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ARA0506 – CLÍNICA MÉDICA DE AVES E SUÍDEOS

Docente: Nathalya Carneiro

CORIZA INFECCIOSA
O QUE É?
 A coriza infecciosa (CI), conhecida como “GÔGO”

 Doença bacteriana respiratória aguda, subaguda ou crônica

 Afeta, principalmente, o trato respiratório superior das aves

 Altamente contagiosa

 Mortalidade e morbidade – variáveis


IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

 Causa perdas econômicas devido à:

 Refugagem

 ↓ Curva de ganho de peso das aves em crescimento

 ↓ Produção de ovos → até 40% - poedeiras comerciais


AGENTE ETIOLÓGICO
 Avibacterium paragallinarum

 Pertencente à família Pasteurellaceae

 Gram-negativa

 Sorogrupos: A, B e C

 Sensível fora do hospedeiro

 Maioria dos desinfetantes

 Resiste vários dias abaixo de 4ºc e acima de 45ºc apenas 2 minutos.


EPIDEMIOLOGIA
 Doença de distribuição mundial
 Regiões de climas temperados e tropicais
 Alta prevalência: outono e inverno

 Surgimento comum em:


 Lugares úmidos
 Correntes de vento frio
 Instalações mal construídas
EPIDEMIOLOGIA
AVES ACOMETIDAS
• Recria – 07 a 17 semanas
 Galinhas – poedeiras e reprodutoras • Produção – >18 semanas

 Frangos de corte

 Galinhas d’Angola

 Codornas

 Faisões
EPIDEMIOLOGIA
Fatores predisponentes:

 Alojamento de aves de diferentes idades

 Manejo e medidas higiênico-sanitárias deficientes

 Fatores climáticos

 Alta densidade de aves – superpopulação

 Afecções concorrentes → complicam a infecção


EPIDEMIOLOGIA

Avicultura de postura comercial


PATOGENIA
Trato respiratório superior

Epitélio ciliado Pneumonia e aerossaculite

Libera toxinas
Associação de outros agentes

Hiperemia e edema • Hiperplasia


da mucosa EVOLUI • Desintegração e descamação do epitélio
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO HORIZONTAL
 Aerossóis

 Contato direto entre aves - secreções

 Fômites
Bactéria pouco
 Moscas resistente

 Ração e água contaminadas

Aves infectadas cronicamente e portadoras


assintomáticas – principal fonte de infecção
SINAIS CLÍNICOS
 PI: 24-48horas após inoculação intranasal

 Forma descomplicada → somente Avibacterium paragallinarum envolvido

 Forma complicada → associação com outras bactérias e/ou agentes virais

 Ex.: Escherichia coli; Mycobacterium sp.


SINAIS CLÍNICOS

FORMA DESCOMPLICADA
 Infecção catarral aguda
 Secreção nasal – serosa a mucosa
 Edema facial uni ou bilateral
 Conjuntivite
Duração de 2-3 semanas
 Queda de postura

 Infecções recentes → exsudato claro


 Infecções crônicas → exsudato firme e amarelado
SINAIS CLÍNICOS

FORMA COMPLICADA
 Sinais mais severos e duradouros

 Evolução para pneumonias e aerossaculites

 Estertores

 Alta mortalidade

AVIÁRIO COM CI – ODOR FÉTIDO, “ÁCIDO” - CHEIRO DE RATO


LESÕES MACROSCÓPICAS

A: presença discreta de fibrina. Indicativo de infecção aguda


B: Aumento intenso do seio paranasal - curso crônico da doença.
LESÕES MACROSCÓPICAS
LESÕES MACROSCÓPICAS
LESÕES MACROSCÓPICAS
LESÕES MACROSCÓPICAS
DIAGNÓSTICO
 Baseado nas evidências clínicas associadas às provas laboratoriais

 PCR

 Coleta de exsudato dos seios infraorbitários - várias aves


 Exsudatos traqueais – “swab” estéril
 Antibiograma
 Ágar sangue
DIAGNÓSTICO
 Ágar sangue – com Staphylococcus – fornece fator essencial V
 Formação de colônias minúsculas “gotas de orvalho” adjacentes à linha de
Staphylococcus - satelitismo
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

 Bouba aviária

 Cólera aviária

 Síndrome da cabeça inchada

 Avitaminose A
TRATAMENTO
 Administração de antibióticos com antibiograma prévio.

 Eritromicina
 Estreptomicina 7 dias via água ou ração
 Oxitetraciclina

Não elimina a possibilidade de recorrência, devido à


permanência de aves portadoras na criação.
CONTROLE E PREVENÇÃO
 Evitar introdução de aves em crescimento
 Criação das aves em idade única (All in, all out)

 Para erradicação:

 Isolamento dos lotes infectados

 Esvaziamento dos locais, com limpeza e desinfecção completa

 Vazio sanitário: 2-3 semanas


CONTROLE E PREVENÇÃO

VACINAÇÃO
 Atualmente, há no mercado vacinas que possuem os sorotipos A, B e C de
A. paragallinarum

 Vacina Inativada
 IM (peito ou coxa)
 SC (parte de trás do pescoço)
 Posologia: 0,25 ml por ave
CONTROLE E PREVENÇÃO

VACINAÇÃO

 Vacina inativada
 IM
 Posologia: 0,5 mL
 Idade ideal: 12 semanas
 Alta contaminação: 6 a 8 semanas de idade
 Reforço: 8 semanas após
CONTROLE E PREVENÇÃO
DÚVIDAS?

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