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PADRONIZAÇÃO DE
CONDUTAS - DIÁLISE
- MRM GESTÃO EM
SAÚDE – ESPÍRITO
SANTO
Coren: 389298
E-mail: rt.mrm.espiritosanto@gmail.com
Apresentação
Nos últimos anos, o número de pacientes com insuficiência renal crônica tem crescido
assustadoramente em todo o mundo, inclusive no Brasil. Alguns já se referem à doença como a “nova epidemia
do século XXI”.
Seu enfrentamento implica a necessidade de desenvolver estratégias com ações que favoreçam
e priorizem o enfoque individual e coletivo e que diminuam a morbidade e mortalidade pela DRC. Faz-se
necessário refletir sobre estratégias que contribuam para maior efetividade deste tratamento.
A MRM Gestão em Saúde, chegou a Espírito Santo em 2022, em parceria com a Mediall Brasil
para prestar atendimentos de Nefrologia e Hemodiálise a pacientes internados nas UTIs sobre gestão da
Mediall Brasil.
Este manual tem como objetivo descrever as ações prestadas pela equipe de enfermagem da
MRM Gestão em Saúde em Espírito Santo, nas sessões de hemodiálises (HD), de forma a padronizar as ações,
pautadas nas RDCs, Manuais da ANVISA, Manuais dos equipamentos e normas de biossegurança, garantido
entre outros, maior efetividade do tratamento.
Sumário
Acompanhamento Profissional 04
Acompanhamento da Qualidade 08
P.O.P. – Punção vascular com cateter Duplo Lumem para hemodiálise (CDL) 29
P.O.P. – Punção de Fístula Artério Venosa (FAV) e Prótese Artério Venosa (PAV) 33
Formulário de Treinamento 51
Acompanhamento Profissional
Acompanhamento do Nefrologista
Orientação Terapêutica
Inicia-se pelo primeiro contato do Nefrologista ao paciente que segundo o médico responsável,
apresenta sinais de Insuficiência Renal e se estende até a alta deste paciente da Nefrologia ou da instituição.
Pacientes que já não respondem bem a terapia de estímulo renal, tendem a evoluir para a terapia
invasiva por meios das dialises, podendo ser Orientado pelo Nefro os seguintes tipos:
1. Indicação de método Dialítico Menos Invasivo- após discussão com paciente e familiares sobre as
modalidades terapêuticas a indicar: hemodiálise ou diálise peritoneal (diálise peritoneal ambulatorial
contínua – CAPD; diálise peritoneal automatizada – DPA; diálise peritoneal intermitente – DPI); e
2. Indicação do acesso: hemodiálise (fístula arteriovenosa – FAV, catéter temporário ou definitivo);
diálise peritoneal – caráter temporário ou definitivo. O adequado acesso vascular para hemodiálise
define, não só, um melhor resultado terapêutico, bem como a sobrevida do paciente. O paciente renal
crônico, com doença renal em estágio terminal, é dependente pleno da qualidade de uma boa fístula
arteriovenosa. Antes da realização de uma fistula arteriovenosa é importante obter uma boa história e
exame físico do paciente. Uma adequada avaliação das veias, artérias e do sistema cardiopulmonar
deve ser realizada. O resultado da investigação irá definir o tipo e a localização do acesso. O catéter
de duplo lumem (CDL) temporário deve ser implantado preferencialmente em veia jugular interna,
evitando-se em subclávia devido à taxa de obstrução e estenose venosa que ocorre em torno de 42% a
50%.
Acompanhamento Enfermagem
Referente ao Leito do paciente, se faz, rotineiramente: avaliação das condições clínicas e sinais
vitais do paciente, avaliação da estrutura física e condições da água disponível nas torneiras e sistema de
esgoto.
Referente as intercorrências clínicas podem ser identificadas por meio de sintomas que irão
nortear a conduta terapêutica a ser seguida. Ações de prevenção podem ser implantadas evitando o surgimento
de intercorrências visto que muitas são causadas por condições evitáveis.
São consideradas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas após a alta ou
quando associadas a procedimentos terapêuticos nesse período; na diálise as infecções mais comuns são
manifestadas por supuração de acesso vascular, septicemia, peritonite e hepatites que se manifestem durante
o tratamento dialítico em ambiente hospitalar ou ambulatorial.
No caso, a conduta mais adequada é procurar isolar o agente infeccioso por meio de
hemocultura.
A coleta de material no sítio da infecção é imprópria, pois está sujeita a contaminação da flora
normal da pele. Enquanto aguarda o resultado o paciente é tratado empiricamente.
Quando a infecção ocorre em fístula é necessário tratar a infecção local, sendo contraindicado
punção do local infectado. Deverá ser providenciado outro acesso durante o período de tratamento.
A prevenção da infecção pode se dar por meio de adoção das seguintes ações:
Para a água tratada utilizada na diálise, é aceitável a contagem de bactérias inferior a 200
UFC/ml e para as soluções dialíticas até 2000 UFC/ml.
É fundamental que seja realizado de forma controlada o tratamento de água, que tem como
objetivo remover contaminantes químicos (alumínio, flúor, cloro, cálcio, magnésio, cobre, nitratos, metais
pesados e eletrólitos), microbiológicos e endotoxinas. O sistema de purificação de água pode acarretar o
desenvolvimento de bactérias e conseqüentemente endotoxinas, sendo assim necessário o tratamento para
desinfecção da água. (vide capítulo 8)
Em relação às soluções de diálise, deverão ser acondicionadas em galões lacrados e após serem
abertos devem ser utilizadas no decorrer da sessão do dia.
A desinfecção do sistema é outro ponto prioritário visto que tem como objetivo eliminar ou
reduzir o número de microrganismos do sistema dialítico, incluindo tratamento da água, sua distribuição,
limpeza e desinfecção das máquinas, do circuito sangüíneo e do dialisador. O hipoclorito de sódio é o
desinfetante de escolha para desinfecção interna das máquinas de hemodiálise, com permanência mínima de
15 minutos em concentração indicada pelo fabricante, sendo que para as linhas e dialisadores é utilizado o
ácido peracético a 0,2%.
Acompanhamento da Qualidade
Avaliação mensal (Condições clínicas e comorbidades)
A evolução clínica e comorbidades devem ser monitoradas e sua avaliação deve ser feita a cada
mês. garantindo o controle e análise do perfil de clientes atendidos, qualidade dos equipamentos, evolução da
doença, intercorrências, avaliações das condições da unidade, dentre outros.
Padronização
Segue abaixo instrumentos padronizados e aprovados pela gerencia da MRM Gestão em Saúde.
1. DEFINIÇÃO
Este procedimento compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise
nas UTIs COVID
2. OBJETIVO
Garantir a padronização e seguridade do procedimento.
3. RESPONSABILIDADE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem com capacitação em Hemodialise
4. PROCEDIMENTO
A setor de engenharia clínica estará realizando o controle e manutenções dos equipamentos
preventivo e periódico, deixando os equipamentos e materiais em condições seguras de uso.
Técnico de enfermagem com capacitação em Hemodiálise, vai até a sala de guarda e retira os
equipamentos e materiais necessários e levar para próximo do ponto de água e esgoto.
1. MATERIAL NECESSÁRIO
• Osmose Reversa Portátil
• Maquina de Hemodiálise
• Bomda de água (S/N)
• Ponto de fornecimento de água
• Conexões e mangueiras
• 03 tomadas elétricas 220V
2. EPI
• Utilizar precauções para COVID: Toca, Mascara N95, luvas de procedimento, avental,
calçado fechado e óculos de proteção.
3. PROCEDIMENTO
• Posicionar a osmose próximo ao ponto de água, de forma que as mangueiras não fique
demasiadamente esticadas;
• Retirar a luva que reveste a conexão de entrada de agua da osmose e conectá-la ao ponto de
água fixo da unidade;
• Abrir o registro de agua;
• Retirar a luva que reveste a saída do rejeito da osmose e conectá-la ao ponto fixo do rejeito da
unidade;
• Posicionar a maquina de HD próximo ao leito do paciente a ser dialisado e conectar na tomada;
• Estender as mangueiras de entrada de agua e de esgoto da maquina em direção à osmose;
• Conectar a mangueira de entrada de agua da maquina ao registro de agua tratada da osmose
e abrir o registro;
• Conectar a mangueira do esgoto da maquina no ponto fixo de esgoto da unidade;
• Ligar a osmose;
• Ligar a maquina de HD;
• Retirar as luvas de procedimento;
• Lavar as mãos com agua e sabão;
• Proceder com inicio da sessão de HD;
NOTA:
• Proteger cada uma das conexões com luva de procedimento para evitar contaminação e
derramamento de água durante o transporte dos equipamentos;
• Todos deverão ser guardados na sala da hemodiálise até o próximo uso.
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
Risco de desabastecimento de itens padronizados;
Risco de contaminação e perda do cateter.
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Manual de diálise / John T. Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S. Ing; tradução Claudia Lucia
Caetano de Araujo; revisão técnica / Luis Yue Hugo Abensur. – 5. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
• Protocolos clínicos e padronização de condutas em diálise: Unidade de Diálise do HC-FMB
[recurso eletrônico] / André Luís Balbi ...[et al.]. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unidade de diálise do
HCFMB, 2017.
• Barros Elvino - Nefrologia: Rotinas, Diagnóstico e tratamento - Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1999 - Páginas 213 a 235.
• Rogante, Maria Marilene - Procedimentos Especializados de Enfermagem, Livraria Atheneu,
1994 - Páginas 145 a 167 - SP - São Paulo.
1. DEFINIÇÃO
Este procedimento compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise
nas UTIs COVID
2. OBJETIVO
Garantir a padronização e seguridade do procedimento.
3. RESPONSABILIDADE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem com capacitação em Hemodialise
4. PROCEDIMENTO
Durante o plantão o Médico Nefrologista irá entregar as prescrições de Hemodiálise ao enfermeiro
ou ao técnico de Enfermagem de plantão pela MRM, fazendo as orientações.
4. MATERIAL NECESSÁRIO
• Seringa 3ml;
• Agulha 40x12;
• Heparina;
5. EPI
• Utilizar precauções para COVID: Toca, Mascara N95, luvas de procedimento, avental,
calçado fechado e óculos de proteção.
6. PROCEDIMENTO
• Colocar os EPIs;
• Colocar o capilar na máquina deixando todos os clamps abertos e os set do(s) cata bolha (s)
fechado(s);
• Apertar botão on/off na maquina;
• Colocar os cabos nos concentrados (ácido e básico);
• Apertar em teste;
• Passar teste?;
• Apertar novamente tecla teste;
• Quando ajustar a condutividade, regular as janelas através da tecla select e aparecerá no visor:
programa 1, aperte a tecla confirmar;
• Conectar hansens no capilar, obedecendo as cores: azul do lado da linha venosa e vermelho do
lado da linha arterial;
• Abrir o clamp do soro fisiológico;
• Ligar a bomba, fluxo 300 ml/ min.
• Após 5 minutos, verificar se o material encontra-se totalmente preenchido;
• Desligar a bomba de sangue;
• Fechar o set da linha arterial e conectar na máquina o set da linha venosa com isolador de
pressão, colocar a linha venosa na pinça do detentor de ar, conectar seringa de heparina no
local correto (caso seja prescrita);
• Programar tempo e UF de acordo com a prescrição de cada paciente;
• Verificar PA do paciente;
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Manual de diálise / John T. Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S. Ing; tradução Claudia Lucia
Caetano de Araujo; revisão técnica / Luis Yue Hugo Abensur. – 5. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
• Protocolos clínicos e padronização de condutas em diálise: Unidade de Diálise do HC-FMB
[recurso eletrônico] / André Luís Balbi ...[et al.]. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unidade de diálise do
HCFMB, 2017.
• Barros Elvino - Nefrologia: Rotinas, Diagnóstico e tratamento - Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1999 - Páginas 213 a 235.
• Rogante, Maria Marilene - Procedimentos Especializados de Enfermagem, Livraria Atheneu,
1994 - Páginas 145 a 167 - SP - São Paulo.
1. DEFINIÇÃO
Este procedimento compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise
nas UTIs COVID
2. OBJETIVO
Garantir a padronização e seguridade do procedimento.
3. RESPONSABILIDADE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem com capacitação em Hemodialise
4. PROCEDIMENTO
Normas e rotinas para realização da Hemodiálise prescrita pelo Médico Nefrologista do Serviço;
4. Avaliar a condições clínicas do paciente, antes de ligar a máquina e chamar o Plantonista S/N;
5. Anotar os Sinais Vitais e vazão das Drogas Vazoativas;
6. Observar e pedir para interromper as medicações que possam ser filtradas pelo capilar;
7. Identificar onde está incerido o cateter, flexionar com álcool 70% antes de abrir o cateter;
8. Iniciar a Hemodiálise com a equipe próxima, atenta aos complicações e riscos;
9. Aferir novamente Sinais Vitais nos primeiros, 15, 30 e 60min após o início e de 30/30min após a
primeira hora, ou mesmo S/N;
10. Paciente diabético ou com rebaixamento de consciência deve ser aferido glicemia de 1/1h;
11. Seguir com sessão até o termino do objetivo, devolver o sangue desconectar o paciente;
12. Cateter de HD, deve ser fechado com Heparina conforme POP expecífico;
13. Realizar a limpeza da incessáo com Alcool 70% e fazer curativo oclusivo;
14. Realizar o relatório descrevendo de forma clara o transcorrer da HD;
15. Desconectar as maquinas fazer a limpeza com Alcool 70% e devolver na sala de guarda;
16. Trocar os EPIs antes de ir para o próximo paciente ou áreas comuns.
OBS: Náo iniciar Hemodiálise em paciente POI e nas primeiras 12hs de Pós Operatório sem
confirmação do médico plantonista e Nefrologista.
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
Risco de desabastecimento de itens padronizados;
Risco de obstrução, contaminação e perda do cateter.
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Manual de diálise / John T. Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S. Ing; tradução Claudia Lucia
Caetano de Araujo; revisão técnica / Luis Yue Hugo Abensur. – 5. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
• Protocolos clínicos e padronização de condutas em diálise: Unidade de Diálise do HC-FMB
[recurso eletrônico] / André Luís Balbi ...[et al.]. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unidade de diálise do
HCFMB, 2017.
• Barros Elvino - Nefrologia: Rotinas, Diagnóstico e tratamento - Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1999 - Páginas 213 a 235.
• Rogante, Maria Marilene - Procedimentos Especializados de Enfermagem, Livraria Atheneu,
1994 - Páginas 145 a 167 - SP - São Paulo.
• FERMI, M.R.V. Diálise para Enfermagem: guia prático. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2010.
1. DEFINIÇÃO
Este procedimento compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise
nas UTIs COVID
2. OBJETIVO
Garantir a padronização e seguridade do procedimento.
3. RESPONSABILIDADE
Médico Nefrologista, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem com capacitação em Hemodialise
4. PROCEDIMENTO
Nos últimos 50 anos, a introdução de novos avanços tecnológicos no tratamento hemodialítico
tornou esse procedimento seguro e capaz de manter a vida dos pacientes por longos períodos. O
controle da ultrafiltração, o dialisato com bicarbonato, o desen- volvimento de membranas mais
biocompatíveis, a sofisticação crescente das máquinas de hemodiálise e a aplicação dos modelos
de sódio variável e cinética da heparina contribuíram para esse sucesso. Entretanto, em 30% das
sessões de hemodiálise, pode ocorrer algum tipo de complicação. Assim sendo, a constante
avaliação dessas complicações deve estar inserida em qualquer programa de controle da
qualidade.
Desde o pedido de parecer até o termino do tratamento, a equipe deve ficar atenta aos sinais de
complicações, Sendo eles:
1. Hipotensão arterial
A hipotensão arterial é, sem dúvida, a principal complicação do tratamento
hemodialítico, ocorrendo em até 20% das sessões. A fisiopatologia envolve a taxa de
ultrafiltração, a queda da osmolaridade, a temperatura do dialisato, a biocompatibilidade da
membrana de diálise, a introdução de endotoxinas na circulação e o uso de acetato como
tampão. Esses eventos podem levar a redução do volume intra- vascular, aumento na
3. Cãibras
Cãibras são uma complicação freqüente da hemodiálise; predominam nos membros inferiores
e ocorrem, preferencialmente, na segunda metade da hemodiálise. Freqüentemente são precedidas
de hipotensão arterial. As cãibras estão associadas à elevada taxa de ultrafiltração durante a diálise
e não indicam, necessariamente, que o paciente atingiu o peso seco. Entretanto, em situações em
que o paciente é ultrafiltrado abaixo do peso seco, as cãibras são freqüentes e podem ocorrer horas
após o término da hemodiálise.
A fisiopatologia não está totalmente esclarecida e aparece associada ao desequilíbrio entre
ultrafiltração e reenchimento vascular. Nesse sentido, é importante orientar o paciente a reduzir o
ganho de peso no intervalo interdialítico e, se necessário, prolongar o tempo de diálise, a fim de
tornar a ultrafiltração menos intensa.
4. Arritmias cardíacas
Arritmia cardíaca ventricular ou supraventricular é uma complicação freqüente durante a
hemodiálise, sendo observada principalmente em pacientes com acentuada hipertrofia ventricular
esquerda, doença cardíaca isquêmica e doença pericárdica. A hipocalemia e hipomagnesemia
induzidas pela diálise também representam fatores de risco,8 principalmente quando associadas ao
uso de digitálicos. Desse modo, o uso de soluções de diálise com concentração zero de potássio
não são aconselháveis. Em pacientes propensos a essa complicação e que estejam em uso de
digitálicos, o nível sérico da droga deve ser monitorado. O uso de dialisato com bicarbonato também
parece reduzir a freqüência de arritmias durante a diálise.
5. Hipoxemia
Hipoxemia de duração e intensidade variável ocorre durante a hemodiálise, entretanto, sua
expressão clínica é pequena e ocorre, principalmente, nos pacientes com importante doença
pulmonar ou naqueles com doença cardíaca isquêmica não compensada.
Ela é observada de modo mais intenso nas diálises com tampão acetato. Nessa condição,
existe a passagem de CO2 e bicarbonato para o dialisato. Isto leva a hipocapnia à hipoventilação e
à hipoxemia. Nos pacientes em diálise com tampão bicarbonato, a hipoxemia é menos intensa e
parece estar associada à rápida alcalinização secundária e às altas concentrações de bicarbonato
no dialisato. A importância do seqüestro de leucócitos no pulmão e a ativação do complemento não
parecem influenciar significa- tivamente a hipoxemia da hemodiálise.
Essa complicação raramente necessita de intervenção médica se limita a oferecer oxigênio.
Entretanto, para pacientes em UTI com instabilidade hemodinâmica e que recebem drogas
vasoativas e suporte ventilatório é aconselhável elevar a oferta de oxigênio durante a diálise.
6. Reações alérgicas
Reações do tipo anafilático são raras e ocorrem principalmente com dialisadores novos, por
isso são chamadas de síndrome do primeiro uso. Os pacientes geralmente apresentam, em diferente
7. Prurido
Embora aceito como uma das complicações da insuficiência renal crônica, do tratamento
dialítico de longa duração, da presença de hiperparatieroidismo secundário e de alterações do
metabolismo do cálcio e do fósforo, o prurido pode, em alguns pacientes, iniciar- se ou agravar-se
durante a sessão de hemodiálise. Nessas condições, a fisiopatologia é incerta, e o tratamento inclui
o uso de anti-histamínicos e benzodiazepínicos. Os pacientes devem ser aconselhados a tomar
banhos rápidos e com água em temperatura ambiente, além de utilizarem cremes hidratantes.
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
Risco de complicação do paciente durante o tratamento;
Limitações para o inicio ou continuidade do tratamento.
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Manual de diálise / John T. Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S. Ing; tradução Claudia Lucia
Caetano de Araujo; revisão técnica / Luis Yue Hugo Abensur. – 5. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
• Protocolos clínicos e padronização de condutas em diálise: Unidade de Diálise do HC-FMB
[recurso eletrônico] / André Luís Balbi ...[et al.]. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unidade de diálise do
HCFMB, 2017.
• Barros Elvino - Nefrologia: Rotinas, Diagnóstico e tratamento - Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1999 - Páginas 213 a 235.
• Rogante, Maria Marilene - Procedimentos Especializados de Enfermagem, Livraria Atheneu,
1994 - Páginas 145 a 167 - SP - São Paulo.
1. DEFINIÇÃO
Esta instrução compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise nas
UTIs COVID
2. OBJETIVO
Garantir a padronização e seguridade do procedimento.
3. RESPONSABILIDADE
Médico Nefrologista, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem com capacitação em Hemodialise
4. PROCEDIMENTO
Nos últimos 50 anos, a introdução de novos avanços tecnológicos no tratamento hemodialítico
tornou esse procedimento seguro e capaz de manter a vida dos pacientes por longos períodos. O
controle da ultrafiltração, o dialisato com bicarbonato, o desen- volvimento de membranas mais
biocompatíveis, a sofisticação crescente das máquinas de hemodiálise e a aplicação dos modelos
de sódio variável e cinética da heparina contribuíram para esse sucesso. Entretanto, em 30% das
sessões de hemodiálise, pode ocorrer algum tipo de complicação. Assim sendo, a constante
avaliação dessas complicações deve estar inserida em qualquer programa de controle da
qualidade.
Durante a Hemodialise a equipe responsável deve estar atenta aos seguintes riscos:
1. Hemorragias
Na diálise, as hemorragias são causadas pela passagem ou tentativas de passagem de
cateteres para hemodiálise ou são complicações decorrentes da desconexão das linhas de diálise.
Atualmente, as máquinas de diálise apresentam sensores de pressão que devem ser
utilizados e monitorizados, a fim de diminuir esses riscos. Após a passagem de cateter para
hemodiálise, é conveniente a realização de raio-X para verificar a posição do cateter. Nas situações
de múltiplas punções, sempre que possível é prudente retardar o início da diálise ou iniciar o
2. Embolia aérea
A presença de detectores de ar nas máquinas de hemodiálise tornou essa complicação
rara. Entretanto, é importante ressaltar que o aparecimento e a intensidade dos sintomas dependem
não só do volume e da velocidade com que o ar tem acesso à circulação, mas também da posição
do paciente no momento do acidente. Nos pacientes sentados, o ar tende a se distribuir pelo sistema
venoso central, provocando perda da consciência e gerando convulsões. Quando o paciente está
deitado ou semideita- do, o ar caminha em direção ao leito venoso pulmonar, causando dor torácica,
dispnéia e choque. O ar pode também dirigir-se às extremidades inferiores, provocando
manifestações de isquemia com cianose, adormecimento e dor.
As principais vias para a entrada de ar no circuito de hemodiálise são os segmentos de
linha pré-bomba, o uso de soluções intravenosas armazenadas em frascos de vidro e o dialisato com
ar. Também durante a colocação e a manipulação dos cateteres temporários, o ar pode ter acesso
à circulação sangüínea.
Uma vez estabelecido o diagnóstico, as linhas de sangue devem ser fechadas, e o
paciente colocado em posição de tremdelenburg com o lado esquerdo voltado para baixo. Essa
posição visa manter o ar no interior do ventrículo direito e distribuí-lo na direção dos membros
inferiores. Intubação orotraqueal e ventilação mecânica com oxigênio a 100% podem ser
necessárias. Nos casos de embolia maciça, o ar contido no ventrículo direito pode ser aspirado por
um cateter multiperfurado colocado em posição central.
3. Hemólise
Durante a diálise, as principais causas de hemólise são as dobras dos cateteres ou das
linhas de sangue, a presença de formol ou de ácido peracético no interior do dialisador e a infusão
acidental de hipoclorito. Clinicamente, os pacientes apresentam mal estar, cefaléia, náuseas e
intensa dor abdominal. O sangue nas linhas de diálise torna-se vermelho rutilante. A morte pode
ocorrer devido à hiperpotassemia. O tratamento implica a correção da causa básica, seguida de
reinício da diálise para evitar hipercalemia.
5. Complicações da anticoagulação
Para pacientes com risco de sangramento, a anticoagulação com heparina aumenta a
possibilidade de hemorragias. A utilização do modelo de cinética da heparina, individualizando a
dose da droga, diminui esses riscos.
Para pacientes em pós-operatório ou com sangra- mento ativo, técnicas como a
heparinização regional, o uso de citrato de sódio e a diálise sem heparina têm sido desenvolvidas.
Na heparinização regional, pode ocorrer um rebote na anticoagulação, 4 a 6 horas após, em função
da dissociação do complexo heparina-protamina. A anticoagulação regional com citrato e
concomitante infusão de cálcio pode provocar hipocalcemia e alcalose pós-diálise. A hemodiálise
sem heparina parece segura e eficiente, desde que o dialisador seja lavado com salina a cada 20 ou
30 minutos. Nessa situação, é necessário avaliar a necessidade de reajustar a ultrafiltração. A
utilização de heparina de baixo peso molecular permite efetiva anticoagulação com menos risco de
sangramento.
6. Reações pirogênicas
Reações pirogênicas durante a diálise, caracterizadas por febre, calafrios, hipotensão e
choque, são raras com os modernos sistemas de tratamento de água por osmose reversa. Quando
elas ocorrem, sugerem a possibilidade de contaminação da água de diálise. O uso de concentrado
de bicarbonato e a presença de glicose no dialisato também permitem o crescimento bacteriano,
favorecendo a produção de endotoxinas.
Pelas recomendações do AAMI (Association for the Advancement of Medical
Instrumentation), a água para o dialisato ou para o reuso deve apresentar contagem bacteriana
inferior a 200 unidades formadoras de colônia (UFC)/ml, e o nível de endotoxina não deve ultrapassar
cinco unidades de endotoxina (EU)/ml. No Brasil, a legislação admite valores semelhantes.
Punção de fístula nativa ou de enxerto infectado também favorece o aparecimento de
infecção sistêmica com endotoxemia.
8. Distúrbios eletrolíticos
Distúrbios na concentração sérica do sódio decorrentes da hemodiálise são pouco
freqüentes, visto que as modernas máquinas de diálise apresentam uma série de dispositivos que
detectam problemas na composição do dialisato.
A hipernatremia provoca a translocação de fluido do intracelular para o interstício e
intravascular. O paciente pode apresentar cefaléia, náuseas, vômitos, sede intensa, convulsões,
coma e, eventualmente, óbito. O tratamento implica o reinício da diálise com concentrações de sódio
no dialisato, progressivamente mais baixas, ou a infusão de salina isotônica associada à ultrafiltração
isolada. O sódio sérico não deve ser reduzido rapidamente abaixo de 145 mEq/l, pois pode ocorrer
edema cerebral com convulsões, coma e morte, secundários à reidratação do intracelular.
Hipercalemia é rara durante a diálise e geralmente está associada à hemólise. Pacientes
dialisados com concentração de potássio abaixo de 1,5 mEq/l podem desenvolver hipocalemia. Isto
pode predispor a arritmias cardíacas nos pacientes com doença cardíaca ou em uso de digitálicos.
Pacientes com acidose severa também estão predispostos à hipocalemia durante a diálise. A
correção da acidose provoca translocação do potássio para o intracelular. Clinicamente, a
hipocalemia se caracteriza por arritmia cardíaca, hipotensão, cansaço, fraqueza muscular e,
eventualmente, paralisia muscular.
Diante dessas considerações, é prudente individualizar a concentração de potássio no
dialisato, de acordo com as necessidades do paciente.
Pacientes submetidos à diálise diária, principalmen- te de baixa eficiência e duração
prolongada, podem desenvolver Hipofosfatemia. Essa complicação também pode ocorrer em
pacientes com função renal normal submetidos à hemodiálise por intoxicação exógena.
Manifestações clínicas de hipofosfatemia são raras, a menos que a concentração sérica
de fósforo esteja abaixo de 1 mg/dl. Eventualmente pode ser necessário acrescentar fósforo ao
banho de diálise.
Alcalose metabólica é pouco freqüente em hemodiálise e, geralmente, está associada à
anticoagulação com citrato de sódio. Acidose metabólica ocorre quando a concentração de acetato
ou bicarbonato no dialisato é baixa. O tratamento consiste em prolongar a diálise após a substituição
por dialisato de composição adequada.
pode precipitar graves hiperglicemias. Devendo ser feito o controle glicémico durante a sessão.
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
Risco de complicação do paciente durante o tratamento;
Limitações para o início ou continuidade do tratamento.
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Manual de diálise / John T. Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S. Ing; tradução Claudia Lucia
Caetano de Araujo; revisão técnica / Luis Yue Hugo Abensur. – 5. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
• Protocolos clínicos e padronização de condutas em diálise: Unidade de Diálise do HC-FMB
[recurso eletrônico] / André Luís Balbi ...[et al.]. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unidade de diálise do
HCFMB, 2017.
• Barros Elvino - Nefrologia: Rotinas, Diagnóstico e tratamento - Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1999 - Páginas 213 a 235.
• Rogante, Maria Marilene - Procedimentos Especializados de Enfermagem, Livraria Atheneu,
1994 - Páginas 145 a 167 - SP - São Paulo.
• Castro Manoel Carlos M - Atualização em diálise: Complicações agudas em hemodiálise, J
Bras Nefrol 2001;23(2):108-13.
1. DEFINIÇÃO
Este procedimento compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise
nas UTIs COVID
2. OBJETIVO
Garantir a padronização e seguridade do procedimento.
3. RESPONSABILIDADE
Médico Nefrologista e Médico plantonista da UTI
4. PROCEDIMENTO
MATERIAIS NECESSÁRIOS
• Cateter para hemodiálise (duplo ou triplo lúmen);
• Bandeja de punção de acesso central;
• Clorexidine degermante;
• Clorexidine alcoólica;
1. Higienizar as mãos.
2. Preparar material e ambiente.
3. Explicar ao paciente/família os benefícios e objetivos do procedimento.
4. Expor o local de punção do cateter e fazer a degermação com clorohexidine.
5. Retirar ar do equipo e polifix 2 ou 4 vias com SF0,9% (para cateteres triplo lúmen)
6. Auxiliar no procedimento médico:
7. Abrir pacote com a Bandeja de punção;
• Abrir e dispor no campo da Bandeja: seringas, agulhas, fio de sutura, campos e o kit cateter;
• Colocar clorohexidine alcoólica na cuba da bandeja e SF0,9% na outra cuba da bandeja
• Após a paramentação médica (luvas e avental estéreis, gorro, óculos e máscara), apresentar
a xylocaína para aspiração pelo médico;
• Aguardar o médico realizar a antissepsia do local de punção com a clorohexidine, colocar os
campos estéreis, aplicar o anestésico local, localizar o vaso sanguíneo, realizar a punção com
a agulha do kit, passagem do guia do kit, retirada da agulha do kit, passagem do dilatador do
kit (talvez seja necessário fazer uma pequena incisão no sítio de punção), retirada do
dilatador, passagem do cateter, retirada do guia;
• Após o médico aspirar sangue do cateter: apresentar o SF0,9% com o equipo e conectar na
via do cateter para manter a permeabilidade do acesso (triplo lúmen); nos dois lúmens para
diálise injetar a heparina na quantidade indicada pelo fabricante (geralmente
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
6. PREVENÇÃO DE AGRAVOS
Radiografia
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Protocolos clínicos e padronização de condutas em diálise: Unidade de Diálise do HC-FMB
[recurso eletrônico] / André Luís Balbi ...[et al.]. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unidade de diálise do
HCFMB, 2017.
• CINTRA, E. A.; NISCHIDE, V. M.; NUNES, W. A. Assistência de enfermagem ao
• paciente gravemente enfermo. São Paulo: Atheneu, 2003.
• HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados intensivos de enfermagem: uma abordagem
• holística. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.
• MOTTA, A. L. C. Normas, rotinas e técnicas de enfermagem. São Paulo: Látia, 2003.
• KNOBEL, E.; LASELVA, C. R.; JUNIOR, D. F. M.; Terapia intensiva: enfermagem. São Paulo:
Atheneu, 2006.
1. DEFINIÇÃO
Este procedimento compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise
nas UTIs COVID
2. OBJETIVO
Orientar e padronizar a punção de fístula arteriovenosa (FAV);
3. RESPONSABILIDADE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem do serviço de Hemodiálise
4. PROCEDIMENTO
Em paciente com Insuficiência Renal Crônica (IRC) o Tratamento dialítico, faz parte da sua
rotina, devendo ser feito periodicamente sem falta.
Aos clientes que evoluem para a Hemodiálise periódica, logo se indica e confecção cirúrgica,
por um Cirurgião Vascular da Fístula Artério Venosa (FAV).
O objetivo fundamental da fístula (FAV): o desenvolvimento de uma rede venosa superficial,
constituída.
RESPONSABILIDADES
Compete ao Enfermeiro
• Conferir a identificação do paciente (nome completo, data de nascimento e/ou prontuário),
conforme Protocolo de Identificação Segura do Núcleo de Segurança do Paciente;
• Avaliar e realizar as três primeiras punções da FAV;
• Liberar a realização das punções de FAV pelos os técnicos de enfermagem;
MATERIAIS NECESSÁRIOS
• EPIs (Luvas, Marcara, óculos de Proteção, Touca, capote)
• Um par de agulhas para FAV de acordo com a prescrição;
• Álcool 70% e Clorexedina Degermante;
• Gaze;
• Fita crepe ou hipoalergênica;
• Campinhho estéril;
• Luva estéril;
24. Puncionar a via venosa o mais distante possível (em média de 5 cm da agulha arterial) para evitar a
recirculação e, em sentido oposto (sentido proximal ao coração). Deixar fluir o sangue até o
preenchimento total da cânula;
25. Fixar a agulha com fita crepe ou hipoalergênica;
26. Proceder com o início da hemodiálise, conforme POP;
27. Retirar EPIs;
CUIDADOS ESPECIAIS
OBSERVAÇÕES
• Caso não seja possível a punção arterial à 3 cm da anastomose por falta de frêmito no local, esta
pode ser mais próxima da anastomose, evitando somente proceder a punção sobre a
anastomose. A punção arterial realizada no sentido do fluxo sanguíneo fica como última opção;
• A prótese mais utilizada é de Politetrafluoretano (PTFE), com 06 mm de diâmetro. Os enxertos
vasculares, por serem de material estranho ao organismo, são ainda mais susceptíveis a
infecções e a tromboses;
• Variar os locais de punção;
• Evitar o garroteamento prolongado;
• As vias arterial e venosa devem ser puncionadas, preferencialmente, no mesmo segmento do
membro onde se encontra a anastomose;
• Se a FAV foi confeccionada no antebraço, evitar a punção venosa no braço.
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
6. PREVENÇÃO DE AGRAVOS
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Protocolos clínicos e padronização de condutas em diálise: Unidade de Diálise do HC-FMB
[recurso eletrônico] / André Luís Balbi ...[et al.]. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unidade de diálise do
HCFMB, 2017.
• Fermi, Márcia Regina Valente, Diálise para enfermagem: Guia prático - 2.ed.-Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2010.
1. DEFINIÇÃO
Este procedimento compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise
nas UTIs COVID
2. OBJETIVO
Garantir a padronização e seguridade do procedimento.
3. RESPONSABILIDADE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem com capacitação em Hemodialise
4. PROCEDIMENTO
A heparinização consiste na utilização de um agente farmacológico anticoagulante, para a
manutenção de uma via de acesso venoso. Te como objetivo prevenir a oclusão ou a obstrução do
lúmen por formação de depósitos de fibrina ou por estase de fármacos.
7. MATERIAL NECESSÁRIO
8. Pacote de gaze estéril;
9. Bandeja;
10. Clorexidina degermante;
11. Solução fisiológica a 0,9%
12. 1 frasco de heparina;
13. Seringa 3 ml;
14. Seringa 20ml
15. EPI
16. Utilizar precauções para COVID: Toca, Mascara N95, luvas de procedimento, avental,
calçado fechado e óculos de proteção.
17. PROCEDIMENTO
18. Lavar as mãos e usar os EPIs;
19. Abrir o pacote de gaze estéril dentro da bandeja e despejar um pouco de clorexidina
degermante;
20. Lavar o cateter com aproximadamente 20 ml de solução fisiológica para a remoção total do
sangue para administrar a heparina no cateter;
21. Remover todo o resíduo de sangue da entrada do cateter, com gaze estéril embebido em
clorexidina degermante;
22. Rotina para administrar solução de Heparina no Lúmen do Cateter:
a. Administrar Heparina nas vias (arterial e venosa) conforme o volume especificado em
cada tipo de cateter. Identifique o tamanho do cateter:
i. Cateter de 15cm: aspire 2,3ml de solução de heparina, administre 1,1ml na via
arterial e 1,2ml na via venosa.
ii. Cateter de 17,5cm: aspire 2,5ml de solução de heparina, administre 1,2ml na
via arterial e 1,3ml na via venosa.
iii. Cateter de 20cm: aspire 2,9ml de solução de heparina e administre 1,4ml na
via arterial e 1,5ml na via venosa.
iv. Cateter tipo Permicath: conforme o volume informado.
23. Injetar a heparina e fechar com as tampinhas as vias do cateter;
24. Injetar a heparina moderadamente, pois do contrário, ela passará para a veia através do
primeiro orifício arterial. Pince simultaneamente a infusão. Isto manterá uma pressão positiva
no cateter, prevenirá que o sangue não retorne para o lúmen e manterá a ponta do cateter
heparinizada;
25. Não abra as pinças novamente, pois um vácuo seria criado e o sangue seria sugado de volta
ao cateter, podendo formar um coagulo. Não dobrar sobre os tubos de extensão pela mesma
razão.
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
Risco de desabastecimento de itens padronizados;
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Manual de diálise / John T. Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S. Ing; tradução Claudia Lucia
Caetano de Araujo; revisão técnica / Luis Yue Hugo Abensur. – 5. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
• Protocolos clínicos e padronização de condutas em diálise: Unidade de Diálise do HC-FMB
[recurso eletrônico] / André Luís Balbi ...[et al.]. - Botucatu: Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Medicina de Botucatu, Unidade de diálise do
HCFMB, 2017.
• Barros Elvino - Nefrologia: Rotinas, Diagnóstico e tratamento - Porto Alegre: Artes Médicas
Sul, 1999 - Páginas 213 a 235.
• Rogante, Maria Marilene - Procedimentos Especializados de Enfermagem, Livraria Atheneu,
1994 - Páginas 145 a 167 - SP - São Paulo.
IT – Controle da água
Responsável pela elaboração do P.O.P.: Aprovado por:
Enfermeiro RT: Rosângela Souza Diretor Regionais
Welligton Santussi
Responsável pela revisão do P.O.P.:
Dra Patrícia Bento Guerra
1. DEFINIÇÃO
Este procedimento compreende as atividades necessárias para realizar as sessões de Hemodiálise
nas UTIs COVID
2. OBJETIVO
Garantir a padronização e seguridade do procedimento.
3. RESPONSABILIDADE
Enfermeiro e Técnico de Enfermagem com capacitação em Hemodialise
4. PROCEDIMENTO
5. RISCOS / LIMITAÇÕES
Risco de desabastecimento de itens padronizados;
Risco de obstrução, contaminação e perda do cateter.
6. BIBLIOGRAFIA
• Diálise para Enfermagem: guia prático / Marcia Regina Valente Fermi. – 2 ed. – Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
• Manual de diálise / John T. Daugirdas, Peter G. Blake, Todd S. Ing; tradução Claudia Lucia
Caetano de Araujo; revisão técnica / Luis Yue Hugo Abensur. – 5. ed. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
• Portaria MS 518/2004 - Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao
controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade, e dá outras providências.
• Qualida da água para Hemodiálise: RDC 08/2001 e a RDC 33/2008.
• RDC/Anvisa n. 50 de 2002, RDC/Anvisa n. 189 de 2003; RDC/Anvisa 153 de 2004.
• RDC 154/04 Estabelecer parâmetros para execução de procedimentos dialíticos em
ambiente hospitalar fora dos serviços de diálise abrangidos
Heparina: ( )Sim ( )Não 0.8ml no Priming + 1.1ml em cada via do cateter ao finalizar
Médico: __________________________________
EVOLUÇÃO DA HEMODIÁLISE
Data:
Hora:
PA
FC
SAT
Temp
FR
Glicemia
Relatório de Enfermagem:-
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
Condições do Acesso: ( )Ótimo Fluxo ( ) Baixo Fluxo ( )Sinais Flogisticos ( )Secreção ( )Edema
Material: (. )Linhas Art e Venos. (. )Capilar. (. )Filtro. (. ) Solução Acido e Base (. ) Acid. Peracético
(. ) Soro Fisio 0,9% 500ml. (. ) Agulha FAV (. ) Heparina. ( )Seringa. (. ) Agulha
OBS:_______________________________________________________________________________________
Maquina de Hemodiálise
NIPRO
Cronograma de troca de filtros e desinfecções preventivas dos Hospitais de Campanha.
Equipamento: N/S: Local:
Externa: Com pano Umedecido + detergentes neutro ou Alcool 70% ao termino de cada sessão
Lavar 01: apenas com água (10min), sempre que necessário para retirar surgidades das
mangueiras internas
Lavar 02: Com água e Hipoclorito de Sódio, 01x semana para Desincustração e
Rotina Desinfecção Desinfecção
Interna
Lavar 03: Com água e Ácido Peracético, em todo termino de sessão
Lavar 04: Com água e Ácido Peracético deixando de molho, 01x Semana para ajudar
na remoção de possíveis resíduos Biológicos que encrostaram no sistama.
Recomendamos a Substituição do Filtro traseiro, CF 609 N Diamoaxfull - Software 7.41 01x por mês.
Em caso de incrustação excessiva deixar os Hansens de molho em solução de Ácido Peracético 0,2% por 5 minutos. Enxaguar,
secar e retornar à máquina;
A DELTAMED recomenda que a ORP150 seja inspecionada pelo menos uma vez por ano em suas Assistências Técnicas
Autorizadas na região, ou diretamente na fábrica.
Recomendamos a desinfecção do equipamento a cada 30 dias de uso ou quando apresentar resultados insasfatórios nas análises
bacteriológicas
Para limpeza externa usar detergentes ou outro produto químico, apenas um pano umedecido em água morna e sabão neutro
Modelo OPR
Produ ida no Brasil
Art. 2º Determinar que nenhum serviço de diálise pode funcionar sem estar
licenciado pela autoridade sanitária competente do Estado ou Município, atendendo
aos requisitos do Regulamento Técnico de que trata o Art. 1° desta RDC e demais
legislações pertinentes.
Local: Data:
Turno: Diurno Noturno EQUIPE: Par Impar
Instrutor:
Tema Abordado:
Objetivo:
Publico alvo:
_______________________ _____________________
Palestrante RT Nefrologia