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Clamidiose

Doença respiratória que ocorre em mais de 140 espécies de ave, sendo


considerada uma zoonose.

Etiologia: o agente pertence à família Chlamydiaceae, gênero Chlamydophila,


espécies C. psittaci (humanos, mamíferos e aves); C. pneumoniae (humanos);
C. percorum (ruminantes) C abortus; C. felis; C. caviae; e gênero Chlamydia,
espécies C. trachomatis, C. muridarum e C. suis.

Etiologia: São cocos gram negativos e não crescem em meios de cultura, sendo
bactérias intracelulares obrigatórias. São resistentes a 56°C por 5 minutos, 37°C
por 48 horas, 22°C por 12 dias, 4°C por 50 dias e a -20°C resistem por meses.
Possuem três formas morfológicas: forma intermediária ou imatura que é a
forma preparatória para se tornar infectiva; forma elementar ou infectiva que é
a forma metabolicamente inativa que sobrevive no ambiente extracelular; e
forma reticular ou intracelular que é a forma metabolicamente ativa que se
multiplica por divisão binária originando a forma intermediária.

Epidemiologia: Distribuição Mundial e as aves jovens ou estressadas


apresentam maior susceptibilidade. Vias de infecção podem ser via nasal ou
oral ou transovariana e as vias de eliminação podem ser secreções oculares e
nasais ou fezes.

Patologia: a infecção acontece no epitélio da mucosa infectando o citoplasma


da célula. Em infecções inaparentes a forma elementar permanece inativa no
citoplasma, as aves desenvolvem a doença ou eliminam o micro-organismo
quando são imunossuprimidos, conforme observado em papagaios e pombos.
A infecção secundária acontece quando infectam o trato respiratório, quando
em 50 horas uma célula infectada pode conter de 100 a 500 novos
microrganismos, acarretando assim a lise celular, tornando-se uma septicemia.

Sinais clínicos: os mais comuns em pstacídios são descarga óculo-nasal,


conjuntivite e sinusite, diarreia, regurgitação, anorexia, perda de peso, espirro,
dispneia depressão e queda de até 50% na produção de ovos, convulsões,
paralisia, encefalite, além de aumento na mortalidade neonatal. Em perus é a
observada depressão, fraqueza, anorexia, descarga nasal, dificuldade
respiratória, perder de peso, diarréia amarelo-esverdeada. Em pombos é
observado depressão e conjuntivite uni ou bilateral.

Diagnóstico: é presuntivo, baseado no histórico, sinais clínicos e lesões. O


diagnóstico definitivo pode ser através do isolamento em embriões de galinha
em várias linhagens celulares; ou através de explicação da secreção nasal e
ocular, corado com Giemsa, Gimenez ou Stam, onde observa-se Corpúsculos de
Levinthal-Colles-Lillie (LCL), que é patognomônico.

Tratamento: deve ser de duas a seis semanas com o uso de doxiciclina e/ou
clortetraciclina, com água ou alimento. É resistente às penicilinas.

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