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SDE4407 – MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE COLETIVA

Profª: Nathalya Carneiro

FEBRE
AMARELA
DEFINIÇÃO
• Doença infecciosa febril aguda

• Curta duração -10 a 12 dias

• Gravidade variável

• Transmitida ao homem mediante picada de insetos hematófagos


DEFINIÇÃO
• Doença de notificação compulsória imediata.

• Atualmente, a febre amarela silvestre é uma doença endêmica no Brasil


(região amazônica).

• Na região extra-amazônica, períodos epidêmicos são registrados


ocasionalmente, caracterizando a reemergência do vírus no País.
ETIOLOGIA

• Vírus RNA

• Gênero: Flavivírus

• Família: Flaviviridae

• Arbovírus
EPIDEMIOLOGIA
Brasil:
• 3443 casos confirmados
• 1192 mortes

Lembrar das subnotificações*


CICLOS EPIDEMIOLÓGICOS DA FA
CICLO SILVESTRE
• Hospedeiros: primatas não humanos.

Importantes sentinelas
CICLO SILVESTRE
• Vetores/ Reservatórios: Haemagogus sp e Sabettes sp
CICLO SILVESTRE
• Acidentalmente transmitido aos seres humanos

• Diversos mamíferos são suscetíveis à doença

• marsupiais, roedores, gambá, porco espinho e morcego


CICLO URBANO
• Quando pessoas virêmicas voltam à cidade

• Hospedeiros: humanos

• Transmissão: mosquito Aedes aegypti


PERÍODO DE INCUBAÇÃO
NO MOSQUITO:

• 7 a 11 dias (mosquito vive de 30 a 60 dias)

• Aedes: transmissão do vírus de forma transovariana diretamente para a


prole, dispensando o ser humano no ciclo.

HOMEM:

• 3 a 6 dias (até 10 dias)


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Em geral possui apresentação bifásica, com um período inicial prodrômico
(infecção) e um toxêmico.

• Período prodrômico - dura em média 3 dias


• Febre
• Calafrios
• Cefaleia
• Lombalgia
• Náuseas e vômitos
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Após esse período geralmente ocorre:
• declínio da temperatura e diminuição dos sintomas

Provoca sensação de melhora no paciente

Dura poucas horas → no máximo 24-48horas


MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Período toxêmico

• Reaparece a febre
• Diarréia e vômitos têm aspecto de borra de café
• Insuficiência hepatorrenal - icterícia, oligúria

• Manifestações hemorrágicas: hematêmese, melena, hematúria


• Comprometimento sensorial
• Pulso mais lento, apesar da temperatura elevada.
MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS PNH
• O animal pode apresentar comportamento anormal:
• Movimentar-se lentamente
• Não demonstrar instinto de fuga
• Perda de apetite
• Baixo peso (magro) ou desnutrido
• Lesões cutâneas

• Secreções nasais, oculares

• Diarreia
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico é difícil, principalmente em estágios iniciais

• Clínico-epidemiológico → sugestivo

• Diferencial: dengue, leptospirose, malária, febre maculosa, hepatites.


DIAGNÓSTICO
• Método solicitado conforme a data de início dos sintomas:

• 1 - 5 dias: RT-PCR

• 6 - 10 dias: RT-PCR e Sorologia (IgM)

• Após 10 dias: sorologia IgM – ELISA

• Histopatológico: Análise de órgãos pós-morte


TRATAMENTO
• Não há tratamento específico

• Forma ictérica: Antitérmicos, analgésicos,


hidratação

• Em casos graves: diálise e transfusão


MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
• Evitar o vetor e áreas silvestres enzooticas

• Proteção individual (repelentes, mosquiteiros, roupas com mangas


compridas, etc.)

• Monitoramento de mortalidade de macacos

• VACINAÇÃO

• Controle do vetor urbano

• Investigação de óbitos
VIGILÂNCIA DA FEBRE AMARELA NO
BRASIL
VACINAÇÃO
• É a principal e mais importante medida de controle.

• Vacina Atenuada - tornou possível erradicação FA urbana em 1942

• Resposta imune - 7 a 10 DIAS

• A partir 9 meses de idade


ESQUEMA VACINAL

Crianças de 9 meses a 4 anos


11 meses e 29 dias de idade

• Administrar 1 dose aos 9 meses de vida


• 1 dose de reforço aos 4 anos de idade

INSTRUÇÃO NORMATIVA REFERENTE AO CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO - 2022


ESQUEMA VACINAL

Pessoas a partir de 5 anos de idade, que


receberam uma dose da vacina antes de
completarem 5 anos de idade

• Administrar 1 dose de reforço


- independentemente da idade em que a
pessoa procure o serviço de vacinação.
ESQUEMA VACINAL

Pessoas de 5 a 59 anos de idade, que nunca


foram vacinadas ou sem comprovante de
vacinação.

Administrar 1 dose vacina


VIGILÂNCIA DE CASOS HUMANOS
• É feita por meio da notificação da ocorrência de casos com sintomatologia
compatível com FA.

• Todo caso suspeito deve ser prontamente comunicado

• Além da comunicação rápida (até 24 horas), o caso suspeito deve ser


notificado por meio do preenchimento da Ficha de Investigação de Febre
Amarela, do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
VIGILÂNCIA DE EPIZOOTIAS EM PNH
• Captar informações em tempo oportuno sobre adoecimento ou morte de
PNH e investigar adequadamente esses eventos

• Epizootias em PNH alertam para o risco de transmissão de Febre Amarela


Silvestre para o homem.
VIGILÂNCIA DE EPIZOOTIAS EM PNH
• Para efeito de vigilância, a definição de epizootia suspeita de FA é:

“Primata não humano de qualquer espécie, encontrado doente


ou morto (incluindo ossadas), em todo o território nacional”
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA
• Dividida em dois tipos:

VIGILÂNCIA PASSIVA:

• Refere-se às atividades realizadas por ocasião de notificações de casos


humanos ou epizootias em PNH suspeitos de FA

• Levantamento de dados que contribuem para classificar os eventos


notificados como descartados ou confirmados, a depender dos resultados
encontrados.
VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA
VIGILÂNCIA ATIVA:

• Monitoramento sistemático e contínuo de áreas estratégicas

• Detectar precocemente a circulação viral e definir áreas com potencial de


transmissão

• São realizadas independentemente da notificação de casos humanos ou


epizootias em PNH suspeitos de febre amarela.

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