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Livro Eletrônico

Aula 06

Conhecimentos Específicos (parte III) p/ CLDF (Técnico de


Enfermagem) Pós-Edital
Kelly Coelho

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Atenção à Saúde da Mulher
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Profª Kelly Coelho - Aula 3

AULA 3: ATENÇÃO AO PRÉ-NATAL IV

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 3
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO 2

SÍNDROME HELLP 36
SÍFILIS 39
TOXOPLASMOSE 47
ALOIMUNIZAÇÃO MATERNO-FETAL 49

HEPATITE B 54

HIV 56

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA GESTAÇÃO 89

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA 60

CISTITE AGUDA 61

QUESTÕES 62
GABARITO 83
REFERÊNCIAS 84

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1. Apresentação

Olá amigo Concurseiro. Espero que tudo bem!


Hoje teremos nossa última de pré-natal!
Continuaremos abordando as intercorrências clínicas mais frequentes na
gestação.
Lembre-se, estamos empenhados para chegar na sua aprovação!
Você vai conseguir!

”Não existe obstáculos quando se tem vontade!”

Comecaremos a aula com um tema que despenca nas provas de concurso. As


Sindromes Hipertensivas na Gestação é uma das intercorrências mais
cobradas nas provas.
Portanto, muita atenção nos detalhes! Vamos começar?

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SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a doença que mais


frequentemente complica a gravidez, acometendo de 5% a 10% das
gestações, sendo uma das principais causas de morbimortalidade materna e
perinatal.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para
que possamos alterar para melhor os resultados maternos e perinatais. Os
objetivos do manejo da hipertensão arterial na gravidez são:
• Proteger a mãe dos efeitos deletérios da hipertensão, especialmente da
hemorragia cerebral;
• Minimizar a prematuridade;
• Manter uma perfusão útero-placentária adequada, reduzindo a hipóxia, o
crescimento intrauterino restrito e o óbito perinatal.

A definição de hipertensão na gravidez considera os valores absolutos de PA


sistólica >140 mmHg e/ou diastólica de >90mmHg.
O diagnóstico é feito pela medida seriada dos níveis pressóricos durante o
acompanhamento pré-natal.

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A pressão arterial deve ser mensurada com a gestante sentada, com o


braco no mesmo nível do coracão e com um manguito de tamanho
apropriado. Se for consistentemente mais elevada em um braco,
brac o braco com
os maiores valores deve ser usado para todas as medidas.
Com o advento da Rede Cegonha, foram incluídos novos exames.
Entre eles está o exame de proteinúria (teste rápido), a ser realizado na
unidade de saúde. Tal exame é de suma importância, pois facilita o acesso de
gestantes com suspeita de hipertensão ao exame, que é fundamental no
diagnóstico da hipertensão gestacional, o que possibilita o manejo
man precoce das
gestantes, diminuindo riscos de morbimortalidade materna e fetal.
Sabe-se que a gravidez pode induzir hipertensão arterial em mulher
previamente normotensa ou agravar uma hipertensão preexistente.

Segundo as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão,


Hipertensã a HAS na
gestação é classificada nas seguintes categorias principais:

Hipertensão crônica:
nica: estado hipertensivo registrado antes do início
da gestação, ou no período que precede a 20ª semana de gravidez,
ou diagnosticado pela primeira vez durante a gravidez e que não se
resolve até 12 semanas após o parto. Esta condição
condiçã não está
associada a edema e proteinúria (salvo se houver dano renal antes da
gravidez) e persiste depois de 12 semanas após o parto;

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01. Prefeitura de Fortaleza/CE - 2016


A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a doença que mais frequentemente
complica a gravidez, acometendo de 5% a 10% das gestações, sendo
facilmente verificada durante o pré-natal. No que se refere a essa
complicação, assinale a alternativa correta.
(A) A hipertensão gestacional é o estado hipertensivo registrado antes do
início da gestação no período que precede a 20ª semana de gravidez ou
além de doze semanas após o parto.
(B) A hipertensão crônica refere-se ao aumento da pressão arterial que
ocorre após a 20ª semana de gestação, mais frequentemente perto do
parto ou no puerpério imediato, sem proteinúria.
(C) A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de hipertensão e
proteinúria (300mg ou mais de proteína em urina de 24h).
(D) ácido fólico eleva-se precocemente na pré-eclâmpsia e tem correlação
positiva com lesões de ateromatose do leito placentário.
Comentários:
Letra A: Como vimos acima, esse conceito é da hipertensão crônica. Portanto
alternativa errada.
Letra B: Esse conceito é da hipertensão gestacional. Iremos ver logo a frente
seu conceitos e suas formas clínicas. Alternativa errada.
Letra C: A pré-eclampsia é uma das classificações da hipertensão gestacional,
com aparecimento de hipertensão e proteinúria (300mg ou mais de proteína
em urina de 24h), após 20 semanas de gestação, em gestante previamente
normotensa. Alternativa correta.

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Letra D: O ácido úrico sérico eleva-se precocemente na pré-eclâmpsia


pré e tem
correlação positiva com lesões de ateromatose do leito placentário, recém-
nascidos de menor peso, grau de hemoconcentração e gravidade da
glomeruloendoteliose. Cifras de uricemia acima de 4,5mg/dL são anormais na
gestação. Alternativa errada. Muito cuidado com a pegadinha!

02. EBSERH HU-UFRJ - AOCP -2015


Sobre a hipertensão arterial (HA) crônica na gestação, assinale a alternativa
INCORRETA.
(A) É a HA crônica de qualquer etiologia (idiopática, renal, feocromocitoma,
doença do colágeno) encontrada em uma gestante antes da 20ª semana de
gravidez, não complicada com mola hidatiforme ou hipertireoidismo.
(B) A HA encontrada após
s a 6ª semana de puerpério é também
tamb sugestiva de
um quadro crônico.
(C) As características clínicas incluem evidências de nefropatia de base com
elevação dos níveis de uréia e creatinina, alterações de fundo de olho e/ou
presença de diabetes melito.
(D) Em virtude da HA, há uma vasoconstrição das artérias radiais e espirais
do miométrio, resultan
resultando em placentas pequenas e precocemente
senescentes.
(E) É a ocorrência de um quadro hipertensivo induzido pela gravidez, que
ocorre no final da gestação, durante o trabalho de parto ou nas primeiras
24 horas de puerpério, desaparecendo nos primeiros 10 dias do pós-parto.

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Comentários:
O quadro hipertensivo induzido pela gravidez, que ocorre no final da gestação,
durante o trabalho de parto ou nas primeiras 24 horas de puerpério e que
desaparece nos primeiros dez dias do pós-parto é definido como hipertensão
gestacional e não hipertensão crônica. Portanto, a alternativa incorreta é a
Letra E.

03. EBSERH NACIONAL - AOCP - 2015


Conceitua-se hipertensão arterial na gestacão apartir dos seguintes
parâmetros:
(A) Observacão de níveis tensionais absolutos iguais ou maiores do que
140mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 90mmHg de
pressão diastólica, mantidos em medidas repetidas, em condicões ideais,
em pelo menos três ocasiões.
(A) Aumento de 50mmHg ou mais na pressão sistólica e/ ou de 15mmHg ou
mais na pressão diastólica.
(B) Observacão de níveis tensionais absolutos iguais oumaiores do que
170mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 100mmHg de
pressão diastólica, mantidos em medidas repetidas, em condicões ideais,
em pelo menos três ocasiões.
(C) Aumento de 30mmHg ou mais na pressão sistólica e/ ou de 25mmHg ou
mais na pressão diastólica.
(D) Observacão de níveis tensionais absolutos iguais oumaiores do que
150mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 95mmHg de
pressão diastólica, mantidos em medidas repetidas, em condicões ideais,
em pelo menos três ocasiões.

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Comentários:
A definição de hipertensão
ão na gravidez considera os valores absolutos de PA
sistólica >140 mmHg e/ou diastólica de >90mmHg. O diagnóstico
diagnó é feito pela
medida seriada dos níveis pressóricos durante o acompanhamento pré-
natal.Dessa forma, a resposta correta está presente na Letra A.

04. EBSERH HC-UFG - AOCP - 2015


A hipertensão arterial registrada antes da gestacão, no período
odo que precede a
vigésima semana de gravidez ou além de 12 semanas após o parto, é
classificada na categoria:
(A) Pré-eclâmpsia.
(B) Eclâmpsia.
(C) Pré-eclâmpsia superposta.
(D) Hipertensão arterial sistêmica crônica.
(E) Hipertensão arterial.

Comentários:
A definição apresentada na questão se refere a hipertensão arterial sistêmica
crônica. Dessa forma, a resposta correta está na Letra D.

Hipertensão gestacional: aumento da pressão arterial que ocorre após a


20ª semana de gestação
ção, mais frequentemente perto do parto ou no
puerpério imediato, sem proteinúria. Normalmente, a PA se normaliza
nas primeiras 12 semanas de puerpério, podendo, por isso, ser definida
como “transitória”, embora a condição geralmente recorra em 80% das

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gestações subsequentes. Acredita-se que tais mulheres são propensas a


desenvolver hipertensão arterial essencial no futuro.
Quando a hipertensão persiste, ela é denominada como “crônica”. É um
diagnóstico basicamente retrospectivo, pois as complicações das pacientes que
no momento da avaliação se apresentam sem proteinúria podem evoluir com
pré-eclâmpsia;

Pré-eclâmpsia: aparecimento de hipertensão e proteinúria (300mg ou


mais de proteína em urina de 24h), após 20 semanas de gestação, em
gestante previamente normotensa. É uma desordem multissistêmica,
idiopática, específica da gravidez humana e do puerpério, relacionada a um
distúrbio placentário que cursa com vasoconstrição aumentada e redução da
perfusão. O edema atualmente não faz mais parte dos critérios
diagnósticos da síndrome, embora frequentemente acompanhe o
quadro clínico. Na ausência de proteinúria, a suspeita se fortalece quando o
aumento da pressão aparece acompanhado por cefaleia, distúrbios visuais, dor
abdominal, plaquetopenia e aumento de enzimas hepáticas.

05. EBSERH NACIONAL - AOCP-2015


A pré-eclampsia é caracterizada:
(A) Pelo aparecimento de HAS e proteinúria (>300 mg/24h) após a 20ª semana
de gestação em mulheres previamente normotensas.
(B) Por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas.
(C) Pela elevação aguda da PA, a qual se agregam proteinúria, trombocitopenia
ou anormalidades da função hepática, em gestantes portadoras de HAS
crônica com idade gestacional superior a 20 semanas.
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(D) Por hipertensão registrada antes da gestação, no período que precede a


20ª semana de gravidez ou além de doze semanas após o parto.
(E) Por HAS detectada após a 20ª semana, sem proteinúria, podendo ser
definida como transitória (quando ocorre normalização após o parto) ou
crônica (quando persistir a hipertensão).
Comentários:
Conforme lemos no texto acima, consiste em uma das características da pré-
eclâmpsia o aparecimento de HAS e proteinúria (>300mg/24h) após a 20ª
semana de gestação em mulheres previamente normotensas. Portanto, a
opção correta é a Letra A.

06. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


Quando na gestante é observado edema generalizado (face, tronco e
membros) ou que já se mostra presente quando a gestante acorda,
acompanhado ou não de hipertensão ou aumento súbito de peso, a conduta do
profissional deve ser a de:
(A) Acompanhar a gestante, seguindo o calendário derotina.
(A) Verificar se o edema está relacionado à postura.
(B) Marcar retorno em sete dias, na ausência de sintomas.
(C) Avaliar e encaminhar para o servico de alto risco.
(D) Orientar repouso em decúbito lateral esquerdo.
Comentários:
A situação apresentada na questão pode se tratar de uma pré-eclâmpsia
leve/moderada que inicia-se com o aumento exagerado e súbito do peso
(maior ou igual a 500g/semana), seguido de edema generalizado, hipertensão
e, por fim, proteinúria (1+). Baseado nisso, a conduta seria encaminhar a
paciente para o serviço de alto risco (Letra D).
07. EBSERH HUJM-UFMT - AOCP - 2014
O único tratamento definitivo para a Pré-eclâmpsiaé:

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(A) Uso de diuréticos poupadores de potássio.


(B) Uso de anti-hipertensivos
hipertensivos e corticoides.
(C) Antecipacão do parto.
(D) Mudanca de hábitos alimentares.
(E) Repouso absoluto.
Comentários:
O tratamento definitivo da pré-eclâmpsia é o parto. Dependendo de fatores
como idade gestacional, gravidade, bem-estar fetal e presenca
presenc ou não de
complicacões, a interrupcã
ão da gravidez está indicada. Entretanto, a instalacão
precoce da doenca aumenta a chance de prematuridade com subsequente
incremento da morbi-mortalidade
mortalidade perinatal. Assim, na tentativa de prevenir
complicacões perinatais, vá
várias condutas têm sido propostas enquanto não é
possível ou recomendável
vel interromper a gravidez, como corticoterapia para
aceleracão da maturidade pulmonar fetal, expansão do volume plasmático,
hospitalizacão com repous
repouso materno, terapia anticonvulsivante com o sulfato
de magnésio e tratamento anti-hipertensivo. Baseado nisso, a alternativa
correta está presente na Letra C.

Pré-eclâmpsia: é classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de


eclâmpsia leve/moderada inicia-se
comprometimento. A pré-eclâmpsia se com o
aumento exagerado e súbito do peso (maior ou igual a 500g/semana),
seguido de edema generalizado, hipertensão e, por fim, proteinúria (1+). A
hipertensão é o sinal mais frequente importante.

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Considera-se pré-eclâmpsia grave quando presente um ou mais dos


seguintes critérios:
• Pressão arterial diastólica igual/maior que 110mmHg;
• Proteinúria igual/maior que 2,0g em 24 horas ou 2+ em fita urinária;
• Oligúria (menor que 500ml/dia ou 25ml/hora);
• Níveis séricos de creatinina maiores que 1,2mg/dL;
• Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais);
• Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito;
• Evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia;
• Plaquetopenia (<100.000/mm3);
• Aumento de enzimas hepáticas (AST, TGO, ALT, TGP ou DHL) e de
bilirrubinas;
• Presenca de esquizócitos em esfregaco de sangue periférico.

Outros sinais que podem sugerir o diagnóstico são:


• Acidente vascular cerebral;
• Sinais de insuficiência cardíaca ou cianose;
• Presença de RCIU (restrição de crescimento intrauterino) e/ou
oligoidrâmnio.

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08. TJ-AM - FGV-2013


Durante uma consulta de pré-natal, a paciente, que está na 24ª semana de
gestação, relata episódios de cefaléia, dor epigástrica, diurese diminuída (cerca
de 400ml/dia), além de apresentar PA igual a 115/120 mmHg. Esses sintomas
devem ser investigados, pois indicam um quadro de:
(A) Eclâmpsia.
(B) Pré-eclâmpsia grave.
(C) Pré-eclâmpsia leve.
(D) Hipertensão crônica.
(E) Hipertensão transitória.
Comentários:
Gestante com idade gestacional maior que 20 semanas, com queixa de
cefaléia, diurese diminuída (menor que 500ml/dia, ou 25ml/hora) e pressão
diastólica maior que 110mmHg indica um quadro de pré-eclâmpsia grave.
Desta forma, resposta a correta está presente na Letra B.

09. Pref. Manduri- SP - CONRIO-2013


A pré-eclâmpsia pode ser classificada em leve ou grave, de acordo com o grau
de comprometimento. Assinale a alternativa abaixo que não apresenta critérios
considerados como grave:
(A) Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaléia e distúrbios visuais).
(B) Pressão arterial diastólica igual/maior que 110mmHg.
(C) Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito.
(D) Leucopenia e Polaciúria.
Comentários:

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Todos os sinais listados classificam a pré-eclâmpsia como grave, exceto a


leucopenia (a paciente pode apresentar PLAQUETOPENIA) e polaciúria (a
paciente apresenta oligúria). Portanto, a resposta correta é a Letra D. Fique
atento para as pegadinhas!!!!!!

10. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


A pré-eclâmpsia é classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de
comprometimento. Considera-se grave quando está presente o seguinte
critério:
(A) Pressão arterial diastólica igual a 80 mmHg.
(B) Poliúria (maior que 500ml/dia).
(C) Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia edistúrbios visuais).
(D) Leucocitose .
(E) Diminuicão de enzimas hepáticas (AST ou TGO, ALT ou TGP, DHL) e de
bilirrubinas.
Comentários:
Prezado aluno(as), nós vamos considerar como pré-eclâmpsia grave quando
estiver presente um ou mais dos seguintes critérios: pressão arterial diastólica
igual/maior que 110mmHg; proteinúria igual/maior que 2,0g em 24 horas ou
2+ em fita urinária; oligúria (menor que 500ml/dia ou 25ml/hora); níveis
séricos de creatinina maiores que 1,2mg/dL; sinais de encefalopatia
hipertensiva (cefaleia e distúrbios visuais); dor epigástrica ou no
hipocôndrio direito; evidência clínica e/ou laboratorial de coagulopatia;
plaquetopenia (<100.000/mm3); aumento de enzimas hepáticas (AST, TGO,
ALT, TGP ou DHL) e de bilirrubinas; ou presenca de esquizócitos em esfregaco
de sangue periférico. Dessa forma, a resposta correta está presente na Letra
C.

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11. EBSERH HULW-UFPB


UFPB - AOCP - 2014
Na hipertensão arterial sistê
sistêmica (HAS) na gestacão, é correto afirmar que a
pré-eclampsia pode ser definida como:
(A) Hipertensão registrada antes da gestacão, no período que precede à 20ª
semana de gravidez ou além de doze semanas após o parto.
(B) Pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a
outras causas. ==d3319==

(C) Elevacão aguda da PA,, à qual se agregam proteinúria, trombocitopenia ou


anormalidades da funcão
ão hepática, em gestantes portadoras de HAS crônica
com idade gestacional superior a 20 semanas.
(D) Aparecimento de HAS e proteinúria (>300mg/24h) após a 20ª semana
de gestacão em mulheres previamente normotensas.
(E) HAS detectada após a 20ª semana, sem proteinúria, podendo ser definida
como “transitória” (quando ocorre normalizacão após o parto) ou “crônica”
(quando persistir a hipertensã
hipertensão).
Comentários:
A pré-eclâmpsia corresponde ao aparecimento de hipertensão e proteinúria
(300mg ou mais de proteína em urina de 24h), após 20 semanas de gestação,
em gestante previamente normotensa. É uma desordem multissistêmica,
idiopática, específica da gravidez humana e do puerpério, relacionada a um
distúrbio placentário que cursa com vasoconstrição aumentada e redução da
perfusão. Assim, a resposta correta está presente na Letra D.
D

Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica: é definida pela elevação aguda


da PA, à qual se agregam proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da
função hepática em gestantes portadoras de HAS crônica, com idade
gestacional superior a 20 semanas.

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O diagnóstico diferencial pode tornar-se difícil quando a gestante é vista


pela primeira vez após a 20ª semana com hipertensão arterial e não sabe
informar com precisão seus níveis pressóricos anteriores. Se a gestante não for
primigesta, se tiver o mesmo companheiro de sua primeira gestação e se tiver
ácido úrico sérico menor do que 4,5mg/dL, o diagnóstico de hipertensão
arterial crônica é mais provável, mesmo com a presença de proteinúria
significativa.
Faz-se o diagnóstico de pré-eclâmpsia superposta a HAS crônica quando
ocorrer piora dos níveis pressóricos e aumento da uricemia (>6mg/dL) e da
proteinúria após a primeira metade da gestação.

O ácido úrico sérico eleva-se precocemente na pré-eclâmpsia e tem


correlação positiva com lesões de ateromatose do leito placentário, recém-
nascidos de menor peso, grau de hemoconcentração e gravidade da
glomeruloendoteliose. Cifras de uricemia acima de 4,5mg/dL são anormais na
gestação

Eclâmpsia: corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões


tônico-cônicas generalizadas que não podem ser atribuídas a outras
causas. Pode ocorrer na gravidez, no parto ou no puerpério imediato.
- Sinais de eclâmpsia iminente: visão turva, diplopia, escotomas
cintilantes, cefaleia, tontura, epigastralgia, confusão mental, perda
da consciência.
- Sinais de descompensação cardíaca: cianose, edema agudo de
pulmão, insuficiências pulmonar e cardíaca.
- Fundoscopia alterada: hemorragia retiniana, exsudatos, edema de
papila.
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- Restrição do crescimento fetal.


- Oligodrâmnio.

12. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


A eclâmpsia caracteriza-se pela presenca de:
(A) Cefaleia generalizada.
(B) Convulsões tônico-clônicas generalizadas.
(C) Miocardiopatia generalizada.
(D) Trombofilias generalizadas.
(E) Hepatomegalia generalizada.

Comentários:
A eclâmpsia corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões tônico-
cônicas generalizadas que não podem ser atribuídas a outras causas. Pode
ocorrer na gravidez, no parto ou no puerpério imediato. Dessa forma, a
resposta correta está presente na Letra B.

13. EBSERH HUJM-UFMT - AOCP - 2014


Sobre a eclâmpsia, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a
seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
() É caracterizada pela hipertensão que ocorre antes das 20 semanas de
gestacão acompanhada de proteinúria, com desaparecimento em 14 semanas
após o parto.
() A eclâmpsia ocorre até a 32ª semana de gestacão, quando ocorre durante o
parto ou puerpério, é considerada epilepsia ou outra doenca convulsiva.

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() Dentre os cuidados gerais está o cateterismo vesical contínuo, manutencão


de ambiente silencioso e tranquilo, decúbito elevado a 30 graus e face
lateralizada.
() O parto vaginal é preferível à cesariana para mulheres com pré-
eclâmpsia/eclâmpsia, para evitar o estresse adicional de uma cirurgia em uma
situacão de alteracões fisiológicas múltiplas.

(A) F-V-F-V.
(B) V-V-V-V.
(C) V-F-F-F.
(D) F-F-V-V.
(E) V-V-F-F.

Comentários:
Assertiva 1 - A eclâmpsia corresponde à pré-eclâmpsia complicada por
convulsões tônico-cônicas generalizadas que não podem ser atribuídas a outras
causas. Pode ocorrer na gravidez, no parto ou no puerpério imediato. Dessa
forma, a assertiva é Falsa.
Assertiva 2 - É uma doença exclusiva da segunda metade da gravidez,
principalmente após 24 semanas, sua ocorrência é rara antes de 20 semanas
(toxemia precoce), quando se associa à neoplasia trofoblástica gestacional e às
síndromes antifosfolípides. Dessa forma, a assertiva é Falsa.
Assertiva 3 - Assertiva correta.
Assertiva 4 -Assertiva correta.
Baseado nisso, a sequência correta está presente na Letra D.

14. EBSERH HC-UFG - AOCP - 2015

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Paciente, na trigésima segunda semana de gestacão, apresentou hipertensão


arterial, proteinúria e convulsões. Diante deste caso, podemos considerar que
trata-se de um quadro de:
(A) Hipertensão crônica.
(B) Hipertensão gestacional.
(C) Pré-eclâmpsia.
(D) Eclâmpsia.
d
(E) Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica.

Comentários:
A definição apresentada na questão se refere a eclâmpsia. Lembre-se que na
pré-eclâmpsia não há convulsão. Dessa forma, a resposta correta está na
Letra D.

15. EBSERH HE-UFPEL - AOCP - 2015


Em relacão à Eclampsia, assinale a alternativa correta.
(A) A internacão hospitalar pode ocorrer sem a necessidade de regime de
terapia intensiva.
(B) Considera-se em eclampsia pacientes com pressão arterial ≥140 x 90
mmHg, ou aumento de 30 mmHg na PA sistólica, ouaumento de 15 mmHg
na PA diastólica, ou PAM ≥90 mmHg ou elevacão de 20 mmHg na PAM
previamente conhecida.
(C) Controle da PA - manter PAD entre 70 e 80 mmHg. Níveis mais baixos
podem prejudicar a perfusão placentária.
(D) Uma das medidas gerais é manter a paciente na posicão lateralizada.
(E) Havendo condicões de colo favoráveis para a inducão, ou trabalho de
parto desencadeado, a via baixa estará indicada,com rigoroso controle fetal
e da cinética uterina que tende a ser exacerbada na DHEG.

P K C

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Comentários:
O parto vaginal é preferível à cesariana para mulheres com pré-
eclâmpsia/eclâmpsia, para evitar o estresse adicional de uma cirurgia em uma
situacão de alteracões fisiológicas múltiplas. Assim, a alternativa correta está
presente na Letra E.

Conduta:
3
Independentemente da gravidade do quadro clínico, toda paciente
com diagnóstico de pré-eclâmpsia deve ser hospitalizada para
acompanhamento em unidade de gestação de alto risco. Mesmo nos
casos leves, tanto o feto como a gestante podem subitamente desenvolver
complicações que podem evoluir para o óbito. Embora não haja unanimidade
entre os autores sobre a vantagem da internação hospitalar de todas as
gestantes com pré-eclâmpsia, recomenda-se referenciar inicialmente a
gestante à urgência obstétrica para avaliação do bem-estar materno-fetal e,
depois, se ela não permanecer internada, deve-se referenciá-la ao pré-natal de
alto risco.
O tratamento definitivo da pré-eclâmpsia é a interrupção da gestação e
a retirada da placenta, medida que é sempre benéfica para a mãe. Entretanto,
a interrupção da gestação pode não ser benéfica para o feto, devido às
complicações inerentes à prematuridade. Por isso, devem ser avaliadas a idade
gestacional, a gravidade da doença, as condições maternas e fetais e a
maturidade fetal, para se indicar o momento mais adequado para a
interrupção da gestação.
Embora o feto esteja também em risco, muitas vezes é instituído
tratamento conservador para assegurar maior grau de maturidade fetal.
Outras vezes, mesmo com o feto em pré-termo, a gravidade do quadro clínico
pode impor a necessidade da interrupção da gestação, apesar de haver grande
risco de óbito neonatal por prematuridade.

P K C

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Na gestação a termo não existem dúvidas: recomenda-se que a


intervenção seja considerada em todos os casos a partir da 37ª semana de
gravidez. Para o período pré-termo, inferior a 37 semanas, algumas
considerações deverão ser feitas:
• Mulheres com idade gestacional de 32 a 34 semanas ou mais deverão
ser consideradas para tratamento conservador em unidades
especializadas; 3
• A administração de corticoide está indicada para grávidas pré-
eclâmpticas com idade gestacional entre 24 e 34 semanas;
• A interrupção da gestação deverá ser sempre considerada nos casos de
pré-eclâmpsia grave, independentemente da idade gestacional.

Terapia anticonvulsivante
A terapia anticonvulsivante é indicada para prevenir convulsões
recorrentes em mulheres com eclâmpsia, assim como o aparecimento de
convulsões naquelas com pré-eclâmpsia. O sulfato de magnésio é a droga de
eleicão para tal. Deve ser utilizado nas seguintes situacões:
• Gestantes com eclâmpsia;
• Gestantes com pré-eclâmpsia grave admitidas para conduta expectante
nas primeiras 24 horas;
• Gestantes com pré-eclâmpsia grave nas quais se considera a interrupcão
da gestacão;
• Gestantes com pré-eclâmpsia nas quais se indica a interrupcão da
gestacão e existe dúvida se a terapia anticonvulsivante deve ser utilizada
(a critério do médico assistente).

O sulfato de magnésio pode ser utilizado durante o trabalho de parto,


parto e puerpério, devendo ser mantido por 24 horas após o parto se

P K C

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iniciado antes do mesmo. Quando iniciado no puerpério, deve ser mantido


por 24 horas após a primeira dose.
Dose do sulfato de magnésio:
• Dose de ataque – 4g (8ml de sulfato de magnésio a 50% com 12ml de
água bidestilada) em infusão endovenosa lenta (aproximadamente 15
minutos) ou 5g (10ml de sulfato de magnésio a 50%) intramuscular em
cada nádega. 1
• Dose de manutencão – 1g/hora (10ml de sulfato de magnésio a 50%
com 490ml de solucão glicosada a 5% a 100ml/hora em bomba de
infusão) ou 2g/hora (20ml de sulfato de magnésio a 50% com 480ml de
solucão glicosada a 5% a 100ml/ hora em bomba de infusão) ou 5g
(10ml de sulfato de magnésio a 50%) intramuscular de 4 em 4 horas.

Em situações especiais, como é o caso de gestantes adolescentes com


PA anterior à gravidez inferior a 90/75mmHg e em grávidas com sintomas que
podem ser atribuídos à HAS, admite-se iniciar o tratamento mais
precocemente.

Caro concurseiro, esta dica sempre é alvo de pegadinhas em


concursos:
• Alguns cuidados são de suma importância ao se administrar o
tratamento com sulfato de magnésio. O sulfato de magnésio
heptahidratado (MgSO4 – 7H2O) previne as convulsões, mas só pode ser

P K C

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administrado se estiver presente o reflexo patela, diurese de 100 ml


durante as 4 horas anteriores, respiração maior ou igual a 16
movimentos/minuto. O sulfato de magnésio heptahidratado em doses
tóxicas deprime a respiração e causa parada cardíaca. O antídoto
utilizado é o gluconato de cálcio 10ml de solução a 10%, aplicado EV
lentamente.

O objetivo do tratamento anti-hipertensivo na pré-eclâmpsia é alcançar


a PA sistólica entre 130 a 150mmHg e a PA diastólica de 80 a 100mmHg.
Quanto ao tratamento, dois cenários devem ser considerados:
• Tratamento agudo: em urgência ou emergência hipertensiva, que requer
hospitalização, monitoramento intensivo, antecipação do parto e
administração parenteral de anti-hipertensivos, preferencialmente a
hidralazina. Recomenda-se, também, a administração endovenosa de
sulfato de magnésio, que é considerado a droga de escolha para a
prevenção da eclâmpsia;
• Tratamento de longo prazo: para pacientes com pré-eclâmpsia com
quadro estabilizado, sem necessidade de parto imediato, está indicado
tratamento anti-hipertensivo por via oral.

Recomenda-se não prescrever anti-hipertensivo para HAS com valores


de PA <150/100mmHg associada à pré-eclâmpsia ou à hipertensão crônica.
Não há comprovação de benefícios para a mãe ou para o feto, exceto redução
do risco de HAS grave, que é considerada insuficiente diante da exposição do
feto ao risco potencial de comprometimento de seu crescimento.

P K C

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16. EBSERH HU-UFS - AOCP - 2014


Relacione as colunas no que diz respeito a hipertensão arterial sistêmica (HAS)
na gestacão e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.
1. Pré-eclâmpsia.
2. Eclâmpsia.
3. Hipertensão arterial sistêmica crônica.
4. Hipertensão gestacional.

( ) Corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem


ser atribuídas a outras causas.
( ) Caracterizada por HAS detectada após a 20ª semana, sem proteinúria,
podendo ser definida como “transitória” (quando ocorre normalizacão após o
parto) ou “crônica” (quando persistir a hipertensão).
( ) Caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (>300mg/24h) após
a 20ª semana de gestacão em mulheres previamente normotensas.
( ) É definida por hipertensão registrada antes da gestacão, no período que
precede à 20ª semana de gravidez ou além de doze semanas após o parto.

(A) 1-4-2-3.
(B) 4-2-3-1.
(C) 2-4-1-3.
(D) 2-1-3-4.
(E) 3-4-1-2.

Comentários:
A pré-eclâmpsia corresponde ao aparecimento de hipertensão e proteinúria
(300mg ou mais de proteína em urina de 24h), após 20 semanas de gestação,
P K C

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em gestante previamente normotensa. É uma desordem multissistêmica,


idiopática, específica da gravidez humana e do puerpério, relacionada a um
distúrbio placentário que cursa com vasoconstrição aumentada e redução da
perfusão.
Já a eclâmpsiacorresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões
tônico-cônicas generalizadas que não podem ser atribuídas a outras causas.
Pode ocorrer na gravidez, no parto ou no puerpério imediato.
A hipertensão arterial crônica é o estado hipertensivo registrado antes do
início da gestação, ou no período que precede a 20ª semana de gravidez, ou
diagnosticado pela primeira vez durante a gravidez e que não se resolve até 12
semanas após o parto.
A hipertensão gestacional é caracterizada pelo aumento da pressão arterial
que ocorre após a 20ª semana de gestação, mais frequentemente perto do
parto ou no puerpério imediato, sem proteinúria. Normalmente, a PA se
normaliza nas primeiras 12 semanas de puerpério, podendo, por isso, ser
definida como “transitória”, embora a condição geralmente recorra em 80%
das gestações subsequentes.
Baseado nisso, a sequência correta está presente na Letra C.

17. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.
“Durante a síndrome hipertensiva da gravidez, pode-se ocorrer a proteinúria.
Neste caso, a proteinúria é definida como a excrecão de ________ de
proteínas ou mais, em urina de 24 horas, ou _________ ou mais, na fita em
duas ocasiões, em uma determinacão de amostra única sem evidência de
infeccão”.
(A) 0,05 gramas / 4+.
(B) 0,01 gramas / 3+.

P K C

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(C) 0,1 gramas / 2+.


(D) 0,2 gramas / 1+
(E) 0,3 gramas / 1+.

Comentários:
A excreção de proteína nas síndromes hipertensivas durante a gestação
corresponde a 300mg ou mais de proteína em urina de 24h. No caso da fita,
elimina-se 1+ ou mais que isso. Perceba que a maioria das literaturas trás a
dosagem de proteína em miligramas e a questão está pedindo em gramas.
Isso é fácil descobrir, pois é somente dividir o 300 por 1.000 que você
transformará mg em g (300÷1.000 = 0,3g). Assim, a resposta correta está
presente na Letra E.

18. EBSERH HUJM-UFMT - AOCP - 2014


A terapia anticonvulsivante é indicada para prevenir convulsões recorrentes em
mulheres com eclâmpsia, assim como o aparecimento de convulsões naquelas
com pré-eclâmpsia, sendo o medicamento de escolha:
(A) O clonazepam.
(B) A carbamazepina.
(C) O ácido Valpróico.
(D) O gluconato de cálcio.
(E) O sulfato de magnésio.

Comentários:
Prezado aluno, o sulfato de magnésio é a droga de eleicão para prevenir
convulsões recorrentes em mulheres com eclâmpsia. Assim, a resposta correta
está na Letra E.

19. EBSERH HUSM-UFSM - AOCP - 2014

P K C

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“Corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser


atribuídas a outras causas”. O enunciado refere-se à:
(A) Hipertensão crônica.
(B) Eclâmpsia.
(C) Hipertensão gestacional.
(D) Pré-eclâmpsia.
(E) Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica.

Comentários:
A definição apresentada na questão se refere a eclâmpsia. Lembre-se que na
pré-eclâmpsia não há convulsão. Dessa forma, a resposta correta está na
Letra B.

20. EBSERH HUCAM-UFES - AOCP - 2014


Durante uma consulta pré-natal, a enfermeira depara-se com uma gestante de
35 anos, primigesta, no oitavo mês de gravidez, com edema generalizado,
hipertensão arterial, cefaleia e proteinúria de 0,3 (três) g/L em 24 horas. As
orientacões e condutas nesta situacão objetivam prevenir:
(A) O estresse fisiológico pré-parto.
(B) A eclâmpsia.
(C) A doenca hispertensiva específica da gravidez.
(D) A doenca hemolítica do recém-nascido.
(E) O diabetes gestacional.

Comentários:
A definição apresentada na questão se refere a eclâmpsia. Lembre-se que na
pré-eclâmpsia não há convulsão. Dessa forma, a resposta correta está na
Letra B.

P K C

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21. EBSERH NACIONAL - AOCP - 2015


Sobre o assunto, assinale a alternativaINCORRETA.
(A) A Pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (>
300 mg/24h) após a 20ª semana de gestacão em mulheres previamente
normotensas.
(B) A eclâmpsia corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que
não podem ser atribuídas a outras causas.
(C) Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica é definida pela elevacão aguda da
PA, à qual se agregam proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da
funcão hepática, em gestantes portadoras de HAS crônica com idade
gestacional superior a 20 semanas.
(D) Hipertensão arterial sistêmica crônica é definida por hipertensão
registrada antes da gestacão, no período que precede à 20ª semana de
gravidez ou além de doze semanas após o parto.
(E) Hipertensão gestacional é caracterizada por HAS detectada após a 30ª
semana, com proteinúria, podendo ser definida como “transitória” ou
“crônica”.
Comentários:
A hipertensão gestacional é caracterizada pelo aumento da pressão arterial que
ocorre após a 20ª semana de gestação, mais frequentemente perto do parto
ou no puerpério imediato, sem proteinúria. Normalmente, a PA se normaliza
nas primeiras 12 semanas de puerpério, podendo, por isso, ser definida como
“transitória”, embora a condição geralmente recorra em 80% das gestações
subsequentes. Portanto, a alternativa incorreta está presente na Letra E.

22. EBSERH MARANHÃO - AOCP - 2015


O Nitroprussiato de sódio é um poderoso vasodilatador tanto para os vasos
sanguíneos de resistência como de capacitância. Esse vaso dilatador é utilizado
em qual emergência obstétrica?

P K C

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(A) Síndromes hipertensivas na gravidez.


(B) Ameaca de aborto.
(C) Descolamento corioamniótico.
(D) Descolamento prematuro de placenta.
(E) Macrossomia fetal.

Comentários:
O Nitroprussiato de sódio é um vasodilatador de ação imediata e curta
duração. É o fármaco parenteral mais efetivo para o tratamento de
emergências hipertensivas. Tem maior ação no sistema arterial que no sistema
venoso. Tem início de ação extremamente rápido (em segundos) e duração de
ação de 1 a 2 minutos, com meia-vida plasmática de 3 a 4 minutos.
Consequentemente, a cessação abrupta da infusão causará aumento
pressórico quase imediato. O nitroprussiato possui limitações, principalmente
quando usado de modo prolongado (> 24-48 horas) e/ou em altas doses (> 2
µg/kg/min). Particularmente em nefropatas ou hepatopatas, pode levar à
intoxicação por cianeto, o que pode se manifestar com acidose metabólica,
confusão mental, coma, encefalopatia, cefaleia e bloqueio cardíaco inexplicado.
Baseado nisso, a resposta correta está presente na Letra A.

23. EBSERH MARANHÃO - AOCP - 2015


Qual atendimento uma gestante que apresenta valores de PA >140/90mmHg,
proteinúria positiva, cefaleia, epigastralgia e escotomas deve receber?
(A) Deve-se marcar retorno em 15 dias para reavaliacão.
(B) Deve-se orientá-la a diminuir a ingestão de sal.
(C) Deve-se orientá-la a praticar atividade físicaregularmente.
(D) Deve-se referir imediatamente a gestante ao pré-natalde alto risco.

P K C

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(E) Deve-se orientá-la a aumentar a ingesta hídrica.

Comentários:
A situação apresentada na questão é grave, pois a gestante apresenta sinais e
sintomas de pré-eclâmpsia. Dessa forma, ela deve ser referida imediatamente
para o pré-natal de alto risco. Assim, a alternativa correta está presente na
Letra D.

24. EBSERH HU-UFMS - AOCP - 2014


Sobre as gestantes com pré-eclâmpsia/eclampsia, informe se é verdadeiro (V)
ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência
correta.
() A ocorrência de convulsões em mulheres com pré-eclampsia caracteriza o
quadro de eclampsia.
() No quadro de eclâmpsia a conduta obstétrica visa à estabilizacão do
quadromaterno, devendo a antecipacão do parto ocorrer somente após 38°
semanas de gestacão.
() A terapia anti-hipertensiva deve ser adotada para níveis de pressão
diastólica persistentemente acima de 105 ou 110mmHg.
() O parto cesariana é preferível ao parto vaginal para mulheres com pré-
eclâmpsia/eclampsia.

(A) V-F-V-F.
(B) V-V-V-V.
(C) F-F-V-V.
(D) V-F-F-V.
(E) F-F-F-V.

Comentários:

P K C

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Assertiva 1 - Assertiva verdadeira.


Assertiva 2 - A antecipação do parto é recomendada a partir de 37 semana
de idade gestacional. Dessa forma, a assertiva é Falsa.
Assertiva 3 - Assertiva verdadeira.
Assertiva 4 - A via de parto preferencial é a vaginal e não a cesariana. Dessa
forma, a assertiva é Falsa.
Baseado nisso, a sequência correta está na Letra A.

25. EBSERH HU-UFMS - AOCP - 2014


Primigesta com 35 semanas de gestacão, admitida em Unidade de Internacão
Obstétrica por Pré-eclâmpsia, iniciou nas últimas horas com quadro de dor
abdominal e náuseas. O último exame laboratorial apresentava plaquetopenia,
elevacão de enzimas hepáticas e hemólise, caracterizando quadro de:
(A) Descolamento prematuro de placenta.
(B) Síndrome HELLP.
(C) Infeccão do trato urinário superior.
(D) Síndrome hiperosmolar aguda.
(E) Translocacão de membranas fetais.

Comentários:
A definição apresentada na questão se refere a Síndrome HELLP.. Dessa forma,
a resposta correta está na Letra B.

26. EBSERH HU-UFMS - AOCP - 2014


A droga anti-hipertensiva de escolha para tratamento medicamentoso de
gestantes com Hipertensão Arterial crônica é:
(A) Losartana.
(B) Captopril.
(C) Metildopa.

P K C

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(D) Tasosartana.
(E) Enalapril.

Comentários:
A metildopa é a droga mais utilizada na gestação, seguida pela nifedipina e o
labetalol. Entre os betabloqueadores, o pindolol parece ser o mais seguro para
o feto; no entanto, a ação simpaticomimética intrínseca, característica desta
medicação, faz com que não seja tão efetivo no controle da FC, da angina e de
arritmias maternas. Tal ação deve ser levada em consideração no tratamento
de hipertensas com cardiopatia isquêmica e/ou arritmia associada, situação em
que seria benéfico o uso do metoprolol. A associação de drogas é necessária
em casos mais graves e deve se ter o cuidado de optar por anti-hipertensivos
que tenham mecanismos de ação diferentes. Assim, a alternativa correta está
presente na Letra C.

27. EBSERH HUCAM-UFES - AOCP - 2014


Uma das principais complicacões da gravidez é a eclâmpsia. Em relacão aos
agravos gestacionais, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma
a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A hipertensão, proteinúria e edema são sinais malignos na gravidez.


( ) A pré-eclâmpsia é considerada forma convulsiva e a eclâmpsia não
convulsiva.
( ) O edema de forma isolada não pode ter sido utilizado para descriminacão
das síndromes hipertensivas gestacionais pois é frequente nas gestantes.
( ) A eclâmpsia pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério.

(A) V-F-V-V.
(B) F-V-V-V.

P K C

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(C) F-F-V-V.
(D) V-F-F-V.
(E) F-V-V-F.

Comentários:
Assertiva 1 - Assertiva verdadeira, pois pode indicar pré-eclâmpsia.
Assertiva 2 - Na eclâmpsia que apresenta convulsões. Assim, a assertiva é
falsa.
Assertiva 3 - Assertiva verdadeira.
Assertiva 4 -Assertiva verdadeira.
Baseado nisso, a sequencia correta está presente na Letra A.

28. EBSERH HC-UFMG - AOCP - 2014


A hipertensão arterial sistêmica (HAS) na gestacão é classificada em
categorias. Sobre elas, assinale a alternativa correta.
(A) A hipertensão gestacional é definida por hipertensão registrada antes da
gestacão, no período que precede à 20ª semana de gravidez ou além de
doze semanas após o parto.
(B) A pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica corresponde à pré-eclâmpsia
complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas.
(C) A eclâmpsia é definida pela elevacão aguda da PA, à qual se agregam
proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da funcão hepática, em
gestantes portadoras de HAS crônica com idade gestacional superior a 20
semanas.
(D) A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria
(>300 mg/24h) após a 20ª semana de gestacão em mulheres previamente
normotensas.
(E) A hipertensão arterial sistêmica crônica é caracterizada por HAS
detectada após a 20ª semana, sem proteinúria, podendo ser definida como

P K C

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“transitória” (quando ocorre normalizacão após o parto) ou “crônica”


(quando persistir a hipertensão).

Comentários:
Letra A - A hipertensão gestacional é caracterizada pelo aumento da pressão
arterial que ocorre após a 20ª semana de gestação, mais frequentemente
perto do parto ou no puerpério imediato, sem proteinúria. Normalmente, a PA
se normaliza nas primeiras 12 semanas de puerpério, podendo, por isso, ser
definida como “transitória”, embora a condição geralmente recorra em 80%
das gestações subsequentes. Dessa forma, a alternativa está errada.
Letra B - A pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica é definida pela elevação
aguda da PA, à qual se agregam proteinúria, trombocitopenia ou
anormalidades da função hepática em gestantes portadoras de HAS crônica,
com idade gestacional superior a 20 semanas. Dessa forma, a alternativa está
errada.
Letra C - A eclâmpsia corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões
tônico-cônicas generalizadas que não podem ser atribuídas a outras causas.
Pode ocorrer na gravidez, no parto ou no puerpério imediato. Dessa forma, a
alternativa está errada.
Letra D - Alternativa verdadeira.
Letra E -A hipertensão arterial crônica é o estado hipertensivo registrado
antes do início da gestação, ou no período que precede a 20ª semana de
gravidez, ou diagnosticado pela primeira vez durante a gravidez e que não se
resolve até 12 semanas após o parto.Dessa forma, a alternativa está errada.

29. EBSERH MEAC E HUWC-UFC - AOCP - 2014


O sulfato de magnésio é a droga de eleicão nos casos de pré-eclâmpsia grave e
eclâmpsia. Uma gestante recebendo essa terapia, requer alguns cuidados.
Sobre estes, assinale a alternativa correta.

P K C

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(A) Observar sangramento vaginal, manter repouso, infusão endovenosa de


eletrólitos.
(B) Atentar para queixas de dor, controle de diurese, observar sangramento
vaginal.
(C) Cateterismo vesical para melhor controle da diurese, observar presenca
de reflexo patelar e frequência respiratória.
(D) Observar presenca de reflexo patelar e sangramento vaginal e infusão
endovenosa de eletrólitos.
(E) Observar Sinal de Bandi, observar sangramento vaginal e controle de
diurese.

Comentários:
Quando a está se fazendo uso de sulfato de magnésio deve-se observar a
diurese (>30ml por hora), a frequência respiratória (>10 IRPM) e o reflexo
patelar presente. Assim, a alternativa correta está presente na Letra C.

SÍNDROME HELLP

É o quadro clínico caracterizado por hemólise (H = “hemolysis”),


elevacão de enzimas hepáticas (EL = “elevated liver functions tests”) e
plaquetopenia (LP = “low platelets count”). Embora acompanhe outras
doencas, em Obstetrícia é considerada como agravamento do quadro de
pré-eclâmpsia.
A conduta a seguir representa uma abordagem básica do manejo de
gestantes com síndrome HELLP:

P K C

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Antecipacão do diagnóstico
Em toda gestante com suspeita de pré-eclâmpsia, os testes
laboratoriais apropriados devem ser solicitados. Nas fases iniciais, apenas
alteracões moderadas na contagem de plaquetas e nos níveis de
transaminases e desidrogenase láctica podem estar presentes. As seguintes
alteracões indicam uma chance de mais de 75% de morbidade materna grave:
DHL >1.400UI/L, TGO >150UI/L, TGP >100UI/L e ácido úrico >7,8 mg/dL. A
presenca de náuseas, vômitos e/ou dor epigástrica é um fator de risco
significativo de morbidade materna.

Avaliacão das condicões maternas


A triagem laboratorial básica para as gestantes com suspeita de
síndrome HELLP é hemograma completo com plaquetas, urinálise, creatinina
sérica, DHL, ácido úrico, bilirrubinas e transaminases. Os testes de tempo de
protrombina, tempo de tromboplastina parcial e fibrinogênio são reservados
para aquelas mulheres com uma contagem de plaquetas abaixo de
100.000/ml. Outras avaliacões como teste de Coombs para anemia hemolítica,
lúpus eritematoso e pancreatite podem ser necessários dependendo das
circunstâncias. Gasometria, oximetria de pulso, radiografia de tórax, cultura de
urina e testes para hepatite poderão ser realizados dependendo da indicacão. A
avaliacão serial da contagem de plaquetas, DHL e enzimas hepáticas deve ser
feita a cada 12-24 horas ou mais frequentemente, se necessário.

Avaliacão das condicões fetais: parto imediato ou mais tardiamente?


Após a admissão, a idade gestacional deve ser confirmada e o estado
fetal avaliado por cardiotocografia basal e/ou perfil biofísico e
preferencialmente por doppler-fluxometria. As gestantes com gestacão ≥34
semanas e todas com síndrome HELLP devem ser preparadas para parto

P K C

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vaginal ou cesariano dentro de 24 horas. Aquelas com gestacões entre 24 e 34


semanas devem fazer uso de corticoide, mesmo se o parto não puder ser
adiado pelo período ideal de 24-48 horas.

Controle da pressão arterial


Tratar a pressão sistólica ≥150mmHg e manter a pressão diastólica
entre 80- 90mmHg.

Prevencão das convulsões com sulfato de magnésio


Dose de ataque de 4-6g por via intravenosa seguida de dose de
manutencão de 1,5-4g/hora individualizada de acordo com a gestante.
Monitorar reflexos patelares e débito urinário. A infusão deve ser continuada
por 48 horas no puerpério.

Manejo de fluidos e eletrólitos


Um regime de fluidos recomendado é alternar [glicose a 5% com
solucão salina meio a meio e solucão de Ringer lactato a 100ml/hora, para
manter um débito urinário de pelo menos 20ml/hora (de preferência 30-
40ml/hora). A dose máxima de infusão deve ser 150ml/hora. A dosagem de
eletrólitos pode ser realizada com os ajustes diários necessários. Na presenca
de oligúria, deve-se fazer uma ou duas infusões rápidas de 250-500ml de
fluidos.

Utilizacão criteriosa de sangue e hemoderivados


A transfusão de plaquetas deve ser realizada para uma contagem de
plaquetas de 50.000/ l ou menos em caso de parto por via abdominal. Seis
unidades de plaquetas devem ser administradas imediatamente antes da
incisão.

P K C

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Manejo do trabalho de parto e parto


Em gestantes com gestacões ≤34 semanas, a via de parto preferencial
é a via cesariana, sendo a opcão pela via vaginal também factível dependendo
das condicões maternas e amadurecimento cervical que permitam inducão
rápida do parto.

Tratar a gestante intensivamente no pós-parto


Todas as gestantes com síndrome HELLP devem ser tratadas em uma
unidade de cuidados intensivos ou unidade de cuidados intermediários por
quantas horas forem necessárias até que (1) a contagem de plaquetas
demonstre uma tendência consistente de elevacão e a DHL uma tendência
consistente de diminuicão, (2) a gestante tenha uma diurese de >100ml/hora
por duas horas consecutivas sem infusão adicional rápida de fluidos ou sem
diuréticos, (3) a hipertensão esteja bem controlada, com a sistólica em torno
de 150mmHg e a diastólica <100mmHg e (4) a melhora clínica seja óbvia e
não haja complicacões significativas. A contagem de plaquetas e dosagem de
DHL deverá ser realizada de 12/12 horas até a transferência da gestante para
a enfermaria normal. O uso de dexametasona deverá ser continuado no pós-
parto na dose de 10mg de 12/12 horas até que a contagem de plaquetas seja
>100.000/ L, a DHL diminua, o débito urinário seja >100ml/hora e a gestante
esteja clinicamente estável. Depois, a dose será diminuída para 5mg de 12/12
horas, por mais duas doses.

30. OFICIAL DA MARINHA – CSM – 2012


Segundo Araújo (2012), a Síndrome de HELLP é caracterizada por:
(A) disúria, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia.
(B) coagulação intravascular disseminada, elevação das lipases e hipertensão.
P K C

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(C) hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia.


(D) coagulação intravascular disseminada, disúria e hipertensão.
(E) hemólise, elevação das enzimas hepáticas e disúria.

Comentários:
A Síndrome HELLP éo quadro clínico caracterizado por hemólise (H =
“hemolysis”), elevacão de enzimas hepáticas (EL = “elevated liver functions
tests”) e plaquetopenia (LP = “low platelets count”). Embora acompanhe
outras doencas, em Obstetrícia é considerada como agravamento do quadro de
pré-eclâmpsia. Assim, a resposta correta está presente na Letra C.

SÍFILIS

A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, sujeita


a surtos de agudização e períodos de latência. É causada pelo Treponema
pallidum, uma espiroqueta de transmissão sexual ou vertical que pode causar
respectivamente a forma adquirida ou congênita da doença.
Seu diagnóstico e seu tratamento podem ser realizados com baixo custo
e pouca ou nenhuma dificuldade operacional. No Brasil, a prevalência de sífilis
em gestantes é de 1,6%. São estimadas que 12 mil crianças nascem com sífilis
congênita. Entre os casos notificados em 2004, 78,8% das mães realizaram
pré-natal.

A sífilis congênita é um agravo de notificação compulsória, sendo


considerada como verdadeiro evento marcador da qualidade de assistência à

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saúde materno-fetal em razão da efetiva redução do risco de transmissão


transplacentária, de sua relativa simplicidade diagnóstica e do fácil manejo
clínico/terapêutico.

A sífilis na gestação requer intervenção imediata, para que se


reduza ao máximo a possibilidade de transmissão vertical.

A infecção do feto depende do estágio da doença na gestante: quanto


mais recente a infecção materna, maior é o risco de comprometimento fetal.
Na sífilis primária e secundária, o risco de infecção fetal varia de 70% a 100%,
enquanto nas fases latente tardia e terciária chega a 30%.

As manifestações clínicas variam desde o abortamento espontâneo à


morte perinatal, ocorrendo em cerca de 40% das gestantes infectadas não
tratadas. Além disso, a sífilis congênita representa uma série de alterações
clínicas importantes, podendo ser assintomática ao nascimento em até 50%
das crianças infectadas. Tais considerações justificam a necessidade de realizar
testes sistematicamente com as pacientes no mínimo duas vezes na gestação
(no início do pré-natal e próximo à 30ª semana) e no momento da internação
hospitalar, seja para parto ou curetagem uterina pós-abortamento, segundo a
Portaria MS/GM nº 766/2004. A realização do VDRL no início do terceiro
trimestre permite que o tratamento materno seja instituído e finalizado até 30
dias antes do parto, intervalo mínimo necessário para que o recém-nascido
seja considerado tratado intra-útero.

P K C

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31. Pref. Rio de Janeiro-RJ - Fundação João Pinheiro - 2015


A realização do VDRL no pré-natal permite que o tratamento materno seja
instituído e finalizado antes do parto. O intervalo mínimo, antes do parto, para
que o recém-nascido seja considerado tratado intra-útero é de:
(A) 7 dias.
(B) 21 dias.
(C) 30 dias.
(D)60 dias.

Comentários:
O intervalo mínimo necessário entre o tratamento e o parto, para podermos
considerar o recém-nascido tratado, é de 30 dias. Assim, a resposta correta
está presente na Letra C.

32. EBSERH HU-UFS - AOCP - 2014


Sobre a sífilis na gestacão, é correto afirmar que:
(A) A sífilis congênita não é um agravo de notificacão compulsória, por não ser
considerada um evento marcador da qualidade de assistência à saúde
materno-fetal.
(B) A infeccão do feto depende do estágio da doenca na gestante, ou seja,
quanto mais recente a infeccão materna, mais treponemas estão
circulantes e, portanto, menos grave será o comprometimento fetal.
(C) A realizacão do VDRL no início do terceiro trimestre permite que o
tratamento materno seja instituído e finalizado até 30 dias antes do parto,
intervalo mínimo necessário para que o recém-nascido seja considerado
tratado intraútero.

P K C

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(D) O diagnóstico clínico


nico, na fase primária, é dado por erupcões
erupc cutâneas
generalizadas (roséolas
olas sifilíticas), em especial quando se observam lesões
palmo-plantares, além de queda de cabelo.
(E) O Anti-HBs, teste diagnó
diagnóstico mais utilizado nesta patologia,
patologia torna-se
reativo a partir da segunda semana depois do aparecimento do cancro e,
em geral, está mais elevado na fase secundária dadoenca.
a.

Comentários:
Letra A - A sífilis é uma doença de notificação compulsória. Assim, a
alternativa está errada.
Letra B - Quanto mais rrecente a infeccão materna, mais treponemas estão
circulantes e, portanto, maior grave será o comprometimento fetal. Assim, a
alternativa está errada
Letra C - Alternativa verdadeira.
Letra D - A sífilis primária é caracterizada por uma úlcera, geralmente única,
que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina,
vagina colo uterino,
ânus, boca, ou outros locais do tegumento), indolor, combase endurecida e
fundo limpo, rica em treponemas
treponemas. Esse estágio pode durar entre duas e seis
semanas, desaparecendo espontaneamente, independentemente de
tratamento.Assim, a alternativa está errada.
Letra E - O anti-HBs é um marcador para hepatite B. Assim, a alternativa está
errada.

P K C

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Quando o teste é feito durante a internação para o parto, além de


interromper a evolução da infecção e suas sequelas irreversíveis, ele possibilita
o tratamento precoce da criança.

Tratamento:
A penicilina é a droga de escolha para o tratamento da sífilis, sendo
uma medicação de baixo custo, fácil acesso e ótima eficácia. O tratamento da
sífilis é dependente da fase de infecção da doença, sendo preconizado
conforme se mostra a seguir:
• Sífilis primária, secundária e latente recente (com menos de um ano de
evolução): penicilina benzatina, 2,4 milhões UI, intramuscular, em dose
única (1,2 milhão UI em cada glúteo);
• Sífilis latente tardia (com mais de um ano de evolução) ou latente com
duração ignorada e sífilis terciária: penicilina benzatina, 2,4 milhões UI,
intramuscular, semanal, por 3 semanas, sendo a dose total de 7,2
milhões UI;

Após a dose terapêutica inicial na doença recente, poderá surgir a


reação de Jarisch-Herxheimer, que é a exacerbação das lesões cutâneas e a
presença de febre com outros sintomas gerais (adinamia, artralgias, mialgia).
Esta reação tem involução espontânea em 12 a 48 horas,exigindo apenas
cuidado sintomático. Não justifica a interrupção do tratamento e não significa
alergia à droga.
As gestantes com história comprovada de alergia à penicilina devem ser
encaminhadas para um centro de referência, para que se realize a

P K C

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dessensibilização. A penicilina é a única droga treponemicida que atravessa a


barreira placentária e, portanto, trata também o feto.
As gestantes com manifestações neurológicas e/ou cardiovasculares
devem ser hospitalizadas e submetidas a esquemas especiais de penicilina via
intravenos.

34. SESA-ES - CESPS-2013


Apesar do acesso universal ao pré-natal, a redução da prevalência da sífilis
ainda é um desafio no contexto brasileiro. A respeito desse tema, assinale a
opção correta.
(A) As relações sexuais anais e orais não constituem fator de risco para a
transmissão de sífilis durante a gravidez.
(B) O agente causador da sífilis é o Trypanosoma cruzi.
(C) Cegueira, surdez, deficiência mental e malformações no feto podem ocorrer
devido à transmissão horizontal da sífilis durante a gravidez.
(D) Os fármacos disponíveis para o tratamento da sífilis deverão ser
prescritos para o casal (ou parceiros envolvidos); entretanto, a gestante só
poderá realizar o tratamento após o nascimento da criança, devido ao risco
de a penicilina ocasionar malformações, cegueira e outras teratogenias.
(E) No âmbito da Rede Cegonha, os profissionais da atenção básica poderão
realizar os testes para a triagem rápida da sífilis em gestantes e parceiros,
visando diminuir a prevalência da doença nessa população. Para que isso
ocorra, entretanto, o município terá de optar pela adesão a essa estratégia
junto ao Ministério da Saúde e as equipes de atenção básica terão de ser
devidamente capacitadas para essa triagem.

Comentários:

P K C

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A transmissão do agente causador da sífilis – Treponema pallidium – pode


ocorrer por via sexual e vertical. O tratamento deverá ocorrer o mais
precocemente possível, ainda no pré-natal afim de que se evite a sífilis
congênita. A realização de testes para triagem da sífilis por profissionais de
saúde da atenção básica visa reduzir a prevalência desta doença. Desta forma,
a opção correta é a Letra E.

35. EBSERH NACIONAL - AOCP - 2015


Sobre a Sífilis, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A sífilis é uma doenca infecciosa sistêmica, de evolucão crônica, sujeita a
surtos de agudizacão e períodos de latência quando não tratada.
(B) É causada pelo Treponema pallidum, um espiroqueta de transmissão sexual
ou vertical, que pode produzir, respectivamente, as formas adquirida ou
congênita da doenca.
(C) O risco de infeccão em um intercurso sexual é 60% nas lesões de cancro
duro e condiloma plano.
(D) Sífilis adquirida recente é caracterizada por menos deum ano de
evolucão.
(E) A sífilis adquirida tardia é caracterizada por menosde 1 ano de duracão e
pode ser classificada como primária, secundária e latente recente.

Comentários:
A sífilis adquirida tardia pode ser classificada em latente tardia e terciária.
Dessa forma, a alternativa incorreta está presente na Letra E.

36. EBSERH MARANHÃO - AOCP - 2015


A mulher que recebeu tratamento em decorrência de sífilis, durante a gestacão
ou no momento do parto:
(A) Deverá ser acompanhada com VDRL no pós-parto em intervalo anual.

P K C

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(B) Deverá ser acompanhada com VDRL no pós-parto em intervalos


trimestrais.
(C) Não necessita de acompanhamento no pós-parto.
(D) Deverá ser acompanhada com Anti-Hbs no pós-parto.
(E) Deverá ser acompanhada com Hbs-Ag em intervalos semestrais.
Comentários:
De acordo com o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção
Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (2016) do
Ministério da Saúde, os testes não treponêmicos (VDRL) devem ser realizados
mensalmente nas gestantes, e na população geral, a cada três meses no
primeiro ano de acompanhamento e a cada seis meses no segundo ano. Dessa
forma, se essa questão fosse abordada hoje deveria ter esta alternativa, mas
para a época m que foi elaborada a alternativa correta é a Letra B.

37. EBSERH HC-UFMG - AOCP - 2014


A sífilis é uma doenca infecciosa sistêmica, de evolucão crônica e causada pelo
Treponema pallidum, que pode produzir as formas adquirida e congênita da
doenca. Sobre esta patologia, preencha a lacuna e assinale a alternativa
correta.
“A realizacão do teste para sífilis (VDRL, RPR) no início do 3º trimestre permite
o tratamento materno até _________ antes do parto, intervalo mínimo
necessário para que o recém-nascido seja considerado tratado intraútero”.
(A) 10 dias.
(B) 15 dias.
(C) 20 dias.
(D) 30 dias.
(E) 5 dias.

Comentários:

P K C

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O intervalo mínimo necessário entre o tratamento e o parto, para podermos


considerar o recém-nascido tratado, é de 30 dias. Assim, a resposta correta
está presente na Letra D.

TOXOPLASMOSE

A toxoplasmose é uma zoonose causada pelo Toxoplasma gondii e


adquire especial relevância quando atinge a gestante, visto o elevado risco de
acometimento fetal. Entre os agravos anatômicos e funcionais decorrentes da
toxoplasmose congênita podem ser descritos restrição de crescimento
intrauterino, morte fetal, prematuridade e/ou manifestações clínicas e sequelas
como microftalmia, lesões oculares, microcefalia, hidrocefalia, calcificações
cerebrais, pneumonite, hepatoesplenomegalia, erupção cutânea e retardo
mental.
Recomenda-se a triagem por meio da detecção de anticorpos da classe
IgG e IgM na primeira consulta de pré-natal, uma vez que o diagnóstico é
eminentemente laboratorial (sendo que para a IgM deve ser usado um método
enzimático de captura com boa sensibilidade e especificidade). Na presença de
anticorpos IgG positivos e IgM negativos, considera-se a gestante imune.

38. INES - AOCP - 2013


Os exames pré-natais que a gestante realiza, são de extrema importância para
prevenção e tratamento de diversas doenças. Sobre a interpretação do
resultado e conduta do exame de toxoplasmose, preencha a lacuna e assinale
a alternativa correta. Recomenda-se, sempre que possível, a triagem para
P K C

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toxoplasmose por meio da detecção de anticorpos da classe __________ (Elisa


ou imunofuorescência). Em caso de positividade, significa doença ativa e o
tratamento deve ser instituído.
(A) IgA.
(B) IgE.
(C) IgG.
(D) IgO.
(E) IgM.

Comentários:
Recomenda-se a triagem de toxoplasmose por meio da detecção de anticorpos
da classe IgG e IgM, no entanto, vale ressaltar que apenas a presença de IgM
é que significa doença ativa, passível de tratamento. IgG positivo remete a
imunidade remota. Desta forma, a opção correta é a Letra E.

Formas de prevenção primária:


• Lavar as mãos ao manipular alimentos;
• Lavar bem frutas, legumes e verduras antes de se alimentar;
• Não fazer a ingestão de carnes cruas, mal cozidas ou mal passadas,
incluindo embutidos;
• Evitar o contato com o solo e a terra de jardim; se isso for indispensável,
usar luvas e lavar bem as mãos após a atividade;
• Evitar o contato com fezes de gato no lixo ou no solo;
• Após manusear a carne crua, lavar bem as mãos, assim como também
toda a superfície que entrou em contato com o alimento e todos os
utensílios utilizados;
• Não consumir leite e seus derivados crus, não pasteurizados, sejam de
vaca ou de cabra;

P K C

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• Propor que outra pessoa limpe a caixa de areia dos gatos e, caso isso
não seja possível, tent
tentar limpá-la e trocá-la diariamente utilizando luvas
e pazinha;
• Alimentar os gatos com carne cozida ou ração, não deixando que eles
façam a ingestão de caça;
• Lavar bem as mãos após o contato com os animais

ALOIMUNIZAÇÃO MATERNO
MATERNO-FETAL

Apesar das recomendações existentes em relação à profilaxia com


imunoglobulina anti-D serem divulgadas e conhecidas, a aloimunização
materno-fetal ainda afeta cerca de cinco a cada 1.000 gestações. Embora a
principal causa seja falha na administração da imunoglobulina,
unoglobulina, alguns casos
ocorrem por dosagem inadequada, uso de drogas endovenosas e transfusões
de sangue. Ao redor de 98% dos casos são devidos a antígeno D do fator Rh e
2% a antígenos atípicos como Kell, E ou C.
A aloimunização Rh pode levar à hidropsia e ao óbito fetal ou neonatal,
e costuma ser mais grave com os antígenos D e Kell.

Caro concurseiro, você deve estar se perguntando o que seria


hidropisia, pois eu te respondo:

A hidropsia é definida como excesso de líquidos em duas ou mais áreas


corporais, como tórax, abdome ou a pele. A apresentação habitual é anemia,
edema e sinais hipóxicos ao nascimento.

P K C

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As alterações esperadas em maior ou menor intensidade, dependendo


do caso são:
1. O mais frequente é que o volume circulatório esteja dentro do
habitual para a idade gestacional (70 a 79 ml/Kg); é raro que seja
maior ou menor.
2. Todos os bebês tem hipoalbuminemia (devido a uma redução da
capacidade de síntese do fígado, secundária à distorção do cordão de
células hepáticas pela hemólise e aumento do parênquima hepático
pelas ilhotas de eritropoese), levando a baixa pressão
coloidosmótica, que pode explicar a hidropsia. Este fato tem
implicações terapêuticas importantes, pois a infusão de plasma ou
sangue total, aumentando esta pressão coloidosmótica aumentará
muito o volume circulante por transferência do líquido do extra para o
intracelular, piorando a insuficiência cardíaca geralmente
preexistente, podendo o RN morrer rapidamente
3. Pressão Venosa Central (PVC) - Não reflete somente o volume
sanguíneo circulante, reflete, também, a resistência arterial pulmonar
e a função do ventrículo direito. A asfixia deve ser evitada a todo
custo, pois a hipóxia, hipercapnia e acidose, além da anemia já
existente, agravará todo o quadro de hipóxia tecidual e de
hipertensão pulmonar; além disso, piorará ou precipitará a
insuficiência cardíaca iminente.
4. É esperada alta incidência de Doença da Membrana Hialina.
5. O óbito se dá, geralmente, por progressiva insuficiência cardíaca e
respiratória. A mortalidade relatada na literatura varia de 50 a 90%.

Toda gestante com história de hidropsia fetal ou neonatal deve ter


solicitado o teste de Coombs Indireto, independentemente da tipagem Rh
(positivo ou negativo).

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Diagnóstico
• Teste de Coombs indireto (pesquisa de anticorpos irregulares)
positivocomtítulo >1/16 para anti-D e qualquer título para outros
antígenos.
• Dopplervelocimetria da artéria cerebral média com medida do pico de
velocidade sistólica em cm/seg, com correção do ângulo de insonação.
Este valor correlaciona-se com anemia fetal moderada e grave, com
sensibilidade próxima de 100% e taxa de falso-positivo de 12% e tem
sido recomendado nos centros de Medicina Fetal como padrão para
seguimento de fetos de risco de anemia. Nos centros onde não há
disponibilidade de acesso a dopplervelocimetria com ultrassonografista
experiente, pode-se utilizar a amniocentese seriada com
espectrofotometria de líquido amniótico.

Conduta
A profilaxia é dever de todos os médicos para que esta doença seja
erradicada. Na eventualidade do diagnóstico de aloimunização, a gestante
deve ser encaminhada para centros de referência para o acompanhamento da
gravidez.
Todo feto anêmico deve ser transfundido para prevenir a hidropsia, que
aumenta o risco de óbito e sequelas neurológicas. Para tanto é necessária
cordocentese e bolsa de sangue específica para esse procedimento, que deve
se realizado em centro de Medicina Fetal.
A prevenção da sensibilização pelo fator Rh deve ser realizada pela
administração de imunoglobulina anti-D nas seguintes situações em mulheres
Rh negativo:
• Após procedimentos invasivosem mulheres
gestantes:amniocentese,cordocentese, biópsia de vilosidade corial;
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• Após aborto, gravidez ectópica ou mola hidatiforme;


• Após o parto de mulheres com Coombs indireto negativo e recém-
nascidos Rh positivo;
• Após sangramento obstétrico (placenta prévia, por exemplo) com risco
de hemorragia feto-materna significativa.

Idealmente, a imunoglobulina deverá ser administrada até 72


horas após o parto ou evento obstétrico, mas há evidências de proteção
contra sensibilização se administrada até 13 dias e há recomendações para
que seja administrada em até 28 dias.
Gestantes Rh negativo submetidas à laqueadura tubária também
deverão receber imunoglobulina anti-D. A dose poderá ser maior que a
habitual (300 g) se o risco de hemorragia feto-materna volumosa for
significativo.

39. Câmara de Recife-PE - FGV-2014


A administração da imunoglobulina anti-Rh após o parto, com o objetivo de
proteger o próximo filho (gestações futuras) da eritroblastose fetal, é uma
conduta que deve ser realizada quando:
(A) Mãe e filho forem Rh positivo.
(B) A mãe for Rh positivo e o filho Rh negativo.
(C) Mãe e filho forem Rh negativo.

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(D) O pai for Rh negativo e a mãe Rh positivo.


(E) A mãe for Rh negativo e o filho Rh positivo.
Comentários:
A eritroblastose fetal pode surgir em filhos com Rh positivo de mulheres Rh
negativo. Dessa forma, a resposta correta está presente na Letra E.

40. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


A prevencão da sensibilizacão pelo fator Rh deve ser realizada pela
administracão de imunoglobulina anti-D nas seguintes situacões em mães Rh
negativo, EXCETO:
(A) Após procedimentos invasivos: amniocentese, cordocentese, biópsia de vilo
corial.
(B) Após aborto, gravidez ectópica ou mola hidatiforme.
(C) Após o parto de mães com Coombs indireto negativo, parceiros Rh
negativos e recém-nascidos Rh negativo.
(D) Entre a 28ª e a 34ª semana de gestacão de todas as mulheres com
Coombs indireto negativo e comparceiros Rh positivos.
(E) Após sangramento obstétrico (placenta prévia, porexemplo) com risco de
hemorragia feto-materna significativa.

Comentários:
A prevenção da sensibilizacão pelo fator Rh não deve ser realizada no caso de
parto de mães com Coombs indireto negativo, parceiros Rh negativos e recém-
nascidos Rh negativo, pois todos apresentam o mesmo fator Rh. Deveria ser
feito de o RN fosse Rh positivo. Assim, a alternativa correta está na Letra C.

HEPATITE B

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A Hepatite B é a infecção aguda mais comum do fígado e representa um


grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A endemicidade da
infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) tem importância na determinação do
predomínio das formas de transmissão, que pode ser por via:
• Parenteral: transfusão sanguínea; compartilhamento de agulhas,
seringas ou outros equipamentos contendo sangue contaminado;
procedimentos médicos ou odontológicos com sangue contaminado, sem
a devida esterilização; realização de tatuagens e na colocação de
piercing sem aplicação das normas de biossegurança, veiculando sangue
contaminado;
• Sexual: relações sexuais desprotegidas;
• Vertical: durante o parto pela exposição do RN ao sangue materno
contaminado ou líquido amniótico e, também, mais raramente, por
transmissão transplacentária.
• Por meio de solução de continuidade (pele e mucosa).

Considerando-se a prevalência da hepatite B e as coberturas vacinais


heterogêneas no Brasil, a prevenção, o diagnóstico precoce durante a gestação
e o cuidado com o feto de mães diagnosticadas são prioridades, o que reduz
sobremaneira a transmissão vertical.
Por isso, o rastreamento para hepatite B deve ser oferecido para todas
as mulheres grávidas, a fim de oferecer vacinação para as mulheres
susceptíveis e intervenções no pós-parto para as mulheres infectadas, de
modo a diminuir o risco de transmissão materno-fetal. Para isso, o antígeno de
superfície da hepatite B (HBsAg) deve ser solicitado nos exames pré-
concepcionais, na primeira consulta de pré-natal, e ser repetido no terceiro
trimestre.

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• Se a mulher gestante for HBsAg reagente, solicitar HBeAg e


transaminases. A gestante com HBsAg reagente e com HBeAg reagente
deve ser encaminhada ao serviço de referecia para gestação de alto-
risco;
• Toda gestante HBsAg não reagente e com idade abaixo de 20 anos deve
receber a vacina para hepatite B. Deve-se coletar o anti-HBsAg em
gestantes que não sabem se tomaram a vacina. As gestantes com
vacinação incompleta devem completar o esquema vacinal já iniciado.

• Monitoramento do recém
recém-nascido pela atenção básica à saúde:
- Verificar se foi administrada no hospital a vacina para hepatite B a
todos os RN de mães HBsAg não reagente;
- Nos casos de mãe HBsAg reagente e HBeAg reagente, verificar se foi
aplicada a 1ª dose da vacina para hepatite B e a imunoglobulina
específica para hepatite B, preferencialmente nas primeiras 12 horas
após o nascimento;
- Para o RN assintomático, completar as doses da vacina para hepatite
B e, aos 9 e 15 meses, solicitar o anti-HBsAg;
- No caso de RN sintomático, encaminhar a criança ao serviço de
referecia. Verificar se o bebê está sendo levado às consultas do
serviço de referecia e às consultas de crescimento e
desenvolvimento na UBS.

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Infeccção pelo HIV

Há evidências de que a maioria dos casos de transmissão vertical do


HIV (cerca de 65%) ocorre tardiamente na gestação e, principalmente,
durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito, sendo estes
momentos importantes para a profilaxia da transmissão vertical do HIV. Os
35% restantes ocorrem mediante transmissão intraútero, principalmente nas
últimas semanas de gestação. O aleitamento materno representa risco
adicional de transmissão (de 7 a 22%), que se renova a cada exposição da
criança ao seio materno (mamada).
As taxas de transmissão vertical do HIV, sem qualquer intervenção
durante a gestação, situam-se entre 25% e 30%. Deste percentual, 25%
referem-se à transmissão intraútero e 75% à transmissão intraparto.
Fatores de risco para transmissão vertical:
• Fatores virais, tais como a carga viral, o genótipo e o genótipo viral;
• Fatores maternos, incluindo o estado clínico e imunológico, a presença
de DST e outras coinfecções, bem como o estado nutricional materno;
• Fatores comportamentais, como o uso de drogas e a prática sexual
desprotegida;
• Fatores obstétricos, tais como a duração da ruptura das membranas
amnióticas, a via de parto e a presença e hemorragia intraparto;
• Fatores inerentes ao RN, tais como a prematuridade e o baixo peso ao
nascer;
• O aleitamento materno.

O diagnóstico reagente da infecção pelo HIV deve ser realizado


mediante pelo menos duas etapas de testagem (etapa 1 e 2). Portanto, a
amostra com resultado reagente no teste da etapa 1 deverá ser submetida à

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etapa 2. Para a interpretação dos resultados e a liberação do laudo, são


analisados, conjuntamente, os resultados obtidos nos testes das etapas 1 e 2.
A possibilidade de realização do diagnóstico da infecção pelo HIV em
uma única consulta, com o teste rápido, elimina a necessidade de retorno da
gestante ao serviço de saúde para conhecer seu estado sorológico e possibilita
a acolhida imediata, no SUS, das gestantes que vivem com HIV. Tais testes
também não demandam uma estrutura laboratorial ou pessoal especializado.
Além da rapidez na determinação do estado sorológico (pois fornece o
resultado em um tempo inferior a 30 minutos), a eficiência, a confiabilidade e
a boa relação custo-efetividade do teste rápido já foram estabelecidas no
Brasil.
Os testes rápidos devem ser realizados imediatamente após a coleta da
amostra. Nestas situações, a gestante deve aguardar o resultado, que será
liberado prontamente. Atualmente, o diagnóstico da infecção pelo HIV é
realizado mediante um a dois testes rápidos.
Amostras com resultado reagente no teste rápido 1 deverão ser
submetidas ao teste rápido 2. Quando disponível no serviço de saúde, o
Imunoblot rápido também poderá ser utilizado como teste rápido 2. Amostras
com resultados reagentes no teste rápido 1 e no teste rápido 2 terão seu
resultado definido como amostra reagente para HIV, sem a necessidade de
nenhum teste adicional.

A indicação da terapia antirretroviral (TARV) na gestação pode ter dois


objetivos: profilaxia da transmissão vertical ou tratamento da infecção pelo
HIV.

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Gestantes assintomáticas com contagem de LT-CD4+>350 células/mm3


têm baixo risco de progressão para AIDS e não seriam candidatas a receber
esquema antirretroviral caso não estivessem grávidas. Nestes casos, a TARV
objetiva a prevenção da transmissão vertical e está recomendada para
gestantes que não possuem indicação de tratar a infecção pelo HIV. O início do
esquema deve ser precoce, com a associação de três antirretrovirais após o
primeiro trimestre, entre a 14ª e a 28ª semanas de gravidez. O esquema deve
ser suspenso após o parto (ver quadro abaixo).
Mulheres que apresentam repercussão clínica e/ou imunológica grave
da infecção do HIV têm indicação de tratamento, independentemente da
gravidez e em qualquer idade gestacional. Portanto, gestantes sintomáticas ou
assintomáticas com contagem de LT-CD4+≤350 células/mm3 apresentam
critérios de início de tratamento, conforme recomendado para adultos que
vivem com HIV, devendo iniciá-lo com o objetivo de tratar a doença ou reduzir
o risco de progressão. Sempre que houver indicação de tratamento
antirretroviral na gestação, este deverá ser mantido (e readequado, se
necessário) após o parto. Deve-se utilizar esquema com três antirretrovirais
de duas classes diferentes, seja com indicação de profilaxia ou de tratamento.

Atualmente, o protocolo clínico para pacientes com HIV/Aids foi


atualizado. O início imediato da TARV esta recomendado para todas as
pessoas vivendo com HIV, independentemente do seu estágio clínico
e/ou imunológico.
A recomendação de inicio precoce da TARV considera, alem dos
claros benefícios relacionados a redução da morbimortalidade em
PVHIV, a diminuição da transmissão da infecção.

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INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA GESTAÇÃO

Infecção comum em mulheres jovens, que representa a complicação


clínica mais frequente na gestação, correndo em 17% a 20% das mulheres
nesse período. Está associada à rotura prematura de membranas, ao aborto,
ao trabalho de parto prematuro, à corioamnionite, ao baixo peso ao nascer, à
infecção neonatal, além de ser uma das principais causas de septicemia na
gravidez. Cerca de 2% a 10% as gestantes apresentam bacteriúria
assintomática, sendo que 25% a 35% desenvolvem pielonefrite aguda.
A gestação ocasiona modificações, algumas mediadas por hormônios
que favorecem a infecção do trato urinário: estas urinária, redução do
peristaltismo uretral, aumento da produção de urina, glicosúria e
aminoacidúria favorecendo o crescimento bacteriano e infecções.
Os micro-organismos envolvidos são aqueles da flora perineal normal,
principalmente à Escherichia coli, que responde por 80% a 90% das infecções.

42. EBSERH HUCAM-UFES - AOCP - 2014


A infeccão urinária representa uma complicacão importante durante a
gestacão, sendo muito comum neste período. Assim, quando uma gestante de
14 semanas comparece à Unidade Básica de Saúde trazendo resultado de
exame de urocultura positiva, o profissional pré-natalista deve iniciar
tratamento medicamentoso para evitar:
(A) DHEG.
(B) Diabetes gestacional.
(C) Descolamento prematuro de placenta.
(D) Macrossomia fetal.
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(E) Trabalho de parto prematuro e restricão de crescimentointrauterino.

Comentários:
A infeccão urinária está associada à rotura prematura de membranas, ao
aborto, ao trabalho de parto prematuro, à corioamnionite, ao baixo peso ao
nascer, à infecção neonatal, além de ser uma das principais causas de
septicemia na gravidez. Dessa forma, a alternativa correta está presente na
Letra E.

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA

É definida como a condição clínica de mulher assintomática que


apresenta urocultura positiva com mais de 100 mil colônias por ml. Se não
tratada, as mulheres poderão desenvolver sintomas e progressão para
pielonefrite. Por isso, toda gestante com evidência de bacteriúria deve ser
tratada.
O rastreamento da bacteriúria assintomática deve ser feito
obrigatoriamente pela urocultura, já que, em grande parte das vezes, o
sedimento urinário é normal. Este exame deve ser oferecido de rotina no
primeiro e no terceiro trimestre da gravidez.
O tratamento deve ser guiado, sempre que possível, pelo teste de
sensibilidade do agente observado no antibiograma, sendo semelhante ao
tratamento da cistite.

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43. EBSERH HUWC-UFC - AOCP - 2014


Caracteriza-se pela presenca de bactérias na urina sem sintomatologia
específica e recomenda-se a realizacão de cultura de urina no primeiro e
terceiro trimestres da gravidez, para a deteccão de:
(A) Pielonofrite.
(B) Cistite.
(C) Bacteriúria.
(D) Disúria.
(E) Hematúria.

Comentários:
A questão trás a definição de bateriúria assintomática como vimos
anteriormente. Dessa forma, a alternativa correta está presente na Letra C.

CISTITE AGUDA

Cistite aguda se diferencia da bacteriúria assintomática pela presença


de sintomas como disúria, polaciúria, urgência miccional, nictúria, estrangúria,
dor retropúbica, suprapúbica ou abdominal. Normalmente é febril e sem
evidência de sintomas sistêmicos. A análise do sedimento urinário pode
evidenciar leucocitúria (acima de 10 leucócitos por campo) e hematúria. A
urocultura apresenta mais de 100 mil colônias por ml.
O quadro a seguir lista os antibióticos de uso oral mais usados no
tratamento:

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ANTIBIÓTICO EVIDÊNCIA POSOLOGIA


NA
GRAVIDEZ
Cefalexina B 1 comprimido de 500mg em intervalos
de 6 horas
Cefadroxil B 1 comprimido de 500mg em intervalos
de 8 ou 12 horas
Amoxicilina B 1 comprimido de 500mg em intervalos
de 8 horas
Nitrofurantoína B 1 comprimido de 100mg em intervalos
de 6 horas
Ampicilina 1 comprimido de 500mg em intervalos
de 6 horas
Fosfomicina AeB Administrada, em jejum, na dose única
Trometamol de 3g da apresentação em pó, diluída em
água

Um curso de 7 a 10 dias de antibioticoterapia geralmente é suficiente


para erradicar a infecção.

Encerramos nossa aula por aqui.


Estou à disposição para dúvidas no fórum.
Aguardo você na próxima aula do curso de atenção a saúde da mulher!
Grande Abraço!

P K C

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QUESTÕES

01. Prefeitura de Fortaleza/CE - 2016


A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a doença que mais frequentemente
complica a gravidez, acometendo de 5% a 10% das gestações, sendo
facilmente verificada durante o pré-natal. No que se refere a essa
complicação, assinale a alternativa correta.
(A) A hipertensão gestacional é o estado hipertensivo registrado antes do
início da gestação no período que precede a 20ª semana de gravidez ou
além de doze semanas após o parto.
(B) A hipertensão crônica refere-se ao aumento da pressão arterial que
ocorre após a 20ª semana de gestação, mais frequentemente perto do
parto ou no puerpério imediato, sem proteinúria.
(C) A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de hipertensão e
proteinúria (300mg ou mais de proteína em urina de 24h).
(D) ácido fólico eleva-se precocemente na pré-eclâmpsia e tem correlação
positiva com lesões de ateromatose do leito placentário.

02. EBSERH HU-UFRJ - AOCP -2015

Sobre a hipertensão arterial (HA) crônica na gestação, assinale a alternativa


INCORRETA.
(A) É a HA crônica de qualquer etiologia (idiopática, renal, feocromocitoma,
doença do colágeno) encontrada em uma gestante antes da 20ª semana de
gravidez, não complicada com mola hidatiforme ou hipertireoidismo.
(B) A HA encontrada após a 6ª semana de puerpério é também sugestiva de
um quadro crônico.

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(C) As características clínicas incluem evidências de nefropatia de base com


elevação dos níveis de uréia e creatinina, alterações de fundo de olho e/ou
presença de diabetes melito.
(D) Em virtude da HA, há uma vasoconstrição das artérias radiais e espirais
do miométrio, resultando em placentas pequenas e precocemente
senescentes.
(E) É a ocorrência de um quadro hipertensivo induzido pela gravidez, que
ocorre no final da gestação, durante o trabalho de parto ou nas primeiras
24 horas de puerpério, desaparecendo nos primeiros 10 dias do pós-parto.

03. EBSERH NACIONAL - AOCP - 2015


Conceitua-se hipertensão arterial na gestacão apartir dos seguintes
parâmetros:
(A) Observacão de níveis tensionais absolutos iguais ou maiores do que
140mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 90mmHg de
pressão diastólica, mantidos em medidas repetidas, em condicões ideais,
em pelo menos três ocasiões.
(B) Aumento de 50mmHg ou mais na pressão sistólica e/ ou de 15mmHg ou
mais na pressão diastólica.
(C) Observacão de níveis tensionais absolutos iguais oumaiores do que
170mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 100mmHg de
pressão diastólica, mantidos em medidas repetidas, em condicões ideais,
em pelo menos três ocasiões.
(D) Aumento de 30mmHg ou mais na pressão sistólica e/ ou de 25mmHg ou
mais na pressão diastólica.
(E) Observacão de níveis tensionais absolutos iguais oumaiores do que
150mmHg de pressão sistólica e iguais ou maiores do que 95mmHg de
pressão diastólica, mantidos em medidas repetidas, em condicões ideais,
em pelo menos três ocasiões.

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04. EBSERH HC-UFG - AOCP - 2015


A hipertensão arterial registrada antes da gestacão, no período que precede a
vigésima semana de gravidez ou além de 12 semanas após o parto, é
classificada na categoria:
(A) Pré-eclâmpsia.
(B) Eclâmpsia.
(C) Pré-eclâmpsia superposta.
(D) Hipertensão arterial sistêmica crônica.
(E) Hipertensão arterial.

05. EBSERHNACIONAL - AOCP-2015


A pré-eclampsia é caracterizada:
(A) Pelo aparecimento de HAS e proteinúria (>300 mg/24h) após a 20ª semana
de gestação em mulheres previamente normotensas.
(B) Por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas.
(C) Pela elevação aguda da PA, a qual se agregam proteinúria, trombocitopenia
ou anormalidades da função hepática, em gestantes portadoras de HAS
crônica com idade gestacional superior a 20 semanas.
(D) Por hipertensão registrada antes da gestação, no período que precede a
20ª semana de gravidez ou além de doze semanas após o parto.
(E) Por HAS detectada após a 20ª semana, sem proteinúria, podendo ser
definida como transitória (quando ocorre normalização após o parto) ou
crônica (quando persistir a hipertensão).

06. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


Quando na gestante é observado edema generalizado (face, tronco e
membros) ou que já se mostra presente quando a gestante acorda,

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acompanhado ou não de hipertensão ou aumento súbito de peso, a conduta do


profissional deve ser a de:
(A) Acompanhar a gestante, seguindo o calendário derotina.
(B) Verificar se o edema está relacionado à postura.
(C) Marcar retorno em sete dias, na ausência de sintomas.
(D) Avaliar e encaminhar para o servico de alto risco.
(E) Orientar repouso em decúbito lateral esquerdo.

07. EBSERH HUJM-UFMT - AOCP - 2014


O único tratamento definitivo para a Pré-eclâmpsiaé:
(A) Uso de diuréticos poupadores de potássio.
(B) Uso de anti-hipertensivos e corticoides.
(C) Antecipacão do parto.
(D) Mudanca de hábitos alimentares.
(E) Repouso absoluto.

08. TJ-AM - FGV-2013


Durante uma consulta de pré-natal, a paciente, que está na 24ª semana de
gestação, relata episódios de cefaléia, dor epigástrica, diurese diminuída (cerca
de 400ml/dia), além de apresentar PA igual a 115/120 mmHg. Esses sintomas
devem ser investigados, pois indicam um quadro de:
(A) Eclâmpsia.
(B) Pré-eclâmpsia grave.
(C) Pré-eclâmpsia leve.
(D) Hipertensão crônica.
(E) Hipertensão transitória.

09. Pref. Manduri- SP - CONRIO-2013

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A pré-eclâmpsia pode ser classificada em leve ou grave, de acordo com o grau


de comprometimento. Assinale a alternativa abaixo que não apresenta critérios
considerados como grave:
(A) Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaléia e distúrbios visuais).
(B) Pressão arterial diastólica igual/maior que 110mmHg.
(C) Dor epigástrica ou no hipocôndrio direito.
(D) Leucopenia e Polaciúria.

10. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


A pré-eclâmpsia é classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de
comprometimento. Considera-se grave quando está presente o seguinte
critério:
(A) Pressão arterial diastólica igual a 80 mmHg.
(B) Poliúria (maior que 500ml/dia).
(C) Sinais de encefalopatia hipertensiva (cefaleia edistúrbios visuais).
(D) Leucocitose .
(E) Diminuicão de enzimas hepáticas (AST ou TGO, ALT ou TGP, DHL) e de
bilirrubinas.

11. EBSERH HULW-UFPB - AOCP - 2014


Na hipertensão arterial sistêmica (HAS) na gestacão, é correto afirmar que a
pré-eclampsia pode ser definida como:
(A) Hipertensão registrada antes da gestacão, no período que precede à 20ª
semana de gravidez ou além de doze semanas após o parto.
(B) Pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a
outras causas.
(C) Elevacão aguda da PA, à qual se agregam proteinúria, trombocitopenia ou
anormalidades da funcão hepática, em gestantes portadoras de HAS crônica
com idade gestacional superior a 20 semanas.

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(D) Aparecimento de HAS e proteinúria (>300mg/24h) após a 20ª semana


de gestacão em mulheres previamente normotensas.
(E) HAS detectada após a 20ª semana, sem proteinúria, podendo ser definida
como “transitória” (quando ocorre normalizacão após o parto) ou “crônica”
(quando persistir a hipertensão).

12. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


A eclâmpsia caracteriza-se pela presenca de:
(A) Cefaleia generalizada.
(B) Convulsões tônico-clônicas generalizadas.
(C) Miocardiopatia generalizada.
(D) Trombofilias generalizadas.
(E) Hepatomegalia generalizada.

13. EBSERH HUJM-UFMT - AOCP - 2014


Sobre a eclâmpsia, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a
seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.
() É caracterizada pela hipertensão que ocorre antes das 20 semanas de
gestacão acompanhada de proteinúria, com desaparecimento em 14 semanas
após o parto.
() A eclâmpsia ocorre até a 32ª semana de gestacão, quando ocorre durante o
parto ou puerpério, é considerada epilepsia ou outra doenca convulsiva.
() Dentre os cuidados gerais está o cateterismo vesical contínuo, manutencão
de ambiente silencioso e tranquilo, decúbito elevado a 30 graus e face
lateralizada.
() O parto vaginal é preferível à cesariana para mulheres com pré-
eclâmpsia/eclâmpsia, para evitar o estresse adicional de uma cirurgia em uma
situacão de alteracões fisiológicas múltiplas.

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(A) F-V-F-V.
(B) V-V-V-V.
(C) V-F-F-F.
(D) F-F-V-V.
(E) V-V-F-F.

14. EBSERH HC-UFG - AOCP - 2015


Paciente, na trigésima segunda semana de gestacão, apresentou hipertensão
arterial, proteinúria e convulsões. Diante deste caso, podemos considerar que
trata-se de um quadro de:
(A) Hipertensão crônica.
(B) Hipertensão gestacional.
(C) Pré-eclâmpsia.
(D) Eclâmpsia.
(E) Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica.

15. EBSERH HE-UFPEL - AOCP - 2015


Em relacão à Eclampsia, assinale a alternativa correta.
(A) A internacão hospitalar pode ocorrer sem a necessidade de regime de
terapia intensiva.
(B) Considera-se em eclampsia pacientes com pressão arterial ≥140 x 90
mmHg, ou aumento de 30 mmHg na PA sistólica, ouaumento de 15 mmHg
na PA diastólica, ou PAM ≥90 mmHg ou elevacão de 20 mmHg na PAM
previamente conhecida.
(C) Controle da PA - manter PAD entre 70 e 80 mmHg. Níveis mais baixos
podem prejudicar a perfusão placentária.
(D) Uma das medidas gerais é manter a paciente na posicão lateralizada.

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(E) Havendo condicões de colo favoráveis para a inducão, ou trabalho de


parto desencadeado, a via baixa estará indicada,com rigoroso controle fetal
e da cinética uterina que tende a ser exacerbada na DHEG.

16. EBSERH HU-UFS - AOCP - 2014


Relacione as colunas no que diz respeito a hipertensão arterial sistêmica (HAS)
na gestacão e, a seguir, assinale a alternativa com a sequência correta.
1. Pré-eclâmpsia.
2. Eclâmpsia.
3. Hipertensão arterial sistêmica crônica.
4. Hipertensão gestacional.

( ) Corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem


ser atribuídas a outras causas.
( ) Caracterizada por HAS detectada após a 20ª semana, sem proteinúria,
podendo ser definida como “transitória” (quando ocorre normalizacão após o
parto) ou “crônica” (quando persistir a hipertensão).
( ) Caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (>300mg/24h) após
a 20ª semana de gestacão em mulheres previamente normotensas.
( ) É definida por hipertensão registrada antes da gestacão, no período que
precede à 20ª semana de gravidez ou além de doze semanas após o parto.

(A) 1-4-2-3.
(B) 4-2-3-1.
(C) 2-4-1-3.
(D) 2-1-3-4.
(E) 3-4-1-2.

17. EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014

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Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.


“Durante a síndrome hipertensiva da gravidez, pode-se ocorrer a proteinúria.
Neste caso, a proteinúria é definida como a excrecão de ________ de
proteínas ou mais, em urina de 24 horas, ou _________ ou mais, na fita em
duas ocasiões, em uma determinacão de amostra única sem evidência de
infeccão”.
(A) 0,05 gramas / 4+.
(B) 0,01 gramas / 3+.
(C) 0,1 gramas / 2+.
(D) 0,2 gramas / 1+
(E) 0,3 gramas / 1+.

18. EBSERH HUJM-UFMT - AOCP - 2014


A terapia anticonvulsivante é indicada para prevenir convulsões recorrentes em
mulheres com eclâmpsia, assim como o aparecimento de convulsões naquelas
com pré-eclâmpsia, sendo o medicamento de escolha:
(A) O clonazepam.
(B) A carbamazepina.
(C) O ácido Valpróico.
(D) O gluconato de cálcio.
(E) O sulfato de magnésio.

19. EBSERH HUSM-UFSM - AOCP - 2014


“Corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser
atribuídas a outras causas”. O enunciado refere-se à:
(A) Hipertensão crônica.
(B) Eclâmpsia.
(C) Hipertensão gestacional.
(D) Pré-eclâmpsia.

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(E) Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica.

20. EBSERH HUCAM-UFES - AOCP - 2014


Durante uma consulta pré-natal, a enfermeira depara-se com uma gestante de
35 anos, primigesta, no oitavo mês de gravidez, com edema generalizado,
hipertensão arterial, cefaleia e proteinúria de 0,3 (três) g/L em 24 horas. As
orientacões e condutas nesta situacão objetivam prevenir:
(A) O estresse fisiológico pré-parto.
(B) A eclâmpsia.
(C) A doenca hispertensiva específica da gravidez.
(D) A doenca hemolítica do recém-nascido.
(E) O diabetes gestacional.

21. EBSERH NACIONAL - AOCP - 2015


Sobre o assunto, assinale a alternativaINCORRETA.
(A) A Pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria (>
300 mg/24h) após a 20ª semana de gestacão em mulheres previamente
normotensas.
(B) A eclâmpsia corresponde à pré-eclâmpsia complicada por convulsões que
não podem ser atribuídas a outras causas.
(C) Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica é definida pela elevacão aguda da
PA, à qual se agregam proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da
funcão hepática, em gestantes portadoras de HAS crônica com idade
gestacional superior a 20 semanas.
(D) Hipertensão arterial sistêmica crônica é definida por hipertensão
registrada antes da gestacão, no período que precede à 20ª semana de
gravidez ou além de doze semanas após o parto.

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Profª Kelly Coelho - Aula 3

(E) Hipertensão gestacional é caracterizada por HAS detectada após a 30ª


semana, com proteinúria, podendo ser definida como “transitória” ou
“crônica”.

22. EBSERH MARANHÃO - AOCP - 2015


O Nitroprussiato de sódio é um poderoso vasodilatador tanto para os vasos
sanguíneos de resistência como de capacitância. Esse vaso dilatador é utilizado
em qual emergência obstétrica?
(A) Síndromes hipertensivas na gravidez.
(B) Ameaca de aborto.
(C) Descolamento corioamniótico.
(D) Descolamento prematuro de placenta.
(E) Macrossomia fetal.

23. EBSERH MARANHÃO - AOCP - 2015


Qual atendimento uma gestante que apresenta valores de PA >140/90mmHg,
proteinúria positiva, cefaleia, epigastralgia e escotomas deve receber?
(A) Deve-se marcar retorno em 15 dias para reavaliacão.
(B) Deve-se orientá-la a diminuir a ingestão de sal.
(C) Deve-se orientá-la a praticar atividade físicaregularmente.
(D) Deve-se referir imediatamente a gestante ao pré-natalde alto risco.
(E) Deve-se orientá-la a aumentar a ingesta hídrica.

24. EBSERH HU-UFMS - AOCP - 2014


Sobre as gestantes com pré-eclâmpsia/eclampsia, informe se é verdadeiro (V)
ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência
correta.
() A ocorrência de convulsões em mulheres com pré-eclampsia caracteriza o
quadro de eclampsia.

P K C

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Profª Kelly Coelho - Aula 3

( ) No quadro de eclâmpsia a conduta obstétrica visa à estabilizacão do


quadromaterno, devendo a antecipacão do parto ocorrer somente após 38°
semanas de gestacão.
( ) A terapia anti-hipertensiva deve ser adotada para níveis de pressão
diastólica persistentemente acima de 105 ou 110mmHg.
( ) O parto cesariana é preferível ao parto vaginal para mulheres com pré-
eclâmpsia/eclampsia.

(A) V-F-V-F.
(B) V-V-V-V.
(C) F-F-V-V.
(D) V-F-F-V.
(E) F-F-F-V.

25. EBSERH HU-UFMS - AOCP - 2014


Primigesta com 35 semanas de gestacão, admitida em Unidade de Internacão
Obstétrica por Pré-eclâmpsia, iniciou nas últimas horas com quadro de dor
abdominal e náuseas. O último exame laboratorial apresentava plaquetopenia,
elevacão de enzimas hepáticas e hemólise, caracterizando quadro de:
(A) Descolamento prematuro de placenta.
(B) Síndrome HELLP.
(C) Infeccão do trato urinário superior.
(D) Síndrome hiperosmolar aguda.
(E) Translocacão de membranas fetais.

26. EBSERH HU-UFMS - AOCP - 2014


A droga anti-hipertensiva de escolha para tratamento medicamentoso de
gestantes com Hipertensão Arterial crônica é:
(A) Losartana.

P K C

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(B) Captopril.
(C) Metildopa.
(D) Tasosartana.
(E) Enalapril.

27. EBSERH HUCAM-UFES - AOCP - 2014


Uma das principais complicacões da gravidez é a eclâmpsia. Em relacão aos
agravos gestacionais, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma
a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A hipertensão, proteinúria e edema são sinais malignos na gravidez.


( ) A pré-eclâmpsia é considerada forma convulsiva e a eclâmpsia não
convulsiva.
( ) O edema de forma isolada não pode ter sido utilizado para descriminacão
das síndromes hipertensivas gestacionais pois é frequente nas gestantes.
( ) A eclâmpsia pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério.

(A) V-F-V-V.
(B) F-V-V-V.
(C) F-F-V-V.
(D) V-F-F-V.
(E) F-V-V-F.

28. EBSERH HC-UFMG - AOCP - 2014


A hipertensão arterial sistêmica (HAS) na gestacão é classificada em
categorias. Sobre elas, assinale a alternativa correta.
(A) A hipertensão gestacional é definida por hipertensão registrada antes da
gestacão, no período que precede à 20ª semana de gravidez ou além de
doze semanas após o parto.

P K C

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(B) A pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica corresponde à pré-eclâmpsia


complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas.
(C) A eclâmpsia é definida pela elevacão aguda da PA, à qual se agregam
proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da funcão hepática, em
gestantes portadoras de HAS crônica com idade gestacional superior a 20
semanas.
(D) A pré-eclâmpsia é caracterizada pelo aparecimento de HAS e proteinúria
(>300 mg/24h) após a 20ª semana de gestacão em mulheres previamente
normotensas.
(E) A hipertensão arterial sistêmica crônica é caracterizada por HAS
detectada após a 20ª semana, sem proteinúria, podendo ser definida como
“transitória” (quando ocorre normalizacão após o parto) ou “crônica”
(quando persistir a hipertensão).

29. EBSERH MEAC E HUWC-UFC - AOCP - 2014


O sulfato de magnésio é a droga de eleicão nos casos de pré-eclâmpsia grave e
eclâmpsia. Uma gestante recebendo essa terapia, requer alguns cuidados.
Sobre estes, assinale a alternativa correta.
(A) Observar sangramento vaginal, manter repouso, infusão endovenosa de
eletrólitos.
(B) Atentar para queixas de dor, controle de diurese, observar sangramento
vaginal.
(C) Cateterismo vesical para melhor controle da diurese, observar presenca
de reflexo patelar e frequência respiratória.
(D) Observar presenca de reflexo patelar e sangramento vaginal e infusão
endovenosa de eletrólitos.
(E) Observar Sinal de Bandi, observar sangramento vaginal e controle de
diurese.

P K C

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30. OFICIAL DA MARINHA – CSM – 2012


Segundo Araújo (2012), a Síndrome de HELLP é caracterizada por:
(A) disúria, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia.
(B) coagulação intravascular disseminada, elevação das lipases e hipertensão.
(C) hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia.
(D) coagulação intravascular disseminada, disúria e hipertensão.
(E) hemólise, elevação das enzimas hepáticas e disúria.

Comentários:
A Síndrome HELLP éo quadro clínico caracterizado por hemólise (H =
“hemolysis”), elevacão de enzimas hepáticas (EL = “elevated liver functions
tests”) e plaquetopenia (LP = “low platelets count”). Embora acompanhe
outras doencas, em Obstetrícia é considerada como agravamento do quadro de
pré-eclâmpsia. Assim, a resposta correta está presente na Letra C.

31. Pref. Rio de Janeiro-RJ - Fundação João Pinheiro - 2015


A realização do VDRL no pré-natal permite que o tratamento materno seja
instituído e finalizado antes do parto. O intervalo mínimo, antes do parto, para
que o recém-nascido seja considerado tratado intra-útero é de:
(A) 7 dias.
(B) 21 dias.
(C) 30 dias.
(D)60 dias.

32. EBSERH HU-UFS - AOCP - 2014


Sobre a sífilis na gestacão, é correto afirmar que:
(A) A sífilis congênita não é um agravo de notificacão compulsória, por não ser
considerada um evento marcador da qualidade de assistência à saúde
materno-fetal.

P K C

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(B) A infeccão do feto depende do estágio da doenca na gestante, ou seja,


quanto mais recente a infeccão materna, mais treponemas estão
circulantes e, portanto, menos grave será o comprometimento fetal.
(C) A realizacão do VDRL no início do terceiro trimestre permite que o
tratamento materno seja instituído e finalizado até 30 dias antes do parto,
intervalo mínimo necessário para que o recém-nascido seja considerado
tratado intraútero.
(D) O diagnóstico clínico, na fase primária, é dado por erupcões cutâneas
generalizadas (roséolas sifilíticas), em especial quando se observam lesões
palmo-plantares, além de queda de cabelo.
(E) O Anti-HBs, teste diagnóstico mais utilizado nesta patologia, torna-se
reativo a partir da segunda semana depois do aparecimento do cancro e,
em geral, está mais elevado na fase secundária dadoenca.

33. SESA-ES - CESPS-2013


Apesar do acesso universal ao pré-natal, a redução da prevalência da sífilis
ainda é um desafio no contexto brasileiro. A respeito desse tema, assinale a
opção correta.
(A) As relações sexuais anais e orais não constituem fator de risco para a
transmissão de sífilis durante a gravidez.
(B) O agente causador da sífilis é o Trypanosoma cruzi.
(C) Cegueira, surdez, deficiência mental e malformações no feto podem ocorrer
devido à transmissão horizontal da sífilis durante a gravidez.
(D) Os fármacos disponíveis para o tratamento da sífilis deverão ser
prescritos para o casal (ou parceiros envolvidos); entretanto, a gestante só
poderá realizar o tratamento após o nascimento da criança, devido ao risco
de a penicilina ocasionar malformações, cegueira e outras teratogenias.

P K C

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(E) No âmbito da Rede Cegonha, os profissionais da atenção básica poderão


realizar os testes para a triagem rápida da sífilis em gestantes e parceiros,
visando diminuir a prevalência da doença nessa população. Para que isso
ocorra, entretanto, o município terá de optar pela adesão a essa estratégia
junto ao Ministério da Saúde e as equipes de atenção básica terão de ser
devidamente capacitadas para essa triagem.

34. EBSERH NACIONAL - AOCP - 2015


Sobre a Sífilis, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A sífilis é uma doenca infecciosa sistêmica, de evolucão crônica, sujeita a
surtos de agudizacão e períodos de latência quando não tratada.
(B) É causada pelo Treponema pallidum, um espiroqueta de transmissão sexual
ou vertical, que pode produzir, respectivamente, as formas adquirida ou
congênita da doenca.
(C) O risco de infeccão em um intercurso sexual é 60% nas lesões de cancro
duro e condiloma plano.
(D) Sífilis adquirida recente é caracterizada por menos deum ano de
evolucão.
(E) A sífilis adquirida tardia é caracterizada por menosde 1 ano de duracão e
pode ser classificada como primária, secundária e latente recente.

35. EBSERH MARANHÃO - AOCP - 2015


A mulher que recebeu tratamento em decorrência de sífilis, durante a gestacão
ou no momento do parto:
(A) Deverá ser acompanhada com VDRL no pós-parto em intervalo anual.
(B) Deverá ser acompanhada com VDRL no pós-parto em intervalos
trimestrais.
(C) Não necessita de acompanhamento no pós-parto.
(D) Deverá ser acompanhada com Anti-Hbs no pós-parto.

P K C

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(E) Deverá ser acompanhada com Hbs-Ag em intervalos semestrais.

36. EBSERH HC-UFMG - AOCP - 2014


A sífilis é uma doenca infecciosa sistêmica, de evolucão crônica e causada pelo
Treponema pallidum, que pode produzir as formas adquirida e congênita da
doenca. Sobre esta patologia, preencha a lacuna e assinale a alternativa
correta.
“A realizacão do teste para sífilis (VDRL, RPR) no início do 3º trimestre permite
o tratamento materno até _________ antes do parto, intervalo mínimo
necessário para que o recém-nascido seja considerado tratado intraútero”.
(A) 10 dias.
(B) 15 dias.
(C) 20 dias.
(D) 30 dias.
(E) 5 dias.

37. INES - AOCP - 2013


Os exames pré-natais que a gestante realiza, são de extrema importância para
prevenção e tratamento de diversas doenças. Sobre a interpretação do
resultado e conduta do exame de toxoplasmose, preencha a lacuna e assinale
a alternativa correta. Recomenda-se, sempre que possível, a triagem para
toxoplasmose por meio da detecção de anticorpos da classe __________ (Elisa
ou imunofuorescência). Em caso de positividade, significa doença ativa e o
tratamento deve ser instituído.
(A) IgA.
(B) IgE.
(C) IgG.
(D) IgO.
(E) IgM.

P K C

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38. Câmara de Recife-PE - FGV-2014


A administração da imunoglobulina anti-Rh após o parto, com o objetivo de
proteger o próximo filho (gestações futuras) da eritroblastose fetal, é uma
conduta que deve ser realizada quando:
(A) Mãe e filho forem Rh positivo.
(B) A mãe for Rh positivo e o filho Rh negativo.
(C) Mãe e filho forem Rh negativo.
(D) O pai for Rh negativo e a mãe Rh positivo.
(E) A mãe for Rh negativo e o filho Rh positivo.

39.EBSERH HU-UFGD - AOCP - 2014


A prevencão da sensibilizacão pelo fator Rh deve ser realizada pela
administracão de imunoglobulina anti-D nas seguintes situacões em mães Rh
negativo, EXCETO:
(A) Após procedimentos invasivos: amniocentese, cordocentese, biópsia de vilo
corial.
(B) Após aborto, gravidez ectópica ou mola hidatiforme.
(C) Após o parto de mães com Coombs indireto negativo, parceiros Rh
negativos e recém-nascidos Rh negativo.
(D) Entre a 28ª e a 34ª semana de gestacão de todas as mulheres com
Coombs indireto negativo e comparceiros Rh positivos.
(E) Após sangramento obstétrico (placenta prévia, porexemplo) com risco de
hemorragia feto-materna significativa.

40. EBSERH HUCAM-UFES - AOCP - 2014


A infeccão urinária representa uma complicacão importante durante a
gestacão, sendo muito comum neste período. Assim, quando uma gestante de

P K C

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14 semanas comparece à Unidade Básica de Saúde trazendo resultado de


exame de urocultura positiva, o profissional pré-natalista deve iniciar
tratamento medicamentoso para evitar:
(A) DHEG.
(B) Diabetes gestacional.
(C) Descolamento prematuro de placenta.
(D) Macrossomia fetal.
(E) Trabalho de parto prematuro e restricão de crescimentointrauterino.

41. EBSERH HUWC-UFC - AOCP - 2014


Caracteriza-se pela presenca de bactérias na urina sem sintomatologia
específica e recomenda-se a realizacão de cultura de urina no primeiro e
terceiro trimestres da gravidez, para a deteccão de:
(A) Pielonofrite.
(B) Cistite.
(C) Bacteriúria.
(D) Disúria.
(E) Hematúria.

P K C

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GABARITO

QUESTÃO ALTERNATIVA QUESTÃO ALTERNATIVA


1 C 22 A
2 E 23 D
3 A 24 A
4 D 25 B
5 A 26 C
6 D 27 A
7 C 28 D
8 B 29 C
9 D 30 D

P K C

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10 C 31 C
11 D 32 C
12 B 33 E
13 D 34 E
14 D 35 B
15 E 36 D
16 C 37 E
17 E 38 E
18 E 39 C
19 B 40 E
20 B 41 C
21 E

REFERÊNCIAS

Bruggemann OM, Oliveira ME, Santos EKA. Enfermagem na atenção obstétrica


e neonatal Curitiba: Progressiva, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atencão à Saúde. Departamento de


Atencão Básica.Atencão ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2012.

P K C

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Montenegro CAB. Rezende obstetrícia fundamental 13. ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para


atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis.
Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

P K C

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