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Anatomia – Pormenores Importantes

Sofia Prada

Conteúdo
Cabeça e Pescoço................................................................................................................... 3
Fenda Esfenoidal ............................................................................................................... 3
Porus Crotafiticus Buccinatorius de Hyrtl............................................................. 4
Inserções nas apófises pterigoideias ........................................................................ 4
Botoeira Retro-condiliana de Juvara........................................................................ 5
Canal de Dorello............................................................................................................... 15
Ramalhete de Riolan ..................................................................................................... 15
Diagragma Estiloideu .................................................................................................... 17
Buraco Lácero Anterior ................................................................................................ 18
Buraco Lácero Posterior ............................................................................................... 18
Charneira do Occipital .................................................................................................. 19
Tronco ...................................................................................................................................... 22
Arcada de Douglas ........................................................................................................... 22
Canal Torácico .................................................................................................................. 22
Triângulo de Hesselbach .............................................................................................. 23
Membro Superior ................................................................................................................. 25
Inserções na clavícula ................................................................................................... 25
Gânglio de Wirchow-Troisier ...................................................................................... 26
Coifa dos Rotadores ....................................................................................................... 26
Círculo Peri-Escapular .................................................................................................. 26
Triângulo Omo-umeral .................................................................................................. 27
1. Triângulo omo-tricipital ................................................................................... 27
2. Quadrilatero umero-tricipital ........................................................................ 28
Triangulo úmero-tricipital .......................................................................................... 28
Ligamento Transverso de Gordon-Brodie ............................................................. 28
Canal Braquial .................................................................................................................. 29
Goteira Radial ................................................................................................................... 29
Sulco Bicipital Interno.................................................................................................. 30
Sulco Bicipital Externo................................................................................................. 30
Arcada de Struthers ....................................................................................................... 30
Rede Peri-Articular do Cotovelo ............................................................................... 31
M Venoso da Prega Cotovelo ...................................................................................... 32
Goteira epitrocleo-olecraniana.................................................................................. 33
Músculos antebraço........................................................................................................ 33
Goteira do pulso............................................................................................................... 34
Túnel Cárpico .................................................................................................................... 35
Canal de Guyon ................................................................................................................ 36
Tabaqueira Anatómica .................................................................................................. 36
Quiasma Tendinoso de Camper ................................................................................ 36
Inervação mão .................................................................................................................. 38
Membro Inferior ................................................................................................................... 40
Triângulo de Scarpa ....................................................................................................... 40
Goteira Femoral ............................................................................................................... 44
Canal Femoral ................................................................................................................... 44
1. Canal Crural ........................................................................................................... 45
2. Segmento Médio .................................................................................................. 45
3. Canal de Hunter ................................................................................................... 45
Ligamento Falciforme de Allan Burns.................................................................... 46
Escavado Poplíteo ........................................................................................................... 47
Rede Peri-Rotuliana do Joelho.................................................................................. 48
Pata de Ganso ................................................................................................................... 49
Músculos da Perna .......................................................................................................... 50
Canal Társico .................................................................................................................... 51
Articulações ........................................................................................................................... 52
Articulação Coxo-Femoral vs Articulação Gleno-Umeral............................... 52
Tipos de articulações importantes .......................................................................... 52
Músculos ................................................................................................................................. 53
Músculos Digástricos ..................................................................................................... 53
Cabeça e Pescoço
Fenda Esfenoidal
Corresponde ao espaço compreendido entre a raiz inferior da
pequena asa e o bordo anterior e extremidade inferior da grande asa.
É dividida pelo anel de Zinn (azul), sendo que será atravessada
por:
- dentro do anel de Zinn:
- nervo motor ocular comum (III)
- nervo motor ocular externo (VI)
- ramo nasal do nervo oftálmico (V1)
- raiz simpática
- fora do anel de Zinn:
- nervo patético (IV)
- ramos lacrimal e frontal do nervo oftálmico (V1)
- veia oftálmica
- veia oftálmica acessória
Porus Crotafitico Buccinatorius de Hyrtl
Espaço entre o bordo externo do buraco oval e o ligamento
inominado de Hyrtl (espessamento da aponevrose pterigo-temporo-
maxilar). O ligamento de Hyrtl está entre o bordo posterior da asa externa
da apófise pterigoideia do esfenoide e a saliência atrás do buraco oval.
É atravessado por ramos terminais do tronco terminal anterior do
nervo maxilar inferior (V3): (ant -> post)
- n. temporo-bucal (entre feixes do m. pterigoideu ext)
- n. temporal profundo médio (entre m. pterigoideu ext e grande
asa do esfenoide)
- n. temporo-masseteriano (entre m. pterigoideu ext e tecto da fossa
pterigomaxilar)

Fossa Pterigoideia
Corresponde a face posterior das apofises pterigoideias e é formada
pela face externa da asa interna e pela face interna da asa externa.
A nivel supero-interno tem a fosseta escafoideia, onde se insere o
peristafilino externo, que também se insere/forma a parede interna da
fossa. Na parede externa e no fundo da fossa insere-se o pterigoideu
interno. O limite externo da fosse corresponde ao bordo posterior das
asas, sendo que a extremidade inferior do bordo posterior da asa interna
tem a inserção do peristafilino externo e o bordo posterior da asa externa
tem a espinha de civinini e tem a inserção da aponevrose
interpterigoideia.

Inserções nas apófises pterigoideias


M. peristafilino ext – fosseta escafoideia (p. sup-int fossa
pterigoideia) + parede int da fossa pterigoideia + extremidade inf do bordo
post da asa interna
M. petrigoideu externo – face externa da apófise pterigoideia
(limite int da fossa pterigo-maxilar)
M. pterigoideu interno – parede ext + fundo da fossa pterigoideia
Aponevrose interpterigoideia (bordo ant) – bordo post da asa
externa

Sobre a aponevrose interpterigoideia:


- separa os m. pterigoideus
- 4 bordos, sendo que o posterior é livre e limita com o colo do
condilo do maxilar inferior a botoeira retrocondiliana de Juvara
(anteriormente)
- tem 2 partes:
1. parte posterior= ligamento esfeno-maxilar (da espinha do
esfenóide até à espinha de spix). Este ligamento vai ter um
prolongamento até à cisura de Glasser chamado ligamento timpano-
maxilar.
2. parte anterior – dividida em duas partes pelo ligamento
ptérigo-espinhoso (da espinha do esfenóide até à espinha de Civinini). A
parte inferior é fina e a parte superior dá passagem aos vasos e nervos
dos musculos peristafilino externo, pterigoideu interno e do martelo.
- externamente à aponevrose interpterigoideia: aponevrose pterigo-
temporo-maxilar (da grande asa do esfenoide até parte superior da asa
externa da apofise pterigoideia). O seu bordo superior espessa-se e forma
o ligamento inominado de Hyrtl.

Botoeira Retro-condiliana de Juvara


Espaço que permite a comunicação entre a fossa pterigo-maxilar
(ant) e a região parotidea (post).
Limites:
Int – ligamente timpano-maxilar (prolongamento espessamento
posterior da aponevrose interpterigoideia, ou seja, prolongamento do
ligamento esfeno-maxilar)
Ext – ramo ascendente do maxilar inferior
Ant – bordo posterior da aponevrose interpterigoideia + condilo do
maxilar inferior.
É atravessada por: (NVA, sup para inf)
- nervo auriculo-temporal, terminal do tronco terminal posterior do
maxilar inferior (V3) [para trás]
- veia maxilar interna [para trás]
- artéria maxilar interna [para a frente]

Fossa Pterigo-maxilar
É um espaço em forma de piramide triangular com base externa e
vertice interno.
O seu conteudo é:
-m pterigoideus int e ext
-aponevrose interpterigoideia
-a. Maxilar inf
-v. maxilar inf
-nervo maxilar sup (V2)
-nervo maxilar inf (V3)

É limitada por:
-Ant: tuberosidade do maxilar superior + região geniana
-Post: região parotidea
-Int: apofise pterigoideia + faringe
-Ext: ramo ascendente do maxilar inf + masséter
-Sup: grande asa esfenoide + região temporal
-Inf: plano horizontal tangente ao bordo inf do maxilar sup
Tem 3 paredes, 1 vértice e 1 base.
Parede anterior
Vai ser formada interna e superiormente pela tuberosidade do
maxilar inferior e interna e inferiormente pelo ligamento pterigo-maxilar
(bordo inf da asa int da apofise pterigoideia até bordo alveolar maxilar
inf), pelo musculo constritor superior da faringe e pelo musculo
bucinador.
Apresenta a fenda esfeno-maxilar que permite a comunicação com
a cavidade orbitária.
Parede superior
É constituida pela parte inferior horizontal da grande asa e tem
dois segmentos, um interno e um externo.
O segmento interno é formado pela parte zigomática da face
exocraniana da grande asa e pela superficie plana subtemporal da
escama do temporal. Está separado da fossa temporal pela crista esfeno-
temporal.
O segmento externo é ocupado pelo buraco ou canal zigomático que
permite a comunicação com a região temporal. É limitado por:
internamente pela crista esfeno-temporal, externamente pela arcada
sigomática, posteriormente pelo condilo da apofise zigomatica e
anteriormente pelo malar.

Parede interna
Vai ser óssea apenas no limite anterior, uma vez que vai ser
constituido pelo fundo das apofises pterigoideias. A asa externa vai
separar as inserções dos dois pterigoideus e a asa interna vai relacionar-
se com a laringe.
No resto da sua extensão, relaciona-se com a parede lateral da
faringe e com a parotida por intermédio da região peri-amigdalina.

Vértice
Corresponde à união das 3 face e localiza-se anteriormente à
extermidade superior da apofise pterigoideia.

Base
Vai ser formada pela face interna do ramo ascendente do maxilar
inferior, sendo que superiormente existe uma chanfradura sigmoideia
que permite a comunicação com a região massetriana.
Abre-se no tranfundo, através da fenda pterigo-maxilar.

A fossa pterigo-maxilar comunica com o transfundo através da


fenda pterigo-maxilar, que se estende entre a apofise pterigoideia e a
tuberosidade do maxilar superior. Esta fenda é fechada a nivel inferior
pela apofise piramidal do palatino (post) e pela tuberosidade do maxilar
superior (ant).
Transfundo da fossa pterigo-maxilar
Corresponde a um prolongamento da fossa pterigo maxilar com
forma de piramide quadrangular.
É atravessado por:
-nervo maxilar superior (V2)
-nervo vidiano
-gânglio esfenopalatino
-artéria esfeno-palatina.

Apresenta 4 paredes, 1 vertice e 1 base.


Parede anterior
É formada pela parte interna da tuberosidade do maxilar sup.
Parede posterior
É formada pela face anterior da apofise pterigoideia.
Parede interna
É formada pela lâmina vertical do palatino e apresenta, na parte
superior, o buraco esfeno-palatino, que permite a comunicação com as
fossas nasais.
Parede externa
Aberta na fossa pterigo-maxilar.
Base
Está dirigida para cima e relaciona-se com:
-ant: cavidade orbitária através da fenda esfeno-maxilar
-post: grande asa do esfenoide
Vértice
É formada pela união das apofise pterigoideia e piramidal do
palatino com a tuberosidade do maxilar superior.
Cavidades orbitárias
São duas cavidades que contem o aparelho da visão que estão
localizadas de cada lado das fossas nasais, inferiormente ao andar
anterior da base do crânio e superiormente ao maciço facial.
Tem a forma de uam piramide quadrangular, tendo 4 paredes, 4
bordos, 1 vertice e 1 base.

Parede superior ou abobada da órbita


É formada pela parte horizontal do frontal, anteriormente, e pela
pequena asa do esfenoide, posteriormente.
Tem forma triangular, com base anterior, e apresenta:
-ant-ext: fosseta lacrimal
-ant-int: fosseta troclear (troclea do m grande obliquo)
-post: sutura fronto-esfenoidal

Parede inferior ou pavimento da órbita


Separa cavidade orbitária do sei maxilar infrajacente.
É formada:
-ant-ext: apofise orbitária malar
-ant-int: apofise piramidal maxilar sup
-post: apofise orbitaria palatino.
Apresenta:
-suturas entre maxilar superior e malar e entre maxilar superior e
palatino
-goteira infraorbitária (vasos e nervos infra-orbitários)

Parede interna
É formada por, de ant->post:
-apofise ascendente maxilar superior
-unguis
-lamina papiracea do etmoide
-face externa do corpo de esfenoide.
Apresenta:
-as suturas verticais entre os ossos
-goteira lacrimal (ant)
-cristas lacrimais, uma anterior ou maxilar e outra posterior ou
ungueal.

Parede externa
É formada por:
-post: face orbitária da face exocraniana da grande asa
-ant-inf: apofise orbitaria malar
-ant-sup: apofise orbitaria + fosseta lacrimal frontal
Apresenta:
-sutura esfeno-malar, pela crista malar
-orificio do canal temporo-malar (vasos e nervos temporo-malares)

Base
Tem uma forma quadrilatera e está orientada para
baixo/frente/fora. Tem como limites:
-sup: arcada orbitária do frontal, que apresenta as chanfraduras
supra-orbitária e frontal interna
-inf-int: maxilar superior
-inf-ext: malar
-ext: malar
-int: crista lacrimal anterior

Vértice
Corresponde à extremidade interna da fenda esfenoidal.

Bordo Sup-int
É formado pela sutura entre frontal e:
-apofise ascendente maxilar superior
-únguis – forma apofise orbitária interna do frontal
-lámina papiracea do etmoide – forma canais etmoidais anterior r
posterior.
Posteriormente temno canal optico.

Bordo Sup-ext
É formado por:
-ant: fosseta lacrimal
-post: fenda esfenoidalv\

Bordo Inf-int
É formado por:
-ant: orificio superior do canal lacrimo-nasal
-post: suturas entre maxilar sup e unguis e etmoide e sutura
esfemo-palatinsa.

Bordo Inf-ext
É formado por:
-1/4 ant: apofise orbitaria malar
-3/4 post: fenda esfeno maxilar

Fenda Esfeno-Maxilar
Permite a comunicação entre a fossa pterigo-maxilar e as cavidades
orbitaria.
É limitada por:
-sup: grande asa esfenoide
-inf: maxilar superior
-ant-sup: apofise orbitaria mala
-ant-inf: espinha malar (apofise piramidal maxilar superior)

Fossas nasais
São duas cavidades localizadas de cada lado da linha média, entre
as cavidades orbitárias e que estão separadas por um septo sagital.
Relacionam-se:
-sup: cavidade craniana
-inf: cavidade bucal
-ant: cavidades do nariz
-post: faringe.
Têm 4 paredes e 2 orificios.
Parede externa
É formada por 6 ossos:
-maxilar inferior: apofise ascendente
-unguis: posteriormente ao maxilar inferior, superiormente ao
corneto inferior e anterior e inferiormente às massas laterais do etmoide
-corneto inferior: entre a crista trubinal inf do maxilar superior e a
crista turbinal inf do palatino
-palatino: porção vertical. Anteriormente à apofise pterigoideia do
esfenoide, posteriormente ao corneto inferior e ao maxilar superior
-etmoide: massas laterais. Superiormente ao maxilar superior,
anteriormente ao corpo do esfenoide e post-int ao unguis
-esfenoide: face int da asa interna da apofise pterigoideia. Parte
mais recuada da parede
Tem ainda 3 cornetos constantes, o inferior, o médio e o superior,
sendo que os dois ultimos são etmoidais. Pode ainda ter um corneto de
santorini e um de zuckerkandl.
Cada corneto apresenta um meato entre a sua face externa e a
parede externa das fossas nasais. Para o meato inferior drena o canal
lacrimo nasal. Para o meato médio drenam os seios maxilar e frontal e as
celulas etmoidais anteriores. Para o meato superior drenam o seio
esfenoidal e as celulas etmoidais posteriores.

Parede interna ou septo das fossas nasais


É formada por 2 ossos e uma cartilagem:
-vomer: parte mais posterior
-lamina perpendicular do etmoide: anteriormente ao vomer
-cartilagem do septo nasal: parte ant-inf do septo das fossas nasais

Parede superior ou abobada das fossas nasais


Tem a forma de uma concavidade que olha para as fossas nasais.
É constituida por 4 segmentos, que são, de anterior para posterior:
-Segmento anterior ou fronto-nasal= ossos proprios do nariz +
espinha nasal do frontal
-Segmento etmoidal ou horizontal= lamina crivado do etmoide +
processus etmoidal da face superior do corpo do esfenoide
-Segmento esfenoidal anterior= face anterior do corpo do esfenoide
-Segmento esfenoidal inferior= face inferior do corpo do esfenoide

Parede inferior ou pavimento das fossas nasais


É formada:
-ant: apofise palatina do maxilar superior
-post: lamina horizontal do palatino
Apresenta, anteriormente, o orificio da canal palatino anterior,
onde passam nervos e vasos naso-palatinos.
Orificio anterior das fossas nasais
É limitado inferior e externamente pelo bordo anterior do maxilar
superior e superiormente pelos ossos proprios do nariz.

Orificios anteriores das fossas nasais ou choanas ou coanas


É limitado por:
-int: bordo posterior do vomer
-ext: asa interna da apofise pterigoideia
-sup: bordo posterior das asas do vomer + corpo esfenoide
-inf: bordo posterior lamina horizontal palatino

Canal de Dorello
No bordo superior do rochedo do temporal, anteriormente à
chanfradura que se relaciona com o nervo trigémio (V), existem um
entalhe que juntamente com o ligamento petroesfenoidal de Gruber
delimita o Canal de Dorello.
É atravessado pelo nervo motor ocuar externo (VI).

Nervo Vidiano
=nervo grande petroso superficial + nervo grande petroso profundo
+ plexo peri-carotideo.
Percorre o canal vidiano e termina no gânglio pterigopalatino. Faz
inervação da mucosa faringea e da glandula lacrimal.

Ramalhete de Riolan
É um conjunto de 5 estruturas (3 musculos e 2 ligamentos) que se
inserem na apófise estiloideia da face post-inf do rochedo do temporal:
- M. estilo-hioideu: face post-ext da apófise, perto da base
- M. estilo-faringeo: bordo int da base da apófise
- M. estilo-glosso: face ant-ext da apófise, perto do vértice
- Lig. estilo-maxilar: bordo externo da apófise, perto do vértice
- Lig. estilo-hioideu: vértice
IMP: vértice é mais anterior, inferior e externo do que a base.
Ordem de ant->post:
1. lig estilo-hioideu
2. lig estilo-maxilar + m estilo-glosso (ponto mais post e sup)
3. m estilo-faringeo
4. m estilo-hioideu

Ordem int->ext:
1. m estilo-faringeo
2. m estilo-glosso + m estilo-hioideu + lig estilo-maxilar
3. lig estilo-hioideu

Ordem inf->sup:
1. lig estilo-hioideu
2. lig estilo-maxilar
3. m estilo-glosso
4. m estilo-hioideu + m estilo-faringeo (nascem +/- ao mesmo
nível)
Diagragma Estiloideu

É constituído por:
- ventre posterior do m. digástrico
- 3 m. do ramalhete de riolan (m. estilo-hioideu, m. estilo-faringeo
e m. estilo-glosso)
- 2 ligamentos do ramalhete de riolan (lig. estilo-hioideu, lig. estilo-
maxilar)
- M. esterno-cleido-mastoideu (depende dos autores)

Vai dividir o espaço maxilo-faringeo em duas partes: uma pré-


estiloideia e outra retro-estiloideia.
O espaço retro-estiloideu corresponde à parte posterior do espaço
maxilo-faringeo e é atravessado por:
- artéria carótida interna
- artéria carótida externa
- veia jugular interna
- IX, X, XI e XII
O espaço pré-estiloideu está subdividido em: região parotídea (post-
ext) e região paraamigdalina.
A região parotidea localiza-se na parte externa e posterior do
espaço pré-estiloideu e tem como limite posterior o diafragma estiloideu.
É atravessada por:
- glândula parótida
- veia jugular externa
- artéria carótida externa
- VII
- nervo auriculo-temporal

Buraco Lácero Anterior


Entre bordo anterior do rochedo do temporal e a extremidade
posterior da grande asa do esfenóide.

Buraco Lácero Posterior


Entre chanfradura da fossa jugular da face post-inf do rochedo do
temporal e a parte anterior da apófise jugular do bordo externo das
massas laterais do occipital.
Septo fibroso=ligamento petro-occipital

Charneira do Occipital
Corresponde à união entre a cabeça e o pescoço e apresenta 6
planos de ligamentos:
-1º plano: lig vertebral comum anterior
-2º plano: lig occipito-atloideus e lig atloido-axoideus anteriores
-3º plano: lig occipito-odontoideus
-4º plano: lig cruciforme
-5º plano: lig occipito-axoideu
-6º plano: lig vertebral comum posterior

Enervação do ECM e do Trapézio


Enervação sensitiva: plexo cervical
Enervação motora: XI

Enervação motora dos músculos da cavidade orbitária


III – pequeno obliquo, recto superior, recto inferior, recto interno
IV – grande obliquo
VI – recto externo

Enervação língua
Sensitiva: maxilar inferior (2/3 ant) + glossofaríngeo (1/3 post)
Motora: grande hipoglosso (XII)
Sensorial:
-base da língua + epiglote: X
-1/3 post língua (doce-amargo): IX
-2/3 ant língua (salgado-azedo): VII

Triângulo de Beclard e Triângulo de Pirogoff


O triângulo de beclard é limitado por:
-post: bordo posterior do hioglosso
-sup: ventre post do digástrico
-inf: hioide
É atravessado por XII e artéria lingual.

O triângulo de pirogoff é limitado por:


-ant: bordo posterior do milohioideu
-sup: XII
-inf: tendão intermediário digástrico + ventre post digastrico
É atravessado por artéria lingual.

Canal de Wharton
Entre hioglosso, geniglosso e sublingual. Passa o XII.

Espaço Supraesternal
Espaço compreendido entre as aponevroses cervicais média
(insere-se no bordo posterior da furcula) e superficial (insere-se no bordo
anterior da furcula) e a furcula do esterno.
As suas paredes são:
- Ant: aponevrose cervical superficial + tecido celular subcutaneo +
pele + gânglio linfático
-Post: folheto superficial da aponevrose cervical média + ECM (feixe
esternohoideu) + esternotiroideus
-Inf: furcula do esterno
-Lat. Bordo anterior do ECM
De cada lado, tem fundo de saco de Gruber, posteriormente
aonECM e ao longo da clavicula, onde penetra o segmento horizontal da
veia jugular anterior.
Contém:
-tecidp celulo-adiposo
-gânglios supra-esternais
-2 veias jugulares anteriores e a anastomose entre elas.

Espaço Supraclavicular
Espaço externamente ao ECM, cujos limites são:
-inf: clavicula
-ext: união das aponevroses cervicais média e superficial,
anteriormente ao trapézio
-int: bordo interno ECM
Tronco
Arcada de Douglas
Linha real, também chamada linha arcuata, entre as espinhas
ilíacas antero-superior do ilíaco, que corresponde à mudança da bainha
dos grandes rectos do abdómen.

Canal Torácico
É a via de drenagem linfática das zonas abaixo do diafragma.
Corresponde à união do tronco intestinal (linfa do território
mesentérico superior) com os troncos lombares esquerdo e direito
(formados pela união de gânglios lombo-aórticos).
A união pode ocorrer de duas formas:
65% casos – acima do diafragma, ou seja, a união do tronco
intestinal com o tronco lombar esquerdo ocorre no abdómen, mas o
tronco lombar direito só se junta na cavidade torácica;
35% casos – abaixo do diafragma, ou seja, unem-se os três troncos
no abdómen. Neste caso, o canal torácico vai apresentar uma dilatação
conhecida por Cisterna de Pecquet.
Recebe: tronco braquial esquerdo, tronco jugular esquerdo e tronco
bronco-mediastínico.
O canal torácico termina no angulo venoso chamado ângulo de
Pirogoff esquerdo (entre veia subclávia esquerda e veia jugular interna).

Triângulo de Hesselbach
Também chamado de triângulo inguinal, é uma região da parede
abdominal cujos limites são:
-Int: M. grande recto do abdómen
-Sup-ext: Vasos epigástricos inferiores (Lig de Hasselbach)
-Inf. Ligamento inguinal (por vezes referido por ligamento de
Poupart)
Pode causar hérnias inguinais (superiormente ao ligamento
inguinal) diretas.
Membro Superior
Inserções na clavícula
Face Superior:
-Ant-ext: M. deltoide
-Ant-int: M. grande peitoral
-Post-ext: M. trapézio
-Post-int: M. esternocleidomastoideu (ECM)

Face Inferior:
-Ant-ext: M. deltoide
-Ant-int: M. grande peitoral
-Post-ext: M. trapézio
-Post-int: ECM, mas muito perto da ext int
-Goteira do subclábio: M. subclávio

Pontos Fracos da Articulação Gleno-Umeral


Forame oval de Weitbrecht
Espaço triangular com base externa entre ligamentos gleno-
umerais superior e médio. A base relaciona-se com o tendão do musculo
infraescapular.
Através dele, a cavidade articular comunica com a bolsa serosa
infraescapular.
Buraco Subcaracoideu ou de Rouviere
Espaço triangular com base interna entre ligamentos gleno-
umerais médio e inferior. A base relaciona-se com a chanfradura
glenoideia.
Através dele, a cavidade articular comunica com a bolsa serosa
subcaracoideia.

Gânglio de Wirchow-Troisier
É um gânglio linfático localizado na fossa supraclavicular esquerda
que recebe a linfa da cavidade abdominal. Quando aumentado, indica
cancro no abdomen, nomeadamente cancro do estômago que se espalhou
pelos vasos linfáticos. Por isso é considerado um gânglio sentinela.

Coifa dos Rotadores


Conjuntos de musculos que estabiliza a articulação do ombro.
Músculo Inserções Ação
Supra- -fossa supra-espinhosa -rotação externa do braço
espinhoso -parte sup troquiter -abdução do braço
Infra- -fossa infra-espinhosa -rotação externa do braço
espinhoso -parte méd troquiter -abdução do braço
Pequeno -bordo axilar omoplata -rotação externa do braço
Redondo -parte inf troquiter -abdução do braço
Infra- -fossa infra-escapular -rotação interna do braço
escapular -troquino -adução do braço

Círculo Peri-Escapular
É a rede arterial do ombro e é formado, por um lado, pela
anastomose entre os ramos torácicos das artérias torácica superior,
acrómio-torácica, torácica externa e infra-escapular com os ramos
terminais das artérias torácica interna e intercostal. Por outro lado, é
formada pela anatomose das artérias circunflexas do úmero com o ramo
acromial da artéria acrómio-torácica (sup) e com a artéria umeral
profunda (inf)
Triângulo Omo-umeral

Espaço criado por:


- Ext: úmero
- Sup-int: M. pequeno redondo
- Int: bordo externo omoplata
- Inf-ext: Grande redondo

É atravessado pelo tendão da porção loga do tricipete braquial, que


o divide em dois espaços:
1. Triângulo omo-tricipital (=espaço axilar interno)
É limitado por:
-Sup: m. pequeno redondo
-Inf: m. grande redondo
-Ext: tendão da porção longa do m. tricipete braquial
É atravessado pela artéria escapular inferior e veias satélite.
2. Quadrilatero umero-tricipital ou de Velpau
É limitado por:
-Sup: m. infra-escapular (ant) + m. pequeno redondo (post)
-Inf: m. grande redondo + m. grande dorsal
-Ext: úmero
-Int: tendão da porção longa do tricipete braquial
É atravessado por: nervo circunflexo (=n axilar), artéria
circunflexa posterior e veias satélites.

Triangulo úmero-tricipital
3 na imagem anterior.
Limitado por:
-Sup: m. grande redondo
-Int: porção longa do m. tricipete braquial
-Ext: úmero
É atravessado por: nervo radial, artéria umeral profunda (????)e
veias satélite.

Ligamento Transverso de Gordon-Brodie


É o ligamento que transforma a goteira bicipital num buraco.
Canal Braquial
O canal braquial/umeral é uma bainha fibrosa forma pelo
revestimento aponevrótico do músculo coraco-braquial e do músculo
bicípite braquial anteriormente, pela aponevrose do braquial anterior e
septo intermuscular interno posteriormente, e pela fascia braquial
internamente.
Limites:
- Ant: m. coraco-braquial (sup) e m. bicipete braquial (inf)
- Post: septo intermuscular (sup) e m. braquial ant (inf)
- Int: fascia braquial
Atravessado por:
- artéria braquial
- veias satélite
- nervo mediano
- nervos cubital e cutâneo antebraquial interno [numa parte]

Goteira Radial
Ou goteira de torção, está presente na face posterior do umero e
forma um canalnosteomuscular que tem como limites:
- Sup-Ext: Vasto externo
- Inf-Int: Vasto interno
- Ant: úmero
- Post: porção longa do tricipete braquial
É atravessada por:
- nervo radial (inf-int à artéria umeral profunda)
- vasos umerais profundos.
Sulco Bicipital Interno
Sulco por onde desce a artéria braquial e sobe a artéria recorrente
cubital anterior e a veia mediana basílica, a nível da prega do cotovelo.
Limitado por:
- Ext: tendão do m. bicipete braquial
- Int: m. redondo pronador
- Post. M. braquial anterior
- Ant: aponevrose que reforça expansão aponevrótica do bicipete
braquial

Sulco Bicipital Externo


Limitado por:
- Ext: m. longo supinador + m. curto e longo radiais
- Int: m. bicipete braquial + m. braquial anterior
Atravessado por:
- ramo anterior da artéria umeral profunda
- artéria recorrente radial anterior
- veia mediana cefálica
- nervo musculo-cutaneo
- nervo radial

Arcada de Struthers
Entre a face interna do umero e a epitroclea
pode existir um ligamento inconstante, o
ligamento de Struthers, que delimita então um
espaço, a arcada de Struthers. Pela arcada passa
o nervo mediano, que pode ser comprimido,
causado um sindrome supra-condiliano.
The arcade of struthers should not be confused with
the rare (1%) unrelated anatomic structure, the ligament of
struthers (which is seen in association with a supracondylar
process and can result in median neuropathy in the arm). The arcade of Struthers is a
fibrous or fascial sheet located in the distal third of the medial aspect of the humerus. It is
formed by a thickening of the deep investing fascia of the distal part of the arm, by
superficial muscular fibers of the medial head of the triceps, and by attachments of the
internal brachial ligament (which is a relatively long, longitudinal ligament originating from
the region of the coracobrachialis tendon).
The arcade of Struthers should not be confused with the ligament of Struthers .
The arcade of Struthers , present in approximately 70% of studied specimens, is located
at the medial intermuscular septum, and can cause compression of the ulnar nerve. The
ligament of Struthers , in contrast, is rare, occurring in only 1%, and consists of a ligament
or extension of the pronator teres muscle from the medial epicondyle to an (anomalous)
supracondylar process. The ligament of Struthers is a possible site of compression of the
median nerve.

Rede Peri-Articular do Cotovelo


A nivel da face externa da articulação, temos a rede arterial peri-
epicondiliana que é formada pela anastomose entre os dois ramos da
artéria umeral profunda (ant e post) com as duas artérias recorrentes
radiais (a ant é colateral da artéria radial e a post é ramo da artéria
interóssea posterior, ramos da intérossea comum, colateral da artéria
cubital)
A nivel da face interna da articulação, temos a rede arterial peri-
epitrocleana que é formada pela anastomose das artérias colaterais
superior e inferior (ramos da artéria braquial, sendo que a inferior tem
dois ramos, um anterior e um posterior) com as duas artérias recorrentes
cubitais (ant e post, ramos da recorrent cubital, colateral da artéria
cubital)
Entre as duas faces existem anastomoses transversais, quer a nível
da face anterior como da posterior. Uma dessas anastomoses é
providenciada pela ramificação supra-olecraniana do ramo posterior da
artéria colateral interna inferior.
M Venoso da Prega Cotovelo
É formado por:
- veia basilica do antebraço
- veia mediana basilica
- veia mediana cefálica
- veia cefálica do antebraço.
Goteira epitrocleo-olecraniana
Sulco entre epitroclea e o olecrâncio, onde passa o nervo cubital e
onde termina a artéria recorrente cubital posterior.

Fossa Cubital
Espaço a nivel da prega do cotovelo cujos limites são:
-Sup – linha que une o epicondilo à epitroclea
-Ext – longo supinador coberto pela aponevrose do bicipete
-Int – pronador redondo

Músculos antebraço
Grupo Anterior
Plano Músculos Ordem
Profundo Quadrado Pronador + Inf
Int
Flexor Comum dos Dedos
Flexores profundos .
Longo Flexor 1º Dedo
Ext

Cubital anterior Int


Flexor comum superficial .
Superficial Pequeno palmar .
Grande palmar .
Redondo pronador Ext

Grupo Externo
Músculos Ordem
Longo supinador Sup
Longo radial .
Curto radial .
Curto supinador Inf
Grupo posterior
Plano Músculos Ordem
Extensor próprio do 2º dedo Int
Longo extensor do 1º dedo .
Profundo
Curto extensor do 1º dedo .
Longo abdutor do 1º dedo Ext
Ancóneo Int
Cubital posterior .
Superficial
Extensor próprio do 5º dedo .
Extensor comum dos dedos Ext

Goteira do pulso
É a goteira por onde passa a artéria radial.
É limitada por:
-Int: tendão do m. grande palmar
-Ext: tendão do m. longo supinador (vai cruza-lo profundamente
para chegar à tabaqueira anatómica)
-Post: m quadrado pronador
Túnel Cárpico
É um canal osteofibroso formado pelos ossos do carpo
posteriormente e pelos ligamento anular anterior do carpo anteriormente.
Limites:
- Ext: tuberculos dos ossos escafoide e trapézio
- Int: osso pisiforme e apófise unciforme do osso unciforme
- Ant: ligamento anular anterior do carpo
- Post: face anterior do maciço do carpo
É atravessado por:
- 4 tendões do m. flexor comum superficial (+ ant)
- 4 tendões do m. flexor comum profundo (+ post)
- 1 tendão do m. longo flexor do 1º dedo (+ ext)
- 1 tendão do m. grande palmar (pelo espessamento do ligamento
anular anterior do carpo)
- artéria mediana
- 2 veias satélites
- nervo mediano (entre tendão do 3º dedo do m. flexor superficial
(Int) e m. longo flexor do 1º dedo (post))
Canal de Guyon
É formado por:
-união ligamento anular ant + expansão m. cubital ant (limite ext)
-pisiforme (limite interno)
-ligamento anular anterior do carpo (limite posterior)
-expansão do m. cubital ant (limite anterior)
É atravessado por artéria cubital e nervo cubital (nervo sempre
mais internamente).

Tabaqueira Anatómica
Limites:
- Ext: m. curto extensor do 1º dedo + m. longo abdutor do 1º dedo
- Int: m. longo extensor do 1º dedo
- Ant (chão): escafóide + trapézio
É atravessada pela artéria radial.

Quiasma Tendinoso de Camper


É formado pela bifurcação do tendão do m. flexor superficial dos
dedos que se insere a nível do segundo metacarpico. Ele bifurca-se para
deixar passar o tendão do m. flexor profundo dos dedos. Assim, o
superficial também é considerado o perfurado e o profundo é o
perfurante.
Inervação membro superior
Inervação mão
A inervação da mão é feita por tres nervos: mediano, cubital e
radial.
O nervo mediano, através do ramo palmar mediano, inerva a
eminência tenar e a parte externa da palma da mão. Através dos seus
terminais, inerva a face palmar do 1º, 2º e 3º dedos, a metade externa da
face palmar do 4º dedo, a face dorsal da 2ª falange do 1º dedo, a face
dorsal da 2ª e 3ª falanges do 2º e 3º dedos e a metade externa da face
dorsal da 2ª e 3ª falanges do 4º dedo.
O nervo cubital, através do ramos cutaneo dorsal da mão, inerva a
face dorsal do 5º dedo, a face dorsal da 1ª falange do 4º dedo e a metade
interna da face dorsal da 1ª falange do 3º dedo. Através dos seus
terminais inerva a parte interna da palma da mão, a face palmar do 5º
dedo, a metade interna da face palmar do 4º dedo e a face dorsal da
metade interna da 2ª 2 3ª Flanges do 4º dedo.
O nervo radial, pelo seu ramo terminal anterior, inerva a eminência
tenar, a face dorsal do 1º dedo, a face dorsal da 1ª falange do 2º dedo e a
metade externa da face dorsal da 1ª falange do 3º dedo.
Membro Inferior
Canal Inguinal
[couinaud vs rouviere: interno=posterior; médio=interno; externo=externo]

Inicia-se, profundamente, na porção externa da região inguinal,


pelo orifício profundo do canal inguinal (fenda da fáscia transversalis) e
termina na extremidade interna da região inguinal, pelo orifício
superficial do canal inguinal (entre pilares interno e médio do feixe
interno do grande obliquo).
Tem 4 paredes: inf, sup, ant e post.
Parede Inferior
Constituída essencialmente pela arcada crural, que representa o
bordo inferior do grande obliquo. A arcada é reforçada profundamente
pelo ligamento ileo-pubico de thompson.
Anteriormente à arcada, a parede é reforçada por:
-parte externa: transverso e pequeno obliquo, cujas fibras se fixam
à parte externa da arcada;
- parte média: aponevrose do grande obliquo,
- parte interna: ligamento de gimbernat.

Parede Superior
Constituída pelo bordo inferior do tendão conjunto que se une às
fibras inferiores do grande obliquo.

Parede Anterior
Constituída essencialmente pela aponevrose de inserção do grande
obliquo, a qual tem dois segmentos:
-segmento externo – formado pela sobreposição de músculos
largos: fibras musculares do transverso e do pequeno obliquo que são
reforçadas pelas fibras musculo-aponevróticas do grande obliquo; fixam-
se todos à parte externa da arcada crural;
-segmento interno – formado pela aponevrose de inserção do
grande obliquo, que se separam em dois pilares que vão delimitar o
orifício superficial do canal inguinal.
Parede Posterior
Constituída essencialmente pela fáscia transversalis, reforçada por
elementos musculo-ligamentais.
Tem dois segmentos distintos:
-segmento externo – fáscia transversalis reforçada externamente
pelo ligamento de hasselbach (espessamento fáscia dirigido para
baixo/fora, desde a arcada de Douglas até arcada crural), que delimita
orificio profundo do canal inguinal, antes de se perder na fita ileo-pubica
de thompson;
-segmento interno – formado por 4 planos sobrepostos, de post
para ant:
-fascia tranversalis
-ligamento de henlé – expensão fibrosa da porção anterior da
bainha dos grande rectos, desde bordo externo dos grande rectos até
crista pectínea
-tendão conjunto – fibras do pequeno obliquo e do
transverso, que se insere na crista pectínea e no pubis
-pilar interno do grande obliquo (pilar de colles) - cruzam a
linha média, fixando-se na crista pectínea e na espinha pubics do lado
oposto.
Entre o segmento interno e o ligamento de hasselbach, existe uma
zona fraca, apenas formada por fáscia trabsversalis, que dá passagem a
hérnias diretas.

Tem dois orifícios:


Orifício Profundo
Fenda na fascia transversalis, reforçada ínfero-internamente pelo
ligamento de hasselbach. A fáscia invagina-se para dentro do canal
inguinal, envolvendo o cordão espermático ou o ligamento redondo.
Os limites são:
-sup: parte inferior do transverso
-inf: fita ileo-pubica de thompson
-ext: fáscia ilíaca
-int: fáscia transversalis
Orifício Superficial
Situado acima do bordo superior do púbis e formado pelos pilares
do musculo grande obliquo.
Os limites são:
-sup: fibras arciformes, que se reúnem no angulo de união dos
pilares externo e médio
-inf: bordo superior do pubis + pilar interno do grande obliquo
-sup-int: pilar médio do grande obliquo
-inf-ext: pilar externo do grande obliquo
Triângulo de Scarpa

Limites:
Sup – Ligamento inguinal (espinha ilíaca ant-sup até espinha
púbica)
Ext – M. Costureiro
Int – M. Médio Adutor
Fundo:
- M. Psoas-iliaco
- M Pectineo
Teto: Fascia femoral ou fáscia cribiformis
Atravessado por (Ext -> Int):
- Nervo femoral
- Artéria femoral
- Veia femoral

Goteira Femoral
Onde passam os vasos femorais e a partir da qual é constituído o
canal femoral. Limites:
- Lábio Ext: aponevroses do m. psoas e do m. vasto int
- Lábio Int: m pectíneo + m adutores

Canal Femoral
É a bainha fibrosa formada pela aponevrose femoral em torno dos
vasos femorais. Prisma triangular que sofre torção, a face anterior a nível
superior, torna-se interna a nível inferior.
É constituído por:
- Ext: aponevroses do m. psoas e do m. vasto int
- Int: m pectíneo + m adutores
- Ant: lâmina aponevrótica

Anel Crural
O orifício superior do canal femoral. Faz a comunicação entre a
cavidade abdominal e a região do triângulo de scarpa. Localiza-se
inferiormente ao canal inguinal e os limites são:
- sup: arcada crural (ligamento inguinal + púbis)
- ext: fita ilio-pectinea (espessamento da fáscia ilio-aponevrotica
dompsoas-iliaco)
- int: ligamento de Gimbernat (reflexão das fibras inferiores do pilar
externo do grande obliquo sobre crista pectínea)
- inf: ligamento de Cooper (continuação externa do ligamento de
Gimbernat)
Atravessado por (ext->int): ramo femoral do nervo genito-crural
(ant-ext à artéria femoral), artéria femoral, veia femoral e gânglio de
cloquet (separado dos outros pelo septum crural)
O orifício inferior é o Anel do Grande Adutor, que se encontra
entre os feixes médio e inferior do m. grande adutor.

O canal femoral tem 3 segmentos:


1. Canal Crural (superior)
Desde o anel crural até ao ponto de união entre a veia femoral e a
grande veia safena.
É atravessado de externo para interno por: artéria femoral, veia
femoral e vasos linfáticos.
A aponevrose femoral vai dividir-se em dois folhetos ao nível do
bordo interno do m. costureiro, que se voltam a unir na parte interno do
m. pectineo:
- folheto profundo – passa posteriormente aos vasos femorais e
recobre os músculos psoas e pectíneo.
- folheto superficial – passa anteriormente aos vãos femorais e a
sua parte interna chama-se fascia cribiformes (orifícios).

2. Segmento Médio (médio)


Tem 3 paredes:
- ant: m. costureiro
- ext: m. vasto int
- int: m. médio adutor
É atravessado por artéria femoral e veia femoral (post-int à artéria).

3. Canal de Hunter (inferior)


O canal de Hunter corresponde à porção inferior do canal femoral,
e apresenta três paredes:
1. antero-externa: vasto interno e sua aponevrose;
2. postero-interna: músculos adutores, recobertos pelo
septo intermuscular interno;
3. antero-interna: costureiro, embainhado num
desdobramento da fascia lata. Esta parede é ainda reforçada na
sua parte inferior por uma membrana fibrosa densa, designada por
membrana vasto-adutora ou aponevrose do canal de Hunter.
Por ele passam os vasos femorais (veia mais externamente do que
artéria) e seus ramos originados na região.

Ligamento Falciforme de Allan Burns


Também pode ser chamado ligamento falciforme ou ligamento de
Iley.
O bordo externo da fascia cribiforme tem um espessamento que
corresponde ao ligamento falciforme de allanburns. Tem uma
concavidade supero-interna. A extremidade superior ou externa termina
a nível do anel crural. A nivel da extremidade inferior ou interna passa
profundamente à crossa da grande veia safena, terminando quando se
fundo com a aponevrose do musculo pectineo. (ligamento adere à túnica
exterior da grande veia safena – não é realmente um orifício da fascia)

Escavado Poplíteo

Limites:
Ant – Parte posterior da articulação do joelho + M. Poplíteo
Sup-Ext – M. Bicipede Femoral (longa porção)
Sup-Int – M. Semi-membranoso + M. Semi-tendinoso
Inf-Int – M. Gémeo Int
Inf-Ext – M. Gémeo Ext + M. Estreito Plantar
Teto: Aponevroses superficial e profunda
Atravessado por: (Int -> Ext)
- Artéria poplítea
- Veia poplítea
- Nervo ciático poplíteo interno
- Nervo ciático poplíteo externo
M. Estreito
Plantar

Rede Peri-Rotuliana do Joelho


É a rede arterial de vascularização do joelho e é constituída
principalmente pela anastomose entre as 4 artérias superiores e
inferiores entre si, na face anterior do joelho, anteriormente ao plano
capsular.
Contribuem ainda as ramificações do ramos profundo articular da
artéria descendente do joelho, a artéria recorrente tibial anterior (r. da
artéria tibial anterior), as recorrentes peroneais anterior e posterior (r. da
artéria tibial anterior) e a artéria recorrente tibial interna (r. do tronco
tibio-peroneal, que se anastomosa com a artéria inferior do joelho na face
interna do côndilo interno da tíbia).
Pata de Ganso
Corresponde à inserção de 3 músculos da coxa na face interna da
extremidade superior da tíbia.
Os músculos são, de anterior para posterior:
-Costureiro (1)
-Recto interno (2)
-Semi-tendinoso (3)
1 2 3

Músculos da Perna
Grupo Anterior
Músculos Ordem
Tibial santerior Int
Extensor próprio do 1º dedo .
Extensor comum dos dedos Ext
Peroneal anterior Inconstante

Grupo posterior
Plano Músculos Ordem
Popliteu + Sup
Longo flexor comum dos dedos Int
Profundo
Tibial posterior .
Longo flexor próprio 1º dedo Ext
Tricipede crural Inf
Superficial
Estreito plantar Sup
Canal Társico
É uma canal, localizado internamente à articulação tibio-tarsica,
cujos limites são:
- interno: ligamento anular interno (retinaculum dos flexores)
- externo: goteira calcaneana
- anterior: maleolo interno da tíbia
- posterior: calcaneo
É atravessado por: (ant ->post)
- m. tibial posterior
- m. longo flexor comum dos dedos
- pediculos vasculo-nervoso (de anterior para porterior (int para
ext): veia tibial posterior, artéria tibial posterior e nervo tibial posterior)
- m. longo flexor do 1º dedo
Articulações
Articulação Coxo-Femoral vs Articulação Gleno-
Umeral
Coxo-femoral Gleno-umeral
0 pontos fracos 2 pontos fracos
Cabeça 2/3 esfera Cav glenoideia ¾ vezes menor do que cabeça
Debrum cotiloideu é do úmero
mais profundo do Debrum glenoideu é menos profundo do que o
que o glenoideu cotiloideu
Ligamento redondo Não ligamento redondo

Tipos de articulações importantes

Esquindileses Gonfartroses
Dentes
Esfeno-vomeriana média
Costo-condrais

Enartroses
Efipiartroses
(todas têm debrum)
Esterno-condro clavicular (menisco-
Escapulo-umeral
efipiartrose)
Coxofemural
1ª carpometacárpica (trapezo-
Metacarpofalângicas
primo-metacárpica)
Mediotársica de Chopart
Calcâneo-cuboideia
Metatársicofalângicas
Articulação entre Martelo e Bigorna
Músculos
Músculos Digástricos
Músculo Localização Ventres
Ventre occipital – linha curva occipital
sup + apófise mastoideia
Occipito- m. subcutânceo
Aponevrose epicraniana – une dois
frontal da cabeça
ventres
Ventre frontal – região supra-ciliar
Ventre posterior – ranhura do
m. região digástrico
anterior do Tendão intermediário – une dois
Digástrico
pescoço, grupo ventres; perfura m. estilo-hioideu
supra-hioideu Ventre anterior – fosseta digástrica da
mantíbula
Ventre superior – bordo inf corpo
m. região hioide
Omo- anterior do Tendão intermediário – une dois
hioideu pescoço, grupo ventres; cruza veia jugular int
infra-hioideu Ventre anterior – bordo sup omoplata,
int à chanfradura coracoideia
Separa
cavidade 2 porções: uma central (centro frénico)
Diafragma
torácica da e uma periférica (muscular)
abdominal
m. região
2 ventres:
Grande posterior do
- apófises tranversas C3-T5
complexo pescoço, grupo
- entre as linhas curvas occipitais
dos complexos
3 ou 4 intersecções tendinosas
Grande intermediárias
m. região ant-
recto do Insere-se no corpo do púbis e,
lat do abdómen
abdómen superiormente, tem 3 digitações.
-Ext: 5ª cartilagem costal
-Méd: 6ª cartilagem costal
-Int: 7ª cartilagem costal
Feixes
m. região
profundos
anteriro do
do flexor
antebraço, Quiasma tendinoso de Camper
comum
grupo
superficial
superficial
dos dedos

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