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TEMA II

O Hospital
➢ Definir conceito de hospital;
➢ Enumerar tipos de hospital;
➢ Debater funções e Organização de acordo com tipo de hospital;
➢ Mencionar alguns dos equipamentos e seus cuidados;

O paciente
➢ Debater o que é paciente;
➢ Definir conceito de paciente;
➢ Propor conceito de saúde e doença;
➢ Comparar o paciente hospitalizado e ambulatório;

HISTÓRIA
➢ A palavra hospital vem do latim "hospes", que significa hóspede, dando origem a
"hospitalis" e a "hospitium" que designavam o lugar onde se hospedavam, além
de enfermos, viajantes e peregrinos;
➢ Quando o estabelecimento se ocupava dos pobres e incuráveis, a designação era
de "hospitium", ou seja, hospício, que por muito tempo foi usado para designar
hospital de psiquiatria;
➢ A figura do hospital, bem como suas funções tem um marco divisor: antes e depois
da Era Cristã. Na Grécia, Egito e Índia, os médicos aprendiam medicina em locais
junto aos templos e exerciam a profissão no domicílio das pessoas enfermas;
➢ Sob a máxima de "Amar o próximo como a si mesmo" advinda do Cristianismo,
o homem passa a se preocupar com o seu semelhante;
➢ Até então, predominava o espírito egoístico do ser humano de se afastar dos
deficientes e enfermos, resguardando-se e não socorrendo o próximo;
➢ Historicamente, a primeira instituição-hospital público destinava-se ao tratamento
dos doentes, desenvolvendo atividades de natureza curativa;
➢ Conforme os conhecimentos de natureza preventiva foram se desenvolvendo, as
medidas práticas com eles relacionadas aplicaram-se mais à abordagem dos
problemas de saúde das comunidades;
DEFINIÇÃO
Denomina-se hospital o lugar onde pessoas que padecem de uma determinada doença e
que vão com o objectivo de receber um diagnóstico e um posterior tratamento para a sua
infecção. Segundo OMS:

➢ “O hospital é um elemento organizado de caráter médico-social, cuja função


consiste em assegurar assistência médica completa, curativa e preventiva a
população, e cujos serviços externos se irradiam até a célula familiar considerada
em seu meio; é um centro de medicina e de pesquisa bio-social.”

FUNÇÕES-HOSPITAL
➢ Restaurativa: diagnóstico, tratamento, reabilitação e emergência;
➢ Preventiva: controle de doenças infecto-contagiosas, saúde ocupacional,
promoção à saúde;
➢ Educativa e Pesquisa: serve como estágio para diversas áreas;
➢ Gera emprego: Instituição complexa que emprega profissionais de várias
categorias.

AS FUNÇÕES HOSPITALARES PODEM SER AGRUPADAS SEGUNDO LIMA


GONÇALVES (1983) EM:
➢ Prestação de atendimento médico e complementares aos doentes em regime de
internamento;
➢ Desenvolvimento sempre que possível de actividades de natureza preventiva;
➢ Participação em programas de natureza comunitária procurando atingir o contesto
Sócio- Familiar dos pacientes, incluindo aqui a educação em saúde, que abrange
a divulgação dos conceitos de promoção, proteção e prevenção da saúde.

CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS


QUANTO AO CONTROLO ADMINISTRATIVO
➢ Hospitais Filantrópicos
➢ Hospitais Públicos
➢ Hospitais Beneficentes
➢ Hospitais com Finalidades Lucrativas

QUANTO AO GRAU OU NÍVEL


➢ Nível Primário
➢ Nível Secundário
➢ Nível Terciário
➢ Nível Quaternário

O SISTEMA DE SAÚDE, EM MOÇAMBIQUE,


➢ Inclui o sector Público, sector Privado com fins lucrativos e o sector Privado com
fins não lucrativos (República de Moçambique, Ministério da Saúde, 2007)
➢ O Sector Público, que é o Serviço Nacional de Saúde (SNS), constitui o principal
sector de prestação de serviços a escala nacional.
➢ O Serviço Nacional de Saúde esta organizado em quatro níveis de atenção:
✓ Nível primário;
✓ Nível terciário;
✓ Nível secundário;
✓ Nível quaternário.

SISTEMA DE SAÚDE DE MOÇAMBIQUE CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DE


ACORDO COM O NÍVEL
Nível Primário
➢ Corresponde aos Centros de saúde e tem como função executar a estratégia de
Cuidados de Saúde Primários (CSP). Estas Unidades Sanitárias (US) constituem
o primeiro contacto da população com os serviços de saúde. O centro de saúde
tendo a sua responsabilidade a saúde da população e do ambiente deve assegurar
a cobertura sanitária de uma população dentro de uma zona geográfica bem
definida pela área de saúde

Nível Secundário
➢ É composto pelos Hospitais Distrital ou Geral e tem como função prestar cuidados
de saúde Secundários e constituem o primeiro nível de referência para os doentes
que não encontram respostas nos centros de saúde.

Nível Terciária
➢ É composto pelos Hospitais Províncias e constituem a referência para os doentes
que não encontram soluções ao nível dos Hospitais Distritais, Rurais e Gerais bem
como dos doentes provenientes dos centros de saúde que se situam nas imediações
do hospital provincial e que não tem hospital Rural para onde possam ser
transferidos.
Nível Quaternário
➢ É composto pelos Hospitais Centrais, e constituem a referência para os doentes
que não encontram soluções ao nível dos Hospitais Províncias, Distritais, Rurais
e Gerais bem como dos doentes provenientes dos Centros de Saúde que se situam
nas imediações. Neste nível situam se também os Hospitais Especializados que
prestam cuidados muito diferenciados de uma só Especialidade.

RESPONSAVILIDADE SEGUM O NIVEL


Nível Primário
➢ Responsável pelo atendimento dos cuidados básicos de saúde. Deve desenvolver
acções de promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a
reabilitação dos problemas de saúde mais comuns da população. É o primeiro
nível de contacto dos indivíduos com o Serviço Nacional de Saúde, aproximando
o mais possível os cuidados de saúde dos locais onde as pessoas vivem e
trabalham.
➢ As Unidades Sanitárias do Nível Primário são os Centros de Saúde.

Classificação dos Centros de Saúde


Rurais
➢ Tipo I, com atendimento mais diferenciado.
➢ Tipo II, a mais pequena Unidade Sanitária que dispensa cuidados primários de
saúde.

Urbanos
➢ Tipo A – o centro mais diferenciado e de maior dimensão em meio urbano.
➢ Tipo B – corresponde ao Centro de Saúde Rural do Tipo II.
➢ Tipo C – a mais pequena Unidade Sanitária que dispensa Cuidados Primários de
Saúde em meio urbano.

Qualquer deles poderá ter ou não maternidade


Nível Secundário
➢ Responsável pelo atendimento de problemas que necessitam atenção mais
especializada, internamentos ou a realização de procedimentos simples.
➢ Constitui o primeiro nível de referência para os utentes que não encontram solução
para os seus problemas nos Centros de Saúde, não se destinando, portanto, a ser o
primeiro contacto do cidadão com o Serviço Nacional de Saúde. As Unidades
Sanitárias do Nível Secundário são os Hospitais Distritais, Rurais e Gerais.

Nível Terciário
➢ Responsável pelo atendimento dos problemas com maior grau de complexidade,
cirurgias e procedimentos maiores e complexos.
➢ Constitui o nível de referência para os utentes que não encontram soluções para
seus problemas nos Hospitais Rurais e Gerais, bem como para os provenientes de
Hospitais Distritais e Centros de Saúde. Neste Nível encontram-se os Hospitais
Provinciais.

Nível Quaternário
➢ Responsável pelo atendimento de problemas cujo tratamento e acompanhamento
necessitam de tecnologia mais sofisticada.
➢ Constitui o nível de referência para os utentes que não encontram solução para os
seus problemas de saúde nas Unidades Sanitárias dos níveis anteriores.
➢ São Unidades Sanitárias do Nível Quaternário: o Hospital Central da Beira, que
serve às Províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia, o Hospital Central de
Nampula, que serve às Províncias de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, e o
Hospital Central de Maputo, que serve às Províncias de Gaza, Inhambane e
Maputo.

CRITÉRIOS PARA A “HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR”


➢ Não haver longas esperas para o atendimento;
➢ Comunicação eficiente;
➢ Boas condições de trabalho;
➢ Equipes integradas;
➢ Informações claras e rápidas;
➢ Ambiente limpo e acolhedor;
➢ Valorização do profissional;
➢ Educação continuada;
➢ Atenção integral, não vendo apenas a doença, mas o indivíduo todo;
➢ Garantir a participação do usuário e da família no processo de recuperação;
➢ Respeito entre profissionais;

OS CUIDADOS BÁSICOS COM EQUIPAMENTOS HOSPITALARES


Cuidados na aquisição do equipamento hospitalar
➢ A primeira recomendação na aquisição de um equipamento hospitalar é que ele
possua as indicações clínicas requeridas ao serviço de saúde em questão;
➢ Também é necessário que o equipamento esteja em condições adequadas para uso
e atenda as regulamentações sanitárias vigentes sobre desempenho, instalação e
manutenção;
➢ Para realizar a aquisição do equipamento é fundamental constituir uma equipe
técnica e clínica, que fará a análise dos equipamentos existentes no mercado e
definirá a melhor tecnologia, conforme a relação custo x benefício;
➢ Em seguida, a equipe de engenharia clínica do hospital fará o acompanhamento
do recebimento, aceitação das condições de instalação e procedimentos de
utilização;

Registro e documentação das atividades executadas no equipamento


➢ Desde a instalação até a calibração e manutenções realizadas no equipamento,
todas as informações devem ser registradas, armazenadas, datadas e
assinadas pelo responsável;
➢ Este registro permite rastrear os eventos que ocorreram antes ou depois de
determinada atividade e servirão para investigar as causas de possíveis problemas
decorrentes da utilização;

Limpezas, desinfecção e esterilização dos equipamentos


➢ Os cuidados com a limpeza e esterilização do equipamento são muito importantes
para garantir a durabilidade do equipamento e a segurança de uso pelos pacientes.
Dependendo do grau de risco associado à sua utilização, esses procedimentos de
cuidado e manutenção serão diferentes.
✓ Limpeza: O processo de limpeza diz respeito, apenas, à remoção da
sujeira que se acumula no equipamento. O ideal é limpar as superfícies
externas com pano úmido, água e sabão neutro ou verificar as informações
específicas do fabricante.
✓ Desinfecção: O procedimento de desinfecção deverá ser executado
sempre que alguma parte do equipamento entrar em contato direto com o
corpo do paciente. Esse contato faz com que seja necessário a redução da
carga microbiana para a próxima utilização. É importante analisar o tipo
de produto desinfetante ideal para ser usado em cada equipamento.
✓ Esterilização: Já a esterilização, é necessária quando existe o contato do
equipamento com sangue ou fluidos biológicos do paciente, fazendo com
que o risco de contaminação seja maior. Neste caso, é necessário o uso de
produtos específicos para exterminar as formas vivas de micro-organismos
e as formas esporuladas, que são as mais resistentes.

Calibração do equipamento
➢ A calibração é um processo muito importante para assegurar as condições normais
de funcionamento do equipamento e tem por objetivo verificar se padrões
específicos estão dentro da tolerância determinada.
➢ Em algumas situações, a padronização do equipamento é feita no momento da
utilização para atender as características clínicas dos pacientes. A periodicidade
da calibração garantirá confiabilidade e otimização dos equipamentos além de
segurança para o colaborador.
➢ Este serviço pode ser feito pelo setor de engenharia clínica do hospital ou por
empresas especializadas.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA


➢ A vida útil de um equipamento hospitalar é influenciada, diretamente, pelo tipo
de manutenção realizada.
➢ A manutenção preventiva objetiva anteceder o surgimento das falhas e, assim,
prolongar a vida útil da tecnologia.
➢ É feita por meio de um roteiro elaborado pelo serviço de engenharia clínica do
hospital, relacionando as peças dos equipamentos para avaliação da
produtividade, segurança e desempenho.
➢ A manutenção corretiva ocorre quando um equipamento já apresentou falhas, seja
de utilização inadequada ou sobrecarga da tecnologia. Neste caso são executadas
ações para corrigir a falha já instalada.
➢ Os cuidados básicos com um equipamento hospitalar começam desde o processo
de aquisição e deve perdurar, continuamente, com os serviços de manutenção
corretiva e preventiva.
O PACIENTE
➢ Etimologicamente, a palavra paciente é derivada do latim pati e do grego pathe,
que significa “sofrer” ou “aguentar”.
➢ Um paciente (do latim patiente) é uma pessoa que está sendo cuidada por um
médico, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, cirurgião-dentista ou outro
profissional da área da saúde.

Paciente de acordo com a OMS


➢ O paciente é uma pessoa que sofre de dor e desconforto e, portanto, solicita
assistência médica e está sujeito a cuidados profissionais para a melhoria de sua
saúde.

TIPOS DE PACIENTES
➢ No hay una tipología que nos garantice una absoluta ausencia de error en la
evaluación de nuestros pacientes.

Los tipos más comunes son:


➢ El paciente “sabelotodo”. ...
➢ El paciente indiferente. ...
➢ El paciente impaciente. ...
➢ El paciente discutidor. ...
➢ El paciente “charlatán”. ...
➢ El paciente indeciso….
➢ El paciente desconfiado….

Um paciente de hospital é caracterizado como aquele que necessita de cuidados médicos


e clínicos, seja por estar doente ou suspeitar que tenha alguma doença.

A expressão “paciente zero” é utilizada para se referir ao primeiro indivíduo que


apresentou os sintomas de uma doença ou a primeira pessoa a ser contaminada com
determinado vírus, por exemplo.
“Paciente terminal”, segundo a linguagem médica usual, se refere ao paciente que
apresenta um estágio avançado de uma doença que não pode ser curada e, por este motivo,
está passível de morrer a qualquer momento.

O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a todas as variáveis
que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e considera que ambas
estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores.

A definição de saúde possui implicações legais, sociais e econômicas dos estados de saúde
e doença; sem dúvida, a definição mais difundida é a encontrada no preâmbulo da
Constituição da Organização Mundial da Saúde: saúde é um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.

Uma doença é uma condição particular anormal que afeta negativamente o organismo e
a estrutura ou função de parte de ou de todo um organismo, e que não é causada por um
trauma físico externo. Doenças são frequentemente interpretadas como condições
médicas que são associadas a sintomas e sinais específicos.

“Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência
de doença.” Tantas vezes citado, o conceito adotado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) em 1948, longe de ser uma realidade, simboliza um compromisso, um horizonte
a ser perseguido.

Qual é o atual conceito de saúde?

Diversas atividades podem ser desenvolvidas para contornar problemas de saúde, sejam
eles físicos ou mentais. ... Segundo o documento da OMS, a saúde é: “Um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de
doença ou de enfermidade”.

FATORES DETERMINANTES E CONDICIONANTES DO PROCESSO SAÚDE


E DOENÇA

No artigo 3º da lei 8080/90, consta que:

➢ A saúdes têm como fatores “determinantes e condicionantes, entre outros, a


alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a
renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e
serviços essenciais”.16/04/2014
PACIENTE HOSPITALARIO

➢ Um paciente Internado, e aquela pessoa que visita uma unidade de saúde e por
razões de diagnóstico ou tratamento passa a noite ou vários dias no hospital.

PACIENTE AMBULATORIO

➢ Um paciente ambulatório é aquele que deve ir regularmente a um centro de saúde


por razões de diagnóstico ou tratamento, mas não precisa passar a noite lá (ou
seja, ele não está hospitalizado).
➢ Um paciente ambulatório é considerado se você estiver recebendo serviços do
departamento de emergência, serviços de observação, cirurgia ambulatorial,
exames laboratoriais, raios X ou qualquer outro serviço hospitalar e o médico não
tiver escrito uma ordem para admitir você em um hospital como paciente
hospitalizado.

TPC

Pesquisar sobre os tipos de pacientes.

Bibliografia

➢ MANUAL PARA REGULARIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS NA


ANVISA Gerência de Tecnologia em Equipamentos Médicos – GQUIP
Brasília/DF 2021 – versão 12
➢ Potter & Perry; Fundamentos de Enfermagem; 9nª edição,
➢ REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE, MINISTERIO DA SAUDE, DIRECCAO
DE PLANIFICACAO E COPERACAO, Plano Trineal de Investimento Público
2007- 2009. Proposta de Sector de Saúde. Maputo, Julho 2007.

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