Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SÃO LUIS
2020
1
1
Rocha, Rejane Carla Soares Pires
2
Ribeiro, Carlos Vinícius Quadros
Resumo
O artigo explana sobre a escolha do medicamento adequado nos tratamentos de hipertensão arterial,
considerando os aspectos da farmácia clínica. Para este estudo, utilizou-se as ferramentas de busca por conceitos
deste âmbito e a revisão literária forneceu subsídios e embasamentos suficientes para que se pudesse discurtir o
assunto. Consideramos exitoso o alcance dos objetivos que foram esclarecer dúvidas sobre os fármacos
utilizados no Brasil para tratamento de hipertensão no ambiente hospitalar e conhecendo-se as diversas classes
de fármacos disponíveis, se torna mais fácil eleger o melhor para o tratamento do paciente, tendo em vista este
ser, por muitas vezes, polimedicado. Concluímos que o farmacêutico é o profissional mais preparadao para
auxiliar a equipe multidisciplinar nessas escolhas, por conhecer melhor os fármacos e seus efeitos. Sendo assim,
o estudo serviu para aprendizado sobre o assunto e pra fomentar novas pesquisas nesse âmbito
Abstract
The article explains about the choice of the appropriate medication in the treatment of arterial hypertension,
considering the aspects of clinical pharmacy. For this study, the search tools for concepts of this scope were used
and the literary review provided sufficient subsidies and grounds for discussing the subject. We consider
successful the achievement of the objectives that were to clarify doubts about the drugs used in Brazil for the
treatment of hypertension in the hospital environment and knowing the different classes of drugs available, it
becomes easier to choose the best for the treatment of the patient, considering this being, many times,
polymedicated. We conclude that the pharmacist is the most prepared professional to assist the multidisciplinary
team in these choices, as it better knows the drugs and their effects. Thus, the study served to learn about the
subject and to encourage new research in this área
1 INTRODUÇÃO
2 ANTIHIPERTENSIVOS
Uma revisão de oito ensaios incluindo mais de 15.000 pacientes com 60 anos ou
mais mostrou que o uso de medicação anti-hipertensiva reduz em 13% a mortalidade, 30% o
acidente vascular cerebral e 23% os eventos coronarianos.
Gazioni (2009) realata que num ensaio clínico HYVET (Hipertension in the Very
Elderly Trial), envolvendo 3.845 pacientes com mais de 80 anos com pressão sistólica maior
ou igual a 160 mmhg, mostrou em dois anos redução nos eventos fatais de acidente vascular
cerebral (AVC) de 10,7% no grupo placebo, para 6,5% no grupo com tratamento ativo. A
morte por qualquer causa foi reduzida de 59,6% no grupo placebo para 47,2% no grupo com
tratamento.
Ensaios clínicos de tratamento da HAS no idoso realizadas na última década
comprovam a necessidade do controle pressórico como forma de redução do risco
cardiovascular, tanto no caso de hipertensão sisto-diastólica ou hipertensão sistólica isolada
(MIRANDA, 2012).
Infelizmente, dados provenientes de alguns estudos sugerem que 30% a 50% dos
pacientes hipertensos, mesmo em tratamento medicamentoso, não apresentam pressão arterial
controlada, e em cerca de 10% dos idosos, o diagnóstico de HAS somente é feito após um
evento clínico decorrente da pressão elevada por vários anos (JOBIM, 2010).
Percebe-se que em vários estudos existe a necessidade de monitoramento direto
para se conhecer o perfil do hipertenso , já que os fatores casudadores da doença podem
diversos e advindos de situações distintas que vão desde a pré-disposição até etnia e hábitos
de vida.
hipofluxo em órgãos vitais. Octogenários merecem atenção especial, pois tendem a responder
de maneira inesperada à terapia medicamentosa. Os pacientes devem ser orientados em
relação à doença durante as consultas médicas e, sempre que possível, em grupos de
assistência multiprofissional (GAZIONI, 2009).
A saber, que (teoricamente) qualquer medicamento dos grupos de anti-
hipertensivos comercialmente disponíveis, desde que resguardadas as indicações e contra-
indicações específicas, pode ser utilizado para o tratamento da hipertensão arterial, sendo que
os disponíveis no Brasil para a clínica segundo Sheep (2019) são:
Diuréticos
Inibidores adrenérgicos
Ação central – agonistas alfa-2 centrais
Betabloqueadores – bloqueadores beta-adrenérgicos
Alfabloqueadores – bloqueadores alfa-1 adrenérgicos
Vasodilatadores diretos
Bloqueadores dos canais de cálcio
Inibidores da enzima conversora da angiotensina
Bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina II
Inibidor direto da renina
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
GAZONI FM, Braga ILS, Guimarães HP, Lopes RD. Hipertensão sistólica no idoso. Rev
Bras Hipertens 2009;16(1):34-37.
JOBIM EFC. Hipertensão arterial no idoso: classificação e peculiaridades. Rev Bras Clin
Méd 2010;6:250-253.
MIRANDA RD, Perrotti TC, Bellinazzi VR, Nóbrega TM, Cendoroglo MS, Taniolo Neto J.
Hipertensão arterial no idoso: peculiaridades na fisiopatologia, no diagnostico e no
tratamento. Rev Bras Hipertens 2012;9(3)293-300
MORAES RS, Fuchs FD, Moreira LB, Wiehe M, Pereira GM, Fuchs SC. Risk factors for
cardiovascular disease in a Brazilian population-based cohort study. Int J Cardiol 2013;
90: 205-211.
PICON RV, Fuchs FD, Moreira LB, Riegel G, Fuchs SC. Trends in prevalence of
hypertension in Brazil: a systematic review with meta-analysis. PLoS One 2012; 7(10):
e48255.