Você está na página 1de 35

E-Book

Complexo
Respiratório
Felino
O Complexo Respiratório Felino, também denominado
Complexo de Doença Respiratória Felina (CDRF) é uma afecção
infecciosa e contagiosa que pode ser ocasionada por vírus ou
bactérias, de forma isolada ou associada, com sinais clínicos que
envolvem o sistema respiratório superior e alterações conjuntivais
oculares.
Ainda hoje, sinais clínicos decorrentes do Complexo Respiratório
Felino estão relacionados às principais queixas na rotina clínica,
especialmente de felinos.
As vacinas, infelizmente, não tem uma boa ação e sua eficácia é
bastante duvidosa. Devido a isso, o manejo ainda constitui uma
boa medida a fim de prevenir a disseminação de doenças
associadas, como rinotraqueite viral felina, calicivirose,
dentre outras
2
1. EPIDEMIOLOGIA

Assim como o manejo constitui medida importante para o controle do


Complexo de Doença Respiratória Felina, é de fundamental importância o
conhecimento dos fatores que influenciam a evolução das doenças
infecciosas, como agente etiológico, hospedeiro e meio ambiente.

1.1. Agente Etiológico

O Complexo de Doença Respiratória Felina é causado por vários


agentes virais e bacterianos, isoladamente ou associados, sendo a co-infecção
por mais de dois ou três agentes patogênicos bastante comum em felinos
acometidos pela doença.

Dentre os agentes virais mais comumente envolvidos, destacam-se o


Herpesvírus felino tipo 1 e Calicivírus felino, responsáveis por mais de 90% dos
casos diagnosticados.
Já dentre os agentes bacterianos, destacam-se as bactérias Chlamydophila
felis e Bordetella bronchiseptica. 3
Além disso, embora presente na microbiota comensal do trato respiratório
superior, bactérias do gênero Mycoplasma spp possuem potencial
patogênico quando há o comprometimento do sistema imunológico ou
deficiências nutricionais.
No caso de infecção por Herpesvírus, após replicação viral no epitélio
nasal, faríngeo ou conjuntivas, o animal se torna permanentemente
portador do vírus, eliminando-o por meio de descargas nasais e oculares
em situações de estresse ou falha no sistema imunológico. Estima-se que
80% dos gatos recuperados são portadores da doença.

4
Gestação, lactação e o uso de corticóides ou outros fármacos imunossupressores
também contribuem para a reativação da infecção, caracterizada pelo retorno da
replicação do material genético viral, previamente incorporado ao das células
hospedeiras.
Da mesma forma, gatos infectados ou portadores assintomáticos podem eliminar o
Calicivírus por meio de secreções oronasais e conjuntivais, sendo o contato direto,
portanto, a principal forma de contágio.
Na fase aguda da doença, a eliminação do Herpesvírus ocorre por aproximadamente
10 dias. No entanto, durante o período de reativação da infecção, a liberação do
vírus para o meio externo pode ocorrer por até três semanas.

5
1.2. Hospedeiro

A doença tem maior incidência entre indivíduos jovens, com cinco a oito
semanas de vida, embora possa acometer animais de todas as idades.
Não há predisposição sexual ou racial.
Além disso, o Complexo de Doença Respiratória Felina está associado
à situações de estresse, como transporte e desmame, ou aquelas que
comprometam o sistema imunológico, tais como anomalias hereditárias,
deficiências nutricionais, doenças parasitárias e infecções
intercorrentes, como pelo Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV).

6
1.3. Meio ambiente

Fômites utilizados no manejo de animais doentes ou portadores, bem como a


alta densidade populacional em ambientes com pouca ventilação contribuem
para a transmissão dos patógenos e o contágio indireto.
São designados como fômites todo instrumento ou utensílio capaz de reter e
transportar os microrganismos contagiantes, como vasilhas ou outros
recipientes destinados à alimentação dos felinos, a liteira sanitária, também
denominada de caixa de areia, dentro outros.

7
2. AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS ASSOCIADAS

2.1. Rinotraqueíte viral felina

A Rinotraqueíte Viral Felina é causada pela co-infecção de Herpesvírus felino tipo 1 com
Chamydophila felis e Calicivírus felino.

2.1.1. Transmissão
A transmissão dos agentes patogênicos pode ser direta e indireta. A direta consiste se dá por
meio do contato direto com outro animal portador. Já a indireta ocorre pela dispersão de
aerossóis, microgotículas decorrentes de espirros que contaminam o ambiente em um raio de
diâmetro de 1,5 metro.
Em razão disso, é recomendado especial cuidado nos gatis e em clínicas veterinárias,
ambientes nos quais pode ser verificada maior densidade populacional. Neste sentido, deve-se
intercalar as gaiolas durante o internamento de animais. Da mesma forma, vasilhames e outros
utensílios utilizados por animais acometidos devem ser adequadamente lavados, bem como as
mãos das pessoas após manuseá-lo 8
2.1.2. Patogenia

O vírus penetra no hospedeiro por inalação e produz a doença primariamente no trato


respiratório superior, como narinas, seios nasais e nasofaringe.
Após a penetração, o vírus replica-se nas células epiteliais da mucosa respiratória, provocando
morte e destruição das mesmas. Em decorrência disso, há o surgimentos dos primeiros sinais
clínicos, como descarga nasal, inicialmente serosa, e dificuldade para deglutir.
A partir da cavidade nasal pode ocorrer disseminação por meio dos ductos nasolacrimais com
consequente inflamação do revestimento das pálpebras e superfície ocular.
A conjuntivite viral instalada, caracterizada por edema e tumefação das conjuntivas, pode cursar
com edema corneal periférico e, nos casos mais graves, úlcera de córnea.

9
A úlcera de córnea, também denominada úlcera dendrítica, pode por sua vez,
ocasionar a perfuração ocular e perda da visão se não adequadamente tratada.
A propagação da infecção viral pode ocasionar osteólise dos ossos turbinatos
nasais, e disseminação sistêmica com invasão dos gânglios e vasos linfáticos,
seguida por pneumonia intersticial, especialmente em animais imunossuprimidos.
A disseminação sistêmica inclusive é responsável pela ocorrência de aborto em
fêmeas gestantes.
Após a recuperação dos sinais clínicos, normalmente entre sete a 14 dias, se
estabelece um estado de latência, caracterizada pela incorporação do material
genético viral ao da célula hospedeira.

10
2.1.3. Sinais clínicos

Os animais acometidos apresentam predominantemente sinais clínicos respiratórios e


oculares.
Dentre os sinais clínicos comuns à forma respiratória destacam-se espirros e
descarga nasal serosa a mucopurulenta. Com a progressão do quadro clínico, podem
ser verificados ainda dispneia e aumento da frequência respiratória, além de tosse.
Já a forma ocular da doença, que não necessariamente ocorre associada à forma
respiratória, é caracterizada pela presença de sinais clínicos, como secreções
oculares, tumefação e vermelhidão das conjuntivas oculares, opacidade corneana
devido à edema, blefaroespasmo e, nos casos mais graves, comprometimento visual.

11
As úlceras dendríticas da córnea são consideradas patognomônicas da
infecção por Herpesvírus.
Além disso, é comum a ocorrência de lesões ulcerativas, localizadas na
mucosa do trato respiratório e cavidade oral.
As úlceras localizadas na cavidade oral, associadas à inflamação da
faringe, podem ocasionar dificuldade de deglutição e perda de apetite.
Outros sinais clínicos sistêmicos incluem ainda aumento dos linfonodos e
febre.

12
2.2. Calicivirose felina

É a segunda doença de maior incidência na clínica de felinos, comum ao


Complexo de Doença Respiratória Felina.
Decorrente da infecção por cepas virais com diferentes tropismos, a
calicivirose felina ocasiona doença respiratória geralmente mais branda em
relação à rinotraqueite viral felina, e ausência de alterações corneanas.
Apesar disso, é frequente a ocorrência de lesões orais, sendo o surgimento de
úlceras na cavidade oral um forte indicativo de calicivirose felina.
Dentre as lesões orais, destacam-se a presença de estomatite e gengivite
associada a retração gengival sem a presença concomitante de placa
bacteriana ou doença periodontal.

13
A gengivite, que pode cursar com dor intensa, é caracterizada pela
hiperemia marginal dos dentes.
Além disso, eventualmente há a perda dos incisivos em animais com
menos de um ano de vida, e erosão do palato.
A transmissão pode ser direta ou indireta, e o vírus pode ficar até 10 dias
no ambiente.
Os animais infectados podem ser portadores assintomáticos e transmitir o
vírus por toda a sua vida.

14
2.3. Clamidiose felina

Considerada uma zoonose potencial, a clamidiose felina é causada por um parasita


intracelular obrigatório, intermediário entre um vírus e uma bactéria, denominado
Chlamydophila felis.
Tal microrganismo não sobrevive fora do hospedeiro e pode produzir uma conjuntivite
branda, transmitida por contato direto e também aerossóis.
A conjuntivite normalmente é unilateral em gatos recém infectados, e pode evoluir para
a apresentação bilateral com hiperemia grave, secreção ocular, blefaroespasmo e
quemose.
Além disso, pode apresentar sinais respiratórios geralmente mais brandos em relação
à rinotraqueite viral felina.
Seu potencial zoonótico ainda é controverso, embora estudos demonstrem existir o
risco de infecção em humanos expostos, em especial com doenças crônicas ou
imunossuprimidos. 15
3. DIAGNÓSTICO GERAL

O diagnóstico do Complexo de Doença Respiratória Felina normalmente é


presuntivo por meio da verificação dos sinais clínicos respiratórios e oculares
característicos. A distinção entre as três doenças supracitadas, contudo, é bastante
difícil.
A confirmação do diagnóstico é realizada por meio do isolamento do vírus ou ainda a
detecção de anticorpos ou material de origem viral a partir de amostras teciduais ou
swabs nasais ou conjuntivais.
A detecção de anticorpos, contudo, não necessariamente confirma a ocorrência da
doença ativa, pois pode indicar exposição prévia ou vacinação. A fim de minimizar
resultados equivocados, para a confirmação diagnóstica por métodos sorológicos é
necessária, portanto, a obtenção de amostras em fases distintas do curso clínico.

16
Desta forma, a Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) se destaca entre
os métodos diagnósticos confirmatórios pelas maiores sensibilidade e
especificidade, e a possibilidade de detecção de partículas de origem viral
tanto na fase aguda quanto crônica da doença.
Além disso, o método baseado na Reação em Cadeia de Polimerase
(PCR) permite menor tempo de diagnóstico em relação ao isolamento do
vírus por meio de cultura viral, cujas técnicas empregadas demandam
maior tempo para a sua realização.
Ainda assim, os resultados obtidos por meio de PCR devem ser
interpretados com cautela, pois os microrganismos envolvidos podem ser
identificados em muitos gatos saudáveis, o que impede que a confirmação
da sua existência seja atrelada obrigatoriamente com a doença ativa.

17
Em pacientes com apresentações crônicas e recidivantes da doença,
deve-se suspeitar de infecções concorrentes, como pelo Vírus da
Imunodeficiência felina (FIV) e outras condições associadas que
contribuam para um comprometimento da imunidade.
Radiografias do crânio para visualização dos seios nasais também
contribuem para diagnóstico.
O diagnóstico diferencial, especialmente para os animais adultos, inclui
neoplasias, rinite micótica, corpos estranhos, ceratite ulcerativa e
Complexo gengivite-estomatite felina.

18
4. TRATAMENTO

O tratamento do Complexo de Doença Respiratória Felina é o mesmo para a


maioria das viroses e inclui a abordagem inicial da dificuldade respiratória, bem
como das alterações associadas, como infecções bacterianas secundárias,
desidratação e desnutrição.

4.1. Abordagem da dispneia

Para a resolução da dificuldade respiratória pode ser realizada a desobstrução


nasal por meio da administração de solução pediátrica a base de cloridrato de
oximetazolina, na dose de 1 gota em cada uma das narinas, a cada 24 horas.

19
A nebulização, caracterizada pela inalação de aerossóis, consiste em outra medida
eficaz para a desobstrução nasal. Para isso, recomenda-se a utilização
preferencialmente de nebulizadores ultrassônicos, que produzem partículas de tamanho
inferior a 5 micras.
Normalmente recomenda-se para cada 5 ml de solução fisiológica a 0,9%, 25-40 mg de
gentamicina, fornecidos três vezes ao dia, durante sessões de 15 minutos cada. A fim
de facilitar o procedimento, o animal pode ser mantido dentro de uma caixa de
transporte, por exemplo.
O tratamento da dispneia grave, contudo, pode exigir ainda o fornecimento de oxigênio,
preferencialmente em gaiolas, a fim de minimizar o estresse dos animais durante o
internamento.

20
4.2. Tratamento das infecções bacterianas secundárias

Embora de etiologia viral, as soluções de continuidade resultantes da infecção


normalmente cursam com intercorrências, como a presença de infecção
bacteriana secundária.
Devido a isso, é necessária a administração de fármacos antimicrobianos de
amplo espectro, como:
Amoxicilina com clavulonato de potássio, na dose de 12,5 mg/kg, por via oral, a
cada 8-12 horas.
Azitrocimina, na dose de 5-10 mg/Kg, por via oral, a cada 72 horas.
Doxiciclina, na dose de 5-10 mg/kg, por via oral, a cada 12-24 horas

21
.

Segundo estudos, a doxiciclina é considerada o antimicrobiano de eleição


para o tratamento de infecções por Chlamydophila felis, B. bronchiseptica e
Mycoplasma spp.
A enrofloxacina por sua vez, embora, apresente, penetração e atuação
comprovada no trato respiratório superior, deve ser utilizada com cautela
em felinos devido a ocorrência de efeitos colaterais graves, como
descolamento retiniano.
A duração do tratamento antimicrobiano deve ser avaliada pelo Médico
Veterinário de acordo com a gravidade e duração dos sinais clínicos.

22
4.3. Correção da desidratação

Para a reposição de fluidos, deve-se primeiramente avaliar o grau da


desidratação, utilizando-se a seguinte fórmula:

% de desidratação X peso X 1000 = volume em ml

Assim sendo, para um gato adulto, por exemplo, é realizada em média 240 ml
em 24 horas.
Como alternativa à fluidoterapia endovenosa, pode-se realizar a hidratação
subcutânea. Neste caso, pode-se realizar a administração de 100 ml,
respectivamente pela manhã e à noite, e 40-50 ml/kg/dia.

23
4.4. Suporte nutricional

Um filhote de gato necessita diariamente de 300 Kcal/kg/dia, enquanto que um


adulto 75 Kcal/Kg/dia.
O alimento tem que ter aroma acentuado, uma vez que é esperada a obstrução
das vias aéreas e redução do olfato. As latas de patê são apropriadas, bem
como os potinhos de comida de bebês a base de carne ou frango. O
acréscimo de caldos de frutos do mar são recomendados.
Como estimulantes do apetite, pode-se ainda administrar cloridrato de
ciproeptadina, na dose de 1-4 mg/animal, a cada 8-12 horas.

24
De forma alternativa, quando os métodos convencionais não induzirem o apetite,
pode-se administrar por no máximo três dias, fármacos benzodiazepínicos, como
o diazepam, na dose de 0,05 mg/kg, pela via endovenosa ou 1 mg/gato, por via
oral, ambas a cada 24 horas. A administração de diazepam, contudo, deve ser
realizada com cautela devido a possibilidade de ocorrência de lesão hepática
fulminante.
Além disso, a suplementação de vitaminas C e do complexo B pode ser
necessária.
Nos casos de animais refratários à alimentação por via oral, faz-se necessário o
posicionamento de sondas esofágicas, as quais podem ser inseridas através da
narina após a instilação de uma gota de xilocaína.
A extremidade proximal da sonda pode ser fixada ao dorso da cabeça, enquanto
que a extremidade oposta deve ser inserida a partir a partir da narina até à altura
da 7ª costela. 25
4.5. Tratamento antiviral

O tratamento antiviral específico pode ser realizado de forma direta ou indireta,


respectivamente por meio da administração de antivirais e imune estimulantes.
Neste sentido, soluções de Interferon alfa inibem a replicação viral, e podem ser
utilizadas por via oral. Para isso, é necessária a diluição partir do Interferon alfa 2
beta humano recombinante, que possui 3milhões de unidade por ampola.
A diluição deve ser realizada acrescendo 1 ml de Interferon em 1 litro de NaCl
0.9%, o que resulta em 1000 seringas com 1 ml dessa solução cada. Depois, no
momento do uso, colocamos o conteúdo de uma seringa em 100 ml de solução
fisiológica a 0,9%, e está pronta a nossa solução de 30 unidades de Interferon por
ml.
26
Devem ser administradas entre 10 unidades a 30 unidades/gato, por via
oral, a cada 24 horas, durante sete dias consecutivos. A administração é
então interrompida por uma semana e o tratamento retomado ao longo
de toda a terceira semana.
As seringas devem ser armazenas em freezer por até dois anos e ainda
destinadas aos pacientes problemáticos.

4.6. Tratamento da úlcera corneana

O tratamento da úlcera dendrítica pode ser realizado por meio da


administração de colírio a base de idoxuridina, um agente antiviral,
comumente utilizado para o tratamento de infecções por Herpesvírus.

27
Para os casos de clamidiose felina, recomenda-se ainda a administração
oftálmica de pomada a base de cloridrato de tetraciclina, no mínimo quatro
vezes ao dia.
Adicionalmente, colírios a base de cloranfenicol constituem-se uma opção,
embora normalmente possam promover irritação ocular.

4.7. Imunoprofilaxia
A vacinação apresenta bons resultados no controle da doença, pois evita o
surgimento dos sinais clínicos.
Contudo, apesar de efetivas na prevenção da manifestação clínica, as
vacinas não previnem reinfecções e o estado de portador.
As vacinas disponíveis atualmente são, em geral, compostas por vírus vivo
modificado ou vírus inativado, combinando o Herpesvírus felino com outros
agentes patogênicos.
28
A primeira dose deve ser administrada a partir da 5ª a 8ª semana de vida.
Para as vacinas vivas, recomenda-se uma dose seguida de reforço anual. Já
para as vacinas vivas atenuadas, é recomendada uma segunda dose após
quatro semanas da primeira, seguida de reforço anual.
O reforço anual é recomendado principalmente para animais em maior situação
de risco, como aqueles com acesso à rua e em contato com outros gatos. Para
animais domiciliados e sem exposição à fatores de risco, entretanto, a
vacinação poderia ser, segundo estudos, realizada a cada três anos.
Adicionalmente, as vacinas intranasais são uma alternativa, embora não
estejam disponíveis no Brasil.
Para a hospedagem de felinos recomenda-se que os animais tenham sido
vacinados seis meses antes.

29
4.8. Terapêutica alternativa

A acupuntura como técnica inerente à Medicina Tradicional Chinesa


apresenta bons resultados no tratamento do Complexo de Doença
Respiratória Felino, uma vez que diminui o tempo de recuperação dos
animais para um a três dias.
A fitoterapia por meio do tratamento com fórmulas para drenar vento-frio, e
homeopatia também são opções eficazes no tratamento, especialmente em
processos crônicos.

30
4.9. Relação metafisica da doença – Tutor/animal

As doenças dos animais tem tanto o componente físico, conforme


explicado ao longo do texto, quanto um contexto energético. As
medicinas tradicionais chinesa e indiana, e mesmo a medicina
germânica atual baseiam-se nos princípios de medicinas antigas, as
quais se preocupavam com o tratamento da energia do processo.
Em um relacionamento animal – ser humano, sempre as energias do
ser humano irão sobrepujar as energia do animal, ultrapassando seu
campo quântico ou, como postulado por Sheldrake, seu campo
morfogenético. Desta forma, o desequilíbrio do ser humano reflete e
causa a doença no animal.

31
Assim animais com gripe ou outros distúrbios respiratórios
que envolvam o trato aéreo superior estariam relacionados
com confusão interior, despreparo para lidar com mudanças e
falta de confiança no contato com uma nova situação.
Entendendo este processo podemos entender e curar mais
rapidamente a doença física e evitar sua recidiva.

32
REFERÊNCIAS

FOSSUM, T. W. et al. Small Animal Surgery. 4th ed. St. Louis: Elsevier, 2013

GREENE, C. E. Doenças Infecciosas em Cães e Gatos, 4ª ed. São Paulo:


Editora Roca, 2015, 14: 152 -170.

LARA, V. M. Complexo respiratório felino: principais agentes infecciosos. ARS


Veterinária, v. 28, n. 3, p. 169-176, 2012.

LOBO JÚNIOR, J. E. S. Acupuntura na prática clínica veterinária, 1ª ed. São


Caetano do Sul: Ed. Interbook, 2012.

33
11 -93088 -5918

/Instituto Equilibrium

/EquilibriumVet

/Equilibrium_cursos

www.equilibriumcursos.com.br

34
35

Você também pode gostar