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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS – UNIPAM

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA


DISCIPLINA: DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
PROFESSOR: MARCELO BERNARDI MANZANO

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA EM CÃES E GATOS

ALISSON MATOS
ANDRESSA ROCHA
CRISLAYNE OLIVEIRA
JENNYFFER ALBINO
MARÍLIA MATOS
MARINA LUANA

PATOS DE MINAS

2022
INTRODUÇÃO

Criado e desenvolvido em conjunto pelos Drs. Michael Phelps e Edward Hoffman


em 1973, o primeiro tomógrafo PET foi montado na Universidade de Washington e foi
batizado com o nome de PETT I (Positron Emission Transaxial Tomography). Em sua
primeira versão, o tomógrafo não obteve sucesso, uma vez que não conseguia reproduzir
com exatidão os cortes transversais.

Em dezembro do mesmo ano Hoffman e Phelps iniciaram o projeto do PETT II e


suas primeiras imagens foram geradas em janeiro de 1974, estes equipamentos eram
testados para obterem imagens em animais. O nome PETT deixou de ser utilizado por
conta de o aparelho fazer outros cortes além do transaxiais. Ainda assim, o recém
nomeado PET só começou a ser utilizado em humanos com o surgimento de sua terceira
versão, mais próxima do PET/CT de hoje, cuja função era medir o fluxo sanguíneo e o
metabolismo com oxigênio e glicose.

Os primeiros exames realizados com o PET geravam imagens de baixa qualidade.


Além disso, para realizar o exame era preciso contar com uma grande equipe de
profissionais com médicos, químicos e físicos para realizar todos os processos. Nos anos
80 a resolução das imagens evoluiu, tornando-as mais precisas.

Em 1994 um estudo comprovou que o exame PET era vantajoso para diagnosticar
diversos problemas e doenças no corpo humano como um dos exames mais modernos e
eficazes, capaz de evitar que sejam feitos processos invasivos, como a biópsia.
O avanço da tecnologia também influenciou na popularização do PET, tornando os
scanners muito mais modernos e fáceis de serem instalados e operados, até mesmo
capazes de produzir vídeos de partes do corpo.

Atualmente, os hospitais veterinários de excelência apresentam equipamentos e


infraestruturas semelhantes às instituições de medicina humana. Um dos exemplos disso
é a presença cada vez mais comum da tomografia em cães e gatos para dar diagnósticos
mais precisos e precoces. A tomografia computadorizada em cães e gatos é excelente
exemplo que podemos citar, assim como outros exames de imagem. Sendo extremamente
importante para fornecer informações e resultados de alta qualidade e utilidades.

O trabalho em conjunto entre profissionais da medicina veterinária e do


diagnóstico por imagem é fundamental para fechar análises certeiras e direcionar
tratamentos cada vez mais eficazes aos pacientes, aumentando a expectativa de vida e as
chances de cura dos animais de estimação.

COMO É REALIZADO

O exame de tomografia veterinária deve ser apenas realizado com uma


autorização emitida pelo médico veterinário e assinada pelo tutor do animal. Além disso,
é importante o que o paciente possua exames laboratoriais recentes e os seguintes exames
em dia: perfil pré cirúrgico estendido, ecocardiograma para pacientes mais velhos, TP e
TTPA para felinos com necessidade de biópsia de órgão em cavidade torácica, exames
de raio-x ou ultrassom que possam complementar o diagnóstico. Antes do exame o animal
precisa fazer um jejum total (água e comida) de pelo menos 8 horas.

Para a realização de uma tomografia, é preciso que o animal fique imóvel. Se


necessário recebe uma sedação leve para evitar a movimentação excessiva durante o
exame e reduzir o estresse, já que eles podem ficar muito assustados e inquietos. Devido
à necessidade de sedação, alguns passos são solicitados aos tutores antes da tomografia
em cães e gatos, como a realização de um ecocardiograma e de um hemograma completo.
O exame é realizado por um radiologista e o animal precisa estar em jejum de no mínimo
8 horas.

No equipamento de última geração, ele é colocado em uma calha que fica sob a
mesa do aparelho que gira em torno de seu corpo, capturando as imagens da área indicada.
O exame é completamente indolor e não apresenta riscos ao animal, além de ser bastante
rápido. Em seguida, o animal ficará em observação até que os efeitos da anestesia cessem.
Já no caso de animais com problemas de saúde preexistentes, pode ser necessária uma
breve internação para a monitoração dos sinais vitais e realização de novos exames.

TÉCNICAS UTILIZADAS

A tomografia consiste na obtenção de imagens do corpo em fatias ou cortes. É


uma técnica especializada que registra de maneira clara objetos localizados dentro de um
determinado plano e permitem a observação da região selecionada com pouca ou
nenhuma sobreposição de estruturas. A tomografia computadorizada difere dos exames
convencionais por não projetar em um só plano todas as estruturas atravessadas pelos
raios X, demonstrando a relação das diversas estruturas em volume e profundidade. As
imagens obtidas nos permitem visualizar as diversas camadas das estruturas,
principalmente as estruturas mineralizadas, com alta resolução.

Na tomografia veterinária, ou TC, a radiação emitida gera radiografias


transversais do corpo do animal, produzindo também imagens tridimensionais do corpo
em formas de fatias. Tal recurso permite que os médicos veterinários tenham acesso às
imagens de porções de cães e gatos que só seriam possíveis com exames altamente
invasivos. O exame em si leva poucos minutos para ser realizado. Em alguns casos
específicos, o contraste é usado para enxergar as estruturas de maneira mais clara e
detalhada. Com isso, poderá identificar de forma precoce, diversas alterações no corpo.

O aparelho de tomografia computadorizada convencional apresenta três componentes


principais:

1. O gantry, no interior do qual se localizam o tubo de raio-x e um anel de detectores


de radiação, constituído por cristais de cintilação;
2. A mesa, que acomoda o paciente deitado e que, durante o exame, movimenta-se
em direção ao interior do gantry;
3. O computador, que reconstrói a imagem tomográfica a partir das informações
adquiridas no gantry.

Neste aparelho, a fonte de raios X emite um feixe estreito (colimado) em forma


de leque, direcionado a um anel com diversos detectores. Durante o exame, no interior do
gantry, o tubo de raios X gira dentro do anel estacionário de receptores. Os sinais
recebidos pelos detectores dependem da absorção dos tecidos atravessados pelo feixe
radiográfico e são registrados e processados matematicamente no computador. Por meio
de múltiplas projeções no curso de 360º ao redor do paciente, os receptores registram uma
série de valores de atenuação dos raios X. Estes múltiplos coeficientes de atenuação são
submetidos a complexos cálculos matemáticos pelo princípio da matriz, permitindo ao
computador reconstruir a imagem de uma secção do corpo.

LIMITAÇÕES DO EXAME

Uma desvantagem da Tomografia Computadorizada (TC), é que apesar de o


tempo de o escaneamento ser curto, há mais dados a serem processados, o que pode
aumentar o tempo para reconstrução da imagem. Aparelhos modernos requerem
aproximadamente 1 segundo, entretanto, quanto maior for o número de cortes, maior será
o tempo e o custo.

O curto tempo de exame também pode complicar a administração de contraste


médio, podendo ocorrer novos tipos de artefato. Uma técnica errônea na aplicação do
contraste pode gerar um resultado falso ou aquém do real. Mesmo em tomógrafos mais
modernos, os artefatos metálicos ainda representam grande limitação para interpretação
da imagem. Os metais atenuam os raios X, formando imagens hiper, interferindo na
imagem.

INDICAÇÕES

• Pesquisa de metástases, principalmente pulmonares;


• Determinar a origem de grandes massas tumorais abdominais e torácicas, bem
como sua extensão e envolvimento de órgãos;
• Planejamento cirúrgico de fraturas mais complexas;
• Avaliação precisa de estruturas ósseas

CONTRA INDICAÇÕES

Como a tomografia computadorizada é um exame que utiliza muitos raios


ionizantes, é um exame que deixa o paciente muito mais exposto à radiação. Portanto é
contraindicado para gestantes e pacientes com alergia ao iodo (no caso do uso de
contraste).

REFERÊNCIAS

APLICAÇÃO DA TOMOGRAFIA NO CAMPO DA MEDICINA VETERINÁRIA E SUAS


VANTAGENS SOBRE O EXAME RADIOGRÁFICO CONVENCIONAL, 2021.
Disponível em: < https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/36583>.
Acesso em: 19/05/2022.

Minas Gerais, Universidade Federal de. ATLAS DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM.


Tomografia Computadorizada Ecodopplercardiografia. 1ª edição. UFMG. Outubro de 2018.

ROZA, Marcello Rodrigues da. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE


CÔNICO NA ODONTOLOGIA DE CÃES E GATOS. Universidade Federal de Goiás. 2009.
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM EM PEQUENOS ANIMAIS: CONHEÇA AD 4
TÉCNICAS MAIS AVANÇADAS, 2021. Disponível em:
<https://www.cptcursospresenciais.com.br/blog/diagnostico-por-imagem-em-pequenos-
animais/>. Acesso em: 19/05/2022.

TOMOGRAFIA EM CÃES: ENTENDA A IMPORTÂNCIA PARA O TRATAMENTO


DOS ANIMAIS, 2020. Disponível em: < https://www.vetquality.com.br/tomografia-em-caes-e-
gatos/>. Acesso em: 19/05/2022.

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