriormente:
Como consequência do desvio do esófago para a esquerda o nervo laríngeo recorrente esquerdo ascende pela face anterior do esófago onde este não está
coberto pela traqueia. O nervo laríngeo recorrente direito situa-se entre o bordo direito do esófago e bordo direito da traqueia
183
No tórax:
- Face anterior:
A bifurcação traqueal relaciona-se com a bifurcação da artéria pulmonar e com a artéria pulmonar direita
À frente da bifurcação da artéria pulmonar, sobre a crossa da aorta, que cruza a porção esquerda traqueia, escavando a impressão aórtica
O tronco braquio-cefálico e a artéria carótida primitiva são cruzadas anteriormente pelo tronco venoso braquio-cefálico esquerdo
Face posterior:
Está aplicada sobre o esófago, sendo ambos envolvidos por tecido conjuntivo e feixes musculares.
Faces laterais:
BRÔNQUIOS
Sistema: respiratório
Brônquios
Porção Porção
Extrapulmonar Intrapulmonar
Brônquios Lobares
Brônquios Principais (origem nos principais)
»
Brônquios Segmentares
185
Localização: mediastino posterior (entre face POST do pericárdio fibroso e a coluna vertebral)
Brônquios Principais
Meios de União
Plate 204 e 206 – 6ª Edição
Continuidade:
Vascularização
- Artérias do segmento extrapulmonar dos brônquios principais originam-se a partir dos ramos brônquicos da
AORTA TORÁCICA DESCENDENTE
- Veias drenam nas VEIAS BRÔNQUICAS (que drenam na ázigos, à direita, e na hemi-ázigos acessória, à
esquerda)
Conformação Externa
a) Forma e Dimensões
186
Constituição Anatómica
Raiz do pulmão:
- Artérias e veias
Relações com os pulmonares
Comuns elementos da raiz - Artérias e veias
RELAÇÕES do pulmão brônquicas
(que os brônquios - Vasos e nodos linfáticos
estabelecem com
- Nervos pulmonares
outras estruturas) Inerentes a cada
Particulares um dos brônquios
principais
COMUNS
a) Artérias pulmonares (ramos terminais do tronco pulmonar): ANT aos brônquios principais
b) Veias pulmonares (2 para cada pulmão): ANT aos brônquios principais, MAS POST às artérias pulmonares
PARTICULARES
188
BRÔNQUIO PRINCIPAL DIREITO
»
3 BRÔNQUIOS LOBARES (cada um condiciona 1 lobo do pulmão com o mesmo nome)
»
BRÔNQUIOS SEGMENTARES (cada um condiciona 1 segmento do pulmão com o mesmo nome)
Brônquio lobar
Segmentar POST (BII)
SUP
Brônquio lobar
Segmentar Basal ANT (BVIII)
INF
189
BRÔNQUIO PRINCIPAL ESQUERDO» 2 BRÔNQUIOS LOBARES
Brônquio Segmentar
Ápico-POST (BI + II)
Tronco Superior ou
Culminal
Brônquio Segmentar
Anterior (BIII)
Lobar Superior
Segmentar Basal
ANT-MEDIAL (B VII +
VIII)
Lobar Inferior
Segmentar Basal
LAT (BIX)
Segmentar Basal
POST (BX)
190
Relações dos Brônquios (imagens do MOORE)
191
PULMÕES
fazem parte do Sistema Respiratório
CONSIDERAÇÕES GERAIS
O volume do pulmão direito é superior ao do pulmão esquerdo, devido à presença do coração, mas ambos apresentam variações de volume que
dependem da capacidade do tórax e do estado de inspiração ou expiração.
Capacidade: 3,5L após inspiração normal e 5L quando é forçada (estes valores incluem a reserva respiratória e o ar residual = 1,5L)
O tecido pulmonar é altamente elástico, para que o pulmão possa recuperar seu volume inicial e cedem à mínima pressão. (crepitação – ruído atribuído
à rutura dos alvéolos pulmonares quando se pressiona fortemente)
Configuração Externa
Cada pulmão está recoberto por uma serosa, denominada pleura, através da qual se relacionam com a parede torácica e os órgãos do mediastino.
forma → semicone convexo lateralmente
192
Face costal
é convexa em toda a sua extensão, correspondendo à face medial das costelas e aos espaços intercostais e encontra-se separada das costelas pela
pleura parietal, apresentando na sua porção superior as impressões costais que são sulcos transversais
pulmão pulmão
direito esquerdo
Face mediastínica
relaciona-se com o mediastino e apresenta o hilo do pulmão (ponto de entrada e saída de rodos os vasos, nervos e brônquios) na união do ¼ posterior
com os ¾ anteriores entre o ápice e a margem inferior da face
brônquio principal
artérias e veias
pulmonares
artérias e veias
brônquicas
linfáticos
nervos pulmonares
193
ANT: artéria pulmonar, veia pulmonar superior, nodos linfáticos
e nervos pulmonares
em relação ao brônquio principal:
POST: nervos pulmonares, artérias e veias brônquicas
INF: veia pulmonar inferior
à esquerda:
aorta torácica e
ducto torácico árvore traque-
porção retro-hilar:
porção pré-hilar: brônquica, coração,
porção da face
mediastínica posterior ao
porção da face mediastínica pericárdio, grandes
hilo do pulmão à direita: anterior ao hilo do pulmão vasos e nervos vago e
frénico
esófago e veia
ázigo
Face diafragmática
relaciona-se com o diafragma, que separa os pulmões dos órgãos abdominais (face superior dos lobos direito e esquerdo do fígado, fundo gástrico e
baço)
Ápice: porção do pulmão que se encontra externamente à cavidade torácica e que se relaciona lateralmente com a 1ª costela e medialmente com a
artéria subclávia e com o gânglio simpático cervical inferior
Margem anterior
pulmão direito: curva de convexidade medial
pulmão esquerdo: curva de convexidade medial superiormente e inferiormente apresenta a incisura cardíaca
condicionados pelos
lobos brônquios lobares e
limitados pelas fissuras
interlobares
segmento apical
segmento ápico-
posterior
lobo superior segmento posterior cúlmen
segmento anterior
segmento anterior lobo superior
segmento lingular
superior
segmento medial língula
segmento lingular
lobo médio
segmento superior inferior
segmento lateral
de Nelson
segmento basal
anterior
lobo ázigo (Wrisberg) – condicionado pelo arco da veia ázigo, no lobo superior do pulmão direito
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
brônquios brônquios
brônquios
segmentares supralobares
intrapulmonares
unidade anátomo-fisiológica
lóbulos pulmonares do pulmão
seguem-se aos brônquios
segmentares
brônquio
bronquíolos
intralobular
vasos e nervos
pulmonares
Origem: a partir de capilares peri-alveolares e também recebem veias das últimas ramificações brônquicas e da
pleura visceral. Essas vénulas juntam-se para formar ramos cada vez mais volumosos, formando os troncos venosos
pulmonares que atingem o hilo pulmonar.
direita:
relação c/ a veia cava
superior
veia pulmonar veia pulmonar situadas anteriormente às
superior superior artérias pulmonares
esquerda:
relaciona-se com a artéria
pulmonar esquerda
veia pulmonar situadas posteriormente
inferior aos brônquios
veia pulmonar relaciona-se com a face
inferior posterior dos átrios
197
Pleuras
1. O que são?
2. Função
3. Descrição geral
Existem duas pleuras, uma para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo, sendo que são completamente independentes.
- Lâmina visceral ou pleura visceral: reveste o pulmão e insinua-se através das fissuras interlobares
- As duas lâminas da pleura continuam-se uma com a outra na face mediastinal do pulmão, ao nível do hilo pulmonar e inferiormente a este
constituindo as linhas de reflexão da pleura
- As duas lâminas da pleura estão aplicadas uma contra a outra, delimitando a cavidade pleural que contém o líquido pleural.
- Reveste toda a superfície externa do pulmão (exceto o hilo do pulmão e a margem lateral do ligamento pulmonar).
198
Lâmina parietal da pleura
Cúpula da pleura
Bifurcação
Feixe lateral pleura e margem medial 1ª
em Y
Margem medial e face superior costela
Ligamento costo-pleural
da 1ª costela
Porção ântero-lateral da cúpula
Feixe medial
da pleura
Parte diafragmática
- Reveste toda a porção do diafragma que se relaciona com a face diafragmática do pulmão.
Parte mediastinal
Comporta-se diferentemente superiormente à raiz do pulmão, ao nível da raiz do pulmão e inferiormente à raiz do pulmão.
199
Parte mediastinal da lâmina parietal ao nível da raiz do pulmão
Reflete-se de
Ao chegar à porção posterior Face anterior da
medial para
da raiz do pulmão raiz do pulmão
lateral
Seguindo a parte
mediastínica de
anterior - posterior
reflete-se de Extremidade Lâmina
medial para
lateral lateral da raiz do visceral da
pulmão pleura
Continua-se com a lâmina
Reveste a face posterior da na
porção
visceral que se relaciona
raiz do pulmão lateral da
raiz do
pulmão com a parte mediastínica
200
Parte costal da lâmina parietal
- Reveste a face posterior do esterno, as faces mediais das costelas e dos espaços intercostais até às articulações costo-vertebrais.
Na porção inferior do tórax encontra-se dois recessos, existentes entre a aorta torácica e o esófago, os recessos aorto-esofágicos, que estão unidos pelo
ligamento interpleural (Morosow).
Continua-se Forma-se
Recesso costo-diafragmático (é um sulco que se estende desde o
Com a cúpula da pleura e com a parte diafragmática processo xifoide à coluna vertebral).
201
Anatomia Geral da circulação
No homem encontram-se 3 tipos de circulação:
Fetal/placentária: Do final da 8ª semana de vida até ao nascimento em que a nutrição do feto é realizada pela mãe.
Circulação fetal:
Uma pequena porção atravessa o fígado pela veia porta, mas a maior parte atravessa pelo ducto venoso hepático, terminando ambos na veia
cava inferior (contem sangue arterial no feto)
À medida que vai à gestação progride a quantidade de sangue que vai passar pela veia porta aumenta e consequentemente diminui a que vai
passar no ducto venoso hepático, levando a que o fígado passe a filtrar quase todo o sangue arterial.
O sangue que chega da veia cava superior (arterial), chega ao átrio direito, onde se mistura com o sangue (venoso) proveniente da veia cava
inferior. A mistura é incompleta devido à válvula de Eustáquio (veia cava inferior)
O sangue arterial não tendo a necessidade de ser oxigenado passa diretamente para o átrio esquerdo através do forame oval (Botal)
O átrio esquerdo tem um predomínio de sangue arterial enquanto nas cavidades cardíacas direitas predomina o sangue venoso.
Para realizar a nutrição do parênquima pulmonar apenas uma pequena quantidade do sangue predominantemente venoso que chega ao ventrí-
culo direito ao passar o tronco pulmonar chega aos pulmões, sendo na sua maioria desviado para o arco da aorta pelo ducto arterial
Mistura-se, no arco da aorta, com sangue proveniente do átrio direito, originando sangue parcialmente venoso que vai vascularizar os órgãos di-
gestivos, urinários, genitais e dos membros inferiores através de ramos terminais e colaterais da aorta abdominal.
Por sua vez o sangue conflui para as artérias umbilicais (ramos das ilíacas) a fim de alcançar a placenta onde é arterializado.
202
As obliterações das artérias umbilicais originam Pregas umbilicais mediais
O pulmão começa a respirar devido ao aumento da concentração de anidrido carbónico no sangue, produzindo este fenómeno (inicio
da respiração) um vazio intratorácico Que conduz à obliteração progressiva do ducto arterial
Ao iniciar a circulação nos pulmões Aumenta a pressão sanguínea no átrio esquerdo Obliteração mecânica do forame oval
A obliteração do ducto venoso hepático conclui-se uma vez iniciada antes do nascimento.
Tronco Capilares
Ventrículo direito pulmonares Veias pulmonares
v pulmonar v
Átrio esquerdo
203
Coração
órgão central do sistema circulatório
revestido por massa contráctil - o miocárdio
revestido internamente por membrana fina - o endocárdio
envolvido por um saco fibrosseroso - o pericárdio
Localização
está situado na porção mediana da cavidade torácica
encontra-se entre a face mediastínica dos dois pulmões na região conhecida como mediastino anterior
está separado da cavidade abdominal por intermédio do diafragma (relaciona-se com o fígado e com o fundo gástrico)
relaciona-se anteriormente com o plastron esternocostal
o coração projeta-se na coluna vertebral com as vértebras de Giacomini (T4 a T8)
204
Meios de Fixação
coração mantido em posição por intermédio dos grandes vasos que entram e saem do coração
pelos meios de fixação do pericárdio que ligam o pericárdio às vértebras ao esterno e ao diafragma
o coração encontra-se parcialmente livre no interior do pericárdio fibroso deslocando-se sob influência dos movimentos diafragmáticos
Forma
no cadáver o coração tem a forma de uma pirâmide achata ântero-posteriormente
no vivo o coração tem forma variável conforme esteja em sístole ou diástole (3 ou 2 faces e 3 ou 2 margens conforme diástole ou sístole)
apresenta forma de pirâmide triangular
a base do coração situa-se póstero-superiormente
o ápice do coração situa-se ântero-inferiormente
Orientação
grande eixo do coração: linha imaginária que une o ápice do coração ao meio da base do coração
tem obliquidade ântero-ínfero-lateral fazendo com o plano horizontal um ângulo de 40º - coração do tipo normal ou oblíquo
existem 2 variedades constitucionais: tipo vertical - diâmetro vertical superior ao diâmetro transversal
tipo transversal - diâmetro transversal superior ao diâmetro vertical
Coloração
varia do rosa claro na criança ao rosa escuro no adulto
apresenta ainda nos sulcos percorridos por vasos e nervos uma coloração amarelada = tecido célulo-adiposo
Consistência
mole durante a diástole e dura durante a sístole
Volume
volume aproximado de uma mão fechada com cerca de 800 cm3
maior no homem que na mulher e aumentando da criança ao idoso
205
Peso
muito variável desde o recém-nascido ao adulto
no recém-nascido tem 25 gramas
na puberdade tem 100 gramas
no adulto tem 250 gramas (mulher) e 300 gramas (homem)
Configuração Externa
O sulco interventricular anterior divide a face anterior do coração em duas partes desiguais:
uma situada à esquerda, estreita e pertencente ao ventrículo esquerdo
uma situada à direita, extensa e pertencente ao ventrículo direito fffff
206
3. Segmento Superior ou Atrial
relaciona-se com aorta ascendente e com a artéria pulmonar direita = leito dos vasos arteriais
de cada lado do leito dos vasos encontram-se as aurículas dos átrios
as aurículas envolvem o tronco pulmonar e a aorta ascendente = coroa do coração
na porção ântero-superior do átrio direito encontra-se a aurícula do átrio direito
na porção ântero-lateral do átrio esquerdo encontra-se aurícula do átrio esquerdo
O sulco interventricular posterior divide a face diafragmática do coração em duas partes desiguais:
uma situada à esquerda, extensa e pertencente ao ventrículo esquerdo
uma situada à direita, estreita e pertencente ao ventrículo direito
D. Margens do Coração: em sístole (2 margens: direita e esquerda) e em diástole (3 margens: direita, ântero-esquerda e póstero-esquerda)
Base do Coração (formada pela face posterior dos átrios - apresenta da direita para a esquerda):
sulco terminal de His
terminação da veia cava superior e da veia cava inferior
sulco interatrial
terminação das duas veias pulmonares direitas
face posterior do átrio esquerda com a impressão esofágica
terminação das duas veias pulmonares esquerdas
208
Ápice do Coração
corresponde na totalidade ao ventrículo esquerdo
arredondado e projeta-se ao nível do 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo (a 8 cm da linha médio-esternal)
Relações
Óstio Pulmonar - o mais elevado de todos, horizontal, está situado ao nível da margem superior da 3ª cartilagem costal
Óstio Aórtico - é uma linha oblíqua desde a ext. medial da 3ª cartilagem costal esquerda até à linha médio-esternal ao nível da 4ª cartilagem direita
209
Estes óstios contêm valvas que quando se fecham originam na auscultação os tons cardíacos:
melhor ouvidos em zonas próximas do plastron esternocostal constituindo os focos de auscultação
da Valva Átrio-Ventricular Esquerda ou Mitral - ponto de interseção da linha médio-clavicular com o 5º espaço intercostal ESQ.
210
5. Ápice do Coração
projeta-se ao nível do 4º e 5º espaços intercostais esquerdos
numa zona que corresponde à intersecção destes espaços com uma linha vertical situada a 8 cm da linha médio-esternal
Relação
Coração Direito: átrio direito + ventrículo direito: conduz sangue venoso para a pequena circulação ou circulação pulmonar (tronco pulmonar)
Coração Esquerdo: átrio esquerdo + ventrículo esquerdo: conduz sangue arterial para a grande circulação através da aorta
Septo cardíaco: separa o coração direito do coração esquerdo: a sua espessura aumenta da base até à ponta
211
ÁTRIOS
cavidades irregularmente cuboides com paredes finas e com colunas carnosas de 3ª ordem
apresentam óstios átrio-ventriculares, óstios venosos das veias cavas, veias pulmonares e seio coronário
apresentam os forames das veias cardíacas anteriores e os forames das veias mínimas (Thebesius)
Átrio Direito
constituído por 6 paredes: posterior ou sinusal, anterior ou anular, medial ou septal, lateral, superior e inferior
ver tabelas abaixo
Átrio Esquerdo
constituído por 6 paredes: posterior, anterior, medial ou septal, lateral, superior e inferior
ver tabelas abaixo
212
ÁTRIO DIREITO (A.D.) DESCRIÇÃO
- entre os óstios das duas veias cavas encontra-se o tubérculo intervenoso (Lower)
causa da orientação da corrente venosa sanguínea que entra no A.D.
213
ÁTRIO DIREITO (A.D.) DESCRIÇÃO
esta válvula é uma prega fina com margem superior livre e côncava
é limitado inferiormente pelo óstio do seio coronário com a válvula do seio coronário
214
ÁTRIO ESQUERDO (A.E.) DESCRIÇÃO
PAREDE POSTERIOR
- na porção média existe uma saliência que corresponde à impressão esofágica
- de cada lado desta saliência encontram-se os óstios das veias pulmonares direitas e das esquerdas
PAREDE ANTERIOR
- constituída pelo óstio átrio-ventricular esquerdo ou mitral
- apresenta a valva átrio-ventricular esquerda ou mitral
PAREDE SUPERIOR
- convexa sendo deprimida pelo arco da aorta e pelas artérias pulmonares direita e esquerda
PAREDE INFERIOR
- apresenta uma saliência que corresponde ao relevo condicionado pelo seio coronário
Septo Interatrial
lâmina quadrilátera que separa o átrio direito do átrio esquerdo
corresponde externamente ao sulco interatrial
este septo apresenta por vezes o forame interatrial situado na membrana da fossa oval estabelecendo a comunicação entre os átrios
215
VENTRÍCULOS
possuem características comuns estando situados ântero-inferiormente aos átrios e apresentando uma forma piramidal
a superfície interna das paredes ventriculares é muito irregular apresentando saliências musculares - músculos papilares
a base de cada um dos ventrículos apresenta o óstio átrio-ventricular e o óstio arterial
o óstio arterial apresenta as valvas semilunares estabelecendo a comunicação dos ventrículos com o tronco pulmonar ou a aorta
DE 3ª ORDEM OU MÚSCU-
- aderentes à parede em toda a sua extensão
LOS PECTÍNEOS
Óstios Átrio-Ventriculares
têm forma arredondada apresentando valvas com a forma de um funil membranoso
o ápice das valvas situa-se na cavidade ventricular
a base das valvas está fixada no contorno do óstio átrio-ventricular
valva do óstio átrio-ventricular direito = valva átrio-ventricular direita ou tricúspide (3 válvulas)
valva do óstio átrio-ventricular esquerdo = valva átrio-ventricular esquerda ou mitral (2 válvulas)
as valvas são constituídas por válvulas
216
Valvas
cada valva apresenta 2 faces e 2 margens
face axial ou atrial que olha para o átrio
face parietal ou ventricular que olha para o ventrículo e dá inserção às cordas tendinosas
a margem aderente insere-se no óstio átrio-ventricular
a margem livre flutua livremente na cavidade ventricular
Cordas Tendinosas
originam-se nos ápices dos músculos papilares de 1ª ordem ou raramente nas paredes ventriculares
conforme o modo de inserção das cordas tendinosas nas valvas podem classificar-se em 3 grupos:
217
Valvas Semilunares
encontram-se na origem no tronco pulmonar e da aorta
são constituídas por 3 válvulas membranosas apresentando a forma de um ninho de pomba
cada válvula é constituída por 2 margens e 2 faces
FACE PARIETAL - relaciona-se com a parede do vaso quando se abre a válvula para dar passagem ao sangue
Válvulas Semilunares
na porção média da margem livre das válvulas semilunares encontra-se o nódulo valvular semilunar
para cada um dos lados encontram-se as lúnulas valvulares semilunares (para melhor oclusão do vaso)
na aorta é conhecido por nódulo valvular semilunar aórtico (Arantius)
na artéria pulmonar é conhecido por nódulo valvular semilunar pulmonar (Morgagni)
entre a face parietal das válvulas semilunares e a parede do vaso encontra-se o seio valvular semilunar (cavidade):
- na aorta encontra-se o seio valvular semilunar aórtico (Valsalva)
- no tronco pulmonar encontra-se o seio valvular semilunar pulmonar
218
VENTRÍCULO DIREITO DESCRIÇÃO
- a porção média da parede anterior apresenta o músculo papilar anterior (1ª ordem):
o ápice deste músculo papilar origina cerca de 10 cordas tendinosas
PAREDE ANTERIOR
estas inserem-se na porção lateral da válvula anterior e da posterior da valva tricúspide
219
MARGENS DO VENTRÍCULO DIREITO DESCRIÇÃO
MARGEM POSTERIOR
- resulta da união da parede septal com a parede inferior
VÁLVULA SEPTAL - a mais pequena está compreendida entre as válvulas posterior e anterior
220
o óstio do tronco pulmonar está situado ântero-medialmente ao óstio átrio-ventricular direito
o óstio do tronco pulmonar apresenta a valva semilunar pulmonar constituída por 3 válvulas:
a válvula semilunar anterior, a válvula semilunar póstero-direita e a válvula semilunar póstero-esquerda
ver valvas semilunares acima*
ÁPICE DO VENTRÍCULO DIREITO (ocupado por vários feixes musculares carnosos que se entrecruzam constituindo as trabéculas carnosas)
CAVIDADE DO VENTRÍCULO DIREITO (dividida pela valva tricúspide em 2 porções: a câmara de entrada ou venosa e a câmara de saída ou arterial)
Câmara de Entrada:
Câmara de Saída:
221
VENTRÍCULO ESQUERDO DESCRIÇÃO
PAREDE SEPTAL - parede lisa e pode-se observar por transparência o ramo esquerdo do fascículo átrio-ventricular (His)
válvula anterior ou válvula grande: tem forma quadrangular e insere-se na porção ântero-medial do anel fibroso mitral
válvula posterior ou válvula pequena: tem forma triangular e insere-se na porção póstero-lateral do anel fibroso esquerdo
* entre as duas situam-se as válvulas comissurais: a válvula comissural anterior e a válvula comissural posterior
222
o óstio da aorta está situado ântero-lateralmente ao óstio átrio-ventricular esquerdo ou mitral
o óstio da aorta apresenta a valva semilunar aórtica constituída por 3 válvulas:
na parede da aorta ao nível da margem livre das válvulas semilunares encontram-se os óstios das artérias coronárias:
ÁPICE DO VENTRÍCULO ESQUERDO (ocupado por vários feixes musculares carnosos que se entrecruzam constituindo as trabéculas carnosas)
dividida pela válvula anterior ou válvula grande da valva mitral em duas porções:
câmara de entrada ou atrial ou câmara de saída ou aórtica
comunicam entre si por abertura entre o músculo papilar anterior e o papilar posterior, cordas tendinosas e válvulas da mitral
SEPTO INTERVENTRICULAR
223
PERICÁRDIO
saco fibro-seroso que envolve o coração e os grandes vasos
PERICÁRDIO FIBROSO
tem a forma de um cone achatado ântero-posteriormente
Face anterior
porção retropulmonar: relaciona-se com a face mediastínica dos pulmões
porção extrapulmonar: triangular e posterior ao plastron esternocostal
Face posterior
relacionada com os órgãos contidos no mediastino posterior:
- parte torácica do esófago
- nervos vagos esquerdo e direito
- aorta torácica
- ducto torácico
- veia ázigo
Margens laterais ⇒ em relação com a porção mediastínica das pleuras, nervos frénicos e vasos pericárdio-frénicos
224
Base ⇒ repousa sobre o folíolo anterior do centro tendinoso do diafragma, estendendo-se para a porção
anterior do folíolo esquerdo
Forma triangular com margens curvilíneas de base anterior e ápice posterior, em relação com o forame
da veia cava inferior
Maior aderência na porção anterior e margem direita
Em relação com o lobo esquerdo do fígado e o fundo gástrico por intermédio do diafragma
lâmina parietal
PERICÁRDIO SEROSO cavidade pericárdica (virtual)
lâmina visceral → epicárdio
Lâmina visceral: reveste a porção ventricular do coração, comportando-se de forma diferente ao nível dos átrios
posteriormente – face posterior dos átrios, refletindo-se sobre as veias cava e pulmo-
nares
lateralmente – faces laterais dos dois átrios
anteriormente – face anterior dos átrios e as suas aurículas, formando uma bainha à
volta da aorta ascendente e do tronco pulmonar, havendo um canal transversal de-
nominado septo transverso do pericárdio (Theile) entre a face anterior dos átrios e os
flancos posteriores da aorta ascendente e do tronco pulmonar
225
Linha de união entre as 2 lâminas
reflexão da serosa sobre a face anterior: flanco inferior da artéria pulmonar es-
querda → flanco anterior da aorta ascendente → flanco direito do tronco bra-
quicefálico e veia cava superior
reflexão da serosa sobre a face posterior: flanco direito da veia cava superior
→ flanco anterior das 2 veias pulmonares direitas → flanco direito da veia cava
inferior → flanco posterior da veia cava inferior → flanco posterior das 2 veias
pulmonares direitas → flanco posterior das 2 veias pulmonares esquerdas →
flanco inferior da veia pulmonar inferior esquerda → flanco inferior da artéria
pulmonar esquerda
pedículo 2 veias
venoso 2 veias cavas pulmonares 1ª recesso: entre a veia cava superior e a veia pulmonar direita superior
direito direitas
2ª recesso: entre as 2 veias pulmonares direitas
3ª recesso: entre a veia pulmonar direita inferior e a veia cava inferior
entre os 2 pedículos venosos grande recesso que separa o esófago dos átrios: seio oblíquo do pericárdio (Haller)
Ligamentos freno-pericárdicos
Veias
pericárdio fibroso e lâmina parietal do pericárdio seroso ⇒ terminam posteriormente nas veias ázigo e hemi-ázigos e lateralmente nas veias pericárdico-
frénicas
Linfáticos
terminam nos nodos linfáticos mediastínicos anteriores e posteriores, diafragmáticos e traqueobrônquicos
Nervos
pericárdio fibroso e lâmina parietal do pericárdio seroso ⇒ nervos vagos e simpáticos
lâmina visceral do pericárdio seroso ⇒ plexo cardíaco
227
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO DO CORAÇÃO
LINFÁTICOS
intramiocárdica
(muito discutível)
228
Troncos linfáticos atriais:
terminam nos troncos linfáticos dos ventrículos, contudo existem alguns troncos linfáticos independentes que terminam em nodos linfáticos:
- Padrões normais de distribuição linfática: equilibrado em 100% dos casos (ausência de tronco linfático satélite da veia cardíaca parva)
NERVOS
nervo vago
cárdio-moderador (sistema autónomo
parassimpático)
sistemas
antagonistas
nervos do sistema
cárdio-acelerador autónomo
simpático
229
destacam-se inferiormente ao gânglio
nervos cardíacos cervicais superiores
inferior do nervo vago
arterial
ou
superficial
Plexo cardíaco
venoso
ou
profundo
230
Plexo cardíaco arterial/superficial ⇒ os diferentes nervos cardíacos cruzam o flanco anterior do arco da aorta e convergem para uma massa
ganglionar, o gânglio cardíaco de Wrisberg (localizado num espaço quadrangular)
Plexo cardíaco venoso/profundo ⇒ é constituído pelos nervos cardíacos provenientes do lado esquerdo (ramos do nervo vago e do simpático)
septo interatrial
profundas
septo interventricular anterior e posterior
231
entre as veias interventriculares anterior e posterior
232
veias cardíacas mínimas (Thebesius) ↔
ramos colaterais da veia interventricu-
lar anterior
veias cardíacas mínimas (Thebesius) ↔
Anastomoses entre vasos cardíacos ventrículo direito ramos colaterais da veia interventricu-
lar anterior
veias cardíacas mínimas (Thebesius) ↔
entre as superficiais e
venosas átrio esquerdo ramo colateral da veia cardíaca
profundas
do mesmo tipo
magna
veias cardíacas mínimas (Thebesius) ↔
ventrículo esquerdo ramo colateral da veia interventricular
posterior
troncos linfáticos de convergência de capilares, constituindo redes muito anasto-
1ª ordem mosadas
troncos linfáticos de convergência dos troncos de 1ª ordem, sendo pouco anasto-
linfáticas
2ª ordem mosados
troncos linfáticos de convergência dos troncos de 2ª ordem, sendo raramente
3ª ordem anastomosados
originam-se em ramos ventriculares
Anastomoses entre vasos cardíacos
233
abrem-se em todas as paredes, sendo predominantes na pa-
átrio direito
veias cardíacas mí- rede septal
nimas (Thebesius) as do tipo sinuoso e canalicular abrem-se em todas as pare-
ventrículo direito
des, predominando na parede inferior
as cavidades
Anastomoses
do coração
cardíacos e
entre vasos
ventrículo esquerdo
ramos da artéria circunflexa ↔ ramos da veia interventricular
entre os ramos per- posterior
tencentes ao territó- ramos da artéria interventricular anterior ↔ ramos da veia in-
rio da artéria coroná- terventricular anterior, veia marginal direita (Galeno), veia
ria esquerda e veias marginal esquerda, veia posterior do ventrículo esquerdo e
aferentes desse terri- veia interventricular posterior
tório arterial ramos da artéria marginal esquerda ↔ ramos da veia inter-
ventricular anterior e veia marginal esquerda
arteríolo-venulares
ramos da artéria pré-ventricular ântero-esquerda (Mouchet)
pos
234
ramos colaterais do arco da
arco da aorta
235
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA DO CORAÇÃO
ENDOCÁRDIO
- Continua-se c/ túnica interna dos vasos
Camada interna e fina - endotélio e tecido conjuntivo
- Valvas átrio-ventriculares tricúspide e
(constitui membrana que reveste cavidades cardíacas e valvas)
mitral» apresentam lâmina fibrosa central
revestida por endocárdio (origem = anel
MIOCÁRDIO fibroso correspondente)
Camada intermédia espessa e c/ forma helicoidal composta - Estrutura IGUAL p/ valvas aórtica e
por músculo cardíaco pulmonar (face parietal = endotélio arterial)
EPICÁRDIO
Camada externa e fina - mesotélio
(constitui lâmina visceral do pericárdio seroso)
236
CORAÇÃO – MIOCÁRDIO
Anéis Fibrosos Plate 219- 6ª Edição
+
Trígonos Fibrosos
MIOCÁRDIO
Complexo
Estimulante e
Fibras Musculares Condutor do
Coração (Fibras
Específicas)
NO MESMO PLANO
Anel fibroso esquerdo » valva mitral
(ÁTRIO-VENTRICULARES)
237
1.2 Trígonos Fibrosos
Anéis fibrosos direito e esquerdo + anel fibroso aórtico ligados através de 2 TRÍGONOS
Entre anéis
Ângulo POST direito e
esquerdo
TRÍGONO FIBROSO
DIREITO Ângulo ÂNT- Entre anel direito
(suporte dos óstios DIREITO e anel aórtico
átrio-ventriculares)
238
FIBRAS DOS VENTRÍCULOS
Fibras comuns
+
próprias/parietais
+
interventriculares
Apresentam o
Terminam no aspeto de
Anel Penetram septo turbilhão
espiralado na parede interventricula (disposição em
até ápice ventricular r e músculos volta dos sulcos
do coração papilares de interventriculares
1ª ordem ANT e POST
239
À DIREITA À ESQUERDA
Pina – página 53
Destacam-se do Destacam-se do
anel e trígono anel e trígono
fibrosos direitos fibrosos esquerdos
240
a) COMUNS (compridas)
Fibras ANULARES DOS ÓSTIOS VENOSOS (dispõem-se em volta das seguintes estruturas)
• Veias cavas SUP e INF
• Veias pulmonares direita e esquerda
• Seio coronário
Fibras ANSIFORMES
• Reforçam paredes dos átrios
• Inserem-se nos anéis fibrosos direito e esquerdo
Plate 217 6ª Edição
241
c) PRÓPRIAS DO ÁTRIO DIREITO (3 feixes)
Tendão de Todaro (= fita sinusal/ feixe tendinoso inconstante/ um dos limites do nó átrio-ventricular de Tawara)
242
a) NÓ SINO-ATRIAL (KEITH-FLACK)
b) NÓ ÁTRIO-VENTRICULAR DE TAWARA
Contra septo interatrial (ocupa a sua porção ANT-INF)» área do trígono do nó átrio-ventricular de Tawara
BASE (porção atrial de Zahn) + ÁPICE (porção ventricular – continua-se c/ fascículo átrio-ventricular de His)
Coloca-se na face septal direita + parte membranosa do septo interventricular (onde se divide em 2 ramos)
Ramo Direito (destina-se ao ventrículo direito) = porção subendocárdica da parede septal do ventrículo direito»»»»»»»»»» alcança
trabécula septomarginal»» base do músculo papilar ANT de 1ª ordem»» ramifica-se p/ constituir rede de Purkinje
Ramo Esquerdo (destina-se ao ventrículo esquerdo) = atravessa septo interventricular»» alcança parede septal do ventrículo es-
querdo»» ramos ANT e POST (p/ base dos músculos papilares ANT e POST de 1ª ordem)»» constituem rede de Purkinje (paredes do
ventrículo)
Resultam das ramificações dos ramos direito e esquerdo do fascículo átrio-ventricular (His)
EXT ao endocárdio dos ventrículos + cobre irregularmente paredes das cavidades ventriculares
244
Vascularização do coração
Artérias
Óstios das artérias coronárias (2): óstio da artéria coronária direita e óstio da artéria coronária esquerda
Os óstios das coronárias encontram-se na porção inicial da aorta ascendente, ao nível da margem livre das válvulas semilunares direita e
esquerda.
As artérias coronárias encontram-se ambas situadas nos sulcos do coração, cobertas por tecido célulo-adiposo e nalguns pontos estão envolvidas
por fibras musculares, formando as pontes ou anéis.
As artérias coronárias enchem em diástole (quando a valva da aorta se encontra fechada) e o sangue “volta para trás”.
Não podem encher em sístole porque a pressão sanguínea ao nível da valva aorta e da aorta é muito elevada, deste modo haveria uma rutura das
coronárias.
Artéria Coronária Esquerda (também pode ser designada por tronco comum)
1. Localização
245
Mediastino Médio
2. Origem
3. Trajeto
Dirige-se com obliquidade ínfero-esquerda pode emitir uma artéria que se anastomosa com outra artéria proveniente da artéria coronária
direita e forma-se o arco pré aórtico e pode originar uma artéria que vasculariza a face superior do átrio esquerdo e do septo interatrial
4. Territórios vasculares
o Átrio esquerdo
o Ventrículo esquerdo
5. Ramos terminais
Artéria Circunflexa
Artéria Interventricular Anterior
Artéria Circunflexa
1. Origem
246
2. Trajeto
coração sistólico
Termina
um pouco
antes da
Cruz do coração
Em casos raríssimos, pode seguir o sulco interventricular anterior ou ainda terminar como artéria marginal esquerda.
3. Relações
4. Ramos colaterais
Artérias atriais
o Artéria atrial anterior (é a maior e a mais constante) e origina em cerca de 40% dos casos a artéria do nó sino-atrial (Keith-Flack).
247
Artérias ventriculares
5. Ramos terminais
Existem três tipos de distribuição de acordo com o trajeto da artéria circunflexa, ramo terminal da artéria coronária esquerda.
1. Origem
248
2. Trajeto
Margem direita do
Artéria Ascendente segue
pela coração
Na margem direita
Sulco
Margem direita do coração
interventricular contorna a Artéria
do coração Ápice do coração
anterior descendente segue
pela
Em alguns casos a artéria interventricular anterior ultrapassa a margem direita do coração e percorre uma pequena parte do sulco interventricular posterior.
3. Relações
Veia interventricular anterior (em baixo e à esquerda da artéria em quase todo o sulco interventricular anterior)
A veia interventricular anterior acaba por cruzar a artéria e continua-se como veia cardíaca grande.
4. Ramos colaterais
Ao longo do seu trajeto origina artérias septais anteriores e artérias ventriculares direitas e esquerdas.
Anterior
Posterior
Artérias
Artéria Circunflexa ventriculares Anteriores
Posteriores
Artéria atrial
Artéria coronária esquerda Esquerdas
posterior
Artéria Ascendente
Artéria
descendente
Artéria interventricular anterior
Direita
Artérias
ventriculares
Esquerda
Artérias septais
anteriores
250
Medialmente flanco posterior do tronco pulmonar
Lateralmente aurícula do átrio direito
2. Origem
3. Trajeto
Porção direita do sulco coronário até à cruz do coração ------ muda de direção ------- sulco interventricular posterior
1º Segmento: estende-se desde a origem até à margem direita do coração, emitindo ramos atriais e ventriculares.
2º Segmento: estende-se desde a margem direita do coração até ao nível da cruz do coração.
Ao alcançar a margem direita do coração origina a artéria marginal direita e termina ao nível do terço inferior desta margem, originando artérias atriais e
ventriculares.
Artérias Vascularizam
Artéria atrial posterior Faces posterior e inferior do átrio direito
Artérias ventriculares posteriores Face inferior do ventrículo direito
251
3º Segmento
4. Territórios Vasculares
o Átrio direito
o Ventrículo direito
o Ventrículo esquerdo (1/5 medial)
o Septo interatrial
o Septo interventricular (ao nível do seu 1/3 posterior)
o Nó sino- arterial (Keith-Flack) (em cerca de 60% dos casos)
o Nó átrio-ventricular
o Fascículo átrio-ventricular (His)
o Ramo posterior do ramo esquerdo do fascículo átrio-ventricular (His)
252
Esquema Resumo Artéria coronária direita
Artérias Atriais
1º Segmento
Artérias
ventriculares
Artéria atrial
posterior
2º Segmento
Artéria coronária
direita Artéria
ventricular
posterior
Artéria
ventricular
esquerda
Artéria
3º Segmento
ventricular direita
Veias
O sangue venoso do coração é drenado por veias superficiais, relacionadas com as artérias coronárias e os seus ramos e por veias profundas, constituindo
um sistema venoso acessório subendocárdico, das veias cardíacas mínimas (Thebesius), de acordo com o Esperança Pina.
Veias superficiais
Veias que drenam o sangue
venoso do território da artéria
coronária direita
253
Veias que drenam o sangue venoso do território da artéria coronária esquerda
254
Veia Recebe (Ramos Ramos tributários
tributários) Tipos Descrição Origem
Veia
marginal Acompanha a artéria Próximo do ápice do coração
Veias da face esquerda marginal esquerda principal
Veia cardíaca grande
esquerda do principal
coração Veias
marginais 1a3 1/3 superior da margem esquerda
esquerdas
acessórias
Veias da porção Pode receber as 3 ou 4
superior do septo primeiras artérias septais Porção superior do septo interventricular
interventricular anteriores
Veia do cone Cone arterial
arterial esquerda
Veias do nó sino- Nó sino-atrial (Keith-Flack)
atrial (Keith-Flack)
No ponto onde a veia cardíaca grande se continua com o seio coronário encontra-se a válvula de Vieussens.
Veias aferentes do seio coronário: veia cardíaca grande, veias atriais póstero-esquerdas, e as veias posteriores do ventrículo esquerdo.
255
Veias que drenam o sangue venoso do território da artéria coronária direita
256
Veias Descrição Origem Termina
Veias cardíacas anteriores Podem agrupar-se Margem direita e Abrem-se no átrio direito por forâmenes
formando um ducto face anterior do (1/2/3)
comum ventrículo direito
Ducto comum Localiza-se nas
paredes anterior,
posterior e inferior
do átrio direito
Principais veias cardíacas Localização Relaciona-se Origem
anteriores
Veia marginal direita (Galeno) Margem direita do Artéria marginal
coração direita
Veias ventriculares anteriores Entre a veia Ramos ventriculares Porção interna da face anterior do
marginal direita do 1º segmento da ventrículo direito
(Galeno) e o cone artéria coronária
arterial direita
Veia de Cruveilhier Face anterior do
cone arterial, entre
o átrio direito e a
sua aurícula
Veia de Zuckerkandl Entre a aorta
ascendente e o
tronco pulmonar
257
Veias Localização Terminam
Face inferior do ventrículo Face inferior do átrio direito por
Veias ventriculares póstero- direito - entre a veia marginal forâmenes
direitas direita (Galeno) e a veia Ou
interventricular posterior Veia cardíaca pequena
Abre-se no seio coronário
Veia subendocardíaca do átrio Porção direita do septo Porção anterior do septo
independentemente ou por um forame
direito interatrial interatrial
inferior ao óstio do seio coronário
Veias profundas
São constituídas pelas veias cardíacas mínimas (Thebesius)
258
Tipo de distribuição venosa de acordo com a variação da veia cardíaca pequena e da veia interventricular posterior
EMBRIOLOGIA DO CORAÇÃO
1. TUBO CARDÍACO
o coração é originalmente constituído por 2 esboços laterais distintos que se unem na linha mediana e formam o tubo cardíaco único
este tubo está situado anteriormente ao intestino anterior entre a extremidade craniana do tubo digestivo e o umbigo
está totalmente rodeado por uma cavidade serosa de origem celómica - a cavidade pleuropericárdica
exceto dorsalmente onde forma um meso médio - o mesocárdio dorsal - que une o coração com a parede anterior do tubo digestivo
a extremidade caudal do tubo cardíaco recebe as seguintes veias: vitelinas ou onfalomesentéricas, umbilicais e cardinais comuns
da extremidade cranial originam-se as 2 aortas primitivas
259
2. DIVISÃO DO TUBO CARDÍACO
Ao início o seio venoso é um prolongamento direto do átrio primitivo, mas devido a uma rotação à direita da extremidade venosa do coração e de uma
descompensação no crescimento das partes direita e esquerda do átrio primitivo = o seio venoso disposiciona-
se para a DTA e abre-se na porção do átrio primitivo que se converterá em átrio direito!!!
um sulco vertical interatrial escava-se na superfície do átrio primitivo, à esquerda e próximo do seio venoso
forma o limite superficial dos átrios direito e esquerdo
deste sulco surge uma lâmina vertical e ventro-dorsal na parede dorso-cranial da cavidade atrial denomi-
nada septum primum (Born)
este estende-se de dorsal a ventral até ao canal átrio-ventricular (fenda transversal ladeada por 2 almofa-
das endocárdicas superior e inferior)
este septum primum une-se às almofadas endocárdicas formando um septo denominado septum interme-
dium
este divide o canal auriculoventricular em 2 orifícios distintos - canal átrio-ventricular direito e esquerdo
260
o septum primum funde-se ao septum intermedium ao mesmo tempo que às almofadas endocárdicas
o septum intermedium vai além de cada um dos lados do septo interatrial (septum primum) = forma o primeiro esboço valvular
o septum primum não constitui um septo interatrial completo pois antes de se fundir ao septum intermedium rasga e é reabsorvido
isto origina uma abertura denominada forame oval (persiste até ao nascimento e é posteriormente obliterado)
261
5. OBLITERAÇÃO DO FORAME OVAL
após a formação do forame oval surge à direita e próximo do septum primum um novo tabique - septum secundum
este têm a forma de meia lua e une-se ao septum primum
o septum secundum forma o limite ventro-cranial do forame oval enquanto que o limite dorso-caudal do orifício é formado pelo septum primum
este último durante a vida fetal cresce e estende-se cranial e ventralmente sob a forma de uma membrana delgada
o septo secundum desenvolve-se em sentido inverso e assim o forame oval vai-se estreitando progressivamente
um sulco mais profundo à direita do que à esquerda marca na superfície externa do coração o limite entre o seio venoso e o átrio primitivo
no interior do tubo cardíaco este limite está indicado por 2 válvulas: uma à direita e outra à esquerda mais pequena
ambas se unem cranialmente ao orifício átrio-sinusal pelo septum spurium - prolonga-se sobre a parede dorso-cranial do átrio
no desenvolvimento o átrio direito e o seio venoso alargam e este último é englobado pouco a pouco na parede do átrio direito
por esta razão as veias que terminam no seio venoso abrem-se separadamente no átrio direito por orifícios distintos
externamente a porção do átrio constituída pelo seio venoso limita-se à direita por um sulco - sulco terminal
internamente o seio venoso está limitado na sua margem direita pela válvula direita do seio venoso
esta válvula diminui de altura e divide-se em 2 partes: válvula da veia cava inferior e válvula do seio coronário
262
7. ÁTRIO ESQUERDO
263
Desta forma entre o septo interatrial e a margem dorso-cranial do septo inferius existe um segmento do septum intermedium que contribui para:
formar à direita a parede do átrio direito e à esquerda a parede do ventrículo esquerdo = segmento átrio-ventricular do septo
anteriormente ao bulbo e à ext. ventral do septum intermedium: o septum inferius deixa de crescer (está inferiormente ao cone arterial do bulbo)
a porção restante do septo interventricular é formada pelo septo do bulbo cardíaco
o bulbo divide-se em dois troncos que são o tronco pulmonar e a artéria aorta pelo septum spiroideum ou septum aorticopulmonar
resulta da união de 2 almofadas endocárdicas da parede do bulbo que crescem dirigindo-se uma até outra
o septum inferius une-se ao septum spiroideum
mas antes o septum spiroideum limita com o septum inferius um orifício que estabelece a comunicação entre os 2 ventrículos
orifício interventricular
10. FORMAÇÃO DAS PAREDES DO CORAÇÃO, DAS TRABÉCULAS CARNOSAS E DAS VÁLVAS ÁTRIO-VENTRICULARES
desde o início as paredes dos ventrículos são constituídas por fascículos musculares que formam em cada ventrículo uma camada superficial
dentro desta camada os fascículos musculares anastomosam-se e limitam entre eles fendas que comunicam com as cavidades ventriculares
assim o miocárdio ventricular apresenta um aspeto esponjoso
no decurso do desenvolvimento as trabéculas mais superficiais aumentam de espessura e unem-se entre si e com a com camada ventricular
264
as cordas tendinosas terminam pela sua extremidade valvular numa lâmina fibrosa = forma o anel fibroso da valva
o orifício faz a comunicação entre o bulbo e o ventrículo primitivo apresenta, antes da divisão do bulbo, 4 válvulas
uma ventral, uma dorsal e 2 laterais
na extremidade inferior do bulbo as almofadas longitudinais que formam o septum spiroideum estão situadas lateralmente
e anteriormente à porção média das válvulas laterais primitivas
estas almofadas orientando-se frente a frente dividem cada uma das valvas laterais em 2 partes: uma ventral e outra dorsal
estas partes dão origem às válvulas direitas e esquerdas do tronco pulmonar e da aorta
265
Artérias do Tronco
Tronco pulmonar:
Origem:
Localização:
O tronco pulmonar localiza-se na porção central da cavidade torácica, apresentando 2 porções uma situada internamente ao pericárdio e uma
situada externamente a este.
Trajeto:
Artéria pulmonar esquerda
Porção intrapericárdica:
Porção extrapericárdica:
266
Ramos terminais:
Artéria pulmonar direita
Relações:
Relações:
Aurícula do átrio esquerdo Inferior
Átrio esquerdo Inferior
Brônquio direito Posteriormente
Brônquio esquerdo Posteriormente
Aorta horizontal Superior
Aorta horizontal Superior
Aorta ascendente Anterior
Veia pulmonar esquerda superior Anterior
Veia cava superior Anterior
267
Ligamento arterial e ducto arterial (Botal):
Ligamento fibroso
Resulta da obstrução do ducto arterial, que no feto une o flanco superior da artéria pulmonar ao flanco inferior da aorta horizontal.
Arco da aorta:
Origem:
Ventrículo esquerdo
Localização:
Relações:
268
TRONCO BRÁQUIO-CEFÁLICO ARTERIAL
nasce da união entre as duas porções da crossa da aorta um pouco para a direita da linha média
dirige-se para cima para lateral e para posterior terminando posteriormente à articulação esterno-condro-clavicular direita
aqui divide-se em 2 ramos terminais: artéria carótida comum direita e artéria subclávia direita
- traqueia
POSTERIORMENTE - nervo recorrente direito
- plexo cardíaco posterior
269
RELAÇÕES - ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ESQUERDA
MEDIALMENTE - traqueia
270
Aorta torácica
1. Localização
2. Origem
A aorta torácica corresponde à porção descendente do arco da aorta que por sua vez tem origem no ventrículo
esquerdo.
3. Trajeto
Ao longo do seu trajeto vai se aproximando da linha mediana (mas sem a atingir) alcança o hiato aórtico do diafragma ao nível da T12 onde
se continua como artéria aorta abdominal.
4. Relações
Porção superior
Porção inferior
- Anteriormente: Esófago
- Posteriormente: Vértebras torácicas, veia ázigos e ducto torácico
- Direita: Ducto torácico
271
5. Ramos colaterais
Artérias
brônquicas
Ramos Artérias
viscerais esofágicas
médias
Ramos Artérias
colaterais mediastínicas
Ramos Artérias
parietais intercostais
posteriores
272
Ramos parietais Descrição Origem Trajeto Alcançam
Artérias intercostais Esófago, ducto Extremidade
posteriores do lado torácico e veia posterior do
direito ázigos espaço
Artérias intercostais Flanco posterior da
9 a 12 de cada lado Cruzam a veia intercostal e
posteriores aorta torácica Artérias intercostais
hemi-ázigos e a originam a
posteriores do lado
veia hemi-ázigos artéria dorso-
esquerdo
acessória espinhal
Artéria dorso-espinhal (resulta da anastomose das artérias intercostais direita e esquerda) origina:
6. Ramos terminais
Aorta abdominal
273
Trajeto:
274
Veia cava superior
Origem:
Relações:
Pleura, externo e 2 primeiras cartilagens costais Anteriormente Aurícula do átrio direito Anteriormente
Pleura, pulmão, nervo frénico direito Lateralmente Pleura, pulmão direito Lateralmente
Ramos de origem/trajeto:
Veia braquiocefálica direita
Veia cava superior
275
Veia ázigos
Cavidade Abdominal
276
CONSIDERAÇÕES GERAIS - COMPREENSÃO DA PROJECÇÃO DOS ÓRGÃOS CONTIDOS NA CAVIDADE ABDOMINAL
traçam-se depois 2 linhas verticais paralelas - linhas abdominais laterais direita e esquerda
passam pela porção média dos ligamentos inguinais e pelo rebordo condrocostal ao nível da 9ª cartilagem costal
estas dividem as 3 zonas acima mencionadas em 3 zonas cada uma = delimitação de 9 zonas
277
278
ESTÔMAGO
LOCALIZAÇÃO
PROJEÇÃO PARIETAL
279
1. Parede Anterior do Hemitórax Esquerdo
projeta-se ao nível da 5ª-9ª costelas esquerdas e correspondentes espaços intercostais numa zona conhecida por Espaço Semilunar (Traube):
- superiormente: limitado por linha que passa pelo 5º espaço intercostal esquerdo
- inferiormente: limitado por linha que passa ao nível do rebordo condrocostal esquerdo
- à direita: limitado por linha vertical que passa junto à margem lateral esquerda do esterno
- à esquerda: limitado por linha vertical que passa ao nível da linha axilar anterior
- superiormente e à esquerda: desde a 10ª cartilagem costal esquerda até à 7-8ª cartilagens costais esquerdas (rebordo condrocostal esquerdo)
- inferiormente: ao nível de uma linha horizontal unindo as duas 10ª cartilagens costais esquerda e direita
280
MEIOS DE FIXAÇÃO
é um órgão pouco móvel com deslocamentos pouco frequentes pela existência de vários meios de fixação
superiormente está fixado pela sua continuidade com o esófago
inferiormente está fixado pela sua continuidade com o duodeno
mantido em posição por intermédio de formações peritoneais: omentos, ligamento gastro frénico e a foice da artéria gástrica esquerda
omentos: lâminas peritoneais que se estendem do estômago ao fígado, ao cólon transverso e ao baço
CONFORMAÇÃO EXTERNA
o estômago é constituído por uma porção vertical e uma porção horizontal e formado por 2 faces, 2 margens, 2 curvaturas e 2 óstios
a porção vertical é constituída pelo fundo gástrico e pelo corpo gástrico
a porção horizontal é constituída pelo antro pilórico e pelo canal pilórico
281
CONFORMAÇÃO EXTERNA RELAÇÕES
A. FACE ANTERIOR
1. Segmento Torácico
- diafragma
282
2. Segmento Abdominal
B. FACE POSTERIOR
olha póstero-inferiormente
relaciona-se com os órgãos que estão aplicados contra a parede abdominal posterior
pode dividir-se em 3 segmentos: o segmento superior, o segmento médio e o segmento inferior
1. Segmento Superior
2. Segmento Médio
283
3. Segmento Inferior
C. CURVATURA MAIOR
Plates 266, 267, 269 e 278– 6ªEdição
tem uma forma convexa olhando inferiormente e para a esquerda
tem origem na incisura cárdica (de His)
fundo gástrico
porção esquerda do corpo gástrico
porções inferiores do antro pilórico e do canal pilórico
termina no piloro
cólon transverso
na sua porção superior relaciona-se com a margem anterior do baço
desta curvatura destaca-se o omento maior ou gastro-cólico
no interior deste omento junto à curvatura situam-se: artéria e veia gastro-omental esquerda, artéria e veia gastro-omental direita
D. CURVATURA MENOR
E. CÁRDIA
representa a transição esófago-gástrica
o ângulo compreendido entre a margem esquerda da parte abdominal do esófago e o fundo gástrico = incisura cárdica de His
relaciona-se posteriormente com aorta abdominal
projeta-se à esquerda no corpo de T11 e anteriormente ao nível da 7ª articulação condro-esternal esquerda
F. PILORO
representa a transição gastro-duodenal
externamente na face anterior apresenta o sulco gastro-duodenal percorrido pela veia pré-pilórica (de Mayo)
o piloro é móvel e a sua situação varia em função do grau de plenitude gástrica
projeta-se posteriormente na linha mediana ao nível de T12 ou L1
em plenitude gástrica projeta-se posteriormente de 3-7 cm à direita da linha mediana e sobre a extremidade anterior da 8ª costela
Relações do Piloro
285
CONFORMAÇÃO INTERNA
a mucosa gástrica apresenta uma cor vermelho alaranjada uniforme
a mucosa é mais desenvolvida no piloro do que no cárdia
a mucosa apresenta numerosas pregas gástricas quando o estômago está vazio
as pregas tendem a desaparecer quando o estômago se começa a distender
as pregas são mais pequenas no fundo gástrico e aumentam à medida que se aproximam do antro pilórico
1. Óstio Cárdico
situado na junção esófago-gástrica e apresenta uma obliquidade ínfero-direita
apresenta uma prega que é apenas um prolongamento da incisura cárdica
denominado "impropriamente" de válvula cárdio-esofágica (Gubarow)
2. Óstio Pilórico
situado na junção gastro-duodenal e apresenta uma obliquidade póstero-direita
apresenta o esfíncter pilórico e a válvula pilórica
esfíncter pilórico - resulta do espessamento a este nível das fibras circulares do estômago
válvula pilórica - é o esfíncter pilórico revestido por tecido conjuntivo e por mucosa
aspecto de funil quando observado do estômago e forma de septo circular quando observado do duodeno
286
a) A nível do cárdia:
a lâmina anterior continua-se pela face anterior da porção abdominal do esófago e reflete-se para o diafragma
a lâmina posterior continua-se pela face posterior da parte abdominal do esófago
reflete-se depois para a parede abdominal posterior e constitui o peritoneu parietal
b) A nível do piloro:
a face anterior é revestida pela lâmina anterior e continua-se pela face anterior da parte superior do duodeno
a face posterior é revestida pela lâmina posterior e continua-se pela face posterior da parte superior do duodeno*
* a lâmina posterior aqui reflete-se póstero-medialmente para formar com o peritoneu parietal - a parede da bolsa omental
OMENTOS
3. TÚNICA SUBMUCOSA
interpõe-se entre as túnicas muscular e mucosa
a sua aderência à mucosa permite o pregueamento desta sobre a túnica muscular durante as contrações
4. TÚNICA MUCOSA
conhecida como túnica glandular de Willis
reveste de forma contínua toda a superfície interna do estômago
encontra-se em continuidade com o revestimento mucoso do esófago e do duodeno
apresenta numerosas pregas gástricas dispostas paralelamente ao grande eixo do estômago desde o cárdia ao piloro
existem outras pregas gástricas menos numerosas que se estendem desde as curvaturas maior e menor
288
Entre as pregas gástricas - encontram-se sulcos que condicionam as áreas gástricas:
- estas têm forames - fovéolas gástricas - a abertura das glândulas gástricas
289
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO ESTÔMAGO
a vascularização arterial do estômago está dependente das seguintes artérias:
Artérias Ramos de
Ramos Colaterais
artérias cárdicas
artérias gástricas
artérias omentais
290
- vascularizam os flancos anterior e posterior do cárdia
Artérias Cárdicas
- vascularizam uma porção do fundo gástrico
Artéria Gástrica Esquerda
apresenta trajeto com obliquidade ântero-inferior até atingir a extremidade esquerda da curvatura maior do estômago
291
percorre esta curvatura e anastomosa-se com a artéria gastro-omental direita na porção média da curvatura maior do estômago
* as artérias destes dois círculos originam numerosos ramos para as faces anterior e posterior do estômago:
- vascularizam as túnicas do estômago
Variação 2:
pode ter uma origem independente na aorta abdominal
292
e a artéria hepática e a artéria esplénica constituem o tronco hepato-esplénico
Variação 3:
pode ter uma origem independente na aorta abdominal
e a artéria hepática, a artéria esplénica e a artéria mesentérica superior constituem o tronco hepato-espleno-mesentérico
Variação 4:
a artéria gástrica esquerda pode ter origem no tronco celíaco-mesentérico
juntamente com a artéria hepática, a artéria esplénica e a artéria mesentérica superior
Variação 5:
a artéria gástrica esquerda e a artéria esplénica podem constituir o tronco gastro-esplénico
a artéria hepática e a artéria mesentérica superior podem constituir o tronco hepato-mesentérico
293
ESQUEMA RESUMO VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL:
ARTÉRIAS CÁRDICAS
ARTÉRIAS GÁSTRICAS
ARTÉRIAS OMENTAIS
294
DRENAGEM VENOSA DO ESTÔMAGO Plates 289– 6ªEdição
origina-se na rede capilar situada extremamente ao epitélio da mucosa gástrico
os seus ramos convergem para a túnica submucosa anastomosando-se para constituir o plexo venoso submucoso
este origina veias de pequeno calibre que atravessam a túnica muscular até à subserosa recebendo várias vénulas = plexo venoso subseroso
este origina numerosas veias que se vão unindo até formar veias que drenam o sangue da totalidade do estômago
295
terminam na veia esplénica ou num dos seus ramos terminais
INERVAÇÃO DO ESTÔMAGO
inervação parassimpática e inervação simpática
Inervação Parassimpática
inicia-se num dos ramos abdominais do ramo terminal do tronco vagal comum (Delmas e Laux)
resultam da união do nervo vago direito com o nervo vago esquerdo
originam os ramos gástricos anteriores que inervam a face anterior do estômago
originam os ramos gástricos posteriores que inervam a face posterior do estômago
Inervação Simpática
inicia-se em ramos eferentes do plexo celíaco que alcançam o estômago pelo plexo gástrico esquerdo, plexo hepático e plexo esplénico
inervam a face anterior e a face posterior do estômago
296
ESQUEMA RESUMO DRENAGEM VENOSA:
VEIA ESPLÉNICA
VEIA GASTRO-OMENTAL ESQUERDA
297
O intestino delgado é a porção do tubo digestivo localizado entre o estômago e o intestino grosso. Um canal musculomembranoso, situado na cavidade
abdominal, constituído por 3 porções das quais vai ser abordada agora a porção inicial o duodeno.
Duodeno
Função:
Plates 278-279 – 7ªEdição
Passagem do quimo para quilo
Localização:
No ponto de origem encontra-se no mesmo plano do piloro (O piloro é uma constrição musculosa na porção terminal do estômago que regula a
passagem do quimo semi-digerido deste para o duodeno), passando depois a ser profundo no resto do seu trajeto.
Limites:
Superior: Referência do externamente pelo sulco duodeno-pilórico e internamente pela válvula pilórica.
Inferior: Flexura duodeno-jejunal no ponto onde se vai inserir o músculo suspensor do duodeno (Treitz)
Meios de união:
Peritoneu: as duas lâminas revestindo a parte superior do duodeno na sua totalidade contribui para a constituição dos omentos menor e maior
(gastro-hepático ou gastro-cólico)
Ducto colédoco
Abrem na papila maior do duodeno
Ducto pancreático
Arco arterial pancreático-duodenal posterior e anterior Vascularizam o duodeno e ajudam à sua fixação
298
Músculo suspensor do duodeno:
O duodeno projeta-se na parede abdominal anterior, no espaço compreendido dentre uma linha horizontal superior que passa pela extremidade
anterior das 8 primeiras costelas e uma linha horizontal inferior que passa ao nível do umbigo.
299
Tipos de duodeno:
Em U:
Em V:
Relações:
- Parte superior do duodeno: Piloro até ao colo da vesicula biliar Parte descendente do duodeno: colo da vesicula biliar até à porção in-
ferior da cabeça do pâncreas
Anteriormente
Anteriormente
Face inferior do fígado
Flexura direita ou hepática do colon
Colo da vesicula biliar
Ansas do jejuno
Posteriormente
Posteriormente
Veia porta
Veia cava inferior
Ducto colédoco
Rim direito
Artéria gastro-omental direita
Glândula suprarrenal
Vasos renais direitos
Superiormente
Segmento superior do uretéro direito
Omento maior ou gastro-cólico
Cólon ascendente
Inferiormente
Cabeça do pâncreas 300
Omento maior ou gastro-cólico
Esquerda
Cabeça do pâncreas
Ducto colédoco
Ductos excretores do pâncreas
Direita
Face inferior do fígado
Parte horizontal do duodeno: Porção inferior da cabeça do pân- Parte ascendente do duodeno: Vasos mesentéricos superiores até à flexura
creas até aos vasos mesentéricos superiores duodeno-jejunal.
Anteriormente Anteriormente
Raiz do mesentérico (cruza-o com obliquidade ínfero- Porção inferior do corpo gástrico
direita) Mesocólon transverso
Vasos mesentéricos superiores Ansas do jejuno
Posteriormente Posteriormente
Músculo psoas maior direito Músculo psoas maior
Veia cava inferior Vasos renais esquerdos (medialmente)
Aorta abdominal Esquerda
Superiormente Separada do rim esquerdo por:
Porção inferior da cabeça do pâncreas Uretéro esquerdo
Inferiormente Artéria cólica esquerda superior
Ansas do jejuno Veia mesentérica inferior
Direita
Aorta abdominal
Porção superior do mesentério
Esquerda
Anteriormente Rim esquerdo
Cólon transverso
Ansas do jejuno Direita
L2
Posteriormente
Pilar principal esquerdo do diafragma Superiormente
Músculo suspensor do duodeno (Treitz) Mesocólon transverso
Corpo do pâncreas 301
Conformação interna
Em alguns casos é uma cavidade com forma conoide Ampola hépato-pancreática (Vater), neste caso recebe o ducto
colédoco e o ducto pancreático (Wirsung) (que geralmente abrem independentemente por 2 óstios)
Em 30% dos casos pode não existir e ser substituída por 1 ou 2 óstios ondem se abrem os ductos referidos anteriormente
Saliência conoide
Pode estar ausente e substituída por um óstio onde abre o ducto pancreático acessório ou não haver óstio quando não há
ducto acessório.
Constituição anatómica
Túnica serosa – Peritoneu duodenal Apresenta características especificas nas diferentes partes do duodeno
302
Parte superior do duodeno:
o Na porção lateral da parte superior do duodeno só existe peritoneu nos seus ¾ anteriores
o Na porção superior desprovida de peritoneu (posterior) o duodeno contacta diretamente com a glândula suprarrenal e com o rim direito
o No resto do duodeno, este continua a ser só revestido por peritoneu na metade anterior aderindo posteriormente à fáscia de coalescência
(Treitz)
Túnica serosa – Flexura duodeno-jejunal: Observam-se várias pregas semilunares que condicionam a formação de recessos duodenais
Túnica muscular: Constituída por 2 camadas de fibras musculares: uma superficial e uma profunda
Reforçada a nível da pare ascendente do duodeno e da flexura duodeno-jejunal pelo músculo suspensor do duodeno
Entre as camadas encontra-se o plexo mesentérico (Auerbach) É formado por uma cadeia de neurônios e células da glia interco-
nectados, que coordenam principalmente as contrações no trato gastrintestinal
Forma triangular
Origina-se superiormente ao nível do pilar principal esquerdo do diafragma e tecido célulo-adiposo que envolve o
tronco celíaco
Constituída por tecido conjuntivo laxo, onde abundam vasos e o plexo submucoso (Messiner)
Túnica mucosa:
Separadas entre si
Vilosidades intestinais
Pequenas saliências/vilosidades
Nódulos linfáticos
As glândulas duodenais de Lieberkuhn, encontram-se espalhadas por todo o intestino delgado desde o piloro até à
válvula ileal.
As glândulas duodenais de Bruner, encontram-se apenas no duodeno, sendo muito abundantes neste desde o piloro
até à papila maior do duodeno, diminuindo em volume e número neste ponto e deixando de existir a partir da flexura
duodeno-jejunal
304
Jejuno e íleo
Poção móvel e flexuosa do intestino delgado.
Plates 279-281– 7ªEdição
Função:
Reabsorção de nutrientes
Localização:
Limitado inferiormente pela junção íleo-cecal (que se encontra ao nível da fossa ilíaca direita)
Estão enquadrados pelo arco cólico (estrutura formada pelo intestino grosso)
Meios de fixação:
1 Prega peritoneal
O mesentério
305
Pressão abdominal
A vascularização do jejuno, íleo e colon direito são comuns uma vez que embriologicamente este estas estruturas constituíam a ansa umbilical,
cuja irrigação é fornecida pelos vasos mesentéricos superiores
As artérias jejunais e ileais originam-se na conexidade da artéria mesentérica superior, estando entre as lâminas do mesentério constituem
arcos arteriais que vascularizam estas porções do intestino delgado.
É de destacar que do último arco arterial originam-se as artérias retas, que se dividem distribuindo-se às duas faces da ansa intestinal.
As veias do jejuno-íleo dispõem-se em arcos venosos, originando as veias jejunais e ileais que terminam na veia mesentérica superior
A drenagem linfática:
Os linfáticos do jejuno-íleo constituem os quilíferos que terminam nos nodos linfáticos justa-intestinais
Estes drenam nos nodos linfáticos centrais, situados na raiz do mesentério, relacionados com a origem das artérias jejunais e ileais e com os
vasos mesentéricos superiores
Estes juntam-se e constituem o tronco intestinal que termina no tronco lombar ou diretamente no ducto torácico
Parassimpática: inicia-se nos nervos vagos Ramos abdominais do tronco vagal comum Plexo mesentérico superior
Simpática: inicia-se nos gânglios celíacos + gânglios mesentéricos superiores ramos eferentes plexo mesentérico superior
Direção:
O jejuno e o íleo estão organizados em flexuosidades, ou ansas intestinais que tem a forma de um “U”
Ansas supero-esquerdas:
306
Dispostas horizontalmente
Constituem o jejuno
Ansas ínfero-direitas
Dispostas verticalmente
Constituem o íleo
Conformação externa
O jejuno e o íleo apresentam 2 faces (superior e inferior quando as ansas estão dispostas na
horizontal e esquerda e direta quando as ansas estão na vertical) e 2 margens (aderente
ou mesentérica e livre ou intestinal)
Dá inserção ao mesentério
Côncava
Comprida
Convexa
Regular
Relações:
Anteriormente:
À direita:
307
Cego
Cólon ascendente
Posteriormente:
À esquerda:
Cólon descendente
Cólon sigmoide
Superiormente:
Inferiormente:
Situam-se no homem entre a bexiga e o reto e nas mulheres entre a bexiga e o útero e entre este e o reto
Resquício embriológico do ducto onfalo-cefáilco, que no embrião faz comunicar o intestino com a vesicula umbilical
308
Pode estar ligado ao íleo através de um prolongamento fibroso Resquício dos vasos onfalomesentéricos
Conformação interna
Vilosidades intestinais
Nódulos linfáticos
Constituição anatómica
A lâmina visceral do peritoneu envolve a superfície externa do jejuno e do íleo Septo que atravessa, com obliquidade, o andar
infra mesocólico. Ligando a margem aderente à
Constitui ao nível da sua margem aderente o mesentério parede abdominal posterior
Margem parietal ou raiz do mesentério: tem 3 Face direita relaciona-se com órgãos situados no Extremidade superior: corresponde à flexura
porções: espaço mesentérico cólico direito: duodeno-jejunal
Superior: Flexura duodeno-jejunal Margem su- Pâncreas Extremidade inferior: corresponde à junção
perior da parte horizontal íleo-cecal
Duodeno
Média: verticalmente, anteriormente à aorta
Flexura direita do cólon
abdominal e cava inferior
Entre as 2 lâminas do mesentério encontra-se:
Colon ascendente
Inferior: termina na junção íleo-cecal e cruza o
Tecido célulo-adiposo
psoas maior, uretéro e vasos genitais direitos Cego
Vasos mesentéricos superiores
Margem intestinal: margem onde as paredes do Face esquerda relaciona-se com órgãos no espaço
mesentério se afastam para envolver o jejuno e o íleo mesentérico cólico esquerdo Nodos linfáticos da artéria mesentérica su-
perior
Flexura esquerda do cólon 309
Plexo mesentérico superior
Cólon descendente e sigmoide
Túnica muscular
Tela submucosa
Vilosidades intestinais
Pequenas saliências/vilosidades
Nódulos linfáticos
310
Enquanto os nodos linfáticos se encontram espalhados por todo o intestino delgado as placas de payer estão essencialmente
presentes na porção terminal do íleo
Encontram se disseminados por todo o intestino delgado desde o piloro até à válvula ileal
Intestino Grosso
1. Sistema
Digestivo
2. Função
A sua principal função é a reabsorção de água.
3. Localização
O intestino grosso localiza-se na cavidade abdominal sendo que apresente várias porções e cada uma delas localiza-
se num espaço específico da cavidade abdominal.
311
Flexura direita ou hepática entre o cólon ascendente e o cólon transverso.
Flexura esquerda ou esplénica entre o cólon transverso e o cólon descendente.
4. Considerações gerais
Dimensões:
- Comprimento: 1m a 1,70m
- Diâmetro: 7 cm na porção inicial e 2,5-3,5 cm na porção terminal
Superfície externa
As saculações do cólon encontram-se entre as ténias do cólon (em número de 3) e estão separadas por sulcos transversais
Da porção livre destacam-se as pregas peritoneais em dedo de luva, formando as franjas, os apêndices omentais do cólon, preenchidas por
tecido adiposo. Resultam da reflexão do peritoneu que reveste o intestino ao nível das saculações e dos sulcos que as separam.
Superfície interna
Pregas
Depressões
Cólon Reto
Cólon sigmoideu
descendente
312
Estas traduzem a projeção dos sulcos e das saculações ao nível do lúmen intestinal.
Ao nível da mucosa intestinal, a representação das ténias faz-se por 3 saliências longitudinais, lisas e finas que se encontram unidas entre si por
pregas transversais em forma de crescente as pregas semilunares do cólon estas estão separadas por ampolas do cólon e que correspondem
externamente às saculações do cólon
Pregas semilunares
5. Meios de união
5.1 Continuidade
Continua-se superiormente com o íleo (porção do intestino delgado) e inferiormente termina ao nível do períneo por intermedio de um
orifício (o ânus).
Cólon
direito
Cólon
Intestino Cólon
grosso esquerdo
Reto
313
O limite entre o cólon direito e esquerdo é variável depende das anastomoses entre a artéria cólica superior direita (ramo da artéria mesentérica superior)
que vasculariza o cólon transverso direito, e a artéria cólica superior esquerda (ramo da artéria mesentérica inferior) que vasculariza o cólon transverso
esquerdo.
A anastomose entre as artérias cólicas superiores direita e esquerda constitui a arcada de Riolan.
Em alguns casos (25%) a artéria mesentérica superior antes de alcançar a arcada de Riolan bifurca-se e dá origem à artéria do cólon transverso que
vasculariza (quando existe) o 1/3 esquerdo do cólon transverso.
Cólon esquerdo
Cólon direito (cólon de estase)
Porção do colon vascularizado pela artéria mesentérica inferior.
Porção do colon que é vascularizado pela artéria mesentérica superior.
A sua porção inicial denomina-se cólon de passagem e a sua porção terminal
denomina-se colon de estase predefecatória.
Cego + Apêndice
vermiforme
1/3 esquerdo do
Cólon transverso
Cólon Cólon
ascendente
descendente
2/3 direitos do
Cólon transverso Cólon pélvico
A artéria mesentérica superior pode vascularizar o cólon transverso até próximo da flexura esquerda ou esplénica, ou seja, quase a totalidade do cólon
transverso, podendo ser estudado no cólon direito.
Reto
- Do ponto de vista fisiológico é um órgão reservatório, com um sistema de contenção formado pelos músculos levantadores do ânus e por um sistema de
continência formado pelos músculos esfíncteres do ânus.
- Do ponto de vista anátomo-clínico pode ser dividido em duas partes: o reto pélvico ou ampola rectal e o reto perineal ou canal anal.
314
1. Funções do cólon
Motoras:
- Movimentos peristálticos: progridem ao longo do colon, através de anéis de contração, precedidos por um onda de relaxação, assegurando a
progressão do conteúdo intestinal.
- Movimentos antiperistálticos (realizam-se no colon direito): cuja função é progressão e a reabsorção do conteúdo intestinal.
- Movimentos pendulares: oscilatórios, destinam-se à mistura e ao contacto do conteúdo intestinal com as paredes.
Digestivas:
Cólon Direito
Cólon
direito
Cego
1. Localização/Situação
- Em cima e por dentro da linha ilíaco-púbica direita (une a espinha ilíaca ântero-superior à espinha do púbis)
315
- Á direita de uma linha vertical (que une a linha umbilical à linha ilíaco-púbica direita)
Situação alta
Pode encontra-se por baixo do fígado – Situação sub-hepática – ou na fossa lombar direita – Situação lombar direita
Situação baixa
Pode alcançar o estreito superior da bacia – Situação ilíaca- ou situar-se na pequena bacia – Situação pélvica
2. Considerações gerias
Limite inferior- apresenta a forma de uma cavidade fechada por onde se destaca um
prolongamento cilindroide, o apêndice cecal ou vermicular.
Limite superior- encontra-se a nível de um plano horizontal que passa pela margem superior do
íleo (do intestino delgado)
Dimensões:
- Comprimento: em média 4-8 cm
- Diâmetro: em média 5-7 cm
- Volume: em média 200-300 cm3
3. Meios de união
3.1 Continuidade
Artérias cecais anterior e posterior ramos colaterais da artéria cólica direita inferior ramo colateral da artéria mesentérica superior ramo da
artéria aorta abdominal
316
Veias
Acompanham as artérias. Drenam na veia porta por intermédio da veia mesentérica superior.
Linfáticos
Nervos
3.4 Peritoneu
Pregas peritoneais que mantêm o cego fixo à fossa ilíaca direita (ligamento superior e ligamento inferior)
- Insere-se:
Superiormente- Parede abdominal posterior, imediatamente inferiormente do rim direito
Inferiormente- Face lateral do cego na transição para o cólon ascendente
- Insere-se:
Na área da fossa ilíaca direita na junção íleo-cecal continuando-se com a extremidade inferior do mesentérico.
4. Conformação externa
O cego apresenta as ténias do cego que nascem ao nível da raiz do apêndice e dividem o cego em três segmentos, onde se encontram as
saculações do cólon.
317
Saculações do cólon
- Encontram-se entre a ténia anterior e a ténia póstero-lateral, são duas e são as mais
desenvolvidas, constituem a inferior o fundo do cego.
5. Conformação interna
- Do lado do íleo: é uma cavidade em forma de cunha que se dirige para a direita, terminando pelo óstio ileal em forma de fenda.
Papila ileal
Os lábios têm uma forma semilunar com duas margens e duas extremidades.
Margem aderente: convexa, fixa à parede do cego Margem livre: côncava, olhando o lúmen do cego
318
Extremidade anterior + Extremidade posterior: unem-se e formam as comissuras da valva ileal
As comissuras da valva ileal originam duas pregas membranosas que prolongam a direção das valva- os frénulos da valva ileal (o frénulo posterior é o
mais desenvolvido)
Inferiormente à válvula Sendo normalmente um óstio virtual que pode apresentar uma valva semilunar (Gerlach).
ileal
6. Constituição anatómica
Ao nível da junção íleo-cecal, o mesentério divide-se em 2 lâminas, uma anterior e outra posterior, revestindo respetivamente a face anterior e
posterior do cego.
As duas laminas continuam-se uma com a outra, ao nível do fundo e da margem lateral do cego, deixando o cego livre na fossa ilíaca direita.
Em alguns casos, a lamina anterior do mesentério reveste a face anterior do cego e quando atinge a face lateral reflete-se para a parede
abdominal.
A lâmina posterior reveste parte da face medial e quando a face posterior, reflete-se para a parede abdominal posterior, assim a parede posterior
do cego fica diretamente relacionada com os planos musculares posteriores, ficando desprovida de revestimento peritoneal.
Noutros casos, o peritoneu forma posteriormente ao cego, uma prega, o mesocego, que o liga à fossa
ilíaca direita.
O peritoneu, quando passa do íleo para o cego, forma pregas especiais que determinam o aparecimento de
recessos íleo-cecais.
319
Recesso íleo-cecal inferior: situa-se inferiormente ao recesso superior, na porção inferior da junção íleo-cecal.
Recessos retrocecais (inconstantes): situam-se na face posterior do cego, ao nível do ponto em que o peritoneu se reflete para a fossa ilíaca.
Túnica muscular
Camada superficial: é constituída por fibras musculares longitudinais reforçadas ao nível das três ténias do cego (anterior, póstero-medial e
póstero-lateral)
Tela submucosa
Está aderente à túnica mucosa, sendo constituída por tecido conjuntivo, onde se encontram plexos arteriais, venosos e nervosos.
Túnica mucosa
7. Relações
Face anterior Parede abdominal anterior, estando separada desta por ansas intestinais, no estado de vacuidade
Face posterior lateralmente: Peritoneu parietal posterior, fáscia ilíaca, músculo ilíaco
medialmente: músculo psoas maior
Face medial superiormente: ansa terminal do íleo que forma uma ângulo agudo olhando para inferior (ângulo íleo-cecal)
inferiormente: apêndice vermiforme
Extremidade superior está ao nível de um plano horizontal que passa ao nível da junção íleo-cecal
320
Extremidade inferior ou fundo do cego está ao nível da unidade da parede abdominal anterior com a fossa ilíaca.
Apêndice vermiforme
1. Localização/ Situação
Situa-se na união do 1/3 lateral com o 1/3 médio de uma linha obliqua que une o umbigo à espinha ilíaca ântero-superior direita.
Pode alcançar o rim direito e o fígado Pode atingir a cavidade pélvica Pode encontra-se na fossa ilíaca
esquerda
Ponto de implantação: faz-se na face medial do cego, cerca de 2-3cm inferiormente à valva ileal, no ponto de confluência das três ténias do cego.
2. Considerações gerais
321
Em relação ao cego o apêndice vermiforme pode ser:
3. Meios de união
3.1 Continuidade
Artérias
Veias
Acompanham as artérias. Drenam na veia porta por intermédio da veia mesentérica superior.
Linfáticos
322
3.3 Inervação (de acordo com o Rouviere)
Nervos
3.4 Peritoneu
4. Conformação externa
- Ao nível da margem medial é recurvado podendo apresentar a forma de um ganho ou semicírculo, sendo a sua extremidade livre ou ápice
arredondada ou afilada
5. Conformação interna
Termina num recesso que se abre no cego óstio do apêndice vermiforme onde se encontra a valva semilunar (Gerlach)
6. Constituição anatómica
Base: relaciona-se com a face medial do cego desde a junção íleo-cecal até ao ponto de implantação do apêndice no cego
323
Ápice: corresponde ao ápice do apêndice vermiforme
Margem livre: flutua na cavidade abdominal sendo percorrida por vasos apendiculares
Túnica muscular
Camada superficial: apresenta fibras musculares longitudinais, que se continuam com as três ténias do cego.
Tela submucosa
Túnica mucosa
Cólon ascendente
1. Localização/ Situação
Inferiormente a uma linha horizontal superior (no ponto de interseção de uma linha vertical que passa no ápice da axila com outra linha que
passa na 12ª costela direita)
Superiormente a uma linha horizontal inferior (que passa na crista ilíaca direita)
Lateralmente a uma linha vertical medial (que passa na extremidade anterior da 9ª costela)
324
Medialmente a uma linha vertical lateral (paralela à linha medial e que é tangente à parede lateral da região lateral direita)
2. Considerações gerais
Calibre- cerca de 6 cm
A sua porção inferior é superficial e a sua porção superior é profunda e ligeiramente concava ântero-medialmente.
3. Meios de união
3.1 Continuidade
3.2 Vascularização
Artérias
Artéria mesentérica superior através dos seus ramos as artérias cólicas direita e média e a artéria ileocólica.
Veias
Acompanham as artérias. Drenam na veia porta por intermédio da veia mesentérica superior.
Linfáticos
325
3.3 Inervação
Nervos
3.4 Peritoneu
Fáscia de coalescência Junção das
Fáscia de coalescência (Toldt) direita, ou mesocólon ascendente (nos casos em que existe).~
lâminas parietal e visceral do peritoneu.
4. Conformação externa
Saculações do cólon (entre as ténias do cólon, o seu volume diminui indo de inferior para superior)
5. Conformação interna
6. Constituição anatómica
Túnica serosa
o O peritoneu, ao atingir o cólon ascendente reflete-se sobre a sua face medial, reveste a face anterior e, quando atinge a face lateral,
reflete-se novamente para a parede abdominal posterior.
o A face posterior do cólon ascendente não está revestida por peritoneu e encontra-se em contato com a parede abdominal através da
fáscia de coalescência (Toldt) direita.
326
Em 35% dos casos:
o O peritoneu, reflete-se da parede abdominal posterior para a metade medial da face posterior do cólon ascendente, revestindo depois
sucessivamente:
- Face medial
- Face anterior
- Face lateral
Túnica muscular
Camada superficial: apresenta fibras musculares longitudinais, que se continuam com as três ténias do cego.
Tela submucosa
Está aderente à túnica mucosa, sendo constituída por tecido conjuntivo na espessura do qual se encontram plexos arteriais, venosos e nervosos.
Túnica mucosa
Regularmente lisa, apresenta os nódulos linfáticos e os óstios das glândulas intestinais (Lieberkuhn).
7. Relações
O cólon ascendente
Posteriormente Músculo ilíaco, músculo quadrado dos lombos e pólo superior do rim direito.
327
Estando separado pelo sulco parieto-cólico direito.
Medialmente Ansas intestinais e num plano + Profundo: músculo psoas maior, uretéro e vasos genitais direito.
2. Considerações gerais
Pode não existir e nesse caso, o cego continua-se diretamente com o cólon transverso.
Corresponde a um ângulo agudo, contudo por vezes pode ser um ângulo reto ou obtuso.
3. Meios de união
3.1 Continuidade
3.2 Vascularização
Artérias
Artéria mesentérica superior através dos seus ramos as artérias cólicas direita e média e a artéria ileocólica.
Veias
Acompanham as artérias. Drenam na veia porta por intermédio da veia mesentérica superior.
Linfáticos
328
Enviam a linfa para os nodos abdómino-aórticos e para os troncos linfáticos lombares.
3.3 Inervação
Nervos
4. Relações
Lateralmente Diafragma Medialmente Parte descendente
Anteriormente Face inferior do fígado
Estando separado pelo sulco parieto-cólico direito do duodeno
Posteriormente Rim direito
Cólon transverso
1. Localização/ Situação
- linha horizontal superior: passa pela extremidade anterior das duas 9ªs - linha vertical Calibre médio:a4-5
direita: passa cm de 2cm para medial do mamilo direito
cerca
cartilagens costais
- linha vertical esquerda: passa a cerca de 2cm para medial do mamilo esquerdo
- linha horizontal inferior: passa ao nível do umbigo
2. Considerações gerais
Divisão:
Porção esquerda 1/3 esquerdo, constitui uma ansa côncava e olha
Porção direita 2/3 direitos, constitui uma ansa côncava e olha póstero-súpero-lateralmente.
póstero-ínfero-medialmente para o fígado.
Está situada inferiormente à curvatura do maior do estômago.
É a parte fixa do cólon transverso (encontra-se ligada por um curto
meso à parede abdominal posterior). É a parte móvel do cólon transverso (encontra-se ligada por um longo
meso à parede abdominal posterior).
Dimensões:
Cólon Direito
Comprimento: 25 a 50 cm
Calibre médio: 6 cm
330
As duas extremidades aproximam-se parede abdominal posterior
Trajeto com obliquidade súpero-esquerda, estando a flexura direita ou hepática do cólon situada superiormente à flexura esquerda ou esplénica
do cólon.
Tipo de cólon transverso desviado inferiormente
Tipo de cólon desviado superiormente
Mais frequente no sexo feminino
Mais frequente no sexo masculino
Resulta de causas mecânicas
Resulta da excessiva distensão do intestino delgado
Afeta a porção esquerda e o cólon pode ser em W, U, V ou M
Afeta a porção esquerda e o colon fica em arco ou em S itálico (S)
3. Meios de união
3.1 Continuidade
3.2 Vascularização
Artérias
Artéria mesentérica superior através dos seus ramos as artérias cólicas direita e média e a artéria ileocólica.
Artéria mesentérica inferior dá origem às artérias cólicas esquerda e cólica esquerda inferior.
As artérias cólicas bifurcam-se nas proximidades do cólon pelo que se anastomosam com as artérias vizinhas formando-se um arco arterial
paracólico que recebe o nome de artéria marginal do cólon ou arco marginal.
Veias
Acompanham as artérias. Drenam na veia porta por intermédio das veias mesentéricas superior e inferior.
Linfáticos
b. NODOS LINFÁTICOS CÓLICOS – em relação com as artérias cólicas e origem da artéria mesentérica inferior e distribuídos em EPICÓLICOS,
PARACÓLICOS, INTERMÉDIOS E PRINCIPAIS de acordo com o progressivo afastamento em relação à parede do órgão.
331
Enviam a linfa para os nodos abdómino-aórticos e para os troncos linfáticos lombares.
3.3 Inervação
Nervos
3.4 Peritoneu
Está unido à parede posterior do abdómen por uma prega peritoneal, o mesocólon transverso.
Também está fixo à custa das pregas peritoneais que ligam as flexuras aos órgãos vizinhos.
4. Conformação externa
Ténias do cólon
5. Conformação interna
Ampolas
6. Constituição anatómica
Omento maior Alcança margem inferior do cólon transverso desdobra-se em duas lâminas lâmina anterior e lâmina posterior
332
Lâmina anterior:
Desce ao longo da parede anterior do abdómen volta a subir até alcançar a margem inferior do cólon transverso reveste a sua face posterior
alcança a margem superior continua-se com a lâmina inferior do mesocólon transverso
Lâmina posterior:
Reveste a face anterior do cólon transverso até atingir a sua margem superior onde se continua com a lâmina superior do mesocólon transverso
As lâminas superior e inferior aderem para constituir o mesocólon transverso (prega peritoneal que se dirige para a parede posterior do abdómen e que
apresenta 2 margens (uma parietal e uma intestinal) e 2 faces (uma superior e uma inferior).
Obliquidade: póstero-súpero-esquerda
Passa superiormente à flexura duodeno-jejunal, à margem inferior do corpo do pâncreas, à porção média do rim esquerdo
Margem intestinal
Camada superficial: apresenta fibras musculares longitudinais, que se continuam com as três ténias do cólon e se continuam com as existentes no
cólon ascendente.
333
Ténia póstero-medial torna-se ântero-inferior
Tela submucosa
Está aderente à túnica mucosa, sendo constituída por tecido conjuntivo na espessura do qual se encontram plexos arteriais, venosos e nervosos.
Túnica mucosa
Regularmente lisa, apresenta os nódulos linfáticos e os óstios das glândulas intestinais (Lieberkuhn).
7. Relações
Porção direita do
Gerais Porção esquerda do cólon transverso
cólon transverso
Junto à flexura direita: face inferior do
o Impressão
fígado e vesícula biliar
cólica na
Porção média: curvatura maior do o Curvatura maior do estômago
face inferior
Superiormente estômago o Face inferior do baço (ao nível do ângulo
do fígado
Junto à flexura esquerda: face inferior esquerdo ou esplénico)
o Fundo
do baço
vesícula biliar
o Parede
abdominal
o Parede abdominal anterior anterior
o Parede abdominal anterior
Da qual está separado pelo omento Da qual está
Anteriormente Da qual está separado pelo omento maior
maior separado
pelo omento
maior
Póstero-lateralmente ao estômago
Inferiormente ao baço
2. Considerações gerais
3. Meios de união
3.1 Continuidade
O seu ramo anterior é o colon transverso e o seu ramo posterior é o cólon descendente.
3.2 Vascularização
Artérias
Artéria mesentérica inferior dá origem às artérias cólicas esquerda e cólica esquerda inferior.
As artérias cólicas bifurcam-se nas proximidades do cólon pelo que se anastomosam com as artérias vizinhas formando-se um arco arterial paracólico
que recebe o nome de artéria marginal do cólon ou arco marginal.
335
Veias
Acompanham as artérias. Drenam na veia porta por intermédio da veia mesentérica inferior.
Linfáticos
NODOS LINFÁTICOS CÓLICOS – em relação com as artérias cólicas e origem da artéria mesentérica inferior e distribuídos em EPICÓLICOS,
PARACÓLICOS, INTERMÉDIOS E PRINCIPAIS de acordo com o progressivo afastamento em relação à parede do órgão.
3.3 Inervação
Nervos
3.4 Peritoneu
336
4. Relações
Lateralmente Parede costal (ao nível 10ª Superiormente Face inferior ou
Anteriormente Corpo gástrico
costela) e diafragma cólica do baço
Posteriormente Porção superior rim esquerdo
Medialmente Rim e glândula suprarrenal Inferiormente Ansas do jejuno e
esquerda omento maior
Cólon descendente
1. Localização/ Situação
Localiza-se na fossa lombar esquerda e na fossa ilíaca esquerda (divisões da cavidade abdominal).
Inferiormente a uma linha horizontal superior (passa pela margem superior da 9ª costela esquerda)
Superiormente a uma linha horizontal inferior (que passa pela porção esquerda da pelve)
Lateralmente a uma linha vertical medial (que passa na extremidade anterior da 9ª costela esquerda)
Medialmente a uma linha vertical lateral (paralela à linha medial e que é tangente à parede lateral da região lateral esquerda)
2. Considerações gerais
Dimensões: Comprimento- em média 25-35 cm, sendo que a parte lombar tem cerca de 15-20 cm e a parte ilíaca tem cerca de 10-15 cm
Direção:
337
Quando é mais curta pode cruzar a porção mediana da fossa ilíaca aproximando-se da articulação sacroilíaca
Parte lombar: disposição vertical (quase retilínea) com ligeira concavidade ântero-medial.
3. Meios de união
3.1 Continuidade
3.2 Vascularização
Artérias
Artéria mesentérica inferior dá origem às artérias cólicas esquerda e cólica esquerda inferior.
As artérias cólicas bifurcam-se nas proximidades do cólon pelo que se anastomosam com as artérias vizinhas formando-se um arco arterial paracólico
que recebe o nome de artéria marginal do cólon ou arco marginal.
Veias
Acompanham as artérias. Drenam na veia porta por intermédio da veia mesentérica inferior.
Linfáticos
NODOS LINFÁTICOS CÓLICOS – em relação com as artérias cólicas e origem da artéria mesentérica inferior e distribuídos em EPICÓLICOS,
PARACÓLICOS, INTERMÉDIOS E PRINCIPAIS de acordo com o progressivo afastamento em relação à parede do órgão.
3.3 Inervação
Nervos
338
3.4 Peritoneu Fáscia de coalescência Junção das
lâminas parietal e visceral do peritoneu.
Fáscia de coalescência (Toldt) esquerda e mesocólon descendente (nos casos em que existe).
É constante na parte lombar e pode faltar na parte ilíaca porque em alguns casos existe o mesocólon descendente que permite a
mobilidade da fáscia.
4. Conformação externa
5. Conformação interna
6. Constituição anatómica
Túnica serosa
Face posterior do colon relaciona-se diretamente com a fáscia de coalescência (Toldt) esquerda
Túnica muscular
Camada superficial: apresenta fibras musculares longitudinais, que se continuam com as três ténias do cego.
Tela submucosa
Está aderente à túnica mucosa, sendo constituída por tecido conjuntivo na espessura do qual se encontram plexos arteriais, venosos e nervosos.
339
Túnica mucosa
Regularmente lisa, apresenta os nódulos linfáticos e os óstios das glândulas intestinais (Lieberkuhn).
7. Relações
Cólon sigmóide
1. Localização/ Situação
Localiza-se entre a abertura superior da pelve e a face anterior de S3, do lado esquerdo.
2. Considerações gerais
Tipos de cólon
Atravessa a cavidade pélvica da esquerda para a direita relaciona-se com a face posterior do púbis inflete-se depois da direita para a
esquerda anteriormente ao sacro continuando-se com o reto (ao nível de S3)
340
Apresenta uma curvatura de concavidade póstero-inferior para anterior (σ)
Sobe em direção ao hipocôndrio direito passa para a direita da linha mediana anteriormente às ansas intestinais e forma uma curvatura côncava
para inferior.
Dimensões: Comprimento- em média 40 cm, sendo que o cólon curto tem cerca de 15-30 cm e o cólon longo tem cerca de 60-80cm
3. Meios de união
3.1 Continuidade
Continua-se com o cólon descendente ao nível da porção esquerda da abertura superior da pelve e continua-se depois com o reto,
anteriormente à face anterior de S3.
3.2 Vascularização
Artérias
Artéria mesentérica inferior dá origem às artérias cólicas esquerda e cólica esquerda inferior
A artéria cólica esquerda inferior divide-se em três artérias sigmoideias.
As artérias cólicas e sigmoideias bifurcam-se nas proximidades do cólon pelo que se anastomosam com as artérias vizinhas formando-se um
arco arterial paracólico que recebe o nome de artéria marginal do cólon ou arco marginal.
Veias
Acompanham as artérias. Drenam na veia porta por intermédio da veia mesentérica inferior.
Linfáticos
NODOS LINFÁTICOS DO INTESTINO GROSSO
NODOS LINFÁTICOS CÓLICOS – em relação com as artérias cólicas e origem da artéria mesentérica inferior e distribuídos em EPICÓLICOS,
PARACÓLICOS, INTERMÉDIOS E PRINCIPAIS de acordo com o progressivo afastamento em relação à parede do órgão.
341
3.3 Inervação
Nervos
3.4 Peritoneu
Liga o cólon sigmóide à parede posterior da cavidade pélvica por intermédio do mesocólon sigmóide.
Ligamento cólon-tubário
Entre o cólon sigmóide e a tuba uterina esquerda e contem no seu interior os vasos ováricos
Ligamento colo-ilíaco
Pregas peritoneais
Entre a raiz secundária do mesocólon sigmóide e a parede ilíaca esquerda
4. Conformação externa
Duas ténias do cólon (anterior, posterior que resulta da união das póstero-lateral e póstero-medial do cólon descendente)
5. Conformação interna
342
6. Constituição anatómica
Túnica serosa
Mesocólon sigmóide
Apresenta 2 faces (uma anterior e uma posterior) e 2 margens (uma intestinal e uma parietal)
o Segmento vertical: mediano e estende-se desde o ápice da margem parietal até à face anterior de S3
o Segmento oblíquo: obliquidade ínfero-esquerda, estende-se desde o ápice da margem parietal, segue o flanco lateral dos vasos ilíacos
comuns e externos e cruza, depois o uretéro e os vasos espermáticos esquerdos.
No seu interior tem a porção terminal da artéria mesentérica inferior e as artérias e veias sigmoideias.
Entre os dois segmentos recesso sigmoideu que é constituído pela lâmina parietal do peritoneu ao nível da pelve
Ao nível do ângulo dos dois segmentos recesso intersigmoideu (forma de funil) o fundo é anterior às artérias ilíacas comuns e pode atingir a parte
horizontal do duodeno
Túnica muscular
Camada superficial: apresenta fibras musculares longitudinais e ainda apresenta a união das duas ténias do cólon descendente (referida
anteriormente)
Tela submucosa
Está aderente à túnica mucosa, sendo constituída por tecido conjuntivo na espessura do qual se encontram plexos arteriais, venosos e nervosos.
Túnica mucosa
Regularmente lisa, apresenta os nódulos linfáticos e os óstios das glândulas intestinais (Lieberkuhn).
343
7. Relações
Cólon Sigmóide
Lateralmente Asa do sacro e articulação sacroilíaca esquerda
Posteriormente
Medialmente Flanco ântero-esquerdo da L5
Ansas intestinais
Anteriormente
Bexiga
344
RETO - Porção terminal do intestino grosso seguinte ao cólon sigmóide e termina no períneo através de uma abertura - ânus
LOCALIZAÇÃO
situa-se na porção posterior da cavidade pélvica e no períneo
SITUAÇÃO DO RETO
MEIOS DE FIXAÇÃO
a ampola do reto mantém-se em posição por intermédio do peritoneu e dos pedículos vasculares
o peritoneu envolve parcialmente a porção superior da face anterior e das faces laterais da ampola do reto
os vasos retais superiores e os vasos retais médios e o tecido celular que os acompanha = bom meio de fixação
o canal anal mantém-se em posição por intermédio de:
345
CONSIDERAÇÕES GERAIS
LIMITES DO RETO
DIVISÃO DO RETO
- parte superior que se encontra na cavidade pélvica
AMPOLA DO RETO - divide-se em duas porções:
porção peritoneal envolvida pelo peritoneu
(parte pélvica)
porção subperitoneal não envolvida pelo peritoneu
CANAL ANAL
- segmento inferior que se encontra no períneo
(parte perineal)
FLEXURA ANO-RETAL - limite entre as duas partes e projeta-se ao nível do ápice do cóccix
DIMENSÕES E CALIBRE
o reto mede 12-15 cm de comprimento: ampola do reto mede 10-12 cm e o canal anal 2-3 cm
as paredes do reto distendem-se facilmente podendo a ampola do reto ocupar quase toda a extensão da cavidade pélvica
apresenta uma porção estreita na continuação com o cólon sigmóide
apresenta uma zona dilatada ao nível da ampola do reto
apresenta nova zona estreita ao nível do canal anal
encontra-se achatado de anterior para posterior pelas relações que tem com os outros órgãos
DIREÇÃO
o reto encontra-se aplicado contra a concavidade anterior que forma a parede posterior sacrococcígea da cavidade pélvica
ao alcançar o ápice do cóccix dirige-se com obliquidade póstero-inferior
346
FLEXURAS DO RETO
CONFORMAÇÃO EXTERNA
o reto é um canal cilíndrico que difere do cólon pelo facto de não apresentar as ténias do cólon, sulcos transversais e saculações do cólon
apresenta sulcos longitudinais formados pelas fibras da camada superficial
apresenta sulcos transversais que ocupam apenas 2/3 da circunferência do órgão
estes sulcos transversais correspondem às pregas transversas do reto de Houston existentes internamente
apresenta uma face anterior, uma face posterior e duas faces laterais
CONFORMAÇÃO INTERNA
apresenta várias pregas longitudinais temporárias que desaparecem com a distensão do órgão
apresenta também as pregas transversas do reto de Houston, as válvulas anais e as colunas anais de Morgagni
347
Prega Transversal Superior do Reto - situa-se na parede esquerda do reto a cerca de 10 cm do ânus
Prega Transversal Média do Reto - situa-se na parede direita do reto a cerca de 7 cm do ânus
Prega Transversal Inferior do Reto - situa-se na parede esquerda do reto a cerca de 3 cm do ânus
Estas pregas têm uma forma semilunar com 2 faces, 2 margens e 2 extremidades:
VÁLVULAS ANAIS
saliências longitudinais com forma de pirâmide triangular que se originam nas extremidades correspondentes de 2 válvulas anais adjacentes
Superiormente às válvulas:
a superfície interna apresenta-se com o aspecto de uma mucosa diferente da mucosa retal
348
situa-se entre a pele situada inferiormente e a mucosa verdadeira que está 1 cm superiormente às válvulas anais = zonal anal de transição
RELAÇÕES
apresenta relações diretas com a bainha fibro-serosa que constitui a loca retal
através das paredes o reto tem relações com os órgãos adjacentes
a loca retal é uma bainha fibro-serosa constituída superiormente pelo peritoneu e inferiormente pela porção fibrosa
a ampola retal estende-se desde S3 até ao períneo e situa-se na porção posterior e mediana da cavidade pélvica e no interior da loca retal
entre a ampola retal e as paredes da loca retal encontra-se o espaço perirretal (preenchido por tecido celular perirretal)
a ampola retal é um órgão retroperitoneal - peritoneu reveste só cerca dos 2/3 superiores da face anterior e parte superior das faces laterais
a lâmina visceral do peritoneu da ampola retal continua-se com a lâmina visceral do peritoneu do cólon sigmóide
anteriormente - o peritoneu desce até 7 cm do ânus refletindo-se no homem para a bexiga e na mulher para a face posterior da bexiga
lateralmente - o peritoneu sobre com obliquidade póstero-superior a partir da escavação reto-uterina de Douglas
continua-se depois com a parede da cavidade pélvica = escavação látero-retal
No homem:
o a reflexão do peritoneu do reto para a bexiga = escavação reto-vesical de Douglas
o o fundo da vesícula seminal divide esta escavação em 2 recessos secundários
o um anterior: recesso vesico-seminal
o um posterior: recesso reto-seminal
Na mulher:
o a reflexão do peritoneu do reto para a face póstero-superior do útero e para a face posterior da vagina = escavação reto-uterina de Douglas
349
o inferiormente ao recesso reto-uterino a parede anterior do reto encontra-se separada da vagina pelo septo reto-vaginal
- no homem:
- constituída pela fáscia retrorrectal de natureza fibrosa (estende-se do mesocólon sigmóide até fáscia da pelve)
espaço posterior: que constitui plano descolável limitado posteriormente pela fáscia pré-sagrada
350
1.2. RELAÇÕES COM OS ÓRGÃOS ADJACENTES À LOCA RETAL
351
RELAÇÕES DA AMPOLA DO RETO
Porção Peritoneal: apresenta relações distintas conforme a ampola esteja vazia ou distendida
- Vazia: a escavação látero-retal encontra-se preenchida com as ansas intestinais e o cólon sigmoide
- Distendida: relaciona-se com as paredes da cavidade pélvica, vasos ilíacos internos, uretéro, útero, ovário
Porção Subperitoneal:
- relaciona-se com plexo hipogástrico inferior ou pélvico e os órgãos situados no espaço pelvi-retal superior:
352
2. FLEXURA ANO-RETAL
FACES LATERAIS - relacionam-se com a porção lateral ou esfincteriana do músculo levantador do ânus
ao nível do períneo o canal anal está intimamente relacionado com os músculo levantadores do ânus e músculo esfíncter externo do ânus
forma 2 arcos que circunscrevem o canal anal que se relacionam medialmente com o músculo esfíncter interno do ânus
estes 2 arcos reúnem-se anteriormente e posteriormente ao canal anal
353
posteriormente o músculo insere-se no ápice do cóccix e na face profunda da derme
anteriormente insere-se no centro do períneo e também na face profunda da derme
relacionam-se inferiormente com as fossas ísquio-anais que contêm tecido célulo-adiposo e com feixe vasculonervoso pudendo interno
as fossas ísquio-anais estão limitadas:
o superiormente pela face inferior do músculo levantador do ânus
o medialmente e lateralmente com o osso coxal e músculo obturador interno
o inferiormente com o períneo
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
1. TÚNICA SEROSA
o peritoneu relaciona-se com os 2/3 superiores da ampola do reto revestindo as suas faces anterior e laterais
o peritoneu que reveste as faces laterais do reto vai refletir-se para as paredes da pelve constituindo as escavações látero-retais
o peritoneu que se relaciona com a face anterior lança-se sobre a bexiga constituindo a escavação reto-vesical de Douglas (no homem)
o peritoneu que se relaciona com a face anterior lança-se sobre o útero constituindo a escavação reto-uterina de Douglas (na mulher)
354
2. TÚNICA MUSCULAR
constituída pela camada superficial com fibras musculares longitudinais e camada profunda com fibras musculares circulares
as 2 ténias do cólon existentes no cólon sigmóide ao passarem no reto alargam-se em leque sobre
as faces anterior e posterior
e contactam depois entre si ao nível das faces laterais do reto
as fibras musculares longitudinais dividem-se em 3 grupos: as superficiais, as médias e as profundas
3. TELA SUBMUCOSA
laxa e apresenta o plexo venoso retal particularmente desenvolvido ao nível das colunas anais
(Morgagni)
4. TÚNICA MUCOSA
355
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL DO RETO
VASCULARIZAÇÃO DO RETO
PLEXO VENOSO RECTAL VEIAS RETAIS MÉDIAS VEIA ILÍACA INTERNA VEIA ILÍACA COMUM VEIA CAVA INFERIOR
SUBMUCOSO
INERVAÇÃO DO RETO
inervação parassimpática e inervação simpática
357
cada uma com fibras motoras (eferentes) e fibras sensitivas (aferentes)
Inervação Parassimpática
inicia-se num dos ramos colaterais do plexo pudendo com início no ramo anterior do 3º nervo sagrado
está anastomosado com o 2º e 4º ramos anteriores dos nervos sagrados e originam 2 ramos colaterais:
nervo do esfíncter externo do ânus (passa na fossa ísquio-anal e termina no esfíncter externo do ânus)
nervo acessório do esfíncter externo do ânus (termina no esfíncter externo do ânus)
esta inervação ocasiona a contração dos músculos retais e relaxamento do esfíncter externo do ânus = defecação
Inervação Simpática
inicia-se no plexo hipogástrico superior, ramo do plexo aórtico-abdominal
origina o nervo pré-sagrada que se bifurca dando os 2 nervos hipogástricos
cada nervo destes relaciona-se com a face lateral do reto e termina no plexo hipogástrico inferior e formam o gânglio hipogástrico inferior
O estímulo para que seja solicitado o reflexo para a defecação realiza-se com a repleção da ampola retal
quando um determinado volume de fezes faz pressão na mucosa retal produz solicitação reflexa ao centro reflexo de expulsão anorretal
este centro responde ocasionando contração da musculatura da ampola retal e relaxamento do esfíncter interno
produz-se o desejo de evacuar ou fazer um cócózinho
Se o indivíduo decide não evacuar = produz-se solicitação ao centro reflexo de contenção anorretal = contração do esfíncter externo
Ânus
1. Sistema Digestivo
2. Função
É o orifício de saída das fezes e dos gases intestinais pelo que a sua função é a contribuição da expulsão dos componentes referidos
anteriormente.
3. Localização
4. Considerações gerais
Limites:
Superiormente Junção ano-rectal (circular e irregular que passa pela margem livre das válvulas
anais)
Inferiormente linha ano-cutânea (circular onde a pele lisa do ânus se vai continuar com a pele
do períneo)
359
5. Conformação externa
- Apresente a forma de uma fenda ântero-posterior (no - No seu contorno existem as pregas radiadas do ânus.
estado de repouso)
- Forma circular (no estado dilatado)
6. Constituição anatómica
Camada muscular
É constituída por fibras musculares lisas – musculo esfíncter interno do ânus- e por fibras musculares estriadas – o musculo esfíncter externo do
ânus.
Músculo esfíncter interno do ânus Músculo esfíncter externo do ânus
É formado por fibras musculares circulares da túnica muscular Tem três partes:
do reto que ao nível do ânus formam um anel muscular denso. - Parte subcutânea: encontra-se na parte inferior do canal anal,
inferiormente ao ânus.
Os músculos esfíncteres do ânus mantêm fechado o canal anal e o ânus relaxando durante a defecação podendo o músculo esfíncter
externo do ânus contrair-se voluntariamente.
Camada cutânea
A pele do ânus é mais fina, pobre em papilas, desprovida de pelos e glândulas.
360
FÍGADO
Sistema - O fígado constitui a glândula anexa mais importante pertencente ao sistema digestivo
Plates 277-278 6ª Edição
Função
Localização
SITUAÇÃO DO FÍGADO
361
Projeção parietal
1. Linha Horizontal
inicia-se à direita no ponto mais alto do fígado correspondendo à margem inferior da 4ª costela direita ao nível da linha mamilar direita
dirige-se transversalmente para a esquerda, passa ao nível da base do processo xifoide e alcança a margem inferior da 4ª costela esquerda
Meios de Fixação
permitem mobilidade fisiológica: movimenta-se com o diafragma - baixa na inspiração e eleva-se na expiração
aderência à veia cava inferior pelas veias hepáticas - principal meio de fixação
aderência ao pedículo hepático (não são verdadeiros meios de fixação)
a pressão abdominal
os ligamentos peritoneais que ligam o fígado súpero-posteriormente ao diafragma e ao estômago e anteriormente ao umbigo
- ligamento falciforme e ligamento coronário
- ligamentos triangulares
Conformação externa
o fígado tem forma do segmento superior de um ovoide com grande eixo transversal (a extremidade maior dirige-se para a direita)
apresenta 3 faces, 3 margens e 2 extremidades
faces: superior ou diafragmática, inferior ou visceral, posterior ou vertebral
362
margens: anterior, póstero-superior e póstero-inferior
extremidades: direita e esquerda
convexa e lisa no sentido ântero-posterior e estende-se desde a margem anterior até à margem póstero-superior
esta face é larga próximo da extremidade direita e torna-se afilada à medida que se aproxima da extremidade esquerda
constituída por 2 porções: anterior e superior
a porção anterior encontra-se dividida em 3 porções tóraco-abdominais: torácica direita, abdominal epigástrica e torácica esquerda
a porção posterior relaciona-se diretamente com o diafragma
Esta face é revestida pela lâmina visceral do peritoneu e dividida em duas porções na união dos 2/3 direitos com o 1/3 esquerdo:
363
B. FACE INFERIOR OU VISCERAL
364
3. SULCO TRANSVERSO OU PORTA HEPÁTICA
a porta hepática divide o sulco longitudinal em duas porções como referido acima
alcança o sulco ântero-posterior direito ao nível da extremidade posterior da fossa da vesícula biliar
prolonga-se muitas vezes para a direita para constituir o sulco do processo caudado
este situa-se na face visceral do lobo direito, posteriormente e à esquerda às impressões renal, duodenal e cólica
e anteriormente e à direita ao processo caudado do lobo caudado de Spiegel
O sulco longitudinal direito + sulco longitudinal esquerdo + sulco transverso = delimitam na 4 zonas na face visceral do fígado
365
LOBOS DO FÍGADO
processo papilar
LOBO QUADRADO
- limitado à direita pelo sulco longitudinal direito
- limitado à esquerda pelo sulco longitudinal esquerdo
- limitado posteriormente pela porta hepática
366
C. FACE POSTERIOR OU VERTEBRAL
corresponde à margem inferior de T9 ao corpo vertebral de T10 e T11 e por vezes T12
apresenta concavidade transversal adaptada à coluna vertebral
apresenta 2 sulcos verticais
367
B. MARGEM PÓSTERO-SUPERIOR DO FÍGADO
368
RELAÇÕES
- relaciona-se com diretamente com diafragma (folíolos anterior e direito do centro tendinoso)
- relaciona-se com parte muscular direita do diafragma
PORÇÃO POSTERIOR - relaciona-se através do diafragma:
- à direita com a pleura e com face inferior do pulmão direito
- à esquerda com a base do pericárdio fibroso e face inferior do coração - impressão cardíaca
369
FACE INFERIOR OU VISCERAL RELAÇÕES
SULCO LONGITUDINAL DIREITO - apresenta na porção anterior a fossa da vesícula biliar que aloja a vesícula biliar
- limitado à direita pelo sulco longitudinal direito e à esquerda pelo sulco longitudinal esquerdo
- limitado posteriormente pelo sulco transverso ou porta hepática
LOBO QUADRADO DO FÍGADO
- relaciona-se com antro duodenal e piloro; face anterior do omento menor
- relaciona-se mais anteriormente com a porção direita do cólon transverso
- limitado à direita pelo sulco longitudinal direito e à esquerda pelo sulco longitudinal esquerdo
LOBO CAUDADO DE SPIEGEL - limitado anteriormente pelo sulco transverso ou porta hepática
- relaciona-se com vestíbulo da bolsa omental e através desta com o plexo celíaco
370
FACE POSTERIOR OU VERTEBRAL RELAÇÕES
PORÇÃO ESQUERDA - apresenta a impressão esofágica - face anterior da porção abdominal do esófago
371
TERRITÓRIOS HEPÁTICOS
a ordenação interna dos elementos constituintes do fígado faz-se por justaposição de numerosos territórios que possuem pedículos próprios
a disposição destes territórios depende da distribuição dos elementos vasculares e biliares
os vasos do fígado têm interiormente uma distribuição do tipo terminal
cada ramo terminal assegura a vascularização de um território preciso e teoricamente bem individualizado - sectores e segmentos
entre os sectores existem as fissuras
1. PEDÍCULOS DO FÍGADO
2. VEIA PORTA
origina-se por 2 raízes principais: o tronco venoso espleno-mesentérico e a veia mesentérica superior
inicia-se posteriormente ao colo do pâncreas situando-se na face posterior do pâncreas e da parte superior do duodeno
relaciona-se com o ducto colédoco ao nível do seu flanco direito
ocupa a margem livre do omento menor com a artéria hepática (situada anteriormente e à esquerda) e ducto colédoco (anterior e à direita)
na porta hepática divide-se em 2 ramos terminais: veia porta direita e veia porta esquerda
372
a veia do lobo caudado de Spiegel origina-se como ramo de uma ou de outra
2.1. VEIA PORTA ESQUERDA
segue o trajeto transversal da veia porta esquerda e vasculariza o sector lateral esquerdo
este sector é monossegmentar
constitui depois a veia do segmento póstero-lateral esquerdo ou do segmento II - destinada à porção posterior do lobo esquerdo
perpendicular à anterior e dirige-se anteriormente e termina no recesso umbilical - onde se insere a veia umbilical no feto / ligamento redondo
este estende-se de posterior para anterior ao longo do sulco umbilical - termina num recesso próximo da margem inferior do fígado
373
2.2. VEIA PORTA DIREITA
este lobo possui vascularização própria recebendo uma ou duas veias do sistema porta e enviando uma ou duas veias hepáticas para a VCI
a veia do sector posterior que é monossegmentar e constitui a veia do segmento posterior ou do segmento I
tem origem na veia porta esquerda ou direita ou mais raramente como ramo terminal do tronco porta
origina um ou 2 ramos que vascularizam o lobo caudado
3. VEIAS HEPÁTICAS
originam-se ao nível das veias centro-lobulares que recebem o sangue dos sinusoides
as veias centro-lobulares juntam-se à periferia dos lóbulos nas veias sublobulares
374
da reunião destas formam-se as veias hepáticas que terminam na veia cava inferior por intermédio de três veias principais
veia hepática direita, veia hepática mediana e veia hepática esquerda
Veias Centro-Lobulares Veias Sublobulares Veia Hepatica Mediana Veia Cava Inferior
a bifurcação da veia porta determina a existência da parte hepática direita e da parte hepática esquerda
a parte hepática direita e a parte hepática esquerda estão separadas pela fissura porta principal
desde o fundo da fossa da vesícula biliar anteriormente e o flanco ântero-esquerdo da veia cava inferior posteriormente
a VEIA PORTA ESQUERDA divide-se em veias que vascularizam o sector medial esquerdo e o sector lateral esquerdo (ver acima)
estes sectores esquerdos estão separados pela fissura porta esquerda
estende-se entre o flanco esquerdo da veia cava inferior e a margem inferior do fígado na união dos 2/3 direitos com o 1/3 esquerdo
a veia porta direita origina 2 ramos que vascularizam o sector medial direito e o sector lateral direito (ver acima)
estes sectores direitos estão separados pela fissura porta direita
estende-se entre o flanco direito da veia cava inferior e a margem inferior do fígado a meia distância entre a fossa biliar e a ext. direita do fígado
375
4.2. SEGMENTOS PORTAIS
SECTORES SEGMENTOS
5. SECTORES SUPRA-HEPÁTICOS
as veias hepáticas permitem distinguir territórios com pedículos próprios - os sectores supra-hepáticos
estas veias condicionam os sectores supra-hepáticos direito, mediano e esquerdo
separados entre si pelas fissuras supra-hepáticas direita e esquerda
a fissura supra-hepática direita - inicia-se no flanco direito da VCI (veia cava inferior) e termina lateralmente à incisura da vesícula biliar
a fissura supra-hepática esquerda - inicia-se no flanco esquerdo da VCI e termina ao nível da incisura do ligamento redondo
376
SECTORES SUPRA-HEPÁTICOS SEGMENTOS
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
1. PERITONEU HEPÁTICO
ao peritoneu parietal do diafragma e parede abdominal anterior por intermédio de pregas: ligamentos falciforme, coronários e triangulares
ao estômago e à parte superior do duodeno pelo omento menor ou gastro-hepático
a órgãos adjacentes por ligamentos inconstantes
377
1.1. LIGAMENTO FALCIFORME
septo vertical translúcido ântero-posterior que liga a face diafragmática do fígado à face inferior do diafragma e parede anterior do abdómen
é triangular e apresenta um ápice, uma base, 2 margens e 2 faces:
MARGEM SUPERIOR - convexa e insere-se na face inferior do diafragma e na parede anterior do abdómen até ao umbigo
BASE OU MARGEM LIVRE - dirige-se desde o umbigo até ao sulco da fissura do ligamento redondo
- as lâminas continuam sob a forma de peritoneu parietal cobrindo a face inferior do diafragma
- ao nível da margem inferior continuam sob a forma de peritoneu visceral hepático (revestem face diafragmática do lobo direito e esquerdo)
- na base unem-se uma à outra formando um sulco que contém a veia umbilical no feto e o ligamento redondo no adulto
Lâmina Inferior:
- continuação do peritoneu parietal
- alcança a margem póstero-inferior do fígado que se dirige de posterior para anterior para revestir a face visceral do fígado
as 2 lâminas que constituem o ligamento coronário aproximam-se junto das suas extremidades direita e esquerda e forma 2 pregas triangulares
estas pregas são os ligamentos triangulares
apresentam 3 margens e 1 ápice
379
1.4. OMENTO MENOR OU GASTRO-HEPÁTICO
formado pela justaposição de duas lâminas peritoneais ocupando uma posição transversal
estende-se desde a porta hepática até à porção abdominal do esófago
apresenta 4 margens e 2 faces
- tem uma porção posterior, sagital, que percorre de superior para inferior a fissura do ligamento venoso até à ext. esquerda da porta hepática
- tem uma porção anterior que percorre depois este sulco até à sua extremidade direita
- desce ao longo da curvatura menor do estômago e passa para a parte superior do duodeno
- curta e estende-se da extremidade superior da margem hepática à extremidade superior da margem gastro-duodenal
380
1.4.6. FACE POSTERIOR
- olha com obliquidade póstero-lateral e constitui a parede anterior do vestíbulo da bolsa omental
1.5.1. LIGAMENTO HEPATO-RENAL - estende-se entre a parte posterior da face diafragmática do fígado e a face anterior do rim direito
1.5.2. LIGAMENTO HEPATO-SUPRARRENAL - estende-se da parte posterior da face diafragmática do fígado até face anterior da glândula suprarrenal
1.5.1. LIGAMENTO HEPATO-CÓLICO - estende-se da face inferior ou visceral do fígado à flexura direita ou hepática do cólon
o fígado é completamente envolvido pela cápsula fibrosa (Glisson) - túnica fibrosa semitransparente
adere solidamente pela sua face externa à lâmina visceral do peritoneu
adere pela sua face interna à superfície externa do parênquima do fígado
ao nível da porta hepática a cápsula fibrosa penetra no interior do parênquima = forma as cápsulas fibrosas perivasculares
Artéria Hepática
variável quanto à origem e ao trajeto (ver variações do tronco celíaco na parte do estômago)
a artéria hepática pode estar ausente sendo substituída pelas artérias hepáticas acessórias
nesse caso a artéria hepática acessória esquerda, a artéria gástrica esquerda e a artéria esplénica formam o tronco hepato-gastro-esplénico
nesse caso ainda, a artéria hepática acessória direita e a artéria mesentérica superior formam o tronco hepato-mesentérico
a artéria hepática dirige-se com obliquidade horizontal ântero-direita até alcançar a porção superior do piloro
situa-se no omento menor anteriormente à veia porta e à esquerda do ducto hepático comum
muda de direção e torna-se vertical alcançando a porta hepática
381
Artéria Hepática Comum - porção horizontal da artéria hepática
382
ESQUEMA RESUMO VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL:
AORTA ABDOMINAL
383
INERVAÇÃO DO FÍGADO
Inervação Parassimpática
inicia-se num dos ramos abdominais do ramo terminal do tronco vagal comum (Delmas e Laux)
ramos hepáticos que se relacionam com o pedículo hepático contribuindo para formar o plexo hepático
Inervação Simpática
inicia-se num ramos eferentes do plexo celíaco nos gânglios celíacos por intermédio do plexo hepático
o plexo hepático relaciona-se com a artéria hepática e seus ramos
384
VIAS BILIARES
O ducto hepático comum recebe, ao longo do seu trajeto, o ducto cístico (origem na vesícula biliar), passando a designar-se ducto colédoco (termina na
porção descendente do duodeno).
Origem
385
NOTA: Habitualmente, D. Hepático D. Hepático
Direito Esquerdo D. HEPÁTICO
COMUM
(muito curto e (mais comprido
quase vertical) e horizontal)
Localização: cav abdominal» POST-SUP-DIREITO à divisão da artéria hepática (ramo do tronco celíaco» ramo da aorta abdominal)
Margem direita
ou livre do Obliquidade Ligeiramente
omento POST-INF- SUP à porção
menor/gastro- ESQUERDA SUP do
hepático duodeno
Passa a
designar-se Recebe ducto
ducto cístico
colédoco
Dimensões: variáveis (em função do modo de origem, da altura e do ponto de terminação do ducto cístico)
NORMALMENTE, comprimento médio = 3 cm // diâmetro = 5 mm.
386
Relações Plate 283- 6ª Edição
Relaciona-se intimamente com o flanco direito do ducto cístico ao longo de um Limites do TRIÂNGULO DE CALOT
trajeto que é extremamente variável (lembrando os canos de uma espingarda). Ducto hepático comum (es-
querdo)
NOTA: Divertículo = apêndice de um órgão tubular ou de uma cavidade principal, natural ou patológico e em forma de fundo de saco ou de bolsa.
387
DUCTO COLÉDOCO
Trajeto:
SITUAÇÃO + FREQUENTE = região média da porção descendente do duodeno (como descrito no esquema acima) a 4 cm do piloro
O local de implantação do ducto é variável:
- Terminações altas» pode alcançar porção SUP do duodeno (segundo um ângulo reto)
- Terminações baixas» pode alcançar a porção horizontal do duodeno
388
Porção terminal do ducto colédoco + Porção terminal do ducto pancreático (Wirsung)
Este músculo é composto por 3 porções: esfíncter comum intraduodenal + esfíncter SUP + esfíncter INF.
1) Esfíncter comum intraduodenal: intraparietal + contorna ampola hepato-pancreática (Vater) e porção terminal dos ductos
colédoco e pancreático (Wirsung) Plate 280- 6ª Edição
3) Esfíncter INF: envolve porção terminal do ducto pancreático de Wirsung (cerca de 0,5 cm de comprimento)
Relações
Supraduodenal Retropancreático
• Entre origem e margem SUP da porção SUP do • Relação c/ face POST da cabeça do pâncreas
duodeno
Retroduodenal Intraparietal
• Face POST da porção SUP do duodeno • Parede do duodeno Plate 278, 280, 286- 6ª Edição
389
O ducto colédoco apresenta relações ao nível de cada uma das suas porções.
PORÇÃO SUPRADUODENAL
PORÇÃO RETRODUODENAL
(1 a 1,5 cm de comprimento)
(corresponde à face POST da porção SUP do duodeno + está
- Ductos cístico e colédoco unidos (como os canos de incluída na margem livre do omento menor)
uma espingarda)
- Artéria hepática à esquerda do ducto» origina
- Margem livre do omento menor (ANT ao forame artéria gastro-duodenal
omental de Winslow)
- Artéria gastro-duodenal apresenta obliquidade ANT-
- Flanco direito da veia porta + cruza flanco direito da veia porta e a
INF-DIREITA
face ANT do ducto colédoco
- Artéria hepática à esquerda do ducto (origina a
artéria gástrica direita)
PORÇÃO RETROPANCREÁTICA
(ao nível da margem SUP da cabeça do pâncreas)
390
PORÇÃO INTRAPARIETAL
- Ducto atravessa parede duodenal c/ ducto pancreático (que é INF)
- Abrem-se ambos, + frequentemente, na AMPOLA HEPATO-PANCREÁTICA (VATER)
Quando a ampola está ausente» ductos abrem-se por 2 óstios independentes no ápice da papila maior do
duodeno.
Quando a ampola e a papila maior estão ausentes» ductos abrem-se na cav. duodenal por 2 óstios independentes OU unem-se, formando 1
ducto comum.
391
Forma, dimensões e cor
Forma cilindroide
Comprimento médio = 5 cm
Diâmetro médio = 5 mm (diminui à medida que se vai aproximando da sua porção inferior)
Cor (indivíduo vivo) = amarelo-esverdeado
Zona limitada p/ linha vertical mediana (passa pelo umbigo) + linha horizontal perpendicular
(também passa pelo umbigo) + bissetriz das 2 linhas (abertura SUP-DIREITA, entre a linha e a
bissetriz do ângulo)
Constituição anatómica
2 túnicas = fibromuscular (feixes conjuntivos unidos p/ fibras elásticas e musculares lisas plexiformes) + mucosa (lâmina muito fina c/ numerosos diver-
tículos que penetram túnica fibromuscular)
392
Via biliar acessória
VESÍCULA BILIAR
NOTA: A colecistigrafia ou a colangiografia permitem ver a vesícula projetada sobre o lado direito de L2, L3 ou L4.
393
COR Porção MÉDIA da
PO vesícula
Adere à fossa da
vesícula pela face SUP
Fixação mediante a
face INF pelo peritoneu
Meios de Fixação
Fundo da vesícula Completamente envolvido por peritoneu
Face SUP do corpo da vesícula Tecido fibroso laxo
Face INF do corpo da vesícula Peritoneu hepático
394
Forma, direção e dimensões
Projeção parietal
Através do seu fundo, a vesícula biliar projeta-se na parede abdominal ANT.
Passa pela
Linha vertical margem LAT do
direita músculo reto do
abdómen A projeção abdominal pode, ainda, ser referenciada pela
Interseção
interseção da linha axilo-umbilical direita com a
Passa ao nível da extremidade ANT da 10ª cartilagem costal direita (check
Linha horizontal 10ª cartilagem pág 225 do Pina de Órgãos).
costal direita
Constituição anatómica
3 túnicas: serosa + fibromuscular + mucosa Pina página 226
395
- Certos casos: ligamento cístico-cólico (une face INF do corpo à porção descendente do duodeno e à flexura hepática do colón)
- Certos casos: meso hepatocístico, que é uma dependência da margem direita do omento menor (liga colo da vesícula à fossa da
vesícula, contendo os vasos císticos, linfáticos e o plexo cístico)
TÚNICA MUCOSA (lâmina c/ funções de absorção e secreção // apresenta glândulas de Luschka, abundantes no colo //
macroscopicamente, possui pregas e aréolas)
FUNDO CORPO
COLO
• Situado na incisura da vesícula • Face SUP: unida ao parênquima
(limite ANT da fissura ANT-POST direita, hepático da fossa da vesícula
na margem ANT do fígado) biliar por tecido conjuntivo fibroso • Obliquidade SUP-ESQUERDA »
• laxo e veias portas acessórias dirige-se para POST
• Relação direta c/ parede ANT do • •
abdómen (palpação possível ao • Face INF: relação c/ porção • Ocupa extremidade SUP da
nível da extremidade ANT da 10ª descendente do duodeno e cólon margem livre do omento menor
cartilagem costal direita) transverso (inconstante, devido à (corresponde ao ramo direito da veia
mobilidade destes órgãos) porta)
396
DUCTO CÍSTICO
Localização: estende-se do colo da vesícula» extremidade INF do ducto hepático comum (a partir deste ponto, designa-se por
ducto colédoco)
Terminação Variável
ao nível do ducto Flanco esquerdo
hepático comum
Flanco POST
(EXCECIONAL)
397
Angular
(ângulo agudo)
Forma e dimensões
Superfície interna = sulcos condicionam pregas espirais (Heister), habitualmente semilunares (1 margem livre, 1 margem aderente)
398
A disposição e número das pregas espirais é muito variável, podendo considerar-se a existência de 1 única prega.
Podem existir ductos císticos curtos ou longos (comprimento menor ou maior do que o normal, respeti-
vamente)
Constituição anatómica
399
ARTÉRIA DAS VIAS BILIARES EXTRA-HEPÁTICAS» ARTÉRIA CÍSTICA LIMITES DO TRÍGONO DE BUDDE
SUP = fígado
Origem + frequente: artéria hepática própria (ramo SUP da artéria hepática comum)
Margens = ductos hepáticos
comum e cístico
Numerosas variações a nível da origem: hepática acessória direita // dupla c/ origem na he-
pática direita // dupla c/ origem na hepática direita e na gastro-duodenal
NORMALMENTE:
Ramo ANT » porção Dirige-se p/ colo da
livre da vesícula vesícula biliar, Origina artéria
Ramo POST » face SUP originando 2 ramos hepática direita
da vesícula + fossa terminais
cística
Ramos anastomosam-
se entre si
400
VEIAS DAS VIAS BILIARES EXTRA-HEPÁTICAS» VEIAS DA VESÍCULA BILIAR + VEIAS DOS DUCTOS
- PROFUNDAS: origem na face SUP do corpo da vesícula» penetram diretamente no fígado (veias porta acessórias)
401
BAÇO
É um órgão linfoide, que tem como função a hemocaterese ou destruição dos eritrócitos senes-
centes a produção de linfócitos e chegada de linfócitos de órgãos linfoides primários, no feto
produz neutrófilos, basófilos eosinófilos e eritrócitos
Localização: encontra-se no hipocôndrio esquerdo, póstero-lateralmente ao estômago, supe-
riormente à flexura esquerda/esplénica do cólon e ao pólo superior do rim esquerdo
CONSIDERAÇÕES GERAIS
SUP-LAT: diafragma
Forma: ovoide (grão de café) com a sua superfície convexa lateralmente e a superfície plana ântero-medialmente, a porção inferior da
margem medial bifurca-se condicionando uma face basal ou cólica
Grande eixo é ântero-ínfero-lateral e consistência extremamente frágil (frequentemente fraturado em pequenos traumatismos)
Normalmente encontra-se 1 baço, podendo haver baços acessórios do omento gastro-esplénico e pancreático-esplénico
MEIOS DE FIXAÇÃO
pregas peritoneais que partem de órgão e se inserem na parede abdominal e órgãos vizinhos
Durante a inspiração desce e dirige-se anteriormente e durante a expiração regressa à posição inicial.
Melhor palpação em decúbito lateral direito, pois a mudança de posição corporal permite que o órgão se desloque ântero-inferiormente e
facilite a palpação quando o indivíduo inspira.
402
CONFORMAÇÃO EXTERNA
Face lateral/diafragmática ⇒ é convexa e relaciona-se com o diafragma, estando separada deste músculo pelo recesso costo-diafragmático
esquerdo e pulmão esquerdo
Face ântero-medial/gástrica ⇒ é côncava, apresentando anteriormente à margem medial do baço o hilo esplénico (local de entrada e saída dos
vasos e nervos que constituem o pedículo do órgão)
condensado
condensado:
divisão da artéria
esplénica perto do hilo
contínuo:
alongado
bainha comum a todas repartido
alongado: as fossas
tipo de hilo artéria esplénica curta
esplénico que se divide afastada
alongado contínuo
porção anterior/pré-hilar → mais desenvolvida, situada anteriormente ao hilo esplénico, relacionando-se com
a face posterior do fundo gástrico
porção posterior/retro-hilar → relaciona-se indiretamente com a cauda do pâncreas, através da bolsa omen-
tal
Face póstero-medial/renal ⇒ é côncava e a mais pequena das 3 faces, relacionando-se com a face anterior do
rim esquerdo e a glândula suprarrenal esquerda
403
Face basal/cólica ⇒ plana ou ligeiramente deprimida, olha ântero-ínfero-medialmente, relacionando-se com a flexura esquerda ou esplénica
do cólon, repousando sobre o ligamento hepático-cólico
Pólo/Extremidade superior ⇒ é arredondada, situa-se na porção superior da margem
medial e projeta-se ao nível da extremidade posterior do 10º espaço intercostal es-
querdo, entre o estômago anteriormente, a glândula suprarrenal inferiormente e o di-
afragma póstero-superiormente
Pólo/Extremidade inferior ⇒ situa-se na porção inferior da margem medial do baço e
atenua-se quando a margem se bifurca para formar a face basal ou cólica
Margem anterior ⇒ é dentada e situa-se entre a face lateral/diafragmática e a face
ântero-medial/gástrica
Margem posterior ⇒ situa-se entre a face lateral/diafragmática e a face póstero-me-
dial/renal
Margem medial ⇒ situa-se entre a face ântero-medial/gástrica
ramos terminais condicionam os e a face póstero-me-
dial/renal territórios do baço
TERRITÓRIOS ESPLÉNICOS
Todo o sangue arterial do baço provém da artéria esplénica,
que termina no pâncreas (omento pancreático-esplénico) ou
próximo do hilo esplénico
2ª unidade territorial: segmento esplénico (verdadeira unidade anatómica e clínica ⇒ pedículo segmentar formado por elementos vasculares autóno-
mos) separados por fissuras inter-segmentares que não são exangues, contrariamente às fissuras interlobares
2 lobos esplénicos – apresentam um segmento superior e outro inferior (30,4%) segmento polar inferior (25%)
2 segmentos polares (11,7%)
3ª unidade territorial: subsegmento esplénico (pedículo vascular sem autonomia porque também vasculariza subsegmentos adjacentes)
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
Peritoneu esplénico
envolve o baço em quase toda a sua extensão, formando pregas que o ligam a órgãos vizinhos
Omento gastro-esplénico: contém os vasos gástricos e na porção inferior os vasos gastro-omentais esquerdos
lâmina anterior – estende-se da face anterior do estômago até ao lábio anterior do hilo esplénico, onde reveste todo o baço, contor-
nando-o até ao lábio posterior do hilo esplénico e a este nível reflete-se para posterior, passando anteriormente à face anterior do rim
esquerdo até alcançar a margem lateral do mesmo para se continuar com o peritoneu parietal que reveste o diafragma
lâmina posterior – origina-se na face posterior do estômago e alcança o lábio posterior do hilo esplénico para se dirigir com obliquidade
ântero-medial, revestindo a face anterior do pâncreas, a aorta abdominal e a veia cava inferior ⇒ parede posterior da bolsa omental
405
Omento pancreático-esplénico (inconstante): une a cauda do pâncreas à face ântero-medial/gástrica do baço, apresentando no seu interior
os vasos esplénicos
lâmina anterior – estende-se desde o lábio posterior do hilo esplénico até alcançar a cauda do pâncreas
lâmina posterior – reveste a porção retro-hilar da face ântero-medial/gástrica do baço e reflete-se sobre a face anterior do rim esquerdo
Ligamento espleno-cólico (muito raro): liga a porção inferior do baço à flexura esquerda/esplénica do cólon
Parênquima esplénico
cápsula de tecido conjuntivo denso emite trabéculas que dividem o parênquima/polpa esplénica em polpa branca e vermelha
Cápsula: tecido fibroso que adere completamente ao baço, sendo constituído por fibras de colagénio, elásticas e musculares lisas, e que
penetra com os vasos no interior do hilo esplénico, formando bainhas cilíndricas
trabéculas – dividem o baço em espaços que comunicam entre si e são enviadas pela cápsula através da sua face profunda, relaci-
onando-se com os vasos no hilo esplénico
polpa branca: bainhas linfáticas peri-arteriais (linfócitos T) em volta das artérias centrais e
nódulos linfáticos de Malpighi (linfócitos B)
polpa esplénica – formada por fibras reticulares
zona marginal: área entre a polpa branca e a polpa vermelha que possui macrófagos e células
dendríticas
polpa vermelha: cordões esplénicos de Billroth (células reticulares, macrófagos, plasmócitos, monócitos,
linfócitos…) que separam os seios esplénicos formados por endotélio que delimita um lúmen
dilatado e irregular
406
Teorias sobre a conexão dos sistemas arterial e venoso no baço:
o circulação aberta → capilares provenientes das arteríolas peniciliadas abrem-se diretamente nos espaços entre as células reticulares dos
cordões esplénicos, sendo o sangue gradualmente filtrado para os seios esplénicos
o circulação fechada → capilares provenientes das arteríolas peniciliadas comunicam diretamente com os seios esplénicos
o mista → defende a coexistência de ambos tipos de circulação, sendo que quando o baço está contraído predomina a circulação fe-
chada e quando está distendido, prevalece a circulação aberta
VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO
Todo o sangue arterial do baço provém da artéria esplénica, que se divide nas proximidades do hilo em dois ramos terminais, superior e inferior,
cada um dos quais origina, por sua vez, dois ou três ramos que penetram no baço. Esses ramos subdividem-se, mas as ramificações de cada
um deles não são anastomosam com os ramos vizinhos, irrigando territórios independentes.
Antes de entrar no baço, os ramos da artéria esplénica originam as artérias gástricas curtas destinadas ao estômago, sendo que em geral, a
artéria gastro-omental esquerda nasce do ramo terminal inferior da artéria esplénica.
As veias emergem do hilo em número igual às artérias, apresentam uma disposição similar à dos ramos arteriais e são posteriores a estes.
Os vasos linfáticos são divididos em superficiais e profundos, sendo que ambos drenam para os gânglios linfáticos esplénicos.
Os nervos vêm do plexo celíaco através do plexo esplénico, que acompanha a artéria esplénica.
407
Pâncreas
Volumosa glândula de secreção mista
Sistema:
Digestivo
Localização:
Porção superior do abdómen
Anteriormente às L1 e L2, aorta abdominal, veia cava inferior e rim direito
Posteriormente ao estômago
À direita do baço
À esquerda do duodeno (que envolve a cabeça do pâncreas)
Ocupa uma posição alta quando alcança T12
Ocupa uma posição baixa quando atinge L3
Função:
Alongado transversalmente
Achatado antro-posteriormente
Extremidade direita ou mais volumosa Cabeça do pâncreas- envolvida pelo arco duodenal Constituindo o quadrado duodeno-pancreático.
A porção mais media, mais estreita e alongada Corpo do pâncreas- termina à esquerda por uma extremidade afiada Cauda do pâncreas
Tem uma curva côncava anteriormente, devido à sua porção esquerda que corresponde à face posterior do estômago através da bolsa omental
Projeção parietal:
O pâncreas projeta-se na parede abdominal anterior, numa superfície retangular com os seguintes limites:
Superior: Linha horizontal superior (passa pela extremidade anteriores das 8ªs costelas)
Inferior: Linha horizontal inferior (paralela à superior e passando 7cm superior ao umbigo)
À esquerda: Linha vertical (paralela à direita, passando 2cm medial a uma linha vertical que passa pelo mamilo)
Meios de união:
O pâncreas é um dos órgãos da cavidade abdominal com melhores meios de fixação, sendo diferentes em cada uma das partes que o formam:
Cabeça do pâncreas:
Corpo do pâncreas:
Cauda do pâncreas:
Tem uma fixação variável, conforme se relacione ou não com o baço através do ligamento pancreático-esplénico (contém vasos que
entram ou saem do baço)
Onde a cabeça do pâncreas está separada dos planos profundos por intermédio de uma lâmina de coalescência (Treitz) que se continua
pela face posterior do duodeno
Feita por meio do mesocólon transverso, ao nível da cabeça do pâncreas, continuando-se pela margem inferior do corpo do pâncreas
409
Arco duodenal
Em que a cabeça do pâncreas adere às 3 primeiras partes do duodeno, sendo mais aderente à parte superior e descendente por
feixes conjuntivos curtos e resistentes, sendo pouco aderente na parte horizontal.
Abrem-se na parte descendente do duodeno contribuído para a fixação da cabeça do pâncreas por intermedio do ducto colé-
doco e do ducto pancreático de (Wirsung) que se abrem na papila maior do duodeno e também do ducto acessório (Santorini),
que se abre na papila menor do duodeno
Resulta da anastomose entre a artéria pancreático-duodenal ântero-superior (um dos ramos terminais da artéria gastro-duodenal) e
a artéria pancreático-duodenal ântero-inferior (ramo da artéria mesentérica superior)
Resulta da anastomose entre a artéria pancreática-duodenal póstero-superior (ramo colateral da artéria gastro-duodenal) e a
artéria pancreático-duodenal póstero-inferior (ramo da artéria mesentérica superior)
Conformação externa
Extremidade direita ou mais volumosa Cabeça do pâncreas- envolvida pelo arco duodenal Constituindo o quadrado duodeno-pancreático.
A porção mais media, mais estreita e alongada Corpo do pâncreas- termina à esquerda por uma extremidade afiada Cauda do pâncreas
Cabeça do pâncreas
Do se angulo ínfero-esquerdo destaca-se um prolongamento dirigido transversalmente para a esquerda Processo uncinado (Wins-
low) que contorna os vasos mesentéricos superiores, para passar póstero-inferiormente a estes
410
Por vezes o processo uncinado separa-se para constituir o pâncreas acessório
Colo do pâncreas
Estreito
2 Incisuras
Os 2 lábios são muito desenvolvidos, prolongando-se para anterior e posterior constituindo os 2 tubérculos pancreáticos:
Tubérculo pancreático anterior ou pré-duodenal: faz saliência posterior na parte superior do duodeno
Tubérculo pancreático posterior ou retro duodenal ou tuberosidade omental: ultrapassa a parte superior do duodeno
e chega a alcançar a curvatura menor do estômago estando revestido pelo omento menor.
Ântero-superior
Posterior Faces
Ântero-inferior
Anterior
Superior Margens
Inferior
A margem superior, na sua porção média apresenta uma saliência bastante desenvolvida Tubérculo pancreático esquerdo
411
Cauda do pâncreas
Forma variável
Relações
Face anterior:
Artéria gastro-duodenal
Ansas intestinais
Face posterior:
Veia porta
412
Veia cava inferior
Uretéro direito
Circunferência pancreática:
Sulco correspondente ao duodeno, não existente ao nível do cruzamento parte horizontal do duodeno com os vasos mesentéricos
superiores.
Ao piloro
Face posterior:
Apresenta um sulco relacionado com a veia mesentérica superior e com a porção retro pancreática da veia porta
Corpo do pâncreas: Face ântero-superior, posterior e ântero-inferior e margem superior, inferior e anterior
Face ântero-superior
Curvatura transversal concava anteriormente, coberta diretamente por peritoneu parietal posterior Limita posteriormente a bolsa
omental
413
Anteriormente à bolsa omental, o pâncreas encontra-se relacionado com o estômago
Face posterior:
Entre a fáscia e a face posterior do corpo do pâncreas encontra-se o pedículo esplénico, com a veia esplénica relacionada com
a margem superior do pâncreas.
Face ântero-inferior
Margem superior:
Relaciona-se:
Margem anterior:
Margem inferior:
Flexura duodeno-jejunal
Rim esquerdo
As 2 lâminas peritoneais continuam-se para a esquerda, unindo-se então para constituir o omento ou ligamento pancreático-esplénico
414
Quando a cauda se relaciona com o baço o omento é muito curto
Face anterior:
Face posterior:
Rim esquerdo
O suco pancreático chega a parte descendente do duodeno por 2 ductos (são 2 e não 1 porque inicialmente as porções secretoras de suco eram
2 separadas em forma de dedo de luva) o ducto pancreático (Wirsung) e o ducto pancreático acessório (Santorini)
O ducto colédoco atravessa com obliquidade ínfero-direita a parte duodenal juntamente com o ducto pancreático (está inferior ao ducto)
Podendo abrir-se os 2 na ampola hépato-pancreática (Vater)
415
Quando existe é uma pequena cavidade de forma conoide, com base dirigida com obliquidade supero-esquerda onde recebe o ducto pancreático e o ducto colédoco, os
quais estão separados por uma prega em forma de esporão.
Quando a ampola está ausente os 2 ductos abrem-se por óstios independentes na papila maior do duodeno
Quando a ampola e a papila maior estão ausentes os ductos abrem-se na cavidade duodenal através de 2 óstios, ou unem-se para constituir um ducto único que abre por um
Ducto duodenal
óstio na cavidade pancreático acessório (Wirsung)
Recebe
Ductos colaterais
Constituição anatómica
Peritoneu pancreático:
Ao nível da cabeça:
Face anterior cruzada horizontalmente pela margem parietal ou raiz do mesocólon transverso que aí origina 2 lâminas:
Superior aplica-se contra a porção superior da face anterior da cabeça do pâncreas e faz parte da parede poste-
rior da bolsa omental
Inferior Aplica-se contra a porção inferior da face anterior da cabeça do pâncreas, continuando-se à direta com o
mesocólon ascendente e à esquerda com a lâmina direita do mesentérico
416
Ao nível do corpo do pâncreas:
A lâmina superior da margem parietal ou raiz do mesocólon transverso continua-se ao nível da sua face ântero-posterior
Continua a fazer parte da bolsa omental
Lâmina anterior: estende-se desde a face posterior do estômago Face anterior da cauda do pâncreas, passando a
fazer parte da parede posterior da bolsa omental
Lâmina posterior: depois de revestir a face renal (póstero-medial) do baço reveste a face posterior da cauda do
pâncreas Reflete-se para a face anterior do rim esquerdo
417
RINS
pertencem ao Sistema Urinário
função: elaborar a urina
localização: são órgãos toracolombares ao nível de T11 a L3, retroperitoneais (região posterior
do abdómen) e para-vertebrais
CONSIDERAÇÕES GERAIS
O rim direito encontra-se um pouco mais inferiormente ao rim esquerdo devido à pressão pro-
vocada pelo fígado.
linha horizontal superior: passa pelo processo espinhoso de T11
projeção parietal linha horizontal inferior: passa pelo processo espinhoso de L3
ectopia renal ⇒ os rins podem ocupar uma posição anómala, resultado de uma alteração no de-
senvolvimento embrionário
ectopia cruzada quando o rim se situa inferiormente ao outro
MEIOS DE FIXAÇÃO
O rim e a glândula suprarrenal estão contidos na loca renal (principal meio de fixação dos rins)
A glândula suprarrenal está separada do rim por intermédio da lâmina inter-suprarreno-renal, expansão
fibrosa entre as cápsulas adiposas do rim e da glândula suprarrenal.
No interior da loca renal, o rim encontra-se envolvido por tecido célulo-adiposo → cápsula adiposa (mais
desenvolvida na porção inferior da margem lateral do rim)
O peritoneu parietal que cobre a face anterior dos rins desempenha um papel pouco significativo na
fixação destes órgãos, uma vez que após a sua ablação, os rins não sofrem nenhum deslocamento. No
entanto, é sobre ele que se exerce a pressão abdominal responsável pela manutenção dos rins na sua
posição.
419
O pedículo renal, formado pela artéria, veia e pelve renais, tem uma função pouco importante.
CONFORMAÇÃO EXTERNA E RELAÇÕES
forma: feijão alongado verticalmente e achatado ântero-posteriormente
Face anterior
é convexa, olha ântero-lateralmente e relaciona-se através da lâmina anterior da fáscia renal com o peritoneu parietal posterior e, através
deste, com os órgãos da cavidade abdominal
Face anterior
Rim direito Rim esquerdo
glândula suprarrenal → pólo superior porção supramesocólica:
fígado → porção súpero-lateral (ligamento hepato-renal) glândula suprarrenal → pólo superior
parte descendente do duodeno → cruza a face anterior do pedículo re- baço → 2/3 superiores da margem lateral
nal e contacta com a metade medial do rim estômago → porção superior do rim (bolsa omental)
cabeça do pâncreas → súpero-medialmente à parte descendente do cauda do pâncreas → faixa transversal média
duodeno
porção inframesocólica:
peritoneu parietal → porção central à direita
cólon transverso e flexura esquerda/hepática → metade inferior do rim
flexura direita/hepática do cólon → pólo inferior
(fáscia de coalescência) ansas jejunais → pólo inferior
420
é plana e lisa, olha póstero-medialmente e relaciona-se através da lâmina posterior da fáscia renal a
Face posterior:
parede abdominal posterior e os flancos laterais dos corpos vertebrais
os rins apoiam-se superiormente sobre o diafragma e inferiormente sobre a parede lombar, estando estes segmentos separados pelos
ligamentos arqueados medial e lateral
421
Margem lateral: muito convexa, apresentando por vezes saliências (resquícios da lobulação fetal)
Rim direito Rim esquerdo
Margem medial: côncava, apresenta na sua porção média o pedículo renal, que está relacionado com o hilo renal, nas extremidades do qual se encon-
tram 2 proeminências ⇒ os tubérculos superior e inferior
lábio anterior: vertical e convexo para medial
lábio posterior: vertical e mais curto que o anterior
hilo renal: cavidade quadrangular com 4 lábios
lábio superior: obliquidade póstero-inferior
lábio inferior: direção horizontal
pedículo renal: constituição de anterior para posterior ⇒ veia renal e os seus troncos de origem, artéria renal e os seus ramos,
cálices renais maior e menor e pelve renal
SUP – glândula suprarrenal, por intermédio da lâmina inter-suprarreno-renal (desdobramento da fáscia renal)
POST – processos transversos de L1 e L2, pilares principais do diafragma, aorta abdominal à esquerda e veia cava inferior à direita
Pólo superior: arredondado e em relação com a face inferior do diafragma, a pleura e o pulmão, a face interna da 12ª costela, a glândula suprarrenal, o
fígado à direita e o baço à esquerda
Pólo inferior: mais pequeno, alongado e afastado da linha mediana do que o pólo superior, repousa sobre os músculos psoas maior e quadrado dos lombos,
relaciona-se com o uretéro, a que está ligado através do ligamento uretéro-renal de Navarro
422
CONFORMAÇÃO INTERNA
- tecido célulo-adiposo
- ramos da artéria renal
seio renal - veia renal
hilo renal pedículo renal
(cavidade profunda) - nervos
- cálices renais
- pelve renal
As papi-
las renais (saliências cónicas) que correspondem ao ápice das pirâmides renais de Malpighi, estão separadas entre si pelas colunas renais de
Bertin e apresentam forâmenes papilares de abertura dos tubos coletores de Bellini.
conjunto dos forâmenes papilares: área cribriforme
TERRITÓRIOS RENAIS
artérias renais: ramos colaterais viscerais da aorta abdominal, destinadas aos rins e que desempenham um duplo papel, nutritivo e funcio-
nal
artérias
artéria renal artérias lobares
segmentares
artéria
Em 71,5% dos casos, a artéria renal bifurca-se na proximidade do hilo segmentar
renal em 2 ramos terminais principais: ântero-
superior
artéria lobar (28,5%)
anterior
artéria
artéria renal segmentar
ântero-inferior
artéria lobar
posterior
423
artéria segmentar
artéria segmentar
ântero-inferior
ântero-superior
artéria lobar posterior artéria lobar posterior
O rim pode ainda ser vascularizado por artérias segmentares polares (superior e infe-
rior) que condicionam segmentos autónomos localizados nos pólos do rim.
segmentos renais ⇒ territórios vasculares independentes, determinados pelas divisões da artéria renal
separados por planos avasculares: fissuras intersegmentares
fissura intersegmentar maior → separa o segmento posterior do segmento anterior (ântero-superior e ântero-inferior)
fissura intersegmentar menor → intercepta a fissura intersegmentar maior, separando o segmento ântero-superior do segmento ântero-
inferior
fissura superior → separa o segmento superior dos segmentos posterior e anterior
424
fissura inferior → separa o segmento inferior dos segmentos posterior e anterior
segmento posterior
425
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
cápsula fibrosa → é formada por fibras conjuntivas e algumas fibras elásticas, envolve completamente o parênquima renal, invaginando-se
no seio renal, onde se continua com a túnica conjuntiva dos cálices e da pelve renal
externa: relaciona-se com a cápsula adiposa
2 camadas
interna: adere ao parênquima renal
medula renal: envolve o seio renal, sendo formada pelas pirâmides de Malpighi separadas entre si pelas colunas renais de Bertin
(prolongamentos do córtex renal)
pirâmides de Malpighi ⇒ pequenas pirâmides quase cónicas, em número de 10 a 12 em cada rim, com uma base periférica e um
ápice que converge para o seio renal
papila renal, faz saliência para o seio, possui uma porção mais estreita (colo) onde se inserem os cálices menores do rim
e apresenta os forâmenes papilares, cujo conjunto forma a área cribriforme
bandas claras = túbulos coletores de Bellini
o corpo da pirâmide apresenta
bandas escuras/vasculares = vasos retos
podem ser colunas renais primárias, se atingirem o seio renal, e secundárias, se
não o atingirem
túbulo contorcido proximal → localiza-se no córtex renal, é fortemente flexuoso e enrolado sobre si mesmo,
penetrando numa pequena porção da medula renal para se continuar com a alça de Henle
alça renal de Henle → tem a forma de um U, sendo constituída por um ramo descendente delgado e um ramo ascendente mais espesso,
ambos localizados na medula renal
túbulo contorcido distal → trajeto sinuoso, menor comprimento do que o túbulo contorcido proximal, localizado no córtex renal e acabando
por terminar no tubo coletor
porção do túbulo contorcido distal em relação com os corpúsculos renais do mesmo nefrónio: mácula densa
tubos coletores → resultam da reunião dos túbulos contorcidos distais que, à medida que se aproximam da medula, vão aumentando de
calibre
na espessura da pirâmide renal de Malpighi passam a chamar-se túbulos coletores de Bellini que se abrem na papila através dos forâmenes
papilares
mácula densa
aparelho células
do túbulo
justaglomerular justaglomerular
contorcido distal modificação da túnica média das arteríolas aferentes e por vezes
eferentes, substituindo as fibras musculares lisas por células
epitelioides produtoras de renina 427
MICROVASCULARIZAÇÃO DO RIM
entre as pirâmi- paralelas à base perpendiculares
des renais das pirâmides à capsula do rim
arteríola glo-
artéria seg- artéria interlo- artéria arque- artéria interlo-
merular afe-
mentar bar ada bular
rente
bifurcação
trajeto retilíneo glomérulo
na medula renal
plexo peritubular
veia interlobu- veia arque- vénulas este-
dos túbulos con-
lar ada lares torcidos
reunião de capilares
da porção periférica
do córtex renal
vasos linfáticos: capsulares → dirigem-se para os nódulos linfáticos próximos da origem da artéria renal e da terminação da veia
renais → diferenciam-se em anteriores médios ou posteriores, conforme a sua localização em relação aos vasos
renais no pedículo e drenam nos nódulos linfáticos do pedículo renal e nos látero-aórticos, compreendidos entre a origem
das artérias renais e a artéria mesentérica inferior
428
nervos: procedem do plexo renal que acompanha a artéria renal
ramos dos gânglios celíacos → estendem-se ao longo das margens superior e inferior e das faces anterior e posterior da artéria
ramos do nervo esplâncnico menor → seguem a margem superior e a face posterior da artéria renal
ramos do nervo esplâncnico maior → encontram-se apenas na margem superior
Glândulas suprarrenais
Glândula dividida em 2 porções diferentes: córtex suprarrenal e medula suprarrenal
Função:
Localização:
Superiormente aos rins na loca suprarrenal, uma loca interna à loca renal que se situa na porção póstero-superior da cavidade abdominal
A glândula suprarrenal direita situa-se mais posteriormente do que a glândula suprarrenal esquerda
429
Quadrilátero suprarrenal
Limites:
Variações:
As variações, por defeito, podem levar à ausência de uma glândula renal com ausência do rim do mesmo lado
Glândulas suprarrenais completas: Apresentam as 2 porções: o córtex e a medula. Localizadas perto do rim e do plexo celíaco
Meios de união:
Pedículos vásculo-nervosos suprarrenais Por intermédio da artéria suprarrenal média, superior e inferior
Conformação externa:
Relações:
Face anterior:
Superiormente:
Inferiormente:
Superiormente:
431
Fundo gástrico (através da bolsa omental)
Inferiormente:
Cauda do pâncreas
Vasos esplénicos
Face posterior:
Corpo da L1
Veia hemi-ázigos
Tronco simpático
Diafragma
432
Margem lateral:
Margem medial:
Aorta abdominal
Ápice:
Olha ântero-supero-medialmente
Base:
Artéria renal
Nervos renais
A base encontra-se separada do pedículo renal na glândula suprarrenal direita enquanto que se relaciona diretamente
com este na glândula suprarrenal esquerda
433
Constituição anatómica
O córtex e a medula podem ser considerados órgãos diferentes estando apenas unidos para constitui a glândula suprarrenal
Cápsula:
Tecido conjuntivo
Não envia septos para o parênquima Representado por um conjunto de fibras reticulares que suporta a célula.
Córtex:
Porção periférica
GO Zona glomerular:
Zona reticulada:
REX SEX
Células pequenas dispostas em cordões irregulares anastomosados
O córtex fetal suprarrenal segrega conjugados sulfatados de andrógeneos que na placenta se convertem em andrógeneos.
Medula suprarrenal:
434
Constituída por células cromafins, poliédricas Formam uma rede densa em cujas malhas se encontram capilares de grande
calibre e vénulas
Microvascularização
As artérias capsulares ao alcançarem a glândula originam à sua superfície Plexo arterial subcapsular, o qual fornece arteríolas curtas ou corticais
e arteríolas longas ou medulares
Os capilares originam vénulas que se organizam num grupo central (vénulas centrais que drenam na veia suprarrenal média) e num grupo perifé-
rico (vénulas periféricas que drenam nas veias suprarrenais acessórias)
Cálices renais:
Situados no interior do seio renal
Formações membranosas
Encontram no interior do fundo do seio renal
Inserem-se no colo da pirâmide (Malpighi), retirando-se depois para apresentar a forma de um funil.
Reúnem-se em grupo (3 ou 4) para constituírem os cálices renas maiores
Recebem os cálices renais menores, fazendo a sua união no interior do seio renal para constituir a pelve renal
435
Cálice renal maior médio: Disposição horizontal, termina no angulo de união dos cálices renais maior superior e inferior
Cálice renal maior inferior: Mais desenvolvido, obliquidade súpero-lateral
Função:
Dar passagem à urina do rim para o uretéro
Localização:
Localizados na cavidade abdominal no andar supra mesocólico
Entre D12 e L1 ou L2
Considerações gerais:
Conforme a disposição dos cálices renais maiores distinguem-se diversos tipos de pelve renal:
436
Anteriormente:
Posteriormente:
Porção extrassinusal
Anteriormente:
Posteriormente:
Fossa lombar
Superiormente:
Glândula suprarrenal
Anteriormente e à direita
Anteriormente e à direita
Uretéro
437
Função:
Localização:
Dividida em 4 partes:
Parte lombar: inicialmente na loca renal, relacionando-se depois com os processos transversos da L2 L5
Parte ilíaca: relaciona-se com a articulação sacroilíaca e com a porção posterior da fossa ilíaca
Parte pélvica: Relaciona-se com a parede lateral da cavidade pélvica, dirigindo-se para inferior até à incisura isquiática maior seguindo
com obliquidade ântero-inferior
Parte intravesical: Representa o ponto onde o uretéro penetra na bexiga, para se abrir na cavidade vesical ao nível do trígono da bexiga
(Lieutaud)
Projeção parietal:
A projeção da parte lombar do uretéro na cavidade abdominal posterior pode referenciar-se por 3 linhas desenhadas na parede abdominal ante-
rior:
Linha vertical: passando no ligamento inguinal (união do 1\3 medial com os 2\3 laterais)
Dimensões
438
Cerca de 30 cm
Forma e calibre
O calibre não é uniforme ao longo de todo o seu trajeto apresentando apertos ao longo do mesmo
A existência dos apertos é de extrema importância clínica uma vez que explica a retenção dos cálculos renais durante a sua migração, em dire-
ção à bexiga
Direção:
439
Apresenta uma certa mobilidade, deslocado facilmente em manobras cirúrgicas
Superiormente:
Inferiormente:
Em toda a extensão:
Artérias: Linfáticos:
Nascem de cima para baixo das artérias: Tributários dos:
Renal Gânglios linfáticos látero-aórticos
Espermática (homem) ovárica (mulher) Cadeia ilíaca primitiva e ilíaca interna
Ilíaca primitiva Gânglios linfáticos internos e intermédios da
Vesical inferior cadeia ilíaca externa
Veias:
Nervos:
Drenam para as veias:
Acompanham as artérias
440
Vem de:
Plexo renal
Plexo Espermático
Renais
Suprarrenais
Loca ureteral
Formada por uma bainha fibrosa periférica (resulta do prolongamento da lâmina anterior e posterior da fáscia renal) e por uma bainha conjuntivo-
vascular que envolve diretamente o uretéro.
Superiormente:
No polo inferior do rim as 2 lâminas encontram-se unidas ao uretéro por intermédio de fixes fibrosos que constituem o ligamento uretéro-
renal (Navarro)
Inferiormente:
Relaciona-se com:
Posteriormente:
Anteriormente:
Lateral e medialmente:
441
Relações:
Posteriormente:
Fáscia ilíaca (da qual esta separado por uma lâmina adiposa)
Nervo génito-femoral (explica as dores das cólicas renais que irradiam aos testículos e aos lábios maiores da vulva)
Nervo ílio-gástrico
L3, L4, L5
Anteriormente:
Uretéro direito:
Mesocólon ascendente
Cruzado pelos vasos genitais direitos, artéria cólica direita superior e direita média
Uretéro esquerdo:
Mesocólon ascendente
Cruzado pelos vasos genitais esquerdos, artéria cólica esquerda superior e esquerda média
Medialmente:
442
Uretéro direito: Ambos tem relação com:
Veia cava inferior Nodos linfáticos abdominais
Uretéro esquerdo: Troncos simpáticos lombares
Aorta abdominal
Lateralmente:
Uretéro direito:
Ambos tem relação com:
Colon ascendente
Polo inferior do rim (ao qual estão ligados
Uretéro esquerdo:
pelo ligamento uretéro-renal)
Colon descendente
Parte ilíaca:
Posteriormente:
Asas do sacro
Articulação sacroilíaca
Uretéro direito:
Uretéro esquerdo:
Há variações em relação há bifurcação da artéria ilíaca comum podendo o uretéro relacionar-se com o ponto de bifurcação da
artéria ilíaca comum.
Anteriormente:
Uretéro direito:
Coberto pela pare ilíaca do colon descendente e sigmoide juntamente com o seu mesocólon
Lateralmente:
Uretéro direito:
Cego
Uretéro esquerdo:
Medialmente:
Vasos genitais
Parte pélvica: as relações são diferentes no homem e na mulher, mas distingue-se nos 2 sexos uma porção descendente e uma porção transversal
444
PORÇÃO DESCENDENTE PORÇÃO TRANSVERSAL
O uretéro situa-se na parede lateral da cavidade O uretéro situa-se entre a face póstero-inferior da
pélvica estando aderente ao peritoneu parietal bexiga e face ântero-lateral do reto
O uretéro aplica-se contra o pavimento da fossa O uretéro atravessa os ligamentos largos do útero
ovárica, no ângulo de bifurcação da artéria ilíaca com obliquidade ântero-medial
comum
Peritoneu parietal
Ovário (na mulher jovem)
445
Os uretéros alcançam a face póstero-inferior da bexiga
Atravessa a túnica da bexiga tendo um trajeto com obliquidade ântero-ínfero-medial, atravessando a camada muscular e tela submu-
cosa.
Quando alcança a camada mucosa da bexiga, continua-se com a camada mucosa do uretéro formando uma prega valvular Prega
muscosa uteral (opõe-se ao refluxo da urina na bexiga para o uretéro)
Os óstios dos uretéros encontram-se situados no trígono da bexiga (Lieutaud) apresentando a forma de óstios ovalares com obliquidade
ínfero-medial
Constituição anatómica
Constituído por 3 túnicas: Adventícia, muscular e mais profunda a túnica mucosa
Túnica adventícia:
Tecido conjuntivo
Continua-se com a cápsula fibrosa do rim e com o tecido conjuntivo que envolve a bexiga
Túnica muscular
Fibras musculares lisas
Plano superficial fibras circulares externas
Plano profundo fibras longitudinais internas
1/3 Inferior do uretéro encontra-se um terceiro plano constituído por fibras longitudinais externas.
Túnica mucosa:
Fina
Resistente
Lisa
Continua-se com a muscosa vesical constituindo ao nível do óstio do uretéro Prega mucosa ureteral
446
Vasos Cavidade Abdominal
447
Aorta abdominal
1. Localização
2. Origem
É o ramo terminal da aorta torácica que por sua vez é a porção descendente do arco da aorta que se origina no
ventrículo esquerdo.
3. Trajeto
Na porção infra-duodenal a aorta abdominal estende-se desde a margem inferior da parte horizontal do duodeno até (ao nível do disco
intervertebral entre a L4 e a L5) onde origina os seus ramos terminais, as artérias ilíacas comuns.
4. Relações
- Está envolvida em toda a sua extensão por tecido célulo-adiposos e está diretamente com o plexo nervoso peri-aórtico (constituído por ramos
nervosos simpáticos e por grupos nodais linfáticos abdómino-aórticos)
448
- Piloro
Inferiormente e à direita
- Parte superior do duodeno
Superiormente - Lobo quadrado do fígado
Direita
- Tronco cefálico e os seus ramos (artéria hepática, artéria
gástrica esquerda, artéria esplénica)
(forma-se a
- Pilares do diafragma
ansa
Porção - Gânglio celíaco direito
memorável
celíaca - Nervo vago (X) direito
de
Zona mais profunda - Nervo esplâncnico maior direito
Wrisberg)
Esquerda
Flanco anterior
(forma-se a - Gânglio celíaco esquerdo
(está separado dos
ansa
órgãos abdominais
inconstante)
pelo peritoneu
parietal posterior) - Veia renal esquerda
- Veia porta (início) + Ramos de origem
Porção - Colo do pâncreas - Veia mesentérica superior
Os ramos colaterais originados
pancreático- - Porção horizontal do - Tronco espleno-mesentérico
nesta porção relacionam-se com
duodenal duodeno (constituído pela anastomose da veia
mesentérica inferior e da veia esplénica)
Na porção pancreático-duodenal a artéria aorta abdominal origina a artéria mesentérica superior, as artérias suprarrenais médias, as artérias
renais e as artérias genitais.
Na porção infra-duodenal a aorta abdominal estende-se desde a margem inferior da parte horizontal do duodeno até originar os seus ramos
terminais, as artérias ilíacas comuns e a artéria sagrada média.
449
5. Ramos colaterais
Tronco celíaco
Artéria
Ramos
mesentérica
digestivos
superior
Artéria
mesentérica
inferior
Ramos viscerais
Artérias
suprarrenais
médias
Ramos
Ramos
suprarreno-uro- Artérias renais
colaterais
genitais
Artérias
testiculares
Artéria frénica
Artérias genitais
inferior
Artérias
Ramos parietais
Ováricas
Artérias
lombares
450
Artéria Renal (uma direita e uma esquerda)
451
Artérias genitais: Artéria testicular (uma direita e uma esquerda)
Ramos colaterais Ramos terminais
Origem Trajeto
Vascularizam Vascularizam
Artéria ovárica lateral – dirige-se medialmente ao longo da margem mesovárica do ovário, em alguns casos anastomosa-
se com a artéria ovárica medial (ramo da artéria uterina) originando-se o arco infra-ovárico.
452
Artéria mesentérica superior
Relações Ramos colaterais Ramos colaterais dos ramos colaterais
Origem Trajeto
Descrição Vascularizam
Artéria Face
superior
Ramo
pancreático- posterior da
duodenal cabeça do
Destaca-se do flanco
póstero-inferior pâncreas
Tronco das artérias anterior da artéria
pancreático- mesentérica superior ao
duodenais inferiores nível da margem inferior
do pâncreas Artéria Processo
inferior
Ramo
pancreático- uncinado do
duodenal pâncreas
ântero-inferior (Winslow)
453
Artéria cecal
anterior
Porção do cego
Artéria cecal
posterior
Artéria
Apêndice vermiforme
apendicular
Dispõem-se em arcos intestinais, do último grupo de arcos destacam-se as
Artérias jejunais e
artérias retas que se dividem em 2 e vascularizam as duas faces da ansa
artérias ileais
intestinal.
Os ramos terminais das artérias cólicas anastomosam-se e originam o arco justacólico (situado a cerca de 1 cm do colon) de onde se
destacam as artérias retas que vascularizam o colon direito.
454
Tronco celíaco
Vascularizam
Vasculariza
Ramos
colaterais
Ramos
Ramos colaterais dos ramos Ramos terminais dos ramos terminais
Trajeto Descrição Descrição Trajeto
colaterais colaterais da artéria
hepática
Alcança a
curvatura menor
gástrica
do estomago e
Artéria
direita
anastomosa-se Piloro
com a artéria
Dirige-se
duodenal ântero-superior
Artéria pancreático-
direita Artéria
Artéria pancreática
- Alcança a hepática
Dirige-se inferior (ramo da
Artéria hepática
Tronco celíaco
porção comum
com mesentérica superior)
superior do Porção
obliquidade Anastomosa-se com a na face anterior do
piloro vertical
ínfero- Artéria pancreático- pâncreas
Artéria gastroduodenal
- Muda de Artéria
direita, duodenal póstero-
direção hepática
passa inferior (ramo da Formando o arco
(torna-se própria
Fígado
Origem: Limite posteriorme mesentérica superior) pancreático-
vertical)
das duas porções nte à parte na face posterior do duodenal-ântero
- Alcança o O limite das
da artéria superior do pâncreas inferior
hilo do duas porções
hepática duodeno e, Alcança a curvatura
fígado está situado
na parte Formando o arco maior do estomago e
- Situa-se no no ponto em
inferior do pancreático-
omental direita
anastomosa-se com a
455
Ramos
colaterais
Ramos terminais
Ramos
terminais da
Trajeto Descrição Trajeto Vasculariza dos ramos Descrição
artéria
terminais
esplénica
pancreáticas
Muito - Anastomosa-se com a artéria
Bifurcam-se num Artéria gastro-
Artéria
variáveis As duas faces do gastro-omental direita (ramo da
ramo anterior e omental
Podem pâncreas artéria gastro-duodenal)
noutro posterior esquerda
chegar a 8 -Durante o trajeto origina ramos para
Artéria esplénica
Tronco celíaco
do estômago e por
vezes a parte
abdominal do esófago
456
colaterais
Ramos
Ramos
Trajeto Descrição Trajeto Vasculariza Vascularizam
terminais
esquerda
acessória
hepática
Lobo
Artéria
Inconstante esquerdo do
fígado
posterior do cárdia
As artérias mais longas têm um trajeto
Tronco celíaco
Artérias gástricas
cárdia
- Alcança a curvatura Faces anterior e posterior
menor do estomago do estomago,
- Anastomosa-se com adjacentes à curvatura
a artéria gástrica Trajeto ascendente ao longo da parte menor
abdominal do esófago
Artérias esofágicas
direita
Número variável
Destacam-se da As mais longas atravessam o hiato
inferiores
Face anterior
Artéria
do fundo do
estomago
Artéria cólica
Quando existe vasculariza a porção media do
Artéria cólica
esquerda
inferior ou Artéria
sigmoideia Vasculariza o cólon sigmoideu
tronco das
artérias média
sigmoideias
Artéria
sigmoideia
inferior
458
Ramos parietais da Aorta Abdominal
Origem Trajeto Descrição Ramos parietais dos ramos parietais Ramos viscerais dos ramos parietais
Dirige-se com
obliquidade
Vasculariza ínfero-lateral,
os relaciona-se
Artéria dorsal músculos com o musculo
Artérias Lombares
Originam-se 3 ramos colaterais, um mediano a artéria sagrada média (pouco desenvolvida) e dois laterais as artérias ilíacas comuns.
6. Ramos terminais
Artéria sagrada média
460
Ventrículo
Esquerdo
Arco da
Aorta
Porção
descendete
do arco da
aorta
Aorta
torácica
Ramo
terminal
Aorta
Abdominal
Ramos Ramos
colaterais terminais
Artéria Artéria Artéria Ramos Ramos Ramos Ramos Ramos Ramos Artérias Artérias Artéria dorso-
gástrica colaterais Ramo terminal suprarrenais Artéria lombar
hepática esplénica colaterais colaterais terminais colaterais Ramos colaterais terminais frénicas espinhal
esquerda superiores
Tronco das Artéria Artéria Artéria cólica Artéria do Artéria cólica Artéria cólica Artérias Artéria cólica Artéria
Ramos Ramos Ramos Ramos Ramos artérias hepática pancreática cólon jejunais e Artéria rectal Artérias Artéria tubária Artérias
direita superior direita média direita inferior esquerda suprarrenal Artérias renais Artéria do Artéria dorsal
colaterais terminais colaterais colaterais terminais pancreático- acessória inferior (Testut) transverso artérias ileais superior uretéricas lateral pancreáticas
média inferior ligamento
duodenais direita
inferiores largo do útero
Artéria Artéria Artéria Artéria Artérias Artéria cólica Artérias Artéria do Artéria ovárica Artérias Artéria
Artéria Artéria cística Artéria cólica
gástrica direita hepática pancreática hepática gástricas esquerda musculares funículo lateral hepáticas espinhal
gastroduodenal Artéria Artérias
direita grande acessória inferior espermático
pancreático uretéricas
esquerda
-duodenal
ântero-
Artéria Artéria Artérias Artéria cólica Artérias Artérias Artérias
Artéria ileal
Ramo Ramos hepática gástrica cárdicas esquerda uretéricas epididimárias esofágicas
colateral terminais esquerda posterior Artéria superior inferiores
pancreático-
duodenal
Artérias Artérias póstero-inferior Artéria cecal Artérias
Artéria esofágicas anterior
Artéria gastro- pancreáticas capsulares
pancreático- inferiores
omental direita
duodenal
póstero-superior
Artéria Artéria cecal
gástrica posterior
inferior
Artéria pancreático
duodenal ântero-
superior Artéria
apendicular
461
VEIA CAVA INFERIOR
A veia cava inferior (ou cava ascendente) recebe a quase totalidade do sangue venoso da porção
infradiafragmática do corpo.
Origem: união das 2 veias ilíacas comuns (ao nível do disco intervertebral que separa L4 de
L5)
462
Entrada das veias
Seio Renal
renais
VEIA CAVA
INFERIOR
Terminação das veias
Seio Hepático
hepáticas
Relações
Durante o seu trajeto, a veia cava inferior apresenta relações na cavidade abdominal,
no diafragma e na cavidade torácica.
CAVIDADE ABDOMINAL
ANTERIORMENTE
POSTERIORMENTE (plates 314 e 315) LATERALMENTE (plates 291 e 308) MEDIALMENTE (plate 283)
(plates 267 e 268 do Netter, 6ªE)
Mesentério (estrutura que confere su-
Músculo psoas maior Cólon ascendente Aorta abdominal
porte ao jejuno e ao íleo)
Lobo quadrado do fígado (se-
Porção horizontal do duodeno Tronco simpático lombar direito Ureter para a veia do pilar direito do
diafragma)
Cabeça do pâncreas Artérias lombares direitas Rim direito Nodos linfáticos intermédios
Porção superior do duodeno Artéria suprarrenal média direita Glândula suprarrenal direita ----
Forame omental (Winslow)
Grupos nodais linfáticos látero-cávi-
SEPARA VEIA CAVA INF da VEIA Artéria frénica inferior direita ----
cos
PORTA
Veia porta Grupos nodais linfáticos retro-cávicos ---- ----
Face POST do fígado ----- ---- ----
463
Relações da VEIA CAVA INFERIOR
ao nível da cavidade abdominal
DIAFRAGMA Plates 191, 261e 264 do Netter, 6ª ediçãoA veia cava inferior atravessa o forame da veia cava, localizado no centro tendinoso
do diafragma (união dos folhetos médio e direito), projetando-se ao nível de T9.
464
Ramos Tributários
• Veias Renais
Ramos VISCERAIS • Veia Suprarrenal direita média
• Veia Testicular/Ovárica direita
• Veias Hepáticas
Lombar ascendente
INFERIOR: origem na veia
Base dos p. transversos: ilíaca comum ou 2 raízes
Veias lombares (veia ilíaca comum +
anastomosam-se anastomose com veia ílio-
lombar)
465
b)Veias Frénicas INF (2 para cada artéria)
466
d) Veia suprarrenal média direita
- Origem: glândula suprarrenal direita A veia suprarrenal média esquerda drena na veia renal esquerda!
- Drena na veia cava inferior PLATE 310 DO NETTER, 6ª EDIÇÃO
c) Veia testicular direita ou veia ovárica direita (drenam na veia cava inferior)
As veias testicular ou ovárica esquerdas drenam na veia renal esquerda!
467
Veias Uterinas
(origem no Terminam no Do plexo,
DIREITA
MULHER útero, nas plexo parte veia
tubas uterinas pampiniforme ovárica
e no ovário) • Drena na veia cava inferior
ESQUERDA
468
Anastomoses (check plates 191 e 192 do Netter, 6ª edição)
Distinguem-se 2 tipos de anastomoses: anastomoses entre os ramos tributários e entre estes e os ramos de origem da veia cava inferior OU anastomoses
entre ramos da veia cava superior e da veia cava inferior.
ENTRE OS RAMOS TRIBUTÁRIOS E ENTRE ESTES E OS RAMOS DE ORIGEM DA VEIA CAVA INFERIOR
Termina, à direita, na
veia cava inferior
Sangue venoso pode
ser desviado p/ a veia Desta, p/ veias genitais
ilíaca interna
Termina, à esquerda,
na veia renal esquerda
Ao nível do ureter,
469
ENTRE RAMOS DA VEIA CAVA SUPERIOR E DA VEIA CAVA INFERIOR
Este tipo de anastomoses, muito numerosas, são importantes nos casos de oclusão da veia cava inferior!
Anastomoses PROFUNDAS
Veias epigástricas superiores
(ramos das veias torácicas internas,
aferentes da veia Bráquio-cefálica)
470
Veia porta
Como todos os sistema porta as redes capilares unem os ramos da veia porta com os ramos das veias hepáticas
Localização:
A veia porta ou porta-hepática situa-se na cavidade abdominal mas precisamente no andar supramesocólico.
Função:
Drena o sangue do sistema digestivo e das suas glândulas acessórias, drenando este sangue para o fígado para que neste órgão
sejam eliminados todos os elementos indesejados na circulação sanguínea.
Trajeto:
Ramos de origem: VEIA
Veia mesentérica superior MESENTÉRICA
SUPERIOR
Veia mesentérica inferior
VEIA VEIA PORTA
Veia esplénica
ESPLÉNICA
TRONCO
ESPLENO-
VEIA MESENTÉRICO
MESENTÉRICA
INFERIOR
Trajeto próprio:
472
VEIA
PANREATICO-
DUODENAL
POST-INF
VEIA
PANREATICO-
DUODENAL ANT-
INF VEIA
VEIA CÓLICA MES
DIREITA
SUPERIOR ENT
ÉRIC
VEIA CÓLICA A
DIREITA MÉDIA
SUP
ERIO
Veia
apendicular R
Veia cólica VEIA CÓLICA VEIAS JEJUNAIS
DIREITA E ILEAIS
V INFERIOR
Veia ileal
ant e post
Veia mesentérica inferior:
Trajeto semelhante ao da artéria mesentérica inferior
Origina-se nas veias retais superiores
VEIA
MESENTÉ VEIA CÓLICA
ESQUERDA
RICA
MÉDIA
INFERIOR
VEIA CÓLICA
ESQUERDA
INFERIOR
474
VEIAS RETAIS
SUPERIORES
- Veia esplénica
VEIAS
VEIA GASTRO-
GASTRICAS
OMENTALESQUERDA
CURTAS
VEIAS
PANCREÁTICAS 475
Relações:
Ao nível do pâncreas: Ao nível do duodeno:
Anteriormente: Anteriormente:
Colo do pâncreas Face posterior da parte superior
Medialmente: do duodeno
A veia porta encontra-se entre as lâminas do omento menor, ocupando a sua margem livre
Relacionando-se com:
Ducto colédoco situado no flanco lateral da veia num plano mais anterior
Artéria hepática situada inicialmente no flanco medial e depois no flanco anterior até alcançar a porta hepática junta-
mente com os vasos linfáticos do fígado
Por intermédio da lâmina posterior do omento menor a veia porta contribui para a constituição do forame omental (Winslow)
Relaciona-se por intermédio deste forame com a veia cava inferior a qual forma a margem posterior do forame
476
Ramos colaterais:
Gástrica esquerda e direita (provenientes do estômago formando um arco)
Cística (proveniente da vesicula biliar)
Pancreático-duodenal ântero-superior e póstero-superior (provenientes do pâncreas e do duodeno)
Ramos terminais:
Veia porta esquerda Penetram ambas no parênquima hepático
condicionando os territórios hepáticos
Veia porta direita (mais curta)
Os ramos terminais recebem resquícios de:
Veia umbilical:
Conduz o sangue (no feto) da placenta para a veia cava inferior, por intermédio da veia porta esquerda + ducto ve-
noso hepático Vai desde o umbigo até à
veia porta esquerda (ao
Oblitera-se (depois do nascimento) originando Ligamento redondo do fígado longo da margem inferior
do ligamento falciforme
do fígado)
Ducto venoso hepático (Arantius):
Estabelece (no feto) a comunicação entre a veia porta esquerda e a veia cava inferior
Obliterando-se no total ou parcialmente (depois do nascimento).
477
Veias portas acessórias
3º Grupo de veias do ligamento Veias do ligamento redondo do Originam-se na parede abdominal próximo do
redondo do fígado fígado umbigo seguem o trajeto do referido ligamento
pequenas veias, originando-se em órgãos adjacentes, que terminam no fígado por intermédio:
478
Anastomoses
Algumas veias permitem que a veia porta comunique com as veias cavas, sendo suscetíveis de se desenvolver em momentos de obstrução
na veia porta
As veias do fundo gástrico estão anastomosadas com as veias esofágicas e com a veia frénica inferior esquerda.
Caso ocorra hipertensão portal estas anastomoses levam a uma rutura das veias esofágicas pela elevada pressão e a uma consequente hemorra-
gia
As anastomoses cárdio-esofágica unem os ramos da veia gástrica esquerda (ramo da porta) com as veias esofágicas inferiores que terminam na
veia ázigo e hemi-ázigos acessória que vão posteriormente terminar na veia cava superior.
Anastomoses rectais
A veia retal superior (tributária da veia porta, por intermédio da veia mesentérica superior) anastomosa com a veia retal média e com a veia retal
inferior (tributárias da veia cava inferior) por intermédio da veia ilíaca interna
Anastomoses umbilicais
Situam-se em volta do umbigo entre o ligamento redondo do fígado e as veias epigástricas inferiores, superficiais e as veias torácicas internas
(tributarias da veia cava inferior)
Anastomoses parieto-peritoneais
- As veias de Retzius anastomosam as veias do intestino delgado e do cólon com as veias parietais posteriores
- As veias do mesocólon anastomosam-se com as veias da raiz do mesentério
- As veias dos cólon anastomosam-se com as veias do mesocólon ascendente
- As veias do mesocólon descendente anastomosam com as veias genitais e uretrais
Anastomoses Porto-hepáticas
No feto a veia porta comunica com a veia cava inferior através do ducto venoso hepático (Arantius)
No nascimento o ducto oblitera-se, mas o seu lúmen pode manter-se permeável durante situações de hipertensão
Veia ázigos
479
1. Localização
2. Origem
Veia lombar
ascendente
Raiz lateral
12ª Veia
intercostal
Veia ázigos direita
3. Trajeto
Termina no
Flanco posterior da veia cava superior Formando esta porção o arco da veia ázigos
4. Relações
Anteriormente Esófago
Posteriormente T4 a T11
Tronco simpático torácico
Artérias intercostais posteriores direitas
480
Medialmente Ducto torácico
Aorta torácica
5. Ramos tributários
481
Veia hemi-ázigos
1. Localização
Veia lombar
ascendente
esquerda
Raiz lateral
12ª veia
Veia hemi- intercostal
ázigos esquerda
3. Trajeto
Anteriormente:
-Artéria aorta torácica
482
- Ducto torácico
- Esófago
Posteriormente:
- Coluna vertebral
5. Ramos tributários
- 8ª- 12ª veias intercostais esquerdas
2. Origem
3. Trajeto
termina superiormente à
Aorta abdominal e ao ducto torácico veia hemi-ázigos na Veia ázigos
483
4. Ramos tributários
Veias Origem
Tronco da veia hemi-ázigos acessória Constituído pelas 3ª-7ª veias intercostais posteriores esquerdas
Veias brônquicas esquerdas Brônquio esquerdo
Veias pericárdicas Pericárdio
Veias esofágicas Esófago
Anastomoses
Veia lombar ascendente (origem na veia ilíaca comum ou por duas raízes, uma na veia ilíaca comum e outra na veia ílio-lombar (ramo parietal da veia
pudenda interna)) com a veia ázigos à direita e a veia hemi-ázigos à esquerda.
Deste modo as veias ázigos estabelecem anastomoses entre a veia ilíaca comum e a veia cava superior através do arco da veia ázigos.
Veia Ázigos
Veias brônquicas
esquerdas
Veias pericárdicas
Veias esofágicas
484
Cavidade Pélvica
485
URETRA
pertence ao Sistema Urinário (na mulher) e Urogenital (no homem)
função: canal através do qual a urina alcança o exterior depois de permanecer na bexiga
URETRA MASCULINA
longo canal urogenital que dá passagem à urina e ao esperma, estendendo-se
desde o colo da bexiga até ao óstio externo da uretra
CONSIDERAÇÕES GERAIS
localização: origina-se no colo da bexiga, desce com obliquidade ântero-inferior até
alcançar a margem inferior da sínfise púbica, de seguida inflete-se ântero-superior-
mente e torna-se descendente quando o corpo esponjoso muda de direção, dirigindo-
se verticalmente para inferior para se abrir no óstio externo da uretra
curvaturas no plano sagital:
curvatura posterior – côncava ântero-superiormente, situa-se no interior da próstata e
na espessura da fáscia do diafragma da pelve ⇒ ângulo infra-púbico
curvatura anterior – côncava póstero-inferiormente, situa-se quase na totalidade no
parte prostática da
uretra ⇒ porção situada no interior da próstata
corpo esponjoso do pénis, tendo por isso uma grande mobilidade ⇒ ângulo pré-púbico (corresponde à inserção inferior do ligamento suspensor do pénis)
486
parte superior ou situa-se no interior da próstata e na
parte fixa da uretra
intrapélvica da uretra espessura da fáscia do diafragma da pelve
idoso: menor contratilidade dos elementos musculares → estase do sangue venoso das aréolas do corpo esponjoso → uretra aumenta
fossa navicular
parte esponjosa da
uretra
apertos da uretra dilatações da uretra
bulbo do pénis
masculina masculina
parte
membranácea da
uretra
seio prostático
óstio interno da
uretra
487
Túnica muscular → fibras musculares lisas dispostas em 2 planos:
fibras longitudinais (plano interno) – dão seguimento às fibras plexiformes da bexiga, sendo muito desenvolvidas na parte prostática da
uretra, atenuando-se na parte membranácea da uretra e confundindo-se com a túnica vascular na parte esponjosa da uretra
fibras circulares (plano externo) – continuam as fibras circulares da bexiga, ao nível do colo da bexiga e do ¼ superior da parte prostá-
tica da uretra constituem o músculo esfíncter interno da uretra que assegura a oclusão do óstio interno da uretra, permitindo que a
urina se acumule na bexiga e impedindo a passagem do líquido espermático para a bexiga no momento da ejaculação; na restante
parte prostática estas fibras são raras, reaparecendo na parte membranácea mas estando ausentes na parte esponjosa
As fibras longitudinais e circulares estão envolvidas por fibras musculares estriadas que se agrupam em 2 músculos distintos ⇒ músculo
bulbo-cavernoso e músculo esfíncter externo da uretra que se estende do colo da bexiga até à fáscia do diafragma da pelve, sendo que
ao nível da parte prostática forma um semi-anel com concavidade posterior enquanto que na parte membranácea é um anel completo
e pode opor-se à expulsão da urina quando o músculo esfíncter interno da uretra se torna insuficiente, ajudando também na ejaculação
a enviar o esperma para o exterior
Túnica vascular → feixes conjuntivo-elásticos entrecruzados circunscrevendo numerosas cavidades venosas, sendo mais desenvolvido na parte
esponjosa da uretra formando o corpo esponjoso
Túnica muscosa → reveste a uretra em toda a sua extensão, continuando-se posteriormente com a mucosa da bexiga e anteriormente com
a muscosa da glande
488
Relações
lâmina pré-prostática
anteriormente músculo esfíncter externo da uretra
(por intermédio da loca prostática) plexo venoso prostático de Santorini
sínfise púbica
utrículo prostático (pequeno ducto mediano e posterior com obliquidade póstero-superior)
posteriormente ductos ejaculadores (oblíquos ântero-inferiormente)
fáscia prostato-peritoneal de Denonvilliers → reto (por intermédio da loca prostática)
489
PARTE ESPONJOSA DA URETRA
Conformação Interna
apresenta pregas longitudinais, na parede inferior da porção anterior do bulbo da uretra encontram-se os óstios das
glândulas bulbouretrais de Cowper, na parede superior existem depressões tubulares na mucosa que se estendem da
fossa navicular até ao ângulo pré-púbico e são denominadas de lacunas uretrais de Morgagni (maiores na linha mediana e
menores dispostas em duas fileiras lateralmente às maiores)
Posteriormente ao óstio externo da uretra, na parede superior uma pequena prega valvular transversal que se denomina
válvula da fossa navicular de Guérin que possui um recesso – seio da válvula da fossa navicular
Relações
músculo bulboesponjoso
porção períneo-escrotal
artéria bulbar
superiormente: sulco compreendido entre os corpos cavernosos
porção peniana
inferiormente: invólucros do pénis e ramo da artéria bulbar
ao nível da glande ligamento inferior da glande → reúne as porções laterais dos corpos cavernosos
490
URETRA FEMININA
é um canal exclusivamente urinário, sendo muito mais curta que no homem
CONSIDERAÇÕES GERAIS - tem um trajeto ântero-inferior, quase vertical e paralelo à direção da vagina
divisão em relação à superior:
fáscia do diafragma ao nível do colo da
da pelve bexiga
aperto
parte parte inferior:
pélvica da perineal
uretra da uretra ao nível do óstio
externo da uretra
CONFIGURAÇÃO INTERNA
A mucosa uretral é percorrida por pequenas pregas longitudinais que desaparecem com a distensão, encon-
trando-se uma mais evidente mediana e posterior, a crista uretral que apresenta pequenas depressões em
recesso, as lacunas uretrais de Morgagni e os óstios das glândulas uretrais
491
Relações
parte pélvica da uretra
relacionada em toda a sua extensão com o músculo esfíncter externo da uretra
posteriormente parede anterior da vagina ⇒ aderente na sua porção inferior: septo uretro-vaginal
plexo venoso peri-uretral de Santorini (através de uma fina lâmina fibrosa pré-uretral)
anteriormente ligamentos pubo-vesicais
sínfise púbica
plexo venoso peri-uretral de Santorini
margens mediais dos músculos levantadores do ânus
lateralmente fáscia do diagrama da pelve
músculo constritor da vagina
raiz do clítoris
parte perineal da uretra
492
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
Túnica muscular → 2 planos de fibras lisas:
fibras longitudinais (plano interno) – continuam-se com as fibras da camada plexiforme da bexiga
fibras circulares (plano externo) – continuam-se superiormente com o músculo detrussor da bexiga, na porção inicial da uretra consti-
tuem o músculo esfíncter interno da uretra
Ao nível da parte pélvica da uretra e externamente às fibras circulares, existem fibras musculares estriadas que constituem o músculo
esfíncter externo da uretra
Tela submucosa → tecido conjuntivo laxo no qual se encontram numerosas veias
Túnica mucosa → fina, elástica e resistente, apresenta na sua espessura as glândulas uretrais de Skene, situadas na parede inferior da uretra
lateralmente à linha mediana, abrindo-se nas lacunas uretrais
BEXIGA
Sistema: Urinário
Situação
A situação da bexiga varia em função do seu estado e em função do sexo do indivíduo.
493
Bexiga no HOMEM Bexiga na MULHER
(na loca vesical) (na loca vesical)
POST: reto
POST: útero e vagina
DEVIDO À
494
Loca Vesical
Plate 343 e 346- 6ª Edição
A bexiga localiza-se na pelve, mais precisamente, no interior da loca vesical.
A loca (de natureza fibro-serosa) apresenta 6 PAREDES (ANT + POST + LATERAIS + INF + SUP).
495
Fáscia prostato-perineal (Denonvilliers) no HOMEM (plate
344 do Netter, 6ª edição)
A) Da escavação reto-vesical (Douglas) até fáscia da pelve
B) POST à bexiga, aos ductos deferentes e às vesículas semi-
nais
O septo vésico-vaginal e a fáscia próstato-perineal contribuem p/ a forma-
ção do espaço retrovesical, menos extenso do que o retropúbico.
496
Totalmente preenchida por peritoneu
Prega vesical transversa
A) Peritoneu que reveste face POST da parede abdominal
ESPAÇO PERIVESICAL
(pág. 261 do Pina de Órgãos)
497
AINDA NA LOCA VESICAL:
- Úraco (ligamento umbilical mediano)
498
Meios de Fixação
A posição da bexiga é mantida através de conexões diretas/indiretas com o pavimento pélvico e através do peritoneu
FACE ANT-INF • 2 ligamentos pubo-vesicais (dirigem-se para ANT segundo um plano sagital,
inserindo-se na face POST do púbis)
499
Vascularização
ARTÉRIAS (origem direta ou indireta na artéria ilíaca interna) Plate 381- 6ª Edição
Vesicais SUP
Vesicais INF Vesicais ANT
(2 ou 3)
Mucosa
Rede venosa superficial perivesical origina:
(muito fina e anastomosada)
- Veias vesicais ANT (muito desenvolvidas): face
SUP da bexiga » plexo venoso prostático de
Muscular Santorini (HOMEM) ou plexo venoso peri-uretral
3 REDES VENOSAS de Santorini (MULHER)
(recebe veias eferentes da rede
mucosa, constituindo veias musculares) - Plexo venoso vesical (rica rede venosa situada
nas porções LAT da bexiga distendida): drena
na veia pudenda interna (faces INF) + veia ilíaca
Superficial Perivesical
interna (face SUP)
(constituída por veias volumosas com
poucas válvulas e anastomosadas)
500
LINFÁTICOS Plate 386- 6ª Edição
A bexiga recebe inervação simpática e parassimpática (cada uma conta com fibras motoras e sensitivas)»
PLEXO VESICAL.
a) Inervação PARASSIMPÁTICA
Nervos Estimulantes do
esplâncnicos Fibras MOTORAS músculo detrussor
pélvicos de da bexiga
Eckardt
(ramos colaterais do Inibidoras do
plexo pudendo, com esfíncter externo
origem no ramo ANT Fibras SENSITIVAS
do 3º nervo sagrado) (estriado) da
uretra
501
b) Inervação SIMPÁTICA
Nervos hipogástricos
Plexo hipogástrico relacionam-se c/
Plexo origina-se no
SUP face LAT do reto
nervo pré-sagrado»
(ramo eferente do bifurcação (NERVOS +
plexo aórtico- HIPOGÁSTRICOS)
abdominal) terminam no plexo
hipogástrico INF
A inervação simpática
possibilita a retenção da urina.
Quando a bexiga começa a distender-se, recebendo cerca de 300 a 400 cm3 de urina, começa a sentir-se o desejo de urinar.
PARA RESISTIR À MICÇÃO» INERVAÇÃO SIMPÁTICA (contração voluntária do esfíncter externo + tonicidade do esfíncter interno +
relaxamento do detrussor)
PARA SATISFAZER O DESEJO DE URINAR» INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA (ocasiona contração do detrussor + relaxamento do esfíncter
externo + relaxamento do esfíncter interno)
NOTA: A continuação da micção é involuntária e reflexa.
502
Centros nervosos da micção são medulares (centros reflexos parassimpático de expulsão vertical ou micção + simpático de contenção anor-
retal e vesical) ou encefálicos (subcorticais + corticais).
APLICAÇÕES CLÍNICAS
Dimensões e Capacidade
503
Conformação Externa e Relações Plate 346- 6ª Edição
A modificação da forma é feita através da distensão das faces SUP e ANT-INF » corpo da bexiga (saliência dura, tensa e ovoide relacionada
com a parede abdominal ANT).
504
RELAÇÕES AO NÍVEL DA FACE ANT-INF (idênticas na mulher e no homem, à exceção das relações c/plexos)
a) Sínfise púbica + corpo do púbis (através da porção INF do espaço retropúbico de Ret-
zius) A bexiga distendida relaciona-se,
ainda, com a parede abdominal ANT
(constituída a este nível pela fáscia
b) Ramos dos vasos e nervos obturadores INT + ilíacos internos transversal).
c) Plexo venoso prostático de Santorini (homem) + plexo venoso peri-uretral de Santorini (mulher)
505
RELAÇÕES AO NÍVEL DA FACE POST-INF
MULHER
HOMEM
(face próxima do pavimento pélvico)
PORÇÃO ANT
PORÇÃO ANT = COLO DA BEXIGA
Relação c/ base da próstata (unida a esta através de tecido ce-
Relação c/ porção inicial da uretra
lular denso e numerosos ramos venosos)
PORÇÃO POST
Relação c/ vesículas seminais + ampolas dos ductos deferen-
PORÇÃO POST separada da parede ANT da vagina pelo septo
tes (de cada lado da linha mediana)
vésico-vaginal
Relação c/ ampola do reto através do triângulo interdeferen-
Relação c/ istmo do útero (SUP)
cial (sobre a linha mediana)
Relação c/ porção terminal dos ureteres
506
RELAÇÕES AO NÍVEL DAS MARGENS LAT
- Artéria umbilical
- Ductos deferentes (na porção POST, no homem)
- Ligamentos largos do útero (mulher)
Conformação Interna
A bexiga aberta e examinada internamente (ou explorada por cistoscopia) apresenta 1 mucosa lisa e rosada (no jovem), aspeto alveolar
ou c/ saliências entrecruzadas (adulto) e aspeto colunar (velho).
SUP INTERNA = TRÍGONO DA BEXIGA (LIEUTAUD) + COLO DA BEXIGA + FUNDO DA BEXIGA + CORPO DA BEXIGA
507
TRÍGONO DE LIEUTAUD
Óstio interno da uretra
+
Óstios dos ureteres (POST-LAT, aspeto de
fendas talhadas em bisel)
[vértices do trígono]
COLO
FUNDO
508
CORPO
Constituição Anatómica
Espessura das paredes da bexiga quando vazia: 8-15 mm
Da superfície para a profundidade, a bexiga é constituída por 3 túnicas: se-
rosa, muscular e mucosa. Espessura das paredes da bexiga quando cheia: 3 a 4 mm
Túnica SEROSA
O peritoneu visceral cobre face POST e margens LAT da bexiga, refletindo-se para as regiões circundantes, onde condiciona escavações.
Escavação vésico-uterina de Douglas (MULHER)» reflexão para a face ANT do útero ao nível do istmo
POST
Escavação reto-vesical de Douglas (HOMEM)» reflexão p/ face ANT do reto
Peritoneu = face POST da parede abdominal ANT (através da fáscia transversal) Plate 343- 6ª Edição
509
Entre a prega mediana e as pregas mediais LAT às pregas mediais
Túnica Muscular
As camadas musculares da bexiga, mais ou menos anastomosadas e confundidas, constituem o músculo detrussor da bexiga »
expulsa urina através da uretra.
A túnica muscular conta com 3 camadas de fibras lisas concêntricas: externa ou superficial, média e interna ou profunda ou plexiforme.
510
Fibras longitudinais paralelas ao eixo vertical da bexiga
Externa
Percorrem faces SUP, INFs e margens LAT
511
Túnica MUCOSA
- Separada da muscular p/ tecido celular laxo
- Facilmente deslocável exceto ao nível do trígono da bexiga
- Cor rosada no vivo e branco-amarelada no cadáver
512
PERÍNEO
O períneo é atravessado p/ reto (POST)
O períneo compreende 1 conjunto de músculos e fáscias que encerram a abertura INF da ca- e pela uretra + órgãos genitais (ANT).
vidade pélvica.
O períneo continua-se
ANT = lábios maiores e menores da vulva ou escroto
POST = região glútea
Grande eixo ANT-POST: margem INF da sínfise púbica» ápice do cóccix LAT = face medial da coxa
Pequeno eixo transversal [linha BI-ISQUIÁTICA]: une tub isquiáticas Plates 354-357 (mulher) + 358-361 (homem), Netter, 6ª E
513
A linha bi-isquiática divide o períneo em 2 porções: períneo ANT OU URO-GENITAL + períneo POST OU ANAL.
Mulher
- Ocupado quase na totalidade pela vulva (onde se abre a uretra,
PERÍNEO ANT OU URO-GENITAL ANT, e a vagina, POST)
Músculos do Períneo
Os músculos do períneo são pares e distribuem-se em 3 planos: superficial, médio e profundo.
514
Homem» ANT ao reto Massa fibromuscular onde convergem fibras
tendinosas da maioria dos músculos dos pla-
nos médio e superficial
CENTRO DO PERÍNEO - Transverso profundo do períneo
Mulher» espaço triangular reto-vaginal - Esfíncteres EXT da uretra e do ânus
- Transverso superficial do períneo
- Bulbo-esponjosos
DIFERENÇAS MUSCULARES HOMEM VS MULHER» levantador do ânus + transverso profundo + esfíncter EXT da uretra + ísquio-cavernoso + bulbo-esponjoso
515
Plano Muscular Profundo
Plate 335 e 337- 6ª
1) Músculo LEVANTADOR DO ÂNUS Edição
516
- Inserções na linha arqueada e arco tendinoso da fáscia da pelve
(óstio profundo do canal obturador » face MED da espinha isquiá-
tica)
Fascículo isquiático
Fascículos LAT ou látero-anais
- Face MED e margem ANT da espinha isquiática
- Unem-se às fibras longitudinais do reto (SUP)
- Inserções ANT às do músculo coccígeo
- Unem-se ao esfíncter EXT do ânus (INF)
- Mais profundo e disposto transversalmente
517
Ísquio + ramo ísquio-púbico (SUP aos músculos ísquio-Fibras dirigem-se transversalmente Centro do períneo
cavernoso e transverso superficial do períneo) p/ MED
Plate 335 e 339- 6ª
2) Músculo ESFÍNCTER EXT DA URETRA Edição
Ocupa as porções prostática (homem) e membranácea da uretra, estendendo-se da fáscia do diafragma da pelve até ao colo da bexiga.
HOMEM MULHER
Porção prostática da uretra» fibras dispõem-se em semi-anel c/ concavidade
Ocupa porção pélvica da uretra» fibras formam anel quase completo
POST
518
Plano Muscular Superficial
Encontra-se + desenvolvido na mulher, apresenta fibras circulares dispostas em volta do canal anal (INT e EXT).
- Circulares
Fibras INT - EXT ao esfíncter INT
do ânus
Contornam ânus
+
- Arciformes
inserem-se no centro
- Inserção no do períneo
Fibras EXT ligamento ano-
coccígeo
(porção POST do ânus »
ápice do cóccix)
Envolve o canal anal em toda a sua extensão e é constituído por 3 porções (subcutânea + su-
perficial + profunda).
519
2) Músculo TRANSVERSO SUPERFICIAL DO PERÍNEO Plate 356- 6ª Edição
É 1 músculo inconstante. Insere-se
3) Músculo ÍSQUIO-CAVERNOSO
Tem a forma de 1 semicone c/ concavidade que olha para LAT (diferente no homem e na mulher).
HOMEM MULHER
(plate 359 do Netter, 6ª edição) (plate 356 do Netter, 6ª edição)
• Inserção no ísquio (ANT à tub.
• Inserções no pilar do pénis e insquiática)
ramo ísquio-púbico (cobre
porção não aderente do corpo •
cavernoso) » 2 tipos de fibras • Fascículos dirigem-se ANT-MED
• = profundos + superficiais
• Fibras Profundas » terminam na •
túnica albugínea do corpo • Fascículos Profundos »
cavernoso terminam na túnica albugínea
• do corpo cavernoso
• Fibras Superficiais » fascículo •
LAT (inserção na união do bulbo do • Fascículos Superficiais » LAT
pénis c/ o corpo cavernoso) + (inserção no joelho do clitóris) +
fascículo MED (contorna corpo MED (reúne-se c/ o do lado oposto
cavernoso, passa SUP ao dorso do no ângulo de união dos corpos
pénis, reúne-se c/ o do lado oposto = cavernosos do clitóris)
músculo pubo-cavernoso de Muller)
520
4) Músculo BULBO-ESPONJOSO Plate 357 e 359- 6ª Edição
No homem,
Justamediano (forma c/
o do lado oposto 1 sulco
c/ concavidade SUP,
revestindo corpo
esponjoso até à junção
c/cavernosos)
521
Na mulher,
PROFUNDAS
- Inserção na túnica Fibras musculares
albugínea do bulbo profundas + superficiais
do vestíbulo
SUPERFICIAIS
- Inserção na túnica albugínea do
corpo cavernoso do clitóris
522
Ações Musculares
Porção LAT ou esfincteriana = es-
fíncter (diminuição do calibre do
Na mulher, contração simultâ-
Levantador do ânus reto)
nea das 2 porções mediai »
(contribui p/ sustentação dos ór- Porção MED ou elevadora =
aproximação da vagina ao pú-
gãos pélvicos) puxa reto p/ ANT-SUP + dilatador
PLANO PROFUNDO bis
(tração exercida sobre as pare-
des ANT e LAT)
Isquiococcígeo ou coccígeo
Completa ação esfincteriana do
(contribui p/ sustentação dos ór-
levantador do ânus
gãos pélvicos)
Comprime veias das formações
eréteis (provoca ereção) +
Expulsão da secreção das glân-
Transverso Profundo do Períneo dulas bulbo-uretrais de Cowper
+
PLANO MÉDIO
ao elevar o períneo, intervém na
defecação
No homem, pode intervir na eja-
Encerra porção membranosa da
Esfíncter EXT da uretra culação, enviando o esperma p/
uretra
EXT
Esfíncter EXT do ânus Encerra canal anal
No homem, fixa o bulbo do pénis
Transverso Superficial do Períneo Tensor do centro do períneo
durante a micção e ejaculação
Na mulher, é eretor do clitóris
No homem, provoca ereção (durante cópula, aplica a
Ísquio-cavernoso
(compressão da veia dorsal) glande do clitóris contra dorso
PLANO SUPERFICIAL
do pénis)
No homem, é o principal mús- Na mulher, igual ao ísquio-caver-
culo que provoca ereção (por noso + comprime glândula de
Bulbo-esponjoso
estase sanguínea das formações Bartholin + aperta o óstio da va-
eréteis) gina
Constritor da vagina Constritor do óstio da vagina Ação permanente» vaginismo
523
Fáscias do Períneo
O períneo apresenta 1 complexo conjunto de fáscias que se dispõem, da superfície p/ profundidade: fáscia superficial do períneo, fáscia do
diafragma da pelve, fáscia da pelve.
Períneo ANT OU URO-GENITAL» fáscia
superficial + fáscia do diafragma da pelve
Períneo ANT + POST OU ANAL» fáscia da pelve
Margens LAT
Inserções na margem ANT dos ramos ísquio-púbicos
Ápice
Continua-se c/ fáscia do pénis ANT à sínfise (homem)
Base
Estende-se de 1 ísquio a outro + insere-se no centro do períneo +
reflete-se ao nível da margem POST dos transversos superficiais»
continua-se c/ lâmina INF da fáscia do diafragma da pelve
Face INF
Relação c/ tecido subcutâneo e pele
Face SUP
Relação c/ transversos superficiais + ísquio-cavernosos + bulbo-
esponjosos (enviando-lhes bainhas que se fixam na lâmina INF da
fáscia do diafragma da pelve
524
Fáscia DO DIAFRAGMA DA PELVE
Tem forma triangular e apresenta 2 lâminas (SUP e INF).
ENTRE LÂMINAS
Margens LAT
- Inserções na face MED do ísquio + ramo INF do ramo ísquio-púbico
(aderência SUP às inserções dos corpos cavernosos)
LÂMINA INF
- Lâmina dirige-se transversalmente p/ MEDIAL + insere-se na túnica
(estende-se transversalmente do ramo ísquio-púbico até ao bulbo do vestí-
albugínea do bulbo e dos corpos cavernosos
bulo/pénis)
2 margens LAT + ápice + base + 2 faces (INF e SUP) ÁPICE
- Prolonga-se entre os 2 corpos cavernosos até à sua junção (preen-
che o espaço que os separa)
- Porção + ANT, muito espessa = lâmina supra-uretral
525
- POST à supra-uretral» porção membranácea da uretra = lâmina INF
torna-se + espessa = fita transversal = ligamento transverso do perí-
neo» limita c/ sínfise o óstio de passagem da veia dorsal profunda,
no homem (plate 361 do Netter, 6ª edição)
BASE
- Inserção no centro do períneo
- Reflexão ao nível dos transversos profundos do períneo» continua-
se c/ fáscia superficial do períneo (INF) + lâmina SUP da fáscia (SUP)
FACE INF
- Relação c/ bulbo + pilares dos corpos cavernosos + alguns múscu-
los do plano superficial (transversos superficiais, ísquio-cavernosos, bulbo-
esponjosos)
FACE SUP
- Relação c/ plano muscular médio (transversos profundos + esfíncter
EXT da uretra) + glândulas bulbo-uretrais de Cowper
Margens LAT
- Inserção na porção INF do ramo ísquio-púbico (SUP aos transversos
LÂMINA SUP profundos do períneo)
(fina lâmina fibro-celulosa) - Relação c/ feixe vasculonervoso pudendo interno» ducto fascial
2 margens LAT + ápice + base + 2 faces (INF e SUP) formado pelo desdobramento da fáscia do obturador INT (parede
LAT da fossa ísquio-anal)
526
ÁPICE
- ANT ao esfíncter EXT da uretra
- Continua-se c/ lâmina INF (ligamento transverso do períneo)
BASE
- Inserção no centro do períneo
- De cada lado do centro, continua-se INF c/ lâmina INF
FACE INF
- Relação c/ plano muscular médio (transverso profundo do períneo +
esfíncter EXT da uretra)
FACE SUP
- Relação c/ ápice da próstata + porção prostática da uretra
(na porção média)
- Ao alcançar estes órgãos» reflete-se de INF p/ SUP» constitui POST a
fáscia prostático-peritoneal (Denonvilliers)
- Confunde-se LAT c/ lâminas sacro-reto-génito-vesico-púbicas»
constitui ANT a lâmina pré-prostática
527
Fáscia da Pelve
Plate 335 e 336- 6ª Edição
A fáscia da pelve cobre o plano muscular profundo (levantador do ânus + coccígeo). Não é uniforme:
Espessamentos
Relações semelhantes no homem e na mulher » na linha mediana (POST para ANT), reto, vagina
(mulher), uretra.
Inclui
- Ramo perineal do nervo
Plano SUPRAFASCIAL cutâneo femoral A fáscia superficial só é visível
- Vasos linfáticos » drenam ANT
nos nodos linfáticos inguinais
superficiais
Inclui
- Artérias perineais (ramos
Pele torna-se + espessa POST, das pudendas internas) POST, as 3 estruturas
onde se torna aderente confundem-se
- Veias acompanham artérias
- Ramos do nervo pudendo
Profundamente à pele,
temos de SUP p/ PROFUNDO:
- Camada adiposa Tecido subcutâneo continua-
se c/ túnica + externa do
- Fáscia superficial escroto
- Tecido celular subcutâneo
530
Engloba
- Fáscia superficial
Plano MUSCULAR da pelve
SUPERFICIAL
- Formações entre
fáscia e diafragma
pélvico
Formações
- Porções iniciais
Fáscia superficial do corpo
origina expansões cavernoso + bulbo
destinadas aos do pénis + porção
músculos » unem- perineal do corpo
se em esponjoso
profundidade à
- Músculos ísquio-
lâmina INF da
cavernoso +
fáscia do
bulboesponjoso +
diafragma pélvico
transverso
superficial do
períneo
Glândulas bulbouretrais na
espessura dos músculos
Feixe contido num ducto fascial
Engloba constituído p/
- Transverso profundo do períneo - Lâmina SUP do diafragma
- Esfíncter EXT da uretra pélvico (INF)
Plano médio circunda hiato
(entre lâminas da fáscia do - Fáscia obturadora (LAT) urogenital
diafragma da pelve) - Lâmina fibrosa que une fáscias (entre reto e levantador do ânus)
(SUP) » DIAFRAGMA PÉLVICO
532
Inclui
- Levantador do ânus
Ocupa toda a extensão
PLANO MUSCULAR PROFUNDO - Coccígeo do períneo
- Fáscias destes
músculos
533
Plano muscular contínuo e inclinado de SUP»INF e LAT» MED
PAREDE MEDIAL
SUP = levantador do ânus + coccígeo // INF = esfíncter EXT do ânus + ligamento ano-coccígeo
EXTREMIDADE Origina espaço entre levantador do ânus, plano médio e fáscia obturadora
ANT Encerra-se mediante união da fáscia do levantador do ânus e lâmina SUP do diafragma
Prolonga-se entre glúteo máximo e porção POST do diafragma pélvico
EXTREMIDADE
POST
534
Feixe vasculonervoso = artéria e veia pudenda INT + nervo dorsal do pénis
Contido num ducto fibrocelular formado Volumosa massa adiposa =
CONTEÚDO da fossa
INF = lâmina SUP do diafragma pélvico
- Atravessada p/ artérias e
LAT = fáscia obturadora veias retais INF (rodeadas p/
bainha fibrosa c/ origem na
SUP = união das fáscias (veia é MED à artéria e nervo)
fáscia obturadora)
535
MULHER Especificidades do Períneo
Feminino:
Períneo ANT
- Independência entre órgãos
- Plano suprafascial (ocupado pelas diversas porções da vulva) urinários e genitais
- Músculo transverso cutâneo do períneo (inserções nos lábios, porção POST da vulva e na pele) - Ausência de próstata
- Plano muscular superficial: = ao homem + constritor da vulva (inserções ao nível da entrada - Desdobramento do bulbo do
da vagina no bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares maiores) vestíbulo (ladeia orifício
vaginal)
- Plano muscular médio (dividido em 2 porções pela uretra e pela vagina): de resto, = ao ho-
mem
- Plano muscular profundo (diferenças ao nível da relação do levantador do ânus c/ vagina e uretra)
Períneo POST = ao homem
536
ESPAÇO PELVIRRETAL SUP
Entre o diafragma pélvico e o peritoneu, existe 1 espaço denominado extraperitoneal pelvivisceral. Ao nível do reto, passa a designar-se por
espaço pelvirretal SUP.
PAREDES / LIMITES
SUP Peritoneu
Vísceras pélvicas
- Bexiga e próstata (ANT, no ho-
MED
mem)
- Útero, vagina e bexiga (mulher)
Conteúdo
- Vasos e nervos obturadores
- Ramos viscerais dos vasos ilíacos INT
- Vasos linfáticos
- Plexo hipogástrico INF
Lâminas
O tecido celular que preenche este espaço não apresenta sempre a mesma consistência, podendo dispor-se em lâminas de tecido fibro-
celular e músculo liso. Estas lâminas são:
Vascular
PORÇÃO ANT - Veias dos plexos venosos vesical e prostático (HOMEM)
- Veias dos plexos uterino, vesical e vaginal (MULHER)
538
VASOS CAVIDADE PÉLVICA
539
BIFURCAÇÃO DA AORTA Plate 259-260- 6ª Edição
Ao nível do disco intervertebral entre L4 e L5, a aorta abdominal origina 3 ramos colaterais:
Origina
Artéria dorso-espinhal»
vasculariza os músculos
eretores da espinha e a
5ª Artéria Lombar medula espinhal
+
1 Artéria muscular»
Ramos PARIETAIS vasculariza o músculo ílio-
psoas
Penetram nos forames
sagrados ANT
Artérias Sagradas +
(em número igual ao das
Anastomosam-se c/
vértebras)
artérias sagradas LAT SUP e
INF
Alcançam face POST do
reto
Artérias Retais Acessórias +
Ramos VISCERAIS
(inconstantes) Anastomosam-se c/
artérias retais SUP, médias
e INF
540
Ramo Terminal: Artéria do glomo coccígeo
(glomo = aglomerado de capilares sanguíneos que atua como um recetor sensorial, detetando as
modificações químicas do sangue e realizando uma função reguladora vasomotora a nível da
circulação)
Trajeto
Bifurcação da
Aorta Origina os
Articulação Obliquidade
seus ramos
(Ilíacas Comuns Sacro-Ilíaca INF-LAT
Direita e terminais
Esquerda)
541
Relações
Peritoneu
ANT - É cruzada pelo ureter, juntamente com os vasos
testiculares (homem) ou ováricos (mulher)
Músculo psoas maior
- Veia ilíaca comum direita POST à artéria
POST-LAT
- Veia ilíaca comum esquerda no flanco medial da
artéria
Ramos Terminais: artéria ilíaca interna (MEDIAL) + artéria ilíaca externa (LAT)
origem: ramo medial da bifurcação terminal da artéria ilíaca comum (ao nível da articulação sacroilíaca), di-
rige-se com obliquidade póstero-ínfero-medial até alcançar a incisura isquiática maior, onde termina
trajeto: desce quase verticalmente anterior à asa do sacro, medial ao músculo psoas maior e posterior à
artéria ilíaca externa. Neste trajeto, a artéria está acompanhada da veia ilíaca interna e do uretéro
anteriormente uretero
veia ilíaca interna
542
ramos viscerais ramos intrapélvicos parietais ramos extrapélvicos parietais
artéria umbilical
artéria vesical inferior
artéria obturadora
artéria retal média artéria ílio-lombar
artéria glútea superior
artéria prostática artéria sagrada lateral superior
artéria glútea inferior
artéria vesiculo-deferencial artéria sagrada lateral inferior
artéria pudenda interna
artéria uterina
artéria vaginal longa
RAMOS VISCERAIS
Artéria umbilical
é muito desenvolvida no feto e estende-se até ao umbigo, atrofiando no
adulto para formar um cordão fibroso
543
origina a artéria deferencial que se encontra em relação com o ducto deferente e alcança o epidídimo, anastomosando-se com a artéria medial, ramo
da artéria testicular
artérias helicínias do útero - dirigem-se para o colo (longo trajeto do exterior) e corpo do útero (penetram no miométrio)
ramos terminais:
artéria tubária medial - origina 3 ou 4 artérias finas que se anastomosam e vascularizam o istmo (Barkow)
artéria tubária média - entra na constituição do arco infra-tubário e vasculariza quase toda a tuba de Falópio
artéria ovárica medial - anastomosa-se com a artéria ovárica lateral, contribuindo para a formação do arco infra-ovárico e vasculariza a porção
medial do ovário
Artéria ílio-lombar
passa inferiormente ao músculo psoas maior originando a artéria lombar, ramo ascendente que vasculariza os músculos psoas maior e menor e o músculo
quadrado dos lombos, e a artéria ilíaca, ramo descendente que vasculariza o músculo ilíaco
artéria púbica – posteriormente ao púbis, anastomosa-se com o ramo homólogo do lado oposto
artéria posterior – anastomosa-se com a artéria glútea inferior, originando a artéria da cabeça do fémur que vasculariza a cabeça do fémur, pene-
trando na articulação da anca através da incisura ísquio-púbica
545
sai da pelve através da incisura isquiática maior, inferiormente ao músculo piriforme e ao alcançar a região glútea fornece: artérias ascendentes para o
músculo glúteo máximo, artérias descendentes para alguns músculos posteriores da coxa e a artéria comitativa do nervo isquiático que se relaciona direta-
mente com o nervo isquiático
ramos colaterais:
artéria retal inferior – vasculariza o 1/3 inferior do reto, anastomosando-se com as outras arté-
rias retais
artéria uretral – penetra no corpo esponjoso da uretra, vasculariza a uretra esponjosa no homem e a uretra e uma porção do bulbo vestibular na
mulher
ramo terminal:
artéria dorsal do pénis – termina ao nível da glande, originando ramos para os corpos cavernosos e o corpo esponjoso
546
RELAÇÕES
ANTERIORMENTE - peritoneu
depois da sua origem situa-se posteriormente ao ligamento femoral até alcançar a espinha ilíaca ântero-superior
aqui origina 2 ramos terminais: artéria ascendente e artéria transversal
artéria ascendente anastomosa-se com a artéria epigástrica superficial
artéria transversal segue a crista ilíaca entre o músculo oblíquo interno do abdómen e o músculo transverso do abdómen
547
a artéria transversal vasculariza os músculos largos do abdómen e o músculo ilíaco
artéria púbica
o relaciona-se com o púbis anastomosando-se com a artéria homóloga
548
A artéria epigástrica inferior através dos seus ramos terminais anastomosa-se com a artéria epigástrica superficial e com a superior:
- origina durante o seu trajeto ramos para o músculo reto do abdómen e músculos largos do abdómen e para os tegumentos da região
549
VEIAS ILÍACAS COMUNS
São 2, uma direita e uma esquerda (+ larga e oblíqua).
Origem: veia ilíaca externa + veia ilíaca interna (ao nível da articulação
sacroilíaca)
Trajeto
Reúnem-se à
Veias ilíacas
direita da coluna Originam veia
comuns
vertebral cava inferior
convergem
(ao nível de L5)
Relações
550
Ramos Tributários
b) Veia lombar ascendente (origem direta nas veias ilíacas comuns OU por 2 raí-
zes, 1 na veia ilíaca comum e outra numa anastomose com a veia ílio-lombar,
ramo da veia ilíaca interna)
Veia lombar ascendente: check ramos tributários parietais da veia cava inferior!
relações:
551
ramos colaterais:
RAMOS VISCERAIS
552
veias retais inferiores – terminam na veia pudenda interna (ramo da veia ilíaca interna)
Veias iliolombares
seguem o trajeto das artérias homónimas, terminando na veia ilíaca interna e raramente na veia ilíaca comum
553
Veias glúteas inferiores
originam-se na coxa, onde se anatomosam com ramos da veia femoral, alcançam a pelve com a veia pudenda interna e terminam nesta
veia
Veias obturadoras
originam-se na porção medial da coxa e alcançam a pelve através do sulco obturador
depois de receber os ramos colaterais, contorna a espinha iquiática e termina na veia ilíaca interna
554
Cavidade Pélvica Masculina
555
TESTÍCULOS
pertencem ao Sistema Reprodutor Masculino
função: são órgãos secretores e excretores destinados a produzir os espermatozoides e apresentam ainda
um papel endócrino que ajuda na determinação dos carateres sexuais secundários
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Desenvolvimento embrionário: desenvolvem-se na cavidade abdominal perto dos rins, sendo pelo 3º mês
de vida intrauterina que se dirigem para o canal inguinal, acabando por se situar no escroto para ocupar
uma posição definitiva
abdominal
inguinal
crural durante a migração, o testículo pode parar e posicionar-se em qualquer ponto do trajeto
genitocrural
perineal
estão envolvidos pelo escroto, encontram-se entre as 2 coxas, póstero-inferiormente ao pénis, no períneo anterior/urogenital, ocupando o
testículo esquerdo uma posição mais inferior do que o direito
556
face medial → plana, estando também coberta pela lâmina visceral da túnica vaginal
margem anterior → livre e convexa, revestida pela lâmina visceral da túnica vaginal que envolve as 2 faces do testículo
margem posterior → retilínea e em relação com o epidídimo, sendo que adere a este pelas suas extremidades e está separada na porção
média por um recesso denominado seio do epidídimo (dependência da túnica vaginal), é nesta região que se encontra o hilo do testículo
pólo superior → olha ântero-superiormente, relaciona-se com a cabeça do epidídimo e apresenta 2 resquícios embrionários: os apêndices do
epidídimo e do testículo
pólo inferior → dá inserção ao ligamento escrotal, uma lâmina fibromuscular que se estende até à túnica espermática interna do testículo
TERRITÓRIOS TESTICULARES
artérias principais ⇒ artérias testiculares (sectoriais)
artérias acessórias ⇒ artérias epididimárias, artéria deferencial e artéria cremastérica
As artérias testiculares ou sectoriais, depois de perfurarem a túnica albugínea, dirigem-se para a margem anterior do testículo, podendo con-
tornar superficialmente o pólo inferior (mais frequente), cruzar superficialmente uma das faces ou atravessar o mediastino de Highmore e o
parênquima sem se ramificarem (artérias transmediastínicas)
3 comportamentos possíveis:
- contornam superficialmente o
pólo inferior (mais frequente)
dirigem-se para a - cruzam superficialmente uma
artérias testiculares perfuram a túnica
margem anterior das faces
ou sectoriais albugínea
do testículo
- atravessam o mediastino de
Highmore e o parênquima sem
se ramificarem (artérias
transmediastínicas)
anterior
tipo II
posterior
1 setor arteriais 2 setores arteriais
tipo I
(23,9%) (50%)
medial
tipo II
lateral
557
anterior
tipo IV póstero-medial
póstero-lateral
ântero-medial
anterior ântero-lateral
tipo VIII
tipo V médio póstero-medial
posterior 4 setores arteriais póstero-lateral
3 setores arteriais
(21,4%) (3,5%)
ântero-medial ântero-medial
tipo VI ântero-lateral médio-medial
tipo IX
posterior ântero-lateral
posterior
ântero-medial
tipo VII póstero-medial
lateral
anterior
médio-anterior
tipo X médio-posterior
póstero-medial
5 setores arteriais póstero-lateral
(1%)
ântero-medial
ântero-lateral
tipo XI médio-lateral
póstero-medial
póstero-lateral
558
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
face superficial: revestida pela lâmina visceral da túnica vaginal
Túnica albugínea → membrana fibrosa resistente que envolve o testículo e o epidídimo
face profunda: adere ao parênquima testicular
Ao nível da margem posterior do testículo, a túnica albugínea apresenta um espessamento constituindo o mediastino testicular de Highmore
de forma piramidal (base periférica) e a partir do qual partem numerosos septos de natureza fibrosa que se inserem na face profunda da
túnica albugínea, condicionando os lóbulos do testículo que apresentam no seu interior numerosos vasos e túbulos seminíferos contorcidos
559
FUNÍCULO ESPERMÁTICO
meio de suspensão do testículo e do epidídimo, sendo constituído, sendo constituído pelo ducto eferente e pelos vasos e nervos
do testículo e epidídimo que estão unidos entre si por tecido celular laxo e envolvidos pela bainha do funículo espermático
forma cilíndrica, ocupando a porção superior do escroto, estende-se da margem posterior do testículo até ao anel inguinal profundo
porção escrotal: verticalmente disposta e situada no escroto, entre a sua origem e o anel inguinal superficial
porção inguinal: situada em toda a extensão do canal inguinal
O ducto eferente inicialmente situa-se ântero-superiormente, unido à porção medial da cauda e do corpo do epidídimo e a partir
da sua porção média, afasta-se para se dirigir superiormente até alcançar o anel inguinal superficial e percorrer o canal inguinal
Ligamento de Cloquet (resquício do canal vagino-peritoneal) divide o funículo espermático em 2 locas:
loca anterior – contém a artéria testicular, o plexo venoso testicular anterior, os plexos testiculares e vasos linfáticos
loca posterior – ducto deferente, artéria deferencial, plexo venoso testicular posterior e vasos linfáticos
artéria cremastérica na superfície da bainha do funículo espermático
EPIDÍDIMO
órgãos excretores no interior dos quais se encontra o ducto do epidídimo que se continua com o ducto deferente
cabeça: porção mais anterior, arredondada, lisa e volumosa que se relaciona com o pólo superior do testículo
⇒ adere ao testículo por intermédio dos dúctulos eferentes que unem a rede testicular de Haller ao ducto do epidídimo
corpo: achato súpero-inferiormente, apresenta a forma de uma vírgula, cuja cabeça é medial e a cauda lateral
face superior – convexa e olha súpero-lateralmente
cobertas pela lâmina visceral da
face inferior – côncava e relacionada com a face lateral do testículo túnica vaginal
margem lateral – é fina e encontra-se livre na cavidade da túnica vaginal
seio do epidídimo
margem medial – mais desenvolvida e relaciona-se com o pedículo testicular
cauda: porção posterior, achatada súpero-inferiormente e unida ao pólo inferior do testículo
560
Constituição Anatómica
A túnica albugínea envolve totalmente o epidídimo, com uma espessura que vai diminuindo da cabeça para a cauda, transformando-se numa fina ca-
mada celulosa ao nível da origem do ducto deferente
Paradídimo (Giraldès)
aspeto vermiforme, situado na porção anterior do funículo espermático, superiormente à cabeça do epidídimo, constituindo um resquício
do canal de Wolff
ESCROTO
561
túnica muscular do dartos
túnica celular subcutânea
túnica espermática externa
túnica muscular do cremáster
túnica espermática interna
túnica vaginal do testículo
TÚNICA CUTÂNEA
fina e muito elástica e deixa facilmente distender-se e é muito pigmentada com pelos longos e raros
apresenta numerosas pregas transversais com origem na rafe do escroto situado na linha mediana da face anterior
lâmina constituída por fibras musculares lisas constituindo o músculo dartos (músculo cutâneo reforçado por fibras elásticas e conjuntivas)
o músculo dartos unem-se ao músculo dartos do outro lado para formar na linha mediana - o septo do escroto - forma 2 locas testiculares
o músculo dartos continua-se anteriormente com o músculo dartos do pénis
posteriormente prolonga-se por uma lâmina semelhante situada inferiormente à pele do períneo - o dartos perineal
o músculo dartos insere-se lateralmente no ramo inferior do púbis e no ramo do ísquio
o músculo dartos superiormente continua-se com o tecido celular subcutâneo da parede abdominal anterior
na linha mediana o músculo dartos adquire grande desenvolvimento = constitui o ligamento suspensor do pénis
as fibras superficiais fixam-se nos invólucros no pénis e as fibras profundas inserem-se na porção posterior dos corpos cavernosos
562
TÚNICA ESPERMÁTICA EXTERNA - continua-se com a aponevrose anterior do músculo oblíquo externo do abdómen e com a fáscia do pénis (Buck)
túnica muscular que se origina nos músculos oblíquo interno e transverso do abdómen
envolve o funículo espermático e é constituído por 2 fascículos
* o reflexo cremastérico obtido por estimulação da face medial da coxa leva à contração e elevação do testículo homolateral
membrana serosa dependente do peritoneu que apresenta uma lâmina visceral e uma lâmina parietal
entre ambos uma cavidade virtual = a cavidade da túnica vaginal
lâmina parietal
o relaciona-se pela face interna com a cavidade serosa e pela face externa com a túnica espermática interna
563
lâmina visceral
o adere à margem anterior e às duas faces do testículo
o ao chegar à margem posterior do testículo vai comportar-se de modo diferente
o anteriormente esta lâmina reveste o pólo superior do testículo, a cabeça do epidídimo e a porção anterior do funículo espermático
o reflete-se ântero-posteriormente para se continuar com a lâmina parietal
o posteriormente esta lâmina reveste o pólo inferior do testículo e a cauda do epidídimo aderentes entre si
o alcança o ligamento escrotal e reflete-se ântero-inferiormente a este revestindo a face anterior e margens laterais
o continua-se depois também com a lâmina parietal
o
o medialmente esta lâmina reveste a porção medial do funículo espermático
o reflete-se ínfero-medialmente para se continuar com a lâmina parietal
o
o lateralmente esta lâmina reveste a face lateral do testículo alcançando depois a sua margem posterior
o atinge a porção lateral do funículo espermático
o dirige-se para lateral revestindo a face inferior, a margem lateral e face superior do corpo do epidídimo
o encontra de novo a porção lateral do funículo espermático que reveste
o até se refletir com obliquidade ínfero-lateral para se continuar com a lâmina parietal
564
TÚNICAS DA BAINHA DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO
- fibrosa
TÚNICA ESPERMÁTICA EXTERNA
- continuação com a túnica espermática externa
- fibrosa
TÚNICA ESPERMÁTICA INTERNA - envolve o funículo espermático
- continuação da túnica espermática interna
565
Vias espermáticas
Ductos que conduzem o líquido espermático desde os túbulos seminíferos (que se encontram
nos lóbulos dos testículos) até à uretra
Retilíneos e curtos
Iniciam-se no ápice dos lobos penetram o mediastino do testículo (Highmore) Terminam na rede do testículo (Haller)
Dirigem-se para superior perfuram a túnica albugínea penetram a cabeça do epidídimo terminam na porção inicial o ducto do epidídimo.
O ducto situado mais anteriormente vai constituir o ducto do epidídimo enquanto os restantes se vão abrir neste ducto
Ducto do epidídimo
566
O ducto situado mais anteriormente vai constituir o ducto do epidídimo enquanto os restantes se vão abrir neste ducto ou resulta da junção de
todos os ductos eferentes
Originam-se ao nível da cabeça do epidídimo Estende-se até à cauda onde passa a constituir o ducto deferente
Ducto deferente
São 2
Estende-se desde a cauda do epidídimo até às vesiculas seminais unindo-se ao colo destas para constituir os ductos ejaculadores
Considerações gerais:
Cilíndrico à exceção da sua porção final dilatada ampola do ducto deferente, que apresenta externamente bolsas ampolares que interiormente
correspondem a divertículos ampolares
Trajeto e divisões
Parte testículo-epididimária:
Obliquidade ântero-superior
Parte funicular:
Dirige-se superiormente na vertical até ao anel inguinal, percorre o sue caminho no interior do funículo espermático
567
Parte inguinal:
Compreende a parte do ducto eferente que ocupa o canal inguinal entre os anéis inguinais
Parte ilíaca:
Inicia-se no anel inguinal profundo, onde se separa dos diferentes elementos do funículo espermático
Parte pélvica:
Onde este ducto se reúne com a vesicula seminal para originar o ducto ejaculador.
Relações:
Parte testículo-epididimária:
Ardente ao epidídimo por tecido conjuntivo laxo por onde passa a artéria epididimária posterior (ramo da artéria testicular) e o
plexo venoso testicular posterior Lateralmente
Parte funicular:
Plexo testicular
Artéria diferencial
Vasos linfáticos
Parte inguinal:
Relações semelhantes às da parte funicular por continuar aina da loca posterior do funículo espermático
568
Nervo genital (ramo do ílio-hipogástrico) Anteriormente
Parte ilíaca:
Artéria deferencial
Anterior termina à direita na veia cava inferior e à esquerda na veia renal esquerda
Parte pélvica:
Segmento paravesical:
Ducto deferente aplica-se contra ao peritoneu (entre a parede lateral da cavidade pélvica e a margem lateral da
bexiga)
569
Segmento retrovesical:
Peritoneu
Através da fáscia prostato-peritoneal (Denonvilliers) inferiormente da escavação reto-vesical (Douglas) superiormente tem as
seguintes relações com a bexiga:
Anteriormente: reto
Medialmente: ductos deferentes convergem na linha mediana para formar Triângulo interferencial (base superior e
ápice inferior relacionado com a base da próstata)
Constituição anatómica:
Túnica adventícia:
Tecido conjuntivo
Túnica muscular
Túnica mucosa:
Espessa
570
Pregas longitudinais que desaparecem com a distensão
Vesiculas seminais
Localização
Cavidade pélvica
Anteriormente ao reto
Posteriormente à bexiga
Direção:
Dimensão e capacidade:
5-10 Cm comprimento
3 Cm largura
Capacidade media 5-10 cm3, mas aumenta depois da puberdade, sendo antes desta bastante mais pequena. Diminui também na velhice
Conformação externa:
Alongadas e piriformes
Apresentam uma extremidade ântero-medial Colo, a que se segue o Ducto excretor para se unir ao ducto deferente
571
Apresentam uma extremidade póstero-lateral Fundo, arredondado
Conformação interna:
Tem numerosas células separadas por pregas, que correspondem as bolsas e sulcos observados na face externa.
Células maiores células de 1ª ordem no interior das quais se encontram as células menores células de 2ª ordem
Relações:
Face ântero-superior:
Face póstero-inferior:
Margem medial:
Margem lateral:
Túnica adventícia:
Tecido conjuntivo
Túnica muscular
Muito desenvolvida
Túnica mucosa:
Espessa
Ductos ejaculadores
2, Um direito e um esquerdo
Trajeto
Relações:
No seu restante trajeto situam-se no interior da próstata aproximando-se um do outro, mas mantendo sempre a individualização
Ao aproximarem-se do colículo seminal afastam-se um do outro para permitirem a passagem do utrículo prostático-
Durante o seu trajeto dentro da próstata estão envolvidos por tecido conjuntivo rico em vasos venosos.
Constituição anatómica:
Túnica adventícia:
Porção extraprostatica
Tecido conjuntivo
Porção intraprostática:
Túnica muscular
Porção extraprostatica
Muito desenvolvida
Porção intraprostática:
574
Túnica mucosa:
Espessa
Próstata
Próstata
Localização:
Cavidade pélvica
Inferiormente à bexiga
Anteriormente ao reto
Função:
Produção de líquido prostático (libertado durante a ejaculação dano aos espermatozoides propriedades ativadoras e mobilizadoras)
575
Meios de união:
Parede anterior Lâmina pré-prostática que resulta da reflexão da lâmina superior da fáscia do diafragma de pelve
Parede posterior Fáscia prostato-perineal (Denonvilliers). Estende-se desde a escavação reto-vaginal (Douglas) à fáscia da pelve
Paredes laterais Fáscias sacro-reto-génito-vesico-púbicas (vão desde o sacro ao púbis relacionando-se com todas as estruturas que o seu
nome inclui)
Parede superior Muito incompleta. Constituída pela bexiga e pelos ligamentos pubo-vesicais
A próstata está separada das paredes da loca pelo espaço periprostático Ocupado por tecido célulo-adiposo onde se encontra o plexo
venosos prostático
Artéria prostática
O sangue destes plexos é drenado para as veias (através das veias vesicais):
Ilíaca interna
Hipogástrica
576
Os linfáticos da próstata:
Da porção posterior desta rede destacam-se vários coletores que formam 4 vias principais ou pedículos:
Pedículo ilíaco externo: formado por um coletor tributário de um gânglio ilíaco externo
Pedículo hipogástrico: Satélite da artéria prostática, que termina num gânglio hipogástrico
Pedículo posterior: formado por 2 pu 3 troncos que se dirigem para trás para drenar nos gânglios sagrados laterais e do promontório
Os nervos da próstata:
Considerações gerais:
Ductos ejaculadores
Utrículo prostático
3cm comprimento
4cm largura
2cm espessura
Volume varia com a idade aumentando na adolescência (puberdade) estacionando entre os 25 e 50 anos
577
Conformação externa
Face anterior:
Obliquidade ântero-inferior
Face posterior:
Convexa
Obliquidade ântero-inferior
Faces ínfero-laterais:
Convexas
Obliquidade ínfero-medial
Base da próstata:
Porção anterior ou vesical obliquidade ântero-inferior, corresponde à face póstero-inferior da bexiga e ao início da parte
prostática da uretra
Porção posterior ou seminal obliquidade póstero-inferior, corresponde ao colo das vesiculas seminais, ampolas dos ductos
deferentes e ao início dos ductos ejaculadores.
Ápice da próstata:
Arredondado transversalmente
578
Relaciona-se com a lâmina superior da fáscia do diafragma da pelve
Relações:
A próstata apresenta no seu interior a porção prostática da uretra, o utrículo prostático e os ductos ejaculadores
Forma um angulo de 20 graus com o grande eixo da próstata (que une o meio da base ao ápice)
Utrículo prostático:
Ductos ejaculadores:
Originam-se pela reunião dos ductos deferentes cos o ductos excretores no colo da vesicula seminal
Obliquidade ântero-inferior
Abrem-se por 2 óstios (de cada lado do utrículo prostático) no folículo seminal
Relações extrínsecas (com os órgãos que se relacionam com as paredes da loca prostática):
Face anterior:
579
Plexo venoso prostático, através da lâmina pré-prostática
Sínfise púbica
Os púbis
Face posterior:
Faces ínfero-laterais
Base da próstata:
Dividia em 2 porções:
Porção anterior ou vesical obliquidade ântero-inferior, corresponde à face póstero-inferior da bexiga e ao início da parte prostá-
tica da uretra
Porção posterior ou seminal obliquidade póstero-inferior, corresponde ao colo das vesiculas seminais, ampolas dos ductos deferen-
tes e ao início dos ductos ejaculadores.
Ápice da próstata:
Superiormente ao ânus
Territórios prostáticos:
580
Dividindo em 5 lobos apesar de não haver uma delimitação típica da estruturação sectorial existente entre os noutros órgãos
Lobo ântero-medial:
Mais pequeno
Lobo ínfero-posterior:
Lobo médio:
Quando aumenta de volume, nos casos benignos de hiperplasia prostática as relações com a parte prostática da uretra podem conduzir à
retenção urinária por compressão e as relações com a bexiga podem colocar este lobo na cavidade vesical, podendo causar sintomas
urinários
581
Estes lobos são mais desenvolvidos
Quando aumentam de volume pelas suas relações com o reto é possível detetar por toque retal.
Constituição anatómica:
Envolvida pela cápsula prostática, de onde partem septos fibrosos separando as glândulas prostáticas.
Constituída por 30 a 50 glândulas que abrem na parte prostática da uretra por ductos prostáticos próprios.
Glândula:
Situadas no espaço angular compreendido entre o bulbo do pénis e aparte membranácea da uretra e na espessura da fáscia do
diafragma da pelve (entre as suas lâminas)
Ducto da glândula
Obliquidade ântero-medial atravessa a lâmina inferior da fáscia do diafragma da pelve Atravessa o bulbo do pénis perfura a
mucosa uretral abre-se na parede posterior da uretra através de um pequeno óstio
Constituição anatómica:
582
Glândulas tubo-acinosas (tal como as prostáticas que são ácino-tubulosas, que é o
mesmo termo)
Pénis
Órgão do sistema genital masculino
Localização:
Função:
Esperma contem 70% de secreções de origem testicular (contem espermatozoides) e secreções prostáticas, 25% de secreções as vesiculas semi-
nais e 5% com origem nas glândulas bulbo-uretrais (Cowper)
Divisão e direção:
O pénis origina-se na porção anterior do períneo dirigindo-se ântero-superiormente até se tronar livre
Apresenta 2 porções:
Porção posterior ou perineal: Fixa, com origem no períneo anterior ou uro-genital, dirigindo-se com obliquidade ântero-superior
No estado de repouso:
No estado de ereção:
583
As 2 porções descrevem uma curva com concavidade póstero-superior
Dimensões:
Meios de fixação:
Ligamentos pubo-cavernosos:
São 2
Inserem-se nos pilares do pénis e na porção intermedia do ramo inferior do púbis e ramo o ísquio.
584
Superficiais (destinam-se aos invólucros do pénis):
Artérias dorsais do pénis dão ramos para os corpos cavernosos, corpo esponjoso e glande
Veia dorsal superficial drena por sua vez na veia safena depois de percorrer o seu trajeto na face dorsal do pénis.
Resulta da união de 2 plexos venosos um à direita e um à esquerda ao longo do sulco balano-prepucial e formados pela
anastomose das veias da glande.
Caminha depois na face posterior do pénis abaixo da fáscia peniana terminando no plexo de Santorini
Os linfáticos do pénis:
Vasos linfáticos superficiais dos tegumentos do pénis drenam nos troncos coletores que acompanham a veia dorsal superficial e terminam
nos gânglios inguinais do grupo súpero-interno
Vasos linfáticos da glande, uretra esponjosa, corpo esponjoso e corpos cavernosos Drenam em coletores que caminham ao longo da
veia dorsal profunda uns terminam nos gânglios inguinais superficiais e profundos enquanto outros terminam nos gânglios ilíacos externos
retro crurais após passar o canal inguinal.
585
Os nervos do pénis:
Ramo genital
Nervo genitocrural
A inervação órgão-vegetativa é feita pelos nervos cavernosos que proveem do plexo hipogástrico
Conformação externa
Constituído por:
Corpo
Corpo do pénis:
Cilíndrico
Achatado ântero-posteriormente
Apresenta uma face inferior ou uretral durante a ereção apresenta uma saliência longitudinal + apresenta a linha mediana a rafe do
pénis
586
Constituída pelos:
Corpo esponjoso: por intermédio do bulbo do pénis, aderente à fáscia superior do diafragma da pelve.
Apresenta a glande do pénis (com aspeto conoide) coberta por uma prega mucocutânea prepúcio do pénis
Glande do pénis
A base diâmetro superior ao do corpo, constituindo a coroa da glande (relevo circular) limitada em toda a extensão pelo
colo da glande
Na porção inferior do colo da glande encontra-se uma prega mucosa triangular que se insere no prepúcio frénulo do pre-
púcio com as 2 fossas do frénulo do prepúcio lateralmente a este.
Prepúcio do pénis
Apresenta 2 superfícies uma externa e uma interna e 2 circunferências uma anterior e outra posterior
Circunferência anterior constitui a abertura prepucial (quando a abertura é muito estreita, o prepúcio não alcança o colo
da glande originando uma fimose só corrigida cirurgicamente)
587
Cavidade prepucial Espaço entre a glande e o prepúcio onde se abrem inúmeras glândulas sebáceas e prepuciais que
segregam esmegma.
Constituição anatómica:
Corpos cavernosos:
São 2
Forma de cilindro
Entre os 2 corpos apresenta o septo (incompleto) do pénis com lacunas através das quais as aréolas dos 2 seios comunicam
entre si.
Sulco supracavernoso ocupado pela veia dorsal profunda ladeada pelas artérias dorsais do pénis e nervos dorsais
do pénis
Sulco infracavernoso mais largo e mais profundo. Ocupado pelo corpo esponjoso
Constituem os pilares do pénis (originam-se em ponta na porção intermédia entre o ramo do pubos e do ísquio
Terminam em ponta ficando separados um do outro por um angulo de 90 graus preenchido pelo prolongamento anterior
588
A ponta dos corpos apresenta ainda os prolongamentos laterais que se dirigem para a glande emitindo lâminas que limitam
as cavernas
Apresenta uma porção média uma extremidade posterior (bulbo do pénis) uma anterior (glande do pénis)
Porção média:
Forma cilindroide
Ímpar e mediana
Base corresponde a um rafe mediano formado pelos muculos transversos superficiais do períneo, sendo a este nível que
pentra a uretra
Face inferior relaciona-se com a fáscia perineal superficial e com músculos bulbo-cavernosos
Face superior relaciona-se com a lâmina inferior da fáscia do diafragma da pelve aderindo-lhe
É ao nível da sua base atravessado pela parte esponjosa da uretra e pelos ductos da glândula bulbo uretral (Cowper) a qual
perfura para penetrar a uretra
589
Desenvolve-se a partir da porção supra-uretral do corpo esponjoso
Antes de atingir a glande o corpo esponjoso bifurca-se podendo originar 2 lâminas laterais:
Alcançam o óstio externo da uretra e limitam a fenda infra uretral onde se insere o frénulo do prepúcio e a qual é
preenchida pelo ligamento inferior da glande.
Constituída pelas lâminas laterais depois de recurvarem para alcançar a coroa da glande
Túnica albugínea
Membrana fibrosa muito elástica e resistente que adere intimamente aos corpos cavernosos
Trabéculas
Numerosos prolongamentos de tecido firo-elástico e de fibras de músculo liso que se destacam da túnica albugínea
Cavernas
Aspeto de capilares
590
O corpo esponjoso apresenta também a túnica albugínea, as trabéculas e as cavernas
Túnica albugínea
Membrana fibrosa mais fina e mais elástica do que nos corpos cavernosos
Trabéculas
Cavernas
Da superfície para a profundidade, envolvendo as estruturas eréteis do pénis essas túnicas e invólucros são:
Túnica cutânea:
Tela subcutânea
591
Fáscia do pénis (BUCK)
Posteriormente continua-se com a fáscia superficial da pelve e com o ligamento suspensor do pénis
A sua superfície adere à túnica albugínea dos corpos cavernosos e do corpo esponjoso
592
Cavidade Pélvica
Feminina
593
Ovários
1. Sistema
Reprodutor feminino, contudo também são uma glândula endócrina pelo que
pertencem ao sistema endócrino
2. Função
Produção de óvulos
3. Localização
Cavidade pélvica
4. Considerações gerais
Na gravidez, os ovários acompanham o crescimento do útero podendo atingir a sua posição inicial, sendo este deslocamento
temporário e fisiológico.
Situação:
Relacionam-se com as paredes laterais da cavidade pélvica.
São:
Anteriores ao reto, à articulação sacroilíaca
Ântero-superiores à margem superior do músculo piriforme
Posteriores ao ligamento largo do útero e às tubas uterinas (Falópio)
Inferiores à abertura superior da cavidade pélvica
Direção:
Na mulher nulípara tem uma disposição vertical.
Na mulher multípara tem uma obliquidade ínfero-medial.
Aspeto externo:
Na recém-nascida – lingueta esbranquiçada
594
Na mulher adulta- é irregular com saliências produzidas pelos folículos e depressões correspondentes às cicatrizes pós-ovulatórias
Na mulher em menopausa- atrofia
Na mulher grávida- aumenta de volume
Número:
Normalmente: são dois (um direito e um esquerdo)
Ovários supranumerários: têm pequenas dimensões e o número é variável
Ausência de um ovário: pode acontecer, mas a ausência dos 2 é muito rara (malformação congénita)
Dimensões:
Na mulher nulípara: os ovários são menores
Na mulher multípara: o ovário direito é maior do que o esquerdo
Na mulher grávida: as dimensões aumentam
Peso:
Aumenta até à idade adulta sendo que a partir da menopausa diminui, é muito mais pesado na gravidez
5. Meios de união
5.1 Continuidade
Continuam-se com as tubas uterinas (Falópio)
5.2 Vascularização
Artérias
Artéria ovárica e artéria uterina.
A artéria ovárica chega ao ovários seguindo o ligamento suspensor do ovário. Ao alcançar o ovário dá origem à artéria tubárica lateral que
vasculariza a tuba uterina (Falópio) e a extremidade tubárica do ovário, continua a descer e atinge o hilo do ovário onde dá origem a alguns
ramos que penetram no ovário.
Quando a artéria ovárica chega à extremidade uterina do ovário anastomosa-se com a artéria uterina dando origem a novos ramos ováricos.
Veias
As veias do ovário formam um plexo venoso muito complexo, ao nível do hilo e do mesovário. Os ramos deste plexo drenam nas veias ováricas
e uterina.
Linfáticos
Os linfáticos do ovário seguem o trajeto dos vasos ováricos e drenam à direita nos nódulos linfáticos aórticos laterais subjacentes ao pedículo
renal e à esquerda drenam nos nódulos linfáticos pré-aórticos e aórticos laterais subjacentes ao pedículo renal e próximos deste.
595
Também podem drenar num nodulo linfático médio que drena nos nódulos linfáticos ilíacos externos.
5.3 Inervação
A inervação é realizada pelo plexo ovárico, que acompanha a artéria ovárica e cujos nervos provêm do plexo intermesentérico.
5.4 Peritoneu
É o único órgão intra-abdominal que não está totalmente revestido por peritoneu (só o seu hilo).
5.5 Pressão
Como é um órgão que se encontra na cavidade pélvica, a pressão é um meio de união.
Ligamento próprio do ovário ou útero-ovárico- é um cordão constituído por fibras musculares lisas, que se estende entre o corno do útero e
a extremidade uterina do ovário.
Mesovário ou asa posterior do ligamento largo do útero- é um pequeno meso que permite ao ovário movimentos de charneira, indo fixar-se
nos dois lábios do hilo do ovário, segundo a linha de Farre-Waldeyer.
596
6. Conformação externa + Relações:
Mulher multípara
Mulher nulípara
repousando na parede lateral
Vasos ilíacos
Face lateral
da cavidade pélvica
Convexa com externos (que
Superiormente ----------------------------------
obliquidade separam do m.
Mulher nulípara- fossa ovárica
póstero-ínfero- psoas maior)
(Krause)
lateral Origem da artéria Margem superior do m.
Inferiormente
umbilical e uterina piriforme
Mulher multípara – fossa
Tecido célulo-
ovárica (Claudius)
adiposo onde se Tecido célulo-adiposo
encontram a onde se encontram vasos
Através do peritoneu
artéria obturadora ilíacos internos e glúteos e
e o nervo os nervos glúteos
obturador
Face medial:
Convexa com obliquidade ântero-supero-medial
- Relaciona-se com:
A tuba uterina (Falópio) contida na asa maior do ligamento largo do útero e Fossa pré-ovárica
por intermédio desde à direita com as ansas intestinais, com o cego e o Limites:
apêndice vermiforme e à esquerda com o cólon sigmoide. - Anteriormente: asa anterior do ligamento largo do útero
- Posteriormente: asa superior do ligamento largo do útero
Margem anterior ou mesovárica: ou mesosalpinge
Constitui a linha de Farré-Waldeyer que se continua com a asa maior do
ligamento largo do útero ou mesosalpinge.
É nesta margem que o ovários recebe os vasos e nervos ováricos constituindo o hilo do ovário.
597
Margem posterior ou livre:
Convexa e livre em toda a sua extensão, relaciona-se com a fimbria ovárica (Richard)
Na mulher nulípara relaciona-se com o útero através da fossa ovárica (Krause)
Na mulher multípara relaciona-se com o sacro e as ansas intestinas na fossa ovárica (Claudius)
Extremidade tubárica:
Coberta pela tuba uterina (Falópio), dando inserção ao ligamento suspensor do ovário ou lombo-ovárico e ao ligamento tubo-ovárico.
Na nulípara situa-se inferiormente aos vasos ilíacos externos, e relaciona-se ao nível da fossa ilíaca direita, com o apêndice vermiforme.
Clínica: A inflamação do apêndice vermiforme pode simular uma afeção do ovário ou vice-versa.
Extremidade uterina:
Encontra-se próxima do pavimento pélvico e dá inserção ao ligamento próprio do ovário ou útero-ovárico.
Ovário direito: relaciona-se com o cego e quando este está fixo, com a parede póstero-lateral do abdómen revestida pelo peritoneu
parietal posterior, que reveste o uretéro.
Ovário esquerdo: mais anterior do que o ovário direito, está separado da parede ântero-lateral do abdómen, por intermédio do colon
sigmoide e seu mesocólon.
7. Constituição anatómica
Invólucro ovárico
A superfície do ovário é revestida pelo epitélio simples germinativo (epitélio simples cuboide).
Sob o epitélio o córtex forma a túnica albugínea do ovário (tecido conjuntivo fino).
Parênquima ovárico
Porção central- medula ou zona vascular
Porção periférica- córtex
598
Folículos ováricos
Sofrem a sua maioria um processo degenerativo constituindo os folículos atrésicos.
Existem vários tipos: folículos atrésicos primários maiores, folículos atrésicos em crescimento de I ou II ordem e folículos atrésicos em
crescimento de III ordem.
Corpos lúteos
Iniciam-se quando se dá a rotura do estigma dos folículos ováricos vesiculosos em rotura (Graaf), sendo o antro folicular ocupado por
um coágulo sanguíneo.
Corpos albicantes
Resultam do processo degenerativo dos corpos lúteos.
599
Útero
SISTEMA: órgão pertencente ao sistema reprodutor feminino Plate 340-342, 346 e 350-353-
6ª Edição
FUNÇÃO: acolhimento de embrião que se implanta no endométrio e gestação do mesmo
LOCALIZAÇÃO
SITUAÇÃO DO ÚTERO
ANTERIORMENTE - bexiga
POSTERIORMENTE - reto
INFERIORMENTE - vagina
CONFORMAÇÃO EXTERNA
o útero apresenta a forma de um cone truncado com ápice inferior
apresenta um ligeiro estrangulamento
o istmo do útero determina a divisão do útero em 2 porções:
uma porção superior - corpo do útero - situado superiormente ao istmo e que é achatado ântero-posteriormente
uma porção inferior - colo do útero - situado inferiormente ao istmo e que possui forma cilíndrica
600
CORPO DO ÚTERO
apresenta uma forma triangular
apresenta 2 faces: anterior e posterior
apresenta 3 margens: 2 laterais e 1 superior ou fundo do útero
apresenta 3 ângulos: 2 laterais ou cornos do útero e o ângulo inferior
ISTMO DO ÚTERO
difícil de delimitar
encontra-se na transição do corpo do útero com o colo do útero
observa-se um sulco bem marcado ântero-lateralmente e pouco marcado posteriormente
COLO DO ÚTERO
conhecido como cérvix do útero
tem forma cilíndrica ligeiramente dilatada na porção média
a vagina insere-se em todo o seu contorno ao nível da união dos 2/3 superiores com o 1/3 inferior
o colo do útero encontra-se dividido em 3 segmentos
segmento superior extravaginal ou supravaginal - segue-se ao corpo do útero
segmento vaginal - corresponde à inserção da extremidade superior da vagina
segmento inferior intravaginal - segmento no interior da vagina
601
CORPO DO ÚTERO
602
COLO DO ÚTERO
603
2. SISTEMA DE SUSPENSÃO DO ÚTERO
Os ligamentos largos do útero constituem 2 septos transversais que unem as margens do útero às paredes laterais da cavidade uterina:
604
o artéria uterina
o plexo venoso uterino
o vasos linfáticos + nervos
Os ligamentos largos do útero são constituídos por 2 faces, 4 margens:
o ligamento tubo-ovárico
- a asa posterior ou mesovário estende-se desde o corno do útero ao óstio abdominal da tuba uterina
MARGEM MEDIAL - corresponde às margens laterais do útero e relaciona-se com a artéria uterina, plexo venoso uterino, nervos
MARGEM LATERAL - parede lateral da cavidade pélvica onde as 2 lâminas peritoneais se continuam com o peritoneu parietal
- livre, situa-se na união das 2 lâminas peritoneais do ligamento largo e é constituída pela tuba uterina de Falópio
MARGEM SUPERIOR
- condiciona uma prega: a asa superior ou mesosalpinge
605
Os ligamentos largos apresentam entre as suas duas lâminas diferentes formações constituídas por 2 porções: mesométrio e paramétrio
MESOMÉTRIO
porção superior e é fino e móvel com forma triangular
o ápice encontra-se no corno do útero
a base é livre e é constituída pelo ligamento tubo-ovárico
a margem superior representa a tuba uterina de Falópio
a margem inferior continua-se com o paramétrio
PARAMÉTRIO
situa-se inferiormente às asas do ligamento largo do útero entre as suas duas lâminas
estas formam progressivamente de superior para inferior formar um espaço prismático triangular com base inferior
a base inferior estende-se desde a parede lateral da cavidade pélvica ao istmo do útero e à extremidade superior da vagina
CONTEÚDO DO PARAMÉTRIO
tecido célulo-fibroso
porção pélvica do uretéro
artéria uterina
artéria vaginal longa
veias, linfáticos e nervos do paramétrio
606
CONTEÚDO DO PARAMÉTRIO
- ramo da artéria ilíaca interna podendo originar-se num tronco comum com a artéria uterina
ARTÉRIA VAGINAL LONGA - relaciona-se com o paramétrio situando-se posteriormente à porção pélvica do uretéro
- origina os ramos terminais ao nível da porção adjacente da porção lateral do fórnice da vagina
607
1.2. LIGAMENTOS ANTERIORES OU LIGAMENTOS REDONDOS DO ÚTERO
um direito e um esquerdo que se estendem entre o corpo do útero e as regiões inguinal e púbica
achatado ântero-posteriormente e vai diminuindo de espessura à medida que se afasta do útero
as porções ilíaca e pélvica deste ligamento originam-se no corno do útero inferiormente à tuba uterina de Falópio
dirige-se depois com obliquidade ântero-lateral até alcançar o anel profundo do canal inguinal
percorre este canal e termina no tubérculo do púbis e sínfise púbica, camada adiposa do monte do púbis e lábios maiores da vulva
- situa-se na espessura do ligamento largo do útero (limite lateral da asa anterior do ligamento largo)
PORÇÃO ILÍACA - relaciona-se anteriormente com a bexiga e posteriormente com o ovário
- relaciona-se inferiormente com o tecido célulo-fibroso do paramétrio do ligamento largo do útero
- origem ao nível da abertura superior da cavidade pélvica e termina no anel profundo do canal inguinal
PORÇÃO PÉLVICA
- cruza durante o trajeto a veia ilíaca externa e depois a artéria ilíaca externa
- origina-se ao nível do anel superficial do canal inguinal e divide-se em fibras tendinosas em avental
PORÇÃO VULVAR - estas inserem-se na espinha do púbis e na sínfise púbica e no tecido célulo-fibroso
- outras inserem-se no monte do púbis e nos lábios menores da vulva
608
2. SISTEMA DE SUSPENSÃO DO ÚTERO
mantém o útero na sua posição fisiológica
mantém o istmo e o colo do útero ligados às paredes da cavidade pélvica
por intermédio dos ligamentos do sistema transversal e do sistema longitudinal
PARTE NUDA
insere-se medialmente na porção lateral do centro tendinoso
relaciona-se lateralmente com os vasos ilíacos internos
609
2.2. LIGAMENTOS DO SISTEMA LONGITUDINAL: LIGAMENTOS VÉSICO-UTERINOS
também designados pilares mediais da bexiga
formações fibro-musculares que se inserem no colo do útero e na face póstero-inferior da bexiga medialmente à uretra
encontram-se relacionados com os pilares laterais da bexiga com inserções no centro tendinoso e no corpo da bexiga
estes ligamentos continuam-se anteriormente com os ligamentos pubo-vesicais (iniciam-se na face ântero-infe-
rior da bexiga)
os ligamento pubo-vesicais dirigem-se para anterior e inserem-se na face posterior do púbis
Os ligamentos inserem-se com obliquidade póstero-superior elevando a porção profunda da escavação reto-uterina de Douglas:
contornam as faces laterais do reto
e terminam inserindo-se na face anterior do sacro medialmente aos 3 primeiros forames sagrados anteriores
O ligamento útero-sagrado pelo seu feixe médio une-se com o do lado oposto por intermédio de uma prega transversal:
prega de Jean Louis Petit
forma de ferradura com concavidade posterior
apresenta relações com o reto
610
CONFORMAÇÃO INTERNA DO ÚTERO
o útero apresenta no seu interior a cavidade do útero - cavidade virtual achatada ântero-posteriormente
continua-se superiormente ao nível dos cornos do útero com as tubas uterinas de Falópio
continua-se inferiormente através do óstio externo do colo do útero com a vagina
1. CAVIDADE DO ÚTERO
apresenta uma zona mais estreita que corresponde ao istmo do útero
superiormente ao istmo do útero encontra-se a cavidade do corpo do útero
inferiormente ao istmo do útero encontra-se a cavidade do colo do útero
611
RELAÇÕES - COLO DO ÚTERO
1. PORÇÃO SUPRAVAGINAL
relacionada com tecido celular laxo que origina anteriormente a fáscia pré-cervical e posteriormente a fáscia retrocervical
anteriormente relaciona-se em toda a extensão com a face póstero-inferior da bexiga
posteriormente relaciona-se com a escavação reto-uterina de Douglas e com o reto
lateralmente relaciona-se com:
o a porção pélvica do uretéro
o artéria uterina (passa anteriormente ao uretéro),
o artéria vaginal longa (passa posteriormente ao uretéro)
o veias do paramétrio e linfáticos do paramétrio - drenam colo e istmo
o nervos do paramétrio - originam-se no plexo hipogástrico inferior e inervam útero e canal de Malpighi e Gartner
apresenta no fórnice da vagina um recesso anular que o separa da parede vaginal (os diferentes fórnices)
apresenta relações indiretas por se fazerem através das paredes da vagina
612
RELAÇÕES DA PORÇÃO INTRAVAGINAL
- relaciona-se posteriormente através das paredes laterais do fórnice da vagina com o uretéro
LATERALMENTE
- relaciona-se artéria longa vaginal e ramos e com o plexo venoso útero-vaginal e linfáticos
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
O PERITONEU através da sua lâmina visceral reveste todo o corpo do útero envolvendo o fundo do útero ao qual adere intimamente:
posteriormente desce para a face posterior do útero até alcançar a porção posterior da vagina
reflete-se para posterior e alcança a face anterior do reto = escavação reto-uterina de Douglas
613
anteriormente desce para a face anterior do útero até alcançar o istmo do útero
reflete-se para anterior até à porção posterior da face superior da bexiga que quando está cheia = escavação vésico-uterina
lateralmente as lâminas peritoneais que cobrem as faces anterior e posterior do útero unem-se ao nível das margens laterais do corpo do útero
constituem os ligamentos largos do útero
1. CORPO DO ÚTERO
o fibras musculares lisas, fusiformes encontram-se agrupadas em feixes e estão orientadas anarquicamente
o podem ser reconhecidas 3 camadas musculares
o camada externa
o camada média ou plexiforme
o camada interna
614
1.3. CAMADA INTERNA
2. COLO DO ÚTERO
o aqui as fibras são menos abundantes do que no corpo do útero: existem fibras longitudinais e fibras recorrentes
o as fibras longitudinais originam-se no corpo do útero e terminam no colo elevando a mucosa para formar a prega palmada
o existem fibras longitudinais que se originam no corpo e termina na vagina
o as fibras recorrentes originam-se na vagina e terminam no colo do útero
Dependendo da fase do ciclo menstrual: o endométrio sofre alterações na sua espessura e apresenta 2 camadas:
camada profunda ou basal - muito fina e sofre alterações no decorrer do ciclo menstrual
camada superficial ou funcional - sofre transformações cíclicas sendo eliminada durante o período menstrual
as artérias que vascularizam o útero depois de perfurarem a túnica muscular anastomosam-se com as artérias do mesmo lado
estas constituem anastomoses longitudinais
anastomosam-se igualmente com as artérias do lado oposto = anastomoses transversais
o útero é vascularizado pela artéria uterina e acessoriamente pela artéria do ligamento redondo do útero
615
Artéria Uterina
ramo colateral intrapélvico visceral da artéria ilíaca interna
origina-se na artéria ilíaca isoladamente ou por tronco comum com a artéria umbilical
vasculariza o útero, a tuba uterina, ovário, a vagina e a bexiga
dirige-se quase verticalmente contra a parede da pelve menor até ao nível da espinha isquiática = porção retroligamentar ou parietal
dirige-se depois medialmente, cruza o uretéro que se encontra anteriormente e alcança o colo do útero = porção infraligamentar
no colo do útero forma o arco da artéria uterina e percorre a margem lateral do corpo do útero e alcança os cornos do útero
aqui origina os ramos terminais e constitui a porção intraligamentar
Ramos Colaterais
artéria uretérica
artérias vaginais
artérias uterinas
artéria do ligamento redondo do útero
artéria do fundo do útero
616
- inconstante e vasculariza a porção inferior do uretéro
Artéria Uretérica
- origina-se ao nível do uretéro depois de se ter bifurcado em T
- originam ramos longos para o colo do útero - artérias longas para o colo do útero
- originam ramos curtos para o corpo do útero - artérias curtas para o corpo do útero
617
- origina 3 ou 4 artérias finas que se anastomosam
Artéria Tubária Medial
- vascularizam o istmo
Ramos Terminais
Artéria Uterina
as veias com origem nas diversas túnica do útero terminam numa rede venosa plexiforme na superfície uterina
drena para o plexo venoso uterino - se a rede estiver localizada ao nível do corpo do útero
drena para o plexo venoso cervicovaginal - se a rede estiver localizada ao nível do colo do útero
estes plexos amplamente anastomosados drenam para grupos de veias eferentes
veias do ligamento redondo do útero, as veias da tuba uterina e as veias uterinas ou uterovaginais
618
DRENAGEM LINFÁTICA DO ÚTERO
INERVAÇÃO DO ÚTERO
Inervação Parassimpática
representada pelos nervos esplâncnicos pélvicos (Eckardt) - ramos colaterais do nervo pu-
dendo
Inervação Simpática
inicia-se no plexo ovárico e no plexo uterino, ramo eferente do plexo hipogástrico inferior
origina o pedículo cérvico-ístmico e o pedículo do corpo do útero
o pedículo cérvico-ístmico relaciona-se com os vasos uterinos e inerva o istmo e o colo do útero
o pedículo do corpo do útero constitui o nervo lateral do útero (Latarjet) situado na margem lateral do corpo do útero
este último por ramos colaterais inerva o corpo do útero e depois por um ramo terminal inerva a artéria tubária lateral
619
CURIOSIDADES UTERINAS
FORMA
o de um cone truncado com base superior e ápice inferior
o na mulher nulípara - apresenta superiormente o corpo e inferiormente o colo do útero separados pelo istmo do útero
o na mulher multípara - não existe istmo
POSIÇÃO
o possui grande mobilidade estando a sua posição dependente das variações resultantes da pressão abdominal e da tonicidade do útero
o o eixo do corpo do útero e o eixo do colo do útero formam um ângulo aberto anteriormente olhando a sínfise púbica (100-120º)
o o ápice deste ângulo = ponto mais fixo do útero = ponto central do útero
o encontra-se no centro da cavidade pélvica um pouco mais anteriormente a uma linha unindo as duas espinhas isquiática
o útero em anteflexão = o ângulo abre-se anteriormente
620
o útero em retroflexão = o ângulo abre-se posteriormente
o útero em lateroflexão direita ou esquerda = o ângulo abre-se para a direita ou esquerda
o útero em anteversão = quando o corpo do útero se desloca para anterior
o útero em retroversão = quando o corpo do útero se desloca para posterior
o útero em lateroversão direita ou esquerda = quando o corpo do útero se desloca para a direita ou esquerda
621
Tubas uterinas (Falópio)
1. Sistema
Reprodutor feminino
2. Função
Recolher o óvulo da superfície do ovário por intermédio das fímbrias da
tuba uterina, através de tropismos químicos e mecânicos.
3. Localização
São dois canais (um direito e um esquerdo) que se localizam na
cavidade pélvica. Encontram-se próximas da extremidade tubária do
ovário.
4. Considerações gerais
Situação:
Situam-se na asa superior do ligamento largo do útero ou
mesosalpinge, anteriormente ao ovário e posteriormente ao
ligamento redondo do útero.
Casos especiais: Quando a mesosalpinge é pouco desenvolvida, a tuba uterina sobrepõe-se ao ovário, determinando a existência de 2
bolsas peritoneais, uma medial, a bolsa tubo-ovárica e uma lateral, a bolsa parieto-ovárica.
Direção:
Transversal – desde o corno do útero até alcançar a extremidade uterina do ovário
Inflete-se para superior
Vertical – relaciona-se com a margem anterior ou mesovárica do ovário
Quando atinge a extremidade tubárica inflete-se com obliquidade póstero-inferior, cruza a porção superior da sua face medial e
percorre depois a sua margem posterior ou livre.
Dimensões:
É mais longa nas mulheres que já foram mães (multípara) do que nas que não foram (nulípara).
5. Meios de união
5.1 Continuidade
Continuam-se com a extremidade tubárica do ovário e penetram nos ângulos laterais ou cornos do útero.
622
5.2 Vascularização
Artérias
As artérias da tuba uterina provêm do arco arterial formado no mesosalpinge pela artéria
tubária lateral (ramo da artéria ovárica) e pela artéria tubária medial (ramo da artéria
uterina) que se anastomosam entre si.
Veias
São numerosas e seguem um trajeto semelhante ao das artérias drenando nas veias
ovárica e uterina.
Linfáticos
Unem-se aos coletores linfáticos do ovário e ascendem com estes ao longo dos vasos ováricos e drenam na sua maioria nos nódulos
linfáticos aórticos laterais.
Também é muito frequente a presença de um “tubo” coletor linfático que drena para um
nodulo linfático posterior do grupo intermedio de nódulos linfáticos ilíacos externos. Enquanto
que outro drena para um nodulo linfático ilíaco interno.
5.3 Inervação
Os nervos acompanham os vasos e provêm do plexo intermesentérico por intermédio do plexo
ovário e provêm do plexo hipogástrico inferior por intermédio do plexo uterovaginal.
5.4 Pressão
Como é um órgão que se encontra na cavidade pélvica, a pressão é um meio de união.
A porção medial da tuba uterina é fixa, mudando de posição apenas com os movimentos do
útero.
Ligamento tubo-ovárico- estende-se do infundíbulo da tuba uterina por intermédio da fimbria ovárica (Richard) até à extremidade tubárica
do ovário.
623
6. Conformação externa
A tuba uterina é constituída por quatro porções: a parte uterina, o istmo (Barkow), a ampola (Henle) e o infundíbulo.
Parte uterina
Está situada na espessura do miométrio, tem cerca de 1-1,5 cm e termina ao nível do corno do útero, através de um óstio, o óstio uterino
da tuba uterina.
Istmo (Barkow)
É um canal cilíndrico que continua a parte uterina, situa-se póstero-superiormente ao ligamento redondo do útero e ântero-superiormente
ao ligamento próprio do ovário ou útero-ovárico.
Ampola (Henle)
É um canal sinuoso, achatado ântero-posteriormente, que se continua com o istmo ao nível da extremidade uterina do ovário. Apresenta
uma parede fina muito extensível que se relaciona com a margem anterior ou mesovárica do ovário.
Infundíbulo
É a porção mais móvel de toda a tuba uterina, apresenta uma forma de funil, tendo uma superfície externa, uma superfície interna, uma
base e um ápice.
- Superfície externa
Tem um aspeto liso, é revestida por peritoneu e continua-se com a superfície externa da ampola da tuba uterina.
- Superfície interna
Tem um aspeto irregular, franjada é revestida por mucosa que se continua com aquela que reveste a ampola uterina.
- Ápice
Óstio abdominal da tuba uterina que se abre na cavidade abdominal
Único caso no corpo humano em que
- Base a cavidade peritoneal comunica com a
Muito irregular, origina uma série de linguetas lanceoladas, as fímbrias da tuba uterina que se cavidade mucosa e através desta com o
dispõem em 2/3 circunferências concêntricas. exterior (através da cavidade do útero)
Clínica: Nos processos inflamatórios, as franjas podem aderir entre si, podendo conduzir à oclusão transitória da tuba uterina.
624
7. Conformação interna
Canal tubário com cerca de 0,5 mm de diâmetro. É revestido por mucosa que apresenta umas saliências, as pregas tubárias.
Ao nível do istmo (Barkow) a pregas originam outras transversais, as pregas secundárias, de onde se destacam as pregas terciárias.
A ampola (Henle) apresenta uma zona desprovida de pregas tubárias.
8. Relações
O peritoneu pélvico envolve as tubas uterinas exceto na porção onde as duas laminas se unem par constituir a mesosalpinge.
Na mulher grávida
Como a direção inicial deixa de ser transversal e passa a apresentar uma obliquidade póstero-ínfero-lateral:
- O infundíbulo da tuba uterina direita relaciona-se com o cego e com o apêndice vermiforme
9. Constituição anatómica
Túnica serosa
Reveste a superfície externa das fimbrias
Tela subserosa
É constituída por tecido conjuntivo onde se encontram os vasos e nervos
625
Túnica muscular
Fibras musculares lisas (em maior número próximo do útero e quase inexistentes no infundíbulo)
Camada profunda – fibras circulares (sendo mais fina na ampola (Henle) e mais espessa no istmo (Barkow))
Camada superficial- fibras plexiformes, em forma de rede (mais espessa no istmo (Barkow))
Túnica mucosa
Constituída por mucosa fina com pregas tubárias
Epóforo (Rosenmüller)
Paróforo (Waldeyer)
626
Vagina
1. Sistema
Reprodutor feminino
2. Função
Órgão de cópula na mulher dando passagem ao feto durante o parto
3. Localização
Cavidade pélvica, mais precisamente na loca vaginal e no períneo anterior ou urogenital
4. Considerações gerais
Situação:
Relaciona-se:
- Anteriormente com a bexiga e com a uretra - Lateralmente com os músculos levantadores do ânus
- Posteriormente com o reto - Superiormente com o útero por intermédio do colo do útero
- Inferiormente com a vulva
Direção:
Obliquidade ântero-inferior
Forma:
Achatada ântero-posteriormente de modo a que a face anterior e a face posterior se aplicam uma contra a outra
Dimensões:
As suas paredes são muito extensíveis e elásticas retomando a sua posição normal após a copula. Sendo que a extensibilidade diminui na
menopausa e na mulher multípara.
5. Meios de união
5.1 Continuidade
A extremidade superior da vagina continua-se com a porção intravaginal do colo do útero.
A extremidade inferior da vagina continua-se com a vulva.
5.2 Vascularização
Veias
As veias da vagina formam o plexo venoso vaginal, anastomosam-se superiormente com o plexo venoso uterino, anteriormente com o plexo
venoso vesical, inferiormente com as veias pudendas internas por intermédio das veias do bulbo do vestíbulo e posteriormente com o plexo
venoso rectal.
As veias vaginais drenam diretamente na veia ilíaca interna ou num dos seus ramos tributários.
627
Artérias
As artérias da vagina são de cada lado:
- Superiormente: artérias vaginais, ramos da artéria uterina e do ramo cervicovaginal, assim com a primeira artéria do colo do útero.
- Na parte média: a artéria vaginal irriga ½ ou 2/3 inferiores da vagina
A artéria rectal média também dá ramos que contribuem para a vascularização da face posterior da vagina.
Estas artérias anastomosam-se entre si e com as artérias do lado oposto, formando a artéria ázigos da vagina que se estende de uma ponta
à outra do conduto.
Linfáticos
Uns seguem o trajeto da artéria uterina e outros seguem o trajeto da artéria vaginal.
Os primeiros são tributários dos nódulos linfáticos ilíacos externos e os segundos são tributários dos nódulos linfáticos ilíacos internos e as vezes
também são tributários dos nódulos linfáticos ilíacos comuns.
5.3 Inervação
Os nervos da vagina provêm do plexo hipogástrico inferior.
5.4 Pressão
Como é um órgão que se encontra na cavidade pélvica, a pressão é um meio de união.
Face anterior:
Obliquidade ântero-superior
Porção superior- relaciona-se com a face póstero-inferior da bexiga.
A vagina e a bexiga estão separadas por tecido conjuntivo, sendo que inferiormente é mais denso e forma o septo vésico-vaginal
628
Porção inferior- relaciona-se com a uretra.
A vagina está unida à uretra por tecido celular muito denso – o septo uretro-vaginal.
Face posterior:
Porção superior- relaciona-se com o peritoneu da escavação reto-uterina (Douglas)
Porção média- é inferior à escavação reto-uterina (Douglas) até alcançar a fáscia da pelve
Porção inferior- relaciona-se com o triângulo reto-vaginal (que separa o reto da vagina, sendo ocupado pelo centro do períneo e pelos
músculos que aí se inserem.
Margens laterais:
Porção superior ou intrapélvica: 2/3 superiores da vagina, relaciona-se com o uretero e o tecido célulo-fibroso.
Porção inferior ou perineal: relaciona-se com:
- o períneo anterior ou urogenital - bulbo vestíbulo
-o músculo levantador do ânus - musculo constritor da vagina
- a fáscia diafragmática da pelve - glândula vestibular maior (Bartholin)
- músculo transverso profundo do períneo
Extremidade superior: É
representada pelo fórnice da vagina (recesso circular resultante da continuação das paredes e margens da
vagina com o segmento vaginal do colo do útero). Fórnice anterior da
vagina
Extremidade inferior:
Encontra-se no períneo anterior ou urogenital, aderindo à fáscia do diafragma da pelve e aos músculos situados entre as 2 laminas, abre-se na
vulva através do óstio da vagina.
Na mulher virgem apresenta uma prega mucosa incompleta – o hímen.
Relações:
- Anteriormente: porção terminal da uretra
- Posteriormente: corpo do períneo que separa o reto da vagina
- Lateralmente: Vasos e nervos pudendos internos
629
7. Conformação interna
o Colunas longitudinais (2), as colunas das rugas, uma anterior e uma posterior
(justapõem-se quando as faces anterior e posterior da vagina estão em contato)
Clínica: É através dos fórnices da vagina (que aumentam de anterior para posterior) que é possível fazer a exploração clínica dos paramétrios.
Túnica adventícia
Túnica muscular
É constituída por fibras musculares lisas.
- Camada superficial- fibras longitudinais que se continuam superiormente com as fibras superficiais do útero e inferiormente terminam nos
lábios menores da vulva
- Camada profunda- fibras circulares (+ espessas) que se continuam superiormente com as fibras musculares do colo do útero e
inferiormente terminam no óstio da vagina, constituindo o músculo constritor da vagina.
Túnica mucosa
Reveste toda a superfície interna da vagina continua-se superiormente com a mucosa do colo do útero e inferiormente com a mucosa
da vulva.
630
VULVA LIMITES DA VULVA
Os órgãos genitais EXT da mulher constituem, no seu conjunto, a vulva, 1 saliência ovoide de ANT = parede ANT do abdómen
grande eixo ANT-POST.
POST = períneo
LAT = face MED da coxa
Monte do púbis
Formações labiais
Espaço interlabial
Órgãos eréteis
LIMITES
- Sínfise púbica (ANT) Espessura média = 2 a 3 cm
631
Anatomicamente, o monte do púbis é constituído, SUPERFICIALMENTE, p/ pele e, PROFUNDAMENTE, p/ tecido célulo-adiposo
com lâminas elásticas.
Formações Labiais
632
Quanto à constituição anatómica, os lábios maiores da vulva apresentam 5 camadas: pele (fina e delgada), dartos (fibras musculares que se
aplicam na camada profunda da derme) dos lábios maiores, tecido subcutâneo célulo-adiposo, membrana célulo-elástica (envolve o corpo
adiposo), corpo adiposo.
LÁBIOS MENORES DA VULVA OU NINFAS
São 2 pregas cutâneas de aparência mucosa situadas MED aos lábios maiores da vulva.
Alongados de ANT» POST e achatados transversalmente, apresentam 2 faces, 2 margens e 2 extremidades.
Convexa
Face LAT
- Relação c/ face MED dos lábios maiores
Plana, corresponde à fenda vulvar
Face MED - Quando está fechada, aplica-se diretamente ao lábio menor do
lado oposto
Aderente
Margem SUP
- Relação c/ bulbo do vestíbulo
Livre, convexo, regularmente dentado,
Margem INF
- Flutua livremente na fenda vulvar
Antes de alcançar clitóris, divide-se em 2 pregas:
- ANT» passa ANT ao clitóris e reúne-se à do lado oposto» prepúcio
Extremidade ANT
do clitóris
- POST» forma com a do lado oposto» frénulo do clitóris
Confunde-se c/ face MED dos lábios maiores» condicionam comis-
Extremidade POST sura POST dos lábios da vulva» pode apresentar 1 prega (frénulo dos
lábios da vulva)» ANT, fossa do vestíbulo da vagina
Quanto à constituição anatómica, os lábios menores apresentam 1 camada cutânea dupla rica em fibras elásticas, o que justifica as suas
modificações durante as relações sexuais.
633
ESPAÇO INTERLABIAL
É virtual quando os lábios estão unidos» verdadeiro canal quando se afastam as formações labiais. LIMITES
No pavimento do espaço interlabial, com forma elíptica, encontra-se de ANT» POST: LAT = face MED dos lábios maiores e
menores
- Vestíbulo da vagina
ANT = clitóris
- Papila uretral (c/ óstio externo da uretra)
POST = comissura POST dos lábios da
- Óstio da vagina (com hímen na mulher virgem) vulva (apresenta fossa do vestíbulo)
a) VESTÍBULO
É 1 pequena região triangular, côncava transversalmente e retilínea ANT-POST, encon-
trando-se separado dos lábios menores pelo sulco ninfo-himeneal (onde estão os forâ-
menes dos ductos excretores das glândulas vestibulares maiores de Bertholin).
LIMITES:
Situado na linha mediana da porção POST do vestíbulo, tem 1 forma arredondada com 3-4 mm de diâmetro.
c) ÓSTIO DA VAGINA
É 1 membrana muito incompleta, com resistência variável, situado no óstio da vagina. Apresenta 2 faces e 2 margens.
635
Órgãos Eréteis (clitóris + bulbos do vestíbulo)
Repouso = 6-7 cm de
É 1 órgão erétil, ímpar e mediano, situado na porção ANT da vulva (é o homólogo do pénis).
comprimento (3 cm para ramos,
2,5 cm para corpo, 0,5 cm para
ANT» POST glande)
Alcança margem
INF da sínfise, Corpo continua
convergindo na direção dos ramos
linha mediana » » ANT-SUP
corpo
636
Relações diferentes na porção livre e na porção profunda
- Face POST da glande» origina frénulo do clitóris (pequena prega mediana Porção livre é revestida (ANT-LAT) p/
que termina nos lábios menores) Prepúcio do clitóris = prega cutânea dependente dos lábios
menores
- Clitóris fixado POST aos ramos ísquio-púbicos e ANT através do ligamento
Reveste glande sem lhe aderir» cavidade prepucial entre elas
suspensor do clitóris (insere-se na sínfise e na linha alba + fáscia do clitóris)
637
BULBOS DO VESTÍBULO Plate 357- 6ª Edição Correspondem ao corpo
esponjoso do pénis, sendo duplos
São formações eréteis que se encontram de cada lado da uretra e da vagina, INF à fáscia do dia- na mulher devido à interposição
fragma da pelve. da vagina
2 faces + 2 margens + 2 extremidades 3,5 cm de comprimento // 1,5 cm
de largura e espessura
638
VEIAS
LINFÁTICOS
Vasos linfáticos da vulva» nodos linfáticos inguinais superficiais (principalmente, SUP-MED)
A glande do clitóris possui 1 território linfático particular: A drenagem dos linfáticos de um lado da
- Alguns vasos drenam nos nodos linfáticos inguinais profundos vulva em nodos do lado oposto é comum.
- Outros drenam nos nodos linfáticos ilíacos EXT (depois de atravessarem ducto inguinal)
- 1 vaso linfático drena diretamente num nodo linfático INT (passa INF à sínfise)
NERVOS
Monte do púbis e porção ANT dos lábios maiores Ramos genitais dos nervos ílio-inguinal e génito-femoral
Bulbo do vestíbulo Ramo profundo do nervo perineal + nervos vasomotores do plexo simpá-
tico que acompanha artérias
639
MAMAS
SISTEMA: órgão pertencente ao sistema reprodutor feminino / sistema endócrino (são rudimentares no homem)
FUNÇÃO
SITUAÇÃO E LOCALIZAÇÃO
MEIOS DE FIXAÇÃO
640
CONFORMAÇÃO EXTERNA
1. ZONA PERIFÉRICA
a porção mais extensa e continua-se com a pele das regiões adjacentes e com a aréola da mama
constituída por pele fina que durante a gravidez e o aleitamento apresenta numerosas linhas azuladas (veias superficiais)
forma cilíndrica ou cónica encontrando-se no centro da aréola da mama e dirigindo-se com obliquidade ântero-lateral
as dimensões e forma são variáveis = por vezes curta tornando impossível o aleitamento
outras vezes no fundo da uma depressão na aréola da mama = papila mamária umbilicada
durante o telotismo ou pseudo-erecção da papila por excitação sexual = a papila aumenta de tamanho 0,5-1 cm de comprimento
o ápice da papila apresenta 10-20 óstios = abertura dos ductos lactíferos
o conjunto destes óstios constitui a área cribriforme da papila mamária
641
CONSTITUIÇÃO ANATÓMICA
camada cutânea
camada célulo-adiposa subcutânea
camada célula-adiposa retromamária
corpo da mama
1. CAMADA CUTÂNEA
a pele reveste a face anterior da mama continuando-se depois com a pele da porção anterior da parede torácica
apresenta textura distinta consoante a zona da sua conformação externa
na derme da pele da aréola e da papila mamária encontram-se inseridas fibras musculares lisas = músculo subareolar da mama
este músculo tem a mesma forma e extensão da aréola da mama = muito desenvolvido na base da papila mamária
formado por fibras circulares inseridas na aréola da mama e estendem-se até à base da papila mamária
formado por fibras radiadas perpendiculares às anteriores e estendem-se da aréola até à papila mamária
este músculo contrai a papila mamária por estímulos: frio, emoções, palpação
durante o aleitamento atua nos ductos lactíferos conduzindo à expulsão do leite para o exterior
muito espessa situada entre a pele e o corpo da mama (muito desenvolvido na periferia e ausente na papila e aréola da mama)
encontram-se numerosos feixes fibrosos resistentes que se dirigem para a porção profunda da derme e para as saliências glandulares
são as cristas fibrosas
estas transformam o tecido célulo-adiposo subcutâneo numa zona septada onde se encontram vasos e nervos
642
3. CAMADA RETROMAMÁRIA
o corpo da mama relaciona-se posteriormente com a fáscia superficial e a fáscia do músculo peitoral maior
esta fáscia insere-se na margem anterior da clavícula para constituir o ligamento suspensor da mama
a fáscia superficial constitui a parede anterior da bolsa serosa retromamária
a fáscia do músculo peitoral maior constitui a parede posterior da bolsa serosa retromamária
4. CORPO DA MAMA
um em cada mama constitui a glândula mamária propriamente dita = constituídos por tecido glandular e tecido conjuntivo denso e adiposo
apresentam prolongamentos mamários classificados segundo a sua direção e situação:
prolongamento súpero-lateral ou axilar - mais importante dirige-se para a axila depois de contornar a margem inferior do peitoral maior
prolongamento superior ou clavicular - dirige-se para a clavícula
prolongamento ínfero-lateral ou hipocôndrico - dirige-se para o hipocôndrio
prolongamento ínfero-medial ou epigástrico - dirige-se para o epigástrio
prolongamento medial ou esternal - dirige-se para o esterno
o lóbulos da glândula mamária são constituídos por glândulas túbulo-acinosas organizadas em dúctulos tubulares
o estes terminam em ácinos mais ou menos desenvolvidos
o as glândulas estão separadas umas das outras por meio de tecido conjuntivo rico em lóbulos adiposos
643
o cada lóbulo da glândula mamária é formado por conjunto de glândulas túbulo-acinosas ligadas entre si por um dúctulo intralobular
o os dúctulos intralobulares reúnem-se para constituírem o dúctulo interlobular
o a reunião destes últimos origina o ducto lactífero = união de todos os dúctulos interlobulares de um mesmo lobo da glândula mamária
Estes ductos lactíferos abrem independentemente no ápice da papila mamilar por forâmenes = os poros lactíferos
LACTAÇÃO - secreção do leite produzido nas células epiteliais dos elementos secretores
RELAÇÕES DA MAMA
a face anterior da mama relaciona-se com a pele através da zona periférica, da zona média e da zona central da mama
a face posterior da mama relaciona-se:
com a camada célulo-adiposa, com o ligamento suspensor da mama, fáscia superficial
com a bolsa serosa retromamária, fáscia do músculo peitoral maior, peitoral maior e com o músculo peitoral menor
644
A bolsa serosa retromamária: permite boa mobilidade da mama por intermédio deste plano de deslizamento
- através dos músculos peitorais a face posterior da mama relaciona-se com a parede torácica
- estende-se desde a 3ª costela até a 7ª costela e a papila mamária projeta-se ao nível de T9
NÚMERO
CONSISTÊNCIA
645
ARTÉRIA TORÁCICA INTERNA OU ARTÉRIA MAMÁRIA INTERNA
ramo da artéria subclávia e vasculariza a mama através da 2-6ª artérias intercostais anteriores
alcança a face póstero-medial da mama
vasculariza os quadrantes súpero-mediais e ínfero-mediais da mama
ARTÉRIA AXILAR
vasculariza a mama através da artéria torácica superior, artéria torácica lateral e artéria tóraco-acromial
a artéria torácica superior vasculariza os quadrantes superiores da mama
a artéria tóraco-acromial pelo seu ramo torácico vasculariza o quadrante súpero-lateral da mama
a artéria torácica lateral pelos seus ramos mamários vasculariza os quadrantes laterais da mama
ramos da aorta torácica através das artérias perfurantes laterais vascularizam os quadrantes mediais da mama
Ao nível da mama os ramos arteriais são profundos e superficiais e apresenta uma disposição típica em relação ao mamilo:
- as artérias superficiais são ramos subcutâneos e apresentam anastomoses entre si e com os ramos torácicos limítrofes
- as artérias profundas são ramos glandulares que penetram na espessura da mama e terminam na rede capilar pré-acinosa
as veias distribuem-se num plexo venoso profundo e num plexo venoso superficial
646
Plexo Venoso Profundo
origina-se na face posterior da mama sendo constituído por veias que acompanham as artérias homólogas
as veias torácicas laterais terminam na veia axilar
as veias perfurantes laterais, ramos das veias intercostais posteriores, terminam nas veias ázigos
as veias perfurantes anteriores, ramos das veias torácicas internas que terminam nas veias braquiocefálicas
os vasos linfáticos da mama drenam na sua maioria numa rede subareolar da qual partem 2 troncos linfáticos principais
estes dirigem-se para a axila
via
recebem durante o seu percurso os vasos que drenam as porções superior e inferior da glândula principal
terminam nos nodos linfáticos axilares peitorais depois de terem contornado a margem inferior do músculo peitoral maior
os vasos linfáticos de uma região mamária podem desembocar nos nodos linfáticos axilares do lado oposto (segundo Rieffel)
outros vasos linfáticos rodeiam a margem inferior do músculo peitoral maior e terminam nos nodos linfáticos apicais via retropeitoral
passam posteriormente aos músculos peitorais ou entre o músculo peitoral maior e o menor
648
Glândulas anexas aos órgãos genitais femininos
Glândulas vestibulares menores
Sistema: Exócrino
Localização: Abrem-se em forâmenes, dispostos em 2 ou 3 fileiras, nas paredes laterais e inferior da uretra feminina
Nota: Morfologicamente, estas glândulas parecem na mulher o homólogo da próstata, resultando de uma paragem do seu desenvolvimento pelo que no
seu conjunto constituem a próstata feminina.
Sistema: Exócrino
Localização: São duas e situam-se de cada lado da metade posterior do óstio da vagina
Relações:
Ducto excretor da glândula vestibular maior dirige-se com obliquidade ântero-medial e abre-se na porção média do sulco ninfo-himeneal, através de
um óstio arredondado.
649
Membro superior
650
Artérias do membro superior
O membro superior é vascularizado pela artéria axilar e seus ramos à exceção de pequenos ramos destinados à espádua
Artéria axilar
Localização:
Região axilar
Estende-se da face inferior da clavícula à margem inferior do m. peitoral maior onde se continua com a artéria braquial.
Trajeto:
No ponto em que a subclávia alcança a 1 costela, pentra no escavado axilar passando a designar-se artéria axilar
Começa na face inferior da clavícula à margem inferior do m. peitoral maior onde se continua com a artéria braquial.
Na axila:
651
2ª Porção: posteriormente ao peitoral menor (relaciona-se)
Posteriormente Subescapular
Medialmente nervo ulnar + nervo cutâneo medial do braço + nervo medial cutâneo do antebraço
Lateralmente nervo mediano + nervo musculo-cutâneo (para quem não se lembra perfura o coracobraquial
tornando-o o músculo perfurado de Casserius)
652
Artéria circunflexa posterior do
Artéria deltoideia
úmero
653
Artéria circunflexa an- Artérias musculares Coracobraquial + bicípite braquial
terior do úmero
Artéria ascendente (ao nível do sulco intertubercular) Articulação do ombro
654
Ramo terminal:
Artéria braquial
Inicia-se ao nível da margem inferior do peitoral maior situa-se no lado medial do braço segue um trajeto retilíneo e termina inferi-
ormente à prega do cotovelo bifurca-se na ulnar e na radial
No braço:
No cotovelo:
O nervo mediano situa-se primeiro lateralmente à artéria cruzando-a em seguida em X situando-se medial-
mente a esta
655
Classificação dos ramos:
Colaterais
Artérias musculares
Artéria anterior
Artéria posterior
Antes da divisão percorre o sulco do nervo radial e vasculariza o músculo tricípite braquial
Artéria posterior
Artéria posterior
Artéria anterior
Terminais:
Artéria radial
Artéria ulnar
656
Colaterais Ramos / comportamento Vascularização
Artéria nutritiva do
Penetra no forame nutritivo do osso vascularizando-o
úmero
Artéria colateral ulnar Artéria anterior Anastomosa-se com artéria recorrente ulnar anterior
inferior
Artéria posterior Anastomosa-se com artéria recorrente ulnar posterior
Ramos terminais:
Artéria radial
657
Ramo lateral da bifurcação da artéria braquial dirige-se com obliquidade ínfero-lateral, até alcançar o processo estiloide do rádio
contorna esse processo alcança o dorso da mão perfurando o 1º espaço interósseo anastomosa-se na palma da mão com a
artéria palmar profunda para constituir o arco arterial palmar profundo.
2 Veias radiais
Antero-superiormente: Bráquio-radial
Posteriormente: Supinador + pronador redondo+ pronador quadrado+ flexor superficial e flexor profundo dos
dedos
Lateralmente: Bráquio-radial
Colaterais
Artérias musculares
658
Artéria principal do polegar
Terminais:
Anastomosa-se na palma da mão com a artéria palmar profunda para constituir o arco arterial palmar profundo.
Origina-se ao nível da margem inferior do pronador Anastomosa-se com o ramo homónimo da ar-
quadrado téria ulnar
Artéria carpal palmar
659
Anastomosa-se com a artéria homologa, ramo
Artéria carpal dorsal da artéria ulnar constituindo o arco arterial
Origina-se na tabaqueira anatómica dorsal da mão
Artéria radial
Dirige-se com obliquidade ínfero-medial desde a prega do cotovelo até à porção medial da palma da mão onde termina contribuindo
para o Arco arterial palmar superficial
Antebraço:
Porção superior é profunda estando inferior aos músculos que se inserem no epicôndilo medial
660
Posteriormente: Flexor profundo dos dedos
2 veias ulnares
Nervo mediano situa-se inicialmente no flanco medial cruzando depois para o seu flanco lateral
Punho:
Lateralmente ao pisiforme
Alcança a palma da mão onde termina contribuindo para o Arco arterial palmar superficial ao anastomosar-se com a
artéria palmar superficial
Colaterais
661
Artéria recorrente radial posterior
Artérias musculares
Artérias musculares
Terminais:
Artéria interóssea anterior Origina a artéria comu- Músculos da região anterior e posterior do antebraço
Artéria interóssea comum nicativa do nervo mediano (que acompanha este através das artérias perfurantes estando na face anterio
nervo ate ao punho) da membrana interóssea
Artéria interóssea posterior Perfura a membrana Os muculos com que a artéria recorrente posterior do a
interóssea situando-se entre os músculos da região tebraço se relaciona
anterior do antebraço
662
Situa-se na margem inferior do músculo pronador Anastomosa-se com a artéria homóloga do mesmo nom
Artéria carpal palmar ramo da artéria radial
quadrado
Alcança a palma da mão onde termina contribuindo para o Arco arterial palmar superficial ao anastomosar-se com a artéria palmar superficial
- Localização:
- Território de vascularização:
Articulação do cotovelo
- Constituição:
Artérias colaterais ulnares SUP e INF e a artéria braquial profunda (colaterais da artéria braquial) + artérias recorrentes radiais e ulnares [anas-
tomose]
Artéria ANT (ramo da braquial profunda) + artéria recorrente radial ANT (ramo da radial) [anastomose]
Artéria POST (ramo da braquial profunda) + artéria recorrente radial POST (ramo da interóssea POST) [anastomose]
663
Artéria ANT (ramo da colateral ulnar INF) + artéria recorrente ulnar ANT (ramo do tronco das artérias recorrentes ulnares e da artéria
colateral ulnar SUP) [anastomose]
Artéria POST (ramo da colateral ulnar INF) + artéria recorrente ulnar POST (ramo do tronco das artérias recorrentes ulnares) [anastomose]
Artérias da Mão
664
Artéria digital palmar MED e LAT do polegar
Artérias perfurantes
(perfuram espaços interósseos e terminam nas metacarpais dor-
Flanco POST do arco
sais)
- Localização
Constituído por artéria ulnar + artéria palmar superficial (ramo colateral da radial) [anastomose de inosculação]
Convexidade » artérias digitais palmares comuns (1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª, MED»LAT) » artérias digitais palmares próprias
- Localização
665
ANT aos metacarpais e aos músculos interósseos
Constituído por artéria radial + artéria palmar profunda (ramo da ulnar) [anastomose de inosculação]
- Localização
Na ausência deste arco, existe 1 rede carpal dorsal!
Face POST da segunda fileira dos ossos do carpo
Constituído por anastomose entre as 2 artérias carpais dorsais (ramos da radial e da ulnar)
666
(exceto a artéria axilar que é acompanhada apenas por 1 veia)
veias metacarpais
dorsais
2 veias radiais lateral
arco palmar veias digitais 2 veias
superficial braquiais
medial
2 veias ulnares
arco palmar veias metacarpais
profundo palmares
667
VEIAS SUPERFICIAIS DA MÃO
DORSAIS
cada dedo apresenta: 2 veias digitais dorsais (medial e lateral)
veia extremidade
salvatela veia basílica
medial do
(veia digital antebraquia
arco venoso
medial do l
dedo mínimo) dorsal
veia cefálica do polegar (veia digital lateral do polegar) une-se à extremidade lateral do arco venoso dorsal, originando a veia mediana antebraquial → inicial-
mente na face posterior do antebraço
PALMARES
formam uma extensa rede venosa de malhas poligonais
668
veias laterais → terminam na veia cefálica do polegar
cada dedo apresenta: 2 veias digitais palmares veias da porção média → convergem para a veia basílica antebraquial
veias mediais → lançam-se na veia salvatela
veia basílica antebraquial: é a continuação da veia salvatela depois de se unir à extremidade medial do arco
venoso dorsal, contorna a margem medial do antebraço ântero-posteriormente, segue a parte medial da face
anterior do antebraço até alcançar o epicôndilo medial e une-se com a veia intermédia basílica, originando
a veia basílica
pode receber uma colateral: veia ulnar acessória → drena o terço superior da face póstero-medial
do antebraço e contorna a margem medial do antebraço
veia mediana antebraquial: situa-se na porção média da face anterior do antebraço, recebe cola-
terais venosos desta região, até alcançar a prega do cotovelo, originando 2 ramos terminais:
veia intermédia basílica → dirige-se com obliquidade súpero-medial, relacionando-se com a margem
medial do músculo bicípite braquial e continua-se, ao nível do epicôndilo medial, com a veia basílica
veia intermédia cefálica → dirige-se com obliquidade súpero-lateral, relacionando-se com a margem
lateral do músculo bicípite braquial e reúne-se, ao nível do epicôndilo lateral, com a veia cefálica aces-
sória, constituindo a veia cefálica
⇒ importante anastomose avalvular com uma das veias profundas: veia comunicante do cotovelo
veia cefálica acessória: inicia-se na face dorsal do punho, situando-se inicialmente na margem lateral da face posterior do antebraço,
contorna a margem lateral, alcançando a face anterior no seu 1/3 superior e, ao chegar ao epicôndilo lateral, une-se à veia intermédia
cefálica, originando a veia cefálica
669
VEIAS SUPERFICIAIS ANTERIORES DO COTOVELO
tipo em M (clássico): é o mais frequente, encontrando-se na face anterior do cotovelo, apresenta a forma
de um M, cujos ramos verticais são constituídos pela veia basílica antebraquial e pela veia mediana an-
tebraquial e os ramos oblíquos pelas veias intermédias basílica e cefálica
tipo em Y: é representado pela bifurcação da veia mediana antebraquial
veia cefálica: resulta da união da veia cefálica acessória com a veia intermédia cefálica
segue a margem lateral do músculo bicípite braquial, percorre o sulco delto-peitoral e origina o arco da veia cefá-
lica antes de terminar na veia axilar
670
PLEXO BRAQUIAL
O plexo braquial é constituído pelos ramos ANT do 5º, 6º, 7º e 8º nervos cervicais e pelo ramo ANT do 1º nervo torácico.
Constituição e Relações do Plexo Plate 415-416- 6ª Edição
• Ramo ANT do 5º nervo cervical • Ramo ANT do 7º nervo cervical • Ramo ANT do 8º nervo cervical
(recebe ramo comunicante do 4º • Ramo ANT do 1º nervo torácico
nervo cervical)
• Ramo ANT do 6º nervo cervical
671
O plexo braquial apresenta RELAÇÕES a nível do pescoço, do ápice da axila e da cavidade da axila.
O plexo braquial termina ao nível do músculo peitoral menor, originando diversos ramos.
672
RAMOS ANT
- Nervo peitoral LAT
- Nervo peitoral MEDIAL
- Nervo do músculo subclávio
RAMOS POST
Ramos COLATERAIS - Nervo supraescapular
- Nervo SUP do músculo subescapular
- Nervo INF do músculo subescapular
- Nervo tóraco-dorsal
- Nervo do músculo redondo maior
- Nervo torácico longo
- Nervo dorsal da escápula
RELAÇÕES
GRUPO ANT
- Nervo mediano
- Nervo músculo-cutâneo
- Nervo ulnar
- Nervo cutâneo medial do antebraço
Ramos TERMINAIS - Nervo cutâneo medial do braço
GRUPO POST
- Nervo axilar
- Nervo radial
673
Ramos Colaterais Plate 415-- 6ª Edição
ANT
- Origem na face ANT do
plexo e ramos POST
COLATERAIS
POST
- Face POST do plexo e
fascículo POST
Ramos ANT
• Origem = porção INF do tronco SUP • Origem = porção INF do tronco • Origem = porção SUP do tronco
do plexo médio do plexo SUP do plexo
• ANT à artéria axilar • POST à artéria axilar (depois, • Inerva o músculo subclávio e o
• Bifurca-se = ramo muscular (inerva coloca-se entre a artéria e a veia ramo comunicante c/ o nervo
o músculo peitoral maior) + ramo axilares) frénico
comunicante c/ o peitoral medial • Bifurca-se = ramo muscular (inerva
[ansa dos peitorais] o músculo peitoral menor) + ramo
comunicante c/ o peitoral LAT
674
Ramos POST
675
Ramos Terminais
Os ramos terminais do plexo braquial incluem ramos mistos e ramos sensitivos.
• Músculo-cutâneo
• Mediano
RAMOS MISTOS Os ramos terminais do plexo podem dividir-se em 2 grupos:
• Ulnar
• Radial grupo ANT (constituído pelos nervos provenientes dos fascículos
• Axilar LAT e MEDIAL do plexo) + grupo POST (constituído pelos nervos
• provenientes do fascículo POST do plexo).
• Músculo-cutâneo
• Mediano
GRUPO ANTERIOR
• Ulnar
• Cutâneos mediais do braço e do antebraço
• Axilar
GRUPO POSTERIOR • Radial
676
NERVO MEDIANO
Territórios de Inervação
a) Músculos da loca ANT do antebraço EXCETO flexor ulnar do carpo e 2 das porções
do flexor profundo dos dedos
d) Pele LAT à linha que une ponto médio do punho ao dedo anular (face palmar da mão)»
1º, 2º, 3º e metade LAT do 4º dedo
e) Face POST das falanges média e distal dos dedos indicador e médio + metade LAT das
Origem:
O nervo mediano é o ramo + desenvolvido do plexo braquial.
- Resulta da convergência de 2 raízes (LAT e MED), que se unem como os ramos de um V
- Estas raízes envolvem a artéria axilar e constituem a ANSA DO NERVO MEDIANO
677
RAIZ LAT RAIZ MED
Trajeto e Relações
O nervo mediano apresenta relações ao nível da axila, do braço, do antebraço e do punho.
RELAÇÃO c/
1) Margem MED do Situa-se MED, um
Cruza a artéria
BRAÇO bicípite braquial pouco SUP, ao
braquial em X
cotovelo
2) Artéria braquial
(LAT)
678
Cruza a artéria ulnar
Situa-se entre as 2 para ocupar posição
ANTEBRAÇO porções do média do antebraço
pronador redondo
(plate 434 do Netter, 6ªE)
PUNHO
Entre tendões dos músculos flexor
radial do carpo e palmar longo
679
• Nervo diafisário do úmero
• Nervo interósseo ANT
• Nervo articular do cotovelo
Ramos Colaterais
• Nervo SUP do músculo pronador redondo
• Nervo dos músculos epicondilianos mediais
Plate 463- 6ª Edição
• Nervo dos músculos profundos do antebraço
• Nervo palmar do nervo mediano
Ramos Colaterais
NERVO DIAFISÁRIO DO ÚMERO: origem ao nível do braço, penetra no forame nutritivo do úmero, inervando a sua diáfise
NERVO INTERÓSSEO ANT: origem ao nível do cotovelo, situa-se na face ANT da membrana interóssea e inerva o músculo prona-
dor quadrado
NERVO SUP DO MÚSCULO PRONADOR REDONDO: origem ao nível do epicôndilo medial e inerva o pronador redondo
NERVO DOS MÚSCULOS EPICONDILIANOS MEDIAIS: origina nervos INF do pronador redondo + do músculo flexor radial do carpo
+ do músculo palmar longo + do músculo flexor superficial dos dedos
680
NERVO DOS MÚSCULOS PROFUNDOS DO ANTEBRAÇO: origina nervo do músculo flexor longo do polegar + nervo das porções LAT
do músculo flexor profundo dos dedos
NERVO PALMAR DO NERVO MEDIANO: origem ligeiramente SUP ao punho» pele da eminência tenar + região palmar média
Ramos Terminais
Ao nível do retináculo dos flexores, o nervo mediano divide-se em 2 troncos: MED e LAT.
Na ausência destes troncos, consideram-se 5 ramos terminais designados por 1º, 2º, 3º, 4º e 5º (LAT» MED).
- Muito curto
RAMO TENARIANO
- Inerva músculos da eminência tenar EXCETO adutor do polegar
NERVO DIGITAL PALMAR LAT DO POLEGAR - Origina o nervo com o mesmo nome
- Inerva 1º lombricoide
NERVO DIGITAL PALMAR COMUM DO 1º ESPAÇO - Divide-se para originar nervos digitais palmares mediais do polegar
e do indicador
- Inerva 2º lombricoide
NERVO DIGITAL PALMAR COMUM DO 2º ESPAÇO - Divide-se para originar nervos digitais palmares mediais do
indicador e do dedo médio
- Inerva 3º lombricoide
NERVO DIGITAL PALMAR COMUM DO 3º ESPAÇO - Divide-se para originar nervos digitais palmares medial do dedo
médio + LAT do dedo anular
681
NERVO MÚSCULO-CUTÂNEO
Trajeto e Relações
Atinge prega do
cotovelo + perfura
Origina os seus a fáscia do
ramos terminais antebraço próximo
do epicôndilo LAT
(torna-se
subcutâneo)
682
Nervo diafisário do úmero
RAMOS COLATERAIS
NERVO
MÚSCULO-CUTÂNEO Nervo do músculo braquial
Ramos Colaterais
683
Ramos Terminais
RAMO ANT
• POST à veia intermédia cefálica
• Entre a veia mediana antebraquial e a veia cefálica acessória Plate 401-402- 6ª Edição
• Inerva pele das porções ANT-LAT do antebraço até alcançar o punho
RAMO POST
• POST à veia intermédia cefálica
• Alcança margem LAT e face POST do antebraço, inervando a pele
dessas regiões
NERVO ULNAR
Classificação: MISTO
Territórios de Inervação
684
Origem: fascículo MEDIAL do plexo (INF ao nervo cutâneo medial do antebraço) Plate 415, 419, 461 e 464- 6ª Edição
Trajeto e Relações:
O nervo ulnar apresenta relações ao nível da axila, braço, cotovelo, antebraço e punho.
685
Ramos Colaterais
686
Ramos Terminais
a) SUPERFICIAL
- Origina nervo palmar curto» nervo cutâneo da região hipotenar» ramo MED (nervo digital palmar medial do dedo mínimo) +
ramo LAT (nervo digital comum do 4º espaço)
- Nervo digital comum do 4º espaço» digital palmar LAT do dedo mínimo + digital palmar MED do dedo anular
b) PROFUNDO
Inerva:
- Todos os músculos da região hipotenar
- 3 músculos interósseos ventrais + 4 interósseos dorsais Plate 453- 6ª Edição
- 4º lombricoide
- Adutor do polegar
- Porção profunda do flexor curto do polegar
Classificação: SENSITIVO
Territórios de Inervação: pele da face ANT do braço + pele das porções mediais das faces ANT e POST do antebraço
Origem: fascículo MEDIAL do plexo (SUP ao nervo ulnar e INF ao nervo cutâneo medial do braço) Plate 460- 6ª Edição
687
Trajeto e Relações Plate 402- 6ª Edição
2) Torna-se subcutâneo
Nervo cutâneo
RAMO
da região ANT
NERVO COLATERAL
do braço
CUTÂNEO
MEDIAL DO
ANTEBRAÇO RAMOS
ANT + POST
TERMINAIS
Ramo Colateral = CUTÂNEO DA REGIÃO ANT DO BRAÇO» inerva pele da região ANT do braço
Ramos Terminais
688
NERVO CUTÂNEO MEDIAL DO BRAÇO
Classificação: SENSITIVO
Trajeto:
O nervo CUTÂNEO
MEDIAL DO BRAÇO
1) Atravessa fáscia do braço na sua porção SUP
apresenta relações
2) Percorre face MED do braço idênticas às do nervo
cutâneo medial do
3) Alcança epicôndilo MED» inerva pele da base da axila antebraço. Plate 401 e 415 6ª Edição
e da porção MED do braço
NERVO AXILAR
Classificação: MISTO
Territórios de Inervação:
689
Origem: ramo terminal LAT do fascículo POST do plexo
Trajeto e Relações
Sai da região
Obliquidade axilar pelo
INF-LAT quadrilátero
úmero-tricipital
Contorna porção
SUP do corpo do Situa-se entre o
úmero juntamente músculo deltoide
c/ artéria e o úmero
LIMITES DO QUADRILÁTERO ÚMERO-TRICIPITAL
circunflexa POST
LAT = úmero
Nervos do
Ramos TERMINAIS
músculo deltoide
690
Ramos Colaterais
NERVO RADIAL
Classificação: MISTO
Territórios de Inervação:
a) Músculo braquial
f) Metade LAT do dorso da mão + face POST do polegar + face correspondente à falange
proximal do indicador + face correspondente à falange proximal do dedo médio
691
Origem: fascículo POST do plexo Plate 461, 465, 466- 6ª Edição
Trajeto e Relações
Origem ao nível da axila» região POST do braço» alcança o sulco bicipital LAT da prega do cotovelo» origina os seus ramos terminais
- POST à artéria axilar e aos nervos mediano e ulnar MED = músculo braquial
AXILA
- ANT aos músculos subescapular, redondo maior e latíssimo do dorso LAT = bráquio-radial + extensor
radial longo do carpo
- Percorre o sulco do nervo radial juntamente c/ artéria braquial profunda
BRAÇO
- Alcança região ANT do antebraço, situando-se no SULCO BICIPITAL LAT
Nervo cutâneo POST do braço + da
longa porção do tricípete braquial +
SUP da cabeça medial do tricípete
braquial + do tricípete braquial e
ancónio + da cabeça LAT do
tricípete braquial
Ramos
COLATERAIS
Ramos
SUPERFICIAL + PROFUNDO
TERMINAIS
692
Ramos Colaterais
- Nervo cutâneo POST do braço
- Nervo da porção longa do tricípite braquial
- Nervo SUP da cabeça medial do tricípite
- Nervo do tricípite braquial e do ancónio
Inervam
- Nervo da porção LAT do tricípite estruturas c/ o
mesmo nome
- Nervo cutâneo POST do antebraço
- Nervo do músculo braquial
- Nervo do músculo bráquio-radial
- Nervo do extensor radial longo do carpo
- Nervo do extensor radial curto do carpo
Ramos Terminais
SUPERFICIAL PROFUNDO
Ramo sensitivo situado no antebraço Alcança região POST do antebraço + perfura supinador
MED ao bráquio-radial e aos extensores radiais longo e curto do Origina ramos ANT, POST e INTERÓSSEO POST
carpo
LAT à artéria radial ANT» adutor longo do polegar + extensor curto e longo do polegar +
extensor do dedo indicador
Torna-se superficial no terço INF do antebraço POST» extensor dos dedos + extensor do dedo mínimo + extensor ulnar do
carpo
Origina 3 ramos: INTERÓSSEO POST» face POST da membrana interóssea» alcança face
- LAT» digital dorsal LAT do polegar + para a pele da eminência POST do carpo» inerva articulações do punho e dos ossos do carpo
tenar
- MÉDIO» digital dorsal do 1º espaço» digital dorsal medial do
polegar + LAT do dedo indicador
-MED» digital dorsal do 2º espaço» MED do dedo indicador + LAT
do dedo médio
693
ASPETO GERAL DA INERVAÇÃO DO MEMBRO SUP
Músculos do ombro
Nervo supra-espinhal» músculos supra e infra-espinhal
Nervo do músculo redondo maior» redondo maior
Território Cutâneo do Ombro
Nervo supra-acromial LAT» pele da porção SUP do ombro
A inervação das restantes porções do membro foi referida ao longo da descrição dos nervos do plexo braquial.
694
Membro inferior
695
ARTÉRIAS DO MEMBRO INFERIOR
O membro inferior é vascularizado pela artéria femoral e pelos ramos extrapélvicos da artéria ilíaca interna
696
1.3. ARTÉRIA GLÚTEA INFERIOR
sai da pelve pela incisura isquiática maior inferiormente ao músculo piriforme
alcança a região glútea e fornece diferentes artérias
artérias posteriores que vascularizam o músculo glúteo máximo
artérias descendentes que vascularizam os músculos posteriores da coxa
a artéria comitativa do nervo isquiático que se relaciona com o nervo isquiático (esta artéria destaca-se das artérias descendentes)
2. ARTÉRIA FEMORAL
é a continuação da artéria ilíaca externa
estende-se desde o anel femoral até ao hiato tendinoso do músculo adutor magno
aqui passa a chamar-se artéria poplítea
a artéria femoral atravessa sucessivamente o anel femoral, o trígono femoral de Scarpa e o canal dos adutores de Hunter
NO ANEL FEMORAL
- arco iliopectíneo
LATERALMENTE
- separa a artéria femoral do nervo femoral e do músculo ílio-psoas
697
RELAÇÕES DA ARTÉRIA FEMORAL - NO TRÍGONO FEMORAL DE SCARPA
a artéria femoral atravessa este trígono unindo o meio do lado superior ao seu ápice
situa-se no interstício formado pelo músculo pectíneo e pelo músculo ílio-psoas
a veia femoral encontra-se situada medialmente
DEPOIS
a artéria femoral está envolvida por uma bainha fibrosa e situa-se medialmente entre o músculo adutor magno e o
músculo adutor longo
relaciona-se lateralmente com o músculo vasto medial e é cruzada pelo músculo sartório
a veia femoral contorna a artéria relacionando-se com o seu flanco posterior e depois com o seu flanco lateral
ARTÉRIA FEMORAL
698
2.1. ARTÉRIA EPIGÁSTRICA SUPERFICIAL
origina-se inferiormente ao ligamento inguinal
perfura a fáscia cribriforme e torna-se superficial
distribui-se à porção infra-umbilical da parede anterior do abdómen
anastomosa-se com a artéria epigástrica inferior e com a artéria circunflexa ilíaca superficial
699
DURANTE O SEU TRAJETO A ARTÉRIA FEMORAL PROFUNDA FORNECE VÁRIOS RAMOS
Artérias Perfurantes
artéria perfurante primeira - anastomose com a circunflexa posterior e glútea inferior
700
artéria profunda articular - vasculariza a face medial da articulação do joelho
ARTÉRIA POPLÍTEA
é a continuação da artéria femoral
estende-se desde o hiato tendinoso do músculo adutor magno até alcançar o arco tendinoso do músculo solhar
aqui bifurca-se originando um ramo anterior - artéria tibial anterior - e um ramo posterior - tronco tíbio-fibular
- músculo semimembranoso
POSTERIORMENTE - porção medial do músculo gastrocnémio
- porção lateral do músculo gastrocnémio
- músculo semimembranoso
MEDIALMENTE
- porção medial do músculo gastrocnémio
701
ARTÉRIA POPLÍTEA
Artérias Surais
Artérias Surais - uma medial e outra lateral que vascularizam porção medial e lateral do gastrocnémio
702
4. REDE ARTERIAL ARTICULAR DO JOELHO
POSTERIORMENTE - membrana interóssea da perna e face ântero-lateral da perna (no 1/4 inferior da perna)
703
Durante o seu trajeto a artéria tibial anterior relaciona-se com as duas veias tibiais anteriores (uma medial e outra lateral)
- relaciona-se também com o nervo tibial anterior situado lateralmente
Artérias Musculares
704
RAMOS COLATERAIS DA ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR
6. ARTÉRIA DORSAL DO PÉ
TRONCO TÍBIO-FIBULAR
707
ARTÉRIA FIBULAR
ARTÉRIA FIBULAR
Artéria Nutritiva da Fíbula - penetra no forame nutritivo da fíbula vascularizando este osso
708
8.2. ARTÉRIA FIBULAR POSTERIOR
continua o trajeto da artéria fibular
vasculariza o músculo fibular curto, músculo fibular longo e o músculo flexor longo do Hálux
termina na face lateral da articulação talo-tarsal
anastomosa-se com as artérias fibular anterior, artéria maleolar ântero-lateral e artéria plantar lateral
na porção inferior da perna relaciona-se com 2 veias satélites medial e lateral e com o nervo tibial
709
ARTÉRIA TIBIAL POSTERIOR
711
CIRCUITO ARTERIAL DA ARTICULAÇÃO TIBIO-TÁRSICA
COMUNICANTES SUPERIORES: acima da articulação os 2 ramos maleolares da tibial anterior anastomosam-se com a tibial posterior e a fibular
COMUNICANTES MÉDIOS: atrás do tálus a tibial posterior e a fibular anastomosam-se
COMUNICANTES INFERIORES: pouco desenvolvida
ARTÉRIA OBTURADORA
712
ARTÉRIA SÚPERO-MEDIAL ARTÉRIA MÉDIA DO ARTÉRIA ÍNFERO-MEDIAL
DO JOELHO JOELHO DO JOELHO ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR
ARTÉRIA POPLÍTEA
ARTÉRIA TIBIAL
ARTÉRIA DORSAL DO PÉ
ANTERIOR
ARTÉRIA RECORRENTE ARTÉRIA RECORRENTE ARTÉRIA MALEOLAR
TIBIAL POSTERIOR FIBULAR POSTERIOR ÂNTERO-LATERAL
TRONCO TÍBIO-FIBULAR
713
Veias do membro inferior
As veias do membro inferior dividem-se em veias profundas e superficiais.
Veias profundas do pé
- Veias dorsais do pé (2)
- Veias plantares mediais (2)
- Veias plantares laterais (2)
As veias profundas do pé estão todas anastomosadas através das veias perfurantes (umas anteriores e outras
posteriores) que se situam nos espaços intermetatársicos.
2. Origem
Arco tendinoso do músculo solhar: resulta da união do tronco tíbio-fibulares com as veias tibiais anteriores
3. Trajeto
Arco tendinoso do músculo solhar hiato tendinoso do músculo adutor grande (onde passa a denominar-se veia femoral)
4. Relações
Ântero-medialmente: artéria popliteia
Póstero-lateralmente: nervo tibial
5. Ramos tributários
Veia safena pequena
Veias satélites das artérias colaterais da artéria poplítea
6. Ramos terminais
Veia femoral
714
Veia femoral
1. Localização
Coxa
2. Origem
Na veia popliteia ao nível do hiato tendinoso do músculo adutor grande
3. Trajeto
Hiato tendinoso do músculo adutor grande Anel femoral
4. Relações
Inicialmente
Medialmente: artéria femoral
No anel femoral:
Ligamento lacunar (gimbernat) sendo que está separada deste por ductos linfáticos e pelo nodo linfático de Cloquet.
5. Ramos tributários
Veia safena grande
Veias satélites das artérias colaterais da artéria femoral (há exceção das veias epigástrica superficial, circunflexa, ilíaca superficial e pudendas
externas (superficial e profunda)), que drenam na veia safena grande um pouco antes de esta drenar na veia femoral.
6. Ramos terminais
Veia ilíaca externa
7. A veia femoral profunda relaciona-se ântero-medialmente com a artéria homologa. Drena na veia femoral um pouco inferiormente à origem da
artéria femoral profunda, contudo antes disso recebe as veias do musculo quadricípite femoral e as veias circunflexas femorais laterais.
Veias superficiais do pé
- Veias plantares
Devido à posição bípede e à elevada pressão forma-se uma rede venosa muito complexa, a palmilha venosa.
715
Anteriormente à palmilha venosa arco venoso plantar (com concavidade posterior)
Lateralmente as veias que se continuam com as veias digitais plantares terminam na veia marginal lateral e na veia marginal medial.
Posteriormente as veias são muito volumosas sendo que se continuam com as veias superficiais da perna.
- Veias dorsais
1. Localização
Perna
2. Origem
Veia marginal lateral
3. Trajeto
Passa atrás do maléolo lateral Situa-se num sulco que fica entre as duas partes do gastrocnémio Alcança a fossa poplítea Inflete-se para
anterior para terminar na veia poplítea
Nota: quando termina na veia poplítea origina uma anastomose que se torna superficial e termina na veia safena grande
4. Relações
Relaciona-se com a margem lateral do tendão de Aquiles quando passa atrás do maléolo lateral
6. Anastomoses
No tornozelo anastomosa-se com as veias plantares laterais e com as veias fibulares anteriores e posteriores
7. Ramo terminal
Veia poplítea
1. Localização
Perna e Coxa
2. Origem
Veia marginal medial
3. Trajeto
Passa anteriormente do maléolo medial Sobe verticalmente a face medial da perna e da coxa Alcança a porção média do trígono de
Scarpa (inferiormente ao ligamento inguinal) Perfura a fáscia femoral e abre-se no flanco ântero-medial da veia femoral constituindo esta
porção o arco da veia safena grande
Hiato safeno (para a passagem da veia safena grande) Limitado Ínfero-lateralmente: Prega aponevrótica (margem falciforme de Allan Burns)
4. Relações
Relaciona-se com a margem lateral do tendão de Aquiles quando passa atrás do maléolo lateral
5. Ramos tributários
- Veias subcutâneas da porção ântero-medial da perna - Veias pudendas externas
- Veias subcutâneas da coxa - Veia epigástrica superficial
- Anastomose com a veia safena pequena - Veia circunflexa ilíaca superficial
6. Anastomoses
No tornozelo anastomosa-se com as veias dorsais do pé, na perna com a veias tibiais anteriores e posteriores
7. Ramo terminal
Veia femoral
717
Plexo sagrado
Resulta da reunião do tronco lombo-sagrado com os ramos anteriores dos 3º primeiros nervos sagrados.
o Tronco lombo-sagrado
Resulta da reunião do ramo anterior do 5º nervo lombar com um ramo comunicante do 4º nervo lombar, que constitui a 5ª ansa
lombar.
O tronco lombo-sagrado, o ramo anterior do 1º nervo sagrado e o ramo superior do 2º nervo sagrado convergem constituindo o nervo isquiático.
O plexo sagrado apresenta uma forma triangular sendo o vértice o nervo isquiático e a base os forâmenes sagrados.
Relações:
Anteriormente Medialmente
Fáscia pélvica (separa-o dos órgãos intrapélvicos) Tronco simpático sagrado
Posteriormente
Músculo piriforme Lateralmente
Vasos ilíacos internos
Ramos colaterais
Destinam-se aos músculos da pelve à exceção do musculo obturador externo que é inervado pelo nervo obturador.
718
Origem Trajeto Inerva
Ramos anteriores do 1º e 2º nervos sa-
Nervo do músculo piriforme ------------------------ Músculo piriforme
grados
Músculo glúteo médio
Ramo do tronco lombo-sagrado e Sai da pelve pela incisura
Nervo glúteo superior Músculo glúteo mínimo
ramo anterior do 1º nervo sagrado isquiática maior
Músculo tensor da fáscia lata
Ramos anteriores do 5º nervo lombar e
Nervo do músculo gémeo superior ------------------------ Músculo gémeo superior
do 1º nervo sagrado
Nervo dos músculos gémeo inferior e Tronco lombo-sagrado e ramo anterior Sai da pelve pela incisura Músculos gémeo inferior e quadrado
quadrado femoral do 1º nervo sagrado isquiática maior femoral
Trajeto: Sai da pelve pela incisura isquiática maior, inferiormente ao músculo piriforme
Na região glútea divide-se em nervo glúteo inferior (inerva o musculo glúteo máximo) e nervo cutâneo femoral posterior.
719
Nervo isquiático
1. Plexo
É ramo terminal do plexo sagrado
2. Classificação
É um nervo misto uma vez que apresenta raízes sensitivas e motoras.
3. Função
É o nervo mais comprimido e volumoso do organismo inervando parte da pelve e região glútea e a coxa.
4. Origem
Pelve
5. Trajeto
Sai da pelve pela incisura isquiática maior chega à região glútea (situa-se anteriormente ao músculo glúteo máximo) dirige-se com
obliquidade látero-inferior até alcançar o espaço entre o trocânter maior e o ísquio situa-se inferiormente à porção longa do músculo
bicípite femoral e ao alcançar o ângulo superior da fossa poplítea origina os seus ramos terminais
6. Relações
Nervo Inerva
Nervo articular da anca Porção posterior da articulação da anca
Nervo do músculo semitendinoso Músculo semitendinoso
Nervo do músculo semimembranoso Músculo semimembranoso
Nervo do músculo adutor magno Porção inferior do músculo adutor magno
Nervo da porção longa do músculo bicípite femoral Porção longa do músculo bicípite femoral
Nervo da porção curta do músculo bicípite femoral Porção curta do músculo bicípite femoral
Nervo articular do joelho Porção lateral da articulação do joelho
8. Ramos terminais
1. Plexo
É ramo terminal do nervo isquiático que por sua vez é ramo terminal do plexo sagrado.
2. Classificação
É um nervo misto com raízes sensitivas e motoras
3. Função
Inerva os músculos e a pele da região ântero-lateral da pele e da região dorsal do pé.
4. Origem
Ângulo superior da fossa poplítea
5. Trajeto
Origem relaciona-se com a margem medial do músculo bicípite femoral dirige-se com obliquidade látero-inferior alcança o colo da
fíbula contorna-o e divide-se nos seus ramos terminais
721
6. Relações
Na fossa poplítea
Há medida que vai descendo, afasta-se do feixe vasculonervoso
• Dirige-se com obliquidade ínfero-lateral
7. Ramos colaterais
Nervo Inerva
Nervo do músculo tibial anterior Músculo tibial anterior
Pele da face lateral do joelho
Nervo cutâneo sural lateral Pele da face ântero-lateral da perna
Pele do maléolo lateral
Nervo articular do joelho Articulação do joelho e articulação tibio-fibular superior
8. Ramos terminais
- Nervo fibular profundo (ramo medial)
- Nervo fibular superficial (ramo lateral)
1. Plexo
É ramo terminal do nervo fibular comum que por sua vez é ramo terminal nervo isquiático que por sua vez é ramo terminal do plexo sagrado.
722
2. Classificação
É um nervo misto porque apresenta raízes sensitivas e motoras
3. Função
Inervação da perna
4. Origem
Colo da fíbula
5. Trajeto
Origem situa-se entre os músculos fibular curto e longo ao alcançar o 1/3 inferior da perna perfura a fáscia da perna e divide-se nos
seus ramos terminais na face dorsal do pé
6. Relações
- Músculos fibular longo e curto
- Fáscia da perna
7. Ramos colaterais
Nervo Inerva
Nervo do músculo fibular longo Músculo fibular longo
Nervo do músculo fibular curto Músculo fibular curto
Nervo do músculo fibular terceiro Músculo fibular terceiro
8. Ramos terminais
1. Plexo
É ramo terminal do nervo fibular superficial que por sua vez é ramo terminal do nervo fibular comum que por sua vez é ramo terminal nervo
isquiático que por sua vez é ramo terminal do plexo sagrado.
2. Classificação
É um nervo misto porque apresenta raízes sensitivas e motoras
3. Função
Inervação do 3º e 4º dedo
723
4. Origem
Face dorsal do pé
5. Trajeto
Situa-se no 3º espaço interósseo constituindo o nervo digital dorsal do 3º espaço bifurca-se em 2 ramos: nervo digital dorsal lateral do 3º
dedo e nervo digital dorsal medial do 4º dedo
6. Relações
3º espaço interósseo
1. Plexo
É ramo terminal do nervo fibular superficial que por sua vez é ramo terminal do nervo fibular comum que por sua vez é ramo terminal nervo
isquiático que por sua vez é ramo terminal do plexo sagrado.
Ramo intermédio Nervo digital dorsal do 1º espaço (que se situa no 1º espaço interósseo) e divide-se em dois ramos: nervo digital dorsal
lateral do hálux e nervo digital dorsal medial do 2º dedo
Ramo lateral Nervo digital dorsal do 2º espaço (que se situa no 2º espaço interósseo) e divide-se em dois ramos: nervo digital dorsal lateral do
2º dedo e nervo digital dorsal medial do 3º dedo
3. Classificação
É um nervo misto porque apresenta raízes sensitivas e motoras
4. Função
Inervação do hálux, do 2º dedo e do 3º dedo
5. Origem
Face dorsal do pé
6. Trajeto
Referido anteriormente
7. Relações
1º e 2º espaços interósseos
724
Nervo fibular profundo
1. Plexo
É ramo terminal do nervo fibular comum que por sua vez é ramo terminal nervo isquiático que por sua vez é ramo terminal do plexo sagrado.
2. Classificação
É um nervo misto porque apresenta raízes sensitivas e motoras
3. Função
Inervação da região anterior da perna
4. Origem
Colo da fíbula
5. Trajeto
Origem dirige-se com obliquidade ínfero-medial atravessa as inserções superiores do músculo fibular longo e do músculo extensor longo
dos dedos alcança a face anterior da membrana interóssea situa-se lateralmente à artéria tibial anterior, cruza-a em X ao nível do 1/3
inferior da perna e ocupa o seu lado medial divide-se nos seus ramos terminais ao nível do retináculo dos músculos extensores
6. Relações
- Membrana interóssea
- Artéria tibial anterior
7. Ramos colaterais
Nervo Inerva
Nervo do músculo extensor longo dos dedos Músculo extensor longo dos dedos
Nervo do músculo extensor longo do hálux Músculo extensor longo do hálux
Nervo do músculo fibular terceiro Músculo fibular terceiro
Nervo do músculo tibial anterior Músculo tibial anterior
Nervo articular da talo-crural Articulação talo-crural
Nervo vascular da artéria tibial anterior Artéria tibial anterior
8. Ramos terminais
Ramo lateral inerva as articulações do pé e origina o nervo do musculo extensor curto dos dedos
Ramo medial relaciona-se diretamente com a artéria dorsal do pé e dirige-se para o 1º espaço interósseo onde origina um ramo comuni-
cante com o nervo digital dorsal do 1º espaço
725
Nervo tibial
1. Plexo
É ramo terminal do nervo isquiático que por sua vez é ramo terminal do plexo sagrado.
2. Classificação
É um nervo misto porque apresenta raízes sensitivas e motoras
3. Função
Inervação da região posterior da perna
4. Origem
Ângulo superior da fossa poplítea
5. Trajeto
Origem atravessa o arco tendinoso do músculo solhar situa-se na região posterior da perna e no sulco do calcâneo divide-se nos seus
ramos terminais
6. Relações
Nota: Na região posterior da perna situa-se entre o músculo tibial posterior e o músculo flexor longo dos dedos e só depois é que
apresenta as relações descritas na tabela
726
7. Ramos colaterais
Na fossa poplítea
Nervo Inerva
Nervo da porção medial do músculo gastrocnémio Porção medial do músculo gastrocnémio
Nervo da porção lateral do músculo gastrocnémio Porção lateral do músculo gastrocnémio
Nervo superior do solhar Porção superior do músculo solhar
Nervo do músculo plantar Músculo plantar
Nervo superior do músculo poplíteo Porção superior do músculo poplíteo
Nervo articular do joelho Articulação do joelho
Nervos vasculares da artéria poplítea Artéria poplítea
Pele da face póstero-lateral da perna, pele do dorso do pé e pele da
Nervos cutâneos porção proximal do 5º dedo e a metade lateral da porção proximal do 4º
Nervo sural dedo
Nervos articulares Articulação talo-crural
Nervo sural:
Origem alcança a veia safena parva (relaciona-se diretamente com este vaso) até alcançar a margem lateral do pé (onde termina)
Durante o seu trajeto origina vários nervos (nervos cutâneos, nervos articulares).
Ramos terminais:
- Ramo lateral: nervo digital dorsal lateral do 5º dedo
- Ramo medial: nervo digital dorsal do 4º espaço (situa-se no 4º espaço interósseo) bifurca-se em dois ramos: nervo digital dorsal lateral do 4º dedo e
nervo digital dorsal medial do 5º dedo.
727
8. Ramos terminais
- Nervo plantar medial
- Nervo plantar lateral
1. Plexo
É ramo terminal do nervo tibial que é ramo terminal do nervo isquiático que por sua vez é ramo terminal do plexo sagrado.
2. Classificação
É um nervo misto porque apresenta raízes sensitivas e motoras
3. Função
Inervar a planta do pé
4. Origem
Sulco do calcâneo
5. Trajeto
Planta do pé inferiormente ao músculo flexor longo do hálux termina ao nível da base dos metatarsais divide-se nos seus ramos terminais
6. Relações
Relaciona-se com as estruturas referidas anteriormente
7. Ramos colaterais
Nervo Inerva
Nervo do músculo adutor do hálux Músculo adutor do hálux
Nervo do músculo flexor curto dos dedos Músculo flexor curto dos dedos
Nervo do músculo flexor curto do hálux Músculo flexor curto do hálux
Nervo do músculo quadrado plantar Músculo quadrado plantar
Nervos cutâneos Pele da face medial do calcanhar e da região plantar medial
8. Ramos terminais
- Ramo medial
- Ramo lateral
728
Inerva
Porção anterior do músculo flexor curto do
Ramo medial Nervo do músculo flexor curto do hálux
hálux
Nervo digital plantar medial do hálux Porção medial e plantar do hálux
1. Plexo
É ramo terminal do nervo tibial que é ramo terminal do nervo isquiático que por sua vez é ramo terminal do plexo sagrado.
2. Classificação
É um nervo misto porque apresenta raízes sensitivas e motoras
3. Função
Inervar a planta do pé
4. Origem
Sulco do calcâneo
5. Trajeto
Planta do pé dirige-se com obliquidade ântero-lateral situa-se entre o músculo flexor curto dos dedos e o músculo quadrado plantar
alcança a extremidade posterior do 4º espaço interósseo onde termina
729
6. Relações
Relaciona-se com as estruturas referidas anteriormente
7. Ramos colaterais
Nervo Inerva
Nervo do músculo adutor do 5º dedo Músculo adutor do 5º dedo
Nervo do músculo flexor curto do 5º dedo Músculo flexor curto do 5º dedo
Nervo do músculo oponente do 5º dedo Músculo oponente do 5º dedo
Nervo do músculo quadrado plantar Músculo quadrado plantar
8. Ramos terminais
- Ramo superficial
- Ramo profundo
Inerva
Em síntese
A inervação dos dedos resulta dos nervos digitais dorsais dos espaços interósseos que se bifurcam e originam os nervos digitais dorsais dos
dedos e dos nervos digitais plantares dos espaços interósseos que se bifurcam e originam os nervos digitais plantares dos dedos.
730
Plexo sagrado
Nervo do músculo
Nervo isquiático
piriforme
Nervo do músculo
Ramos colaterais Ramos terminais
gémeo superior
Nervo do músculo
Nervo do músculo
gémeo inferior e Ramos colaterais Ramos terminais Ramos colaterais Ramos terminais
semitendinoso
quadrado femoral
Nervo do músculo Nervo do músculo Nervo articular do Nervo fibular Nervo fibular Na região posterior Nervo plantar
Na fossa poplítea Nervo plantar lateral
obturador interno semimembranoso joelho superficial profundo da perna medial
Nervo da porção
Nervo cutâneo Nervo do músculo Nervo cutâneo sural Nervo inferior do
Ramos colaterais Ramos terminais Ramos colaterais Ramos terminais medial do músculo Ramos colaterais Ramos terminais Ramos colaterais Ramos terminais
femoral posterior adutor magno lateral músculo poplíteo
gastrocnémio
Nervo da porção Nervo do músculo Nervo do músculo Nervo do músculo Nervo do músculo
Nervo do músculo Nervo cutâneo Nervo superior do
curta do músculo extensor longo dos Ramo medial flexor longo dos flexor curto dos Ramo lateral flexor curto do 5º Ramo profundo
fibular curto dorsal lateral músculo solhar
bicípite femoral dedos dedos dedos dedo
Nervo do músculo Nervo superior do Nervo do músculo Nervo do músculo Nervo do músculo
fibular terceiro músculo poplíteo tibial posterior quadrado plantar quadrado plantar
Nervo articular talo- Nervo articular do Nervo articular talo- Nervos cutâneos
crural joelho crural
Nervos vasculares
Nervo vascular da Nervos vasculares
da artéria tibial
artéria tibial anterior da artéria poplítea posterior
Nervo cutâneo
Nervo sural
plantar
Nervo cutâneo
calcaneano medial 731
PLEXO LOMBAR
Constituição: ramos anteriores dos 4 primeiros nervos lombares
ramo anterior do 1º nervo lombar ⇒ origina o ramo comunicante toracolom-
bar (comunicação com o 12º nervo intercostal) e a 1º ansa lombar através
de um ramo comunicante com o 2º nervo lombar, que depois se divide em
nervo ílio-hipogástrico e nervo ílio-inguinal
ramo anterior do 2º nervo lombar ⇒ recebe ramo comunicante do 1º nervo
lombar (1ª ansa lombar) e envia um ramo comunicante com o ramo anterior
do 3º nervo lombar, formando a 2ª ansa lombar, a qual origina o nervo cutâ-
neo femoral lateral e o nervo génito-femoral e divide-se em 2 raízes: a raiz
superior do nervo obturador e a raiz superior do nervo femoral
ramo anterior do 3º nervo lombar ⇒ recebe ramo comunicante do 2º nervo
lombar (2ª ansa lombar) e envia um ramo comunicante ao 4º nervo lombar,
formando a 3ª ansa lombar e divide-se em 2 raízes: a raiz média do nervo
obturador e a raiz média do nervo femoral
ramo anterior do 4º nervo lombar ⇒ recebe ramo comunicante do 3º nervo
lombar (3ª ansa lombar) e envia um ramo comu-
nicante ao ramo anterior do 5º nervo lombar, for-
mando a 4ª ansa lombar e divide-se em 2 raízes: a raiz inferior do nervo obturador e a raiz inferior do nervo
femoral
Tem a forma de um triângulo de vértice superior e base inferior, correspondendo a margem medial aos ner-
vos de origem, a margem lateral aos ramos colaterais do plexo e a margem inferior aos seus ramos terminais.
Está localizado ao longo dos corpos vertebrais, anteriormente aos processos costais, entre os fascículos do
músculo psoas maior. Entre os planos esquelético e lombar estão as artérias lombares, a veia lombar ascen-
dente e o tronco simpático lombar que se situa ântero-medialmente ao plexo
O plexo lombar comunica com o tronco simpático através de ramos que se estendem de cada um dos
nervos lombares ao tronco simpático, passando pelos buracos entre os arcos do músculo psoas maior e os
corpos vertebrais
732
ramos ramos
colaterais terminais
nervo
nervo ílio- nervo ílio- cutâneo nervo génito- nervo
nervo femoral
hipogástrico inguinal femoral femoral obturador
lateral
RAMOS COLATERAIS:
Nervo ílio-hipogástrico
origem: ramo anterior do 1º nervo lombar
trajeto: dirige-se com obliquidade ínfero-lateral, passando anteriormente ao músculo quadrado dos lombos e posteriormente à loca renal,
sendo que depois se localiza entre os músculos oblíquo interno e transverso do abdómen, perfurando-o acima da crista ilíaca e torna-se
superficial para originar os seus ramos terminais
ramos colaterais:
733
nervo cutâneo anterior do abdómen → origina-se ao nível da porção lateral da parede ântero-lateral do abdómen, perfura os músculos largos
do abdómen posteriormente à espinha ilíaca ântero-superior e inerva a porção súpero-lateral da região glútea e da coxa
nervos dos músculos largos do abdómen → inervam os músculos oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdómen
ramos terminais:
nervo cutâneo anterior do abdómen → situa-se paralelamente ao ligamento inguinal e atinge a bainha do músculo reto anterior do abdómen,
inervando a pele desta região
nervo genital → depois de atravessar o músculo oblíquo interno, alcança o anel inguinal profundo, percorrendo o canal inguinal anteriormente
ao cordão espermático ou ligamento redondo e ao nível do anel inguinal superficial origina um nervo para a região púbica, nervos escro-
tais/labiais anteriores e um nervo para a pele da porção superior da face medial da coxa
Nervo ílio-inguinal
origem: ramo anterior do 1º nervo lombar
trajeto: encontra-se inferiormente ao nervo ílio-hipogástrico, apresentando o mesmo caminho e relações se-
melhantes, perfura o músculo transverso do abdómen e segue entre este e o músculo oblíquo interno até à
vizinhança da espinha ilíaca ântero-superior, onde se divide
ramos terminais:
nervo cutâneo anterior do abdómen → em muitos casos, une-se ao nervo cutâneo anterior do nervo ílio-hipo-
gástrico, inervando a pele da região do músculo reto anterior do abdómen
nervo genital → alcança o anel inguinal profundo, percorrendo o canal inguinal anteriormente ao cordão
espermático ou ligamento redondo e ao nível do anel inguinal superficial origina um nervo para a região pú-
bica, nervos escrotais/labiais anteriores e um nervo para a pele da porção superior da face medial da coxa
734
Nervo cutâneo femoral lateral
classificação: nervo sensitivo
origem: ramo anterior do 2º nervo lombar
trajeto: dirige-se ínfero-lateralmente, na região lombar situa-se posteriormente ao músculo psoas maior,
emerge junto à sua margem lateral e relaciona-se com a face anterior do músculo quadrado dos lombos,
descende na espessura da fáscia ilíaca lateral, anterior e inferiormente até à espinha ilíaca ântero-superior,
emerge da cavidade abdominal passando inferiormente ao ligamento inguinal e medialmente ao músculo
sartório, através da incisura que separa as espinhas ilíacas anteriores, penetra depois a fáscia lata e cruza
a face anterior do músculo sartório, torna-se superficial e origina os seus 2 ramos terminais
ramos terminais:
nervo femoral → situa-se na face lateral da coxa até alcançar o joelho, inervando a pele da região ântero-lateral da coxa
nervo glúteo → cruza o músculo tensor da fáscia lata e inerva a pele da região glútea
Nervo génito-femoral
origem: ramo anterior do 2º nervo lombar
trajeto: dirige-se ântero-inferiormente, atravessa o músculo psoas maior e emerge na sua face an-
terior ao nível da margem inferior de L3, descende na espessura da fáscia ilíaca e cruza posterior-
mente os vasos espermáticos e o uretéro, alcança a artéria ilíaca externa e segue a margem la-
teral deste vaso
ramos terminais:
nervo genital → situa-se no canal inguinal posteriormente ao cordão espermático ou ligamento
redondo e origina os nervos escrotais/labiais anteriores que inervam o escroto no homem e os
lábios maiores na mulher
nervo femoral → atravessa o canal femoral ântero-lateralmente à artéria femoral, perfura a fáscia
cribriforme e inerva a pele da porção ântero-superior da coxa ao nível do trígono femoral de
Scarpa
735
RAMOS TERMINAIS
Nervo obturador
origem: convergência das raízes superior, média e inferior originadas a partir dos ramos anteriores do 2º, 3º e 4º nervos lombares
trajeto: descende posterior e depois medialmente ao músculo psoas maior, cruza a articulação sacroilíaca, penetra na cavidade pélvica
para se dirigir ântero-inferiormente profundamente aos vasos ilíacos externos, na fossa ílio-lombar encontra-se anteriormente à artéria ílio-
lombar, posteriormente à veia ilíaca comum, medialmente ao músculo psoas maior e uretéro e lateralmente ao tronco lombo-sagrado, na
pelve menor está relacionado com a fossa ovárica na mulher e encontra-se aplicado na fáscia obturadora, atravessa o canal obturador
superiormente aos vasos obturadores e ramifica-se
ramos colaterais:
nervo do músculo obturador externo → origina-se no canal obturador e inerva o músculo obturador externo
ramos terminais:
ramo anterior → situa-se entre os músculos obturador externo e pectíneo e depois entre os adutores curto e
longo, originando 3 ramos musculares para os músculos adutores curto e longo e grácil, inervando-os e ori-
gina ainda um ramo cutâneo que inerva a pele da face medial do terço inferior da coxa e do joelho
ramo posterior → atravessa a porção superior do músculo obturador externo e origina ramos musculares para
os músculos adutores magno e longo ao alcançar e coxa, ramos articulares para a articulação da anca e
um ramo vascular que inerva a artéria poplítea
Nervo femoral
origem: convergência das raízes superior, média e inferior originadas a partir dos ramos anteriores do 2º, 3º e
4º nervos lombares
trajeto: dirige-se ínfero-lateralmente, alcança a margem lateral do músculo psoas maior, atravessa a fossa
ilíaca recoberto pela fáscia ilíaca num sulco entre os músculos psoas maior e ilíaco, ao nível do ligamento
inguinal relaciona-se anteriormente com este, superiormente com o anel femoral, póstero-lateralmente com
o músculo íliopsoas e súpero-medialmente com o anel inguinal superficial, no trígono de Scarpa relaciona-se
anteriormente com a fáscia cribriforme, medialmente com os vasos femorais e lateralmente com nervo cutâ-
neo femoral lateral
736
ramos colaterais:
nervos do músculo ilíaco → orientados inferior e lateralmente e destinados ao músculo ilíaco
nervo do músculo psoas maior → abordam este músculo pela sua face posterior
nervo da artéria femoral → nasce superiormente ao ligamento inguinal e acompanha a artéria até à porção média da coxa
nervo do músculo pectíneo → inerva o músculo pectíneo
ramos terminais:
plano superficial
nervo cutâneo ântero-lateral → dirige-se com obliquidade ínfero-lateral entre os músculos psoas maior e sartório, origina
um ramo muscular para o sartório e ramos cutâneos: nervo perfurante superior que, depois de perfurar o músculo sartório
no seu terço superior, torna-se superficial e inerva a pele da face anterior da coxa; nervo perfurante médio que perfura
a porção média do sartório e inerva a face ântero-medial da coxa; nervo acessório do nervo safeno dirige-se com
obliquidade ínfero-medial e divide-se em nervo da veia safena magna e nervo comitante da artéria femoral
nervo cutâneo ântero-medial → dirige-se para medial e origina ramos musculares para os músculos pectíneo e adutor
longo, ramos cutâneos que inervam a pele da porção superior da face medial da coxa, ramos vasculares que consti-
tuem o nervo comitante da artéria femoral profunda e um ramo articular
plano profundo
nervo do músculo quadricípite femoral → origina apenas ramos musculares para o reto femoral, vastos medial, lateral e
intermédio
nervo safeno → introduz-se na bainha dos vasos femorais até ao hiato tendinoso do músculo adutor magno e estende-
se até à margem medial do pé, origina ramos colaterais: nervo cutâneo-femoral que inerva a pele da face medial da
coxa e do joelho, nervo cutâneo-tibial que inerva a pele da região medial da perna e nervo articular que inerva a
porção medial da articulação do joelho, além disso origina ramos terminais: nervo infra patelar que depois de perfurar
o músculo sartório, inerva a pele da região anterior do joelho e nervo cutâneo medial da perna que se relaciona dire-
tamente com a veia safena magna, inervando a articulação talo-crural e pele da face ântero-medial da perna e da
margem medial do pé
737
PLEXO PUDENDO
constituição: resulta da reunião do ramo anterior do 3º nervo sagrado com os ramos anteriores do 2º e 4º nervos
sagrados
ramo comunicante entre o 2º e 3º nervos sagrados
ramo comunicante entre o 3º e 4º nervos sagrados
comunica superiormente com o plexo sagrado, inferiormente com o plexo coccígeo através de um ramo
do ramo anterior do 4º nervo sagrado, medialmente com o 4º gânglio do tronco simpático sagrado e
anteriormente com o plexo hipogástrico inferior
relações: situa-se posteriormente à fáscia pélvica, relacionando-se com os músculos piriforme e isquiococcígeo,
saindo da pelve pela incisura isquiática maior e relacionando-se com as artérias sagrada inferior, pudenda in-
terna e glútea inferior
nervo do músculo
levantador do ânus
nervo do músculo
isquiococcígeo
nervos esplâncnicos
pélvicos (Eckardt)
nervo pudendo
nervo do esfíncter externo
do ânus
nervo acessório do
esfíncter externo no ânus
(Morestin)
738
ramos colaterais:
Nervo do músculo levantador do ânus → origina-se no ramo anterior do 3º nervo sa-
grado, dirige-se anteriormente, aplicado sobre a face súpero-medial do músculo levan-
tador do ânus, inervando-o
Nervo do músculo isquiococcígeo → origina-se nos ramos anteriores do 3º e 4º nervos
sagrados e penetra no músculo através da sua face superior
Nervos esplâncnicos pélvicos (Eckardt) → originam-se no ramo anterior do 3º nervo sa-
grado e inervam a bexiga, reto, pénis ou vagina, quer diretamente quer através do
plexo hipogástrico inferior, regulando a micção, defecação, ereção e ejaculação
Nervo do esfíncter externo do ânus→ origina-se no ramo anterior do 3º nervo sagrado,
sai da pelve pela incisura isquiática maior, contorna a espinha isquiática, penetra de-
pois a fossa ísquio-anal através da incisura isquiática menor e inerva o músculo esfíncter
externo do ânus e a pele da região
Nervo acessório do esfíncter externo do ânus (Morestin) → origina-se no ramo anterior
do 4º nervo sagrado, inervando também o músculo esfíncter externo do ânus
Nervo cutâneo perfurante → origina-se nos ramos anteriores do 3º e 4º nervos sagrados, sai da pelve pela incisura isquiática maior, situa-se
inferiormente ao músculo glúteo máximo e termina na pele da região glútea
ramo terminal:
NERVO PUDENDO
739
Nervo Perineal
ramo colateral: nervo escrotal/labial posterior → inerva a porção posterior do escroto/lábio maior
ramos terminais:
nervo perineal superficial → dirige-se com obliquidade ântero-medial, relaciona-se com a margem
posterior do músculo transverso superficial do períneo e inerva os segmentos da porção anterior
do períneo, escroto, face inferior do pénis e lábios maiores da vagina
nervo perineal profundo ou músculo-uretral → origina ramos colaterais posteriores que inervam a
porção anterior do músculo esfíncter externo do ânus e a pele do períneo anterior e ramos anteri-
ores que inervam os músculos transverso superficial do períneo, ísquio-cavernoso e bulboesponjoso
no homem ⇒ nervo bulbouretral que se dirige para o bulbo uretral e corpo esponjoso, situando-se
da sua face inferior e inervando este órgão e a uretra
na mulher ⇒ inerva o músculo constritor do bulbo vaginal e a uretra
nervo dorsal do pénis → continua a direção do nervo pudendo, alcança a face lateral do liga-
mento suspensor do pénis, atinge a face dorsal do pénis e situa-se no sulco que se encontra entre
os corpos cavernosos, inervando a glande
nervo dorsal do clítoris → situa-se na face dorsal do clítoris, inervando este órgão e a porção supe-
rior dos lábios menores da vagina
PLEXO COCCÍGEO
constituição: ramos anteriores do 4º e 5º nervos sagrados e nervo coccígeo
ramo anterior do 5º nervo sagrado origina um ramo superior que comunica com o ramo an-
terior do 4º nervo sagrado, constituindo a ansa superior e um ramo inferior que comunica
com o ramo anterior do nervo coccígeo formando a ansa inferior
comunicação com o tronco simpático
localização: está situado anteriormente ao sacro e ao cóccix
ramos do plexo coccígeo:
nervos viscerais – terminam no plexo hipogástrico inferior
nervos cutâneos – inervam a pele da região coccígea
nervo ano-coccígeo – inerva a porção inferior do músculo glúteo máximo e a pele que está
situada entre o ânus e a região coccígea
740