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MICOPLASMOSE AVIÁRIA

Aline Miranda Alves


Gabriela da Silva Leal
Maria Luíza dos Santos Chaves
MICOPLASMA
• Os micoplasmas são importantes patógenos aviários, responsáveis por
doenças respiratórias e articulares.
• Acarreta grandes perdas econômicas na avicultura brasileira e mundial.
• Apresenta-se como um dos principais problemas sanitários na cadeia
produtiva avícola, juntamente com a doença de New Castle, coccidiose,
colibacilose, doença de Gumboro e a salmonelose.
• A disseminação do agente pode ocorrer horizontalmente por meio de
aerossóis, em acasalamentos e inseminações artificiais, ou de forma
direta/indireta; e verticalmente, por meio da infecção do ovo.
HISTÓRIA
• Descrita pela primeira vez pelo professor Sydney Dodd, do Royal Veterinary
College, essa doença em aves que veio depois de um quadro de pneumonia
em perus na Inglaterra, no ano de 1905.
• Foi denominada à época de pneumoenterite enzoótica, após diagnóstico
em perus acometidos de problemas respiratórios.
• Outras denominações conhecidas atualmente são: Sinusite infecciosa dos
perus, doença respiratória crônica (DRC) das galinhas e sinovite infecciosa,
que são para caracterizar quadros infecciosos em aves acometidas por
micoplasmas.
• A palavra micoplasma tem sua origem no grego: mykes, que significa
fungos, e plasma, que diz respeito à forma ou ao molde das células.
MICOPLASMA
Existem três micoplasmas de importância econômica na produção avícola:

• Mycoplasma gallisepticum;
• Mycoplasma synoviae;
• Mycoplasma meleagridis.

Sendo que todos esses agentes podem causar enfermidade subclínica ou


clínica nas aves.
MICOPLASMA
MYCOPLASMA GALLISEPTICUM
• É transmitido por contato direto com animais infectados na forma latente,
em período de incubação, clinicamente doentes ou através do ovo.
• Pode ocorrer o contágio de pintos sadios por animais infectados nas salas
de eclosão ou de nascimento.
• A infecção pode ser transmitida pelo homem, outras aves, camundongos,
gatos, cães, outras espécies animais, assim como por veículos inanimados.
• O período de incubação é de 5-21 dias.
MICOPLASMA
MYCOPLASMA GALLISEPTICUM
Manifesta-se em galinhas por:
• Espirros e estertores com expulsão de secreção serosa, fibrinosa ou
purulenta.
• Ocorre diminuição da postura, fluxo nasal fétido e sinusite infra-orbitária na
fase crônica.
• As lesões são caracterizadas por rinite, traqueíte, inflamação dos sacos
aéreos, assim como serosite, pericardite e pneumonia.
MICOPLASMA
MYCOPLASMA GALLISEPTICUM

Figura 1: Ave infectada com M. gallisepticum apresenta exsudato mucóide claro,


exsudato nasal seco e um seio infraorbital inchado.
Figura 2: Frango reprodutor macho infectado com M. gallisepticum apresenta
conjuntivite, inchaço periorbital e um exsudato nasal seco.
MICOPLASMA
MYCOPLASMA SYNOVIAE
• Descrita pela primeira vez, em 1954, nos Estados Unidos.
• São receptivos os animais de todas as idades e o contágio é produzido,
principalmente, através do ovo e por contato, sendo possível também por
insetos hematófagos.
• Os sintomas ocorrem após um período de incubação de aproximadamente
24-80 dias, sendo representados por abatimento, indiferença, palidez da
crista e claudicação.
• Aparecem tumefações nas articulações do tarso, dos dedos e da quilha do
esterno.
MICOPLASMA
MYCOPLASMA SYNOVIAE DA GALINHA
• Nas fases avançadas da doença, os animais apresentam transtornos do
crescimento e grande perda de peso.
• Ocorrem lesões nas extremidades e bolsas serosas que se apresentam
aumentadas e com conteúdo aquoso ou fibrinoso, e em fases avançadas,
massas caseosas.
MICOPLASMA
MYCOPLASMA SYNOVIAE DA GALINHA

Figura 1: Inchaço da articulação tíbio-tarsial.


Figura 2: Decorrente do acúmulo de exsudato.
MICOPLASMA
MYCOPLASMA MELEAGRIS
• Caracterizada por sinusite infra-orbitária, tendo como agente o M.
gallisepticum e o M. melleagridis, que também está relacionado com a
inflamação dos sacos aéreos.
• A tumefação nos seios infra-orbitários é composta por massas caseosas ou
por líquidos fétidos.
• Através do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), a vigilância
oficial para M. gallisepticum e Mycoplasma synoviae é exercida pelo MAPA,
que conceitua os diferentes estabelecimentos da produção avícola, como
determina ações para certificação dos lotes, incluindo as exigências de
biosseguridade e os testes laboratoriais a serem procedidos.
Normativa nº 44, de 23 de agosto de 2001.
TRANSMISSÃO
A transmissão da doença pode acontecer de forma:
Horizontal:
• A infecção é em geral e muito rápida entre as aves de um mesmo galpão
alcançando 100% das mesmas em poucas semanas.
• Ocorre da reprodutora para a progênie, pelos ovos férteis contaminados.
• É a principal via de disseminação da doença, pode acontecer por aerossóis,
penas e até mesmo por meio de equipamentos ou pessoas. É assim que lotes
negativos podem ser contaminados por lotes positivos — e por isso se fazem tão
necessárias as medidas de isolamento e de higiene.
Vertical:
• Se dá pela contaminação do ovo no trato reprodutivo das aves e constitui o
principal meio de disseminação para o MG.
• Ocorre da ave infectada ou doente para a saudável.
TRANSMISSÃO
• Aves saudáveis em contato direto com indivíduos doentes podem se
contaminar por meio de secreções oronasais, ou até mesmo de pessoas e
equipamentos carreando o microrganismo.
• Geralmente, observa-se que pintinhos infectados verticalmente pelo ovo
desenvolvem infecção em torno de 6 a 10 dias de idade. Já pela transmissão
horizontal percebe-se que são necessários de 15 a 21 dias para a observação
dos primeiros sintomas.
TRATAMENTO
• À base de antibiótico,
• O tratamento não é suficiente para eliminar a infecção e erradicar o problema
nas granjas. Independentemente da droga escolhida, o tratamento deve estar
sempre associado a uma série de medidas para controle do problema como
monitoramento dos lotes, programa de vacinação assertivo, normas de
biosseguridade, eliminação de aves portadoras e aquisição de aves livres da
bactéria.
• Esse controle integrado da doença diminui os sintomas clínicos nas aves e a
transmissão vertical.
• Esse é um problema que não pode ser negligenciado nos planteis porque a
resposta vacinal contra outros agentes é prejudicada em aves infectadas pelo
micoplasma.
VACINA
• Para a prevenção da micoplasmose aviária, a Zoetis conta em seu portfólio
com a MG-BAC, única vacina inativada contra Mycoplasma gallisepticum do
mercado.
• Emulsionada em adjuvante oleoso, contendo a cepa R-980, esta vacina tem
como indicações o uso em galinhas e perus a partir das 10 semanas de idade.

“Esse diferencial competitivo possibilita um melhor desempenho zootécnico das


aves, evidenciado sobretudo no aumento do número de ovos por ave alojada”,
finaliza o especialista.
REFERÊNCIAS
• https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/201612/02101257-inftec-1
2-micoplasmose-n12.pdf
• https://avinews.com/pt-br/mycoplasma-gallisepticum-conheca-melhor-essa-d
oenca-tao-prejudicial-as-granjas/
• https://www.zoetis.com.br/paineldaavicultura/posts/94-mycoplasma-synoviae
-aspectos-de-relev%C3%A2ncia-deste-microrganismo-para-a-avicultura-indust
rial.aspx
• https://www.merckvetmanual.com/poultry/mycoplasmosis/mycoplasma-gallis
epticum-infection-in-poultry
• https://www.agricultura.rs.gov.br/upload/arquivos/201612/02101257-inftec-1
2-micoplasmose-n12.pdf
• https://www2.zoetis.com.br/imprensa/micoplasmose-avi%C3%A1ria-causas-e
-consequ%C3%AAncias

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