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Trauma de

extremidades
Prof. Reneclei de Sousa
 O trauma de extremidades é relativamente
comum e, geralmente, considerado de menor
importância.

 O mecanismo pelo qual um trauma múscular e


esquelético pode ameaçar a vida é pela perda de
sangue, externa ou interna.

 Manuseio dos traumas de extremidades é simples


e NÃO É PRIORIDADE NO ATENDIMENTO INICIAL,
a menos que haja grave sangramento externo.
Trauma de extremidades
Envolvem Vários
elementos teciduais:

-Pele
-Músculos
-Nervos
-Vasos
-Ossos
TIPOS DE TRAUMA DE
EXTREMIDADE

• Trauma musculoesquelético isolado sem risco de morte


(faturas isoladas).

• Trauma musculoesqueléico sem risco de morte, associado

a trauma multisistêmico com risco de morte.


• Trauma musculoesquelético com risco de vida

(fraturas de fêmur e bacia, risco de vida devido a hemorragia).


Tipos de lesões:
- Fraturas: fechadas e expostas;
- Contusão;
- Entorse;
- Luxação;
- Distensão.

-Sinais e sintomas
• Dor
• Hiperemia •↓ ou perda de força motora
• Edema • ↓ perfusão periférica
• Hematoma • ↓ ou perda de pulso distal
• Crepitação • ↓ ou perda de sensibilidade
• Alterações anatômicas
TRAUMA MÚSCULO – ESQUELÉTICO
LESÕES ÓSSEAS ( FRATURAS)

Abertas ou Expostas: Onde há lesões de pele


associada,permitindo que o osso,ou o hematoma da
fratura,tenha contato com o meio externo,mesmo
que não se veja o osso;

Fechadas: Onde não há lesões de pele,ou lesões não


é suficientemente profunda para que o osso ou o
hematoma tenha contato com o meio
externo.Devem ser imobilizadas para não se
tornarem expostas ou lesar estruturas vizinhas.
Os sinais e sintomas podem não ser tão evidentes

• Lembre – se:
Uma fratura somente
pode ser excluída
por uma radiografia
do membro acometido

Na duvida? Imobilize o membro.


SÍNDROME COMPARTIMENTAL

• Trauma de partes moles pode levar a


síndrome compartimental e pode
colocar a extremidade em risco.
• Aumento da pressão em compartimentos
muscular.
• Isquemia prolongada ( >6-8 hrs )
leva a hipóxia e morte celular.
• Fasciotomia é o tratamento.
ATENDIMENTO INICIAL DAS
LESÕES DE EXTREMIDADES
controle da hemorragia

melhora da dor

função neurológica

melhora o prognóstico do tratamento


definitivo e da recuperação
TIPOS DE DISPOSITIVOS
IMOBILIZAÇÃO
•Lesões osteoarticulares – avaliar pulsos distais e
sensibilidade.
•Imobilizar uma articulação acima e uma abaixo.

•Fraturas expostas – conter hemorragia com


curativo oclusivo, retirar corpos estranhos da ferida,
ocluir a ferida e imobilizar na posição encontrada.
IMOBILIZAÇÃO
• FRATURAS DESALINHADAS:
- Pulso distal presente - imobilizar na posição encontrada.

- Pulso distal ausente - tentar alinhar o membro, com leve


tração controlando o pulso. Assim que sentir o retorno do
pulso imobilizar na posição.
IMOBILIZAÇÃO
• AMPUTAÇÕES TRAUMÁTICAS

• Conter hemorragia com curativo oclusivo e


acondicionar o membro amputado.
• Membro amputado - breve limpeza; envolver em gaze
ou compressa limpa e seca; acondicionar em saco
plástico bem fechado e este, dentro de outro com gelo
e água gelada, identificar e levar junto à vítima.
ABORDAGEM EM SUPORTE BÁSICO

A Via aérea pode estar obstruída ou não; relatar a oximetria.

B Relatar achados à inspeção e palpação

C Relatar a condição hemodinâmica e controle de hemorragias

D Relatar a Escala de Coma de Glasgow e a condição pupilar

E Exposição com controle da hipotermia


ABORDAGEM EM SUPORTE BÁSICO

C
• Conter hemorragia com curativo oclusivo.

• Imobilize membro traumatizado.


PRECAUÇÃO

POR MAIS ASSUSTADORA QUE PAREÇA UM


TRAUMA MÚSCULO-ESQUELÉTICO!

NÃO ESQUEÇA, DEVEMOS SEGUIR O:

ABCDE
A PRIORIDADE É A VÍTIMA E NÃO A
EXTREMIDADE AFETADA !
TRAUMA
ABDOMINAL
ETIOLOGIA

• No Brasil: + Freqüente trauma aberto, principalmente por


arma de fogo.
• Nos EUA e Europa: + Freqüente trauma fechado

Trauma abdominal ( 6.166 casos) HGV (1955- 1990)


Trauma fechado Trauma aberto
Atropelamento 794 47% Arma de fogo 3112 69%
Colisão de veículos 455 27% Arma Branca 1209 27%
Outro 214 13% Outros 157 3,5%

Total 1.688 Total 4.478


INTRODUÇÃO

A lesão intra-abdominal não diagnosticada continua


sendo causa freqüente de mortes evitáveis após o trauma.
Os sinais clínicos de lesão intra-abdominal são discretos,
encobertos pela dor causada por lesões extra-abdominais
associadas ou mascarados pelo trauma encefálico ou pelo
uso de entorpecentes. Cerca de 20% dos pacientes com
hemoperitônio agudo apresentam poucos achados clínicos
por ocasião da primeira abordagem.
INTRODUÇÃO (Continuação)

Além disso, a cavidade abdominal constitui-se em

reservatório potencial para grandes perdas ocultas de

sangue. Portanto, qualquer vitima de lesão por

desaceleração ou ferimento penetrante do tronco deve ser

encarada como portadora de lesão de uma víscera

abdominal.
CAVIDADE ABDOMINAL
ANATOMIA
Regiões do Abdome:
O abdome possui três compartimentos anatômicos distintos:
 a cavidade peritoneal;
 o espaço retroperitoneal; e
 a pelve.
A ocorrência de fraturas dos arcos costais inferiores deve
aumentar a suspeita de trauma hepatoesplênico.
O reconhecimento das lesões das estruturas retroperitoneais é
particularmente difícil porque esta região é pouco acessível ao
exame clinico e a lavagem peritoneal diagnóstica.
INTRODUÇÃO (Continuação)

É a região do corpo onde é mais DIFÍCIL de se fazer o


diagnóstico correto das lesões traumáticas;

Quando não identificado o trauma abdominal é uma das


principais causas de morte;e

A ausência de sinais e sintomas locais não afasta a


possibilidade de trauma abdominal (mecanismo do
trauma).
INTRODUÇÃO (Continuação)

Aberto: lesão de continuidade da pele, mecanismo


direto da lesão, pode ser penetrante com ou sem lesão
interna.
Ex: arma branca , projétil de arma de fogo...

Fechado ou Contusão: mecanismo indireto da


lesão, não apresenta solução de continuidade.
Ex: colisão, atropelamento, queda, agressão...
INTRODUÇÃO (Continuação)
INTRODUÇÃO (Continuação)
TRAUMA FECHADO

Mecanismo indireto de lesão, são secundários a


acidentes com veículos automotores, motocicletas,
quedas, agressões, e atropelamento.

Lesão pode ser de víscera oca, maciça, isolada,


múltiplas, e de outras estruturas como vasos
sangüíneos, nervos, músculos, e ossos.
TRAUMA FECHADO (Continuação)

Colocação do Cinto de Segurança Corretamente


DIAGNÓSTICO

Paciente empalado
DIAGNÓSTICO
CISTOGRAFIA
CT
CT
DIAGNÓSTICO

Hemodinamicamente estáveis:

 Sinais: Hematoma localizado, Presença de sangue


na urina, Bolsa escrotal com coleção sanguínea,
Pulso rápido e Hipotensão.
 Sintomas: Dor à palpação, Hipovolemia, Boca seca
e etc...
AVALIAÇÃO
Na avaliação do trauma abdominal o mais
importante não é o diagnóstico acurado de
um tipo especifico de lesão porventura
existente, mas sim a confirmação da
existência de uma lesão intra-abdominal.
LAPAROTOMIA
AVALIAÇÃO DE CENA

CUIDADOS COM A SEGURANÇA

 PRÉ-ATENDIMENTO;

 DURANTE O ATENDIMENTO;e

 PÓS ATENDIMENTO.
CINEMÁTICA DO TRAUMA

 Velocidade;
 Tipo de colisão;
 Deformidade / Intrusão;
 Dispositivos de segurança;
- Restrição;
- Air bag (acionamento);e
 Posição / Ejeção
CINEMÁTICA DO TRAUMA

HISTÓRIA :

Danos dos veículos <=> lesões das vítimas


CINEMÁTICA DO TRAUMA
CINEMÁTICA
CINEMÁTICA
Colisão Frontal

Agressão
Avaliação Inicial do Paciente

• A - Vias Aéreas e Coluna Cervical;

• B - Respiração;

• C - Circulação;

• D - Condição Neurológica;e

• E - Exposição e Prevenção de Hipotermia.


HISTÓRIA
 Pormenores do acidente são particularmente úteis na

avaliação inicial do portador de trauma fechado

multissistêmico e nas lesões penetrantes. O paciente, quando

consciente, é quem melhor presta essa informação. Os

socorristas também podem fornecer detalhes importantes

sobre o momento e o mecanismo do acidente, os dados

referentes à avaliação inicial do paciente e sua resposta ao

tratamento, etc.
EXAME FÍSICO
• a) Exame Físico

O exame físico deve ser conduzido de modo meticuloso e


sistemático. Os achados quando positivos ou negativos,
devem ser anotados na ficha da vítima.

• b) Inspeção

a vítima deve estar completamente despido. Deve ser


cuidadosamente rolado para permitir o exame completo do
dorso.
EXAME FÍSICO
c) Percussão
Objetivo primário é verificar, de forma sutil, se existe dor a
descompressão brusca. Esta manobra determina pequenos
deslocamentos do peritônio e produz uma resposta similar a
obtida quando o paciente tosse.
d) Palpação
Informações subjetivas e objetivas. As primeiras consistem da
avaliação da localização e intensidade da dor. A dor inicialmente
é de origem visceral e localização imprecisa. Aumento
voluntário da tensão da parede abdominal resulta do medo de
sentir dor e pode não corresponder a lesões viscerais
significativas. Por outro lado, um aumento involuntário da tensão
da musculatura é um sinal fidedigno de irritação peritoneal. Da
mesma forma, dor bem caracterizada a descompressão súbita é
sinal inequívoco de peritonite.
EXAME FÍSICO

e) Pênis, Bolsa Escrotal e Vaginal.

A presença de sangue no meato uretral deve levantar a

suspeita de laceração da uretra abdominal.

Um exame abdominal positivo é o sinal clinico mais confiável

de trauma intra-abdominal significativo. Todavia, um exame

negativo não exclui a presença de lesão abdominal.


INSPEÇÃO VISUAL
PALPAÇÃO DE BACIA
TRAUMA ABERTO

Tempo
 Tipo de arma
 Distância
 Ferimentos (quantos / onde)
 Sangramento externo
TEMPO É VIDA
Dúvidas?

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