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Universidade Federal de Goiás

Campus Jataí

Manejo Sanitário em Ovinos e Caprinos

Profa. Dra. Roberta de Moura Assis


Introdução
Manejo sanitário

Práticas de  Surgimento
manejo de doenças

$$
O sucesso depende da saúde do rebanho
O que mais onera o custo de produção de ovinos e caprinos?

SANIDADE

Fonte: http://www.farmpoint.com.br
 Observação diária


Conhecer o comportamento e a fisiologia da espécie

Fácil identificar alguma alteração

Intervenção

 Alguns parâmetros comportamentais

 Espécies gregárias;
 Alimentação rasteira e ramoneio
 Sinal de perigo: juntam-se e seguem uns aos outros
Fonte: Siqueira (1994)
Fonte: Bell (1978) in Morand-Fehr (1981)
 Alguns parâmetros fisiológicos

Temperatura retal
Idade Temperatura (ºC)
Até 1 ano 38,5 a 40,5
Acima de 1 ano 38,5 a 40,0
Fonte: adaptado de Sobrinho (2001)

Frequência respiratória
Temperatura ambiente Frequência respiratória
(movimentos/minutos)
Zona de conforto 12 – 20
Altas temperaturas 200
Fonte: adaptado de Sobrinho (2001)
Temperatura do ar (zona de termoneutralidade)
Tipo Temperatura crítica (ºC)
racial Inferior Superior
Lanado -15 40
Deslanado 5 45
Fonte: adaptado de Sobrinho (2001)

Sudorese (nº de glândulas sudoríparas/cm² de pele)


Espécie Nº de glândulas
sudoríparas/cm² de pele
Ovina 240 - 340
Bubalina 180
Bovina Até 1.800
Humana 80 - 100
Fonte: adaptado de Sobrinho (2001)
FATORES QUE INTERFEREM NA SANIDADE DO REBANHO

 Nutrição

Rebanho bem nutrido   doenças   tx mortalidade

Fonte: www.consultorioovino.com Foto: Setor de Ovinocultura - UFLA


 Instalações:

X
Limpa

Proteger de predadores Bem-estar


 Stress
Queda do sistema imune →
susceptibilidade a doenças
Bem-estar animal!
Você está fazendo isto
errado!
 Stress

Importante: identificar as causas


do estresse e tentar minimizá-
los ao máximo.

Fatores estressantes:

 Fome;
 Sede;
 Calor;
 Medo;
 Agressão;
 Dor;
 Cansaço; Cangaia
 etc.
Animal saudável X doente
 Saudável:

 Apetite;
 Vigoroso;
 Esperto;
 Ruminação;
 Fezes em síbalas;
 Pêlos lisos e brilhantes; Fonte: www.farmpoint.com.br

 Urina amarelada e odor forte;


 Temperatura corporal (38,5 a 40,5 °C);
 Escore de condição corporal (2,5 a 3,5);
 Desenvolvimento corporal compatível com a idade e a raça.
 Doente:

 Tristeza;
 Urina escura;
 Cabeça baixa;
 Queda de pêlos/lã;
 Atraso no crescimento;
 Isolamento do rebanho;
 Ficam sempre por último;
 Temperatura acima de 40,5°C;
 Fezes pastosas ou diarréias;
  apetite ou apetite depravado;
 Pêlos sem brilho e arrepiados.
Manejo sanitário
 Cuidados na aquisição de animais

 Idade, aprumos, defeitos genéticos, integridade úbere


e testículos

 Quarentena:

Considerar que
os animais
nunca foram
vacinados
 Cuidados na aquisição de animais

 Planejamento alimentar:

Preparo dos piquetes, capineira e previsão de


forragens conservadas e suplementação para o
período seco

ANTES DE COMPRAR OS
ANIMAIS!!!!!!!
 Higiene das Instalações

Eficiente

 Procedimentos:

Desinfecção
(Mensal)
Fonte: SILVA, et al., 2001
 Higiene das Instalações

 Procedimentos: Troca de cama

• drenagem na cama (filtro sob cama)

Fonte: SILVA et al., 2001

Setor de Ovinocultura - UFLA Fonte: SILVA et al., 2001


 Higiene das Instalações

 Procedimentos: Limpeza diária do chão, bebedouros e comedouros

Retirar restos
alimentares
 Higiene das Instalações

 Procedimentos: Limpeza diária da sala de ordenha

Logo após cada ordenha (manhã e tarde)

Fonte: www.gea-farmtechnologies.com Fonte: www.apodirural.blogspot.com


 Casqueamento: animais em pastagens x estabulados

1 2

3 4
 Casqueamento

Fonte: http://gallery.veterinaria.com.pt/main.php?g2_itemId=627
 Casqueamento

Antes

Pedilúvio
 Solução de formol a 5% (proibido)
 Hipoclorito de sódio 10%
Depois
 Solução de sulfato de cobre a 5%
 Aplicação de injeções

Normalmente:

 Intra-muscular: tábua do pescoço e cocha

 Intra-venosa: jugular

 Subcutânea: axila e tábua do pescoço

Via de aplicação → de acordo com o fabricante


Principais enfermidades
Endoparasitas
 VERMINOSE

 Nematóides gastrointestinais (Haemonchus contortus)

 Frequência e  patogenicidade

 Trata-se da maior causa de perda de rebanho no país


(10 a 15% dos óbitos)
 Abomaso
 Hematófago
 Ingestão de pastagens infectadas
Haemonchus contortus

Gota de orvalho
 VERMINOSE

  apetite;
 Anemia;
 Edema sub-mandibular;
 Pêlos arrepiados
 VERMINOSE

Fatores predisponentes:

 Clima
 Nível nutricional
 Idade (jovens mais suceptíveis)
 Estado fisiológico (fenômeno do periparto)
 Alta lotação
 Raças menos resistentes
 Resistencia individual
Esquemas de desverminações:

 Curativo ou emergencial

 Desverminações perante sintomas


clínicos

 Exame de fezes periódicos

 OPG igual ou superior a 500 ovos

 Esquema tático

 Quando há surtos de helmintos


devido: introdução de novos
animais no rebanho, excesso de
chuvas, manejo inadequado de
rotação de pastagens.
Esquemas de desverminações:

 Esquema estratégico

1. Desverminações no período seco

Período em que os parasitas estão presentes nos


animais por não conseguirem viver no ambiente

2. Desverminações de acordo com o resultado do método


FAMACHA (origem: 1997 – África do Sul; Brasil: 2000)

Esquema mais usado atualmente


Método Famacha

Deve ser feito a cada 15 dias


em todo o rebanho
Método Famacha
Objetivos:

 Selecionar animais mais resistentes ao H. contortus

 Diminuir o uso indiscriminado dos anti-helmínticos para


evitar a resistência parasitária

 Prolonga-se a vida útil dos anti-helmínticos disponíveis


no mercado;
 Diminui gastos com vermífugos.

Com o método famacha somente os animais


altamente infestados serão desverminados
Forma correta de expor a conjuntiva

• Examinar o animal sob luz natural;


• Expor a conjuntiva pressionando a pálpebra superior
com um dedo polegar, pressionando levemente a
pálpebra inferior para baixo;
• Expor somente a conjuntiva, não o olho!
• Evitar a exposição parcial da membrana interna da
pálpebra (terceira pálpebra);
• Observar a coloração na parte medial da conjuntiva
inferior;
• Determinar o grau, conforme o cartão;
• Na dúvida, optar pela categoria mais pálida;
• Proceder com a indicação;
À esquerda, animal saudável, com conjuntiva avermelhada (grau 1).
À direita, animal anêmico (grau 5), com conjuntiva branca.
Fotos: Prof. Dr. Marcelo Molento – Departamento de Medicina Veterinária / UFPR.
Como controlar a verminose?
 Desverminações estratégicas

 Seleção de animais resistentes aos nematóides

 Utilizar animais mais velhos, da mesma espécie,


associados com animais jovens

 Rotação de pastagens

 Controle biológico (bovinos/eqüinos)


Rotação: 1º bovino e depois ovino/caprino
Pastejo misto: 3 anos/bovinos e 1 ano/caprinos-ovinos

 Mamada controlada (crias não tem acesso a pastagem)

 Após desverminação retornar à pastagem após 12 h


(recolher fezes)
Como controlar a verminose?

 Dosagem correta do anti-helmíntico

 Manter altura da pastagem baixa (exposição solar)

 Evitar altas taxas de lotação nas pastagens

 Não jogar os excrementos nas pastagens diretamente


(esterqueira)

 Rodízio dos princípios ativos (anti-helmínticos)

 Vacinação (patenteada por ingleses e australianos em 2009


com produção comercial em 2010 – ainda não tem no Brasil)

 Diagnóstico: OPG; FAMACHA


 VERMINOSE

Evitando a resistência aos anti-helmínticos:

 Dose correta;

 Evitar uso indiscriminado e excessivo de vermífugos;

 Rodízio dos grupos de anti-helmínticos;

 Descarte de animais que apresentam nematódeos


resistentes.
 VERMINOSE

Cuidados importantes:

 Gestantes: desverminar no terço final da gestação ou


antes da cobertura.

 Alguns princípios ativos podem causar aborto.


 VERMINOSE

O sucesso do controle
parasitário não pode depender
exclusivamente de um bom
esquema de tratamento
químico. Ele só ocorre quando
existe uma combinação de
práticas de manejo adotadas
rotineiramente
Um bom programa de controle
parasitário pode significar em grande
aumento produtivo nos animais
(ganho de peso, aumento na produção
de leite, melhoria nos índices
reprodutivos, etc)
Protozoários
 COCIDIOSE OU EIMERIOSE

 Protozoário (Eimeria).
 Adultos  portadores sãos  transmissores.
 Jovens confinados.
 Ingestão de água e alimentos (oocistos).
 OOPG.
  apetite; diarréia (escura, sangue); desidratação; pêlos
arrepiados.
 Prevenção:
 Higiene nas instalações (antes nascimentos);
 Cochos e bebedouros em local e altura que evitem a
contaminação com fezes;
 Antibióticos ionóforos (monensina): 20g/ton ração.
Ectoparasitas
 ECTOPARASITAS

 Sarnas e Piolhos
Animal com sarna
 Sangue e células de descamação
 Coceira; queda de pêlos/lã,  peso, pêlos arrepiados
 Sarna: crostas e nódulos na pele Piolho

 Transmissão  contato
 Isolamento
 Banhos por aspersão ou imersão (repetir 10 dias após)
 Não banhar  final de gestação e cordeiros (menos de 1 mês)
 Banhar animais recém adquiridos; desinfecção tosquiadeira;
queimar restos de lã
Dermatobia hominis
 ECTOPARASITAS

 Bernes Berne
(Dermatobia hominis)
 Miíases
(Cochliomyia hominivorax)
 Carrapatos
(Boophilus microphilus)
Bicheira
Carrapato
 Irritações; perda de peso; lesões na pele
 Higiene instalações; produtos contra ectoparasitas
 ECTOPARASITAS

 Banhos contra ectoparasitos


1ª Avaliação de
Caprinocultura

Até aqui
Bactérias
 LINFADENITE CASEOSA (“Mal do caroço”)

 Bactéria Corynebacterium pseudotuberculosis

 Zoonose

 Abscessos nos linfonodos, pulmões, fígado, baço, etc

 Introdução: feridas, cortes, mucosa intacta (contato direto pus)

 Condenação de carcaças quando há muitos abscessos

 Isolamento e retirada do abscesso

 Desinfecção instalações

 Vacina: semestral e cordeiros 3 a 4 meses (+ reforço)

 Erradicação: descarte
Principais linfonodos acometidos pela Linfoadenite
Caseosa

(a) Parotídeo; (b) Retrofaríngeo; (c) Mandibular; (d) Pré-escapular; (e)


Pré-femoral; (f) Poplíteo e (g) Inguinal superficial.

Fonte: Adaptado de PUGH (2005)


 LINFADENITE CASEOSA

1 2 3

4 5 6
 LINFADENITE CASEOSA
 LINFADENITE CASEOSA
Pulmão

Rim

Fígado
 PODODERMITE (“Foot-rot”)

 Doença infecciosa necrotizante;

 Afeta os cascos e a epiderme interdigital;

 Cascos claros  mais susceptíveis;

 Período chuvoso, instalações sem higiene e úmidas, pastos


alagados e crescimento exagerado do casco;

Afeta: locomoção, peso, resistência


a outras doenças, eficiência
reprodutiva dos reprodutores;

 Casqueamento e pedilúvio

 Vacinação anual (eventual)


 PODODERMITE
 ENTEROTOXEMIA (Clostridiose) “Doença do rim polposo”

 Clostridium perfringens  habitante flora intestinal

 Mudanças bruscas na alimentação ou manejo

 Stress e mudanças bruscas de pH ruminal e intestinal 


liberação de toxinas  severas lesões  morte súbita (12 hs)

 Movimentos convulsivos com os membros;


Inclinam a cabeça para trás;
Eliminam espuma pela boca e sangue pelo nariz;
Diarréia amarela sanguinolenta

 Tratamento ineficaz

 Erradicação  impossível
 ENTEROTOXEMIA (Clostridiose)

 Vacina: 1/3 final gestação (reforço 20 dias)


Cordeiros (45 a 60 dias + reforço)
Adultos - anual
 OUTRAS CLOSTRIDIOSES:

 Carbúnculo Sintomático ou Manqueira (Clostridium chauvoei)


Esporos ingeridos ou através de feridas  corrente sanguínea  tecidos
musculares  tumores edematosos pele, paleta, quartos.

 Gangrena Gasosa ou Mancha (Clostridium septicum)


Ferimentos  toxemia severa  tumores gasosos (massas musculares)

 Tétano (Clostridium tetani)


Toxinas  ferimentos  músculos enrijecidos

Desinfecção instalações vacina tetravalente


 CERATOCONJUNTIVITE

 Infecciosa  afeta a visão;

 Lacrimejamento, conjuntiva
avermelhada e edemaciada,
opacidade e úlcera de córnea;

 Cegueira uni ou bilateral;

 Contato direto com infectados,


moscas, poeira, pastagens altas;

 Higiene instalações;

 Tratar todos animais (colírios)

 Vacinação anual
 MASTITE
 Inflamação glândula mamária
 Mamas avermelhadas e quentes 
inflamação generalizada  descarte
 Prevenção: Higiene rigorosa no ambiente,
ordenhador e utensílios
 Diagnóstico: Clínica - teste caneca telada;
Subclínica - CCS e CMT
 Casos brandos  infusão de pomadas
antibióticas nos tetos
 Casos severos  antibiótico largo espectro
 Transmissão: ambiente e cordeiros/cabritos
  qualidade leite
 Manejo de secagem – gradativa
 EPIDIDIMITE (Brucelose ovina) (Brucella ovis)

 Brucella ovis x Brucella abortus

 Não é zoonose
 Acasalamento  carneiro/fêmea/carneiro; carneiro/carneiro;
descargas vaginais
  epidídimo;  qlde sptz; aderência túnicas; fibrose
 Sorologia positiva  descarte
 Trânsito  atestado sorologia negativa
 Fêmeas: abortos, nascimento de crias fracas
 Criar cordeiros separados dos adultos

Não existe Não existe


 fertilidade vacina
tratamento
 PNEUMONIA BACTERIANA

 Doença respiratória crônica e infecciosa;


 Ovinos com menos de 1 ano (2 a 3 meses);
 Fonte de infecção: adultos
 Transmissão: respiração
 Fator pré-desponente: alta lotação
 Dificuldades na respiração; febre; secreção nasal; tosse
 Higiene das instalações; manter ambiente seco e ventilado
(isento de correntes de ar frio); evitar formação de pó próximo aos
animais;
 Antibióticos de largo espectro
Vírus
 PNEUMONIA VIRÓTICA
 Maedi Visna
 Crônica, progressiva, debilitante, múltiplos órgãos
 Animais persistentemente infectados
 Tosse, dispnéia, depressão, morte
 Adultos ( 2 anos)
 Ação lenta
 Colostro ou leite contaminado, espirros, secreções nasais,
agulhas, sêmen, durante o parto.
 Diagnóstico: sorologia
 Aquisição de animais negativos
 Descarte
 ECTIMA CONTAGIOSO (“Boqueira”)

 Zoonose

 Lesões, crostas (pele e mucosas) 


lábios, gengivas, nariz, olhos, cascos,
úbere, vulva, ânus, espaços interdigitais.

 Contato com infectados

 Ciclo  20 dias

 Vacinação cordeiros

 Quarentena (histórico  portadores)

 Tratamento: isolamento  iodo glicerinado nas feridas (100 ml


iodo 10% + 300 ml glicerina)
 ECTIMA CONTAGIOSO

Usar
Luvas!!!
Desmodus rotundus

 RAIVA

 Zoonose
 Morcego hematófago  saliva com vírus  sistema nervoso
 Após mordida  2 a 60 dias (qtde vírus; estado imunológico)
 Problemas de deglutição, andar cambaleante, incordenação
motora, agressividade, depressão, sonolência, morte
 Controle de morcegos

Não existe Morte em 3 a 4 dias


tratamento

 Vacinação  regiões endêmicas


 FEBRE AFTOSA

 Vírus  mucosas  multiplicação no sangue  tecidos epiteliais


 Lesões; vesículas  mucosa oral, patas e úbere

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


Portaria nº 713, de 1º de novembro de 1995
A vacinação massiva e sistemática não é obrigatória para as
espécies suína, ovina e caprina. No caso de vacinação
emergencial ou estratégica, o esquema será determinado
pelo Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma
Agrária

 Susceptibilidade: 1° Bovinos, 2° Suínos, 3° Ovinos e Caprinos


 Ovinos e caprinos: sintomatologia discreta
 FEBRE AFTOSA
 CAE – ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA (Caprine Arthritis-Encephalitis)

 Somente caprinos

 Enfermidade infecciosa viral


(Lentivírus);

 Longo período de incubação;

 Evolução clínica lenta e progressiva;

 Lesões nas articulações, glândula


mamária, pulmões e, mais raramente, no
sistema nervoso central e rins;

 Adultos → artrite, mastite e pneumonia


crônica.

 Cabritos (1- 4 meses) → sintomatologia


nervosa
 CAE – ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA (Caprine Arthritis-Encephalitis)

 Transmissão: fômites, agulhas, tatuadores, aplicadores de


brincos, material cirúrgico contaminado com sangue de animal
infectado, colostro, leite.

 Diagnóstico: detecção de anticorpos no soro sanguíneo.

 Difícil controle;

 Não tem cura;

 Não existe vacina;

 Difícil erradicação.
 CAE – ARTRITE ENCEFALITE CAPRINA (Caprine Arthritis-Encephalitis)

 Prevenção:

• Separar crias após nascimento


(indução de parto)

• Colostro (56 0C – 60 min. →


inativação do vírus)

• Sorologia a cada 6 meses (descarte


dos positivos) Fonte: www.revistaberro.com.br
Fungos
 FOTOSSENSIBILIZAÇÃO

 Ingestão Pithomyces chartarum  Brachiaria Decumbens 


toxinas  alterações hepáticas  quadro clínico qdo exposto ao
sol.

 Pelagens claras e mucosas despigmentadas

 Pele avermelhada; edemas: face, olhos e orelhas; crostas e


vesículas na pele; fotofobia; febre; morte

 Mudança de pastagem

 Locais sombreados

 Pomadas cicatrizantes, antiinflamatórias e repelentes

 Casos graves: antibióticos, protetores hepáticos


 FOTOSSENSIBILIZAÇÃO
Metabólicas
 TOXEMIA DA GESTAÇÃO (Cetonemia)

 Distúrbio do metabolismo energético


 Prolíferas (1/3 final e logo após parto)

 Deficiência de energia  organismo queima gordura corporal 


excesso corpos cetônicos (metabolizados fígado - tóxicos)

  corpos cetônicos  incapacidade hepática de metabolizar 


cetose

 Escore corporal alto ou baixo

  apetite; movimentos desordenados; convulsão; paralisia dos


membros; incordenação do pescoço e cabeça; tremores musculares,
odor de cetona na respiração, cegueira e morte (1 a 3 dias).

 50 a 100 ml de glicose 40% EV

 Cesariana
Intoxicações
 INTOXICAÇÕES POR PLANTAS
 INTOXICAÇÕES POR VENENO DE COBRA

Idéias errôneas sobre os ovinos e caprinos:

“Podem ser mantidos em qualquer lugar” (facilidade de


adaptação)

“Comem qualquer coisa”; “Servem como capina”


(rústicos quanto a alimentação)

Despreocupação com manejo de pastagens para


estas espécies (pastos sujos e altos)

 Presença de plantas tóxicas e cobras


 INTOXICAÇÃO POR PLANTAS

 Ingestão de plantas tóxicas → principalmente período


de escassez de alimento (pasto seco e daninhas
vigorosas)

 Sistemas extensivos → grande mortalidade

 Algumas plantas tóxicas estão disseminadas em todas


as regiões brasileiras (alterações de nome vulgar)

 Exemplos: salsa, erva de rato ou cafezinho, tingui ou


timbó, coerana, mamona, chumbinho, mandioca,
samambaia, etc.

 Sintomas: de acordo com o tipo de planta


 INTOXICAÇÃO POR PLANTAS

 Sintomas comuns:

 Falta de apetite;
 Respiração acelerada; Erva de rato ou cafezinho
 Sintomas nervosos;
 Salivação;
 Tremores musculares

Na maioria das vezes → MORTE

 Diagnótico:

 Sinais clínicos; Mamona


 Presença das plantas nos locais de pastejo
 INTOXICAÇÃO POR PLANTAS

 Tratamento
 Retirar o mais rápido possível do contato com a planta e
deixar o animal quieto;

 Medicação à base de glicose (antitóxicos)

 Mandioca ou maniçoba: utilizar produtos comerciais a


base de nitrito de sódio e hiposulfito de sódio.

 Controle

 Erradicação das plantas e cercamento das áreas de risco

 Mineralização suficiente na época da seca


 INTOXICAÇÃO POR VENENO DE COBRA

 Acidentes ofídicos em pequenos ruminantes → principalmente


cascavéis (gênero Crotalus) e jararacas (gênero Bothrops)
 Cascavéis
 Menos agressivas e preferem ambientes secos
 Cegueira parcial ou total e urina escura
 Jararacas
 Mais agressivas e preferem ambientes úmidos
 Intenso inchaço na região da picada e hemorragias

Cascavel Jararaca
Fonte: www.meionorte.com Fonte: www.riobranco.org.br
 INTOXICAÇÃO POR VENENO DE COBRA

 Se a quantidade de veneno injetada for pequena o


animal apresenta chances de vida;

 Normalmente → FATAL

 Diagnóstico: observação dos sintomas e histórico da


propriedade na ocorrência de serpentes

 Tratamento: aplicação imediata de soro antiofídico


específico contra o tipo de serpente (maior eficiência até
4 h da picada)

Fonte: www.vidavet.com.br
Fotos: Prolápso de reto
Agente causador: “homem animal”

É preciso ter CUIDADO e RESPEITO com os animais!


CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO
Doença Procedimento Cordeiro (a) Borrego (a) Ovelha Reprodutor

De acordo De acordo De acordo De acordo


Ministério
Raiva com com com com
Agricultura
legislação legislação legislação legislação
45-60 d. 6 meses
Clostridioses Rotina 1/3 final Semestral
(reforço) pós-reforço

3-4 meses
Linfadenite Opcional Semestral Semestral Semestral
(reforço)

Cerato- 45-60 d.
Opcional Anual Anual Anual
conjuntivite (reforço)

45-60 d.
Pododermite Eventual Anual Anual Anual
(reforço)

45-60 d.
Ectima C. Opcional Não Não Não
(reforço)
CUIDADOS COM AS VACINAS

A) Verificar no rótulo a validade da vacina;

B) Nunca deixar a vacina exposta ao sol;

C) Transportá-las sempre em caixas térmicas


contendo gelo;

D) As seringas e agulhas devem ser descartáveis.


Lembretes!!!!

 Animais encontrados mortos deverão ser queimados


e enterrados em cova profunda

 A vida útil do animal está relacionada com seu


histórico de doenças.

Não existe “receita de bolo”, cada caso é um caso.

 Consultar sempre um especialista em enfermidades de


PEQUENOS RUMINANTES.
Curiosidade!

OBRA DE ARTE: Destino dos antigos telefones

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