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O Uso de Plantas Medicinais por Idosos com Hipertensão Arterial

Maria de Fatima Jessiane Soares Noleto 1


Vanessa Koga 2

RESUMO

O Brasil tem uma rica história de uso de plantas medicinais para resolver problemas
de saúde pública, baseada em experiências compartilhadas e transmitidas de
geração em geração. A maioria das ervas medicinais atualmente usadas para
automedicação ou por prescrição não apresentam toxicidade conhecida. O
tratamento para controlar a hipertensão arterial inclui medicamentos. O principal
objetivo desse artigo foi compreender o estudo das principais plantas medicinais
com atividade farmacológica no controle da hipertensão arterial. Isso levanta a
questão: quais são as plantas medicinais mais importantes usadas no tratamento da
hipertensão? O objetivo geral do estudo foi compreender a pesquisa das plantas
medicinais farmacologicamente ativas mais importantes no tratamento da
hipertensão. Para alcançar os objetivos declarados, foi realizada uma revisão da
literatura de estudos e materiais já compilados e publicados. Assim, concluímos que
os profissionais de saúde, como os farmacêuticos, que, sendo um dos mais
qualificados especialistas na área, devem procurar informar a si mesmos e aos
pacientes sobre o uso correto das plantas medicinais, principalmente quanto ao uso
irracional de fitoterápicos, como alguns estudos têm mostrado, sendo uma das
possíveis razões para a ineficácia dos tratamentos de hipertensão.

Palavras-chave: Plantas medicinais. Idosos. Hipertensão Arterial.

1 INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica não transmissível (DCNT).


É também um importante fator de risco para alterações funcionais e/ou estruturais e
metabólicas em órgãos-alvo (coração, cérebro, rins, vasos sanguíneos), resultando
em risco aumentado de eventos cardiovasculares fatais e não fatais.
A hipertensão arterial é uma doença multifatorial, dependente de fatores
genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais, caracterizada por uma pressão arterial
sistólica (PAS) com pelo menos 140 mm/Hg ou uma pressão arterial diastólica
(PAD) de pelo menos 90mm/Hg.
O sistema circulatório é equipado com um mecanismo muito extenso para
controlar a pressão sanguínea. A pressão arterial é vagamente determinada pela
relação entre a quantidade de débito sistólico e a complacência geral da árvore
1
Acadêmica do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera.
2
Orientadora. Docente do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera.
arterial. A doença cardiovascular que afeta qualquer um desses dois fatores também
afeta a pressão arterial.
Inicialmente, a HA é assintomática em quase todos os pacientes, e seu
caráter crônico e silencioso dificulta seu reconhecimento pelos portadores do
problema, afetando a qualidade de vida e a internação, com consequências como
procedimentos técnicos de alta complexidade, morte e parto prematuro e
aposentado. 
Os tratamentos para controlar a HA incluem medicamentos, sendo o principal
objetivo prevenir complicações cardiovasculares, já que quase todos os pacientes
são assintomáticos. As principais classes de medicamentos que podem ser
utilizadas no tratamento da HA são: Diuréticos, simpaticolíticos, vasodilatadores,
bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora de angiotensina
e bloqueadores dos receptores da angiotensina II.
O Brasil tem uma rica história de uso de plantas medicinais para tratar
problemas de saúde da população, e seu uso é baseado na experiência comum e
tem sido transmitido de geração em geração. Com isso surge o questionamento:
Quais as principais plantas medicinais utilizadas no tratamento da hipertensão
arterial?
O objetivo geral da pesquisa foi de compreender o estudo das principais
plantas medicinais com atividade farmacológica no controle da hipertensão arterial.
Os objetivos específicos são de: descrever hipertensão arterial, expor as principais
plantas utilizadas no controle da pressão artéria, averiguar os efeitos colaterais
causados por essas plantas medicinais e suas interações no tratamento da
hipertensão arterial e relatar o papel do farmacêutico no uso de plantas medicinais
para o controle da hipertensão arterial.
Devido à alta prevalência de hipertensão e doenças cardíacas, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) incentiva o desenvolvimento de políticas públicas que
priorizem o uso de plantas medicinais no tratamento da doença e enfatiza a
necessidade de mais pesquisas com plantas e produtos.
Plantas medicinais são plantas que contêm substâncias químicas, também
chamadas de fito químicos, em suas partes, órgãos ou estruturas que podem ser
utilizadas para aliviar, prevenir ou tratar doenças, e geralmente são tradicionalmente
utilizadas por grupos ou comunidades. A fitoterapia caracteriza-se pela utilização de
plantas medicinais e suas diversas formas farmacêuticas para tratar sem o uso de
princípios ativos isolados.
Na tentativa de estimular os mecanismos naturais de prevenção de lesões,
restabelecimento da saúde e promoção do vínculo humano ao meio ambiente e à
sociedade, de acordo com as recomendações da OMS, o Ministério da Saúde do
Brasil desenvolveu uma Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) aprovada. Inclui, entre outras, as áreas de plantas
medicinais e fitoterapia. Caracteriza-se pela utilização de plantas medicinais de
origem botânica integral e em diversas formas farmacêuticas.  

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Metodologia

A metodologia utilizada na confecção do trabalho foi a revisão de literatura,


com pesquisa em bases bibliográficas, nas quais foram buscados novos conceitos,
tendo como fontes de pesquisas uma variedade literária pertinente ao assunto
abordado, tais como: livros, artigos acadêmicos em bases de dados bibliográficos –
PubMed, Lilacs, Scielo, Google Acadêmico entre outros.
Os dados coletados foram secundários, ou seja, provenientes de materiais
informativos disponíveis, tais como revistas especializadas, periódicos, publicações,
sites da Internet de cunho público, assim como livros de autores já conceituados
sobre o assunto em questão tendo como os seguintes descritores: Plantas
Medicinais. Idosos. Hipertensão Arterial. A pesquisa foi limitada ao período de 2012
a 2022, no idioma português, inglês e espanhol.

2.2 Resultados e Discussão

No Brasil o processo de envelhecimento da população ocorre aceleradamente


se for comparado aos países europeus que levaram cerca de 140 anos para
envelhecer (FALEIROS, 2017). Para Minayo (2014), este fato se fundamenta na
distinção entre a realidade brasileira e a europeia. Na realidade europeia a
longevidade está relacionada às confortáveis condições de vida na saúde e no bem
estar social.
Envelhecer acarreta mudanças físicas, psicológicas e sociais, sendo elas
naturais e gradativas. Essas alterações são gerais, podem estar presentes em idade
mais precoce ou avançada e em grau maior ou menor, variando de acordo com as
características genéticas e com o estilo de vida de cada indivíduo (ZIMERMAN,
2020).
O estudo também demonstra a extraordinária contribuição de especialistas
farmacêuticos na identificação e resolução de possíveis interações medicamentosas
associadas ao uso da planta e, portanto, no manejo de pacientes com hipertensão
arterial sistêmica, ele também enfatizou que o cuidado farmacêutico é essencial. 
O envelhecimento global apresenta-se como um grande desafio, já que pode
influenciar, inclusive, no desenvolvimento dos países, uma vez que esse fenômeno
pode trazer modificações no âmbito econômico e social. Dentre as modificações
provenientes do envelhecimento destaca-se a diminuição da capacidade funcional
do indivíduo ocasionada principalmente pelo desuso físico e mental (FLECK;
KRAMER, 2013).
O envelhecer traz para os indivíduos alterações progressivas, quer nos
aspectos funcionais, quer nos motores, psicológicos e sociais. Essas alterações
variam de um indivíduo para outro e são influenciadas tanto pelo estilo de vida
quanto por fatores genéticos (MINAYO, 2014).
De acordo com Neri (2014), é um anseio ancestral do ser humano, ter uma
boa velhice, onde exista uma grande preservação da saúde e da independência
física e cognitiva, bem como a preocupação com a manutenção da autonomia moral.
Há ainda a preocupação com a atividade, produtividade, papéis sociais e expectativa
de ter uma vida feliz, satisfeita e realizada.
Segundo Faleiros (2017), as estimativas brasileiras fazem seu prenúncio de
que até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de pessoas
idosas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Por este notável
crescimento, atualmente as questões sobre envelhecimento estão sendo cada vez
mais estudadas e pesquisadas.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios de 2005 do
IBGE o grupo de idosos com 60 anos ou mais continua crescendo com o passar dos
anos. O percentual desses idosos na população brasileira era de 6,4% em 1981, 15
aumentou para 7,9% em 1992, foi para 9,0% em 2001 e quatro anos depois
alcançou 9,9%. Estimativas apontam que no ano de 2025 teremos 34 milhões de
idosos no Brasil (IBGE, 2019).
A OMS define o envelhecimento saudável como o processo de
desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na
idade avançada. A capacidade funcional, por sua vez, pode ser compreendida como
a associação da capacidade intrínseca do indivíduo, características ambientais
relevantes e as interações entre o indivíduo e essas características (NERI, 2014).
O envelhecimento populacional traz consigo problemas de saúde que
desafiam os sistemas de saúde e de previdência social. Envelhecer não significa
necessariamente adoecer. A menos que exista doença associada, o envelhecimento
está associado a um bom nível de saúde (FALEIROS, 2017).

O processo de envelhecimento tem sido alvo de estudo nos últimos tempos.


O conceito de envelhecimento e as atitudes perante as pessoas idosas têm
sofrido alterações e espelham” por um lado, o nível de conhecimentos sobre
a fisiologia e anatomia humanas e, por outro lado, a cultura e as relações
sociais das várias épocas” (PAÚL; FONSECA, 2015, p.12).

Envelhecer significa um fenômeno do processo de vida que, assim como a


infância, a adolescência e a maturidade, é marcado por mudanças biopsicossociais
específicas, associadas à passagem do tempo. Portanto, não é possível considerar
apenas os aspectos relacionados ao envelhecimento biológico, mas, também,
aqueles relacionados ao envelhecimento psicológico e social (CAMARANO, 2014).
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2020), a hipertensão arterial
sistêmica (HA) é uma doença crônica, diagnosticada pela detecção de níveis
elevados e sustentados de pressão arterial (PA) pela medida casual. Para a
definição diagnóstica de HA consideram-se os valores de PA sistólica ≥ 140 mmHg
e⁄ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório.
A Hipertensão Arterial (HA) é uma condição clínica multifatorial caracterizada
por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se
frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos alvos (coração,
encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente
aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (BRANDÃO et al.,
2020).
As doenças cardiovasculares eram pouco conhecidas, passando a ser a
principal causa de mortalidade. Entre os fatores de risco para desenvolver doença
cardiovascular, a hipertensão passou a ser uma delas. Desta forma, a hipertensão
tornou-se um problema de saúde pública (PEREIRA et al, 2015).
Segundo Kumar (2018) a pressão sanguínea local e sistêmica deve se manter
um rígido controle. Pois a pressão sanguínea se constitui a partir de múltiplos fatores
com a interação entre fatores genéticos, ambientais e hemodinâmicos. Desta forma
a hipertensão ocasiona um excesso de demanda metabólica resultando na lesão de
vasos sanguíneos e órgão.
Na concepção de Cicco, (2017, p. 89):
a hipertensão arterial, mais popularmente chamada de "pressão alta", está
relacionada com a força que o coração tem que fazer para impulsionar o
sangue para o corpo todo. No entanto para ser considerado hipertenso, é
preciso que a pressão arterial além de mais alta que o normal, permaneça
elevado.

De acordo com o Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (2021) a


investigação clínica laboratorial objetiva: confirmar a elevação da pressão arterial;
avaliar lesões de órgãos-alvo; identificar fatores de risco para doenças
cardiovasculares; diagnosticar a etiologia da hipertensão arterial.
A hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública e uma das
doenças crônicas responsáveis por expressivas taxas de internação, custos
elevados com a morbimortalidade associada à doença e comprometimento da
qualidade de vida para os portadores (DALLACOSTA, 2020).
A HA pode ser dividida em primária e secundária, sendo que a primeira não
tem causa definida, sendo mais prevalente em crianças e adolescentes com
sobrepeso e histórico familiar, enquanto que a secundária pode ser causada por
apneia obstrutiva do sono, doença renal e doenças renovascular, entre outras,
principalmente em adultos e idosos (MALACHIAS et al., 2016).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e Sociedade
Brasileira de Hipertensão (SBH), a HAS é uma condição clínica multifatorial
caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se
frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração,
encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente
aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (SBC, 2016).
Há evidências de que realmente existem determinantes genéticos para a
pressão arterial, demonstrando a agregação familiar da HAS, tanto entre irmãos,
quanto entre pais e filhos (PEREIRA et al, 2015).
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença multifatorial,
caracterizada por aumento da pressão arterial sistólica (PAS) e/ou diastólica (PAD),
em que vários mecanismos estão implicados e mantêm entre si relações ainda não
totalmente esclarecidas, levando ao aumento do débito cardíaco (DC) e da
resistência vascular periférica (RVP) (BRASIL, 2016).
A grande relevância clínica da HAS está relacionada com o aumento do risco
de o indivíduo sofrer alguma doença cardiovascular (DCV), como: doença
coronariana (infarto agudo do miocárdio ou insuficiência cardíaca); acidente vascular
encefálico e doença arterial periférica (GIULIANO, CARAMELLI, 2018).
Anualmente, quase trezentas mil pessoas morrem no Brasil por doenças
cardiovasculares sendo que mais da metade destas mortes são decorrentes da
hipertensão. O Ministério da Saúde estima que cerca de 15 milhões de hipertensos
desconheça sua condição. Em relação ao tratamento, a estimativa é de que apenas
7 milhões estejam sendo tratados (ZENI, 2018).
A HA também é o principal fator de risco para Acidente Vascular Cerebral
(AVC) e Infarto agudo do Miocárdio (IAM); 85% dos pacientes que sofrem um AVC e
40% dos que infartam são hipertensos. No Brasil, 40% da população acima de 40
anos é portadora de HAS, e estima-se que 4% das crianças e adolescentes também
já sejam portadores (BRASIL, 2016).
Por se tratar de uma doença assintomática, na maioria dos casos, torna-se
ainda mais grave, pois está associada ao desenvolvimento de doenças
cardiovasculares (SBC, 2016). A HÁ é responsável por 45% das mortes cardíacas e
51% das mortes decorrentes de AVE no Brasil, sendo 54% de mortes no mundo
(SBC, 2016).
Segundo o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), que tem como objetivo
monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para DCNT à
prevalência de hipertensão arterial sistêmica em 2016, baseada em diagnóstico
médico prévio, foi de 25,7% na população brasileira, sendo maior entre as mulheres
(27,5%) em relação aos homens (23,6%) (BRASIL, 2016).
Os fatores ambientais determinantes para o desenvolvimento da HA são os
altos valores dos índices antropométricos, como o peso e o índice de massa
corporal (IMC). O excesso de massa corporal é fator predisponente para a
Hipertensão Arterial Sistêmica, podendo ser responsável por 20 a 30% dos casos
(MAGALHÃES et al, 2012).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2016), os fatores de
risco para HAS são os seguintes:

•Idade (considera-se a associação direta e linear entre envelhecimento e


prevalência de HAS);
•Sexo e etnia (estudos indicam a maior prevalência de HAS em mulheres e
em pessoas de raça negra/cor preta);
•Excesso de peso e obesidade (excesso de peso avaliado por IMC ≥ 25
kg/m2 e obesidade avaliada por IMC ≥ 30 kg/m2);
•Consumo excessivo de sódio (quando excede o consumo máximo
recomendado de 2 g/dia);
•Consumo crônico e elevado de bebidas alcoólicas (em mulheres há risco
de HAS com consumo de 30-40g de álcool/dia, já em homens o risco
aumentado de HAS torna-se consistente a partir de 31g de álcool/dia);
•Sedentarismo (adultos que não atingiram pelo menos 150 minutos
semanais de atividade física considerando o lazer, o trabalho e o
deslocamento);
•Fatores socioeconômicos (considera-se nível de escolaridade);
•Genética (o padrão genético para a elevação dos níveis pressóricos) (SBC,
2016).

Estudos abordados com este tema apontam que fatores como idade, sexo e
estado nutricional atuam como determinantes para o desenvolvimento da
hipertensão arterial sistêmica, sendo que o risco é maior entre indivíduos do sexo
masculino, incluídos na faixa etária acima dos 40 anos de idade e com excesso de
peso (BERTIM et al., 2021).
A patologia é considerada como um dos principais fatores de risco de
morbi/mortalidade cardiovasculares, representando um alto custo para a sociedade,
esse custo é representado através das aposentadorias precoces e benefícios sendo
responsável por cerca de 40% junto ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Conforme a Associação Americana de Cardiologia, são fatores de risco para
HA (WHELTON, 2017, p. 89):

Os fatores de risco para a HAS podem incluir a idade, o estresse, o hábito


de fumar, o excesso de peso (sobrepeso e obesidade), o consumo de
refrigerantes e bebidas alcoólicas, a inatividade física e o consumo
excessivo de sal, dentre: •Sobrepeso e obesidade; •Ingestão excessiva de
sódio; •Ingestão insuficiente de potássio; •Sedentarismo; •Consumo de
bebidas alcoólicas.

A ingestão elevada de sal esteve associada à maior prevalência de HAS no


limite da significância. A ingestão de sal em excesso é prejudicial à saúde e está
associada à HA. Essa relação é causada, ao menos em parte, pelo aumento da
retenção de líquido no corpo, sobrecarregando o funcionamento cardíaco e podendo
resultar em elevação da pressão arterial (WHELTON, 2017).
A HA muitas vezes não apresenta sintomas aparentes, ainda assim os mais
comuns estão associados à sonolência, confusão mental, distúrbio visual, náusea e
vômito. Além destes, a cefaleia suboccipital pulsátil é o sintoma mais frequente e
específico nos hipertensos, podendo ocorrer nas primeiras horas da manhã,
desaparecendo no decorrer do dia (OIGMAN, 2014).
Desde o surgimento da doença, as pessoas tentam combatê-la com os
métodos que conhecem. Além de usar as plantas como alimento, a natureza é o
primeiro remédio e a primeira farmácia com que a humanidade contou. Acredita-se
que os humanos começaram a usar plantas medicinais após observarem animais
procurando ervas para suas doenças. Todo esse conhecimento foi transmitido
oralmente por gerações e depois registrado e valorizado com o advento do
cuneiforme (FERRO, 2018).
Das plantas citadas na presente pesquisa, 5 também estão presentes na
Relação de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (RENISUS), sendo estas: A.
sativum L. (alho), B. forficata (pata-de-vaca), M. chamomilla L. (camomila), O.
gratissimum L. (alfavaca) e P. alata Curtis (maracujá) (BRASIL, 2019).
Segundo Farias et al. (2016) compostos de enxofre, principalmente a alicina,
que possui propriedades vasodilatadoras, podem estar envolvidos no efeito anti-
hipertensivo do Allium sativum. Segundo os usuários, o Allium sativum L. (alho) é
principalmente eficaz no tratamento da pressão alta. Esse objetivo terapêutico segue
a afirmação do Ministério da Saúde de que o A. sativum L. está associado à
diminuição da pressão sistólica e diastólica, além da diminuição do débito cardíaco e
inibição da enzima conversora de angiotensina (ECA), pois está associado a efeitos
hipolipidêmicos, antioxidantes, cardioprotetores, anti-inflamatórios, anticoagulantes e
imunoestimulantes (BRASIL, 2015).
No estudo de Silva-López et al. (2015) observaram que alguns estudos
apontavam para um possível efeito hipoglicemiante da Bauhinia forficata Link, mas o
mecanismo de ação da planta precisa ser melhor elucidado. A mesma revisão
também destacou outros efeitos associados ao seu uso, incluindo efeitos diuréticos
atuando como tratamento de suporte para hipertensão, antioxidantes,
anticoagulantes, antiproliferativos e antimicrobianos.
O grupo tratado com alho experimentou reduções significativas na pressão
arterial sistólica e diastólica em comparação com atenolol e placebo. Em um estudo
do Interaminense et al. (2016) os resultados obtidos com o uso de Alfavaca e
Ocimum gratissimum foram identificados como tendo efeitos anti-hipertensivos
devido à vasoconstrição ativa.
Ocimun basilicum L (lavanda) e A. sativum L. são usados principalmente para
tratar a hipertensão arterial. De acordo com estudos in vivo conduzidos pelo
Ministério da Saúde, essas plantas têm demonstrado efeitos hipoglicemiantes e
hepatoprotetores e anti-inflamatório (BRASIL, 2015, p. 89).

Portanto, no Brasil, que responde por um quinto da flora mundial, o SUS


tem potencial para incluir tratamentos com plantas medicinais. Porque este
método é considerado barato, de fácil acesso e pode ser preparado a partir
de preparações caseiras como infusões, decocções e macerações, já
distribuídos em grandes parcelas da população (SANTOS, et al. 2021, p.
13).  

Rodriguez; Sobreira (2020) atribuíram o efeito anti-hipertensivo da Matricaria


chamomilla a um efeito anti-hipertensivo sedativo decorrente da vasodilatação que
ela provoca.
Segundo Souza (2017), a atividade anti-hipertensiva do extrato metanólico de
Passiflora demonstrou reduzir significativamente a pressão arterial. Esse efeito foi
atribuído às propriedades antioxidantes dos compostos fenólicos que melhoram a
função endotelial, normalizam o tônus vascular e proporcionam efeitos anti-
hipertensivos.
Nos resultados de Lopez et al. (2020) o uso de Bauhinia fauficata na HA
obteve bons resultados no efeito da ingestão de Bauhinia fauficata devido ao seu
efeito diurético. Observou-se diferença significativa (p<0,001) na pressão arterial
diastólica após a intervenção. Redução representa o valor comparado com a
primeira medição.
Os efeitos anti-hipertensivos de algumas plantas medicinais são baseados na
presença de metabólitos secundários, também conhecidos como substâncias ativas.
Princípios ativos são substâncias que as plantas sintetizam e armazenam durante o
crescimento, sendo que geralmente existem vários princípios ativos em uma mesma
planta, sendo que um ou um grupo deles determina a ação principal ou atividade
farmacológica (CANDIDO, 2018).
Por outro lado, conforme estudo de Bruning et al. (2022) a principal fonte de
acesso às informações sobre essa prática foi o conhecimento geral, com apenas
20% dos profissionais formados em formulações de plantas medicinais.
Observe também que o Brasil possui um programa para a integração segura
e eficiente da fitoterapia. Tem como objetivo definir, estimular, conscientizar e
regulamentar o uso dessas espécies pela população brasileira. Esse programa
regulamenta a relevância do conhecimento geral no cultivo, desenvolvimento
tecnológico, divulgação de informações, incorporação ao SUS e uso dessas plantas
(BRASIL, 2019).  
Os efeitos colaterais causados pelo uso de plantas podem aparecer na
interação de ervas/medicamentos fitoterápicos com outros medicamentos e/ou
mesmo relacionados às características do paciente (ex: sexo, idade, condições
fisiológicas) (MENDES; MORAES; GOMES, 2014).
Como acontece com qualquer droga, o abuso de plantas medicinais,
independentemente de sua origem, pode levar a problemas de saúde como:
Alterações na pressão arterial, problemas no sistema nervoso central, fígado
e rins podem levar à internação e até à morte dependendo da via. O maior fator
adverso observado no comércio ambulante é a venda de produtos ditos
'farmacêuticos'. Na verdade, é apenas uma panacéia sem efeito curativo real e pode
piorar ainda mais a saúde dos doentes que tomam esses remédios. Buscando a
restauração da saúde. Tal panacéia é produzida em condições sanitárias
extremamente precárias e, sem dúvida, traz grandes riscos à saúde pública. 
É importante ressaltar a existência de grupos mais vulneráveis a
determinados tratamentos, principalmente os idosos. Esses pacientes precisam de
um maior cuidado e atenção, pois apresentam um metabolismo mais lento
(OLIVEIRA JUNIOR et al., 2012).
A atividade de algumas plantas medicinais se deve à presença de
metabólitos secundários, também chamados de princípios ativos. Substâncias ativas
são substâncias que uma planta produz e armazena durante seu crescimento, sendo
que normalmente existem várias substâncias ativas em uma mesma planta (LOPES
et al., 2020).
A capacidade de interação entre plantas e drogas, bem como o efeito da
planta sobre a pressão arterial, deve-se à presença e ao mecanismo de ação de
alguns metabólitos secundários. O efeito dos medicamentos anti-hipertensivos pode
ser antagonizado (enfraquecimento do efeito do medicamento) quando são usados
em conjunto com plantas medicinais que possuem efeito vasoconstritor, hipotensor e
fluido, e pode ser potencializado (aumenta o efeito do medicamento) quando usados
plantas com efeito diurético, hipotensor e vasodilatador (LOPES et al., 2020).
No Brasil, a terapia medicamentosa era considerada parte necessária do
modelo de tratamento existente (ARAÚJO et al., 2018).
Além do tratamento, várias opções podem ser citadas para o tratamento da
HA, como redução de peso, redução do consumo de sal (sódio) e bebidas
alcoólicas, não uso de medicamentos que aumentam a pressão arterial além da
prática regular de exercícios (LOPES, et al., 2020).
Essas intervenções devem ser realizadas em contexto multidisciplinar para
garantir sua eficácia e, principalmente, a segurança do paciente, podendo o
farmacêutico especialista fornecer as orientações necessárias, além de fornecer
informações sobre o uso correto de medicamentos (BERTONCI, 2018).
Os preparados fitoterápicos são considerados medicamentos de venda livre,
o que levanta questões fundamentais diretamente relacionadas ao tratamento.
Quando a farmácia deve se comprometer com o resultado da farmacoterapia e a
qualidade de vida do paciente.

3 CONCLUSÃO

Com a pesquisa relacionada aos artigos que trataram de diversas literaturas,


pôde-se concluir que o uso de plantas medicinais é um promissor campo de
pesquisa e sua aplicação já é uma realidade. As evidências científicas citadas acima
mostram que alho, manjericão, camomila, pata-de-vaca e maracujá reduzem a
pressão arterial.
A análise da pesquisa aponta que é importante conhecer as diversas opções
de tratamento para HA com plantas medicinais e verificar seus princípios ativos e
efeitos fisiológicos.
Com base nos resultados, é muito importante ressaltar neste contexto que há
uma reflexão sobre a abrangência do tema das plantas medicinais, principalmente
considerando que vivemos em um país onde a flora é muito diversa e onde muitas
espécies são utilizadas na medicina e relacionado ao tratamento de muitas doenças.
Portanto, acreditamos que o conhecimento etnobotânico é essencial para
subsidiar estudos experimentais que irão esclarecer o potencial terapêutico/perfil de
toxicidade dessas plantas medicinais e assim ampliar as opções terapêuticas no
tratamento da hipertensão, patologia muito comum na população mundial.
Argumenta-se que o uso correto das plantas medicinais, bem como a
responsabilidade pelo cultivo sustentável e a identificação das espécies de uso e
manejo corretos são importantes para o sucesso do tratamento, e nesse sentido os
profissionais de saúde, principalmente no nível primário, devem estar envolvidos
serviços de saúde.
Assim, concluímos que os profissionais de saúde como os farmacêuticos,
devem estar atentos e devem procurar educar-se e informar os pacientes sobre o
uso correto das plantas, especialmente quanto ao uso irracional dos fitoterápicos,
conforme alguns estudos têm mostrado, são uma das possíveis causas da ineficácia
dos tratamentos.

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