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Radioposts: O Método 1

1) A BASE 004
Base da Radiografia 005
Base da Tomografia 011
Base da USG 021
Planos Seccionais 026
Densidades na Radiografia 028
Unidades Hounsfield 031
Janelas na TC 036

2) TÓRAX 047
RX Tórax AP e PA 048
RX Tórax Arcos Mediastinais 052
Sinal do Duplo Contorno 061
RX Tórax Review Areas 067
Opacidades Pulmonares 072
Consolidação 074
Doença Intersticial 079
Nódulo ou Massa Pulmonar 083
Atelectasia 089
Sinal da Silhueta 095

3) ABDÔMEN 100
Regiões do Abdômen 101
RX Abdômen 107
Fases do Contraste na TC de Abdômen 114

Radioposts: O Método 2
4) CRÂNIO 125
Drenagem dos Seios Paranasais 126
Passo a Passo para Analisar TC de Crânio 133
Diferenciar TC e RM de Crânio 137
Sequências da RM de Crânio 142

5) MUSCULOESQUELÉTICO 146
Lesões Ósseas 147

6) MAMA 152
Incidências Mamográficas 153
Introdução ao BI RADS 158
BI RADS USG Parte 1 163
BI RADS USG Parte 2 170
Níveis Linfonodais Axilares 180
Contraste e Amamentação 189

7) MEDICINA NUCLEAR 192


Diferença entre Radiologia e Medicina Nuclear 193
Diferença entre Contraste e Radiofármaco 196
Cintilografia da Tireoide e Hipertireoidismo 198
Imagens Cintilografia do Miocárdio 203
O Que é PET/CT? 211

Radioposts: O Método 3
1

A BASE

Radioposts: O Método 4
TUDO COMEÇA COM A BASE
Eu sei. Parece historinha. Mas é assim mesmo. Eu mesmo gosto
de começar a parte prática antes de me aprofundar na base.
É aquela vontade de entrar em campo, muitas vezes sem ouvir
as explicações do treinador.
Até tem algum efeito. Mas dificilmente te leva a excelência.
Todos aqueles que executam algo em nível de excelência tem
uma base forte.
Então se liga nesse bê-á-bá da produção das radiografias.
Leia com calma. Entenda.
E, em breve, em cima desse "bloco" de conhecimento vamos
sedimentar outros.
Juntos!

Radioposts: O Método 5
Radioposts: O Método 6
Radioposts: O Método 7
Radioposts: O Método 8
Radioposts: O Método 9
Radioposts: O Método 10
Se este título está parecendo “grego” para você...
Acertamos.
Isso mesmo.
TC é como, carinhosamente, chamamos a Tomografia
Computadorizada.
Você já sabe “O QUE” a TC faz.
Agora vamos falar sobre “COMO” ela faz.
Se você já se sentiu confuso com termos como HELICOIDAL,
MULTISLICE, CANAIS... É hora de perder o medo.
Se liga no resumão.

Radioposts: O Método 11
Radioposts: O Método 12
Radioposts: O Método 13
Radioposts: O Método 14
Radioposts: O Método 15
Radioposts: O Método 16
Radioposts: O Método 17
Radioposts: O Método 18
Radioposts: O Método 19
Radioposts: O Método 20
Se você nunca conseguiu entender muito bem o que significa
“aquelas coisas” que aparecem na tela na hora que estamos
fazendo uma ultrassonografia...
Seja bem vindo ao time.
Você não está sozinho.
Já estivemos exatamente aí nesse lugar.
Mas as coisas foram clareando.
E a melhor forma de ver as coisas clareando...
É começando do começo.

Radioposts: O Método 21
Entendendo que tudo
começa no Transdutor, na
Sonda.
Que gera ondas sonoras
de alta frequência – ondas
de ULTRASSOM.
Sem radiação ionizante.

E essas ondas
atravessam os
tecidos do corpo,
sendo refletidas ou
absorvidas.

Radioposts: O Método 22
E essas ondas atravessam
os tecidos do corpo, sendo
refletidas ou absorvidas.

Dependendo do grau
que essas ondas são
refletidas, elas voltam e
são captadas
novamente pelo
transdutor.
Pensa bem então.
O transdutor é um
EMISSOR e um
RECEPTOR ao mesmo
tempo.

Radioposts: O Método 23
Isso tudo é transformado
em sinal elétrico e exibido
na forma de imagem,
numa escala de cinzas
que depende do grau em
que essas ondas foram
refletidas.
Ou seja, se atravessaram
estruturas sólidas, mais
sólidas, menos sólidas.
Gás, líquido.

E, pelas diferenças, cria-


se então o mapa de
cores que vai do
branco ao preto com
muitos tons de cinza no
intervalo e vamos
aprendendo a ver e
identificar as estruturas.

Radioposts: O Método 24
E ai? Clareou ou Escureceu pra você?
Vamos juntos!

Radioposts: O Método 25
Para entender melhor os planos da anatomia seccional, é
interessante conhecer primeiro a origem da palavra “anatomia”.
Vem do grego “ana” - em partes e “tomia” - cortar, ou seja,
significa “cortar em partes”.
Vamos imaginar então que os pacientes estejam sendo
“cortados em fatias” e essas fatias correspondem às imagens ou
cortes que vemos na TC e na RM, por exemplo.

Radioposts: O Método 26
E o que vai determinar o tipo da fatia é exatamente o plano de
corte ou plano seccional, como mostrado acima.
Ficou mais fácil?

Radioposts: O Método 27
Vamos entender melhor como as
diferentes densidades se
comportam na radiografia?

Radioposts: O Método 28
O feixe de raios X
ao atravessar o
corpo do paciente
sofre atenuação
de acordo com a
densidade de
cada tecido.

As estruturas ósseas, por exemplo, por serem muito densas,


absorvem e dispersam os raios, enfraquecendo-os e causando
maior atenuação.
Com isso, menos radiação atinge o filme, que escurece menos
nessa área.
No Rx de tórax então as vértebras, escápulas, arcos costais e
clavículas aparecem mais claros, brancos ou radiopacos.

Radioposts: O Método 29
Já os pulmões, compostos essencialmente de ar, são áreas mais
facilmente penetradas pelo feixe de raios X, que chegam em
maior quantidade ao filme e, por isso, eles aparecem como
áreas mais escuras ou radiotransparentes.
Funciona então como se a gente estivesse enxergando uma
escala de cinza que vai do branco (osso) ao preto (ar) e todos
os outros tecidos com densidade intermediária vão variando nos
tons de cinza, como mostrado na figura acima.
Aposto que ficou mais fácil agora!

Radioposts: O Método 30
Vamos finalmente entender o que são as Unidades Hounsfield?
Assim como acontece na obtenção de uma Radiografia, na
aquisição da Tomografia Computadorizada (TC), feixes de raios
X atravessam o corpo do paciente sofrendo atenuação de
acordo com a densidade de cada tecido.
Estruturas mais densas absorvem e dispersam os raios, causando
maior atenuação e, portanto, aparecem mais claras, enquanto
as estruturas menos densas são áreas mais facilmente
penetradas pelo feixe de raios X e aparecem como áreas mais
escuras ou radiotransparentes.

Radioposts: O Método 31
A diferença então é que na TC a quantidade de tons de cinza
da escala que vai do branco ao preto é muito maior.

Uma coisa interessante é que os aparelhos mais modernos


conseguem gerar mais de 4000 tons diferentes, embora o
monitor só consiga mostrar 256 tons e o olho humano só consiga
enxergar 20.

Radioposts: O Método 32
Já que o olho humano não é capaz de fazer essa distinção dos
tons de cinza e, portanto, da diferença de densidade dos
tecidos, foi criada a Escala de Hounsfield, que arbitrariamente
definiu a densidade da água como 0 UH e a do ar como -1000
UH, sendo as demais estruturas definidas a partir desses
parâmetros.

Radioposts: O Método 33
Mas porque na prática isso é importante? Porque é através
dessa medida que conseguimos diferenciar a densidade das
estruturas analisadas na TC, nos ajudando no diagnóstico
diferencial. "Huuumm, ainda não entendi."

Radioposts: O Método 34
Exemplo prático:
Você está de plantão e precisa avaliar uma
TC com sangramento intracraniano.
Uma das coisas críticas é definir se o
sangramento é agudo, subagudo ou crônico.

Dica pulo do gato: o sangramento


agudo tem densidade de 50-60 UH
(mais denso que o córtex cerebral
adjacente), enquanto o sangramento
subagudo (tipicamente 10-14 dias) tem
densidade de 35-40 UH (isodenso ao
córtex) e o sangramento crônico tem
densidade de aproximadamente 0 UH.

Radioposts: O Método 35
ABRA A JANELA

Radioposts: O Método 36
Eu morei em apartamento por muitos anos da minha infância.
E eu adorava as férias na casa da minha avó no interior.
Pé no chão, brincadeiras na rua, subir nas árvores. E, é claro,
histórias, carinho e comida de vó.
Eu me lembro que ela dizia que as JANELAS são mágicas.
Podiam nos transportar de um mundo para o outro.
Que através dela podemos ver o mundo e, muitas vezes, sonhar.
Imaginar.

O tempo passou. Vovó já se foi.


Lá em cima olha... E cuida de mim.
Mas eu não parei de olhar para as JANELAS.
E sonhar. Acreditar.

Radioposts: O Método 37
E hoje, através dos exames de imagem, também posso “viajar”.

Pelos sistemas do corpo humano.

Pelos órgãos.

Pelas células.

Me permito nos imaginar como detetives.

Juntando pequenas informações para chegar a um diagnóstico.

E nesse cenário, as JANELAS na TC são ferramentas que usamos


para melhor caracterizar cada tecido.

Extrair o máximo de informação de cada um deles.

Então, entender das JANELAS, sejam elas as da vida ou as da TC,


pode fazer grande diferença na maneira como você interpreta
o mundo.

E os exames.

Busque sempre a JANELA certa.

Assim você vai acertar mais.

Na vida.

E nos exames.

Radioposts: O Método 38
Radioposts: O Método 39
Radioposts: O Método 40
Radioposts: O Método 41
Radioposts: O Método 42
Radioposts: O Método 43
Radioposts: O Método 44
Radioposts: O Método 45
Radioposts: O Método 46
2

TÓRAX

Radioposts: O Método 47
Vamos entender melhor as diferenças entre as
radiografias do tórax PA e AP?

A incidência frontal padrão do tórax


é a radiografia PA (póstero-anterior).
Por que se chama PA? Devido ao
sentido do feixe de raios X, que, nesse
caso, atravessa o paciente de trás
para frente antes de atingir o filme.
Geralmente realizada em posição
ortostática (em pé) e em inspiração
máxima.
A incidência AP (ântero-posterior)
costuma ser realizada em pacientes
impossibilitados de ficar em pé, sendo
feita no leito com o paciente em
decúbito dorsal (deitado).

Radioposts: O Método 48
Mas por que a incidência PA é melhor?

Radioposts: O Método 49
Vantagens relacionadas ao ortostatismo e à
proximidade do coração com o filme:

- a imagem é mais nítida (menor ampliação


do ❤ e sem pseudoalargamento do
mediastino);
- o paciente consegue inspirar mais
profundamente em pé;
- ar e líquido mudam com a gravidade e
são mais fáceis de ser vistos na posição
ortostática.

Alguma dica para saber se é PA ou AP?


- identificação no filme.

Radioposts: O Método 50
Na AP vemos:

- redução ⬇ da expansão pulmonar.


- pseudo aumento ⬆ da área cardíaca ❤.
- pseudo alargamento mediastinal.
- arcos posteriores mais horizontalizados.
- escápulas sobrepostas aos pulmões.

(*Rx AP: Case courtesy of Dr Yi-Jin Kuok, Radiopaedia.org, rID: 17910)

Radioposts: O Método 51
5 ARCOS, OU PISTAS, PARA ENTENDER O

MEDIASTINO

Não é exagero. É um mapa. Um passo-a-passo.

Ou, como gostamos de dizer: uma dica


pulo do gato.

Radioposts: O Método 52
Algumas estruturas do
mediastino tocam a superfície
medial dos pulmões. Jeito mais
fácil de dizer isso: algumas
estruturas mediastinais causam
“impressões” na superfície
pulmonar. A estas impressões
chamamos “arcos”.

Radioposts: O Método 53
É muito mais comum do que pensa, estudantes se sentirem
confusos quando escutam o termo “arcos”, pensam em “arcos
costais”. E, muitas vezes, assim como eu, sofreram calados, sem
perguntar.

Aquele medo de fazer “uma pergunta boba”. Sabe do que eu


estou falando?

Mas a gente está aqui para isso. Para te fazer não se sentir assim.

Para facilitar. Para te permitir ir além.

E, óbvio, sofrer menos que eu no processo.

Então se liga no conteúdo que


pode mudar a forma como você
olha para as radiografias de tórax!

A literatura fala em 7 arcos. Isso mesmo, SETE.

“Mas, você falou 5 lá no começo”.

Calma. Vem com a gente.

Radioposts: O Método 54
Radioposts: O Método 55
👉 LADO ESQUERDO:

1º arco: impressão da crossa da aorta.

2º arco: impressão do tronco da artéria pulmonar.

3º arco: impressão da parede do ventrículo esquerdo.

Agora vem um pulo


do gato para chegar
nos 7 arcos.

Quando temos aumento do ÁTRIO ESQUERDO, ele


causa uma impressão (arco) que se localiza entre o
tronco da artéria pulmonar e o ventrículo esquerdo.

Então se fala em “surgimento” do 4º arco.

Radioposts: O Método 56
PUT IT ALL TOGETHER: do lado esquerdo temos 3
arcos em situação fisiológica e o aumento do
AE cursa com surgimento do 4º arco. OK?

Radioposts: O Método 57
👉 LADO DIREITO:

1º arco: impressão da veia cava superior.

2º arco: impressão da borda do átrio direito.

Eles já estão lá fisiologicamente.

Se você fez as contas, percebeu que está faltando o 3º arco


direito (para fecharmos a conta dos 7 arcos). Esse eu admito. Ele
está lá na literatura, bem descrito. Mas, geralmente, eu acho
dificílimo de ver. Perceba, eu estou dizendo EU não consigo ver.
E você também pode ter dificuldade. E se ninguém te diz que
também não vê, você pode se sentir frustrado.

SUGESTÃO:

Procure. Como treino. Mas não sofra


por não ver. Temos outros métodos
muito mais eficientes para avaliar a
veia cava inferior.

Radioposts: O Método 58
Radioposts: O Método 59
Radioposts: O Método 60
A grande quantidade de informações e a sobreposição das
estruturas anatômicas, muitas vezes, impõem ansiedade e
receio.

Se você já se sentiu inseguro ao encarar uma radiografia, se liga


nesse conteúdo.

Vários são os sinais clássicos de aumento do átrio esquerdo, mas


hoje a conversa é sobre o SINAL DO DUPLO CONTORNO.

Radioposts: O Método 61
Radioposts: O Método 62
O pulo do gato aqui é ativar o
conhecimento prévio para facilitar:

- silhuetas cardíacas (AD é responsável pela


borda direita do coração na radiografia em PA).

- AE normal geralmente não é caracterizado na


radiografia em PA.

- AD tem localização anterior ao AE.

- com o aumento do AE, este se insinua para o


lado direito, posteriormente ao AD, criando
nova interface com o pulmão e
(consequentemente) sua própria silhueta, do
lado direito.

MAS COMO VEJO ISSO NA IMAGEM?

Radioposts: O Método 63
Usualmente a silhueta direita cardíaca é formada pelo AD.
Quando se pode definir duas silhuetas à direita da linha média,
configura-se o SINAL DO DUPLO CONTORNO, que é formado
pelas silhuetas dos AD e AE. .

Radioposts: O Método 64
As linhas tracejadas representam o trajeto do feixe de raios-x
numa radiografia em PA.

Observe que o AE tem posição posterior ao AD e dimensões


aumentadas, causando uma nova silhueta na imagem da
radiografia.

Radioposts: O Método 65
MAS POR QUE NÃO VEJO
SEMPRE O SINAL DO
DUPLO CONTORNO?

Boa. Se você se perguntou isso, é sinal que está acompanhando


o raciocínio.

Lembre-se, o AE de tamanho normal tem sua silhueta localizada


na mesma linha do esterno e não se insinua para o campo
pulmonar direito, por isso não forma a interface com o pulmão
(condição para o sinal existir).

Radioposts: O Método 66
UM DOS GRANDES ERROS QUE COMETEMOS É...

Valorizar apenas o resultado. Isso mesmo.

Acertar não é tudo.

Desde pequenos fomos “educados” a valorizar


apenas os resultados.

No futebol: o título!

Nas Olimpíadas: o ouro!

Nos estudos: a nota 10!

Radioposts: O Método 67
“Aprendemos” que o maior valor está em aprender com pouco
esforço.

Ouvimos coisas como: “ele tem o dom”.

E isso impregna na gente.

Eu já pensei assim.

E por muito tempo me “torturei”


porque não acreditava que tinha
o dom.

Mas a gente cresce.

E pode mudar.

Eu mudei.

E aprendi.

Entendi que a persistência é quase tudo.

Persistir e ter um método é essencial!

Talvez, mais importante que “ter o dom”.

Acredite. É mais comum do que você imagina vermos “talentos


desperdiçados”.

Radioposts: O Método 68
As “REVIEW AREAS” são um exemplo disso.

São áreas que podem passar despercebidas.

Então precisam estar incluídas no seu checklist.

No seu MÉTODO.

Fique atento a elas!

Siga o método. Persista.

Isso muda tudo.

Serve pra tudo.

Pra Radiologia.

E pra vida.

Radioposts: O Método 69
Radioposts: O Método 70
Radioposts: O Método 71
Pensa no seguinte cenário:

Você vai lá, estuda em mais de um livro, assiste


aulas, pesquisa na internet, pergunta aos professores
e aí pensa: pronto, agora eu aprendi.

Eu sei, aí você vai lá e percebe uma coisa que nunca se


encontra nos livros: na vida real a coisa não é tão fácil assim. E
você continua tendo dificuldades e achando que nunca vai
conseguir interpretar os exames com segurança. Calma, todo
mundo já passou por isso.

Radioposts: O Método 72
Recebemos algumas sugestões e decidimos detalhar mais esta
série sobre OPACIDADES PULMONARES no RX de tórax,
compilando alguns dados que vão te ajudar a criar uma
sequência para entender o que procurar e como caracterizar
cada padrão.

Esse é o esquema básico para começarmos.

Nos próximos tópicos do RADIOPOSTS: O MÉTODO a gente vai


trazer mais detalhes de cada padrão.

E aí? Animado?

Radioposts: O Método 73
Você identificou a opacidade pulmonar no RX.

E agora? Qual o tipo de opacidade? É uma consolidação?

Obs: consolidação é o resultado do preenchimento dos alvéolos


por material que se espalha pelos poros de Kohn.

Obs²: a pneumonia é, disparado, a causa mais comum.

Eu sei, tá repetitivo. Acredite, desse jeito fica mais fácil fixar a


informação.

Radioposts: O Método 74
Se liga nas dicas pulo do
gato que podem deixar as
coisas mais simples:

- tem broncograma aéreo? (sinal definido pela presença


de ar no interior do brônquio que passa pela
consolidação);

Radioposts: O Método 75
- os vasos estão menos nítidos nesta região?
(apagamento dos vasos - checa lá a imagem com zoom
e compara com o esquema que assinala os vasos
adjacentes);

Radioposts: O Método 76
- há respeito pelos limites físicos (fissuras, pleura)?;

Radioposts: O Método 77
- há perda de volume pulmonar? (atenção aqui: isso
pode ajudar demais. Se houver perda de volume,
favorece o diagnóstico de atelectasia).

E aí? Gostou das dicas?

Radioposts: O Método 78
Imagine o seguinte cenário: RX pendurado e você responsável
por interpretá-lo.

Quando a alteração é muito difícil de ser vista, ela é difícil para


todo mundo. Mas o que me dava (e ainda dá) medo mesmo, é
quando a alteração é clara e você não tem a menor ideia de
por onde começar a descrição dos achados.

Eu sei. Eu mesmo já passei por esse aperto algumas vezes.

Radioposts: O Método 79
E é claro que nós não estamos propondo aqui que o RX seja a
solução para as doenças intersticiais pulmonares. O diagnóstico
é difícil e, muitas vezes, precisa de biópsia. Mas o objetivo aqui é
outro, mais simples, do dia-a-dia. O objetivo é te deixar
confortável com o RX de tórax.

Pensando nisso, nós criamos este esquema que vai te ajudar a


perceber os detalhes de onde procurar as alterações intersticiais
e identificar as sutis diferenças entre os padrões reticular e
nodular.

Radioposts: O Método 80
Lembra que o interstício é a “estrutura” que dá
sustentação ao tecido pulmonar?

Então se liga na dica pulo do gato:


geralmente as alterações são mais
evidentes nas bases pulmonares,
então preste muita atenção lá.

Radioposts: O Método 81
Atenção: as alterações intersticiais (reticulares ou nodulares)
podem se confundir com os vasos pulmonares subsegmentares.

Outra dica pulo do gato: observe a periferia


dos pulmões. Os achados intersticiais se
estendem até a pleura, enquanto os vasos
não tocam a periferia pulmonar.

Ufa! Complexo né? Mas nem tudo que é complexo precisa ser
complicado. Nós vamos dividindo o conteúdo e você vai
entender disso um pouco mais quando abordarmos a anatomia
dos lóbulos pulmonares secundários.

Radioposts: O Método 82
Achou que as informações iriam ficar meio perdidas?

Nada disso.

Se você dividir as informações em pequenos blocos, ela fica


mais simples.

E nós gostamos de coisas simples.

A ideia é esclarecer algumas das características dos nódulos


pulmonares.

Radioposts: O Método 83
- DIMENSÕES: esse é fácil de entender e de
memorizar, quanto maior o nódulo, maior o risco.

Radioposts: O Método 84
- COMPOSIÇÃO: duas coisas para entender
aqui. O que é vidro fosco? Opacidade que não
obscurece completamente o parênquima
pulmonar subjacente. Qual a composição que
representa o maior risco de malignidade?
Parcialmente sólido.

Radioposts: O Método 85
- MARGENS: esta é quase intuitiva. Quando você
vê um nódulo espiculado, você já pensa
naturalmente naquela espícula crescendo e
infiltrando os tecidos adjacentes. Certamente, quem
quer invadir os tecidos adjacentes é maligno.

Radioposts: O Método 86
- CALCIFICAÇÃO: Os nódulos calcificados
estão entre as alterações benignas mais
comuns da radiologia do tórax. O pulo do gato
aqui é saber que nem sempre os nódulos
calcificados são benignos. Existem padrões e
doenças específicas que podem cursar com
nódulos pulmonares calcificados e malignos.

Radioposts: O Método 87
E mais uma super dica:
existem calculadoras de risco
gratuitas para os nódulos
pulmonares.

Exercitar nessas calculadoras


pode te ajudar a memorizar as
informações mais importantes
do nódulo.

Radioposts: O Método 88
Você nunca entendeu muito bem o que era uma atelectasia?
Então vê se vai ficar mais fácil assim...

É a perda de ar no pulmão ou em parte dele resultando em


perda de volume, ou seja, é um colapso.

Pode acontecer por obstrução da via aérea impedindo a


entrada de ar ou por compressão do pulmão por derrame
pleural ou pneumotórax, por exemplo.

Radioposts: O Método 89
Qual a importância de se
identificar corretamente
uma atelectasia?

Poderíamos citar várias, mas vamos destacar a que


consideramos mais importante: muitas vezes, a atelectasia pode
ser o primeiro sinal de um câncer de pulmão.

Então, esteja atento!

Quando o colapso é de um lobo inteiro, chamamos de


Atelectasia Lobar e trouxemos alguns esquemas e casos para
facilitar a identificação de qual lobo está acometido.

Radioposts: O Método 90
Radioposts: O Método 91
Radioposts: O Método 92
Radioposts: O Método 93
Radioposts: O Método 94
Imagina o cenário: início do internato e você é convidado a
discutir a radiografia de tórax do seu paciente durante a visita.

Medo 1: não encontrar a alteração.

Medo 2 (e pior de todos): quando a alteração


está clara e não sabemos caracterizar e
localizar (lembre que caracterização e
localização são duas coisas fundamentais
para o diagnóstico).

Radioposts: O Método 95
Tenso né?! Agora imagina formado já? Imagina na emergência?

Vem com a gente para acabar com essa tensão de uma vez
por todas.

Se você seguiu a série das OPACIDADES PULMONARES, você já é


capaz de caracterizar as alterações.

Caso contrário, volta e dá uma lida. Isso vai te ajudar.

Mas e a localização?

O entendimento das silhuetas cardiopulmonares vai te ajudar a


localizar as lesões.

Se liga na explicação do SINAL DA SILHUETA ou, na nossa visão,


SINAL DA PERDA DA SILHUETA.

Radioposts: O Método 96
Radioposts: O Método 97
Radioposts: O Método 98
Radioposts: O Método 99
3

ABDÔMEN

Radioposts: O Método 100


SE VOCÊ JÁ SOFREU COM “ONDE X AONDE”...

Esse tópico é pra você.

A cavidade abdomino-pélvica é a maior


cavidade do nosso corpo.

Contém muitos órgãos e estruturas, que


estão todos bem juntinhos.

Radioposts: O Método 101


Você pode estar pensando: e daí?

Daí que pode ser um problema.

Como assim?

Pode ser difícil localizar precisamente a origem de uma dor


abdominal.

Para facilitar, existem algumas formas de dividir o abdômen por


regiões.

Escolhemos essa (bem prática) que divide a cavidade


abdomino-pélvica em 9 regiões e é a mais usada clinicamente.

Bora lá.

Radioposts: O Método 102


Radioposts: O Método 103
Imagina só: homem, 50 anos, com dor após as refeições no
hipocôndrio direito.

Quando a gente localiza a dor em uma dessas regiões pela


anamnese e exame físico, nós já ficamos com a “antena” ligada
para olhar com atenção os órgãos localizados nela.

PASSO 1: o que tem no hipocôndrio direito? Fígado e vesícula


biliar! Seja USG, RX ou TC, juntando com a história clínica, a DICA
éo

PASSO 2: vai lá e olha a vesícula e fígado direito!!!

Radioposts: O Método 104


Outra situação. Menina de 14 anos dá entrada na emergência
com dor na fossa ilíaca direita, náuseas e vômitos.

Alguém pede um exame de imagem e você tem que olhar.

PASSO 1: o que tem nessa região? Ceco, apêndice, ovário


direito, ureter!

PASSO 2: vai lá e procura!

Radioposts: O Método 105


Mais uma vez, viu como está

tudo interligado?

Conectado.

Junto.

Amarrado.

Vinculado.

Associado.

Articulado.

Anatomia.

Semiologia.

Radiologia.

Tudo junto e misturado!

Radioposts: O Método 106


É isso mesmo.

Tem alguns tópicos que temos quase que uma “obrigação” de


saber.

E nós sabemos disso.

E nos pressionamos.

Às vezes, por não saber começar.

Colocamos de lado.

Radioposts: O Método 107


Muitas vezes eu gastei tempo e energia me “torturando” porque
não sabia por onde começar.

Se você já se sentiu assim, duas notícias boas:

1) Você não está sozinho.

2) Só depende de você.

Parece conversa mole, eu sei. Mas não é.

Segura essa:

A primeira coisa é saber o que você precisa saber.

Isso é mágico. Te mostra o que você não sabe.

Segundo, humildade. De começar pelo básico.

“Ler o manual”.

Pensando nisso, partimos do zero nesse tópico.

Se liga no BÊ-Á-BÁ da radiografia do abdômen.

Para identificar o alterado, você precisa ter uma base grande


do que é normal.

Radioposts: O Método 108


Radioposts: O Método 109
Radioposts: O Método 110
Radioposts: O Método 111
Radioposts: O Método 112
Radioposts: O Método 113
Um dos principais objetivos do Radioposts é produzir
conteúdo relevante sobre radiologia. O principal desafio é
produzir informação relevante da forma mais resumida e
didática possível.

Nós gostamos de pensar nisso como nossas pílulas diárias


de conhecimento.

Adoramos um desafio!

E também adoramos simplificar as coisas.

Então vamos lá!

Radioposts: O Método 114


O uso do contraste venoso nos exames de imagem permite
a caracterização e a diferenciação de muitas lesões.

Por vezes, o padrão de realce é tão característico que


pode mudar sua opinião sobre a histologia de um tumor.

Então, é importantíssimo que se tenha segurança ao


identificar as fases do estudo com contraste.

Eu sei. Não é fácil encontrar esse conteúdo de forma direta e


transparente. É como se "esperassem" que esse conhecimento,
que já está "gravado" na mente do radiologista, também esteja
"gravado" em todo mundo.

Mas não é bem assim. Certo?

Se você já esteve inseguro sobre as fases do contraste ao


interpretar uma TC de abdômen, esse tópico é para você.

Nós queremos que o seu desconforto acabe. Agora!

Se liga nesse passo a passo que bolamos para te ajudar.

E continua com a gente!

Não esquece: "the inches we need are everywhere around us!"

Radioposts: O Método 115


Radioposts: O Método 116
Radioposts: O Método 117
Radioposts: O Método 118
Radioposts: O Método 119
Radioposts: O Método 120
Radioposts: O Método 121
Radioposts: O Método 122
Radioposts: O Método 123
Radioposts: O Método 124
4

CRÂNIO

Radioposts: O Método 125


As queixas clínicas relacionadas às vias aéreas superiores são
figurinhas carimbadas nas emergências.

Se você quer saber um pouco mais sobre os seios paranasais,


este conteúdo é para você!

Mas o que preciso saber sobre os seios paranasais?

A DICA é entender que os seios paranasais e a cavidade


nasal funcionam em conjunto e que a drenagem das
secreções dos seios acontece por algumas vias.

Radioposts: O Método 126


E qual o pulo do gato?

Saber QUAIS e ONDE estão estas vias.

Por quê

Porque lesões, muco ou variações


anatômicas que obstruem estas
vias podem ser causa de
infecções de repetição.

Radioposts: O Método 127


Radioposts: O Método 128
Radioposts: O Método 129
Radioposts: O Método 130
Radioposts: O Método 131
Radioposts: O Método 132
NADA É IMPOSSÍVEL

Nem mesmo resumir um sistema de avaliação do encéfalo em


um pequeno texto.

Esse é um conteúdo que vai "juntar" alguns blocos de


informação para melhorar a sua prática do dia a dia.

Esse é um método que você pode utilizar para interpretar os


exames.

Radioposts: O Método 133


Radioposts: O Método 134
Radioposts: O Método 135
Treine. Repita. Aplique.

Nós também estamos treinando.

Procurando melhorar os métodos.

Encontrar a melhor forma de entregar o conteúdo.

Radioposts: O Método 136


MAPA DA MINA PARA DIFERENCIAR TC, RM E AS
PRINCIPAIS SEQUÊNCIAS NA RM DE CRÂNIO

Um dos nossos objetivos é criar conteúdo que possa te ajudar a


superar algumas etapas.

Um dos desafios é compilar informações da forma mais didática


possível.

Radioposts: O Método 137


No nosso dia a dia usamos muito a expressão que um expert da
criatividade, Murilo Gun, cunhou: combinatividade. Exato.

Da junção: combinação + criatividade.

Gostamos de pensar que isso é um pouco a base do que


fazemos por aqui.

Usamos a criatividade para combinar muitas coisas que temos


no nosso repertório. Para apresentar uma forma diferente, que
tenha um pouco de cada coisa legal que aprendemos, mas
com uma pitada do "nosso jeito".

Então se liga que esse "algoritmo"


pode ser o mapa da mina para
você ficar mais confortável para
identificar os exames do crânio.

Tenha paciência.

Aos poucos, isso tudo vai ficar mais orgânico. Mais fácil. Medular.

"Step by Step", keep moving forward.

Radioposts: O Método 138


Radioposts: O Método 139
Radioposts: O Método 140
Radioposts: O Método 141
Eu sei. Também já me estressei com esse assunto. E muito.

Às vezes você se pergunta se algum dia vai entender essas


sequências.

Bola formas de decorar. E... Continua confuso.

Se essa angústia já passou por aÍ... Esse assunto é para você!

Nós vamos dividir isso em pequenos passos.

De forma mais didática possível. Do jeito que a gente gosta.

Do jeito que as coisas precisam ser: simples!

Radioposts: O Método 142


A gente passa um tempão pensando numa forma de
“desmembrar” o conteúdo para facilitar a construção do
aprendizado. É o nosso desafio.

Então, esse é mais um texto simples para te iniciar nessa jornada.


Então para, respira fundo e vem com a gente.

Nessa jornada você precisa de:

- persistência. A gente pode te


estimular, mas é você que tem que
levantar e perseguir o objetivo;

- usamos termos “cinza” e “branco”,


dentro de uma escala de cores, para
melhorar a didática, então preste
atenção nas nuances;

- se estiver fácil para você, lembre-se


de que um dia não foi;

- por ultimo:

KEEP MOVING FORWARD.

Radioposts: O Método 143


Radioposts: O Método 144
Radioposts: O Método 145
5

MUSCULOESQUELÉTICO

Radioposts: O Método 146


Uma das maiores dificuldades que eu tive durante a faculdade
foi conectar as informações.

Do ciclo básico com o ciclo clínico.

Da semiologia com as especialidades.

Faltava a cola.

Por muito tempo, pensei que o "problema" fosse comigo.

Faltava estudo?

Radioposts: O Método 147


Uma base mais sólida?

O tempo passou e eu aprendi. Muito.

E não esqueci a "dor" de não conseguir juntar as peças.

E depois de muito tentar, acho que aprendi a fazer uma "cola"


que junta esses conhecimentos.

Uma forma mais didática de conectar as informações.

Quase como quem lê um livro de trás para frente. Agora falando


do metabolismo ósseo.

Lembro muito bem de decorar o osteoblasto, osteoclasto,


osteócito.

Memorizar o que cada um fazia.

Mas estava muito longe de mim.

Distante da prática médica.

Eu pensava: para que saber isso no dia a dia?

Radioposts: O Método 148


Agora, e se juntarmos a mesma informação com a
representação dos processos em uma patologia e um exame de
imagem?

Encontramos o equilíbrio entre a informação e a aplicação.

Entre a leitura e a visualização.

Facilita o entendimento.

Sem decoreba.

Só equilíbrio.

O EQUILÍBRIO, meus amigos, deve ser procurado.

Na medicina e na vida.

Radioposts: O Método 149


Radioposts: O Método 150
Radioposts: O Método 151
6

MAMA

Radioposts:
(Colaboração da radiologista O Método
especialista em mamas Sofia Cartaxo) 152
Para começar, vamos recordar que a mamografia de rotina
deve ser realizada nas duas incidências principais: MLO e CC.

Mas quer saber qual a dica "Pulo do


gato"? A primeira coisa é saber
reconhecer o correto posicionamento
da mama em cada incidência.

Radioposts: O Método 153


E porque isso é tão importante?

Porque quanto melhor posicionadas as


mamas estiverem, mais parênquima
mamário vai estar exposto e menor a
chance de você "perder" uma lesão porque
uma parte da mama ficou fora dos filmes.

Beleza. Entendi. Mas como vou saber se o posicionamento está


bom? Se liga no passo-a-passo do que avaliar em cada
incidência:

MLO
- Músculo peitoral aparecendo até a
altura da papila;
- Prega inframamária na imagem;
- Gordura retro-glandular visualizada.
CC
- Bordas lateral e medial da mama
incluídas (sem cortar);
- Papila centrada;
- Gordura retro-glandular visualizada.

Radioposts: O Método 154


Radioposts: O Método 155
Para terminar, uma coisa que parece muito fácil, mas muitos não
sabem "nem pra onde vai", como saber quais as mamas direita e
esquerda nessas incidências?

Saca só essa DICA:

A papila está sempre


voltada para o lado
oposto de quem está
olhando para a imagem,
ou seja, se a papila está
voltada para a direita,
você está vendo a mama
esquerda e vice-versa!

Confere aí na imagem!

Radioposts: O Método 156


E ai? Mais fácil?

Radioposts: O Método 157


Vou contar uma história de quando eu ainda estava no 5º

período da faculdade.

Tudo aconteceu depois da prova final de patologia.

Eu presenciei uma “discussão” entre um colega de turma e a

professora.

Radioposts: O Método 158


É um absurdo perguntar
os subtipos de HPV mais
relacionados ao câncer
de colo uterino. Dr. X, isso não é
Isso é conhecimento médico
muito apenas. É conhecimento
específico! geral da população.

QUEIXA DO
ESTUDANTE

RESPOSTA DA
PROFESSORA
(enquanto
mostrava uma
reportagem de
uma revista
semanal
famosa)

Radioposts: O Método 159


Mas, o que isso tem a ver com o BI RADS?

TUDO!

“Eu não sou radiologista. Não faço mamografia, nem USG!”

NÃO IMPORTA!

Se você realmente acredita que pode fazer diferença na vida dos pacientes.

Se quer levar excelência ao exercício da sua profissão.

Você precisa se conectar.

Entender das outras áreas.

Aprender o que cada exame pode lhe oferecer.

Correlacionar os achados do laudo radiológico com as imagens.

Fazer mais.

Então, é crítico entender o BI RADS e saber interpretar as descrições e imagens


do USG e mamografia.

Eu sei. É tenso. Parece difícil.

Mas vamos por etapas.

Radioposts: O Método 160


Radioposts: O Método 161
É claro que nós não tivemos a audácia de tentar
resumir o BI RADS em um capítulo.

Nosso objetivo é te mostrar que


você também pode aprender isso.

Te dar ferramentas para você usar no dia a dia.

Só depende de você.

Nossa missão é ser ponte. Elo.

Ou, quem sabe, catapulta.

Pensando nisso tudo, nós vamos dar continuidade a essa série.

Aqui você vai entender o que é, para que serve e quais as


categorias de classificação!

E, é claro, vai poder enviar suas perguntas e tirar suas dúvidas


conosco.

Radioposts: O Método 162


A QUEBRA DO PARADIGMA

Eu me lembro que, há muito tempo, quando eu ainda estava no


primário, eu tinha vergonha de fazer perguntas na sala de aulas.

Eu não sei bem o motivo.

Talvez, eu saiba. E a verdade é que se fala pouco sobre isso.

Radioposts: O Método 163


Apesar de o meu pai sempre me dizer para perguntar na sala de
aula, eu sempre ficava pensando em “não fazer uma pergunta
boba”.

Uma pena.

Eu demorei para mudar. E, às vezes, ainda me pego pensando


se a pergunta é "boba”.

A verdade é que desde pequenos, a grande maioria de nós é


“treinada” para acertar, para buscar a alternativa correta.

E nesse processo, muitas vezes, ficamos com “medo” de não


parecer tão inteligentes para os outros. E, assim, atrasamos nossa
evolução.

Se você já se sentiu assim alguma vez...

Se já “aceitou” as informações sem questionar, sem se perguntar


como aplicá-las na vida real por “vergonha” de perguntar...

Se já disse que “entendeu” as imagens do USG ou radiografia


sem ter certeza do que viu só para não parecer estar para trás...

Nós queremos te dizer que você está a uma decisão dessa


mudança.

Isso mesmo.

Você precisa tomar essa decisão.

Radioposts: O Método 164


Quebrar o paradigma.

Isso vai mudar tudo.

E nós vamos juntos. Explicando do jeito mais didático, mais


simples possível. Para que todo o conteúdo seja absorvido.

Fique à vontade para perguntar.

Estamos juntos.

Colocada a necessidade da mudança, vou compartilhar com


vocês uma coisa que eu demorei muito, mas muito tempo para
entender.

Isso mesmo. Muito tempo.

USG de mamas.

E como foi muito difícil para mim, acredito que posso ajudar
muita gente.

Então vamos lá.

Se liga na nossa SÉRIE DO BI RADS ULTRASSONOGRÁFICO,


começando com as possíveis COMPOSIÇÕES DA MAMA.

Radioposts: O Método 165


Radioposts: O Método 166
Radioposts: O Método 167
Radioposts: O Método 168
Radioposts: O Método 169
AUDACIOSO

Aquele que enfrenta desafios difíceis.

Valente.

Inovador.

Arrojado.

É assim que nos sentimos ao terminar este tópico.

Radioposts: O Método 170


Radioposts: O Método 171
Radioposts: O Método 172
Radioposts: O Método 173
Radioposts: O Método 174
Radioposts: O Método 175
Radioposts: O Método 176
Radioposts: O Método 177
Radioposts: O Método 178
Deixa eu te contar um segredo.

É difícil compilar o conhecimento.

5 minutos de aula.

Dez.

Quem sabe mais.

Em um texto só.

Mas esse é o desafio.

A gente gosta disso.

Se empolga com isso.

Evolui com isso.

E, nesse processo, vamos todos.

Juntos.

Dividindo.

Ou será multiplicando conhecimento?

Radioposts: O Método 179


“QUEM NÃO SABE O QUE PROCURA, NÃO
ENTENDE O QUE ENCONTRA”

Eu ouvi essa frase de um professor.

Lembro que não fez sentido na época.

Mas, por alguma razão, ficou na memória.

Neoplasia de mama. Câncer de mama.

Radioposts: O Método 180


Um “fantasma” que assombra todas as mulheres.

Por uma série de fatores, cada vez mais perto de nós.

Provavelmente você tem alguém próximo que enfrentou este


“fantasma”.

Você sabe do medo. Angústia.

“Vai ser cirúrgico?” Elas perguntam.

Mulheres fortes. Guerreiras.

Muitas vezes sofrem caladas. Sozinhas.

Às vezes, abandonadas.

Pelos companheiros. Pelo sistema de saúde.

Perceba a sua responsabilidade.


Você precisa estar atento. Dominar este assunto.
Tanto quanto puder.
Precisa ser um multiplicador.
Quando o assunto é tumor, a gente precisa entender de TNM.
Não tem outro jeito. Precisamos saber o que procurar.

Radioposts: O Método 181


“Ah, mas ninguém decora as tabelas.”

Eu sei. Também pensava assim.

Deixa eu te contar um segredo. Muita gente sabe tudo da


tabela. E se eles sabem. Você também pode. E deve.

O objetivo aqui é dividir em partes. Facilitar.

Pensar nos tumores como uma entidade que quer se


espalhar a todo custo me ajudou a entender um pouco dos
mecanismos de disseminação.

Quando falamos do N (linfonodos), falamos dos soldados


do sistema imunológico. Identificam o invasor (tumor) e
tentam combatê-lo. Acabam ficando doentes.

Mas o pulo do gato aqui é saber


que (geralmente) existe um
padrão de disseminação.

Muitas vezes o tumor segue a mesma “rota”. Se você souber as


“rotas”, vai conseguir identificar com mais facilidade os
linfonodos doentes.

Parafraseando meu professor, acho que poderia dizer: quem


sabe as rotas, encontra os linfonodos.

Radioposts: O Método 182


Radioposts: O Método 183
Radioposts: O Método 184
Radioposts: O Método 185
Radioposts: O Método 186
Radioposts: O Método 187
Radioposts: O Método 188
A solicitação de exames em pacientes que estão
amamentando não é rara.

Neste cenário, é muito comum a paciente e o próprio solicitante


ficarem em dúvida se existe toxicidade potencial para o
lactente.

E aí? Você tem segurança para indicar e orientar a paciente?

Tem certeza se faz mal ou não para o bebê?

Eu sei. Só de pensar nisso tudo já começa o estresse.

Calma. Bora dar uma organizada.

Radioposts: O Método 189


A literatura sobre a quantidade de contraste (iodado ou
gadolínio) excretada no leite e absorvida pelo intestino é
relativamente limitada, mas os estudos que avaliam a absorção
intestinal do contraste pelo lactente demonstram que a
quantidade é extremamente baixa. Explica mais...

A quantidade estimada de contraste excretada no leite materno


é de 1% da dose injetada na paciente, dos quais 1% é absorvido
pelo intestino do lactente.

Lá vem a matemática... Resumindo, até 0,01% do contraste


injetado na paciente pode ser absorvido pelo lactente (no
contraste iodado, no gadolínio é um pouco menos, mas isso não
é o mais importante).

Radioposts: O Método 190


Dessa forma, considerando-se as baixas excreção no leite
materno e absorção intestinal pelo lactente, a recomendação é
de que (frente aos estudos disponíveis atualmente) os contrastes
iodado e gadolínio são seguros para a continuação da
amamentação.

"Então tá resolvido, pode fazer o exame com contraste!"

Calma! Lembre-se que este é


um período de muita
ansiedade. E se a Mamãe
estiver apreensiva?

Você pode fazer um


consentimento informado,
pedindo para que ela ordenhe
e despreze o leite por 12-24 h
após o uso do contraste e
depois retome a
amamentação normalmente.

Mas e se ela estiver muito ansiosa e quiser suspender por 1


semana?

Não há valor clínico em descontinuar a amamentação por mais


de 24h nesta situação.

E aí? Mais tranquilo? Nada de outro mundo né?

Radioposts: O Método 191


7

MEDICINA NUCLEAR

Radioposts: O Método 192


Você sabe a diferença entre as especialidades médicas
Radiologia e Medicina Nuclear?

Ambas utilizam radiação ionizante para obter imagens


diagnósticas, mas são distintas tanto nos aspectos técnicos
quanto nos resultados.

Radioposts: O Método 193


Os aparelhos da Radiologia são fontes de radiação, de ondas
de ultrassom ou campos eletromagnéticos, que atravessam o
corpo do paciente de acordo com as diferentes densidades dos
tecidos, sendo absorvidos ou atenuados e gerando imagens das
diferentes densidades.

Na Medicina Nuclear, o material radioativo é administrado no


paciente e ele passa a ser a fonte de radiação, emitindo os raios
de dentro de seu corpo, que vão ser detectados pelo aparelho
(Gama câmera ou PET).

Radioposts: O Método 194


Além dessas diferenças técnicas, existem ainda
as diferenças nos resultados.

Como assim?

Na Radiologia, as imagens obtidas permitem a análise estrutural,


morfológica, das estruturas internas.

Já na Medicina Nuclear os radiofármacos possuem afinidade


por órgãos ou sistemas específicos, permitindo o estudo
funcional.

Radioposts: O Método 195


É muito comum haver confusão e dúvida
sobre a função e mecanismo de ação dos
contrastes e radiofármacos.

A gente vai simplificar isso pra vocês!

Radioposts: O Método 196


Nas imagens radiológicas, os meios de contraste facilitam a
visualização e caracterização das estruturas. Exemplo simples:
imagine se uma pessoa estiver de roupa branca e tirar uma foto
contra um fundo branco, certamente ela estaria pouco visível,
porque a foto teria pouco contraste. Se essa pessoa colocar
roupas escuras, aumenta-se o contraste da foto e vamos
identificá-la com mais facilidade. O princípio é exatamente esse,
contrastar algumas estruturas para que sejam melhor
diferenciadas das outras.

Na Medicina Nuclear, os radiofármacos administrados aos


pacientes têm afinidade específica por órgãos, sistemas ou
patologias, permitindo que eles sejam estudados de forma
funcional. No nosso exemplo, o DMSA-99mTc liga-se aos túbulos
no córtex renal, permitindo a obtenção das imagens do córtex
funcionalmente ativo.

Ficou mais fácil agora?

Radioposts: O Método 197


Bora falar sobre a Cintilografia da Tireoide no
diagnóstico do Hipertireoidismo.

Não sabe nada sobre isso?

Então segue o raciocínio...

Radioposts: O Método 198


Primeira coisa, relembrar exatamente O QUE É Hipertireoidismo.

Jogo rápido: acontece quando a tireoide (aquela glândula que


parece uma borboleta) está funcionando demais e produzindo
hormônios (T3 e T4) em excesso. Isso pode causar um MONTE de
sintomas como perda de peso, taquicardia, ansiedade, suor
excessivo, insônia, entre outros.

Segunda coisa, entender o que é BÓCIO.

Jogo rápido²: tireoide de volume aumentado, chamamos de


BÓCIO. Massa. E daí? O BÓCIO (aumento do volume da tireoide)
pode ser classificado da seguinte forma:

- DIFUSO (quando o aumento é da glândula toda) ou

- NODULAR (quando o aumento é por conta de um ou


mais nódulos)

- TÓXICO (quando existe hipertireoidismo associado) ou

- ATÓXICO (tireoide aumentada de volume com


função normal).

Radioposts: O Método 199


Radioposts: O Método 200
Como o assunto de hoje é HIPER, vamos falar do BÓCIO TÓXICO.

Mas e aí? Quais são os tipos então?

- BÓCIO DIFUSO TÓXICO: Doença de Graves

- BÓCIO UNINODULAR TÓXICO: Doença de Plummer

- BÓCIO DIFUSO MULTINODULAR: BMNT

Mas se tudo é HIPER, tudo aumenta os hormônios tireoideanos e


tudo dá os mesmos sintomas, por que é importante diagnosticar
o subtipo correto?

Porque a conduta pode mudar, o tratamento pode ser diferente


dependendo da condição por trás do HIPER.

E é ai que entra o papel da Cintilografia da Tireoide. É um exame


que avalia a tireoide de forma funcional e tem como principal
indicação no HIPER justamente diferenciar entre os tipos de
BÓCIOS TÓXICOS para que seja escolhida a melhor forma de
tratamento para o paciente.

Eu sei, algumas imagens valem mais que um textão.

Então olha tudo com calma!

Radioposts: O Método 201


*Ilustrações: Thyroid Navigator

(Colaboração da endocrinologista Patrícia Sampaio Gadelha)

Radioposts: O Método 202


TOME A DECISÃO

Se o “mundo” da Radiologia e Medicina Nuclear parecia


complexo e “inacessível” para você. Pense nisso:

As jornadas começam antes do primeiro passo.

Começam na nossa mente.

Com uma decisão. Uma ideia.

Radioposts: O Método 203


Quando a gente toma essa decisão. As coisas começam a se
resolver. Acontecer. Às vezes, a gente pode precisar de uma
bússula. Um mapa. Um guia. Mas nada disso funciona se a gente
não tomar a decisão.

Tome a sua decisão. Apenas isso. Aprenda. Ensine. Evolua.


Repita. Nós vamos te ajudar a quebrar esse paradigma. Ponto a
ponto.

Radioposts: O Método 204


Radioposts: O Método 205
Bora lá:

A cintilografia do miocárdio utiliza um RADIOFÁRMACO que é


extraído do sangue pelos miócitos.

Para isso acontecer precisamos de duas coisas:

- que o sangue chegue lá (coronárias pérvias);

- miócitos vivos no miocárdio.

O objetivo principal do exame é identificar ISQUEMIA.

Se liga: pense em isquemia


como uma chegada de
sangue (que nesse caso
pode ser “visto” através do
radiofármaco) inferior à
necessidade dos miócitos.

Mas como assim?

Radioposts: O Método 206


Quando você aplica a fase de esforço, você “obriga” os
miócitos a extraírem mais sangue (nesse caso, com
radiofármaco).

Se ele não consegue fazer isso, você pensa em obstrução da


coronária (artéria por onde chega o sangue) ou morte do
miócito. OK?

Humm... Então é por isso que o exame tem duas fases?

EXATO!

Pensa o seguinte, o sangue pode chegar em quantidade


adequada durante o repouso, mas chegar em quantidade
inferior às necessidades durante o estresse.

CONFUSO?

Pensa assim: quando o paciente diz que tem dor precordial,


geralmente você avalia o nível de “esforço” dele, certo
(mínimos/pequenos/médios esforços)?

O princípio é o mesmo.

MAIS FÁCIL?

Vem com a gente.

Tome a decisão. “O segredo de ficar à frente é começar”

Radioposts: O Método 207


Radioposts: O Método 208
Radioposts: O Método 209
Radioposts: O Método 210
A PAIXÃO PELA IMAGEM ONCOLÓGICA

Faz mais de 10 anos. Foi em março de 2009 que eu iniciei minha


pós graduação em PET/CT do Hosp. Israelita Albert Einstein.

Eu ainda me lembro bem da imponência.

Da seriedade. E da excelência. Sem perder o calor humano.

O cuidado. A vontade de evoluir. Acertar. Ajudar o paciente.

Radioposts: O Método 211


Aconteceu de repente. Talvez de imediato.

Entrei em contato com o mundo do PET/CT e, para mim, tudo


mudou.

É difícil explicar. Me apaixonei.

Não pelo aparelho. Mas pela multidisciplinaridade que o


método impõe.

Unindo Médicos Nucleares, Radiologistas,


Oncologistas, Cirurgiões e Radio-oncologistas. Todos
com um único propósito: combater o câncer.
Quantificar a doença. Medir o efeito das terapias.
Encontrar recidivas precoces.
Isso tudo, de forma quantitativa, medindo
processos bioquímicos.
Permitindo o entendimento do funcionamento
celular através das imagens.

Tá bom. Eu sei. Sou suspeito para falar.

Radioposts: O Método 212


Esse é mais um conteúdo sobre audácia.

Tentar resumir um método tão extraordinário em 10 slides beira à


loucura.

Mas nós somos arrojados. Diferentes.

Um método híbrido (PET/CT)


composto por 2 aparelhos em
1 só.
Cada um com uma
habilidade distinta.
É aí que a coisa fica massa:
nesse caso, 1 + 1 = a bem mais
que 2.
A CT permite uma avaliação
criteriosa e eficiente da
anatomia.
Enquanto o PET permite a
visualização e quantificação
dos processos celulares.

“Radioposts, tá confuso.”

Radioposts: O Método 213


Vou te contar a metáfora que eu uso para explicar aos
pacientes: pense em uma laranja. A CT permite que você
descreva todas as características morfológicas, a forma,
tamanho, contornos, se tem ou não sementes... Mas o PET te diz
se a laranja está doce ou azeda.

Radioposts: O Método 214


Radioposts: O Método 215
Radioposts: O Método 216
Radioposts: O Método 217
Quando você junta
habilidades diferentes, o
resultado pode ser
extraordinário.

Na medicina. E na vida.

Radioposts: O Método 218


Radioposts: O Método 219

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