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NEUROANATOMIA

CONFERENCIA: ÓRGÃO DA AUDIÇÃO


SUMÁRIO
• Introdução
• Porções do ouvido
• Ouvido externo
• Tampão de cerume
• Malformações do ouvido
• Ouvido medio
• Otite media
• Ouvido interno
• Labirintite
• Causas de hipoacúsia
• Alerta para perda auditiva
INTRODUÇÃO
• O órgão da audição está encarregado pela percepção
das vibrações acústicas, assim como do equilíbrio e
da orientação do corpo no espaço (aparelho
estatocinético).
• As fibras provenientes dos receptores destes órgãos
constituem o nervo vestibulococlear ou estatoacústico
ou VIII par cranial.
EMBRIOLOGIA
• Embriologicamente:
– Ouvido interno e externo – ectoderme superficial;
– Ouvido medio – bolsa faríngea, estructura
mesenquimal da endoderme.

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INTRODUÇÃO (CONT.)
Ouvido Ouvido Ouvido
Externo Médio Interno

Condutoauditivo
Trompade Eu

Tímpano Ossículos

Imagem cortesia de MEDEX


PORÇÕES DO OUVIDO

• Ao estudar estes órgãos é preciso considerar duas partes:

– Porcão periférica;

– Vias de condução.
Porção Periférica
– Ouvido externo – pavilhão auditivo e conducto auditivo externo;

– Ouvido medio – cavidade timpânica, ossículos e trompa de


Eustáquio;

– Ouvido interno – labirinto e cóclea.

• As duas primeiras partes (ouvido externo e medio) são encarregadas


de recolher ondas sonoras para conduzi-las ao ouvido interno e
estimular os receptores de origem do nervo auditivo.

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PAVILHÃO AUDITIVO

• Hélix – borde livre duplo que faz o borde pelo pavilhão;

• Anti hélix – eminencia alargada paralela e anterior ao hélix;

• Trago – proeminência ântero-inferior

• Antítrago – situado por detrás do trago

• Lóbulo – pedaço de pele por onde termina o pavilhão

• Por trás do trago abre-se o orifício do conduto auditivo externo.


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CONDUCTO AUDITIVO EXTERNO.

• Mede em longitude 25-35mm e 8-12mm de diâmetro,

apresenta uma direcção é lateromedial . Forma de S


• Está composta por duas partes:
– Porção cartilaginosa – móvel, constitui 1/3 externo de todo o
conducto e é a continuação da cartilagem do pavilhão.
– Porção óssea – ocupa 2/3 restantes, encontra-se na espessura do
osso temporal, terminando interiormente na membrana timpânica.
CONDUCTO AUDITIVO EXTERNO

• A pele do conducto apresenta folículos pilosos e glândulas


ceruminosas
• Apresenta 4 paredes, ou limites:
– Anterior – ATM (explica dor ao mastigar durante as otites externas);
– Posterior – processo mastoide;
– Superior – porção escamosa do osso temporal e o piso da fossa
cranial media;
– Inferior – glândula parótida;
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MEMBRANA TIMPÂNICA

• É uma membrana fibrosa e elástica, Porção


flácida

resistente do cor cinzento- ela se insere no


extremo interior do conducto auditivo de
forma inclinada formando um ângulo com
sua parede inferior, pelo que sua parede
Umbigo
superior é mais curta; não é plana, mais
ligeiramente concavo no centro.
MEMBRANA TIMPÂNICA
• Histologicamente apresenta 3 camadas:
– Externa – cutânea;
– Media – fibrosa com propriedades vibratórias;
– Interna – mucosa, composta por uma porção
superior flácida (membrana de Sharpnell) e uma
inferior tensa;
• A membrana timpânica é o limite entre o ouvido
externo e o ouvido medio, e é também o órgão do
equilíbrio.
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MEMBRANA TIMPANICA
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TAMPÃO DE CERUME

• A cera ou cerume do ouvido é produzido por glândulas (sebáceas


e ceruminosas) no terço mais externo do canal auditivo.
• Em condições normais, a cera constitui um elemento de proteção
do ouvido (como repelente da água ou retenção de poeira e
partículas de areia, impedindo que esses elementos provoquem
danos ao tímpano)
• Pouca produção ou ausência de cera resulta, em geral, em uma
pele seca com aparecimento de prurido e descamação.
TAMPÃO DE CERUME

• O excesso de cerúmen pode manifestar-se por uma sensação de


pressão no ouvido e uma diminuição gradual da audição, por
vezes acompanhada de uma dor insidiosa, prurido ou de
vertigens.
• Pode ocorrer surdez súbita, temporária e geralmente apenas num
ouvido.
• Pode também surgir autofonia (o doente ouve de forma
amplificada a sua própria voz) ou acúfenos (sons internos)
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ORELHA EM ABANO

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FISTULA

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ANOTIA E MICROTIA

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MACROTIA

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APÊNDICE CUTÂNEO

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OUVIDO MÉDIO
• Está composta pelas seguintes estructuras:
– Cavidade timpânica – com 3 ossículos, o
martelo, bigórnia e estriboe;
– A trompa de Eustáquio ou tuba auditiva – que
está intimamente relacionado com as vias aéreas
superiores (rinofaringe).
CAVIDADE TIMPÂNICA

• É uma cavidade situada entre o conducto auditivo externo e o


ouvido interno no interior da pirâmide do temporal.
• Apresenta 6 paredes ou limites:
– Externa , lateral ou timpânica – constituída pela timpânica.
– Interna ou labiríntica – formada pelo promontório (primeira
volta do caracol) e apresenta duas janelas:
• Janela oval ou vestibular pela base do estribo;
• Janela redonda ou coclear fechada pela membrana timpânica secundária.
CAVIDADE TIMPÂNICA

• Superior – relação com a fossa cranial media, tecto do tímpano.


Esta parede apresenta finos conductos vasculares ( relacionado a
duramáter, o que explica as complicações meníngeas que ocorrem
nas otites medias);

• Inferior – relação com o golfo da veia jugular, nela se faz o


recesso hipotimpânico (2mm de profundidade)
CAVIDADE TIMPÂNICA

• Anterior ou tubocarotídea – nela se abre o orifício da tuba


auditiva (trompa de Eustáquio) e nela também passa a artéria
carótida interna, o que explica os zumbidos do ouvido na HTA.

• Posterior ou mastoide – apresenta a eminencia piramidal onde se


localiza o musculo do estribo e continua para trás com o antro do
mastoide que conduz as cerdas mastoides.

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OSSÍCULOS
• No ouvido medio existem 3 ossículos: martelo, bigorna e estribo
• Apresentando seus ligamentos e 2 músculos pequenos (tensor
do tímpano e estapédio) que os unem.
• O martelo une-se por um dos processos á membrana timpânica e
a platina da bigórnia une-se a janela oval ou vestibular.
• Têm como função:
– Conducção óssea do som
– Transmissão das oscilações para a janela vestibular.
bigorna
Martelo

estribo

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TROMPA DE EUSTÁQUIO OU TUBA
AUDITIVA
• Mede 1mm em largura e 35mm em longitude.
• A trompa de Eustáquio comunica a cavidade timpânica
com a rinofaringe permitindo:
– Penetração de ar no ouvido medio
– Drenagem de secreções do ouvido para a rinofaringe
– Equilíbrio de pressões em ambos lados, durante a
deglutição
OTITE MÉDIA
• Conceito: inflamação do ouvido medio que pode originar um
verdadeiro abcesso.

• Causas: germes e obstrução da trompa de Eustáquio.

• Sintomas: otalgia, otorreia (purulenta, serosa ou serosanguinolenta),


hipoacusia conductiva, acúfenos, febre, náusea, vómitos.

• Alterações de equilíbrio, associação a infecções das vias aéreas


superiores (rinite, cefaleia, rinorreia, entre outros).
OTITE MÉDIA

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OUVIDO INTERNO
• O ouvido interno também tem sua complexidade e está
compreendido pelo labirinto ósseo e membranoso.
• Do labirinto membranoso saem fibras nervosas acústicas e
vestibulares
• As cavidades do labirinto estão cheias de líquido endótico
ou endolinfa e perilinfa, que ao movimentar-se estimulam
as células ciliadas internas e externas.
OUVIDO INTERNO. laberinto

• O labirinto localiza-se na espessura da pirâmide


do temporal que compreende:
– Labirinto ósseo – formado por cavidades
intercomunicadas; localizado na porção petrosa do
temporal
– Labirinto membranoso – contido dentro do ósseo.
Laberinto osseo
• Consta de 3 partes:
– O caracol.
– O vestíbulo;
– Os conductos semicirculares;

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Vestíbulo

Canales
semicirculares Cóclea

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LABIRINTO ÓSSEO

VESTÍBULO – cavidade ovóide, achatada transversalmente que


se comunica Comunica-se anteriormente com a cóclea ou
caracol, posteriormente com os canais semicirculares e

lateralmente com a membrana timpânica através da janela oval.

Comunica-se com a fossa craniana posterior através do aqueduto


vestibular.
LABIRINTO ÓSSEO

• CONDUCTOS SEMICIRCULARES – são tubos cilíndricos


que se abrem por seus extremos no vestíbulo.

– São 3 e se denominam de acordo com sua direcção em


anterior, posterior e lateral.
LABIRINTO ÓSSEO
– CARACOL OU COCLEA – conductos em espiral que
descreve 2,5 voltas ao redor de uma coluna ósseo chamado
columela ou modíolo por dentro o conducto esta dividido por
uma lamina em espiral em duas rampas ou escalas
– Rampa vestibular – comunica-se com o vestíbulo . - PLASMA
– Rampa timpânica – relação com a cavidade timpânica através
da membrana timpânica secundaria - LCR
• No vértice do caracol ambas se comunicam através de um orifício

chamado helicotrema.
• Comunica-se com a fossa craniana posterior através do
aqueduto coclear. 43
Helicotrema

Ganglio espiral
Órgano de Corti

Rampa vestibular
Órgano de Corti
Rampa vestibular

Modiolo Rampa timpánica


Rampa timpánica

VIII Nervio craneal


porción coclear
Rampa vestibular Pared del conducto coclear

Conducto coclear

Membrana
tectoria

Células
ciliadas

Ganglio espiral
Rampa timpánica
LABIRINTO MEMBRANOSO

• Situado dentro do osso, repete a configuração do mesmo


• Suas paredes estão formadas por uma membrana fina
semitransparente de tecido conjuntivo.
• VESTÍBULO MEMBRANOSO – composto por vesiculas
chamadas utrículo e sáculo, da parede interna de ambos partem dos
finos conductos que ao unir-se formam o conducto endolinfático
• CONDUCTOS SEMICIRCULARES MEMBRANOSOS – tem a
mesma configuração que os ossos nos que estão contidos.
LABIRINTO MEMBRANOSO

• CARACOL MEMBRANOSO – tem a forma de um conducto


prismático triangular que ocupa o espaço entre o borde livre da
lamina espiral e a parede do caracol ósseo entre as duas rampas.

• apresenta o ducto coclear, em seu interior se encontra o órgão de


Corti (órgão auditivo), dispositivo especializado na percepção dos
sons.
LABIRINTO MEMBRANOSO

• ESPAÇOS – separam o vestíbulo ósseo e membranoso, os canais


semicirculares ósseos das rampas do caracol ósseo e constituem os
espaços perilinfáticos que comunicam-se entre si e ocupados por
perilinfa (liquido incolor e semelhante a água) - LEC

• Todas cavidade do labirinto membranoso estão ocupados por


endolinfa, liquido análogo a perilinfa. - LIC

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Imagem cortesia de NIH
Rampa vestibular

Rampa média

Órgão de corti

Túnel Fibras Células com Membrana


do túnel cílios basilar
Nervo
coclear
Rampa timpânica

Imagem cortesia de Oarih, Wikimedia Commons

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LABIRINTO MEMBRANOSO

• Desde o labirinto membranoso partem fibras nervosas que formam


o nervo vestibulococlear. VIII PC
• A PORÇÃO COCLEAR – com fibras provenientes do órgão de
Corti e do gânglio espiral
• A PORÇÃO VESTIBULAR – com fibras provenientes das
maculas do utrículo e do sáculo e dos canais semicirculares que são
os receptores das vias vestibulares e do gânglio vestibular situado
no fundo do poro acústico interno.
LABIRINTITE
• CONCEITO: inflamação do ouvido interno
• ETIOLOGIA: causas infecciosas (germes) e não infecciosas
(autoimunes
• SINTOMAS: disfunção auditiva (zumbidos, hipoacusia) e
assimetria dos estímulos (vertigens)
• Mais perigosa quando a etiologia é bacteriana e não tratada
podendo levar a ossificação do labirinto e surdez permanente.
OUVIDO INTERNO CAUSAS DE HIPOACÚSIA
OUVIDO MEDIO OUVIDO EXTERNO

Alteração dos receptores Alteração da membrana timpânica, perfuração, ausência do Tampão de cera/cerume
neurosensoriais do órgão de tímpano, rigidez excessivo do tímpano
Corti (seu metabolismo) sua
união com as fibras nervosas Otite de tipo infecciosas e portanto com formação de pus no Objectos estranhos n
ouvido medio, pode levar a perfuração timpânica pelo que o conducto auditivo externo
pus sai para o exterior pelo conducto auditivo externo

Alterações do nervo auditivo Otite do ouvido medio com secreção serosa não purulenta, Infecções ou inflamações
– surdez neurosensorial ou geralmente tem sua origem pela obstrução da trompa de do conducto auditivo
de percepção Eustáquio externo

Diversas doenças que afectam aos ossículo e alteram a Anomalias congénitas do


condução pavilhão auricular

Alteração congénita do ouvido medio


ALERTA PARA PERDA AUDITIVA

• Um recém-nascido não mostra sobressalto perante qualquer ruido do ambiente.


• Fazem muito barulho ao brincar
• Um criança que ao um ano de idade não balbucia ou ano se volta aos sons supostamente
familiares
• Uma criança que aos 2 anos de idade apresenta impressão que só entende ordens simples
se estiver a olhar
• Uma criança que aos 3 anos não é capaz de repetir frases de mais de 2 palavras
• Uma criança que apos 4 anos na sabe contra espontaneamente o que se passa
• Qualquer criança que fale de forma pouco inteligente a partir dos 5 anos
• Qualquer criança que tenha frequentes afeições do ouvido, deve se estar Seguro que não
provoca perda auditiva
• Qualquer criança que se diz se responde ao que quer e quando quer.
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MUITO OBRIGADO
PELA ATENÇÃO
DISPENSADA

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