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Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149
ORIGINAIS
Artigo bilingue inglês/español
Prática assistencial farmacêutica em pacientes com doença
renal crônica
Acompanhamento farmacoterapêutico em pacientes com insuficiência renal crônica
Dadier Antonio Arroyo Monterroza1* e José Francisco Castro Bolívar2
1 Farmacêutico. Universidade do Atlântico. 2 Farmacêutico, Mestre em Assistência Farmacêutica, Universidade de Granada, Espanha.
Abstrato
Introdução: O impacto da doença renal crónica na saúde deixou de
ser apenas uma questão médico-paciente, não só em termos do
aumento do número de pacientes diagnosticados, mas também no
que diz respeito ao custo humano e económico para os sistemas de
saúde. É por isso que a Assistência Farmacêutica deve incluir POPs
estruturados por critérios consensuais para a condução da Prática de
Assistência Farmacêutica, que permitirão prevenir, identificar e
resolver quaisquer resultados negativos em pacientes associados à
medicação.
Objetivos: Conhecer os tipos de problemas relacionados aos
medicamentos e os resultados negativos associados aos medicamentos
que podem ser detectados, prevenidos e solucionados em pacientes
com doença renal crônica, por meio da prática da assistência
farmacêutica.
Método: Foi realizado um estudo quase experimental, com desenho
descritivo e retrospectivo, em 47 pacientes internados com diagnóstico
de doença renal crônica em um ambulatório de alta complexidade.
Utilizando a metodologia DADER, foram analisados seus tratamentos
farmacológicos e verificado se eram necessários, eficazes e seguros,
levando em consideração variáveis como os resultados negativos
associados à medicação, problemas relacionados à medicação,
intervenções farmacêuticas e estágios de insuficiência renal.
Resultados: Cinquenta e um (51) resultados negativos associados à
medicação foram detectados durante o estudo; destes, 13,72% foram
para Necessidade, 45,1% para Eficácia e 41,18% para Segurança.
Foram realizadas 41 intervenções farmacêuticas, 35 foram aceitas e
6 não foram aceitas. Destas 6 intervenções não aceitas, 3 problemas
de saúde não foram solucionados, foram realizados 12 reajustes de
dose, com cefepima
* Autor para correspondência.
Correo eletrônico: Dadierarroyo1991@hotmail.com (Dadier Antonio Arroyo Monterroza).
Recebido em 10 de março de 2016; aceito em 18 de outubro de 2016.
DOI: 10.7399/fh.2017.41.2.10508
Resumo
Introdução: O impacto da insuficiência renal crônica no sangue já
deixou de ser apenas um problema paciente-médico, não apenas pelo
aumento do número de pacientes observados, mas também pelo
custo humano e econômico que ocasiona nos sistemas de saúde .
É por isso que a Atenção Farmacêutica deve incluir procedimentos
normalizados de trabalho que se encontrem estruturados por critérios
consensuados para realizar o Seguimento Farmacotera-péutico, que
permitem a prevenção, identificação e resolução de resultados
negativos associados à medicação nos pacientes.
Objetivos: Conhecer os tipos de problemas relacionados aos
medicamentos e os resultados negativos associados aos medicamentos
que podem detectar, prevenir e resolver em pacientes com
insuficiência renal crônica por meio do acompanhamento farmacoterapêutico.
Método: Foi realizado um estudo do tipo quase experimental, com
desenho descritivo e retrospectivo, em 47 pacientes hospitalizados,
com exames de Insuficiência Renal Crônica, em uma clínica de alta
complexidade, empregando a metodologia DADER.
Analisar seus tratamentos farmacológicos e verificar se eles são
necessários, eficazes e seguros, observando variáveis como os
resultados negativos associados ao medicamento, os problemas
relacionados ao medicamento, as intervenções farmacêuticas e os
estágios de insuficiência renal.
Resultados: Foram detectados 51 resultados negativos associados à
medicação durante o estudo, o 13,72% de força de ne-cesidade, os
45,1% de efetividade e os 41,18% de segurança.
Foi realizado um total de 41 intervenções farmacêuticas, 35 forças
aceitadas e 6 sem forças aceitadas; destas 6 intervenções não
aceitas, 3 problemas de saúde não podem ser solucionados, são
realizadas 12 reajustes de dose, sendo o cefepime o medicamento
com maior número de reajustes. El prefeito número
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como medicamento com maior número de ajustes de dose; a
maioria dos pacientes estava nos estágios III e V da DRC, e sua
principal causa foi hipertensão e diabetes mellitus II.
Conclusão: Os TNO mais prevalentes foram os de Insegurança
Não Quantitativa, portanto estes são um problema altamente
prevalente. Isto realça a importância deste problema de saúde
pública e o seu grande impacto clínico, social e económico,
associado à Doença Renal Crónica; portanto, é necessário
envolver todos os profissionais de saúde e pacientes, para obter
como resultado um melhor uso dos medicamentos, a prevenção
dos TNO e a redução da morbidade associada à farmacoterapia.
PALAVRAS-CHAVE
Doença renal crônica; Assistência farmacêutica; Intervenção
farmacêutica
Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149
Este artigo foi desenvolvido com o objetivo de conscientizar o
ambiente hospitalar sobre o trabalho do Farmacêutico, a fim de
contribuir para o uso adequado dos medicamentos e a consequente
melhoria na saúde do paciente.
Introdução
A Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública
em nível global1-3. Estima-se que cerca de 20% da população com
mais de 60 anos sofra de DRC avançada, com um número
significativo de pacientes não diagnosticados, seja por falta de
monitoramento da função renal, seja por sofrerem de DRC oculta4 .
Haverá um número crescente de pessoas com DRC que
necessitarão de tratamentos com efeitos colaterais a curto, médio e
longo prazo5 . As principais razões para isso são:
1. A incapacidade dos pacientes de excretar medicamentos que
são eliminados pelos rins pode levar ao acúmulo de metabólitos,
em caso de administração repetida.
2. Nos casos de nefropatia com hipoalbuminemia, podem desenvolver-
se efeitos medicamentosos de maior intensidade como
consequência da redução da ligação às proteínas plasmáticas e
do subsequente aumento da fração circulante livre do
medicamento.
3. Redução dos efeitos terapêuticos de alguns medicamentos como
os diuréticos tiazídicos.
Segundo relatórios da Associação Colombiana de Nefrologia,
um em cada dez adultos no mundo sofre alguma condição de dano
renal, e a taxa de pacientes em terapia substitutiva (diálise e
transplante) aumentou 15% ao ano durante os últimos década6 .
Para garantir a segurança do paciente como componente da
, A Prática de Assistência Farmacêutica (PCP) deve
qualidade do cuidado7
ser conduzida como uma atividade clínica dentro da Farmácia Farmacêutica.
Assistencial (AB), com o objetivo de reduzir a morbimortalidade
Dadier Antonio Arroyo Monterroza et al.
de pacientes foram encontrados nos estádios III e V do IRC e
sua causa principal foi o HTA e o DM II.
Conclusão: A RNM de maior prevalência fornecia a segurança
não quantitativa, por tanto ser um problema de elevada
prevalência, o que tornava manifestar a transcendência deste
problema de saúde pública e de suas importantes repercussões
clínicas, sociais e econômicas. Estas estão associadas à
insuficiência renal crônica, porque é necessário envolver todos
os profissionais de saúde e pacientes, para obter como resultado
uma melhor utilização dos medicamentos, uma prevenção da
RNM e uma redução da morbilidad associada à a farmacoterapia.
PALABRAS CLAVE
Insuficiência renal crônica; Atenção farmacêutica; Intervenção
farmacêutica
Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149
mortalidade associada ao uso de medicamentos, por meio de
atividades realizadas pelo Farmacêutico, que será responsável por
identificar as necessidades do paciente quanto ao tratamento
farmacológico, com o objetivo de alcançar resultados que melhorem
a qualidade de vida dos pacientes, trabalhar em conjunto com a
equipe de saúde para tomar decisões sobre o tratamento iniciado,
garantindo sua segurança e eficácia8 .
Dentro do PCP, devemos destacar a identificação, prevenção e
solução dos Resultados Negativos Associados à Medicação (NOM),
que são considerados eventos que podem afetar a saúde do paciente
devido ao uso de medicamentos9-11 ; e tudo isso é causado pela
presença de um ou mais Problemas Relacionados a Medicamentos
(PRM), que são circunstâncias ou eventos que levam ou podem
levar ao desenvolvimento de um NOM.12-14
A prevalência e a incidência da DRC que requer terapia renal
substitutiva aumentaram progressivamente na Colômbia; atualmente
existem cerca de 20 mil pessoas em terapia renal substitutiva, o que
representa uma prevalência de 450 pacientes por um milhão de
habitantes. A incidência é de aproximadamente 5%; e esta
população poderá duplicar nos próximos 10 anos e atingir uma
prevalência superior a 800 pacientes por um milhão de habitantes.15,
16
Em Barranquilla, a prevalência da DRC é de aproximadamente
46 pessoas por 100.000 habitantes1 . Durante 2013, ano em que o
estudo foi realizado, 5.904 pacientes foram internados em outros
departamentos hospitalares que não a Unidade de Terapia Intensiva
(UTI); 295 (5%) desses pacientes foram atendidos em Unidade
Renal, sendo 91,53% pacientes internados e 9,26% ambulatoriais.
Devido à redução da taxa de filtração glomerular, a função excretora
e depurativa de resíduos é reduzida; essa situação pode afetar a
cinética e dinâmica do medicamento, podendo impactar no tratamento
farmacológico, aumento da intensidade e do efeito terapêutico, como
eventos adversos17. Portanto, o Farmacêutico, como medicamento
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Prática assistencial farmacêutica em pacientes com doença renal crônica
profissional, pode oferecer intervenções que beneficiarão a saúde
e o bem-estar dos pacientes com DRC. Segundo estudos, a
Farmácia Clínica tem garantido aumento no conhecimento dos
medicamentos pelos pacientes, redução na taxa de internação e
melhora na qualidade de vida18, 19.
O presente estudo foi realizado com o objetivo de compreender
os tipos de problemas relacionados aos medicamentos e os
resultados negativos associados aos medicamentos, que podem
ser detectados, prevenidos e resolvidos em pacientes com doença
renal crônica, por meio da prática da assistência farmacêutica.
Materiais e método
O delineamento foi Quase-experimental, para que as variáveis
não fossem modificadas intencionalmente, mas pudessem ser
realizadas intervenções que modificassem o resultado final do
tratamento farmacológico nos pacientes. Foi Descritivo, pois as
características das variáveis associadas ao processo de AP foram
determinadas em pacientes com DRC, por meio da detecção,
prevenção e solução de PRM e TNO e intervenções farmacêuticas;
e em relação ao tempo, foi Retrospectivo.
Os TNOs podem ser classificados em três tipos: TNOs de
necessidade, quando os pacientes não estão recebendo tratamento
adequado para sua condição, e a outra causa é que os problemas
de saúde dos pacientes não estão recebendo tratamento;
Efetividade NOMs, quando o tratamento não atende aos objetivos
terapêuticos, com base na dose administrada; e NOMs de
Segurança, identificados quando se desenvolvem problemas de
saúde como consequência da terapia medicamentosa, que pode
ser dose-dependente ou não.
As variáveis foram classificadas como dependentes: PRM,
NOM, tipos de Intervenções Farmacêuticas e seus desfechos
clínicos; e independentes: dados demográficos (idade, sexo e
causa da DRC); a variável clínica foi o estágio da DRC.
Para detecção dos PRM, foram avaliados os dados gerais do
paciente, os medicamentos administrados, a adesão aos
tratamentos prescritos, resultados de exames laboratoriais
alterados, hábitos, alergia a determinados medicamentos e/ou
alimentos, atividade física, condição tal. como comprometimento
renal e outros fatores que podem modificar a relação paciente-
medicamento. Foi avaliada a seleção e justificativa para uso de
medicamentos; dessa forma, foram determinados os NOMs de
Necessidade. Os NOMs de efetividade foram revisados com base
nas doses utilizadas e na evolução do paciente, e os NOMs de
segurança foram detectados através de uma busca abrangente no
Prontuário Clínico sobre a presença de qualquer EAM (Evento
Adverso a Medicamentos), analisando os diferentes tratamentos,
identificando possíveis interações medicamentosas. , uma entrevista
farmacêutica posterior e a evolução da sua situação de saúde.
As variáveis sexo (masculino, feminino), média de idade (anos)
e causa da DRC foram obtidas por meio de revisão de prontuários
clínicos e entrevistas com pacientes e familiares.
Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149 - 139
Análise Estatística
Os resultados das intervenções farmacêuticas do estudo foram
analisados estatisticamente com o programa STATA versão 12.0.
Foi realizada análise descritiva com medidas de tendência central
e dispersão para variáveis quantitativas e frequências relativas para
variáveis qualitativas. O teste t de Student e o teste do qui-
quadrado foram aplicados para analisar os TNOs e p<0,05 foi
determinado para significância estatística
Os pacientes receberam Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido para aceitação ou não. A amostra foi formada por
pacientes de 18 a 90 anos com diagnóstico de DRC, em uso de
polimedicação, definidos como pacientes em tratamento
farmacológico com mais de 5 medicamentos20, internados e
também ambulatoriais, atendidos durante nove meses. O Comitê
de Ética do centro aprovou o estudo.
O estudo foi realizado em uma Clínica de Alta Complexidade
com Departamentos de Unidade Renal, Serviço de Farmácia de
alta complexidade, Unidade de Transplante Renal e Unidades de
Terapia Intensiva Coronariana e Neurológica.
O estudo baseou-se no Método DADER para FP, que
compreende 9 etapas: oferta do serviço, primeira entrevista,
formulário de avaliação, etapa de estudo, etapa de avaliação,
etapa de intervenção, resultados da intervenção, nova avaliação
e entrevistas posteriores.
Resultados
No total, 47 pacientes aceitaram ingressar no programa PCP;
21 deles eram homens e 26 eram mulheres.
Em relação às faixas etárias, 8 pacientes estavam na faixa de 18
a 44 anos, 18 pacientes estavam na faixa de 45 a 64 anos.
faixa etária de 65 a 88 anos, e 21 pacientes foram classificados no
grupo de 65 a 88 anos. Em termos de etnia, 13 pacientes eram
brancos, 5 pacientes eram negros e 29 eram pardos.
Com base no nível de evolução da doença, houve 1 paciente
com DRC estágio I; 4 pacientes com DRC estágio II; 17 pacientes
com DRC estágio III; 5 pacientes com DRC estágio IV; e 20
pacientes com DRC estágio V em fase de hemodiálise.
A etiologia primária em todos os pacientes com DRC aparece
na Figura 1.
Todos os pacientes com DRC estágio III tinham idade >60 anos
e era de se esperar que as principais causas fossem doenças
crônicas como hipertensão, diabetes mellitus e infecções crônicas.
Para os pacientes com DRC Estágio V, a principal etiologia foi
hipertensão (45%), semelhantemente ao Estágio III, seguida por
Diabetes Mellitus Tipo 2 (20%), infecção crônica (15%), Lúpus
Eritematoso Sistêmico (10%), Síndrome Nefrótica -drome e
Diabetes Mellitus Tipo 1 (5% cada).
Ao comparar as causas para DRC nos estágios III e V, observou-
se que o Diabetes Mellitus tipo I (DMI) e as infecções crônicas
apareceram em ambos.
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Hipertensão DM II
Infecção crônica Lúpus Eritematoso Sistêmico
DM eu Drogas
Síndrome nefrótica Mieloma múltiplo
4% 2% 2% 2%
6%
9%
62%
13%
Figura 1. Causas da Doença Renal Crônica.
Foram prescritos em média 7,32 ± 3,74 medicamentos aos
pacientes com DRC; esses medicamentos foram agrupados de
acordo com seus códigos ATC.
A maior prescrição foi para o Grupo C, Sistema Cardiovascular,
com 172 medicamentos; isso significa que os pacientes com DRC
recebem um maior número de medicamentos que atuam nesse
sistema fisiológico. Seguiram-se o Grupo A, Via Alimentar, com 115
prescrições, e o Grupo B, Sangue e órgãos hematopoiéticos, com 113
prescrições; esses dois grupos foram os mais utilizados em todos os
pacientes, devido ao seu caráter profilático.
No total, foram 7 NOMs de Necessidade, 23 NOMs de Efetividade
e 21 NOMs de Segurança.
A análise dos TNO mostrou que aqueles pacientes com DRC
incluídos no programa de FP corriam risco de apresentar 1,09 ± 1
TNO, com moda de 1 caso por total de pacientes. O paciente com
maior número de TNOs apresentou 5, enquanto o menor número de
TNOs foi 0.
O subtipo de TNO com maior prevalência foi a Insegurança Não
Quantitativa, com 21 casos, seguido da Ineficácia Quantitativa, com
14 TNOs.
Os que tiveram menor proporção foram: Ineficácia Não Quantitativa,
com 9 casos, Problema de Saúde Não Tratado, com 5 casos, e
Problema por Medicamento Desnecessário, com 2 casos. Não houve
casos de Insegurança Quantitativa.
Da mesma forma que os NOMs, foram apresentados 51 DRPs no
total; isso indicou que para cada PRM apresentado (causa) aparece
um NOM (consequência). Consulte a Tabela 1.
A Tabela 2 mostra os tipos de FP realizados em pacientes com
DRC.
As Figuras 2 e 3 apresentam a análise das Intervenções
Farmacêuticas realizadas e não aceitas para cada tipo de TNO, bem
como os problemas de saúde solucionados.
No total, foram realizados 12 reajustes de dose, sendo 10 deles
aceitos. O medicamento que apresentou maior número de ajustes
de dose foi a cefepima, com
Dadier Antonio Arroyo Monterroza et al.
3 casos, seguidos de ampicilina + sulbactam, bisacodil e
metoclopramida com 2 casos cada. Os medicamentos com um único
caso foram clobazam, ceftriaxona e dexametasona.
Discussão
Não houve diferença significativa encontrada nos pacientes com
DRC em relação ao sexo; isto é, os pacientes do sexo masculino
correm o mesmo risco de desenvolvê-lo que as pacientes do sexo feminino.
Contudo, a idade é um fator que aumenta o risco de desenvolver
DRC, concordando com o estudo de Salvador González B. et al21,
que analisou a prevalência de Doença Renal Crônica (DRC) em 40
Centros de Atenção Básica da zona urbana de Barcelona, onde a
prevalência da DRC é maior com o aumento da idade.
Por outro lado, a hipertensão e o DM são os fatores de risco mais
importantes que levam à deterioração da função renal, pois o rim é
um dos órgãos-alvo nessas condições; ao mesmo tempo, juntos
aumentarão o risco cardiovascular22, 23.
O maior número de prescrições apresentou-se no Grupo C,
Sistema Cardiovascular; e, portanto, um monitoramento mais próximo
deve ser realizado para a DRC. O tratamento é conservador,
controlando os fatores de risco, bem como tratando e prevenindo
suas causas reversíveis. Seguiram-se o Grupo A, Trato Alimentar, e
B, Sangue e órgãos hematopoiéticos, pois deve haver prevenção e
tratamento para alterações metabólicas como desnutrição e anemia,
entre outras24-26 .
Os NOMs de necessidade mostraram que nem todos os
problemas de saúde estão sendo tratados nesses pacientes; isto é,
apenas a sua doença de base foi controlada, enquanto os problemas
por ela causados foram ignorados.
Efetividade Os NOMS foram os que apresentaram maior proporção.
Embora os pacientes estivessem sendo tratados com a medicação
para a doença de base, esta ainda não estava controlada, o que
desencadeou maior probabilidade de apresentar outros TNOs e maior
risco à saúde. Além disso, em nosso estudo, houve mais relatos de
Ineficácia Quantitativa; a razão para isso foi a falta de modificação na
dosagem do tratamento, mesmo quando isso era permitido pela janela
terapêutica dos medicamentos.
Pacientes com DRC apresentam maior risco de desenvolver
eventos indesejáveis como RAMs (Reações Adversas a
Medicamentos), pois essa condição pode alterar a cinética dos
medicamentos27. Segurança foi o TNO com maior número de relatos
em termos de Insegurança Não Quantitativa, o que significa que neste
caso a dosagem não foi fator desencadeante deste TNO.
Os PRMs mostraram a razão de todos esses TNOs apresentados:
a probabilidade de efeitos adversos e a dosagem foram o eixo
principal, pois levaram a um maior aumento dos TNOs, aumentando
o risco de mortalidade nesses pacientes.
Portanto, esses pontos devem ser enfatizados no momento
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Prática assistencial farmacêutica em pacientes com doença renal crônica Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149 - 141

Tabela 1. Distribuição dos casos por tipo de PRM

Frequência
Frequência (fi) Frequência
PROBLEMA RELACIONADO COM DROGAS (DRP) Porcentagem relativa
Nº de DRPs. cumulativa (fai)
de frequência relativa (sex)
acumulada (frai)

Administração inadequada de medicamentos 3 3 5,9% 5,9%

Características pessoais 4 7 7,8% 13,7%

Dose, regime e/ou duração inadequados 10 17 19,6% 33,3%

Duplicação 1 18 2% 35,3%

Erros de prescrição 2 20 3,9% 39,2%

Falta de interações de conformidade 3 23 5,9% 45,1%

Probabilidade de efeitos adversos 21 44 41,2% 86,3%

Problemas de saúde insuficientemente tratados 5 49 9,8% 96,1%

Outro 2 51 3,9% 100%

ÿ 51 – 100% –

Tabela 2. Tipos de Intervenções Farmacêuticas realizadas em pacientes com DRC

Frequência
Frequência
Frequência (fi) Porcentagem relativa
TIPO DE INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA (PI) cumulativa
Nº de DRPs. de frequência acumulada
(fai)
relativa (sex) (frai)

Modificando a dose 12 12 29,3% 29,3%

Modificando a dosagem 1 13 2,4% 31,7%

Modificando o regime 1 14 2,4% 34,1%

Adicionando um medicamento 6 20 14,6% 48,8%

Retirar um medicamento 4 24 9,7% 58,5%

Substituindo um medicamento 6 30 14,6% 73,2%

Modo de administração e uso do medicamento 4 34 9,8% 82,9%

Educação sobre medidas não farmacológicas 6 40 14,6% 97,6%

Não está claro 1 41 2,4% 100%

ÿ 41 100%

de tratar suas condições basais. A farmacovigilância poderia
ajudar a prevenir estes dois tipos de PRM, não só através da
identificação, mas também ajudando na sua solução; por
outro lado, as interações e a administração errada da
medicação foram problemas que se apresentaram, mas que
podem ser prevenidos com educação continuada, ao contrário
daquelas características pessoais que são fatores individuais,
mas podem ser mencionadas aos pacientes para que estes
as levem em consideração na o futuro, a fim de evitar novos
NOMS.
A probabilidade de efeitos adversos foi o principal motivo
para apresentação de TNO. Isso difere do estudo de Alviz et
al., onde foi realizado acompanhamento farmacoterapêutico
durante a internação de 49 pacientes transplantados na
Fundación Clínica Valle del Lili (Cali, Colômbia); Foram
detectados 14 PRMs, sendo 77,8% destes por Ineficácia do
Tratamento Farmacológico28.
Todos esses problemas foram detectados e resolvidos,
as intervenções farmacêuticas foram realizadas verbalmente
e por escrito, com o objetivo de ajudar a melhorar a qualidade
de vida dos pacientes e, portanto, prevenir o seu
desenvolvimento.
Chemello C. realizou um estudo sobre a prática da
assistência farmacêutica em pacientes com Doença Renal
Crônica, onde foram detectados 29 PRM antes da intervenção
do Farmacêutico em 21 pacientes; destes, 18 pacientes
apresentaram um PRM, enquanto 3 pacientes apresentaram
dois ou mais PRM. Após a intervenção, o número de PRM
foi reduzido para 9 em 8 pacientes no total, o que significa
que 22 pacientes não voltaram a apresentar PRM e 68,9%
dos PRM iniciais foram resolvidos29.
Isso mostra que o trabalho do Farmacêutico é tão
importante quanto o de qualquer outro profissional de saúde;
eles não só serão responsáveis pelo armazenamento e
preparo adequado dos medicamentos, mas também contribuirão
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51

41

35 35

21
17 16 16
14
12
9 10 10
7
5 5 5
4
2 3 3
0 1 0 1 0 1 0

Nº de NOMs Farmacêutico Conduzido Farmacêutico Aceito Problemas de saúde resolvidos

Intervenção Intervenção

HPs não tratados Efeito de medicação desnecessária Ineficácia quantitativa

Ineficácia não quantitativa Insegurança Quantitativa Insegurança Não Quantitativa

TOTAL

Figura 2. Análise das Intervenções Farmacêuticas realizadas em cada tipo de Resultados Negativos Associados à Medicação e
Problemas de Saúde resolvidos.

para atingir seus objetivos com o menor risco possível,
conforme descrito por Ohnishi et al. no seu “Estudo sobre a
Importância do Farmacêutico nos Níveis de Hemoglobina em
Pacientes com Anemia Renal”.
Os farmacêuticos ofereceram recomendações aos médicos,
particularmente em relação às alterações nas doses de
eritropoetina e à administração de preparações de ferro. Este
conselho dos farmacêuticos levou a uma redução significativa
dos níveis de hemoglobina no grupo mais alto (12 g/dL) e
significativamente mais elevados no grupo mais baixo (10 g/
dL). Por outro lado, houve aumento nos níveis de hemoglobina
no grupo ótimo. Esses achados sugerem que o envolvimento
ativo dos Farmacêuticos no tratamento da anemia renal em
pacientes em hemodiálise teve grande impacto terapêutico.30
Foram realizados reajustes de dose porque os tratamentos
não foram eficazes e seguros, por meio de intervenção
farmacêutica.
Uma das opções para prevenir TNO é por meio da
educação, que foi um fator fundamental para o desenvolvimento
deste estudo, pois gerou maior confiança entre os
com Doença Renal Crônica. Portanto, é necessário envolver
todos os profissionais de saúde e pacientes, a fim de obter
como resultado um melhor uso dos medicamentos, prevenir
TNO e reduzir a morbidade associada à terapia medicamentosa.
Conflito de interesses
Declaramos que não temos qualquer conflito de interesses
e gostaríamos de deixar claro que não temos qualquer relação
social ou comercial com os produtos farmacêuticos utilizados
no tratamento de pacientes, ou com o local onde são
realizadas as pesquisas. foi conduzido.
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06/2016]. Disponível em: https://www.minsalud.gov.
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problema de saúde pública. Bol. Med. Hospital. Infantil. Mexicano. 2011; 68(4):
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Os NOM com maiores prevalências foram os de Insegurança 06/2016]. Disponível em: http://www.
Não Quantitativa; portanto, estes representam um problema vanguardia.com/vida-y-estilo/salud/291887-enfermedad-renal-cronica-un-
problema-de-salud-publica-sin-solucion.
altamente prevalente. Isto mostra a importância deste
4. Bennett WM. Guia para dosagem de medicamentos na insuficiência renal. R:
problema de saúde pública e as suas principais consequências SpeightTM, Holford NHG, eds. Tratamento medicamentoso de Avery, 4° ed.
clínicas, sociais e económicas, que estão associadas Auckland: Adis Internacional Limited, 1996: 1724-1756.
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Prática assistencial farmacêutica em pacientes com doença renal crônica
2 2
1 1
0 0 00
Farmacêutico não aceito Problemas de saúde resolvidos
Intervenção
HPs não tratados
Ineficácia quantitativa
Insegurança Quantitativa
TOTAL
Figura 3. Análise das Intervenções Farmacêuticas Não Aceitas em cada tipo de Resultados Negativos associados à Medicação e aos
Problemas de Saúde resolvidos.
5. Magaz Lago A. Efeitos psicológicos da insuficiência renal crônica: diferenças em
função dos tratamentos médicos. Bilbau: Universidade de Deusto; 2003.
6. Associação Colombiana de Nefrologia. Guias de prática clínica e modelos de
gestão de VIH/sida e ERC. Bogotá: Ministério de Saúde e Proteção Social;
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Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149 - 143
3 3
2
1 1 1 1
00 00 0
Problemas de saúde não resolvidos
Efeito de medicação desnecessária
Ineficácia não quantitativa
Insegurança Não Quantitativa
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VERSÃO ESPAÑOLA
Este trabalho foi desenvolvido com o fim de gerar cultura
no âmbito hospitalar sobre o trabalho do Químico Farmacêutico
de tal maneira que contribui para o uso adequado dos
medicamentos e para a posterior melhoria no estado de
saúde dos pacientes.
Introdução
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é um problema de
saúde público no âmbito mundial 1-3, estima-se que a rede
de 20% da população tenha mais de 60 anos após o avanço
do IRC, com um número significativo de pacientes sem
diagnósticos, porque os controles da função renal não são
afetados ou porque há um IRC oculta4 .
Cada vez mais serão as pessoas afetadas pelo IRC que
tenderão a passar pelos tratamentos com efeitos secundários
de curto, médio e largo plazo5 . Isto se deve principalmente a:
1. A incapacidade dos pacientes de excretar produtos
farmacêuticos que foram eliminados pelos rins pode
causar acúmulo de metabólitos em caso de administração
repetida.
2. Nas nefropatias acompanhadas de hipoalbuminemia podem
registrar efeitos farmacológicos mais intensos como
consequência de uma diminuição da fija-ção das proteínas
plasmáticas e do incremento conseqüente da fração livre
circulante do medicamento.
3. Diminuição dos efeitos terapêuticos de alguns medicamentos
como dos diuréticos tiazídicos.
Segundo os relatórios da Associação Colombiana de
Nefrologia, um de cada dez adultos no mundo, há alguma
doença renal e taxa de crescimento para pacientes em
terapia de substituição (diálise e transplante) é de 15% anual
em na última década6 .
Para garantir a segurança do paciente, como deve ser
ponte de qualidade assistencial7 , realizado o Se-
guia Farmacoterapéutico (SFT) como atividade clínica que
pertence à Atenção Farmacêutica (AF) que tem como objetivo
reduzir a morbi/mortalidade associada ao uso de
medicamentos, através de atividades realizadas pelo
farmacêutico, o qual se responsabiliza identificar as
necessidades do paciente em relação ao tratamento
farmacológico, com o propósito de alcançar resultados que
melhorem a qualidade de vida desses, colaborando com a
equipe de saúde com respeito à tomada de decisões do
tratamento instaurado, para garantir sua segurança e
efetividade8 .
No SFT há que destacar a identificação, prevenção e
resolução de Resultados Negativos associados à Medicação
(RNM), os quais são considerados como iguais-
Dadier Antonio Arroyo Monterroza et al.
30. Ohnishi J1, Miyake A, Kuwatsuka K, Onoue Y, Lee M, Koyama T, Sendo
T, Kawasaki H, Kitamura Y. Efeito do gerenciamento farmacêutico nos
níveis de hemoglobina sérica com anemia renal em pacientes
ambulatoriais de hemodiálise. Biol. Farmacêutico. Touro. 2011; 34(10): 1609-1612.
tudo o que pode afetar a saúde da pessoa, devido ao uso de
medicamentos, 9-11 tudo isso pela existência de um ou mais
problemas relacionados com os medicamentos (PRM) que
são circunstâncias ou problemas que causam-san ou podem
causar o aparecimento de um RNM.12-14
A prevalência e incidência do IRC, que requer terapia de
substituição renal, aumentou de forma progressiva na
Colômbia; na atualidade há aproximadamente 20.000 pessoas
em terapia de substituição renal que equivale a uma
prevalência de 450 pacientes por milhão de habitantes. Com
uma incidência próxima de 5%, uma população que poderia
se duplicar durante os próximos 10 anos e alcançar uma
prevalência superior a 800 pacientes por milhão de
habitantes15, 16 .
Em Barranquilla, a prevalência do IRC é de
aproximadamente 46 pessoas por cada 100.000 habitantes .
Durante o ano de 2013, onde o estúdio recebeu 5.904
pacientes em serviços diferentes na Unidade de Cuidados
Intensivos (UCI), dos quais 295 (5%) foram atendidos na
unidade renal com 91,53% hospitalizados e os 9, 26%
ambulatórios. Devido à redução na taxa de filtração
glomerular, que reduz a função excretora e depurativa de
resíduos, esta condição pode afetar a cinética e a dinâmica
dos medicamentos, o que pode trazer repercussões sobre o
tratamento farmacológico, a intensidade e o efeito terapêutico
aumentado, como os eventos adversos17. Por fim, o Químico
Farmacêutico como profissional dos medicamentos, relata
suas intervenções em benefício da saúde e o bem-estar dos
pacientes com o IRC. A Farmacia Clínica, segundo os estudos,
garantiu um aumento no conhecimento do medicamento por
parte dos pacientes, diminuição na taxa de hospitalização e
uma melhoria na qualidade de vida18, 19 .
O presente estudo buscou conhecer os tipos de problemas
relacionados aos medicamentos e resultados negativos
associados aos medicamentos que podem detectar, prevenir
e resolver pacientes com insuficiência renal crônica por meio
do acompanhamento farmacoterapêutico.
Materiais e Métodos
O projeto foi experimental: sem modificar intencionalmente
as variáveis, mas foram realizadas intervenções que
modificaram o resultado final do tratamento farmacológico nos
pacientes. Descritivo, porque se determinam as características
das variáveis associadas ao processo de SFT em pacientes
com IRC, por meio da detecção, prevenção e resolução de
PRM e RNM e das intervenções farmacêuticas, e em relação
ao tempo foi retrospectivo .
Machine Translated by Google
Prática assistencial farmacêutica em pacientes com doença renal crônica
Os RNM podem ser classificados em três tipos: de
Necessidade, os quais correspondem a que os pacientes não
estão recebendo o tratamento adequado de acordo com sua
patologia e a outra causa é que os problemas de saúde dos
pacientes não estão recebendo os tratamentos, de Efetividade,
que acontecem quando o tratamento não cumpre com os objetivos
terapêuticos, fundamentados na dose administrada, e de
Segurança os quais se identificam quando aparecem problemas
de saúde como conseqüência de sua farmacoterapia que pode
depender da dose ou não .
As variáveis foram classificadas como dependentes: PRM,
RNM, tipos de intervenções farmacêuticas e seus resultados
clínicos, e as variáveis independentes: demográficas (edad,
gênero e causa do IRC) e a variável clínica: Estádio do IRC.
Para detectar o PRM é necessário avaliar os dados gerais do
paciente, os medicamentos administrados, aderir aos tratamentos
prescritos, resultados de laboratórios alterados, hábitos, alergias
a certos medicamentos e/ou alimentos, atividade física, patologia
como a insuficiência. cia renal e outros fatores que modificam a
relação paciente/medicamento. Se a escolha e a justificativa do
uso dos medicamentos forem avaliadas, desta forma será
determinado o RNM necessário. A eficácia do RNM é revisada a
partir das doses empregadas e a evolução dos pacientes e a
segurança é detectada através da pesquisa exaustiva na História
clínica sobre a ocorrência de algum EAM analisando os diferentes
tratamentos, identificando as interações medicamentos-sas
potenciales presentes, sua posterior entrevista farma-céutica e
avaliação do estado de situação.
As variáveis de gênero (masculino, feminino), idade média
(anos) e a causa do IRC foram obtidas da revisão das histórias
clínicas e entrevistas com pacientes e familiares.
Análise estadística
Os resultados das intervenções farmacêuticas do
estúdio fueron analisou estadísticamente com o programa STATA
versão 12.0. Foi realizada uma análise descritiva de medidas de
tendência central e de dispersão para variáveis quantitativas e
frequências relativas para variáveis qualitativas. Se aplicar as
bases de teste de t-Student e qual quadrado para analisar o RNM,
foi estabelecida uma significância estatística de p < 0,05.
Aos pacientes será solicitada a entrega do consentimento
informado para sua aceitação ou não; além de estudo constituído
por pacientes declarados no IRC com idades compreendidas entre
18 e 90 anos, polimedicados (se considerar pacientes
polimedicados, aqueles com tratamento farmacológico, tratados
com mais de 5 medicamentos)20, hospitalizados e também
pacientes ambulatoriais, atendidos durante novos meses. O
comitê de ética da instituição aprovou o estúdio.
Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149 - 145
O estúdio foi levado a cabo em uma Clínica de alta
complexidade, a conta com serviços de unidade renal, serviço
farmacêutico de alta complexidade, serviço de transplante renal,
unidades de cuidados intensivos coronarianos e neurológicos.
O estúdio foi baseado no Método DÁDER de SFT
que consta de 9 fases: oferta de serviço, primeira entrevista,
estado de situação, fase de estudo, fase de avaliação, fase de
intervenção, resultado das intervenções, novo estado de situação
e entrevistas sucessivas.
Resultados
Um total de 47 pacientes aceitaram ingressar no programa de
SFT, dos quais 21 fueron do gênero masculino e 26 femininos.
Segundo os grupos etários, 8 pacientes na faixa de 18 a 44 anos
de idade; 18 pacientes na faixa de 45 a 64 anos de idade; e 21
pacientes foram categorizados na faixa de 65 a 88 anos de idade.
Segundo a etnia, 13 pacientes eram brancos, 5 pacientes negros
e 29 mestiços.
Com base no grau de evolução da doença, 1 paciente com IRC
estágio I; 4 pacientes com IRC estádio II; 17 pacientes com IRC
estádio III; 5 pacientes com IRC estágio IV; e 20 pacientes com
IRC estádio V fase hemodialítica.
A principal etiologia em todos os pacientes com IRC
é mostrado na Figura 1.
Todos os pacientes no estádio III do IRC foram pacientes com
mais de 60 anos, porque é raro que as principais causas causem
doenças crônicas como HTA, DM e infecções crônicas.
Os pacientes que padeceram de IRC no estádio V, a principal
etiologia semelhante à do estádio III foi a HTA (45%), seguida do
DM tipo II (20%), a infecção crônica (15%), o Lúpus eritematoso
sistêmico (10%), síndrome nefrótica e DM tipo I (5% cada uma).
Ao comparar as causas do IRC nos estádios III e V, observou-
se que o Diabetes Mellitus Tipo I (DMI) e as infecções crônicas
ocorreram em ambas as etapas.
ATS DM II
Infecção crônica Lúpus Eritematoso Sistêmico
DM eu Farmacêuticos
Síndrome Nefrótica Mieloma múltiplo
4% 2% 2% 2%
6%
9%
62%
13%
Figura 1. Causas da insuficiência renal crônica.
Machine Translated by Google

146 - Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149 Dadier Antonio Arroyo Monterroza et al.

Foi prescrito um pacote de 7,32 ± 3,74 medicamentos aos
pacientes com IRC, que foram agrupados segundo seu código
ATC.
A maior prescrição foi apresentada no grupo C Aparelho
cardiovascular com 172, o que significa que os pacientes
com IRC administram uma grande quantidade de medicamentos
que atuam sobre este sistema fisiológico. Seguido pelo grupo
A Aparato digestivo com 115 prescrições e pelo grupo B
Sangre y órgãos hematopo-yéticos com 113 prescrições,
estes últimos dos grupos foram os mais empregados em todos
os pacientes por serem de caráter perfilático.
Foi apresentado um total de 7 RNM de necessidade, 23 de
efetividade e 21 de segurança.
A análise do RNM indicou que os pacientes com IRC que
ingressaram no programa de SFT estavam em risco de
apresentar 1,09 ± 1 RNM, portanto, a moda de 1 caso para o
número total de pacientes, o paciente que
prefeito número de RNM manifestou fue de 5, e el de me-nor
fue de 0.
O subtipo de RNM de maior prevalência foi a Insegurança
não quantitativa, com 21 casos, seguida da Inefectividad
cuantitativa com 14 RNM e em menor proporção se encontrou
a Inefectividad não quantitativa com 9 casos, Problema de
saúde no tratado com 5 casos, Problema por medicamento
necessário com 2, não se apresentam casos de Inseguridade
quantitativa.
Assim como o RNM, também se manifestou um total de
51 PRM, o que indica que por cada PRM apresentado (causa)
há um RNM manifestado (Consequência).
Ver tabela 1.
A tabela 2 nos mostra os tipos de FI realizados nos
pacientes com IRC.
A análise das Intervenções Farmacêuticas realizadas e
não aceitas em cada tipo de RNM e os problemas de saúde
resultantes são mostrados na Figura 2 e 3.

Tabela 1. Distribuição de casos por cada tipo de PRM

Frequência Frequência Frequência

PROBLEMA RELACIONADO COM Frequência (fi)
acumulada relativa relativa
MEDICAMENTO (PRM) Nº PRM
(fai) percentual (sex) acumulada (frai)
Administração errada do medicamento 3 3 5,9% 5,9%

Características pessoais 4 7 7,8% 13,7%

Dose, pauta e/ou duração não adequada 10 17 19,6% 33,3%

Duplicidade 1 18 2% 35,3%

Erros na prescrição 2 20 3,9% 39,2%

Cumprimento de Interações 3 23 5,9% 45,1%

Probabilidade de efeitos adversos 21 44 41,2% 86,3%
Problemas de saúde insuficientemente tratados 5 49 9,8% 96,1%
Outros 2 51 3,9% 100%
ÿ 51 – 100% –

Tabela 2. Tipos de FI realizados em pacientes com IRC

Frequência Frequência
Frequência
Frequência (fi) relativa relativa
TIPO DE INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA (IF) acumulada
Nº PRM percentual acumulada
(fai)
(sex) (frai)
Modificar a dose 12 12 29,3% 29,3%
Modificar a dosificação 1 13 2,4% 31,7%

Modificar a pauta 1 14 2,4% 34,1%

Administrar um medicamento 6 20 14,6% 48,8%
Retirar um medicamento 4 24 9,7% 58,5%
Substituir um medicamento 6 30 14,6% 73,2%

Forma de uso e administração do medicamento 4 34 9,8% 82,9%

Educar em medidas não farmacológicas 6 40 14,6% 97,6%

Não está claro 1 41 2,4% 100%
ÿ 41 100%
Machine Translated by Google

Prática assistencial farmacêutica em pacientes com doença renal crônica Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149 - 147

51

41

35 35

21
17 16 16
14
12
9 10 10
7
5 5 5
4
2 3 3
0 1 0 1 0 1 0

Nº de RNM Intervenção Farmacêutica Intervenção Farmacêutica Problemas de saúde

Realizada Aceita Resultados

PS não tratado Efeito de medicamento desnecessário Ineficácia quantitativa

Ineficácia não quantitativa Insegurança quantitativa Insegurança não quantitativa

TOTAL

Figura 2. Análise das Intervenções Farmacêuticas realizadas em cada tipo de resultados negativos associados à medicação e
aos problemas de saúde resultantes.

3 3

2 2 2

1 1 1 1 1 1

0 0 00 00 00 0

Intervenção Farmacêutica Problemas de saúde Problemas de saúde

Não aceito Resultados Sem resultados

PS não tratado Efeito de medicamento desnecessário

Ineficácia quantitativa Ineficácia não quantitativa

Insegurança quantitativa Insegurança não quantitativa

TOTAL

Figura 3. Análise das Intervenções Farmacêuticas Não Aceitadas em cada tipo de resultados negativos associados à medicação
e aos problemas de saúde resultantes.

Foi realizado um total de 12 reajustes de dose, dos quais por a Ampicilina + Sulbactam, o Bisacodilo e a
foram aceitos 10. O medicamento com o maior número de Metoclopramida com 2 casos cada um, e medicamentos
reajustes de dose foi o Cefepime com 3 casos, seguido com um único caso como o Clobazam, a Ceftriaxona e a Dexametasona.
Machine Translated by Google
148 - Fazenda Hosp. 2017;41(2):137-149
Discussão
Nos pacientes com IRC não se encontrou diferença
significativa entre o gênero, é dito que os pacientes
masculinos têm o mesmo risco de desenvolver a gravidez
que o feminino; mas na idade, é um fator que aumenta o
risco de desenvolvimento, em concordância com o autor
Salvador González B. et al21. Ele analisou a prevalência
dos estádios da Enfermedad Renal Crónica (ERC) em 40
centros de atenção primários da área metropolitana de
Barcelona, onde a prevalência da ERC é maior para
aumentar a idade.
Por outro lado, a HTA e o DM são os fatores de risco
mais importantes que contribuem para a deterioração da
função renal, sendo o rim um dos órgãos dianos dessas
patologias, e que, uma vez em conjunto, aumentam o risco
cardiovascular. 22, 23
Como o maior número de prescrições é apresentado
no grupo C Aparelho cardiovascular, por tanto deve exercer
um maior controle para o IRC; o tratamento é conservador,
para controlar os fatores de risco, além de tratar e prevenir -mello C. ele realizou um estudo sobre o acompanhamento
suas causas reversíveis. Seguido do grupo A Aparelho
Digestivo e o B Sangre e órgãos hematopoiéticos, devido
a que se deve ter prevenção e tratamento de alterações
metabólicas como desnutrição, anemia, entre outras.24-26
O RNM necessariamente mostra que nem todos os
problemas de saúde nesses pacientes são tratados, é
apenas uma questão de que sua doença de base é
controlada e os problemas de raiz disso são passados por alto.
Os RNM de efetividade foram aqueles que o prefeito
apresentou por cento; Apesar de estar tratando os
pacientes com medicamentos para sua doença de base,
ainda não foi encontrado controlado o qual desencadena-
ba, com maior probabilidade de apresentar outros RNM e
maior risco para sua saúde. Além de nosso caso, a
ineficácia foi do tipo quantitativo do relatório do prefeito, sobre os níveis séricos de hemoglobina em pacientes com
isso foi apresentado mais porque a dose do tratamento
não foi modificada, até que a venda terapêutica dos
medicamentos fosse permitida.
Os pacientes com IRC correm o risco de apresentar
eventos indesejados como os RAMs, devido ao fato de
que a patologia pode alterar a cinética dos medicamentos27, maior (12 g/dL) e significativamente maior no grupo menor
a segurança foi o RNM com maior número de relatórios,
apresentando-se para a inseguridade não quantitativa, o
que é traduzido como que a dose neste caso não foi um
fator para o desenvolvimento deste RNM.
O PRM mostrou a razão de todos esses RNM pré-
sentados, a probabilidade de efeitos adversos e a dose foi
feita pelo líder principal devido a que esses fatores levaram eficazes e seguros os tratamentos, através da intervenção
a um grande aumento no RNM, aumentando o risco de
mortalidade desses pacientes, para cada um há que
enfatizar esses pontos no momento de tratar suas
patologias de base; com a Farmacovigilância ajudaria a
prevenir esses tipos de PRM, não apenas por sua
identificação também para ajudar em sua resolução; por
Dadier Antonio Arroyo Monterroza et al.
outra parte das interações e administração errônea do
medicamento são problemas que podem ser apresentados,
mas podem ser evitados com a educação contínua, uma
diferença nas características pessoais que você tem como
fatores individuais, mas pode ser mencionado ao paciente
para tê-los em conta em um futuro e prevenir outros RNM.
Como a probabilidade de efeitos adversos foi a principal
razão para a manifestação do RNM, uma diferença do
estudo de Alviz et al. no que se realizou Seguimento
Farmacoterapêutico durante a hospitalização de pacientes
transplantados na fundação clínica Valle del Lili (Cali –
Colômbia) com um total de 49 pacientes, detectando 14
PRM de cada um, o 77,8% corresponde a ineficácia do
tratamento farmacológico.28
Todos esses problemas foram detectados e resultados,
as intervenções farmacêuticas são realizadas de maneira
oral e escrita, com o objeto a contribuir para melhorar a
qualidade de vida do paciente, e desta maneira prevenir
sua aparição, assim como o descrito no estúdio de Che
farmacoterapêutico em pacientes com insuficiência renal
crônica, onde foram detectados 29 PRM anteriores à
intervenção do farmacêutico em 21 pacientes, entre eles,
18 pacientes haviam apresentado um PRM e 3 pacientes,
dos ou mais de dos PRM. Após a intervenção, o número
de PRM foi reduzido para 9 em um total de 8 pacientes, o
que significa que 22 pacientes não retornaram a apresentar
PRM, os 68,9% dos resultados iniciais de PRM foram obtidos29.
Lo que mostra o trabalho do Químico Farmacêutico é
importante como qualquer outro profissional da saúde,
você não pode apenas encaminhar o correto
armazenamento e preparação dos medicamentos, mas
contribuir para que eles cumpram os objetivos plantados
com o menor risco possível, assim como a descrição de
Ohnishi et al. “estudo sobre a importância do Farmacêutico
anemia renal”. Os farmacêuticos formularam recomendações
aos médicos, em particular sobre as mudanças na dose
de eritropoietina e na administração de preparações de
ferro. A administração dos medicamentos reduziu
significativamente os níveis de hemoglobina no grupo
(10 g/dL). Por outro lado, aumentou os níveis de
hemoglobina no grupo ótimo. Esses hallazgos sugerem
que a participação ativa dos farmacêuticos no tratamento
da anemia renal em pacientes em hemodiálise seja um
grande impacto terapêutico.30
Os reajustes de dose são realizados para não serem
farmacêutica.
Uma das opções para prevenir o RNM, é mediante da
educação, o qual foi um ponto chave para o desenvolvimento
deste estúdio, devido a que gerou mais confiança entre os
profissionais de saúde, os pacientes e o Químico
Farmacêutico .
Machine Translated by Google
Prática assistencial farmacêutica em pacientes com doença renal crônica
Conclusão
Os RNM de maior prevalência foram a insegurança
não quantitativa, por tanto são um problema de
elevada prevalência. O que pode manifestar a
transcendência deste problema de saúde pública e de
suas importantes repercussões clínicas, sociais e
econômicas. Las cuales estão associadas à
insuficiência renal crônica, por isso é necessário
envolver todos os profissionais de saúde e pacientes,
para obter como resultado uma melhor utilização dos
medicamentos, uma prevenção da RNM e uma
redução da morbilidade associada à a farmacoterapia.
Conflitos de interesses
Declaramos não ter nenhuma classe de conflito de
interesses, ficando claro que não temos relação de
tipo social ou comercial com os produtos farmacêuticos
solicitados nos tratamentos dos pacientes ou no local
onde se desenvolve o trabalho de investigação.
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