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Cintilografia Óssea

Em relação a história da cintilografia: começou em 1927 quando dois físicos injetaram uma
solução aquosa com um elemento radioativo em um braço e queriam saber quanto tempo
esse elemento radioativo levava para chegar no outro braço, através da circulação. Só que
nessa época não existia ainda formas de se detectar isso, não existia uma aparelho para
fabricar imagens para mostrar em quanto tempo esse elemento chegava do outro lado mas a
partir de então começou a usar radioopitos para poder fazer pesquisa em relação ao compor
humano. Nos anos de 1930 outro físico desenvolveu um aparelho chamado ciclotrom ou
acelerador de partículas e a partir desse acelerador foi possível fabricar elementos radioativos
artificiais, ele conseguiu transformar elementos não radioativos em elementos radioativos e aí
esses elementos radioativos artificiais começaram a ser utilizados na medicina nuclear. A
medicina nuclear começou a ser usa/desenvolvida a partir desse acelerado de partículas. Em
1958 quase 30 anos depois um físico considerado o pai da medicina nuclear inventou a
primeira gama (alguns elementos emitem esse tipo de radiação) câmera e os elementos
radiopitos que era inseridos dentro do paciente para que se observassem quanto tempo
chegava para chegar no outros braço até outro são elementos da radiação gama. Então ele
conseguiu inventar a primeira gama câmara que é um equipamento que consegue fotografar
aonde esse elemento está dentro do corpo do paciente para saber aonde ele se fixou. Então
cada radiofármaco da medicina nuclear ele é atraído pelo um elemento diferente, tem
radiofármaco que são atraídos pelas atividades osteoblástica que é o caso da cintilografia
óssea. Tem o tálio que no caso da cintilografia cardiológica e atraídas pelas células do
miocárdio, existem outros elementos radioativos que são atraídos por exemplo pelos nossos
alvéolos pulmonares. Em 1964 foi considerada o grande marco da medicina nuclear em que
esse elemento tecnécio 99 metaestável foi fabricado artifialmente e foi descoberto
começando assim a ser utilizado na medicina nuclear. O tecnécio ele é um elemento radioativo
que ele é atraído pelos osteoblastos, ou seja, é elemento que é utilizado principalmente nas
cintilografias ósseas que ele é atraído pela atividade do osso.

o Vale lembrar que os nossos ossos estão em constante renovação, nós temos atividades
osteoblástica que vai formar novas células na medula óssea e nós temos atividade
osteoclástica que vai decorar essas células para serem absorvidas pelo organismo.
Então esse elemento radioativo ele é atraído justamente por essas regiões que tem
atividade metabólica.

Cintilografia óssea – é um exame que vai verificar como está o metabolismo ósseo, seja ela em
uma fratura, em uma atividade metabólica do osso, seja em uma câncer que chegou nos ossos
através de metástase. Existe alguns câncer específicos que o primeiro canto que eles vão parar
depois daquela víscera é no osso. Muito comum em câncer de mama, as metástase vão parar
logo no esterno que está mais próximo aonde a gente tem grande quantidade de medula
óssea vermelha. Lembrando que a nossa medula óssea vermelha fica no nosso esqueleto axial,
então todos os ossos do nosso esqueleto axial produzem medula óssea vermelha por isso que
o primeiro lugar que as células cancerígenas vão parar é nos ossos. Esse exame permite a
gente identificar precocemente qualquer doença que altere esse metabolismo antes mesmo
dessa tomografia, ressonância ou radiografia. Antes de você ter uma alteração nos outros
exames radiológicos já consegue ver uma metástase de osso na cintilografia óssea. É o exame
padrão ouro da oncologia. A cintilografia óssea vai nos dizer como é que está a função do osso,
como está a função metabólica do osso. Inclusive a gente consegue identificar fratura através
da cintilografia óssea.
Porque se chama cintilografia, cintigrafia, gamagrafia, cintigrama, cintilograma? Porque o
tecnécio que é um elemento radioativo que emite radiação gama, por isso que o equipamente
que coloca o paciente para conseguir fazer as imagem se chama gama ele emite um brilho,
uma luz e essa luz é visível aos olhos humanos. Então ele cintilia, ele brilha por isso o nome é
cintilorafia. A partir do momento em que esse radiofarmaco ele é injetado no corpo do
paciente, e é um radioframaco que gera mínimas alterações metabólicas no corpo do paciente,
que também o risco de desenvolver alergias é mínimo, a partir de que ele é injetado ele tem
uma duração, tem uma meia-vida e essa meia vida é de mais ou menos de 3 a 6hrs durante
esse tempo é o tempo em que esse elemento vai ser atraído pela parte do corpo humano para
qual ele foi desenvolvido, então no caso do tecnécio ele é atraído pelos osteoblásto, pelo
metabolismo do osso e ele leva entre 2 a 6 hrs para se fixar nesses locais. Então a partir do
momento em que o paciente toma o radioafármaco ele vai precisar esperar esse tempo para
esperar que os radiofármacos se fixem na região que existe uma possível lesão. É um método
de diagnóstico por imagem da medicina nuclear assim como a RMN, na tela do computador
em que está sendo feito esse exame o médico consegue ver onde é a distribuição desse
radiofármaco/radiotraçador/radiomarcador, ele consegue ver uma imagem dinâmica
enquanto o radiofármaco está entrando nas artérias e veias do paciente ele consegue ver e ele
pode ver imagens estáticas também depois que o radifármaco já está fixado ele vai tirar uma
foto do paciente e vai ver onde ele se fixou. Pode fazer o exame tanto quantitativo quando o
médico faz o cálculo desse radifármaco e qual é a velocidade em que esse elemento passa pelo
corpo do paciente. Pode ver uma imagem qualitativa, ou seja, vai ser quais são os principais
pontos desse radiofármaco e vai ver que ali naquele local é onde tem maior atividade
metabólica do osso. Quando faz uma foto cintilografica, aonde estiver mais escuro é aonde
maior concentração do radiomarcador e nesse local possivelmente é o local onde tem uma
lesão óssea. Radiomarcador- é um átomo que vai emitir ondas eletromagnéticas gama, essa
ondas dão um sinal brilhoso para a formação da imagem, então eles emitem uma luz e essa luz
é captada pela câmara, o traçador vai ser escolhido de acordo com a estrutura que o médico
quer analisar.

Qual é a diferença principal da cintilografia óssea para todos os outros exames de imagem?
Todos os outros exames a gente ver imagens anatômicas, ou seja, a gente olha a imagem e
consegue visualizar a anatomia daquela região ou estrutura que está sendo analisada. No caso
da cintilografia óssea ela vai produzir imagens funcionais, ou seja, vai ver o contorno do
esqueleto do paciente e dentro do esqueleto vai ter alguns pontos que terá a atividade
metabólica aumentada, aonde tem esse aumento metabólico é imagem funcional, vai ver a
função daquele osso naquela região.

Tecnécio 99 metaestável – é o principal marcador que é utilizado na cintilografia óssea, então


ele tem algumas vantagens:

1. A emissão de energia dele é muito baixa, então ele tem muito pouco efeito adverso
sobre o paciente. Mesmo ele tendo uma baixa energia de emersão ele permite que as
imagens seja de boa qualidade, apesar que as imagens da cintilografia óssea de
maneira geral dependendo de como elas são impressas não será tão nítido, mas a
gente consegue ver a maior concentração do radiofármaco.
2. A meia-vida do tecnécio ela é relativamente curta em ralação a outros elementos (p.
ex. tálio pode ficar até 12hrs circulando no corpo do paciente), ou seja a dose de
radiação é baixa e é uma exame seguro para o paciente. Inclusive a cintilografia tem 50
vezes menos radiação do que a radiografia simples. Ele tem muita facilidade de marcar
as moléculas alvo.
3. Ainda não se sabe quais são os mecanismos da afinidade do tecnécio pelos
osteoblastos e nem pela a atividade metapoiese. Só se sabe que ele tem grande
afinidade pelas moléculas principalmente pelas moléculas ósseas inorgânicas, e
quando tem o aumento de vascularização daquele região, quando tem o aumento de
deposição de cálcio naquela região, quando tem o aumento da atividade metabólica
daquele osso vai ter maior afinidade do tecnécio naquela região e vai ver marcado na
foto da cintilografia

Geralmente as incidências da cintilografia são anterior e posterior e em alguns casos tem


lateral direita e lateral esquerda (anterior e posterior quando for de corpo inteiro). O médico
pode pedir para que o paciente faça uma flexão de um dos joelhos ou fazer a elevação de um
dos superiores, mas na s maiorias das vezes ele vai estar na posição fundamental (deitado) e
vai ter uma foto anterior e posterior. As áreas escuras que aparecem na cintilografia óssea se
chama de zona quente. Se não tem tecnécio atraído pelas região do esqueleto axial,
provavelmente tem um linfoma no Hodgkin que é um câncer no sangue que para de produzir
células pela medula óssea.

Vantagens da cintilografia:

1. São imagens funcionais, ou seja, tem fácil realização e tem um custo muito baixo;
2. Exame completamente indolor, só uma furadinha na veia para injetar o radiofármaco,
mas não existe dor porque se não injetar em crianças por exemplo se usa inalavel e faz
o efeito do mesmo jeito, tem a administração oral ou subcutânea;
3. Não existe relatos alérgicos desse radiotraçador da cintilografia óssea;
4. Menores exposição de radiação comparado com uma radiografia simples ou com uma
tomografia computadorizada;
5. Não precisa de restrição nenhuma.

Desvantagem da cintilografia:

1. Não consegue ver imagem anatômica, consegue ver imagem funcional. Se quiser ver
imagem anatômica pede outro exame chamado Pat-Scan (é uma tomografia
cintilografica, então o paciente faz uma cintilografia e o médico viu que tem alguma
suspeita e ele quer saber aonde exatamente está essa coisa suspeita. Ai ele coloca o
paciente em uma exame de tomografia e faz a tomografia com esse radiotraçador, no
lugar em que o traçador estiver fixado vai aparecer uma imagem anatômica com a
fixação do traçador lá).
2. Alguns rádio-traçadores como o tálio que não é fácil de serem encontados ele demora
as vezes de 1 a 2 semanas para que o hospital peça o rádio-traçador porque quem tem
liberar é o governo federal pois é importado de fora e demora de 1 a 2 semanas para
chegar. Então é um exame que demora as vezes para ser feito
3. Alguns exames de cintilografia precisam de alguns preparo prévio prolomgado como
por exemplo a cintilografia pulmonar ou a visceral em que o paciente tem de passar de
1 a 90 dias fazendo uma dieta restritiva de elementos escuros (couve, brócolis, café,
chás escuro, chocolate), não pode comer nas escuro se não pode causar alterações na
cintilografia e restrição de alguns medicamentos.
4. Em alguns casos, como vai fazer o estudo do fluxo sanguíneo se for um idoso que o
fluxo sanguíneo dele é um pouco mais lento o exame pode demorar até 60. Porque o
médico vai injetar o rádio-fármaco vai botar ele em uma câmera e vai ficar observando
quando um traçador vai chegar no hálux direito.

Quais são os principais diagnósticos que a gente tem na cintilografia óssea:

1. Tumores ósseos primários;


2. Trauma/fratura por estresse;
3. Infecções, ostiomielite;
4. Doenças osteomioarticulares principalmente ósseas e articulares;
5. Metástases ósseas (é um exame padrão oura para se detectar metástase óssea).

Principais indicações da cintilografia:

1. Lesão tumoral óssea e se desconfiar que é um tumor e não tiver muita certeza pode
pedir uma pat-scan (imagem anatômica). A cintilografia óssea tem papel fundamental
na detecção de lesões tumorais precocemente e no acompanhamento evolutivo de
tais lesões na avaliação do tratamento
2. Ver o estudo do fluxo sanguíneo que tem 2 propósitos: (1) ver se está chegando
sangue na articulação ou no osso; (2) avaliar o local exato em que o sangue está
chegando caso o médico precise fazer uma amputação de membro.
3. Estudo de doenças inflamatórias ou infecciosas, diagnóstico de doenças como
osteomielite, sua evolução e invasão de partes moles circundantes. É realizada com o
estudo do fluxo sanguíneo ósseo, exemplo ostiomilete que é uma infecção bacteriana
do osso que vai necrosando e acabando com o osso. Cintilografia trifases.
4. Fratura por estresse comum em atletas (MMII e mãos) e idosos com osteoporose. É
realizada com o estudo do fluxo sanguíneo ósseo.
5. Avaliação de próteses ósseas junto com o estudo do fluxo sanguíneo, permite avaliar
processos inflamatórios, infecciosos e sinais de deslocamento da prótese.
6. Doenças do metabolismo ósseo, exemplo: doença de Paget- transtorno crônico do
esqueleto em que áreas de osso são submetidas à rotatividade anormal, resultando
em áreas de osso expandido e amolecido. Os sintomas podem estar ausentes ou
podem incluir dor óssea, deformidade óssea, artrite e compressão nervosa dolorosa.

Tipos de cintilografia:

1. Cintilografia óssea Convencional : O radiofármaco é administrado no paciente (sentado


ou deitado), ou ele vai para casa passa 6 hrs e volta ou fica esperando na clínica
mesmo. Após esse período de 6hrs a meia-vida do radiofármaco se insere 49,9% na
matriz inorgânica do osso e 0,1 nos tecidos moles pois, esse radiofármaco foi feito
para a matriz do osso. Depois de passar de 2 a 6hrs o pacinete volta para clínica e
entra na máquina que parece muito com a da tomografia
2. Cintilografia Óssea Trifásica: é feito um estudo do fluxo sanguíneo.
Fase 1: dinâmica – o médico injeta com o paciente já deitado no aparelho com a
máquina já ligada e outro médico já está vendo as imagens do radiofármaco
Fase 2: Equilíbrio – o médico vai verificar aonde esse radiofármaco foi parar e vai fazer
as primeiras imagens do fluxo sanguíneo chegando junto com o radiofármaco
chegando naquela região de interesse. (Não chegou ainda na lesão)
Fase 3: Fixação óssea – vai demorar mais 2 a 6hrs para poder o fármaco se fixar nos
ossos para fazer as últimas imagens da cintilografia que vai identificar ou não uma
lesão.
Cintilografia Spect (pet-scan) – vai fazer imagens anatômicas no caso de possível lesão.
É um estudo de corpo inteiro para pesquisa de metástases ou para uma imagem mais
localizada, devido o melhor contraste sobre as áreas quentes (hipercapitante) e áreas
frias (hipocapitante)

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