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06/02 - Primeira aula

Livros: Diagnóstico de radiologia veterinária - Donald Thrall

Aula introdutória
- Radiologia (tomografia e raio x) e ultrassonografia;
- O objetivo é ver como funciona os exames;
- SABER ANATOMIA!!!!! Estudar anatomia com atlas radiográfico;
- Terças e sextas (variam em teóricas e práticas);
- Prova prática: infos de aulas práticas e de laudos em sala de aula;
- Nota prática: 3,0. Acumulativa, a imagem do 1º bim. pode cair no 2º também;

Introdução
- Wilhelm Conrad Rontgen (1843-1923) – Wusburg/Alemanha, tubo de crookes (hoje se chama
de ampola), cartolina com material incandescente. O tubo de raios catódicos tinha sido
inventado pelo inglês William Crookes (1832-1919) anos antes, era um tubo de vidro dentro
do qual um condutor metálico aquecido emitia elétrons (os raios catódicos) em direção a outro
condutor. Quando Röntgen ligou o tubo, uma placa de material fluorescente (bário) brilhou, a
“cartolina” que estava do lado mudava a cor devido a radiação. Ao colocar a mão entre a
cartolina e o raio foi quando se deu conta que dava para perceber as estruturas do organismo;
- Raio x só é eliminado com o estímulo, se trata de ondas eletromagnéticas;
- Uma onda é caracterizada como radioativa quando possui poder ionizante, significa que a
onda possui ação dos radicais livres do código genético de uma célula, capaz de mudá-los,
logo a célula também muda;
- Existem aparelhos que emitem radiação, como por exemplo: TV, microondas. Radiação é uma
onda eletromagnética, passa a ser assim quando ela ioniza (muda a estrutura da molécula)
algo e podendo virar uma célula tumoral. O que muda é o comprimento (distância) de onda,
quanto menor a onda mais ionizante vai ser pois penetra mais e maior a ação, sendo assim o
que caracteriza uma onda eletromagnética/ação ionizante é o comprimento de onda!!!
Quanto menor foi o comprimento maior o poder
ionizante da onda, ou seja, maior a radioatividade.

Ao olhar a imagem tem se uma visão de uma


imaginologia (deve montar na cabeça uma imagem, em
um todo para conseguir compreender) pois tem algo
estranho, fazendo com que necessite de uma nota
fotografia por exemplo.

- Denominações:
● Ampola: região em cima onde tem os fios, dentro tem o tubo de crooke.
● Colimador: aumenta e diminui com o tamanho do chassi.
● Mesa book: embaixo tem o potter book. Não é mais tão usado na rotina.
● Transformador
● Emissor: estrutura da ampola, colimador, e tubo. É a parte que “evoluiu” no raio-x
que antigamente este liberava apenas um tipo de comprimento de onda, já tem-se um
espeto de comprimento de ondas que é emissor.

- O corpo de um animal possui 3 dimensões: altura, largura e profundidade. Entretanto, o que a


imagem mostra é uma “foto”, em duas dimensões. Nela não existe profundidade – e essa é a
origem de vários equívocos. Diferente do que muitos pensam, o exame de Raio X veterinário
não mostra apenas ossos e fraturas. É possível avaliar várias estruturas (especialmente do
tórax) que são importantes na identificação de neoplasias ou no check-up veterinário, por
exemplo;
- O que vem fazendo com que o raio x evolua é o sistema de revelação de imagem (revelador
manual, CR e atualmente o DR).
09/02 - Segunda aula *faltei
● Revelação manual.
● Máquina CR – leitura feita com uma placa que vai abaixo do animal e devia ser
colocado manualmente em outra máquina para leitura e envio ao computador.
● Máquina DR – composta por um chassi que no momento do raio-x faz a leitura e já
manda para o computador, sem a necessidade de retirá-lo do local ou de uma máquina
para leitura. Digital!!!!
- Aparelhos de Raio x podem ter várias potências. O tubo/ampola vai variar de acordo com a
potência do seu Raio x. O transformador, vai transformar uma corrente elétrica contínua em
uma corrente elétrica de acordo com o que eu desejo que ele faça, ele vai fazer com que a
corrente elétrica seja transformada e envia um potencial elétrico para a ampola.
● Transformador: porção que envia correntes elétricas com Kv (K volts - medida de
força eletromotriz equivale a mil voltz) diferentes.
● Amperagem: intensidade de uma corrente elétrica. Medida em mA. É a intensidade de
uma corrente elétrica. A intensidade da força. A kilovoltagem e a amperagem
trabalham juntos.
- O emissor indicado para uma clínica de pequenos animais é um emissor que vai de 125-150
mA. O emissor pode ser portátil ou fixo, se forma um potencial elétrico no transformador →
cátodo no vácuo → ânodo → raio x sendo emitido. Ao redor do emissor tem óleo para
absorver o calor entre a ampola e o exterior do emissor;
- A onda eletromagnética pode ou não passar por tecidos a depender da sua densidade (D =
M/V), se comportando e interagindo de formas diferentes. Logo, elementos com números
atômicos ou de densidade mais alta, absorverão mais a onda eletromagnética e maior será a
interação desta com o objeto radiografado.
- Antigamente as cartolinas usadas para uma radiografia eram compostas por terras raras que
reagiam a ondas eletromagnéticas, gerando luz. Hoje não é tão diferente já que dentro do ecrã
há substâncias que reagem ao raio x gerando luz;
- O que um revelador faz?
● Promove pigmentação dos locais que receberam luz;
● Onde tem-se a pigmentação preta é onde o raio-x conseguiu atingir o ecrã, ou seja,
houve reação e gerou luz.
● Onde tem-se pigmentação branca é onde o raio-x não conseguiu atingir o ecrã e não
gerou luz.
- Radioluscente X radiopaco:
● Radioluscente é onde o ecrã recebeu luz e o filme ficou preto.
● Radiopaco é onde o ecrã não recebeu a radiação, consequentemente não gerou luz e
ficando branco.
- Radiodensidade: algo mais radiodenso (denso) dificulta a passagem da onda, logo gerando
uma imagem radiopaca (branca). Assim um objeto pode ser mais ou menos
radioluscente/radiopaco dependendo da densidade;
- Quanto maior o Kv menor será o comprimento da onda. Quanto menos o comprimento de
onda maior a penetração nos tecidos, ou seja, para uma imagem radioluscente (onda de maior
penetração) aumenta-se o Kv. Um animal maior necessita de Kv maior!!!
- O emissor deve ficar a 1 metro do objeto a ser radiografado, estando assim mais próxima do
chassi para uma imagem mais detalhada. Lembrar que a posição do animal interfere na
projeção da imagem, cuidado para não sobrepor estruturas!
- Densidade importantes: ar, água, osso, gordura;
- Densidades iguais se somam e diferentes se subtraem. Por isso é possível a visualização de
estruturas menos densas abaixo de um osso;
- Artefatos é como são chamados imagens no raio-x que não estão lá realmente, um erro de
visualização ou técnica. Até a respiração do animal deve ser controlada com a técnica
adequada para evitar artefatos de imagem. Um pulmão vazio pode aparecer esbranquiçado em
um exame como se houvesse algo estranho nele, ou mesmo mascarar um nódulo metastático
por falta de experiência do profissional que capturou a imagem, por exemplo;
- Posições do raio-x: sempre devemos ter o máximo de projeções possíveis, sendo que o
mínimo deve ser de duas projeções.
● Posições – ventro-dorsal, dorso-ventral, cranio-caudal, latero-lateral, medio-lateral,
dorso-palmar, dorso-plantar.
● Como pedir um raio-x de cotovelo? Radiografia da articulação úmero-rádio-ulnar.
Tendo o animal posicionado ventro-dorsal e latero-lateral.
● Se o animal não deixar manusear o ideal é fazer uma sedação leve, em casos de
felinos mais agitados pode-se receitar 150 mg de gabapentina antes da consulta.
-

A. Decúbito Ventral – “Super-Homem” (braços para frente).


B. Decúbito Ventral – “Homem de Ferro” (braços para trás).
C. Decúbito Dorsal – “Super-Homem” (braços para frente).
D. Decúbito Dorsal – “Homem de Ferro” (braços para trás).

Atenção: Os termos utilizados para projeções radiográficas NÃO devem ser utilizados para
tomografia (tais como ventrodorsal, laterolateral, dorsoventral…). O uso desses termos pode
causar falha de comunicação e entendimento da técnica tomográfica.
16/02 - Terceira aula
- Técnica radiográfica:
● Kv - mA.s
● Números para executar a radiografia: Kv, mA e tempo (segundos).
● Kv – define a força/pressão em que o elétron exerce.
● mA – define o número de elétrons formados. Miliamperagem é a quantidade.
● Quando quer que a imagem fique mais radioluscente aumenta Kv e miliamperagem, e
pode também o tempo. Quando quer uma imagem mais opaca faz o contrário. O
sucesso de uma radiologia além do posicionamento é essa técnica.
● Alguns aparelhos possuem a configuração de tempo fixa.
● Se queremos então uma imagem mais radioluscente devemos aumentar o Kv, mA e
talvez o tempo a depender do animal.
● Lembrar da distância padrão de 1m do objeto a ser fotografado.
- Dentro da radiologia 4 densidades são consideradas: ar, água, osso e gordura. São elas que
caracterizam as áreas de densidades que compõem a imagem, áreas menos e mais densas que
compõem os nuances de cinza e caracterizam a formação da imagem.
● Ar – muito radiolucente. Ficando uma imagem mais densa e cinza.
● Água
● Osso – muito radiopaca.
● Gordura
*A densidade da gordura e do tecido são muito similares.
- Densidades iguais se somam e densidades diferentes se subtraem. Sobreposições de densidade
podem criar artefatos (tudo o que não é da imagem), podendo ser por sujeira, técnica, material
que não faz parte do raio-x. Quando você tem duas estruturas sobrepostas com densidades
diferentes, essa parte vai ficar levemente mais radiolucente;
Osteologia - esqueleto axial e apendicular ESTUDAR ANATOMIA!!!
- Ossos longos: região epifisária, linha fisária, região metafisária e diafisária.
“São os mais presentes no nosso corpo, estando localizados principalmente no esqueleto
apendicular. Eles têm o comprimento maior do que a largura e a espessura. Os ossos longos
apresentam duas extremidades: as epífises; além de um corpo, a diáfise, que apresenta o canal
medular no seu interior (por isso também os ossos longos são chamados de tubulares). As
metáfises estão presentes entre as epífises e a diáfise e correspondem às zonas de crescimento
do osso.”
A ulna é o único osso longo que possui apenas uma linha fisária!!!
Entre a diáfise e a linha de crescimento tem a região metafisária.
É revestido pelo periósteo (Um tecido conjuntivo externo que está aderido ao osso por fibras,
responsável pela cicatrização e crescimento por ter osteoblastos que se proliferam), com
região cortical e medular em seu interior. é ligado ao osso pelas fibras de Sharpey (fibras de
colágeno) especialmente do tipo I.
Na articulação diartrose (de ossos longos) possuem cartilagem hialina que permite a
flexibilidade, além disso secreta líquido sinovial para garantir lubrificação. Não tem
articulação então é mantida pelo osso subcondral (abaixo dela, responsável pela nutrição da
cartilagem), então se ele está “doente” a cartilagem acima vai “morrer” e ser substituída por
tecido cartilaginoso (art. hialina não pode ser regenerada);
- Avaliação óssea:
● Origem de lesão – periósteo, córtex, medular, epífise, metáfise, diáfise, articulação.
● Presença de produção ou destruição óssea: resposta agressiva ou não agressiva.
● Lise do osso subcondral.
● Reações periosteais.
- Nomenclaturas: lesão no osso pode destruir e causar lise ou proliferação (osteófitos e
entesófitos. Pode acontecer por neoplasia óssea, osteosarcoma, cicatrização).
● Osteófito – lesão proliferativa.
● Enterosófilo – consiste em uma calcificação óssea que surge no local onde o tendão
se insere no osso.
● Osteopenia – perda da densidade óssea por conta de desnutrição, problemas
hormonais e outros.
● Osteoporose – perda da densidade óssea por conta do metabolismo do Ca presente.
- Reações periosteais:
● Quando ocorre uma lesão e o osso se recupera com pouca irregularidade, chamamos
de suave.
● Quando ocorre uma lesão e o osso se recupera em camadas, chamamos de laminar ou
casca de cebola.
● Recuperação irregular formando espículos chamamos de irregular ou amorfa.
Características de infecções e de alguns tipos de neoplasia.
● Recuperação formando inúmeras espículas chamamos de Sun Burst. São as mais
agressivas e na maioria das vezes caracterizam um osteossarcoma.
● As reações suaves e em casca de cebola não causam problemas e são reações normais
do osso que foi fraturado/lesionado.

*humano

Neoplasia ou osteólise, onde só podem ser


diferenciadas com biópsia. Neoplasia em
osso geralmente possuem sobrevida baixa.
- Tipos de fratura:
● Completa – quando a linha de fratura percorre todo o osso e ele perde a continuidade.
● Incompleta – em uma única região, uma microfratura, mas que ainda mantém uma
continuidade.
1. Fratura em galho verde é quando o osso é trincado/lascado em um dos lados,
sendo que o outro lado permanece íntegro. Do lado convexo (formando várias
espículas).
2. Fratura em torus é quando tem uma fratura por compressão de uma cortical
óssea. Ao invés de se romper de uma cortical óssea. Ao invés de se romper de
um lado a outro, o que se observa é um ”amassado” no osso. O periósteo
permanece íntegro.
● Avulsão – é gerado uma força muito grande, forçando o músculo e
“puxando”/arrancando da sua inserção/osso. É o destacamento do fragmento de osso
resultando de uma tração do ligamento, tendão ou cápsula articular do seu ponto de
inserção. Tem a presença do centro de ossificação acessório que é um local específico
do osso de crescimento e regeneração independente do restante do osso.
● Impactação – um osso entra dentro do outro.
● Cominutiva – com vários fragmentos, fraturando sobre si mesmo.
● Patológica – ocorre por alguma doença onde já estava fragilizado e acaba sendo
fraturado mais facilmente. Ex: animais osteopênicos
● Estresse – ocorre por excesso de exercício.


Tíbia, cão com mais ou menos 6 meses. O lado D fez uma avulsão da tuberosidade tibial (pode ter
sido por excesso de exercício, trauma, obesidade, piso liso). Fratura oblíqua completa rádio ulnar no
terço final da região diafisária.

Cão e gato possuem meniscos que servem para absorção e distribuição de força e impactos, além de
contribuírem para a estabilidade do joelho.
- Classificação e nomenclatura das fraturas completas:
Direção da fratura pode ser transversa (ângulo maior que 90º), oblíqua (ângulo de 90º) ou
espiral (ângulo em formato de S).
1- completa transversa do rádio do lado D
2- com essa projeção diferente permite ver que a ulna também está lesionada
Fratura completa transversa terço médio da diáfise rádio ulnar.
20/02 - Quarta aula

-
- Local da fratura: epifisária, metafisária, diafisária (podendo ser em terço proximal, terço
médio, e terço final).
*fratura completa transversa terço medial rádio-ulnar
- Classificação de Salter Harris-tipos de fraturas fisárias:

1- fratura epifisária sobre a linha fisária, com ou sem luxação.


2- fratura da linha fisária e metafisária. Produzindo microfratura na borda metafisária.
3- fratura da linha fisária (que se estende pela epífise) epifisária.
4- fratura fisária + metafisária e epifisária.
5- fratura por impactação. Por compressão da placa de crescimento.
- Exemplo:

*Na região inicial (em cima) está estável e


normal, ao chegar no meio (no úmero) tem
uma linha radioluscente com uma fratura.
Fratura de Salter Heads do tipo I na região
epífise do úmero.
- Qual o diagnóstico:

1.
*Primeira imagem o ângulo aparenta ser transverso (quando é muito próxima
dificilmente irá diferenciar) mas é oblíqua. Fratura completa oblíqua terço distal da
diáfise rádio ulnar.
*Ossos acessórios do carpo apresentam alinhamento normal, assim como os
metacarpos (conta do lado medial para fora).

2.
*Se trata de uma fêmea por não ter osso peniano! Fratura da tíbia que acontece em
90% dos casos de atropelamento, cirurgia simples pois o osso não teve fragmentação.
Fratura oblíqua completa de terço médio tibial e fibular.

3.
*Aumento de volume de partes moles, fratura por avulsão em região distal de rádio.
*A imagem está mais radiopaca e quer deixar mais radioluscente, então pode
aumentar a quilovoltagem e miliamperagem. Fratura por avulsão pois o osso (mais
embaixo) foi arrancado e está irregular, e além disso provavelmente tem uma atadura
em volta. Fratura por avulsão na face medial da região metafisária do rádio.

4.
*Fratura completa do corpo vertebral de L4 (lombar). No diafragma tem uma
diferença de radiopacidade pois pega uma movimentação diafragmática (crura
diafragmática) onde o animal não para de respirar além de mostrar que está tranquilo.
Abaixo das costelas está o fígado (logo em seguida do diafragma). Fêmea por não ter
osso peniano!
5.
*Fratura oblíqua do 1º membro metacarpiano OU fratura oblíqua proximal do 1
metacarpiano. Existe um contorno do coxin que pode ser confundido facilmente com
fratura, devido a diminuição densidades (diferentes que se subtraem) e tem essa
aparência.

6.
*Fratura completa Salter Harris do tipo I. Se trata de um filhote com menos de 7
meses devido a linha fisária.
*diagnóstico dessa imagem do prof ta diferente do material da veterana!!!!
7.
*Com diversos fragmentos (demora mais para cicatrizar), então se o cirurgião não
tiver esse percepção acaba colocando uma placa muito curta.

8.
*Fratura completa do colo femoral, ílio e púbis
9.
*Fratura com focos de reabsorção principalmente onde estava a placa, geralmente
ocorre por contaminação (não tem antibiótico que resolva isso).
10.

11.
*Fratura de colo femural
12.

13.
*Quebrou e se calcifica em um local errado, em redirecionamento errado onde o osso
está tentando se recuperar bem aonde teve a fratura no direcionamento do fêmur.
14.
*Provavelmente vai perder a movimentação.
- Estágios da consolidação das fraturas: formação do calo → vascularização → ossificação →
reorganização. No foco da fratura ocorre migração de neutrófilos e macrófagos para controlar
o hematoma. A liberação de citocinas pelos macrófagos estimula a vascularização do local. O
periósteo quando rompido estimula a replicação dos osteoblastos que irão de encontro com o
outro lado do periósteo, começando assim a formação do calo. Os osteoblastos formados,
conforme o tempo, recebem Ca e viram osteócitos, começando assim a consolidação.
Enquanto os osteoblastos se multiplicam, os osteoclastos retiram tecido ósseo danificado.
Após tudo isso as células se reorganizam e assim o osso está cicatrizado. Uma das principais
funções da radiologia é acompanhar a consolidação do osso.

Quando um osso é fraturado acontece hemorragias de vasos que estão ao redor e faz
hematoma, criando um ambiente inóspito com pouco O2 e estimula a inflamação (migração
de macrófago e neutrófilo para a área de fratura). Começa a formação do calo pela remoção
do hematoma, estímulo do periósteo e reorganização;
- Fatores que afetam a consolidação:
● Local de fratura (região diafisária é mais fácil, quanto mais distal do rádio e da ulna
mais difícil);
● Tipo de fratura (fraturas articulares e próximas à articulações são mais complicada de
resolverem);
● Idade do paciente (diretamente proporcional a redução da fratura. Animais idosos
possuem maior dificuldade na cicatrização);
● Redução da fratura (quanto mais coaptado, melhor a cicatrização);
● Infecção concomitante.
23/02 - Quinta aula
- Sinais Radiográficos de não consolidação (Não união): ausência de
formação do calo, calo exuberante, rotação dos segmentos da fratura,
lise marginal a linha de fratura (no foco e logo abaixo do foco da
fratura).
*Lise óssea - distribuição no osso, compensação de estrutura.
Reabsorção óssea - mas não necessariamente destruir o osso.
Na imagem teve uma reabsorção pois tem um processo adiantado de lesão onde a estrutura
está basicamente na ulna pois teve alguma complicação pós cirúrgica (infecção, osteomielite,
técnica/material errado). Uma vez infeccionado dificilmente vai recuperar pois não é tão bem
vascularizado então antibiótico não atua da forma como deveria. Tem ausência da formação
de calo ósseo pois tem uma lise em praticamente 100% do osso.

Está errado pois possui uma distância muito grande dos


fragmentos, fazendo com que dificulte a recuperação do trauma.

OSTEOMIELITE
- Inflamação do osso. Pode ser de etiologia bacteriana (mais comum. Normalmente não sabe
qual é, entra geralmente pela corrente sanguínea e pode estar relacionada com bactérias que já
vivem no organismo normalmente) ou micótica (fúngica). Uma vez que contaminou o osso
dificilmente vai ser tratada mas podem ser visualizadas no raio-x e tomografia;
- Causado por trauma: trauma ósseo, briga, medula (trombo bacteriano). Mais comum no
esqueleto apendicular. Não acontece somente em ossos longos (crânio, coluna, pelve, …).
- Não acontece somente em ossos longos!!!!
- Um exemplo de vírus que atinge é o Cálice vírus nos gatos, causando claudicação. Outra
bactéria é por Brucella canis;
- Sinais clínicos: febre, dor, fístula (doença dental, algo infeccionado), leucocitose;
- Sinais radiográficos:
● Aguda – proliferação periosteal (produz osso), lise óssea, aumento de subcutâneo.
● Crônica – esclerose (destruição do osso subcondral, aumento da radiopacidade),
sequestro (linha radioluscente, inflamação. Com ou sem associação de esclerose),
presença ou não de reação periostal. Quanto mais crônico menos osso.
- Neoplasia não causa fístula (é uma conexão anormal entre dois órgãos):;
- Aumento de volume subcutâneo, irregularidade do
osso, irritação óssea, dor, uma lesão dessa é neoplasia até que se prove o contrário! Primeiro
vai biopsiar e depois dar o diagnóstico, porém o que diferencia é a presença de fístula, que
não ocorre em neoplasias.

- Na região da cortical
óssea do úmero começa a ficar irregular mostrando uma reação periosteal, indicando que pode
ser uma neoplasia (fazer biópsia). É um osso que se não for cuidado pode se tornar neoplasia.
-

-
- Tratamento com antibióticos como citofloxacina ou marbofloxacina. Uso de analgesicos e
antiinflamatórios para dor. O exame indicado é a tomografia pois muitas vezes só com a
radiografia, você não consegue ver nada;

PANOSTEÍTE EOSINOFÍLICA
- A doença é causada pela escassez óssea, levando a uma produção de um novo osso a partir de
uma cavidade formada. É uma doença do desenvolvimento de ossos longos ou articulações,
que afeta principalmente cães machos de raças grandes, na faixa etária jovem. É caracterizada
por fibrose medular, ou seja, uma nova deposição óssea no endósteo e periósteo;
- Ligada à disfunção do sistema imune. É autolimitante então vai até um ponto e para.
- Comum em tíbia, fêmur e úmero. Podendo migrar de um osso para o outro. Quando é
recorrente faz uma lesão em X;
- Etiologia indeterminada mas a origem genética (mais comum em raças como Pastor Alemão,
Shar Pei e Schnauzer Gigante) pode influenciar;
- Causas: stress, anormalidades vasculares transitórias, distúrbios metabólicos, alergias,
hiperestrogenismo, reações auto-imunes (vírus);
- Diagnóstico com tomografia;
- Prevalência: animais jovens (5-18 meses), raças grandes, animais idoso (raramente);
- Sinais clínicos: dor na diáfise, claudicação intermitente e aguda de um ou mais membros (sem
histórico de traumatismo), desconforto (pressão diafisária);
- Aspectos radiográficos: Área de aumento da densidade e de acentuação do padrão trabecular
dentro da cavidade medular (maculoso), focais e multifocais (forame nutrício), espessamento
do córtex ósseo e aumento da radiopacidade intramedular (ossos longos), proliferação
periosteal linear e uniforme;

Fêmur cujo a seta aponta a medular, com aspecto meduloso


- Tratamento com corticóides por ser autolimitante, repouso, analgésico;
- Prognóstico favorável;

NEOPLASIAS PRIMÁRIA
- Originam diferente do osso. Geralmente presente mais, em animais de grande porte, meia
idade-velhos, osteossarcoma, áreas de sofrimento ósseo. É mortal, com sobrevida muito curta;
- Químio (sobrevida 30 dias).
Químio + amputação (sobrevida 60 dias).
Químio + amputação + radioterapia (sobrevida 90 dias).
-

- Incidência:
● Esqueleto apendicular – 1/3 proximal do úmero, 1/3 distal do rádio, 1/3 proximal do
fêmur, 1/3 distal do fêmur, 1/3 proximal e distal da tíbia, 1/3 proximal da ulna.
● Esqueleto axial – pelve, face;
- Sinais clínicos: dor, aumento de volume, claudicação;
- Altamente metastáticas;
- Sinais radiográficos: reação periosteal, lise óssea, monostótico (não é migratório), sem
envolvimento articular, triângulo de codwan;

- Reação periosteal da ulna do tipo


sun bursty, monostótico, precisa fazer biópsia pois pode ser alguma neoplasia;
- Reação
periosteal irregular tendo que fazer uma biópsia para ver se n é neoplasia;

27/02 - Sexta aula NÃO PRECISA OUVIR ÁUDIO!


OSTEOPATIA HIPERTRÓFICA
- Outros nomes:

- Definição: é uma doença que desenvolve um processo patológico ósseo caracterizado por
produzir tumefação e proliferação periostal simétrica/bilateral na porção distal dos membros e
ossos longos (reação periosteal);
- Característica: associada geralmente com processos neoplásicos (principalmente abdominais
e torácicos), animais de grande porte, mais velhos, fêmeas;
- Teorias etiológicas: relacionada a uma alteração da vascularização periférica → neurogênica
(nervo vago é estimulado acarretando em bradiarritmia por muito tempo, automaticamente o
osso recebe menos sangue e tem uma alteração periosteal).
- Sinais clínicos: tumor no abdômen/tórax, doloroso, dispnéia, dificuldade locomotora, edema,
poliostótico (destacado em de todos os membros);
- Aspectos radiográficos:
● Proliferações periostais simétricas, bilaterais, regulares/irregulares, ao longo da
diáfise (falanges, metacarpos... ).
● Porções distais: primeiros a serem lesionados/lesões mais graves;


Sempre começa dos membros mais distais! Tendo uma proliferação periosteal deixando os
ossos irregulares, aumento da pata (devido a proliferação do periósteo). Irreversível, com
prognóstico desfavorável por ser consequência de uma lesão grave (em tórax, fígado ou
abdômen). Tratamento é conforto ao animal e eutanásia.
CAI NA PROVA A IMAGEM!!!!

OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA
- Patologia que ocorre por deficiência nutricional. Vem diminuindo a incidência de ocorrência
com o tempo pois atualmente existem tutores que preferem adquirir animais pequenos, porém
vai fazer com que possa aumentar a incidência em outros animais, além disso a maioria da
população alimenta os animais com ração;
- Correlações clínica: raças de crescimento rápido (3-6 meses) JOVENS, etiologia de excessos
nutricionais e/ou desbalanço nutricional, dor, febre, deformidades angulares (ex. desvio valgo
do carpo e aumento de volume das articulações);
*linha fisária são osteoblastos que vão formar osteócitos e para que isso ocorra o equilíbrio
nutricional é muito importante. Se dá muita energia estimula a replicação dos ossos e se não
acompanha essa mudança com a nutrição demora mais para virar osteócitos, ou seja, quanto
maior o desequilíbrio nutricional pior vai ser o crescimento ósseo.Esse tecido que não
ossificou faz com que forma uma nova linha fisária, podendo entortar o osso e causar desvios.
- Sinais radiográficos: lesão metafisária mais evidente em rádio (por ter 2 linhas fisárias) e
ulna (tem 1 linha fisária), linha radioluscente sobre a região metafisária, esclerose metafisária
(proliferação metafisária), nosso osso periosteal (reação irregular) sobre a região metafisária.
-
Na primeira imagem o animal está aparentemente melhor por ter sido tratado com uma boa
alimentação! A melhor suplementação para filhote é uma ração de qualidade. Com tratamento
em cerca de 1 mês.

-
-
- Patologias que podem deixar rádio ulna curvos: osteodistrofia hipertrófica, fechamento
precoce da linha fisária ulnar e MAIS UMA PATOLOGIA DA PRÓXIMA AULA.
01/03 - Sétima aula PRÁTICA!
05/03 - Oitava aula NÃO PRECISA OUVIR ÁUDIO NOVAMENTE
HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO RENAL
- A tireoide e as paratireóides são duas glândulas que, apesar de compartilharem espaço no
pescoço, possuem funções e características completamente distintas, sendo que a primeira
atua na regulação do metabolismo (T3, T4 e calcitonina) e a segunda atua no controle
sanguíneo dos níveis de cálcio e fósforo.

- Se trata do aumento da paratireóide (4 glândulas localizadas atrás da tireóide. Responsável


por sintetizar paratormônio). A homeostasia de cálcio é formada pela atuação de
paratormônio, calcitriol, calcitonina (a partir da vitamina D), sobre rins/intestino/ossos. O rim
é a fonte de 1-alfa-hidroxilase, que converte 25 hidroxicolecalciferol em 1,25
diidroxicolecalciferol (calcitriol que atua na absorção/reabsorção de cálcio). A função do
paratormônio é atuar/aumentar quando tem um número de cálcio baixo (por dieta
desbalanceada ou baixa, rim doente onde não produz calcitriol então não tem absorção no
intestino), então ele retira do osso por exemplo. ↓Ca ↑PTH
- Funções:
● PTH (paratormônio) – atua como um estímulo para liberação, ↓ cálcio sérico. Nos
rins diminui a reabsorção tubular proximal e distal de fosfato levando a um ↑
excreção de fósforo, diminui a reabsorção proximal de cálcio, aumenta a reabsorção
distal. Nos ossos atua na remodelação e reabsorção de cálcio e fósforo. Além disso,
está presente em algumas reações químicas, no SN, no músculo (relaxamento);
● Calcitriol – fixação do cálcio intestinal;
● Calcitonina – é liberada quando do aumento de cálcio e fósforo sanguíneo.

-
Animal veio com quadro extremo de fraqueza onde na foto ao lado foi mostrado uma
“mandíbula de borracha” / osteopatia mandibular, pois o cálcio foi retirado do local (tecido
ósseo reabsorvido).
Sinais radiográficos: aumento da radioluscência alveolar, osteopenia mandibular, “Dentes
voando”.

-
É importante em um paciente renal tentar achar a causa, ele tem um rim doente ou
insuficiente (avalia com creat.), para que não chegue ao estágio acima!
HIPERPARATIREOIDISMO NUTRICIONAL SECUNDÁRIO
- Vem da deficiente alimentar/nutricial adequada, onde o pouco cálcio que dã não é absorvido
então o PTH tem que aumentar;
- Atinge principalmente animais jovens, em especial os felinos (5m), por deficiência nutricional
(Cães: dietas caseiras. Gatos: carne);
- Causando fraturas, dor, aumentando a calcificação das linhas fisárias, irregularidades em
coluna;
- Sinais radiográficos:
● Cães – estreitamento da cortical, aumento da medular, fratura em galho verde,
osteopenia generalizada, estreitamento pélvico.

● Gatos – irregularidades da coluna, estreitamento da cortical e aumento da medular,


retenção fecal, osteopenia generalizada.

*tem uma vértebra mais retangular, diferente do cão que é mais redonda.
- Tratamento é baseado em inserir uma alimentação de qualidade e analgésico. A resposta vai
depender da idade do animal, podendo ter sequelas (estreitamento pélvico difícil voltar).

ARTICULAÇÕES
- Gatos mais velhos acabam desenvolvendo mais doenças silenciosas do que os cachorros.
Alguns animais mais velhos podem sentir dores devido a diminuição do líquido sinovial,
fazendo com que diminuam as atividades básicas (correr, caminhar, passear);

-
-
- Tipos:
● Articulações verdadeiras/diartroses sendo as grandes articulações (cotovelo, fêmur,
joelho) – esqueleto apendicular, faceta articular vertebral, articulação sacro ilíaca.
● Articulações sinartroses onde normalmente participam de um período da vida e
depois somem, não tem líquido sinovial – sindesmoses, sincondroses, sinostoses,
sínfises.
- Ligamento intra articular está presente no fêmur e tíbia, e ligamento redondo no fêmur;
- Artrite: se trata de um quadro agudo de inflamação causando rigidez e dor, podendo ter
várias causas (o tratamento varia também). Correlações clínicas: infecciosa (fungo, bactéria,
sendo menos comuns)/não infecciosa (traumática) ou monoarticular (uma única articulação,
podendo ser uma doença local)/poliarticular (várias articulações, podendo ser algo sistêmico).

*Aguda tem um aumento da interlinha radiográfica. Conforme vai ficando mais crônica
(doença degenerativa articular chamada de artrose) vai ter uma diminuição do líquido e tendo
uma lesão óssea (cartilagem hialina e osso subcondral estão sendo destruídos).
08/03 - Nona aula
Artrite como inflamação enquanto a artrose é a degeneração das articulações.

-
- Doença articular muitas vezes é silenciosa.
- Doença degenerativa articular:
- Osteocondrose/osteocondrite dissecans:
● Osteocondrose – condição patológica na cartilagem devido a um distúrbio de
ossificação endocondral (na área de transição entre o osso subcondral e a cartilagem),
resultando em área focal de espessamento de cartilagem, afetando sítios onde a
cartilagem é exposta a pressão ou tensão. Em um primeiro momento é um quadro
agudo.
● Osteocondrite dissecans – manifestação clínica da condição generalizada de
osteocondrose, caracterizada por um processo inflamatório devido a formação de
retalho de cartilagem na superfície articular ou fragmentos de cartilagem livres no
espaço sinovial. A cartilagem se desprende da estrutura e fica navegando na
articulação.
Incidência maior em cães (em torno de 4-8 meses. Atingem mais articulações
escápulo-umeral, úmero-radio-ulnar, femoro tíbio-patelar, tibio-társica, coxo-femoral, e as
vezes em vértebras cervicais), suínos, aves, equinos e homem. *sem relatos em felinos
Se trata de doenças multifatoriais (pouco compreendidas), onde está relacionado com fatores
genéticos (grande porte), nutricionais (peso acentuado), hormonais, traumáticos.
Doença inflamatória articular faz com que o líquido sinovial seja menos viscoso, fazendo com
que tenha mais atrito e fique cada vez mais degenerada.
Sintomatologia: dor pela distensão da cápsula articular, claudicação uni ou bilateral, dor a
palpação e manipulação, atrofia muscular, efusão articular, crepitação, tenossinovite bicipital.
Aspectos radiográficos da lesão escápulo umeral (mais importante): visualização da lesão na
porção caudal da cabeça umeral.

*Articulação escápulo-umeral. Na cabeça do úmero está um pouco mais achatada pois o


animal acabou levando pancadas por ser muito pesado fazendo uma pressão, levando a uma
osteocondrose e evoluindo uma osteocondrite onde a cartilagem desidrata (morre!) dentro da
articulação.
Aspectos radiográficos: antigamente era feito artografia mas atualmente é feito a tomografia
porém em alguns casos apenas com o raio-x consegue ver.

Tratamento: abre articulação, curetagem do osso e libera os fragmentos. Não forma


cartilagem novamente, mas forma tecido conjuntivo (auxilia a diminuir o atrito) que pode ter
aparência semelhante.
- Displasia do cotovelo: doença articular muito comum em cães. Está relacionada com uma
incongruência na região. Muito comum no cotovelo e coxo-femural. Atinge machos e fêmeas,
animais em torno de 5-8 meses.
*Imagem lateral da ulna proximal esquerda.

Pode ser a causa de doença degenerativa articular crônica:


1. Não união do processo ancôneo (NUPA) – Ulna. Processo ancôneo é uma região de
crescimento que fecha com o animal de 7 meses, pode acontecer de não fechar e ficar
solto. Pode ser bilateral, causa claudicação do membro torácico, atingindo
normalmente raças condrodistróficas. Fusão do processo ancôneo (16-20 semanas de
idade). Sinais radiográficos:
*ponto em verde sugere a doença pois a linha até o rádio estava íntegra.
Tratamento é cirúrgico (tira o processo) faz uma artrioplastia que diminui a lesão
porém não vai ficar 100%, faz um acompanhamento e caso seja necessário aderir a
opção de prótese do cotovelo.
2. Fragmentação do processo coronóide medial – Ulna. Afeta cães de raças médias ou
grandes (4-10 meses), sustentação de 25% do PV, pode ser bilateral, causa sequela de
doença degenerativa articular. Pode ser mais frequente por conta de má formação da
chanfradura semi-lunar ulnar, fechamento precoce da epífise distal do rádio, traumas,
incongruência articular.
3. Osteocondrose do côndilo medial do úmero (OCMU) – Incongruência articular.
Causa uma degeneração, dor a palpação, claudicação, áreas de lise, aspectos
cavitários e osteófitos. Fatores predisponentes são baseados em nutrição, genética,
raças e peso corpóreo. Atinge cães de crescimento rápido (Distúrbio na cartilagem
endocondral, calcificação da matriz cartilaginosa, substituição da cartilagem por
tecido ósseo, formação de fissuras).

?
*Em algumas situações algumas epífises crescem de forma desordenada
- Displasia coxo-femoral: é uma doença multifatorial mas a genética é o principal fator, tendo
uma pré disposição, além disso pode ser influenciada pelo ambiente (pisos muito lisos por
exemplo) e fatores nutricionais (obesidade força a estrutura e perde a função de manter a
congruência). É um problema congênito da articulação coxofemoral, afetando todas as raça (
mas praticamente as de grande porte) as anormalidades da displasia causam instabilidade
articular/sub-luxação/luxação/doença degenerativa, usualmente bilateral (mas pode ter só de
um lado). Os sinais radiográficos podem ser evidenciados radiograficamente com menos de
um ano de idade mas não podem ser considerados anormal com menos de 2 anos.
Estruturas da articulação (ajudam a estruturar): cápsula articular, ligamento acetabular
transverso, musculatura regional, ligamento redondo.
12/03 - Décima aula
Etiologia: fatores genéticos, fatores ambientais, fatores nutricionais.
A-cápsula articular normal
B-cápsula articular com displasia coxofemural
*toda vez que tem dor o que é mais dolorido é a cápsula
O maior problema da displasia é a dor e desconforto que o animal vai ter.
Alguns exames que facilitam:

- Interpretação radiográfica:
Utiliza-se a avaliação de HD (super tradicional, mais comum) nos casos de suspeita para
coxo-femural e para ser feita tem que posicionar o animal na calha com a articulação esticada.
Precisa ter ums pararelidade do íleo, forame obturado simétricos, fêmur tem que estar
aparecendo além da sua articulação, aparecer sulco patelar. Sempre com simetria ou paralelo.
*cabeça de um lado do femur é mais arredondada e do outro lado é mais distante.
Anatomia coxo femural normal: espaço articular igual por toda a articulação, pelo menos uma
parte da cabeça femoral deve estar no acetábulo, a cabeça femoral deve ser lisa (fovea capitus
é plana), colo femoral é livre de proliferação, ângulo do colo deve ser de aproximadamente
130°.
Sinais radiográficos: aumento do espaço interarticular, deformidade da cabeça femoral,
arrasamento do acetábulo, doença degenerativa articular secundária (), sub-luxação ou
luxação. Não tem paralelidade e nem simetria, cabeça do femur não está encaixada (de uma
lado a fossa acetabular é mais funda que a outra) e o seu apoio está errado.

Articulação normal:
*cabeça do femur bem encaixada, arredondada e dentro da cavidade porém tem um leve
espaço na região. Colo femural acentuado, sem áreas de prolieferação. Em algumas situações
considera normal de acordo com a raça.
Alterações radiográficas:

*Na borda acetabular crânio-dorsal apresentam osteófitos, no colo femoral tem uma
irregularidade, cabeça do fêmur mais achatada.
Animal displásico onde vai ser medido o grau de displasia de acordo com o quanto o centro
da cabeça do fêmur a borda do crânio dorsal da fossa acetabular está se deslocando para fora
de acordo com o ângulo de Norenberg. Quanto mais desloca a cabeça do fêmur menor vai ser
o ângulo, tendo o ideal em 105-110.
HD+ não deve ser castrado pois pode passar os genes para o filho!!
A-Articulação é muito bem encaixada.
B-Cabeça centralizada mas não tem um encaixe tão bom (HD+- pois tem sinal de displasia).
C-Encaixe não tão bem feito, sinal de osteoartrose, displásico HD+ ou ++
D-Cabeça do fêmur totalmente achatada, fossa acetabular rasa e provável doença
degenerativa.
- Índice de distração: é o quanto a cabeça do fêmur se desloca da fossa acetabular. Usa esse
distrator para ver o quanto o fêmur se desloca, fazendo força/alavanca para dentro e forçando
a articulação. Avalia o deslocamento.

- Tratamento da displasia: não tem cura mas pode ser melhorada com cirurgia
(Colocefalectomia-retirar a cabeça do fêmur) fazendo com que não evolua a doença, além
disso animais de crescimento rápido não devem ser colocados em piso liso e nem deixar
engordar muito pois sobrecarrega (animais que comem muita proteína por exemplo pode
causar um desbalanço). Em resumo: nutrição, piso e peso. Pode ser feita a colocação de
prótese, porém tem muita restrição pelos problemas que dá.

- Doença degenerativa articular:

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