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Pedro Henrique de Castro – Medicina Veterinária UFLA 2023

➢ Inspeção permanente
❖ Possui fiscais agropecuários (médico veterinário no DIF) e agentes de inspeção (nas linhas de abate e
monitorando os PAC)
› Fiscais possuem uma equipe de agentes e inspeção

➢ Objetivos gerais
❖ Avaliação documental dos animais
❖ Avaliação dos animais em grupo e clinico
individual
❖ Retirar do consumo e exposição para a
população, produtos inadequados ou que
ofereçam risco a saúde
❖ Auxiliar no diagnostico post mortem
❖ Evitar contaminação desnecessária de
equipamentos e manipuladores
❖ Obter informações para o correto julgamento
➢ Detecção de doenças sem lesões post mortem ➢ Matança de emergência
❖ Doenças de sintomatologia nervosa ❖ Animais que chegam em condições precárias
› Raiva, listeriose, EEB, tétano, de saúde, impossibilitados de atingirem as
intoxicações dependências de abate, ou excluídos pelo
❖ Alterações patológicas externas exame ante mortem, são submetidos ao abate
› Orquites, diarreias, claudicação, de emergência
tetania dos transportes, paralisia ❖ Realizado na presença do Veterinário
puerperal ➢ Animais que venham a óbito acidental no
❖ Doenças sem lesões macroscópicas post estabelecimento, desde que imediatamente
mortem sangrados, podem ter aproveitamento condicional
› Febre aftosa, sarnas após exame post mortem
➢ Animais com sinais clínicos neurológicos devem ter seu
material colhido pelo SIF e encaminhado para
➢ Plataforma de desembarque e destino aos currais
laboratórios oficiais para diagnóstico
➢ Inspeção ante mortem determina se estão aptos a
❖ Ovinos e caprinos: scrapie
matança ou se devem ser segregados
❖ Bovinos: encefalopatia espongiforme
❖ Coleta do tronco encefálico
› Pelo forame oval, coletado apenas o
tronco
› Liberado com uma espátula própria
➢ Organização da sequência de abate
❖ Leva em conta o tempo de jejum
❖ É proibido o abate de animais sem tempo de
descanso, jejum e dieta hídrica
Pedro Henrique de Castro – Medicina Veterinária UFLA 2023
❖ Levar em consideração condições climáticas,
➢ Descarregadas em caixas, seguem para a pendura e de transporte e demais sinais clínicos
abate ➢ Animais em decúbito
➢ Mortalidade acima de 10% no lote em menos de 72h ❖ Causas: fraturas, caquexia, encefalopatias,
devem ser informadas ao DSA e descritas em boletim febre vitular, fadiga, pericardite traumática,
sanitário doenças neurológicas
➢ Identificação de sinais característicos de Influenza ➢ Identificação de:
Aviária e Doença de Newcastle durante a inspeção ❖ Alopecia: causas nervosas, infecciosas,
ante mortem devem ser informadas imediatamente ao parasitarias, toxicas, fotossensibilização
DSA ❖ Orquites: brucelose, tuberculose
➢ Necropsia sempre compulsória em casos de alta ❖ Lesões externas
mortalidade ou suspeita clínica de doenças ❖ Neoplasias
❖ Hernia
❖ Onfaloflebite
➢ Necropsias devem ser realizadas em local especifico
❖ Abscessos
➢ Necropsias com evidenciação de doenças
❖ Lesões vesiculares
infectocontagiosas deve ser levado ao serviço oficial de
❖ Alterações locomotoras
saúde animal pelo SIF
➢ Fêmea em gestação adiantada ou com sinais de parto
❖ Remeter material diagnostico quando
recente, não portadoras de doença infectocontagiosa
necessário, de acordo com a legislação
❖ Podem ser retiradas para melhor
➢ Necropsias de mortes não infectocontagiosas não
aproveitamento
precisam ser informadas
➢ Fêmeas com sinais de parto recente ou aborto
❖ Só poderão ser abatidas após no mínimo 10
➢ Quando identificados casos suspeitos de zoonoses ou dias desde o parto, desde que não portadoras
enfermidades infectocontagiosas, ou animais que de doença infectocontagiosa
apresentem reação inconclusiva ou positiva em testes ➢ Suínos não castrados ou castrados recentemente
diagnósticos, o abate deve ser feito separado e com as ❖ Decretos que proibiam abate foram revogados
medidas profiláticas cabíveis ❖ A inspeção não monitora ou estabelece
❖ Exemplos: Artrite Infecciosa, Babesiose, julgamento para essas situações
Brucelose, Tuberculose, Erisipela, Mormo ❖ A empresa deve incluir nos seus Programas de
➢ Hipo ou hipertermia: animais podem ser condenados Autocontrole a forma como lidar com esses
casos

➢ Atividades na linha de abate e no pós abate ➢ Afecções sistêmicas: envia para o DIF
➢ Linhas de inspeção realizam a inspeção dos órgãos um ❖ DIF que pode condenar a carcaça e órgãos ou
a um destinar ao aproveitamento condicional
❖ Cada linha é responsável por sua parte da ➢ Lesões localizadas: condenação na linha de inspeção
carcaça e conjunto de órgãos pelos agentes
❖ Tendem a acontecer simultaneamente, mas ➢ Inspeção é dividida em:
separadas fisicamente ❖ Fase Preparatória: realizada pelos operários da
➢ Quando alterações são detectadas o animal é desviado empresa
da linha de abate e vai para o DIF, onde recebe o › Visa apresentar a inspeção a peça ou
julgamento final de um veterinário conjunto de pelas em condições para
❖ O desvio para o DIF vai depender do tipo de serem eficientemente inspecionadas
alteração ❖ Técnica de Exames: realizada pelos agentes de
❖ DIF – Departamento de Inspeção Final inspeção
➢ Toda carcaça que entra no abate ganha um número,
em sequencia
➢ Liberação para consumo
➢ Uniformização:
➢ Aproveitamento condicional
❖ Fiscais: cruz verde no uniforme
❖ Salga
❖ Agentes: cruz azul no uniforme
❖ Salsicharia
› Que ficam nas linhas de inspeção
❖ Conserva
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➢ Rejeição parcial ❖ Chapas devem ter o mesmo numero das
❖ Afecções benignas circunscritas, lesões papeletas ne inspeção ante mortem
traumáticas, contaminação limitada
➢ Rejeição total
➢ Liberadas para consumo: carcaça e vísceras são
❖ Condenação
liberadas normalmente
❖ Apenas são marcadas como NE (não
➢ Peças destinadas ao DIF exportável)
❖ Chapa circular metálica, vermelha, fixada ➢ Tratamento pelo Frio (TF) ou Congelamento (CG)
sobre a causa da apresentação ❖ Carcaças são carimbadas e identificadas de
❖ Correspondência: chapa circular metálica acordo com o destino
numerada ➢ Tratamento pelo Calor ou Conserva (CN)
➢ Marcação de Lotes ❖ Cortes em forma de C na paleta e coxão,
❖ Primeiro animal: chapa circular metálica, 9cm transversais no contra-filé, filé-mignom,
de diâmetro costelas e ponta de agulha
❖ Demais carcaças: marcação com lápis tinta na ❖ Vários cortes nas vísceras
face articular dos carpos ❖ Identificação impossibilita comercialização e
➢ Marcação da Cabeça e Mocotós aproveitamento in natura
❖ Numeração com lápis tinta no côndilo occipital ❖ Carimbagem como NE
e faces articulares dos metacarpos e ➢ Condenação Total ou Graxaria (GX)
metatarsos ❖ São usadas para farinha de carne e ossos, e
❖ Lesões de aftosa: chapa elíptica metálica, com sebo
corte na extremidade inferior (formato de ❖ Carcaças e vísceras condenadas são destinadas
casco) a graxaria
› Chapa Nº3 ➢ Suínos
› Fixada no peito da carcaça ❖ E – Salsicharia (embutidos cozidos)
› Carcaça carimbada com NE (não ❖ F – Congelamento
exportável) ❖ S – Salga
➢ Matança de Emergência ❖ B – Banha
❖ Animal: chapa quadrangular, metálica ou ❖ C – Conserva
plástica, na orelha ❖ XXX – Graxaria
❖ Carcaça: chapa triangular, na parte medial da ❖ O – Observação
face esquerda da marcação

Linha A – Patas e Lábios


➢ Busca por lesões relacionadas a Aftosa
➢ Fase preparatória
❖ Esfola e desarticulação dos mocotós
dianteiros, deixando presos pela pele
❖ Numeração dos carpos e metacarpos
❖ Esfola e desarticulação dos mocotós traseiros e
numeração dos metatarsos
❖ Excisão dos mocotós e direcionamento para o
local de inspeção
➢ Exame
❖ Lavagem no chuveiro
❖ Exame visual: superfícies periungueais e
espaço interdigital
❖ Mocotós lesados: condenar (graxaria)
➢ Em caso de verificação de lesão, todas as linhas de ❖ Lesões de aftosa: marcar com a chapa Nº3
inspeção devem ser comunicadas para realizarem a
marcação apropriada da peça Linha B – Linha da Cabeça e Língua
❖ Todo o conjunto de peças é encaminhado ao ➢ Fase preparatória
DIF ❖ Serragem do chifre tente e esterilizando o
instrumento
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❖ Esfola da cabeça, remoção dos pavilhões ➢ Exame
auriculares e lábios (sem ficar restos cutâneos ❖ Exame visual e palpação
sobre a peça) › Incidir quando necessário
❖ Amarração do esôfago com barbante e ❖ Corte em fatias dos lnn. mesentéricos
separação dele usando o “saca-rolhas” ❖ Útero: exame visual e palpação em bandejas
❖ Desarticulação da cabeça com cuidado para especificas fora da mesa
evitar contaminação
❖ Numeração da cabeça no côndilo occipital Linha E – Fígado
❖ Secção dos mm. cervicais para decapitação, ➢ Realização de incisões buscando lesões, degenerações
preservando os lnn. da língua e parasitoses
❖ Lavagem do conjunto com água morna ➢ Fase preparatória
hiperclorada em Lavatório Específico ❖ Remoção do fígado e lnn.
❖ Liberação da língua por secção do hioide (fica ❖ Deposição na mesa de inspeção
presa pelo freio lingual) ❖ Lavagem sob chuveiro com água morna (38-
❖ Apresentação da cabeça para exame 40°C)
➢ Exame
pendurada no gancho pelo mento
➢ Exame – Cabeça ❖ Palpação
❖ Exame visual de todas as partes (boca, ❖ Cortes transversais e compridos dos ductos
orifícios, seios frontais) bilíferos
❖ Incisão sagital dos masseteres com cortes ❖ Cortes longitudinais (sem picar) dos lnn.
duplos (corte do masseter interno e externo) ❖ Exame visual e palpação da vesícula biliar
dos dois lados › Incisar quando necessário
› Incisões extensas e profundas para ❖ Coleta da bile e cálculos biliares
melhor exploração da cisticercose Linha F – Pulmões e Coração
❖ Incisão longitudinal dos lnn. parotídicos e gll. ➢ Broncopneumonias verminóticas, resíduo ruminal e
parótidas, acompanhando a penetração do fio cadeia linfática
da faca ➢ Fase preparatória
➢ Exame – Língua ❖ Remoção dos pulmões da cavidade torácica
❖ Exame visual e tátil (palpação) com o coração e traqueia, e colocação na mesa
❖ Remoção das tonsilas palatinas de inspeção
❖ Palpar e incisar longitudinal região ventral da ➢ Exame – Pulmão
língua ❖ Exame visual da superfície dos pulmões e
➢ 90% dos casos de cisticercose são achados na linha B traqueia e palpação
ou F ❖ Incisão dos lnn.
Linha C – Cronologia Dentária ❖ Incisão dos pulmões à altura dos brônquios
➢ Facultativo, determina idade dos animais para exploração do lúmen (presença de sangue
➢ Fase preparatória ou conteúdo ruminal)
❖ Apresentados logo depois da Linha B ❖ Computar no quadro marcador e papeleta
➢ Exame ➢ Exame – Coração
❖ Examinar grau de desenvolvimento dos ❖ Exame visual do coração e pericárdio
incisivos e calcular idade do animal ❖ Incisão larga do saco pericárdico
❖ Anotar a idade calculada na papeleta ❖ Exame visual do epicárdio sob água morna
corrente (38-40°C) – pesquisa de cisticercos
Linha D – TGI, Baço, Pâncreas, Bexiga e Útero em especial
➢ Fase preparatória ❖ Palpação
❖ Incisão preparatória do reto e amarrio da ❖ Destacar o coração do pulmão seccionando os
uretra para vedar a bexiga grandes vasos da base
❖ Abrir o abdômen pela linha alba ❖ Incisão longitudinal sob chuveiro morno do
❖ Deslocar o reto da cavidade pélvica coração esquerdo, da base ao ápice, expondo a
❖ Retirar ovário e útero nas fêmeas cavidade para exame visual e palpação
❖ Retirar omento maior ❖ Repete a incisão e exame no coração direito
❖ Iniciar divisão da carcaça até L2
❖ Remoção das vísceras a serem analisadas Linha G – Rins
❖ Deixar os intestinos livres do omento ➢ Fase preparatória
❖ Amarrar o duodeno próximo ao piloro (5cm) e ❖ Dividir a carcaça em duas metades
separar o estomago dos intestinos ❖ Liberar o rim da gordura peri-renal e da
❖ Amarrar o esôfago próximo a cárdia (5cm) e capsula sem desprende-lo da carcaça
seccionar
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➢ Exame ❖ Examinar úbere: incisão profunda
❖ Exame visual e palpação, verificando cor, ❖ Examinar testículo e pênis
aspecto, volume e consistência
❖ Cortar o parênquima se necessário, verificando Linha I – Carcaça Baixa
o estado do córtex e medula ➢ Análise da parte cranial da meia-carcaça
❖ Exame visual das adrenais ➢ Semelhante a Linha H, com linfonodos pré-peitorais e
❖ Condenar rins que apresentem implicações pré-escapulares
➢ Fase preparatória
com a carcaça (congestão, quisto, nefrite)
❖ Dividir a carcaça e manter a integridade do
Linha H – Carcaça Alta diafragma
➢ Analise da parte caudal da meia-carcaça ➢ Exame
➢ Fase preparatória ❖ Examinar e esfoliar os lnn. pré-peitorais e pré-
❖ Dividir a carcaça em duas metades escapulares (não precisa excisar)
❖ Manter a integridade do diafragma para ❖ Verificar estado da pleura parietal e diafragma
exames de cisticercose no DIF ❖ Pesquisar anomalias articulares
➢ Exame ❖ Examinar lig. cervical (lesões secundarias de
❖ Examinar de modo geral o aspecto e coloração oncocercose ou brucelose – bursite cervical)
❖ Verificar anormalidades nas articulações e ❖ Observar superfícies ósseas expostas
músculos ❖ Observar se há rigidez muscular
❖ Verificar contaminações, contusões, ❖ Verificar contaminações, contusões,
hemorragias, edemas (circunscritos ou hemorragias e edemas (circunscritos ou
generalizados) generalizados)
❖ Examinar a cavidade pélvica, peritônio e
Linha J – Carimbagem das Meia-Carcaças
superfície ósseas expostas
❖ Esfoliar lnn. inguinal, isquiádico, ilíaco e pré-
crural

› Detecção de cisticercose e
sarcosporidiose

➢ Papada
❖ Exame visual externo e interno para detectar
possíveis lesões e verificar coloração do tecido
adiposo
❖ Incisão longitudinal dos ll. Cervicais,
retrofaríngeos e mandibulares
➢ O couro só é retirado do suíno que é descarte de
Linha A – Útero
reprodução
➢ Exame visual e palpação
➢ Métodos de preparação
❖ Detecção de metrite, maceração ou
❖ Oclusão do reto
mumificação fetal, adiantado estado de
❖ Retirada do pênis e desarticulação dos pés
gestação etc..
❖ Abertura da papada
❖ Metrite proporciona risco de infecção tóxico-
❖ Desarticulação da língua e patas
alimentar
❖ Abertura abdominal
➢ Maior importância em fêmeas de descarte de
❖ Linha A1
reprodução
❖ Evisceração
❖ Geralmente animais são abatidos antes da
Linha A1 – Cabeça e Linfonodos da Papada idade reprodutiva e essa linha não é realizada
➢ Cabeça
Linha B – TGI, Baço, Pâncreas e Bexiga
❖ Exame visual de todas as partes, cavidade oral
➢ Exame visual, palpação e incisão quando necessário
e nasal
➢ Incisar longitudinalmente os lnn. mesentéricos
❖ Incisão sagital dos mm. masseteres e
❖ Verificar tecidos granulomatosos
pterigoides
› Incisões extensas e profundas Linha C – Coração e Língua
➢ Coração
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❖ Exame visual do coração e pericárdio › Incisar o parênquima quando
❖ Destacar o coração dos pulmões, seccionando necessário
os grandes vasos
❖ Palpação do órgão ➢ Fígado
❖ Incisão do pericárdio e superfície do coração, ❖ Exame visual e palpação
sob água corrente a 38-40°C ❖ Incisão transversal e compressão dos ductos
› Pesquisa de cisticercose e biliares
sarcosporidiose ❖ Incisão longitudinal dos lnn. hepáticos
❖ Incisão longitudinal do coração esquerdo, da
Linha E – Inspeção de Carcaça
base ao ápice, até o lado direito, permitindo
➢ Exame visual das porções internas e externas das
exporte uma maior superfície das cavidades
meias carcaças
atrioventriculares
❖ Aspecto, cor, estado nutricional, pele, serosas
❖ Exame visual do endocárdio e válvulas
e superfícies ósseas expostas
➢ Língua
❖ Avaliação da pleura e peritônio: grande
❖ Exame visual externo da língua, massas
importância de problemas respiratórios (como
musculares, laringe, faringe e tecidos
pneumonia e pleurite)
adjacentes
➢ Verificar articulações e massas musculares
❖ Palpação do órgão
❖ Incisar quando necessário
❖ Incisão longitudinal profunda na face ventral
➢ Incisar longitudinalmente os lnn. inguinal
mediana
superior/retromamário e ilíacos anterior e posterior
❖ Incisão dos lnn. submandibulares
Linha F – Rins
Linha D – Pulmões e Fígado
➢ Incisão, quando necessário, a gordura peri-renal para
➢ Pulmões
pesquisa de estefanurose
❖ Exame visual da superfície dos pulmões,
➢ Incisão do parênquima, se necessário, para verificar
traqueia e esôfago
cortical e medular
❖ Palpação do órgão
❖ Apenas incisa se houver alteração
❖ Incisão dos lnn. apical, brônquicos e esofágicos
❖ Incisão do pulmão à altura da base dos Linha G – Cérebro
brônquios e bronquíolos para exploração do ➢ Obrigatória quando o cérebro for comercializado ou
lúmen industrializado

Linha B – Exame de Vísceras Comestíveis


➢ Exame do coração, fígado, moela, baço, intestinos,
ovários e ovidutos
❖ Visualização e palpação
› Analise da cor, forma e tamanho
❖ A depender do caso, verificação de odor e
incisão
➢ Tempo mínimo: 2 segundos/ave

Linha C – Exame Externo


➢ Visualização da pele, articulações e superfícies
externas
Linha A – Exame Interno ➢ Remoção de contusões, membros fraturados,
➢ Visualização da cavidade celomática abscessos superficiais e localizados, calosidades, etc.
❖ Pulmões, sacos aéreos, rins e órgãos sexuais ➢ Tempo mínimo: 2 segundos/ave
➢ Tempo mínimo: 2 segundos/ave

➢ Suínos
➢ Ainda faltam 5 anos para entrar em vigor
❖ A partir de 2028, empresas caracterizadas como podendo ter a inspeção baseada em risco serão obrigadas a
aderi-la
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❖ Obriga a empresa a cuidar mais do fornecedor
➢ Baseada na busca do que mais ocorre no sistema de produção
➢ Se aplica para suínos criados em confinamento de:
❖ Integração e cooperativismo
❖ Criadores independentes devidamente registrados no serviço oficial de saúde animal
❖ Granjas devem estar submetidas a controle veterinário e gerar registros confiáveis sobre toda a cadeia produtiva
➢ Não se aplica a suínos
❖ Reprodutores
❖ Outros suídeos criados sob confinamento
❖ Animal de vida livre ou criado a campo em qualquer fase da produção
➢ Avaliador: pessoa competente para avaliação e classificação de suínos e carcaças
➢ Médico Veterinário Responsável (MVR): pessoa competente e responsável pelos controles e processos aplicados no
abate, incluindo avaliação e classificação de suínos vivos, carcaças, vísceras e subprodutos
❖ Atua em parceria com o DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal)
➢ A empresa realiza a inspeção seguindo critérios do RIISPOA
➢ Inspeção Oficial: 1 ciclo de 7 carcaças verificadas

➢ Base: Decreto do RIISPOA de 2017, atualizado pelo ❖ Geralmente associada a drenagem linfática
Decreto 10.468 de 2020 ➢ Linfadenite aguda
➢ Sempre levar em consideração a legislação ❖ Volume aumentado, mole, superfície de corte
➢ Aspecto repugnante → condenação úmida, saliente, cinzento-rosada, hiperplasia
❖ Carcaças, partes de carcaças e órgãos com linfoide
aspecto repugnante, congestão, com coloração ❖ Infecção diversificada, local ou generalizada
anormal ou degenerações, devem ser ➢ Linfadenite hemorrágica
condenados ❖ Superfície de corte com exsudato gelatinoso-
➢ Carcaças em processo putrefativo, que exalem odores hemorrágico
medicamentosos, urinários, sexuais, excrementícios ou ❖ Geralmente doenças de notificação obrigatória
outros considerados anormais, devem ser condenadas ❖ Exemplos: carbúnculo hemático, Peste Suína
➢ Carcaças com lesões inespecíficas e generalizadas em Africana (PSA)
lnn. em distintas regiões, com prometimento do ➢ Linfadenite neoplásica
estado geral, devem ser condenadas ❖ Aumento de volume com tecido neoplásico
❖ Se não há comprometimento do estado geral, endurecido, de coloração branco-amarelada
condena-se a área de drenagem próxima do ❖ Exemplo: leucose
lnn., com aproveitamento condicional da ➢ Linfadenite purulenta
carcaça com tratamento por calor ❖ Infiltração e fluidificação do parênquima
➢ Lesões inespecíficas discretas e localizadas, sem ❖ Infecção diversificada, local ou generalizada
repercussão no estado geral, a área de drenagem e o ❖ Exemplos: piobacilose
restante da carcaça é liberado após a remoção e ➢ Linfadenite granulomatosa
condenação das áreas atingidas ❖ Presença de nódulos caseosos ou calcificados
➢ Órgãos sempre seguem o destino da carcaça ❖ Exemplos: tuberculose (zoonose) e
❖ Carcaças condenadas terão os órgãos paratuberculose
condenados ❖ Na tuberculose, lnn. são complexos primários e
deve-se buscar lesões neles
➢ Carcaças com alterações em linfonodos vão para o DIF
➢ Edema
❖ Hipertrofia com superfície de corte suculenta
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➢ Principais causas sanitárias de condenação de carcaças ❖ Órgãos, úbere, trato genital e sangue são
suínas condenados
❖ Pleuropneumonia grave
❖ Esplenite
➢ Risco de intoxicação alimentar
❖ Pleuropneumonia média
➢ Art. 137 – Carcaças com septicemia, piema, toxemia ou
❖ Abscesso
indícios de viremia, que podem causar intoxicação
❖ Hérnia
alimentar, devem ser condenadas
❖ Icterícia
❖ Inclui, mas não é limitado, a casos de:
➢ Principais causas de condenação de carcaças de aves
› Pleurite, peritonite, pericardite e
❖ Colibacilose
meningite
❖ Aspecto repugnante
› Gangrena, gastrite e enterite
❖ Escaldagem excessiva
hemorrágica ou crônica
❖ Sangria inadequada
› Metrite
› Poliartrite
➢ Carcaças com múltiplas lesões de pele, artrite agravada › Flebite umbilical
por necrose ou sinais de efeito sistêmico › Hipertrofia generalizada de linfonodos
❖ Devem ser condenadas › Rubefação difusa do couro
➢ Casos localizados de endocardite vegetativa por ➢ Carcaças de animais com afecções pulmonares
erisipela, sem alterações sistêmicas, ou casos de artrite extensas, agudas ou crônicas, purulenta, necrótica,
crônica gangrenosa ou fibrinosa, associada ou não a outras
❖ Aproveitamento condicional pelo calor complicações e com repercussão no estado geral da
❖ Condenação do órgão ou áreas atingidas carcaça
➢ Carcaças com lesão de pele discreta e localizada, sem ❖ Devem ser condenadas
comprometimento de órgão ou carcaça ➢ Carcaças com afecções pulmonares em processo
❖ Remoção da área atingida agudo ou fase de resolução, abrangendo tecido
❖ Aproveitamento condicional por calor pulmonar e pleura, com exsudato e repercussão na
cadeia linfática regional, mas sem repercussão no
estado geral da carcaça
➢ Carcaças de animais com sorologia positiva para
❖ Aproveitamento condicional por calor
brucelose devem ser condenados quando estiverem
➢ Casos de aderências pleurais sem exsudato, de
em estado febril no exame ante mortem
processos resolvidos e sem repercussão na cadeia
➢ Animais com testes diagnósticos positivos devem ser
linfática regional
abatidos separadamente
❖ Liberação da carcaça para consumo após
➢ Suínos, caprinos, ovinos e búfalos que apresentem
remoção das áreas atingidas
lesão localizada (reagentes positivos ou não)
➢ Pulmões com lesões patológicas inflamatórias,
❖ Remoção e condenação das áreas atingidas e
infecciosas, parasitárias, traumáticas ou pré-agônicas
aproveitamento condicional pelo calor
devem ser condenados, sem prejuízo do exame das
❖ Órgãos, úbere, trato genital e sangue são
características gerais da carcaça
condenados
➢ Bovinos e equinos com lesão localizada, reagentes
positivos ou não ➢ Carcaças de animais em estado de caquexia
❖ Podem ser liberados para consumo em ❖ Perda de musculatura, coloração marrom,
natureza depois de removidas e condenadas as exsudativa e gordura gelatinosa
áreas atingidas ❖ Devem ser condenadas
❖ Órgãos, úbere, trato genital e sangue são ➢ Carcaças de animais magros, sem patologias
condenados ❖ Podem ser destinados a aproveitamento
➢ Animais reagentes positivos sem lesões indicativas condicional, a critério do SIF
❖ Carcaças liberadas para consumo em natureza ➢ Carcaças com alterações musculares acentuadas e
difusas
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❖ Devem ser condenadas ➢ Carcaças de animais reagentes positivos a testes
➢ Carcaças com degenerescência do miocárdio, fígado, devem ser destinadas a esterilização pelo calor, se não
rins ou reação no sistema linfático com alterações se enquadrarem nos primeiros quesitos de
musculares condenação
❖ Devem ser condenadas ➢ Carcaças com apenas uma lesão tuberculósicas
➢ Carcaças com carnes flácidas, edematosas, pálidas, discreta, localizada e completamente calcificada em
sanguinolentas ou com exsudação um único órgão ou lnn.
❖ Devem ser condenadas ❖ Pode ser liberada, depois da área atingida ser
➢ Carcaças com alterações por estresse ou fadiga condenada
❖ Podem ser destinadas a salva, tratamento pelo ➢ Partes da carcaça ou órgãos contaminados com
calor ou condenação, a critério do SIF material tuberculoso, por contato incidental, devem
ser condenados
➢ Carcaças de animais com tuberculose devem ser
condenadas quando: ➢ Remove o local da lesão e libera a carcaça
I. Animal febril no exame ante mortem ❖ Não tem potencial zoonótico
II. Com caquexia
III. Lesões tuberculósicas em músculos, ossos,
➢ Doença subclínica de suínos
articulações ou linfonodos que drenam linfa
➢ Carcaças com lesões localizadas e restritas a penas um
dessas partes
sítio primário de infecção (algum lnn.), em condição de
IV. Lesões caseosas concomitantes em órgãos ou
consumo
serosas
❖ Órgão ou região afetada é condenada
V. Lesões miliares ou perláceas de parênquimas
❖ Restante é liberado
ou serosas
➢ Carcaças em bom estado, com lesão em lnn. que drena
VI. Lesões múltiplas, agudas e ativamente
até dois sítios distintos (órgãos distintos) ou com
progressivas, com inflamação aguda na
lesões em lnn. e um órgão
proximidade das lesões, necrose de liquefação
❖ Áreas atingidas condenadas
ou tubérculos jovens
❖ Restante destinado a aproveitamento
VII. Linfonodos hipertrofiados, edemaciados, com
condicional pelo calor
caseificação de aspecto raiado ou estrelado em
➢ Carcaças com lesões inespecíficas generalizadas em
mais de um local de eleição
lnn. de distintas regiões, com comprometimento do
VIII. Lesões caseosas ou calcificadas generalizadas
estado geral
IX. Sempre que houver evidencia de entrada do
❖ Devem ser condenadas
bacilo na circulação sistêmica
➢ Lesões inespecíficas progressivas de lnn., sem
➢ Lesões de tuberculose são generalizadas quando
repercussão no estado geral
houver um:
❖ Area de drenagem é condenada
I. Lesões no aparelho respiratório, digestório e
❖ Aproveitamento condicional da carcaça para
lnn. correspondentes
esterilização pelo calor
II. Presença de tubérculos numerosos em ambos
➢ Lesões inespecíficas discretas e circunscritas de lnn.,
pulmões
sem repercussão no estado geral da carcaça
III. Lesões no baço, rins, útero, ovário, testículos,
❖ Area de drenagem deve ser condenada
capsulas adrenais, cérebro, medula espinhal ou
❖ Restante da carcaça é liberado
suas membranas
➢ Áreas atingidas devem ser removidas e condenadas, e
após isso a carcaça pode ser destinada a esterilização ➢ Lesões de canibalismo, com envolvimento extensivo
pelo calor quando: repercutindo na carcaça
I. Órgãos apresentem lesões caseosas discretas, ❖ Carcaça e órgãos devem ser condenados
localizadas ou encapsuladas, limitadas a lnn. ➢ Se não houver comprometimento sistêmico
do mesmo órgão ❖ Carcaça pode ser liberada após remoção da
II. Lnn. da carcaça ou da cabeça apresentem área atingida
lesões caseosas discretas, localizadas ou
encapsuladas
➢ Carcaças e órgãos de animais com icterícia
III. Existam lesões concomitantes em lnn. e órgãos
❖ Devem ser condenados
da mesma cavidade
➢ Carcaça com gordura amarelada – adipoxantose
Pedro Henrique de Castro – Medicina Veterinária UFLA 2023
❖ Proveniente de fatores nutricionais ou raciais ➢ Infecções leves ou moderadas (até 7 cistos)
❖ Coloração é revertida quando fica na ❖ Remoção e condenação das áreas atingidas
refrigeração ❖ Carcaça deve ser destinada ao tratamento
❖ Podem ser liberadas condicional pelo frio ou pelo calor
➢ Diafragma, esôfago, fígado e outras partes passiveis de
infecção, devem receber o mesmo destino da carcaça
➢ Toda carcaça, partes e órgãos que apresentem lesões
ou anormalidades que possam ter implicações para a
carcaça e demais órgãos, devem ser desviados para o ➢ Infecção intensa: 2 ou mais cistos, viáveis ou
DIF calcificados, em locais de eleição examinados nas
➢ Aves com lesões mecânicas extensas (como linhas de inspeção, além de 2 ou mais cistos nas
escaldagem excessiva) musculaturas da carcaça após pesquisa com incisões
❖ Carcaça e órgãos devem ser condenados múltiplas e profundas
❖ Lesões superficiais podem ter condenação ❖ Carcaça deve ser condenada
parcial, com liberação do restante da carcaça e ➢ Quando encontrado mais de um cisto nos locais de
órgãos eleição das linhas de inspeção
❖ Remoção e condenação das partes afetadas
❖ Carcaça destinada a aproveitamento
➢ A evisceração deve ser realizada em local para pronto
condicional pelo calor
exame das vísceras, afim de evitar contaminações
➢ Quando encontrado um único cisto viável na pesquisa
➢ No retardo da evisceração ocorre contaminação das
da linha de inspeção
bactérias intestinais, que migram para a cavidade
❖ Remoção e condenação da área atingida
abdominal
❖ Aproveitamento condicional pelo frio ou salga
➢ Até 30min de atraso: apenas as vísceras são
➢ Quando encontrado um único cisto calcificado na
descartadas
pesquisa da linha de inspeção
➢ >45min de atraso: descarte de toda a carcaça
❖ Remoção e condenação da área atingida
(graxaria)
❖ Liberação da carcaça para consumo direto
➢ Língua, coração, esôfago, tecido adiposo, e outras
➢ Complexo teníase-cisticercose partes passiveis de infecção, devem ter o mesmo
❖ Teníase: adquirida pelo consumo de carne mal destino da carcaça
cozida com cisticerco ➢ Tecido adiposo de carcaças com infecção intensa pode
› Larva eclode no intestino e causa ser aproveitado para fabricação de banha, por meio da
problemas gastrointestinais e fusão pelo calor
liberação de ovos
• Contaminação do ambiente
➢ Carcaças e órgãos de animais com mastite devem ser
❖ Cisticercose: ingestão de ovos da Taenia
condenados sempre que houver comprometimento
solium, que liberam a larva (cisticerco)
sistêmico
› Larva chega a diversas partes do
❖ Gll. mamárias devem ser removidas intactas,
corpo, como músculos, coração, olhos
sem permitir a contaminação da carcaça por
e cérebro
leite, pus ou outro contaminante
➢ Se encontra 1 cisto já vai para o DIF, independente do
➢ Animais com mastite aguda sem comprometimento
local
sistêmico
➢ Infecção intensa por Cysticercus bovis é caracterizada
❖ Gll. mamária removida e condenada
quando se encontra pelo menos 8 cistos, viáveis ou
❖ Carcaça e órgãos destinados a esterilização
calcificados, distribuídos em:
pelo calor
❖ 4 ou mais em locais de eleição da linha de
➢ Animais com mastite crônica, sem comprometimento
inspeção (masseteres, língua, coração,
sistêmico
diafragma, esôfago e fígado)
❖ Gll. mamária removida e condenada
› Linha de inspeção não corta mm.
❖ Carcaça e órgãos liberados
❖ 4 ou mais no quarto dianteiro (mm. do
➢ Gll. mamárias com mastite ou sinais de lactação em
pescoço, peito e paleta) ou no quarto traseiro
animais reagentes a brucelose
(mm. do coxão, alcatra e lombo), após
❖ Devem ser condenadas
pesquisa no DIF com incisões múltiplas e
profundas
Pedro Henrique de Castro – Medicina Veterinária UFLA 2023
➢ O aproveitamento da gl. mamária para fins
alimentícios pode ser permitido, depois de liberada a ➢ Carcaças, partes de carcaças e órgãos com abscessos
carcaça múltiplos ou disseminados, com repercussão no estado
geral da carcaça
❖ Devem ser condenados
➢ Carcaças ou órgãos de com sinais de inflamação ou
➢ Devem ser condenadas
lesões características de artrite, aerossaculite,
❖ Carcaças, partes ou órgãos contaminados
coligranulomatose, dermatose, dermatite, celulite,
acidentalmente com material purulento
pericardite, enterite, ooforite, hepatite, salpingite e
❖ Carcaças com alterações gerais (caquexia,
síndrome ascítica
anemia ou icterícia) devido ao processo
❖ Lesões restritas: apenas áreas atingidas são
purulento
condenadas
➢ Carcaças com abscessos múltiplos em órgãos ou
❖ Lesões extensas, múltiplas ou caráter
partes, sem repercussão no estado geral
sistêmico: carcaça e órgãos devem ser
❖ Remoção e condenação das áreas atingidas
condenados
❖ Aproveitamento condicional pelo calor
➢ Podem ser liberadas
➢ Fraturas, contusões e sinais de má sangria no abate, ❖ Carcaças com abscessos múltiplos em um
por falha operacional ou tecnológica único órgão ou parte (exceto pulmões), sem
❖ Carcaças devem ser segregadas pelo repercussão nos lnn. ou estado geral, após
estabelecimento para destinação industrial remoção das áreas atingidas
➢ Contusões extensas ou generalizadas, ou áreas ❖ Carcaças que apresentem abscessos
sanguinolentas ou hemorrágicas difusas localizados, depois de removidos e
❖ Destinação realizada pelo SIF condenados

➢ Lesões restritas: apenas áreas atingidas são ➢ Carcaças com lesões generalizadas ou localizadas de
condenadas actinomicose ou actinobacilose nos locais de eleição,
➢ Lesões extensas, múltiplas ou caráter sistêmico: com repercussão no estado geral
carcaça e órgãos devem ser condenados ❖ Devem ser condenadas
➢ Lesões localizadas e afetam pulmões, sem repercussão
no estado geral
➢ Carcaças de animais com contusão generalizada ou
❖ Remoção e condenação dos órgãos atingidos
múltiplas fraturas
❖ Aproveitamento condicional para esterilização
❖ Devem ser condenadas
pelo calor
➢ Lesões extensas sem comprometimento total
➢ Lesão discreta e delimitada à língua, afetando ou não
❖ Remoção das áreas atingidas
lnn. correspondentes
❖ Carcaça é destinadas a tratamento pelo calor
❖ Remoção e condenação da língua e lnn.
➢ Carcaças com contusão, fratura ou luxação localizada
❖ Aproveitamento condicional da carne de
❖ Podem ser liberadas após remoção e
cabeça para esterilização pelo calor
condenação das áreas atingidas
➢ Lesão localizada, sem comprometimento dos lnn. e de
outros órgãos, com carcaça em bom estado geral
➢ Carcaças, partes de carcaça e órgãos com área extensa ❖ Remoção e condenação das áreas atingidas e
de contaminação por conteúdo gastrointestinal, urina, liberada para consumo
leite, bile, pus ou outra contaminação ➢ Lesão óssea discreta e estritamente localizada, sem
❖ Devem ser condenados quando não for supuração ou trajetos fistulosos
possível a remoção completa da área ❖ Deve ser condenada a cabeça
contaminada
➢ Se não for possível delimitar perfeitamente áreas
➢ As partes, órgãos e vísceras invadidos devem ser
contaminadas após sua remoção
condenados
❖ Destinação a esterilização por calor
➢ Quando for possível a remoção completa da
contaminação ➢ Carcaças com artrite, com reação nos lnn. ou
❖ Podem ser liberados hipertrofia da membrana sinovial, com caquexia
❖ Devem ser condenadas
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➢ Carcaças com artrite, com reação nos lnn., hipertrofia ➢ Infestação discreta e limitada
da membrana sinovial, sem repercussão no estado ❖ Remoção e condenação das áreas atingidas e
geral liberação da carcaça
❖ Aproveitamento condicional pelo calor
➢ Carcaças com artrite, sem reação nos lnn. e sem
➢ Carcaças de suídeos com odor sexual devem ser
repercussão no estado geral
segregadas pelo estabelecimento para destinação
❖ Liberadas para consumo após remoção da
industrial
parte atingida

➢ Carcaças de animais com neoplasias extensas, com ou


➢ Carcaças com afecções de pele como eritemas,
sem metástase, com ou sem comprometimento do
esclerodermia, urticárias, hipotricose cística, sarnas e
estado geral
outras, e com a musculatura normal
❖ Devem ser condenadas
❖ Podem ser liberadas para consumo depois de
➢ Lesões neoplásicas discretas e localizadas, sem
removidas áreas atingidas
comprometimento do estado geral
➢ Carcaças com sarnas em estágios avançados, com
❖ Remoção e condenação das partes e órgãos
sinais de caquexia ou extensiva inflamação na
comprometidos
musculatura
❖ Carcaça liberada para consumo
❖ Devem ser condenadas
➢ Neoplasias malignas: condena tudo (caráter
➢ Carcaças de animais com infestação generalizada por
metastático)
sarna, com comprometimento do estado geral
➢ Neoplasias benignas: condena o local/órgão
❖ Devem ser condenadas

carcaça, partes e órgãos devem ser destinados


➢ Carcaças, partes ou órgãos com aspecto repugnante, a esterilização pelo calor
congestos, com coloração anormal ou com ➢ Quando for possível a remoção completa das áreas
degenerações contaminadas
❖ Devem ser condenadas ❖ Carcaça, partes e órgãos podem ser liberados
❖ Aspecto repugnante: aspecto visual que leva a
rejeição pelo consumidor, mesmo não
➢ Contaminação – restos de trato digestivo
necessariamente causando malefícios à saúde
❖ Falha na limpeza da fase preparatória
➢ Carcaças em processo putrefativo, com odores
(condenação do órgão)
medicamentosos, sexuais, excrementícios ou outros
considerados anormais
❖ Devem ser condenadas ➢ Sarcosporidiose
➢ Carcaças e órgãos sanguinolentos ou hemorrágicos, ❖ Formação de cistos no esôfago e outras
devido a doenças ou afecções sistêmicas musculaturas
❖ Devem ser condenadas ❖ Não é muito comum
➢ Mal sangrados devem ser condenados ou destinados ❖ Condenação de toda a carcaça
ao tratamento pelo calor (a critério do SIF) ➢
❖ Sangue favorece desenvolvimento bacteriano
➢ Papilomatose
➢ Carcaças, partes e órgãos, que apresentem área ❖ Se não há repercussão no estado geral,
extensa de contaminação por conteúdo condena apenas o órgão
gastrointestinal, urina, leite, bile, pus ou outra ➢ Lesões de Febre Aftosa
contaminação ➢ Lesões de tuberculose
❖ Se não for possível remover completamente a ❖ Condena toda a carcaça
área contaminada, deve condenar › Saiu do lnn. e atingiu órgão (caráter
❖ Se não for possível delimitar perfeitamente a sistêmico)
área contaminada, mesmo após remoção, ➢ Neoplasia
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❖ Maligna: condena toda a carcaça ❖ Porção afetada pode ser retirada e o restante
❖ Benigna: condena o órgão aproveitado, ou condena por aspecto
repugnante (vai depender do grau de
acometimento)
➢ Pneumatose
➢ Áreas de necrose: relativo
❖ Formação de bolhas de ar na parede intestinal,
❖ Intoxicação: necrose aguda
sem etiologia específica
› Observa alterações clinicas no exame
❖ Aspecto repugnante: condena
ante mortem
➢ Lesões de tuberculose
› Condenação total (substância tóxica
❖ Condena todo o órgão
está sistêmica)
➢ Lesões caseosas em intestino (suíno)
❖ Intoxicação antiga
❖ Suíno jovem: mais provável que seja
› Sem alterações clinicas, condena só o
paratuberculose (Mycobacterium avium)
fígado
❖ Suíno adulto: deve ser mais criterioso pois
❖ Infecciosa (E. coli) – aves
pode ser tuberculose
› Pontos necróticos
➢ Enterites
› Sempre condena
❖ Enterite com afecção de lnn. mesentéricos
➢ Teleangiectasia
› Condena todo o intestino
❖ Manchas mais escuras com depressão do
❖ Enterite hemorrágica
parênquima, mais ou menos evidente, com
› Carne com risco de tóxico infecção
infiltração
alimentar
❖ Area de necrose em recuperação
❖ Enterite com peritonite associada
❖ Aspecto repugnante
› Presença de fibrina
➢ Lesão de migração de larvas
› Mínimo aproveitamento condicional
❖ Forma pontos necróticos
com tratamento por calor, a depender
› Maioria tem fibrina, outros tem tecido
da extensão (pode condenar)
adiposo (raro)
❖ Enterite parasitária
❖ Condenação do órgão
› Condena o intestino
➢ Lesões de cirrose
➢ Granulomas parasitários
❖ Tecido fibrose substituindo o parênquima
❖ Condena o intestino
❖ Lesão localizada, pode retirar e aproveitar o
➢ Hidatidose – Cisticercus tenuicolis
resto ou condenar
❖ Critério diferente da cisticercose bovina
➢ Esteatose
› Não é zoonótica e não repercute na
❖ Mais comum em aves
carcaça
❖ Condenação do órgão (exceção: fígado do
❖ Herbívoros são HI (HD é carnívoros)
ganso?)
❖ Condena o órgão afetado
➢ Congestão
➢ Hidatidose
➢ Cistite hemorrágica ❖ Pode ser achada no fígado, mas não é local de
❖ Condena a bexiga eleição
➢ Fasciola hepatica
❖ Causa espessamento de ductos biliares
➢ Alterações congênitas
❖ Condenação do órgão
❖ Aspecto repugnante
❖ Empresa pode aproveitar
➢ Melanose ➢ Hidropericárdio
❖ Condena o órgão ❖ Comum em aves
➢ Múltiplos abscessos ➢ Hemopericárdio
❖ Sem repercussão no estado geral: remove e ❖ Condenação do órgão
condena a área ➢ Melanose
› Aproveitamento condicional do ❖ Condenação do órgão
restante pelo calor ➢ Petéquias
❖ Sem repercussão no estado geral ou lnn. ➢ Pericardite
› Pode ser liberada ➢ Pericardite fibrinosa
➢ Periepatite ➢ Pericardite purulenta
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➢ Endocardiose ❖ Esterilização da carcaça pelo calor
➢ Cisticercos ➢ Cisticercose
❖ Não é local de eleição, mas pode encontrar
➢ Hidatidose
➢ Baixo valor econômico – facilmente é condenado
❖ Condenação do órgão
➢ Contaminação por aspiração de alimentos
➢ Lesões de tuberculose
❖ Condena o órgão
➢ Aspiração de sangue
❖ Condena o órgão ➢ Lesões mais comuns: quisto urinário e uronefrose
➢ Congestão ❖ Lesões localizadas
➢ Broncopneumonia ➢ Órgão com baixo valor econômico
❖ Diferentes graus de processos ❖ Facilmente condenado por pequenas lesões
❖ Afecções extensas, aguda ou crônica, ➢ Hidronefrose
purulenta, necrótica, fibrinosa, associada ou ➢ Cisto renal
não a outras complicações, com repercussão ➢ Pontos de necrose
no estado geral ➢ Anemia
› Deve condenar a carcaça ❖ Condenação total (carcaça e órgãos)
❖ Afecções em fase aguda ou de resolução, ➢ Hemorragia
atingindo pulmão e pleura, com exsudato e ➢ Neoplasia
repercussão em lnn., sem repercussão no ➢ Lesões de tuberculose
estado geral ➢ Nefrite associada a peritonite
› Aproveitamento condicional pelo calor ❖ Condenação total da carcaça e órgãos
❖ Aderência pulmonar sem exsudato, de ➢ Cálculo renal
processos resolvidos, sem afetar lnn. ❖ Pode ser palpado
› Remove áreas atingidas e libera para ❖ Condenação do órgão
consumo ➢ Má formação
❖ Pulmão com lesões inflamatória, infecciosa, ❖ Aspecto repugnante
parasitaria, traumática ou pré-agônica
› Condena o pulmão sem afetar a
➢ Hidatidose
carcaça
❖ Condenação do órgão
➢ Enfisema pulmonar
➢ Congestão
❖ Comum em animais que morrem no transporte
❖ Condenação do órgão
➢ Melanose
➢ Periesplenite
➢ Abscessos
❖ Condenação ou aproveitamento parcial
❖ Exceção à regra
(remove a parte afetada), a depender do caso
❖ Maior risco de afecção sistêmica

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