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Fechamento Problema 1

Discente: Luana Aparecida Da Cruz Araújo.


T02 - Audiologia

1. Conceituar acústica e psicoacústica > cite a importância das


mesmas para a Audiologia.
Fonte: tratado da audiologia, 2° edição
Acústica: Ela vai se dividir em dois aspectos em psicoacústica que vai ser a sensação que o som
produz nos indivíduos, e acústica física que vai ser tratar das vibrações e ondas mecânicas.
Acústica física: existem conceitos como ondas que vai ser uma variação da física formada por
cristas e pontos de maior intensidade ou topo da onda, já o que chamamos de vale serão os
pontos de menor intensidade e o nível médio vai ser o ponto entre esses dois; amplitude que
será o deslocamento horizontal das partículas materiais de sua posição de equilíbrio, ela pode
ser instantânea quando for medida em tempo ou ângulo definido, máxima quando for
denominada amplitude de pico; A amplitude vai se relacionar com a intensidade sonora;
frequência que será o número de ciclos que as partículas materiais realizam por segundos; Som
que é uma onda sonora que pode ser vibrante ou não podendo produzir perturbações, é onda
mecânica que necessita do meio para sua propagação, tridimensional ou seja em todas as
direções; Os sons audíveis dos ouvidos humanos são entre frequências de 20Hz a 20000 Hz;
abaixo da menor são os infrassons (onda sonora grave) e assim da maior são os ultrassons (onda
sonora agudas); Os sons tem propriedades como altura, intensidade e timbre; A altura vai se
relacionar com a frequência, e pode ser classificado em escala que varia de grave a agudo, som
alto – som agudo, som baixo – som grave. A intensidade vai se relacionar junto com a
amplitude, ou seja, a amplitude maior – som forte, amplitude menor – som fraco; O timbre não
vai ser a qualidade, mas sim a fonte sonora, como a mesma nota musical em diferentes
instrumentos.
Psicoacústica: É a percepção subjetiva do som, ela será essencial para o exercício da
audiologia. O mascaramento, audição binaural, localização de fontes sonoras, percepção de
sons complexos e mecanismos perceptuais, serão alguns ramos da psicoacústica.
Sensibilidade auditiva: A vibração mecânica pode se propagar no ambiente onde exista um
ouvinte normal e não ser percebida por ele, uma das explicações pra isso é que a frequência
dessa vibração pode ta fora da faixa audível, a intensidade poderia ser menor do que o mínimo
necessário para mover a membrana timpânica, o som poderia ser breve.
Ou seja, em um evento acústico ou sonoro nem sempre irá provocar uma percepção auditiva. O
ser humano ele é capaz de perceber várias intensidades, frequências, fase e duração, como
também a intensidade irá variar de sistema auditivo, sendo mais sensível ou menos dependendo
da frequência do estimulo.
Mascaramento: vai ser a dificuldade parcial ou total que um som provoca na percepção de
outro; ele é importante e utilizado na avaliação audiológica com diversos tipos de ruídos, como
por exemplo, ruídos de banda estreita que serão utilizados para mascarar tons puros.
Audição Binaural: Vai ser a capacidade de ouvir com ambas orelhas, mas você conseguirá
identificar pequenas diferenças entre o que é ouvido por cada uma delas.
Localização de fontes sonoras: ocorre pela influência de características físicas da onda sonora,
que geram diferenças de intensidade entre as orelhas, diferença de intensidade interaural e as
diferenças de tempo (fase) interaural.

2. Estudar profundamente a anatomofisiologia da audição.


O sistema auditivo pode ser periférico ou central, no periférico encontra-se orelha externa, média,
interna e do sistema nervoso periférico que é o nervo vestibulococlear. No central encontra-se
vias auditivas encontradas no tronco encefálico e as áreas corticais.
Sistema Auditivo periférico

Ouvido externo: Anatomicamente é formado por hélice, anti-hélice, trago, anti-trago, lóbulo,
fossa triangular, e concha auricular. Fisiologicamente: o pavilhão auricular: coleta e encaminha o
som para dentro do canal auditivo, e o canal auditivo (meato acústico) vai direcionar o som para
o ouvido médio

.
Ouvido médio: Anatomicamente é formado por ossículos como bigorna, estribo e martelo, como
também membrana timpânica, músculo estapédio e tuba auditiva.
1- A membrana timpânica – ela vai receber a onda sonora convertendo em energia
mecânica e amplificar essa energia transmitida à cadeia de ossículos;
2- Martelo- é fixado a membrana timpânica;
3-bigorna- posicionado entre o martelo e o estribo;
4-estribo- fixado à janela do vestíbulo pelo ligamento estapedial anular;
Esses três ossículos vão receber, amplificar e transmitir a energia mecânica do som para
a orelha interna – cóclea.
5- Músculo estapédio- inserido na bigorna, diminui a vibração da janela oval, e inervado
pelo nervo estapédio. Ele protege o ouvido interno, mas não é eficiente em frequências
mais altas, por exemplo, ao ouvir um som de intensidade forte ele vai se contrair
aumentando a rigidez dos ossículos do ouvido, diminuindo assim a transmissão e
amplificação de frequências baixas e medias.
6- Tuba auditiva – esqueleto ósteo cartilaginoso, vai equalizar a pressão em ambos os
lados da membrana timpânica, faz a comunicação da orelha média e a parte nasal faringe.
Ouvido interno:

Fica na parte petrosa do osso temporal; Formada por labirinto ósseo (são preenchidos por
perilinfa) e pelo labirinto membranoso (preenchido por endolinfa). O labirinto ósseo formará as
cavidades ósseas, e será composto pelo vestíbulo, canais semicirculares e a cóclea. Já o labirinto
membranoso sera um sistema interna de ductos e sacos preenchidos por líquido, é composto pelo
utrículo, sáculo, ductos semicirculares e o ducto coclear;
O vestíbulo – é uma cavidade entre cóclea e os canais semicirculares e vai ser composto por duas
vesículas ( utrículo e sáculos);
O Utrículo – ocupa a parte superior do vestíbulo, enquanto o sáculo a parte inferior.
Canais Semicirculares – são três em cada lado, denominados de superior ou anterior, lateral e
posterior ou frontal.
Cóclea – contém líquido e “células ciliadas” extremamente sensíveis.
A base da cóclea é mais alargada e possui duas janelas, a oval e a redonda. Os três “tubos” são
denominados:
1) Rampa vestibular: Mais superior, limita-se com a orelha média pela janela oval
2) Rampa média ou ducto coclear: Posição intermediária; contém o órgão de Corti e é delimitada
em sua base pela membrana basilar
3) Rampa timpânica: Mais inferior; limita-se com a orelha média pela janela redonda
Sistema ou aparelho vestibular – contém células que controlam o equilíbrio
Nervo auditivo – envia sinais da cóclea ao cérebro
Tuba Auditiva- Função de manter o arejamento das cavidades da orelha média;

Sistema auditivo Central: é formado por vias e nervos auditivos que carregam os sinais neurais
para serem processados pelo cérebro. Quando as fibras nervosas saem da cóclea em direção ao
tronco cerebral, os feixes de fibras que formam o ramo coclear do nervo auditivo estão
organizados de forma tonotópica.
As estruturas da via auditiva central são os núcleos cocleares, os núcleos olivares superiores, o
lemnisco lateral, o colículo inferior, o corpo geniculado medial, as radiações auditivas e o córtex
auditivo.
Os núcleos cocleares descodificam a intensidade (som forte e fraco), analisam diversos
parâmetros temporais como: duração do som (curto ou longo), o momento de início e final dum
estímulo auditivo e mantêm ou transmitem a análise frequencial (som agudo ou grave) realizada
pelo receptor periférico.
A via ascendente começa com a saída de fibras nervosas da cóclea para os núcleos cocleares (II
neurônio), conduzindo estimulo nervoso para o tronco encefálico. Quando o núcleo coclear é
atingido, as fibras tomam caminhos diferentes, algumas cruzam para o outro lado e atinge o
complexo olivar superior homolateral. O complexo olivar tem a função de localização de fonte
sonora e na audição binaural. As fibras continuam a subir, chegando ao lemnisco lateral. Todas
as fibras aferentes atingem o colículo inferior (III neurônio), um complexo formado de diversos
núcleos.
As fibras projetam-se para o corpo geniculado medial (IV neurônio), havendo as sinapses para
depois as vias seguirem seu trajeto para o lobo temporal (V neurônio), onde acontecem os
processos neurológicos sofisticados. As vias descendentes possibilitam o controle dos centros
superiores sobre o órgão sensorial periférico. Do córtex auditivo descem fibras separadamente
para o corpo geniculado medial (via corticogeniculada) e para o colículo inferior (via
corticocolicular).
Este último envia fibras descendentes para o complexo olivar superior e para os núcleos
cocleares. Ainda do complexo olivar superior descem fibras via nervo vestibular, que irão
diretamente para as células ciliadas do órgão de Corti.

• CAMINHO DO SOM

1. A orelha externa através do pavilhão auricular, capta as ondas sonoras que se propagam
pelo ar e as encaminham para o canal auditivo.

2. No final do canal auditivo, o som se choca contra a membrana timpânica, que vibra como
um tambor.
3. Conectado ao tímpano há três ossinhos (martelo, bigorna e estribo), diante da vibração,
o martelo vibra o osso vizinho, a bigorna, que por sua vez transfere o movimento para o
estribo, cuja extremidade está conectada ao interior da cóclea, através da janela oval.

4. Através da vibração na janela oval, criase ondas de pressão no liquido (endolinfa) que se
encontra dentro da cóclea.

5. No interior da cóclea encontra-se a membrana basilar com as células sensitivas ciliadas,


que se agrupam no órgão de Corti. Essas células são estimuladas pela pressão exercida pela
endolinfa, o que gera um impulso nervoso que é levado pelo nervo vestibulococlear ao
córtex auditivo no cérebro, onde haverá a decodificação.

3. Elencar detalhadamente as características das perdas auditivas


(grau, tipo, configuração, bilateralidade e simetria). Para o grau
considerar a padronização propostos pela OMS (2014).
Fonte: guia de orentação na avaliação audiologica 2022.

A perda auditiva é classificada em: condutivas, sensorioneurais, mistas, centrais e funcionais.


CONDUTIVA - é considerada perda auditiva condutiva, quando as ondas sonoras não alcançam
a orelha interna de forma adequada, causando uma redução da acuidade auditiva. Existe uma
diminuição da audição aos sons graves. Possíveis causas de perda auditiva de condução: -
Ausência do pavilhão auricular; - Acumulo de cera no meato acústico externo; - Espessamento
do tímpano - Secreções purulentas no ouvido médio; - Ruptura do tímpano; -
SENSORIONEURAL – o aparelho de transmissão do som encontra-se normal, mas há uma
alteração na qualidade do som. O termo “sensorioneural”, está relacionado as lesões
sensoriais (orelha interna) e lesões neurais (do nervo coclear até os núcleos auditivos no
tronco). Existe uma diminuição da audição aos sons agudos e uma melhor conservação da
audição para os sons graves. Algumas causas são exposição a sons de alta intensidade; - Uso de
antibióticos ototóxicos; - Processos inflamatórios; - Rubéola, toxoplasmose e meningite; -
Tumores benignos ou malignos na cóclea;
CENTRAL – é uma lesão no complexo olivar superior, região do cérebro responsável pela
audição. O paciente tem uma audição normal, mas não consegue entender o que é dito.
Algumas causas são:Traumatismo craniano; - Tumores benignos ou malignos no cérebro; -
Acidente vascular cerebral na região responsável pela audição.
MISTA - Esse tipo de perda auditiva apresenta as duas mas depende do predomínio do fator
de condução ou da gravidade sensorial, aí irá apresentar características diferentes.
FUNCIONAL- o paciente não apresenta lesões orgânicas no aparelho auditivo, seja ele
periférico ou central. A dificuldade de entender a audição pode ser de fundo emocional ou
psíquico.
4. Estudar a simbologia utilizada na avaliação audiológica.
Fonte: Guia de orientação na avaliação audiológica 2022.

“O audiograma deve ser construído como uma grade, na qual as frequências, em Hertz (Hz),
estão representadas em escala logarítmica no eixo da abscissa, e o nível de audição (NA), em
decibel (dB), no eixo da ordenada. Para garantir dimensão padronizada do audiograma, cada
oitava na escala de frequências deve ser equivalente ao espaço correspondente a 20 dB na
escala do nível de audição. O eixo da abscissa deve incluir as frequências de 125 Hz a 8.000 Hz,
com a legenda de “Frequência em Hertz (Hz)”. O eixo da ordenada deve incluir níveis de
audição de -10 dB a 120 dB NA (de acordo com a saída máxima de cada equipamento) com a
legenda de “Nível de Audição em Decibel (dB NA)””.
Os símbolos audiométricos apresentados no Quadro 1, foram especificados para poder
diferenciar, independentemente do código de cores:

a) orelha direita da orelha esquerda;


b) condução aérea de condução óssea;
c) limiares mascarados de limiares não mascarados;
d) presença de resposta e ausência de resposta;
e) tipo de transdutores (fone supra aural ou de inserção, vibrador e alto-falante) utilizado para
a apresentação do estímulo.

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