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Anemia Infecciosa

Equina (AIE)
Alunos (as): Amanda Gerhardt Silveira
Jésse Guimarães
Juliana Schmedecker
Disciplina: Microbiologia II
4ª fase Medicina Veterinária
AIE

Estudos sobre a doença iniciaram na


França em 1843

No Brasil foi descrita pela primeira


vez em 1967

Considerada uma das principais


doenças infectocontagiosas da
equinocultura

Afeta os equídeos, comprometendo o


seu desempenho
Introdução
A Anemia Infecciosa Equina é uma doença infecciosa viral

Atinge todos os membros da família dos Equídeos;

Todas as raças e idades e sexo são suscetíveis;

É causada por um retrovírus;

Tem distribuição mundial especialmente em regiões úmidas e pantanosas onde


existe uma grande quantidade de vetores;

Primeira doença retroviral descrita em animais não-humanos;

Vírus permanece a vida toda no animal mesmo quando não apresenta sinais
Etiologia

Família Retroviridae
Subfamília Lentivirinae;
A classificação se baseia em: estrutura, organização genética, atividade de
transcriptase e reatividade sorológica cruzada;
Relaciona-se intimamente com outros lentivírus;
Características:
RNA
Envelopado seu envelope lipídico deriva a membrana plasmática de
células do hospedeiro durante a maturação da partícula;
Apresenta duas glicoproteínas codificadas no envelope: gP 90 e gP 45.
É inativado em poucos minutos por desinfetantes comuns que contém
detergentes, hidróxido de sódio, hipoclorito de sódio, pela maioria dos
solventes orgânicos e pela clorexidina;
56ºC por 30min inativado, 25ºC permanece ativado por 96 horas em
agulhas hipodérmicas;
Estável entre pH 6,0 e 9,0.
Hospedeiros Suscetíveis

EQUINOS ASININOS MUARES


Transmissão
Transmitida por meio do
sangue de um animal infectado,
picada de inseos hematófagos POSSÍVEIS MEIOS DE
TRANSMISSÃO
(principalmente do gênero MOSCAS MOSQUITOS

Tabanidae) ou por agulhas,


leite, placenta (transmissão CAVA
LO AGULHAS
INFEC
congênita), sêmen POR A
TADO CONTAMINADAS
IE
(acasalamento) e pelo soro
imune;
CONTATO
DIRETO
As mucosas nasal e oral, intactas
ALIMENTAÇÃO CONTAMINADA
ou feridas podem ser portas de NO COM URINA E FEZES
ÚTERO
entrada do vírus. O uso sem
assepsia de material cirúrgico, BRIDÃO ESCOVA
por pessoas não-habilitadas, OU FREIOS

também aumenta a
probabilidade da contaminação. POTRO
Epidemiologia

Doença tem importância no Brasil, porém pouco estudo sobre a prevalência

Amostras sanguíneas para análise através meio da técnica de imunodifusão


em ágar gel (IDGA);

Regiões Centro-Oeste e Norte possui elevada soropositividade

Os equídeos de tração são mais acometidos

Equídeos que são transportados para o trânsito interestadual e/ou


participação em eventos agropecuários menos acometido
Patogenia

Logo após a infecção o vírus se replica

Os órgãos mais afetados são: baço, linfonodos, pulmões, rins e adrenais.

O aumento da titulação do vírus cursa com aumento da temperatura corporal

Cavalos infectados são incapazes de remover completamente o vírus do seu


organismo e permanecem infectados por toda a vida;

Variação antigênica persistência viral (outros fatores).


Sinais Clínicos
Os sinais clínicos irão variar conforme fatores virais e características do
hospedeiro

Forma aguda: varia dependendo do estado do animal;

Se o animal estiver em bom estado muitas vezes é imperceptível;


Se o animal já está debilitado ou velho pode gerar:

Febre intermitente (podendo chegar a 40,6ºC);


Respiração acelerada;
Prostração;
Perda de peso;
Anemia;
Edema nos membros, peito e abdome ventral;
Morte súbita.
Sinais Clínicos

Forma crônica persistente: o vírus se multiplica de forma lenta e contínua. o


animal pode apresentar perda de peso e febre esporádica.

Vírus replica-se em níveis baixos = tende a ser assintomático

Replicação em altos níveis = pode provocar desde sinais brandos até óbito,
dependendo do estado imunológico do animal

Intervalos curtos = óbito.


Sinais Clínicos
Diagnóstico

O diagnóstico é realizado por meios laboratoriais, pois a doença apresenta


sinais clínicos inespecíficos, podendo ser confundida com outras doenças

Laboratorial:
Teste sorológico;

Método oficial = I.D.G.A = Imunodifusão em gel Ágar

Só podem realizar esse teste em laboratório nacional agropecuário ou em


laboratório credenciado junto ao ministério da agricultura.
Diagnóstico
Imunodifusão em gel agar

Teste que detecta anticorpo;


Laminas com gel de agarose;
Laminas com orifícios para ser colocado o soro;
Cada lamina contém 3 grupos de orifícios chamados rosetas:

O princípio básico é a interação antígeno / anticorpo.


Diagnóstico

Na lamina contém:

Antígeno sintético;

Soro padrão positivado para a AIE;

Orifício para ser colocado a amostra do soro do animal a ser investigado

9 amostras de soro de animal por lâmina.


Diagnóstico

interpretação do diagnóstico

Interação com imunocomplexo;


Se observa as linhas de interação;
Se há linha o resultado é positivo.
Tratamento

Não há tratamento para a anemia infecciosa equina, o animal portador dessa


doença será portador a vida toda. Trabalha-se com prevenção para combater a
doença.
Controle e Prevenção

Instrução Normativa 45/2004 do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento), as propriedades onde estão os animais positivos são
considerados focos da doença e o PNSE (Programa Nacional de Sanidade de
Equinos) determina as seguintes medidas:

Investigação epidemiológica;
Marcação dos equídeos portadores da AIE com a letra "A" do lado esquerdo
na paleta, contido em um círculo de 8cm, seguido da sigla da Unidade
Federal;
Optar preferencialmente pelo isolamento seguido de sacrifício;
Realizar exames para diagnóstico de todos os animais da propriedade;
Desinterditar a propriedade depois de realizado dois exames com resultados
negativos consecutivos, com intervalos de 30 a 60 dias;
Submeter a exames os animais que se encontrarem na área perifocal.
Controle e Prevenção

Potros que nasceram de éguas positivas: Fazer exame de confirmação na


égua, e obter amostras de sangue venoso periférico do potro pré e pós
amamentação para sorologia. Deve-se manter o potro com a mãe em
afastamento de outros animais e colher sangue seriado em intervalos de 4-6
semanas.
Controle e Prevenção

Adotar medidas higiênico-sanitárias na propriedade e nos utensílios dos


animais;
Utilizar arreios, esporas, entre outros utensílios, individualizados;
Drenar pastos alagados; para combater existência de vetores- insetos
Usar agulhas e instrumentos cirúrgicos individuais e esterilizados.

Testar periodicamente todos os equídeos da propriedade;


Evitar a entrada na propriedade de animais provenientes de zonas endêmicas,
sem o teste de AIE;
Exigir sempre na compra de animais o atestado negativo para AIE
Referências
MAIA, C.A. et al. Anemia Infecciosa Eqüina - Revisão de literatura. PUBVET,
Londrina, V. 5, N. 11, Ed. 158, Art. 1067, 2011.

MORALES BRICENO, Abelardo; MENDEZ SANCHEZ, Aniceto; MORALES


BRICENO, María. Anemia Infecciosa Equina: Una Revisión. INHRR, Caracas,
v.46, n. 1-2, p. 107-124, dic. 2015. Disponível em http://ve.scielo.org/scielo.php?
script=sci_abstract&pid=S0798-04772015000100008&lng=pt&nrm=iso.

ANEMIA INFECCIOSA EQÜINA - REVISÃO DE LITERATURA. Londrina:


Pubvet, v. 5, 2011.

JORNAL MEDVETSCIENCE FCAA: DOENÇAS INFECCIOSAS. São Paulo, 27


maio 2020.

DIEHL, Gustavo Nogueira. Anemia Infecciosa Equina - AIE> anemia infecciosa


equina - aie. Informativo Técnico Dda, Rio Grande do Sul, p. 1-7, 2 set. 2013.
Referências
SILVA, Roberto Aguilar Machado Santos; ABREU, Urbano Gomes Pinto de;
BARROS, Antonio Thadeu Medeiros de. Anemia Infecciosa Eqüina:
Epizootiologia, Prevenção e Controle no Pantanal. Ministério da Agricultura e
do Abastecimento, Mato Grosso do Sul, p. 1-32, 2001.

MORAES, Daniella D.A. et al. Situação epidemiológica da anemia infecciosa


equina em equídeos de tração do Distrito Federal. Pesquisa Veterinária
Brasileira, Rio de Janeiro, v. 37, n. 10, p. 1-5, 24 fev. 2017.

ANEMIA INFECCIOSA EQUINA, A AIDS DO CAVALO. São Paulo: No Galope,


9 abr. 2014.

BRANDÃO, Paulo Eduardo. Anemia Infecciosa Equina. São Paulo: Usp, 2016. 35
slides, color. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4355693/course/section/2085885/EIA%
20VPS0422%202018.pdf.
Obrigada pela atenção!

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