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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS NA GRAVIDEZ

As alterações fisiológicas observadas na gestação são decorrentes, principalmente, de


fatores hormonais e mecânicos, e os ajustes verificados no organismo da mulher
devem ser considerados normais durante o estado gravídico, embora determinem, por
vezes, pequenos sintomas que afetam a saúde da paciente. Para que essas
modificações experimentadas pela gestante sejam mais bem compreendidas, é
conveniente distingui-las em sistêmicas e dos órgãos genitais.

1. Modificações Sistêmicas
 Postura e deambulação: A postura da gestante se altera, precedendo mesmo
a expansão de volume do útero gestante. Quando, porém, a matriz, evadida da
pelve, apoia-se à parede abdominal, e as mamas, dilatadas e engrandecidas,
pesam no tórax, o centro de gravidade se desvia para frente, e todo o corpo,
em compensação, projeta-se para trás. A atitude adotada então é, de modo
involuntário, a de quem carrega objeto pesado, mantendo-o, com as duas
mãos, na frente do abdome.

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ALTERAÇÕES NAS MAMAS

As mamas aumentam e ficam sensíveis; Os mamilos e aréolas (a pele mais escura ao


redor do mamilo) ficam maiores e mais escuros. O crescimento das mamas continua
em todo o primeiro trimestre.

O colostro, uma mistura de água e proteína, sais minerais e anticorpos, que alimentara
o bebê nos primeiros dias, desenvolvem-se nos seios entra a 12ª e a14ª semana,
aproximadamente.

O leite humano "surge" aproximadamente no terceiro ou quarto dia pós-parto.

O aumento do volume geralmente é notado na 8º semana, quando o suprimento


venoso para as mamas aumenta.

Após o parto, a sucção pelo bebê estimula a secreção e prolactina pela glândula
adenoipófise, que então estimula a produção e secreção de leite.

 Metabolismo: As alterações no metabolismo materno são necessárias para


suprir as exigências suscitadas pelo rápido crescimento e desenvolvimento do
concepto durante a gravidez. Grandes modificações no metabolismo de
energia e no acúmulo de gordura têm sido documentadas. ??
Os ajustes metabólicos induzidos pelas crescentes necessidades da gravidez
são análogos às alterações de adaptação ocorrentes quando surge
necessidade urgente de energia. Ao organismo materno sobrepõe-se massa
protoplasmática ativa, predominantemente anabolizante: o feto. O fenômeno
requer a integração compensatória dos sistemas bioquímicos disponíveis,
especialmente os envolvidos na produção de energia.
A primeira alteração metabólica destina-se a suprir o concepto de oxigênio, em
quantidade suficiente para lhe cobrir o consumo energético, e sob tensão tal
que permita a penetração nos tecidos. Há, pois, maior dispêndio de oxigênio,
requerido pelo concepto, mais trabalho cardíaco e o crescimento das estruturas
maternas.
 Alterações hemodinâmicas no sistema cardiovascular: As maiores
alterações hemodinâmicas vistas na gravidez incluem o aumento do débito
cardíaco, do volume sanguíneo, por causa principalmente do volume
plasmático, da redução da resistência vascular periférica e da pressão
sanguínea. Essas alterações já aparentes no início da gravidez alcançam o seu
máximo no 3 o trimestre (28 a 32 semanas) e permanecem relativamente
constantes até o parto. Elas contribuem para o ótimo crescimento e
desenvolvimento do feto e protegem a mãe das perdas fisiológicas de sangue
no parto.

Débito Cardíaco:

Cerca de 625 ml de sangue fluem pela circulação materna da placenta a cada minuto
durante as últimas fases da gravidez. Isto acrescido ao aumento geral do metabolismo
aumenta o débito cardíaco da mãe por até 30 a 40% acima do normal pela 27º
semana da gestação

A frequência do pulso aumenta cerca de 15 batimentos por minuto, do inicio ao final da


gravidez. A conjunção destes dados modifica frequentemente, a ausculta cardíaca.

Pressão Arterial

A resistência vascular sistêmica cai durante a gestação, decorrente principalmente do


efeito vasodilatador da progesterona sobre a vasculatura e também pela criação de
circulação placentária de baixa resistência. A pressão arterial sistólica apresenta leve
queda e a diastólica, mais acentuada, mais significativa no segundo trimestre, voltando
a valores pré-gravídicos ao final da gestação.

Pressão Venosa

O aumento na pressão venosa contribuiu para o surgimento de veias varicosas na


vulva e nos membros inferiores, ou para o agravamento das varizes preexistentes.
Porém nem todas as gestantes apresentam, o aparecimento precoce das varizes leva
acreditar a existência de outros fatores, provavelmente de natureza hormonal.

 Sistema sanguíneo: A alteração marcante no volume plasmático observada


na gravidez normal causa diluição da maioria dos fatores circulantes. De
particular interesse é a hemodiluição das hemácias. A concentração de
hemoglobina reduz de 13,3 g/dℓ, valor médio não gravídico, para 11 g/dℓ, no 3
trimestre da gravidez. É a clássica “anemia fisiológica da gravidez”, confundida
frequentemente com o estado de anemia ferropriva. A gestante requer maior
quantidade de ferro alimentar para suprir as suas necessidades e as do feto.
Ao contrário das hemácias, os leucócitos têm a sua concentração majorada na
gestação, podendo alcançar, no termo, até 20 mil/mm3 . A concentração de
plaquetas exibe, por outro lado, pequeno decréscimo (250 para 210 mil/mm3 ,
valores médios). Ocorre aumento significante de diversos fatores da
coagulação, notadamente do fibrinogênio, que pode atingir 400 a 600 mg/dℓ, no
3 o trimestre, e redução da atividade fibrinolítica.
Portanto, as principais alterações hematológicas ocorridas na gestação são:
Diminuição: Número de hemácias, Concentração de hemoglobina, Hematócrito
Aumento: Leucócitos e Concentração de fibrinogênio.

 Sistema urinário:

Modificações anatômicas: Os rins se deslocam para cima pelo aumento do volume


uterino e aumentam em tamanho cerca de 1 cm em virtude do acréscimo do volume
vascular renal e do espaço intersticial. O útero expandido diretamente comprime os
ureteres, enquanto a progesterona inibe a musculatura lisa ureteral, determinando
ureteroectasia. A dilatação do sistema urinário superior pode aumentar a estase
urinária, predispondo a gestante a infecções urinárias, pielonefrite e nefrolitíase. No
sistema urinário inferior, a anatomia da bexiga está distorcida pela compressão direta
do útero gravídico.
Modificações fisiológicas: Com o aumento do débito cardíaco e a diminuição da
resistência vascular sistêmica observado na gestação, há concomitante aumento do
fluxo plasmático renal e da TFG, que podem estar aumentados, respectivamente, de
50 a 85% e 40,65%, quando comparados a valores não gravídicos.

Durante a gravidez cada rim aumenta aproximadamente 1 cm no tamanho com


simultâneo aumento de peso , isso se da devido a expansão dos espaços vascular e
intersticial, As alterações morfológicas mais destacadas envolve os cálices, a pelve
renal e os ureteres. A dilatação que estas estruturas sofrem, têm como a redução do
peristaltismo uretral, inicia-se em fase precoce “ainda no primeiro trimestre”.

A dilatação da pelve renal é acentuada e passa a comportar cerca de 60 ml de urina,


enquanto na mulher não grávida o volume é de 10 ml. Os ureteres ficam dilatados
principalmente nos seguimentos localizado acima da estrutura óssea da pelve
materna, e a dilatação é muito mais intensa no ureter direito do que no esquerdo,
porque, a compressão do ureter esquerdo é amortizada pelo sigmoide.

Seus rins precisarão limpar e filtrar 50% mais de sangue. O seguinte, a eficiência da
função renal aumenta e o corpo elimina mais rapidamente os produtos de dejetos, tais
como ureia, e o ácido úrico. Porém, os rins não distinguem os nutrientes dos produtos
de dejetos, de tal forma que a glicose também é eliminada rapidamente, junto com
sais minerais e vitaminas, por exemplo, a vitamina C solúvel em água e ácido fólico, o
qual expelido a uma velocidade 4 ou 5 vezes maior que a normal.
Este é um dos motivos pelos quais é necessário prestar muito atenção a nutrição e
manter uma ingestão apropriada de vitaminas e minerais durante gravidez; E também
explicar a necessidade de tomar suplementos de ácido fólico.

A presença de gonadotrofina coriônica humana na urina no começo da gravidez forma


a base do teste de gravidez; O nível cai de 12 semanas de gestação. Do começo ao
fim da gravidez há um aumento de suplemento de sangue para trato urinário a fim de
enfrentar as necessidades adicionais do feto para a perda da disposição.

O útero em expansão pressiona a bexiga, fazendo com que a gestante sinta vontade
urinar com mais frequência “principalmente no inicio e no fim da gravidez”. Isso não
significa que haja algum problema e que a gestante deveria ingerir menos liquido para
compensar. Muitas mulheres tendem a deixar “escapar” urina no final de gravidez.

Os fluídos são frequentemente retidos no final de gravidez; O inchaço das pernas e


tornozelos é comum, porém o inchaço nas mãos e na face pode indicar um problema
a ser checado pelo seu médico. O exercício pode ajudar a reduzir o inchaço o que faz
aumentar a circulação. Quando você não estiver se exercitando, eleva suas pernas e
usar meia elástica podem ajudar. Contudo, evite roupas que apertem muito forte em
algum lugar especifico.

Sistema Respiratório: As adaptações fisiológicas podem acentuar ao máximo as


funções do sistema respiratório, que suporta um marcante aumento na sobrecarga de
trabalho. Grande número de gestantes normais experimenta sintoma de dispneia, que
pode se iniciar precocemente.

O diafragma é um músculo que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal e


que auxilia na respiração. Como consequência a gestante pode sentir falta de ar,
especialmente se estiver se exercitando vigorosamente. Está também pode sentir
hiperventilação, causando a visualização de bolinhas e tonturas.

A média respiratória de repouso aumenta de 15 para 18 respirações por minuto, e há


uma diminuição de 25% da tensão de dióxido de carbono do sangue materno.O
consumo de oxigênio , aumenta de 15 a 20% durante a gravidez embora a reserva de
oxigênio ( o oxigênio armazenado em seu sangue e músculo) diminua.

Com progressão do estado gestacional, o tipo respiratório passa do padrão abdominal


para o torácico, com tendência a taquipneia.
As vias aéreas da grávida apresentam modificações anatômicas em decorrência do
ingrujamento capilar em toda mucosa do trato respiratório, a qual se apresentará
bastante edemaciada.

 Sistema digestivo: No 1 o trimestre é frequente o aparecimento de náuseas e


vômitos (50 a 90% das gestantes), levando, em geral, à anorexia, embora uma
quantidade equivalente de mulheres relate melhora no apetite e parcela
considerável admita “desejos” por certos alimentos. As gengivas estão
comumente edemaciadas, hiperêmicas, e sangram com facilidade. O sistema
gastrintestinal (esôfago, estômago, vesícula, intestino) permanece atônico
(Diminuição da tonacidade de um órgão normal contrátil) durante toda a
gestação, os fatores determinantes são hormonais.
 Sistema endócrino: As alterações fisiológicas da gravidez determinam
aumento de 40 a 100% na produção dos hormônios tireoidianos para atender
às necessidades maternas e fetais. Anatomicamente, a tireoide sofre
moderado aumento de volume de 10 a 20% causado por hiperplasia e maior
vascularidade.

As mudanças da gravidez são orquestradas pelos hormônios e muito a respeito de sua


ação e interação tem ainda que se elucidado. Contudo, a progesterona, estrogênios e
ralaxina parecem ser os mais importantes.

Durante a gravidez, as principais fontes de produção e hormônios são glândulas


adrenal, tireoide, paratioide e adenoipôfise e a placenta. Após o parto, a secreções
hormonais retorna aos níveis persistentes. E através da interação constante entre
feto, placenta e sistema materno que os níveis de hormônios esteroides aumenta.

A tireoide aumenta de tamanho, tornando-se facilmente palpável, com tendência a


elevação de seus hormônios. No entanto, como os estrogênios elevam os níveis da
globulina carreadora de tiroxina “ TBG’, os níveis de T3 e T4 livres permanece dentro
da normalidade. OTSH não se modifica e torna-se o melhor marcador da função
tereoidiana na gravidez.

Há hiperplasia da tireoide, da paratireoide e do lobo anterior da hipófise. As supra-


renais aumenta de volume e mostram hiperfunção de sua cortical, com maior secreção
de aldosterona.

A progesterona é produzida primeira pelo corpo lúteo, depois pela placenta. A


produção do corpo lúteo alcança o máximo de aproximadamente 30 mg por 24 horas
em aproximadamente 10 semanas de gravidez e depois disto declina. Três
progestógenos são produzidos na placenta, mas o principal é a progesterona.

Os estrogênios são produzidos primeiro pelo curpo luteo, assim como a progesterona,
este suplemento é gradualmente assumido pela placenta, alcançando uma produção
de aproximadamento 5 mg por 24 horas em 20 semanas e 50 mg por 24 horas em 40
semanas.

A progesterona inibe a contratilidade uterina durante a gravidez, ajudando assim a


impedir a expulsão do feto. Por outro lado, os estrogênio tem uma tendência defina de
aumentar o grau de contratilidade uterina, pelo em parte, porque os estrogênio
aumentam o numero de junções abertas entra as células musculares lisas uterinas
adjacentes. Tanto a progesterona quanto o estrogênio são secretados em quantidade
progressivamente maiores ao longo de quase toda a gravidez, mais dos sétimo mês
em diante a secreção de estrogênio continua aumentar enquanto a secreção de
progesterona permanece constante ou talvez até diminua ligeiramente. Portanto,
postulou-se que a relação entre o estrogênio e a progesterona vem aumentar
suficientemente ao final de gestação para ser, pelo parcialmente, responsável pela
contratilidade aumentada do útero.

EFEITOS DA PROGESTERONA

Os níveis de progesterona também se elevam, ajudando no espessamento das


paredes uterinas e no desenvolvimento de um mecanismo que inibem a contratação
da musculatura lisa “portanto relaxando o útero evitando que ele se contraia
excessivamente”. A progesterona também ajuda a manter a pressão sanguínea
normal, ao relaxar e dilatar as paredes dos vasos sanguíneos, dando passagem a um
maior volume de sangue. Ele também relaxa o estomago, e os intestinos, promovendo
uma maior absorção de nutrientes. A temperatura do interior do corpo é elevada pela
progesterona, que afeta o hipotálamo, o termostato do corpo o aumento de
progesterona faz com que muitas mulheres se sintam cansadas. “

 Redução Tônus do músculo liso: A comida pode ficar mais tempo no


estomago, náusea, atividade peristáltica reduzida, absorção aumentada
de água no colo, constipação, tônus uterino reduzido, atividade uterina
amortecida, tônus da bexiga reduzido, tônus também nos canais
urinários, estase da urina, tônus dos vasos sanguíneos reduzido,
pressão diastólica inferior, dilatação das veias;
 Aumenta de temperatura (a,5ºC);
 Redução de tensão alveolar e arterial, hiperventilação;
 Desenvolvimento das células alveolar e glandular produtoras de leite;
 Depósito de gordura aumentado.

EFEITO DO ESTROGÊNIO

Os níveis de estrogênios se elevam, estimulando o crescimento do útero e dos seios.


Altos nives de estrogênio podem causar a retenção de liquido; O aumento desse
hormônio pode também propiciar a ocorrência de náuseas e o relaxamento das
articulações.

 Aumento do crescimento do útero e dos ductos mamários;


 Níveis crescentes de prolactina para preparar as mamas para lactação; Os
testogênios podem ajudar o metabolismo do cálcio materno;
 É possível que o receptor inicial acumule relaxina, nas articulações pélvicas,
capsulas articulares, cervix;
 A retenção de água aumentada pode causar a retenção de sódio;
 Níveis mais altos resultam em glicogênio vaginal elevado, com predisposição a
aftas.

EFEITOS DA RELAXINA

 Substituição gradual de colágeno em tecido alvo (Articulações pélvicas,


capsulas articulares, cérvix) com ma forma remodelada e modificada que tem
uma maior extensibilidade e flexibilidade. A síntese de colágeno é maior do que
a sua degradação, e a um conteúdo de água aumentado, havendo então um
aumento em volume;
 Inibição da atividade miometrial durante a gravidez;
 Pode ter um papel na marcante habilidade o útero em distender-se, e na
produção do tecido conjuntivo de suporte adicional necessário para o
crescimento das fibras musculares;
 Pode ter um papel no amadurecimento cervical;
 Pode ter um papel no crescimento mamário.

 Pele: Cerca de 50% das gestantes exibem estrias no abdome, no decurso do


último trimestre, por vezes encontradas também nos seios (estrias gravídicas
ou víbices). Inicialmente vermelhas, tornam-se, mais tarde, brancas ou
nacaradas, persistindo indelevelmente. Há aumento na pigmentação da linha
alva do abdome inferior (linea nigra), da vulva, das aréolas mamárias e da face
(cloasma).

2. Modificações do órgão genitais


 Vulva e vagina: Sob a influência dos estrogênios, o epitélio vaginal se
espessa durante a gravidez e há aumento da sua descamação, o que
resulta maior secreção vaginal. Essa secreção tem pH mais ácido do que
o existente na mulher não gestante (4,5 a 5,0), para proteger contra a
infecção ascendente. A vagina também aumenta a sua vascularização
com a gravidez. A vulva e a vagina tumefazem-se, experimentam
amolecimento e têm sua coloração alterada. A vulva pigmenta-se e o sítio
lindeiro à extremidade inferior da vagina perde o róseo característico,
tomando a cor vermelho-vinhosa, entreabertos ninfas e grandes lábios
(sinal de Jacquemier).

Relaxamento das Articulações e Ligamentos da Pelve durante a gravidez

Durante a gravidez, as articulações e os ligamentos da pelve relaxam e os


movimentos da pelve aumentam. O relaxamento, causado pelo aumento dos
hormônios sexuais e pela presença do hormônio relaxina, permite os movimentos mais
livres entre as partes inferiores da coluna vertebral e a pelve. O mecanismo de
interligação sacrilíaco é menos eficiente porque o relaxamento permite maior rotação
da pelve e um pequeno aumento de diâmetro da pelve durante o parto. O
afrouxamento do disco intrpúbico também ocorre, resultando em um aumento na
distância entre os ossos da pelve. O cóccix também se move posteriormente durante o
parto. Todas essas mudanças na pelve resultam em um aumento de até 10 a 15% nos
diâmetros (principalmente transverso), o que facilita a passagem do feto através do
canal pélvico. O único diâmetro que permanece intacto é o diâmetro obstétrico entre o
promontório sacral e a face pósteo-superior da sínfise púbica.

 Útero: Órgão simples, na aparência, o útero apresenta características


histológicas e funcionais peculiares. Nem é de se estranhar sua
complexidade: destinado a reter e abrigar o concepto e seus anexos;
gravídico, em pouquíssimo tempo se modifica fundamentalmente. Com
extrema sensibilidade a estímulos hormonais e nervosos, é dotado da
capacidade de adaptar-se a desmesurado crescimento. O útero sofre
aumento dramático no seu peso (de 4 a 70 g na não gestante, para 1.100
a 1.200 g na gestante a termo) e no seu volume (de 10 mℓ para 5 ℓ)
durante a gravidez.

O útero é onde o embrião e o feto se desenvolvem, durante a gravidez ele aumenta


muito.

O ligamento útero-ovárico e o ligamento útero-socro fiam-se ao útero póstero-inferior à


junção uterotubária.

O ligamento Redondo do útero fixa-se ântero-inferiomente a esta junção.

A parede do corpo do útero consite em três lâminas:

 O perimétrio - a túnica serosa externa - consiste em peritônio


sustentado por uma fina camada de tecido conectivo.
 O miométrio - a túnica muscular média - torna-se muito distendida
durante a gravidez; Os principais ramos dos vasos sanguíneos e
nervos do útero estão localizados no miométrio.

 O endométrio- a túnica mucosa interna - é firmemente aderente ao


miométrio subjacente.

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