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SUMÁRIO
1. PRINCÍPIOS DE RAIO-X.............................................3
2. SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA...........................................8
CONTRASTADOS...................................................86
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liberando consigo fótons, ou seja, os Esta última opção é a ideal nos dias
raios-X. Esses fótons viajam para fora de hoje, apesar da primeira ainda ser
do aparelho, atingem o paciente realidade no Brasil.
submetido ao exame, e ATENÇÃO! Não há material radioativo
impressionam o filme. externo. Quando é desligado da
eletricidade, o aparelho deixa de
emitir fótons.
© RAIO-X: RISCOS E PRECAUÇÕES
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SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA
(aula ministrada por Dra. Ana Rita Marinho)
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O osso absorve mais radiação e Na imagem abaixo, vemos uma pneumonia ali
consequentemente menos radiação vai perto do coração.
ultrapassá-lo para sensibilizar o filme, ou seja,
o osso é muito denso e é por isso que ele
aparece branco na radiografia. Do mesmo
modo, ao se comparar objetos de mesma
densidade mas espessuras diferentes (como os
objetos B e C da imagem acima), percebe-se
que o objeto mais espesso absorve mais
radiação do que o objeto mais fino.
Fazendo um quadrado no pulmão e dividindo-
SE LIGA! A QUANTIDADE DA RADIAÇÃO QUE o em partes A e B percebe-se que a parte A está
VAI PASSAR ATRAVÉS DO CORPO VAI mais densa.
DEPENDER DA COMPOSIÇÃO E DA ESPESSURA
DAS ESTRUTURAS.
Há diferença na quantidade de radiação a ser
emitida em um exame de um paciente obeso e
em um exame de um paciente magro?
SIM. A quantidade de radiação a ser emitida
para realização do Raio X vai depender do B A
biotipo do paciente. Pacientes magros e
pacientes obesos apesar de, em tese, terem a
mesma composição do corpo, terão espessuras Na verdade, no quadrado A, o pulmão está
diferentes. Isso significa que, em pacientes inflamado. Quando há inflamação há edema,
mais magros, será necessária uma carga de há água. A água é mais densa do que o ar.
radiação menor para que ela o ultrapasse, Assim, quando a radiação passa pelo pulmão
porque sua espessura é menor. doente ela vai ser atenuada e aí teremos áreas
mais brancas. Quando a radiação passa por B,
SE LIGA! Em pacientes com biotipos diferentes
região saudável do pulmão que tem
não se pode usar a mesma técnica radiológica.
basicamente ar, a área vai ficar preta porque
Se a mesma técnica radiológica for usada para
vai absorver menos a radiação.
o magrinho e para o gordinho a radiografia do
magrinho ficará correta mas a do gordinho será Assim, elementos mais densos (com maior
prejudicada, saindo toda branca porque, pela matéria por unidade de volume) absorvem
sua espessura mais larga, mais radiação foi mais radiação e, consequentemente, menos
absorvida. radiação vai passar para sensibilizar o filme,
formando imagens brancas. Já elementos com
densidade menor, tipo o ar, vão ficar bem
pretos porque mais radiação vai passar por eles
para atingir o filme/detector.
REPETECO! Então, objetos menos densos ficam
bem pretos e objetos mais densos ficam bem
brancos. No intermediário, teremos vários tons
de cinza.
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No espectro do corpo humano, o que forma Na figura abaixo vemos um tumor ósseo. O
uma imagem mais preta é o ar e o que forma tumor destrói o tecido ósseo normal. Ele tem
uma imagem mais branca é o osso. Entre essas uma constituição diferente do osso. Assim, ele
duas polaridades estão os tons de cinza que, aparece na radiografia com uma densidade
tecnicamente, podemos nos referir a eles diferente do restante do osso.
como densidade de partes moles e densidade
de gordura.
obs.: o branco puríssimo, que é o branco do
metal, reflete a densidade mais densa de todas.
Fatores que determinam a radiodensidade:
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A B C
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D E F
Abaixo temos uma mamografia onde a imagem Na figura abaixo é possível visualizar ar livre
2 mostra uma mama bem densa (que indica dentro da cavidade peritoneal. Esse paciente
que tem muito tecido glandular) e a imagem 1 teve uma perfuração de algum local do
mostra uma mama liposubstituída (com mais intestino ou estômago e o ar ficou livre. De
gordura). novo: o ar é o preto bem preto. Esse ar livre
aparece mais preto do que o pulmão porque o
pulmão não é ar puro, o pulmão também é
composto pelo interstício, pelos vasos...pelo
tecido pulmonar.
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A densidade de gordura forma uma imagem
mais próxima do preto. Abaixo temos uma
imagem que mostra um lipoma (tumor de
gordura) na coxa.
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obs.: em casos de processos (judiciais ou NÃO FAÇA ISSO! MID é composto por: quadril,
administrativos) a solicitação vai fazer parte coxa, joelho, perna, tornozelo (retropé) e pé
dele para inocentar ou condenar o médico. (antepé). Você precisa dizer exatamente qual é
a estrutura que você deseja que o exame seja
A solicitação respalda o radiologista e também
feito.
é essencial para o pagamento do exame pelos
planos de saúde e pelo sus. © RM do Abdome
A solicitação deve conter o nome correto do NÃO FAÇA ISSO! Especifique se é abdome
exame. Além disso, deve constar a indicação do superior, inferior ou total.
exame (o porquê da solicitação) e a hipótese © RM da Região Cervical
diagnóstica
NÃO FAÇA ISSO! Especifique se é pescoço ou
ATENÇÃO! O médico deve evitar fazer uma coluna cervical
solicitação apenas com o CID bem como deve
Se você não sabe, descreva bem o que você
evitar solicitações padrões.
quer com o exame, a hipótese diagnóstica, e o
Uma solicitação bem feita permite que o radiologista saberá o que fazer.
exame seja direcionado e, nesse caso, pode-se
Assim, o ideal é que você coloque o nome
usar o protocolo otimizado para a patologia em
completo do exame, a posição que você quer
questão.
que o exame seja realizado, indique se é com
Também é importante que o paciente leve ou sem contraste, indicar necessidade de
exames anteriores e o médico radiologista faça acompanhamento anestésico, descrever o que
referência deles no laudo. você quer observar e a hipótese diagnóstica.
Assim, é importante que o médico assistente obs.: se estiver em dúvida do contraste,
do paciente deixe claro o que quer com o coloque: contraste a critério do radiologista.
exame. Para se ter um bom raciocínio
radiológico é preciso correlacionar dados
clínicos e laboratoriais com as imagens, por isso
que é importante que o médico solicitante
coloque sua hipótese diagnostica detalhada.
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© Identificação
© Incidência
© Posição
© Rotação
© Exposição
© Inspiração adequada
© Centralização
R = right (direita) e L = left (esquerda)
Essa questão dos parâmetros técnicos é muito
importante. O mAs (miliamperagem versus o Na identificação você também precisa conferir
tempo) é a quantidade de radiação sendo o nome ou o registro para ter certeza de que
utilizada. O kV é a quilovoltagem e ele aumenta você está vendo o exame do paciente correto.
a capacidade de penetração dos raios. Então, Também é importante conferir a data que o
mesmo que se use a mesma quantidade de exame foi realizado.
radiação, se se aumenta o kV o poder de
Avaliação dos Parâmetros Técnicos: INCIDÊNCIA
penetração dos raios vai ser maior. Vejam na
imagem abaixo o que uma questão de
parâmetro técnico altera na imagem A incidência é a posição do paciente em relação
radiológica: ao tubo do Raio X. A depender do local do
corpo que está voltado para a ampola de Raio
X, a incidência será:
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No perfil, a denominação é pelo lado do corpo O perfil é importantíssimo porque ele confere
que está perto do filme. Assim, se é o lado uma dimensão tridimensional à radiografia em
esquerdo do paciente que está encostado no PA (que só é 2D). Outro exemplo disso fica
filme, ter-se-á um perfil esquerdo. evidenciado na figura abaixo que mostra uma
fratura:
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Agora, observe a radiografia de uma criança Por outro lado, quanto mais distante, maior e
que engoliu uma moeda: menos nítida ela vai ficar. Podemos ilustrar isso
com a imagem abaixo que mostra duas
radiografias do mesmo paciente, uma em PA e
a outra em AP. Percebe-se que o tamanho do
coração vai aparecer maior no AP por causa da
posição do exame.
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abaixo:
Avaliar a centralização é ver se o Raio X está
centrado no filme. O ideal em uma radiografia
de Tórax é que se permita visualizar bem o
pescoço e os úmeros. Não pode cortar
abdómen. Radiografia de Tórax não pode
cortar o abdómen.
Pulmão Pulmão
obstruído normal
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devem ser a base de titânio ou outra substância prótons relaxam e emitem energia, que será
que não tenha ferro magnético para se evitar medida como corrente elétrica. Essa energia
acidentes ou situações como as das imagens vai ser captada pelas bobinas e a corrente
abaixo: elétrica será transformada em imagem.
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tecnologia para a medicina. SE LIGA! O AR é inimigo da ultrassom.
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VASOS
Na imagem percebe-se que a bile está bem
anecoica. Também se observa dentro da
TUMOR
vesícula biliar um cálculo que não deixa o som
DIAFRAGMA passar e forma a sombra acústica posterior.
A presença da sombra indica que ou se tem um
cálculo ou um osso.
ULTRASSONOGRAFIA TRANSFONTANELA:
© Sombra Acústica posterior: tecidos Sem radiação ionizante e sem sedação. Faz o
hiperecogênicos, com índice de reflexão estudo do cérebro do bebê pelas fontanelas.
elevado reduzem a amplitude dos ecos
transmitidos. Impede o estudo das
estruturas posteriores. Posteriormente a
cálculos e ossos que não deixam o som
passar.
Vesícula
BILE Biliar
Reforço
Acústico
Posterior
SOMBRA
ACÚSTICA
POSTERIOR
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PUNÇÕES E BIÓPSIAS:
O ultrassom é extremamente importante para
guiar punções e biópsias.
VANTAGENS DA USG:
© Custo baixo
© Disponibilidade: por ser portátil.
© Rápido
© Sem radiação ionizante
© Não invasivo
© Pode ser repetido várias vezes
© Portátil
© Interação com o paciente durante o
exame
© Avaliação transfontanela na infância
© Realização de punções
© Estudo vascular através do Doppler
© Exame de escolha em obstetrícia e
pediatria
DESVANTAGENS DA USG:
© Operador dependente
© Não avalia adequadamente:
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INTRODUÇÃO:
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Na figura abaixo temos a histologia do lóbulo Neste tipo de Pneumonia o agente etiológico
secundário pulmonar (LSP). Nela observamos aspirado é o estreptococo pneumonia
vários lóbulos, um ao lado do outro, e vemos os (pneumococo). Esse agente etiológico é
septos interlobulares fazendo o contorno do aspirado, ou seja, entra por gotículas na via
LSP (a seta rosa é um exemplo de septo aérea e vai até a periferia do pulmão, próximo
interlobular). à superfície pleural, onde se instala. A partir
disso, provoca a inflamação do pulmão de
LSP alvéolo a alvéolo, de forma contínua.
PADRÃO ALVEOLAR:
© Pneumonia Lobar
obs.: o exsudato é um líquido rico em
neutrófilos e é rico no agente etiológico.
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ÁREA
CONDENSADA
© Broncopneumonia
Como os brônquios não são afetados, é comum Na Broncopneumonia tanto os alvéolos quanto
que no raio-x de um paciente com Pneumonia a via aérea estão doentes.
Lobar se veja os brônquios desenhados (mais
pretos porque estão cheios de ar) por entre a
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ABCESSO
© Edema Alveolar
O Edema Alveolar é outra causa de
consolidação na radiografia. No Edema
ABCESSO
Alveolar o ar nos alvéolos é substituído por
líquido transudato.
São várias as causas de formação de um Edema
Alveolar mas a principal é a Insuficiência
Cardíaca Esquerda.
Corte histológico de um Edema Alveolar:
ABCESSO
© Hemorragia Alveolar
Outra situação em que se tem consolidação no Geralmente o Edema Alveolar apresenta-se
raio-x é no caso de Hemorragia Alveolar. bilateralmente por ser um problema sistêmico
e tende a predominar nas regiões mais centrais
Nesses casos, o ar dentro dos alvéolos é dos pulmões.
substituído por sangue.
SE LIGA! Um sinal clínico de Hemorragia
Alveolar é a hemoptise.
Causas de Hemorragia Alveolar: colagenoses,
leptospirose (porque agride os capilares) e
traumas.
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PADRÃO INTERSTICIAL:
No caso desse paciente ele havia sido
recentemente intubado. O que aconteceu foi
O padrão intersticial é aqueles que aparece nas
que o tubo chegou no brônquio direito e, logo,
doenças que acometem o interstício.
só o pulmão direito recebeu ar deixando o
esquerdo atelectasiado. Com o raio-x
percebeu-se o erro e puxou-se o tubo mais
para cima de modo que os dois brônquios
(direito e esquerdo) passassem a receber ar
reinflando o pulmão esquerdo. O problema foi
resolvido como se observa na imagem da
direita.
Na imagem abaixo temos um paciente de
ambulatório, idoso fumante desde os 15 anos
Há interstício entre os Sacos Alveolares e no
de idade. Percebe-se que todo o hemitórax
Septo Interlobular.
direito dele está opaco. Confirmamos a
Atelectasia porque o mediastino está repuxado As principais causas de doenças que acometem
para o mesmo lado da lesão (a seta vermelha o interstício são:
mostra a traqueia bem repuxada). © Edema Intersticial
© Fibrose (de qualquer natureza)
© Doenças ocupacionais
© Causas neoplásicas
As doenças intersticiais são mais difíceis de
serem visualizadas no raio-x porque os sinais
são mais tênues e podem ter associação com
alveolopatia também.
Os padrões possíveis de se encontrar no raio-x
nas doenças intersticiais são:
© Linear (é o mais comum)
© Reticular
© Micronodular
© Reticulonodular
Esse paciente estava em ambulatório e não na
emergência porque a causa da atelectasia era
um carcinoma que foi crescendo aos poucos e,
com isso, o paciente foi se adaptando ao
processo. Não foi uma obstrução súbita.
SE LIGA! Uma atelectasia completa não
necessariamente vai levar a uma insuficiência
respiratória franca. Isso dependerá da
velocidade de instalação da Atelectasia.
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PADRÃO RETICULAR
intralobular.
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CRITÉRIOS TÉCNICOS:
A imagem A é uma radiografia de um recém-
nascido. Observe, na imagem, como a parte
Lembra da aula de Semiologia Radiológica quando
superior do mediastino é alargada. Isso
aprendemos que o primeiro passo para se avaliar
acontece em razão da presença do Timo na
uma radiografia é observar se ela foi realizada
região. Outra peculiaridade é que em lactentes
tecnicamente da maneira correta?
o exame é feito com o bebê deitado por isso
que o coração aparece mais alargado (lembra Para avaliar uma radiografia na cardiologista o
que no exame feito com a pessoa deitada o primeiro passo é observar se os critérios técnicos
coração fica mais longe do filme? Por conta foram preenchidos. (Volta lá e revisa!)
disso ele vai aparecer maior do que de fato é). Pontos técnicos importantes para observar antes
obs.: a medida que a pessoa vai crescendo o de fazer a avaliação do coração:
Timo vai atrofiando e fica bem pequeno. © A radiografia foi feita em PA com o
Na letra B vemos uma radiografia de uma criança paciente na posição ortostática (em pé)?
com 8 anos de idade. Observe que o Timo já não REPETECO! a preferência é que o exame seja feito
aparece mais no mediastino superior (como em PA para que o coração fique mais próximo do
acontece com o recém-nascido). O coração já filme a fim de que se evite que ele saia distorcido
aparece no tamanho real porque a criança já na imagem.
consegue realizar o exame na posição ortostática
(em pé). Nessa faixa etária o que chama a atenção SE LIGA! Quanto mais longe uma estrutura
é a presença dessa “bolinha” apontada na seta em estiver do filme radiológico mais distorcida ela vai
vermelho que é, na verdade, a artéria pulmonar. ficar!
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O Índice Cardiotorácico é específico mas não é obs.: clinicamente um paciente com aumento de
sensível. Isso quer dizer que o aumento do índice VD vai se apresentar com edemas periféricos. Isso
Cardiotorácico indica aumento do coração mas que ocorre porque um problema no VD indica que o
podemos ter aumento do coração sem aumento do sangue não vai conseguir fluir para a artéria
Índice Cardiotorácico. Isso porque o AE (átrio pulmonar fazendo com que fique retido nas veias
esquerdo) e o VD (ventrículo direito) ficam no meio da circulação sistêmica. Excesso de sangue venoso
do coração e um aumento neles pode não aparecer na periferia gerando hepatomegalia, edema
na radiografia e, consequentemente, não vai sistêmico nos membros e nas jugulares.
aumentar o Índice Cardiotorácico.
© Aumento do AE vai ser um aumento para
© Aumento no AD vai aumentar a borda cima, para direita e para esquerda. Não vai
cardíaca direita, aumentando o Índice aumentar o Índice Cardiotorácico. No raio-
Cardiotorácico. x os sinais que vão indicar um aumento de
AE são:
obs.: um aumento na borda cardíaca direita na
o Duplo contorno (dupla densidade)
radiografia pode ser identificado facilmente
do lado direito do coração
quando lembramos que na radiografia normal o
o Aumento do ângulo da Traqueia
esperado é que a borda cardíaca esquerda ocupe
com os brônquios, ou seja,
mais espaço na projeção da sombra cardíaca
aumento do ângulo da Carina
formada na imagem (ou seja, B vai ser maior que
(pontilhado amarelo)
A).
o Dupla convexidade acima da borda
© Aumento no VD vai produzir na radiografia cardíaca esquerda (imagem C)
um aumento para cima e para frente
o alterando a forma do coração sem alterar
o Índice Cardiotorácico, como podemos
ver na imagem abaixo:
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2. Artéria Aorta
A única parte da aorta que aparece na radiografia é
a projeção do cajado no adulto jovem.
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PLANO AXIAL
ÁTRIO
DIREITO
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TRAQUEIA:
IMAGEM B
A Traqueia tem densidade de ar. É muito TRAQUEIA
importante saber reconhecê-la porque muitas
alterações no pulmão vão determinar
alterações na Traqueia. Nas imagens abaixo
vemos a traqueia na janela de pulmão (imagem
de cima) e na janela de partes moles (imagem
debaixo)
TRAQUEIA
IMAGEM C
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A. INOMINADA
A. CARÓTIDA COMUM
ESQUERDA
TRAQUEIA A. SUBCLÁVIA
ESQUERDA
ESÔFAGO
LIQUOR
TRAQUEIA
ESÔFAGO
A. INOMINADA
A. CARÓTIDA COMUM
ESQUERDA
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© Lobares
© Segmentares A. PULMONAR
A. PULMONAR
ESQUERDA
DIREITA
Cada segmento do pulmão recebe um
brônquio. No lobos do pulmão direito temos
brônquios lobares no lobo superior, no lobo
inferior e no lobo médio. No pulmão esquerdo,
nos lobos superior e inferior. A partir dos
brônquios lobares saem os brônquios
segmentares.
A. PULMONAR
A. PULMONAR ESQUERDA
DIREITA
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AE
CORAÇÃO
A. PULMONARES
VEIAS PULMONARES
AE
PARÊNQUIMA PULMONAR:
VEIAS PULMONARES
Para avaliação do Parênquima Pulmonar o
exame adequado é a tomografia (porque é o
exame que melhor vai mostrar a região).
obs.: na ressonância o pulmão fica todo preto
HILOS PULMONARES: e a avaliação do parênquima fica
comprometida (imagem abaixo).
Os Hilos Pulmonares (região destacada em
verde na imagem abaixo) são áreas centrais
que conectam o mediastino aos pulmões.
AORTA
A. PULMONARES
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SEIOS COSTOFRÊNICOS:
SEIOS CARDIOFRÊNICOS:
Na radiografia em PA é possível visualizar os
seios costofrênicos laterais mas não é possível Os seios cardiofrênicos correspondem a
ver os seios costofrênicos posteriores, que recessos entre o coração e o pulmão. Abaixo,
ficam mais para trás e mais embaixo. Você não vemos os seios cardiofrênicos destacados em
consegue visualizar os seios costofrênicos amarelo.
posteriores no PA porque eles ficam em uma
posição logo atrás do abdômen e, como eles
possuem densidades iguais (os seios
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MEDIASTINO:
© Lateral: pulmões
© Superior: abertura torácica
© Inferior: diafragma
© Anterior: esterno e parede torácica
anterior
© Posterior: coluna e parede torácica
posterior
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OBS :
2. Mediastino Médio REPETECO! Lembre-se que o esôfago faz parte
do mediastino posterior e a traqueia faz parte
Corresponde ao mediastino do coração e dos
do mediastino médio.
vasos.
obs.: CUIDADO COM A AORTA! A aorta
ascendente faz parte do mediastino médio mas
se o paciente tiver um aneurisma de aorta, por
exemplo, essa aorta pode atingir o mediastino
anterior. O cajado da aorta está no mediastino
médio e a aorta descendente está no
mediastino posterior. Então, aneurismas na
aorta podem gerar massas vasculares que
podem se projetar para frente, para cima ou
para trás a depender da sua localização na
aorta.
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No plano axial, vemos que a veia cava vai Na imagem abaixo é como se estivéssemos
diminuindo a medida que descemos o plano. dentro do coração. Nela vemos a aorta
Presta atenção nessas imagens e olha para a ascendente, a aorta descendente e o tronco da
veia cava (lilás) artéria pulmonar (TP), que é formado pela
artéria pulmonar direita (azul) e pela artéria
pulmonar esquerda (rosa). Percebemos que
esse paciente tem um trombo na artéria
pulmonar esquerda (seta verde), paciente com
tromboembolismo pulmonar.
AA TP
ARTÉRIA AORTA:
Vemos o cajado da aorta e, ao descer mais no Agora, vamos estudar a aorta pelo plano
plano axial, vemos a aorta ascendente e a aorta sagital, mostrado abaixo:
descendente.
CAJADO DA
AORTA
AORTA
ASCENDENTE
LEGENDA: TRONCO ARTERIAL BRAQUIOCEFÁLICO;
ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ESQUERDA; ARTÉRIA
SUBCLÁVIA ESQUERDA; CAJADO DA AORTA; AORTA
ASCENDENTE; AORTA DESCENDENTE
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TP
CORAÇÃO:
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ESÔFAGO:
DIAFRAGMA:
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PLANO SAGITAL:
RESSONÂNCIA
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© Ventrículos CORONAL
Nas imagens abaixo vemos os ventrículos (seta
verde) nos 3 planos: sagital, axial e coronal. Na © Forames Interventriculares
linha média (plano sagital) não se vê o Os forames interventriculares (setas
ventrículo, se vê o corpo caloso (seta rosa). amarelas) também podem ser chamado
de forames de Monro e comunicam os
ventrículos laterais com o III ventrículo.
SAGITAL
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AQUEDUTO
VENTRÍCULOS
LATERAIS
III VENTRÍCULO
AQUEDUTO
IV VENTRÍCULO
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QUIASMA ÓPTICO
INFUNDÍBULO
HIPÓFISE
III VENTRÍCULO
QUIASMA ÓPTICO
HIPÓFISE
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© Fissura Inter-hemisféricas
Os hemisférios cerebrais são separados
pela fissura inter-hemisférica onde está
situada a foice cerebral. A fissura de sylvius separa o lobo frontal
SE LIGA! O uso da tomografia do lobo temporal e parietal. O sulco
atualmente está bem relacionado a central separa o lobo frontal do lobo
parietal e vai delimitar o giro pré-central
situações em que ocorreram trauma ou
que é o córtex motor primário.
para pacientes que fazem quadro agudo
com o objetivo de excluir hemorragias.
PLANO AXIAL:
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A BASILAR
CORNETOS DO NARIZ
NARIZ
SEPTO NASAL
PONTE
MANDÍBULA
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IV
VENTRÍCUL
A mastoide é a parte pneumatizada O
(preta) no osso temporal de um lado e do
outro e só conseguimos estudá-la pela
ressonância (porque na ressonância o
© Seios Durais:
osso fica branco enquanto que na
tomografia o osso fica preto).
Subindo um pouco mais o exame, ainda na
ponte mas mais em cima, começa a
aparecer o IV ventrículo, como vemos na
imagem abaixo:
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PLEXO COROIDE
III
VENTRÍCULO
PINEAL
PLEXO
COROIDE
AQUEDUTO
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© Gânglios da Base
Os gânglios da base são tratos de substância
branca e possuem as capsulas internas e as
capsulas externas.
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PLANO CORONAL:
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PLEXO COROIDE
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© Gânglios da Base
É importante conhecer bem a anatomia da
região para entender que no plano
coronal, no corte abaixo, não veremos o
Tálamo (que está mais atrás). Então,
veremos:
© Região Selar
É a região da Sela Túrcica.
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
NERVO ÓPTICO
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
DISCO INTERVERTEBRAL:
REPETECO! A ressonância pode ser realizada
na ponderação T1 e na ponderação T2. Para A função dos discos intervertebrais é absorver
saber em qual ponderação o exame foi feito o impacto entre as vértebras. Isso se dará
basta olhar o líquor: se ele estiver preto, será porque eles vão transmitir parte da carga
T1; se ele estiver branco, será T2. A imagem compressiva de uma vértebra para outra.
acima é uma resso em T2 (o líquor, seta rosa, Os discos são formados por uma região
está branco). periférica composta de lamelas concêntricas
Abaixo temos um corte axial de tomografia de fibrocartilagem que contém mais colágeno
demonstrando os 3 compartimentos da coluna. (ânulo fibroso) e por uma região
central/posterior chamada que núcleo pulposo
que é composta basicamente por água. Os
discos intervertebrais dos adultos são
avasculares. Sua nutrição, portanto, será feita
por embebição através dos platôs vertebrais.
SE LIGA! Impactos intensos podem lesionar
o disco vertebral causando as famosas
“hérnias de disco”.
Na imagem abaixo vemos, na seta rosa, o disco
intervertebral em um corte axial de RM.
Na RM ponderada em T2 (imagem da
esquerda) a placa terminal aparece em um tom
mais próximo do preto e na TC (imagem da
direta) aparece cinza claro, mais próximo do
branco, arrodeando o corpo vertebral.
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
JUNÇÃO CRANIOCERVICAL:
© Osso occipital
© 2 primeiras vértebras cervicais (atlas e
axis)
© Estruturas sinoviais e ligamentares
SE LIGA! A maioria dos movimentos
CANAL VERTEBRAL: craniocervicais ocorrem neste segmento.
OSSO OCCIPITAL
O canal vertebral é composto por:
O osso occipital consiste no aspecto superior
© Medula Espinhal da junção craniocervical.
© Raízes Nervosas
© Meninges BASIO
© LCR CÔNDILO
© Estruturas Neurovasculares OCCIPITAL
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
O Basio é o ponto limítrofe da margem anterior C2 ou Axis possui uma configuração peculiar,
do forame magno. O Opistio é o ponto limítrofe seu formato é diferente das outras vértebras
da margem posterior do forame magno. de modo que possui:
ATLAS © Processo odontoide (ou dente):
articula-se com o arco anterior do Atlas
É a primeira vértebra cervical.
© Articulação sinovial com o Atlas
(permite a execução de movimentos
amplos)
© Processo espinhoso é geralmente
bífido (possui 2 protuberâncias) e é o
ponto de fixação para o ligamento
nucal. Abaixo em rosa vemos o
processo espinhoso.
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
© LIGAMENTOS ODONTOIDES:
o Ligamento apical: ponta do
dente de C2 até o basio
o Ligamentos alares: superfícies
laterais do dente ao côndilos
occipitais
© LIGAMENTO CRUZADO:
o Componente transverso:
horizontal entre as massas
laterais de C1 passando atrás
do dente
o Componente craniocaudal
Não é fácil de ver esse complexo ligamentar na
RM. Para avaliar se ele está íntegro devemos
observar se o sinal está mantido (o sinal deve
ser mais escuro). © Linha de Chamberlain: liga o Palato
Duro ao Opistio.
RELAÇÕES CRANIOMÉTRICAS:
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
© Linha de Mc Gregor: une o Palato Duro Para diferenciar uma variação anatômica de
até o ponto mais inferior do Osso uma fratura devemos observar a região cortical
Occipital. É usada como parâmetro de do osso. Se você observar bem na imagem
avaliação quando o Opistio não está acima, a região cortical do processo odontoide
visível no exame (sobretudo no raio-x). está toda íntegra (bem branca) indicando que
não há fratura. Logo, essa protuberância acima
do dente é a variação anatômica conhecida
como ossículo terminal.
SE LIGA! “Os odontoideum” antigamente era
reconhecido como uma variação anatômica
porque se pensava que era decorrente de uma
falha de fusão do núcleo de ossificação
secundária do dente. Atualmente se sabe que
ele é decorrente de uma fratura não
reconhecida da placa de crescimento de C2 e
pode provocar no paciente instabilidade
associada a sintomas crônicos.
RELEMBRANDO O 1º PERÍODO!
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
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Introdução à Radiologia
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LIGAMENTOS:
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Introdução à Radiologia
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MEDULA ESPINHAL:
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Introdução à Radiologia
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
CÁLICES
RENAIS
URETERES
BEXIGA
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Introdução à Radiologia
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CAVIDADE
ENDOMETRIAL
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
SE LIGA! O contraste baritado pode ser Com o passar da idade, veremos uma involução do
deglutido ou administrado pela via retal. Não tecido fibroglandular, passando a prevalecer o
pode ser injetado direto na veia nem gorduroso.
introduzido em uma cavidade que não tenha
comunicação com o meio externo.
Se houver alguma suspeita de fístula ou
perfuração não se fará um exame com
contraste baritado para não correr o risco do
bário chegar a uma região sem contato com o
meio externo, acumular-se no organismo e
provocar uma inflamação. Nesses casos, deve-
se optar pelo Iodo.
Gorduroso
SE LIGA! Caso seja necessário realizar um
Enema Opaco em paciente que está em pós
operatório de cirurgia intestinal não se deve
usar o contraste baritado em razão do risco de
ter havido perfuração na cirurgia ou de Fibroglandular
descência da anastomose cirúrgica. Isso
porque existirá o risco do bário extravasar
para o peritônio.
MAMOGRAFIA:
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
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Introdução à Radiologia
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SE LIGA! Para ser classificado como que não precisa ser inicialmente biopsiada,
categoria 2, o médico precisa ter segurança mas que, por prudência, deve ser seguida de
para afirmar que a lesão é de origem benigna. perto ao longo dos próximos 2 anos.
Se o médico tiver dúvidas, o resultado não
O risco de lesão maligna do BI-RADS 3 é de
pode ser classificado como BI-RADS 2, mas sim
apenas 2%, ou seja, 98% dos casos são
como BI-RADS 3.
mesmo lesões benignas.
Portanto, na prática, um resultado BI-RADS 2 BI-RADS CATEGORIA 4 – EXAME COM ACHADOS
tem o mesmo valor clínico de um BI-RADS 1. O SUSPEITOS
risco de lesão maligna é de 0%.
Quando o radiologista classifica o seu resultado
BI-RADS CATEGORIA 3 – EXAME COM ACHADOS como BI-RADS 4, isso significa que ele
PROVAVELMENTE BENIGNOS encontrou alguma alteração na mamografia,
Quando o radiologista classifica o seu resultado que pode ser um câncer, mas que não
como BI-RADS 3, isso significa que ele necessariamente é um câncer.
encontrou alguma alteração na mamografia,
SE LIGA! Todas as pacientes com um
que provavelmente é benigna, mas que ele não
resultado BI-RADS 4 devem ser submetidas à
tem 100% de segurança. Por mais que o médico
biópsia da lesão para que o diagnóstico correto
tenha quase certeza que a lesão é benigna, se
possa ser estabelecido.
ele tiver a mínima dúvida, a classificação deve
ser categoria 3. A categoria 4 costuma ser dividida em 3 sub-
categorias de acordo com o risco de câncer:
Quando o exame é classificado como BI-RADS
3, o mais adequado é fazer um controle
evolutivo. Assim, a conduta sugerida é repetir a • BI-RADS 4A – Lesão com baixa
suspeita de malignidade – 2 a 10% de
mamografia após 6 meses. Se o novo exame
risco de câncer.
também for categoria 3, uma nova mamografia • BI-RADS 4B – Lesão com moderada
é repetida após mais 6 meses (12 meses após a suspeita de malignidade – 11 a 50% de
primeira). Se nessa mamografia o resultado for risco de câncer.
o mesmo, uma última reavaliação mamográfica • BI-RADS 4C – Lesão com elevada
deve ser realizada após 1 ano (2 anos após o suspeita de malignidade – 51 a 95% de
risco de câncer.
resultado inicial). Se após 2 anos, a lesão
permanecer igual, o radiologista pode passar a Independentemente da sub-categoria de BI-
considerá-la um BI- RADS 2. RADS 4, todos os casos devem ser submetidos à
biópsia. A diferença é que na paciente com BI-
Por outro lado, se em algum momento do
RADS 4A, o esperado é que a biópsia confirme
seguimento a lesão mudar de características e
uma lesão benigna, enquanto no BI-RADS 4C, o
se tornar mais suspeita, a classificação deve ser
esperado é que a biópsia confirme o diagnóstico
mudada para BI-RADS 4 e a lesão deve ser
de câncer.
biopsiada. Vários estudos já mostraram que
esse seguimento semestral não acarreta risco BI-RADS CATEGORIA 5 –EXAME COM ELEVADO
para a paciente. Mesmo nos raros casos em que RISCO DE CÂNCER
a lesão muda de característica e passa a haver a Quando o radiologista classifica o seu resultado
suspeita de malignidade, a espera não traz como BI-RADS 5, isso significa que ele
prejuízos à saúde da paciente. encontrou alguma alteração na mamografia,
Portanto, um resultado na categoria 3 indica que quase com certeza é derivada de um câncer
uma lesão com baixíssimo risco de malignidade, da mama.
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
DENSITÔMETRO:
SE LIGA! A densitometria é o exame de
rastreio capaz de identificar o risco de fraturas
na população susceptível a osteoporose.
© T-score e Z-score
T-score e Z-score são os scores de classificação
utilizados nos laudos de densitometria óssea,
sendo o primeiro mais comum.
T-score:
Utilizado em mulheres após a menopausa.
Essa escala vai comparar a densidade mineral
óssea da paciente com a densidade mineral MEDICINA NUCLEAR:
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
© Exame de Cintilografia da Medicina Esse divertículo está perto da válvula íliocecal e pode
Nuclear do Miocardio: apresentar vários tipos de revestimento na sua
mucosa (pancreático, intestinal e gástrico). Se esse
divertículo apresentar um revestimento gástrico, vai
ter a produção de ácido dentro dele. O problema
disso é que, como ele está perto da válvula íleocecal,
ele vai jogar esse ácido dentro do intestino delgado,
propiciando a formação de úlceras. Com isso o
paciente pode apresentar melena, anemia,
Nesse exame a substância radioativa usada será sangramentos, etc.
o tecnécio.
SE LIGA!O exame nuclear é muito importante na
Esse exame é feito com o objetivo de analisar se identificação do tipo de revestimento do
essa substância chega no coração, se possui Divertículo de Meckel.
alguma dificuldade de chegar lá ou se vai ser
© Cintilografia da medicina nuclear nos ossos:
metabolizado pelo miocárdio (o que pode
indicar uma área isquêmica, infartada no Utilizado para pesquisa de metástase.
coração). Há a imagem do esqueleto ósseo inteiro, através da
© MN e Mucosa Gástrica substância radioativa que vai ser acoplada a um
fármaco que tenha afinidade pelo metabolismo
ósseo.
SE LIGA! As regiões mais escuras vão
representar um metabolismo aumentado e
indicam metástase.
© Vantagens
§ Não invasivo;
§ Imagens funcionais;
A imagem acima representa um exame de § Menor exposição à radiação;
Medicina Nuclear em que foi injetado no § Menor índice de reações.
paciente uma substância radioativa acoplada a
© Desvantagens
um fármaco que tinha afinidade por mucosa
gástrica. A partir disso, foi feita a imagem acima § Baixa resolução anatômica;
pela gamma câmara. Nessa imagem vemos que § Disponibilidade de certos
radiotraçadores não é imediata, pelo
aparece o estômago (esperado porque nele há
fato de serem substâncias com
musosa gástrica) e vai a bexiga (porque a decaimento radioativo ao longo do
substância vai ser excretada pela urina, já que tempo;
será administrada pela veia. Com o mesmo § São exames demorados;
raciocínio também é comum que exames de MN § Por ser tratar de imagens funcionais,
mostrem os rins). Se você olhar bem ainda alguns exames precisam de preparo
aparece no exame uma área mais escura a prolongado, com restrição a certos
tipos de alimentos e medicamentos;
direita (do paciente). Isso indica uma doença
§ Alguns processos metabólicos não
chamada de Divertículo de Meckel com
podem ser acelerados e a aquisição de
revestimento gástrico (“saquinho” de natureza imagens pode se demorada;
congênita presente em apenas 1% da
população).
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Introdução à Radiologia
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© Suspeita de obstrução ou
perfuração intestinal
© Dor abdominal moderada/
importante não determinada
© Suspeita de corpo estranho
© Seguimento de cálculo renal
Sabendo disso, caso eu precise solicitar
uma radiografia de abdome, quais as
incidências que devo pedir?
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
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Introdução à Radiologia
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Abaixo temos o aparelho urinário na radiografia E o número 6? O que é isso que parece
estar dentro da bexiga?
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Introdução à Radiologia
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Introdução à Radiologia
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Passando para o padrão gasoso intestinal, ele é Analisar o arcabouço ósseo e a sombra dos
muito variável mas, de uma maneira geral, órgãos sólidos é fazer a análise da anatomia.
encontraremos gás na moldura colônica Assim, devemos procurar as estruturas
(periférico) mas não no delgado. esperadas (tanto com relação a densidade
quanto com relação ao formato) e relatar
Assim, o gás no intestino grosso é normal
achados de estruturas anormais.
porque as bactérias intestinais produzem gás ao
longo do tempo para transformar o quimo em Na imagem abaixo temos, no hipocôndrio
um conteúdo fecal bem delimitado. No esquerdo, um formato que não refere a
intestino delgado em geral não há gás ou há nenhum órgão esperado (destacado em
muito pouco gás. vermelho), logo trata-se de uma estrutura
anormal, patológica.
Abaixo vemos algumas imagens que
representam o padrão gasosos intestinal
normal:
As calcificações patológicas que iremos buscar Nas imagens abaixo podemos analisar melhor o
identificar no rx de abdome serão, arcabouço ósseo. Percebe-se que na imagem A
principalmente, as calcificações do sistema temos um paciente com arcabouço ósseo
urinário, os cálculos renais, como vemos abaixo: normal onde podemos ver uma boa delimitação
entre a cortical e a medular dos ossos além da
densidade radiopaca habitual para o esqueleto.
A B
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v. renal E
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estômago
Gordura
peritoneal
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FÍGADO
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© Pelve Masculina no RM
BEXIGA
VESÍCULAS
SEMINAIS
RETO
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© Pelve Feminina no RM
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FISSURA
HORIZONTAL
FISSURA
OBLIQUA
ATELECTASIA DO
LOBO SUPERIOR
DIREITO
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ATELECTASIA DE
ATELECTASIA DE
TODO O PULMÃO
TODO O PULMÃO
ESQUERDO
ESQUERDO
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Essa opacidade não é uma pneumonia porque o Se esse paciente tem um tumor no brônquio do
coração e o contorno mediastinal não estão lobo superior direito, esse tumor vai obstruir o
aparecendo, ou seja, foram puxados para o lado brônquio e o ar não vai mais entrar! Veja,
da opacidade, sinal típico de perda de volume. abaixo, a radiografia dele e observe a opacidade
Então, opacidade + perda de volume = no lobo superior direito (em roxo)
atelectasia.
SE LIGA! Pneumonia não leva a perda de
volume!
REPETECO! Os sinais que indicam perda de
volume podem ser diretos ou indiretos. A
presença de um dos sinais é suficiente para dar
o diagnóstico.
São sinais diretos:
© Opacidade Pulmonar
© Elevação hemidiafragma
© Desvio das estruturas móveis na
direção da atelectasia (fissuras pleurais,
hilo, coração, traqueia...)
© Hiperinsuflação compensatória do
pulmão contralateral normal
© Aproximação dos arcos costais
ATENÇÃO! A professora sugeriu que
estudássemos o aspecto radiológico de cada
tipo de atelectasia. Ela escolheu mostrar todos Porque não pode ser uma pneumonia?
os achados de uma atelectasia de lobo superior Porque a cissura está puxada para o lado da
direito. atelectasia indicando perda de volume.
ATELECTASIA DE LOBO SUPERIOR DIREITO:
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Introdução à Radiologia
Juliana Ferraz – 4MA
forma o S de Golden)
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ATELECTASIA COMPRESSIVA:
É bem comum em pacientes acamados e em O derrame pleural tem várias causas mas não
pacientes em pós-operatório. São estudaremos agora, só no 6P.
representadas por densidades lineares, Quanto ao aspecto radiológico, o derrame
paralelas ao diafragma, nas bases. pleural pode ser:
© Derrame livre
© Derrame Loculado
© Derrame Cisural
© Derrame subpulmonar
O derrame pleural é uma opacidade
homogênea.
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Fatores que alteram o aspecto radiológico no © Pode ter efeito expansivo com desvio
derrame pleural: mediastinal para o lado oposto (sem o
derrame)
© Posição do paciente: paciente em pé o
líquido desce e o derrame aparece (seta Veja na imagem abaixo que você visualiza o seio
azul na imagem abaixo). Já com o costofrênico esquerdo (em rosa) mas não vê o
paciente em decúbito (deitado) o direito que está obliterado pelo derrame
derrame pode passar despercebido pleural.
porque o líquido se espalha por todo o
hemitórax
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Você não pode dizer que é uma pneumonia SE LIGA! Se você for realizar o exame na
porque a opacidade não tem forma de nenhum incidência de Laurell SEMPRE colocar o lado
lobo pulmonar, tem forma de derrame. suspeito de derrame para baixo.
Para fazer a investigação radiológica do Muito cuidado com um paciente que está na
derrame pleural o ideal é solicitar uma UTI, traqueosteomisado, com vários cateteres e
radiografia em decúbito lateral (maior sondas e tem uma opacidade dessa vista na
sensibilidade – vai detectar a partir de 5mL de imagem abaixo:
líquido).
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Porque isso não é uma pneumonia do lobo Olhando apenas a radiografia não é possível
inferior? dizer o que está causando esse derrame. Se o
paciente chega com uma facada ou com um
Uma pneumonia lobar precisa estar tocando na
tiro você deduz que isso é sangue e vai drenar.
cissura para ter margens bem definidas. Em
Porém, se o paciente não tem história de
nenhuma das imagens acimas vemos isso. O
trauma você vai precisar de uma TC de tórax
lobo inferior não possui o formato apresentado
para avaliar a etiologia do derrame.
nessas imagens e por isso elas não representam
uma pneumonia. HEMITÓRAX OPACO:
E porque não é uma atelectasia?
O hemitórax opaco é quando a opacidade
Não pode ser uma atelectasia porque não há abrange todo o hemitórax e pode ser:
perda de volume.
© Sem perda de volume
GRANDE DERRAME PLEURAL: © Com perda de volume, efeito retrátil
© Com efeito expansivo
Um grande derrame pleural vai exercer um
Para identificar qual dos casos acima você está
efeito expansivo, empurrando as estruturas
diante, use como referência o mediastino.
para o lado oposto.
Também é importante observar se há
SE LIGA! A atelectasia puxa as estruturas para alterações nos espaços costais e a posição de
o lado da opacidade. O derrame pleural gases abdominais (sobretudo a bolha
empurra as estruturas para o lado oposto ao da gástrica).
opacidade.
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Na imagem acima não temos perda de volume Abaixo mais casos de hemitórax opaco com
e não temos efeito expansivo. Como é possível perda de volume:
ver o broncograma (seta rosa), isso indica
doença no parênquima pulmonar, logo, trata-se
de uma pneumonia que está comprometendo
todo o pulmão do lado esquerdo.
Já nas imagens abaixo estamos diante de um
hemitórax opaco com perda de volume (não
vemos a sombra cardíaca nem o arco aórtico,
que estão puxados para o lado da opacidade, e
os arcos costais estão bem próximos uns dos
outros). Então, trata-se de uma atelectasia.
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PENUMOTÓRAX:
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PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO:
PENUMOMEDIASTINO:
HIDROPNEUMOTÓRAX:
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PNEMOMEDIASTINO PNEUMOPERICÁRDIO
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NÓDULO PULMONAR:
© o nódulo vai permanecer estável por
vários anos ou
O nódulo pulmonar solitário é uma opacidade © o nódulo some
arredondada ou ovalada que mede menos do o resolução parcial ou completa
que 3cm e é circundado por parênquima com tratamento
pulmonar. o resolução espontânea
Na imagem abaixo temos um nódulo pulmonar Quando pensamos em Nódulo Pulmonar tem 2
que está na língula (como constatamos pelo rx coisas importantes:
em perfil).
© Número: precisamos definir se é um
nódulo ou se são vários nódulos.
© Características: identificar quais são as
características do nódulo. Quem define
as características de um nódulo é o
exame de Tomografia Computadori-
zada.
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© CALCIFICAÇÃO
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SE LIGA! Para visualizar uma calcificação Observe na imagem acima que o paciente
benigna em um nódulo na radiografia a dica é possui uma área de consolidação com a
comparar a densidade do nódulo com a presença de escavação no pulmão direito.
densidade da costela. Se o nódulo estiver mais © NÍVEL HIDRO-AÉREO
denso do que a costela significa que ele tem
mais cálcio do que a costela e, portanto, é um A presença de nível hidro-aéreo em lesão
nódulo calcificado. cavitária sugere benignidade.
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© BRONCOGRAMA AÉREO
A presença de broncograma aéreo em nódulo Abaixo temos uma radiografia feita na posição
pulmonar (ou em massa pulmonar) sugere ápico-lordótica que mostrou um nódulo no lobo
malignidade. Essa avaliação só pode ser feita superior direito:
com uma TC.
LOCALIZAÇÃO DO NÓDULO:
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CENTRAL PERIFÉRICA
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© Derrame Pleural
© Atelectasia
© Pneumonia
© Alargamento mediastinal
© Aumento hilar
© Lesão óssea
REPETECO! Toda massa torácica deve ser
avaliada através de TC de tórax com contraste.
Só com a TC podemos identificar que o tumor
abaixo invade a aorta (vermelho), a pulmonar
(azul) e começa a invadir os brônquios
(amarelo).
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MEDIASTINO
(aula ministrada por Dras. Ana Rita Marinho e Nadja Rolim)
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Abaixo temos uma imagem com uma opacidade © SINAL DA BORDA INCOMPLETA
arredondada adjacente ao mediastino e o Nesse sinal, a margem da lesão voltada para o
ângulo superior parece ser obtuso indicando pulmão é bem delimitada e a margem voltada
uma lesão de mediastino. Nesse caso você para parede torácica ou mediastino tem limites
consegue visualizar os contornos dos vasos imprecisos. Quando presente, vai indicar que a
hilares (seta rosa) e isso se chama sinal da opacidade é extrapulmonar, ou seja, é uma
sobreposição hilar, o que significa que essa lesão mediastinal.
lesão ou é anterior ou é posterior ao hilo.
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Como diferenciar uma massa mediastinal É importante lembrar que sinal não é específico
de uma massa pulmonar? e pode falhar. Isso falha e você precisa pedir a
TC.
Essa diferenciação será necessária nos casos em
que você tem uma grande massa que se projeta SE LIGA! Se tiver broncograma você pode dizer
no pulmão mas que toca no mediastino. Você que é uma massa pulmonar porque uma massa
sempre deverá solicitar uma TC porque quem mediastinal jamais terá broncograma.
vai definir isso é a TC.
REPETECO! Outros sinais que ajudam nessa
Porém, de uma forma propedêutica, é diferenciação:
importante saber reconhecer alguns sinais
© Sinal da Sobreposição Hilar: abaixo
radiológicos que podem ajudar a fazer essa
temos uma opacidade que se projeta na
diferenciação com um rx.
região do hilo direito, radiopaca, com
O primeiro sinal é, como já vimos, o ângulo contornos parcialmente bem definidos
formado com a massa. Quando a massa vem do e sendo possível ver os vasos do hilo.
pulmão e empurra em direção ao mediastino o Como é possível visualizar esses vasos
ângulo entre a massa e o mediastino tende a ser isso significa que a opacidade não está
um ângulo agudo (mais fechado). Já quando a se originando no hilo, ou ela está no
massa vem do mediastino e se projeta no mediastino ou ela é pulmonar. Isso
pulmão esse ângulo tende a ser um ângulo porque se tivéssemos uma massa em
obtuso. contato com as estruturas anatômicas
do hilo não seria possível ver essas
estruturas (esses vasos) porque teriam
a mesma densidade (tanto os vasos
como a massa tem densidade de partes
moles).
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São várias as doenças que cursam com o Na imagem abaixo vemos uma massa vascular,
aumento dos gânglios, como por exemplo: um aneurisma que pega toda a aorta. Para saber
doenças inflamatórias, doença metastática, reconhecer só vendo vários. Perceba que é uma
linfoma, leucemia, doenças granulomatosas. massa lobulada, que faz um “caminho”, é
tubular, etc.
Os gânglios estão situados em vários locais. Na
imagem abaixo vemos a localização dos gânglios
representadas pelas bolinhas brancas com uma
numeração.
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MEDIASTINO POSTERIOR:
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MEDIASTINO POSTERIOR – TUMOR NEUROGÊNICO: Quando olhamos para traqueia vemos que ela
não está deslocada então ela não pode estar no
O principal tumor do mediastino posterior são
mediastino anterior (porque senão estaria
os tumores neurogênicos, que representam
desviando a traqueia). Portanto, a massa está
90% das massas do mediastino posterior. Esses
no mediastino posterior (como confirmamos
tumores podem se originar:
com a imagem do perfil).
© da Bainha Nervosa: são os schwannoma
e neurofibroma
© do Gânglio Simpático: neuroblastoma,
ganglioneuroma e
ganglioneuroblastoma
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HIPERTRANSPARÊNCIA PULMONAR
(aula ministrada por Dra. Ana Rita Marinho)
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SE LIGA! A diferença da penumatocele para o Já nessa imagem abaixo temos uma escavação
cisto é que a pneumatocele tem uma parede em um tumor.
mais grossinha do que o cisto.
ESCAVAÇÃO:
HIPERTRANSPARÊNCIA BILATERAL:
CAUSAS PULMONARES:
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2. BRONQUIECTASIAS
© Brônquios dilatados
© Hiperinsuflação
© Aprisionamento de ar
© Sinal do trilho do trem
© Impactação mucoide
© Sinal do anel de sinete
As principais causas da bronquiectasia são:
SE LIGA! As bolhas acompanham um © Pós infecção
enfisema importante porque nesses casos vai o TB
haver destruição do parênquima formando as o MAC
bolhas. o Aspiração
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o Síndrome Swyer-James
(MacLeod)
© Pós obstrução
o Tumor endobrônquico
o Linfadenomegalia
o Corpo estranho
© Tração
o Dilatação brônquica secundária à
fibrose
© Fibrose Cística
O normal é que artéria e brônquio tenham o
© Asma
mesmo tamanho. Na bronquiectasia o brônquio
Abaixo vemos em rosa os brônquios de paredes está dilatado e, por isso, forma o sinal do anel (o
espessadas, dilatados, mostrando a brônquio dilatado vai estar maior e a artéria vai
bronquiectasia: estar menor, como se fosse um anel solitário).
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4. ASMA
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Por causa do aprisionamento aéreo, a criança Abaixo temos uma radiografia de um paciente
que tem asma importante vai ter uma com uma opacidade com contorno bem
radiografia enfisematosa: diafragma retificado, definido o que indica que ela está delimitada
aumento do diâmetro AP, aumento do espaço pela fissura pleural.
retroesternal (vermelho) e alargamento dos
espaços intercostais, como vemos na imagem
abaixo:
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Observe que o VD está com a ponta para cima, Então, o principal é observar a hipertransparência
o que demonstra que está aumentado e para saber qual o lado está a obstrução. Se você
podemos dizer que o AD está aumentado tiver em dúvida e a criança for maiorzinha você
porque a câmera cardíaca está crescendo para pode pedir um rx em expiração (lembrar que no
o lado direito sem formar duplo contorno. Fora pulmão normal o ar vai sair).
isso, o pulmão está hipertransparente. A
obstrução, nesse caso, está na saída do VD.
FATORES TÉCNICOS:
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SE LIGA! Se a chapa estiver muito escura você SE LIGA! A hiperextensão pode alargar ainda
pode perder consolidações e se estiver muito mais o mediastino da criança e induzir ao
clara poderá levar a identificação de diagnóstico de uma falsa cardiomegalia.
consolidações ou atelectasias de forma falsa.
A chapa precisa ser obtida em apneia máxima,
Como saber se os fatores de exposição no momento que está inspirando, com o
foram escolhidos corretamente? pulmão cheio de ar. Isso pode ser comprovado
Observe a coluna vertebral (os primeiros corpos quando há, pelo menos, 8 arcos costais
vertebrais deverão estar por trás do coração) e presentes no rx.
veja se os espaços intervertebrais estão na
região retrocardíaca.
REPETECO! O raio central deve ser
corretamente posicionado. Para isso, ele
precisa estar no nível dos mamilos e é preciso
garantir que o tórax não está girado.
Como saber se o raio central está bem
posicionado?
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Na imagem acima observamos uma chapa Esse ducto arterioso comunica a aorta
onde é possível identificar os espaços descendente com a artéria pulmonar na vida
intervertebrais por trás do coração, ou seja, o intrauterina, fechando-se após o nascimento,
fator de exposição está correto. Porém, há recebe o nome de Boça Ductal.
assimetria nos arcos costais, que estão bem
Abaixo vemos os centros acessórios de
desalinhados: os do lado direito estão bem
calcificação. No nascimento as epífises ainda
mais alargados do que os do lado esquerdo.
são compostas por cartilagem, então vão se
Isso aconteceu pelo fato da criança ter rodado
calcificando com o tempo (algumas já começam
para um lado, então, não foi adequadamente
a calcificar nesse período e eventualmente vão
imobilizada, o que distorce a anatomia e pode
ser identificadas na radiografia). No úmero, por
sugerir uma falsa doença. Além disso, está mal
exemplo, pode haver essas bolinhas brancas na
inspirada, há pouco pulmão identificado e
epífise umeral, que correspondem aos centros
Hiperextendida, pois os arcos costais
de calcificação.
anteriores estão apontando pra cima.
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA:
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