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REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE A PRODUÇÃO

CIENTÍFICA DE PLANTAS MEDICINAIS DA RENISUS


VOLTADAS AO DIABETES MELLITUS
Diorge Jônatas Marmitt1, Claudete Rempel 2, Márcia Inês Goettert3,
Amanda do Couto e Silva4

Resumo: A presente revisão sistemática quantifica os estudos clínicos que referem ação terapêutica sobre
Diabetes mellitus (DM), publicados, entre 2010 e 2013, em três bases de dados científicas (SciELO, Science
Direct e Springer), sobre as plantas medicinais indicadas na RENISUS. Dos 21.357 artigos encontrados
nas bases de dados pesquisadas, a análise dos artigos foi realizada inicialmente a partir da leitura do
título do artigo, observando quais mencionavam termos relacionados com DM. Os artigos selecionados
na primeira etapa foram analisados por meio da leitura do Abstratc, sendo selecionados os artigos que
mencionavam algum tipo de tratamento efetivo. Por fim, o texto dos artigos selecionados na segunda
etapa da pesquisa foi avaliado integralmente, a fim de selecionar os artigos de interesse que comprovam
potencial antidiabético. Essa triagem resultou em 33 artigos que comprovam ação terapêutica de plantas
da RENISUS para o tratamento de DM.
Palavras-chave: Revisão. Fitoterápicos. Artigos.

SYSTEMATIC REVIEW ON SCIENTIFIC PRODUCTION


OF MEDICAL PLANTS RENISUS AIMED AT DIABETES
MELLITUS
Abstract: This systematic review aims to quantify the clinical studies that relate therapeutic action
on Diabetes mellitus (DM), published between 2010 and 2013 in three scientific databases (SciELO,
Science Direct and Springer) on medicinal plants indicated in RENISUS. Of the 21 357 articles found
in surveyed databases, analysis of articles was initially made from the article title reading, watching
which mentioned terms related to DM. The articles selected in the first step were analyzed by reading the
abstratc, the articles that mentioned some kind of effective treatment being selected. Finally, the text of
the articles in the second stage of the research was fully evaluated in order to select items of interest that
prove antidiabetic potential. This screening resulted in 33 articles that prove therapeutic action plans of
RENISUS for treatment the DM.
Keywords: Review. Medicinal plants. Articles.

1 Graduado em Ciências Biológicas, licenciatura. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em


Biotecnologia – UNIVATES.

2 Doutora em Ecologia – UFRGS. Docente do curso de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em


Ambiente e Desenvolvimento – UNIVATES.

3 Doutora em Ciências Farmacêuticas - University of Tuebingen. Docente e Pesquisadora do Programa


de Pós-Graduação em Biotecnologia – UNIVATES.

4 Acadêmica do curso de Biomedicina - UNIVATES.

Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 1, p. 87-99, 2015. ISSN 1983-0882 87


REVISÃO SISTEMÁTICA SOBRE A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DE PLANTA...

INTRODUÇÃO
O Diabetes mellitus (DM) já é considerado uma epidemia mundial. Trata-se de um
dos mais importantes distúrbios crônicos conhecidos, devido ao significativo número
de portadores, acarretando índices elevados de morbidade e mortalidade (GOMES et
al., 2012).
A forma mais comum de DM corresponde ao tipo 2 (DM2), responsável por
aproximadamente 90% de todos os casos de diabetes no mundo. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), há em média 220 milhões de pessoas com
diabetes, e esse número tende a aumentar significativamente durante os próximos
anos, devendo dobrar até 2030 (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009).
Até recentemente, os adultos representavam o principal segmento da população
acometida pela doença, entretanto o número de crianças e adolescentes com DM2 vem
aumentando consideravelmente (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005; LI
et al., 2012).
Fatores genéticos e ambientais têm sido relacionados ao desenvolvimento e
complicações de DM2 (KOPELMEN, 2000). As manifestações clínicas geralmente
encontradas em pacientes com o distúrbio metabólico são caracterizadas por transtornos
metabólicos consequentes de um quadro de hiperglicemia, resultante do acúmulo de
glicose nos tecidos (DING et al., 2012; RAMAN et al., 2012). O DM2 também é
caracterizado por vários graus de resistência à insulina e deficiência relativa na sua
secreção (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2010).
A estimativa dos custos com os portadores de diabetes no ano de 2002 no Brasil foi
de cerca de 40 milhões de reais, o custo mais alto da América Latina. Gastos médios
com pessoas com DM alcançam até o triplo do que com pessoas não afetadas com a
doença (BARCELÓ et al., 2003). Esses dados bastariam para justificar a busca de
novos compostos eficazes para o tratamento do DM a partir de plantas medicinais mais
acessíveis à população.
A utilização de plantas medicinais tem desempenhado um papel importante em
todo o mundo no tratamento e prevenção de doenças humanas há milhares de anos
e continua como fonte de inovação na descoberta de novas drogas (MEGRAJ et al.,
2011). No que se refere ao DM, muitas espécies vegetais são citadas na literatura
como adjuvantes no seu tratamento, atenuando os sintomas e possíveis efeitos
colaterais (CECÍLIO et al., 2008). Estima-se que existam mais de 1.200 plantas com
atividade antidiabética, tendo que um terço desse total sido estudado e cientificamente
comprovado (CHANG et al., 2013).
Na composição dessas plantas medicinais com propriedades hipoglicêmicas existem
diversos compostos bioativos responsáveis por aumentar a produção de insulina, como
glicosídeos, alcaloides, terpenos, flavonoides e carotenoides, por exemplo (MALVIYA;
JAIN; MALVIYA, 2010).

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Um exemplo é o medicamento Metformina, utilizado no tratamento do DM2,


o qual foi desenvolvido com base no composto biguanida, extraído a partir da planta
Galega officinalis L., popularmente conhecida por galega (OUBRÉ et al., 1997).
A OMS tem expressado a sua posição a respeito da necessidade de valorizar a
utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, tendo em conta que 80%
da população mundial utiliza plantas ou preparações delas no que se refere à
atenção primária de saúde. Ao lado disso, destaca-se a participação dos países em
desenvolvimento nesse processo, já que possuem 67% das espécies vegetais do mundo
(BRASIL, 2013a).
Neste contexto, somente no ano de 2011, a fitoterapia no Brasil gerou uma receita
de R$ 1,1 bilhão (REDESFITO, 2013). Portanto, o interesse popular e institucional
vem crescendo no sentido de fortalecer a Fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS),
já que a utilização de plantas medicinais e seus rituais fornece uma maneira econômica
de cura para a maioria da população, contribuindo significativamente para a atenção
primária à saúde (BRASIL, 2013a).
Desde 2007, o SUS oferece fitoterápicos derivados de plantas, de modo que,
atualmente, disponibiliza a utilização de 12 medicamentos fitoterápicos (BRASIL,
2013b) da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) disponíveis
no SUS (Espinheira-santa, Guaco, Alcachofra, Aroeira, Cáscara-sagrada, Garra-
do-diabo, Isoflavona-de-soja, Unha-de-gato, Hortelã, Babosa, Salgueiro, Plantago)
(BRASIL, 2013b).
O Ministério da Saúde divulgou, em fevereiro de 2009, a Relação Nacional de
Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS). Nessa lista constam as plantas
medicinais que apresentam potencial para gerar produtos de interesse ao SUS
(BRASIL, 2009).
O intuito da lista foi e continua sendo orientar estudos e pesquisas que possam
subsidiar a manutenção da relação de fitoterápicos disponíveis para uso da população,
com segurança e eficácia para o tratamento de algumas doenças (BRASIL, 2009).
Nessa mesma linha, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares
(PNPIC) destaca a necessidade de acesso da população aos medicamentos fitoterápicos,
contribuindo com a implementação de estratégias que já vêm sendo desenvolvidas na
rede pública de muitos municípios (BRASIL, 2006a).
A PNPIC, no que tange a RENISUS, busca identificar as necessidades da maioria
da população, a partir de dados epidemiológicos das doenças passíveis de serem tratadas
com plantas medicinais e fitoterápicos, a fim de disponibilizar plantas medicinais e/
ou fitoterápicos nas Unidades de Saúde, desde que previamente prescritos (BRASIL,
2006a).

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Diante do exposto, constitui-se o objetivo deste estudo, realizar uma revisão


sistemática que aponte a quantidade de artigos científicos publicados sobre as plantas
medicinais constantes na lista da RENISUS, relacionadas com o uso terapêutico para
DM.
O estudo, direcionado a área da Saúde Coletiva, especificamente na atenção
primária à saúde, torna-se importante pelo fato de não terem sido encontrados na
literatura estudos semelhantes que forneçam dados recentes sobre a produção científica
de plantas medicinais com atividade hipoglicemiante. A relevância do estudo é
reforçada por suprir a falta de dados clínicos sobre a eficácia e o uso terapêutico das
plantas medicinais em questão.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Na presente revisão, foram analisados artigos científicos publicados a partir da
criação da RENISUS, no período de janeiro de 2010 a fevereiro de 2013, em três
bases de dados científicas: Science Direct, Springer e Scientific Electronic Library Online
(SciELO). Na pesquisa, foram considerados todos os artigos científicos disponibilizados
como texto completo e gratuito nas bases de pesquisa, independente do idioma. O
descritor utilizado na consulta nessas bases de dados foi o nome científico das 71 plantas
medicinais, conforme citadas na RENISUS.
A análise foi dividida em três etapas. A primeira etapa constituiu-se na leitura do
título dos artigos, em que foram selecionados apenas aqueles com termos relacionados
com DM. Em seguida, partiu-se para a segunda etapa, na qual foi lido o Abstratc dos
artigos incluídos na primeira fase, dentre os quais foram escolhidos os que mencionavam
algum tipo de tratamento efetivo para DM com as plantas de interesse. Por fim, na
terceira e última etapa, foi avaliado o texto integral dos artigos selecionados na segunda
etapa, a fim de eleger os que comprovam algum tipo de ação terapêutica para DM.
O critério de seleção dos artigos de interesse foi incluir os estudos que comprovam
ação terapêutica em DM, a partir do estudo de alguma das plantas medicinais da
lista da RENISUS. Foram descartados artigos de revisão e outros que abordavam
os constituintes químicos dos vegetais. Também foram excluídos os artigos que
mencionavam somente o uso empírico das plantas, além de trabalhos realizados a partir
de entrevistas semiestruturadas. Cabe salientar, ainda, que foram eliminados os artigos
repetidos nas bases de dados.

RESULTADOS
A triagem inicial resultou na seleção de 21.357 publicações nas três bases de dados:
SciELO, Science Direct e Springer. A segunda etapa consistiu na avaliação dos títulos

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Diorge Jônatas Marmitt et al.

desses estudos, sendo selecionados 487 artigos que possuíam relação com DM. A Tabela
1 informa a quantidade de artigos analisados e a quantidade de artigos selecionados em
cada base de dados, por planta medicinal de interesse.
Tabela 1: Total de artigos analisados e selecionados

Lista de espécies Science Direct Springer SciELO TOTAL


citadas na RENISUS
(atualização APG III) Analisados Selecionados Analisados Selecionados Analisados Selecionados Analisados Selecionados

Achillea millefolium L. 207 1 140 0 4 0 351 1


Allium sativum L. 863 2 198 0 12 1 1073 3
Caesalpinia ferrea Mart. 24 1 3 0 0 0 27 1
ex Tul. var. ferrea
Calendula officinalis L. 178 0 68 1 6 0 252 1
Chamomilla recutita (L.) 411 1 137 0 12 0 560 1
Rauschert
Matricaria recutita 0 0 0
Curcuma longa L. 847 8 282 2 10 0 1139 10
Momordica charantia L. 376 3 0 0 25 0 401 3
Morus L. 169 1 90 0 0 0 259 1
Passiflora L. 89 0 54 0 1 0 545 2
- Passiflora alata Curtis 42 0 24 0 13 0
- Passiflora edulis Sims 153 0 61 1 29 0
- Passiflora incarnata L. 58 1 18 0 3 0
Persea Mill. 95 0 85 0 0 0 579 1
- Persea americana Mill. 245 1 139 0 8 0
- Persea gratissima C.F. 6 0 1 0 0 0
Gaertn.
Psidium guajava L. 353 1 160 1 26 0 539 2
Punica granatum L. 527 1 120 0 6 0 653 1
Ruta graveolens L. 137 0 59 1 8 0 204 1
Syzygium Gaertn. 8 0 7 0 0 0 56 1
- Syzygium cumini (L.) 24 1 4 0 0 0
Skeels
- Syzygium jambolanum 13 0 0 0 0 0
(Lam.) DC.
Uncaria tomentosa 77 1 16 0 4 0 97 1
(Willd. ex Roem. &
Schult.) DC.
Zingiber officinale Roscoe 559 3 188 0 10 0 757 3
TOTAL 5461 26 1854 6 177 1 7492 33

Após selecionados os artigos, 487, na segunda etapa, partiu-se para a terceira fase
da análise, que teve como foco a leitura do Abstratc. Nessa etapa foram selecionados 146
trabalhos que mencionavam tratamento efetivo para DM por meio do uso de alguma
das plantas medicinais de interesse.

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A partir da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, seguiu-se para a etapa


seguinte. Após ler o texto integral dos 146 artigos, este estudo selecionou e concentrou-
se em 33 artigos de interesse (0,15% do total de artigos publicados nas três bases
de dados). Desse total, dois foram publicados no ano de 2010, 15 em 2011, 15 em
2012 e um estudo foi publicado entre janeiro e fevereiro de 2013, considerando que
os dados analisados foram coletados no final do mês de fevereiro de 2013. Com essas
publicações, foi possível aferir as plantas medicinais que possuem atividade terapêutica
para DM (TABELA 2).
Tabela 2: Total de artigos selecionados por planta

Lista de espécies citadas na Science


Springer SciELO TOTAL
RENISUS (atualização APG III) Direct
Curcuma longa 8 2 0 10
Zingiber officinale 3 0 0 3
Allium sativum 2 0 1 3
Momordica charantia 3 0 0 3
Psidium guajava 1 1 0 2
Achillea millefolium 1 0 0 1
Apuleia ferrea 1 0 0 1
Calendula officinalis 0 1 0 1
Chamomilla recutita 1 0 0 1
Morus nigra 1 0 0 1
Passiflora edulis 0 1 0 1
Passiflora incarnata 1 0 0 1
Persea americana 1 0 0 1
Punica granatum 1 0 0 1
Ruta graveolens 0 1 0 1
Syzygium cumini 1 0 0 1
Uncaria tomentosa 1 0 0 1

Como pode ser observado na Tabela 2, as plantas citadas foram as que tiveram
estudos relacionados com o DM publicados nas bases de dados consultadas, sendo
que somente uma espécie é nativa do Brasil, Apuleia ferrea (Pau-ferro). Ainda, das 17
plantas com potencial antidiabético, uma já é disponibilizada no SUS como fitoterápico,
Uncaria tomentosa (Unha-de-gato). Das 71 plantas da lista da RENISUS, 17 possuem
pesquisa(s) comprovando atividade terapêutica para DM, por meio de estudos pré-
clínicos in vitro e ou in vivo.

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Diorge Jônatas Marmitt et al.

Curcuma longa (Açafrão), com 10 artigos científicos encontrados, foi a planta


medicinal com a maior quantidade de estudos publicados relacionados a DM,
conforme comprovado por estudos publicados por El-Moselhy et al. (2011). Esses
autores descrevem que a curcumina, substância extraída de Curcuma longa, demonstrou
um efeito anti-hiperglicêmico e melhorou a sensibilidade à insulina. Outro estudo,
publicado por Paulose et al. (2011), sugere que a curcumina possui papel terapêutico na
prevenção de complicações diabéticas associadas com o cérebro. Já o estudo realizado
por Soetikno et al. (2011), menciona que o tratamento de curcumina protege contra o
desenvolvimento de nefropatia diabética em ratos, por meio da redução da infiltração
de macrófagos em ratos com diabetes induzida por estreptozotocina (STZ), droga que
destrói seletivamente as células β do pâncreas, as quais produzem insulina.
Zingiber officinale (Gengibre), Allium sativum (Alho), Momordica charantia (melão-
de-São-Caetano) tiveram três trabalhos cada relacionados à atividade antidiabética,
de acordo com Reddy et al. (2011), em estudo que sugerem que o efeito antioxidante
e hipoglicemiante do gengibre foi comparado com a droga sintética hipoglicemiante
Glibenclamida. No estudo, os autores apontam que uma suplementação de gengibre,
durante 30 dias, a ratos diabéticos resultou em significativa dose-dependente
hipoglicemiante e antioxidante. Esses resultados sugerem que o tratamento com
gengibre exerce um efeito protetor terapêutico no diabetes pela diminuição de estresse
oxidativo, e danos renais e hepáticos. O trabalho publicado por Liu et al. (2012),
aborda o efeito cardioprotetor da alicina (composto extraído de Allium sativum) na
lesão miocárdica em ratos diabéticos induzidos por STZ. Os pesquisadores concluíram
que as doses testadas de alicina reduziram significativamente os níveis de glicose no
sangue de uma forma dose-dependente ao aumento do peso corporal, comparado
ao grupo padrão. Em relação à Momordica charantia, destacamos o estudo de autoria
de Al-Mamun (2011), o qual aponta que os frutos dessa planta apresentam potentes
propriedades antidiabética.
Para Psidium guajava (Goiaba), foram encontrados dois estudos clínicos
relacionados à atividade hipoglicemiante, em que destacamos o trabalho realizado
por Huang, Yin, Chiu, 2011, no qual os pesquisadores sugerem que a Psidium guajava
possui um significativo efeito anti-hiperglicêmico, o qual está relacionado com a sua
atividade antioxidante.
Já para doze plantas (Achillea millefolium, Apuleia ferrea, Calendula officinalis
(Calêndula), Chamomilla recutita (Camomila), Morus nigra (Amoreira), Passiflora
edulis, Passiflora incarnata (Maracujá), Persea americana (Abacateiro), Punica granatum
(Romã), Ruta graveolens (Arruda), Syzygium cumini (Jamelão) e Uncaria tomentosa)
foi encontrado um trabalho relacionando à ação terapêutica para DM. Alguns desses
estudos são retratados a seguir.
Mustafa et al. (2012), pesquisaram o uso terapêutico da Achillea millifolium (mil-
folhas) em ratos diabéticos. Como resultado, os autores descrevem que os extratos

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(aquoso e metanólico) da planta são eficazes para a hiperglicemia e podem proteger


contra outros distúrbios metabólicos causados por aloxano mono-hidratado, o qual
é um análogo tóxico da glicose, que, quando administrada em roedores, causa sinais
típicos da Diabetes mellitus Tipo 1 manifestada em humanos.
Caesalpinia ferrea ou Apuleia ferrea foi estudada, por exemplo, pelos pesquisadores
Vasconcelos et al., 2011, os quais investigaram as propriedades hipoglicêmicas do
extrato aquoso da casca do caule de Caesalpinia ferrea. Os resultados do estudo indicam
que o extrato avaliado possui atividade hipoglicemiante e possivelmente atua na
regulação da absorção de glicose no fígado e nos músculos.
Outro exemplo é o estudo realizado pelos pesquisadores Prabakaran, Ashokkumar
(2012). Eles avaliaram o efeito hipoglicêmico de esculetina, um importante composto
presente na planta Matricaria chamomilla, sobre as enzimas-chave do metabolismo de
carboidratos em ratos diabéticos induzidos por STZ. A administração oral de esculetina
diminuiu significativamente os níveis de glicose no plasma e aumentou os níveis de
hemoglobina e insulina.
De Queiroz et al. (2012), buscaram avaliar a ação da farinha obtida a partir da
casca do Maracujá-amarelo (Passiflora edulis), empregada no controle da glicose em
pacientes com DM2. A suplementação diminuiu a resistência à insulina, o que sugere
uma ação positiva no controle de glicose, o que pode ser indicada como uma terapia
adjuvante em tratamentos convencionais contra o DM2.
Por fim, destacamos o estudo realizado por Wanderley et al. (2012). Esses
autores investigaram o potencial hipoglicêmico do extrato hidroalcóolico das folhas
de Persea americana. Os resultados obtidos indicam que o extrato possui propriedades
antidiabéticas e possivelmente atua na regulação da absorção de glicose no fígado e nos
músculos.
Importante destacar ainda que essa triagem avaliou tão somente um período
da produção científica após a criação da RENISUS, porém, várias espécies vegetais
já foram comprovadas cientificamente quanto à atividade antidiabética, entre as
quais destacamos: Anacardium occidentale L. (Cajueiro), Baccharis trimera (Less.) DC.
(Carqueja), Bauhinia forficata Link. (Pata-de-vaca), Bidens pilosa L. (Picão-preto),
Eucalyptus globulus Labill. (Eucalipto), Myrcia sphaerocarpa DC. (Insulina vegetal),
Phyllantus niruri L. (Quebra-pedra) e Salvia Officinalis L. (Sálvia) (GROVER
et al., 2002; LINO et al., 2004; BARBOSA et al., 2005; SATHISHSEKAR;
SORIMUTHUS, 2005).

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Diorge Jônatas Marmitt et al.

DISCUSSÃO
O uso de terapias alternativas para o tratamento de enfermidades crônico-
degenerativas representa importante ganho nos investimentos humanos e financeiros
empregados na área da saúde no Brasil (BORGES et al., 2008).
O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta, detém um valioso
conhecimento tradicional associado ao uso de plantas medicinais e tem o potencial
necessário para desenvolvimento de pesquisas que resultem em tecnologias e terapias
eficazes (BRASIL, 2006b). Esta biodiversidade contribuiu para que o uso das plantas
medicinais seja considerado um campo estratégico para o Brasil, cujo maior potencial
econômico da biodiversidade está na descoberta de novas drogas derivadas diretamente
ou sintetizadas a partir de recursos biológicos (BRITO, 2010).
A produção científica nacional vem crescendo desde 1985, quando foram
publicados mais de 2 mil artigos, o que representou 33% da produção latino-americana
e 0,47% da produção mundial. Em 2007 foram cerca de 20 mil publicações de
brasileiros em revistas estrangeiras (LIMA et al., 2007). Este aumento em pesquisa
está em concordância com os resultados encontrados na presente revisão, sendo que dos
33 estudos de interesse para DM, seis pesquisas com importantes resultados científicos
foram desenvolvidas por pesquisadores brasileiros, durante o período de análise desta
revisão. Tal dado sugere que houve incremento em pesquisa científica no Brasil após a
criação da RENISUS, ao menos voltadas ao DM. Assim sendo, torna-se imprescindível
continuar fomentando a realização de estudos científicos, tendo em vista a importância
dos seus resultados tanto individuais como sociais.
Por se tratar de uma doença crônica prevalente, o DM é alvo de pesquisas na
busca por novos métodos de tratamento que possibilitem o uso de plantas medicinais,
contribuindo para triagens etnofarmacológicas que permitam o aporte a pesquisas que
relacionem o potencial de espécies vegetais capazes de auxiliar no tratamento dessa
condição patológica (CECÍLIO et al., 2008).
A utilização a longo prazo de espécies vegetais prova que elas são capazes de
substituir muitas drogas sintéticas com conhecidos efeitos colaterais. Sendo assim,
a medicina popular pode complementar a terapia tradicional, oferecendo novas
perspectivas terapêuticas (BASCH et al., 2003).
A curcumina é um dos fitoquímicos ativos encontrados com elevada concentração
em plantas das espécies Zingiberaceae (GOLAN et al., 2009), o que explica a
quantidade de trabalhos e resultados encontrados para as plantas Curcuma longa e
Zingiber officinale.
A partir das publicações sobre o potencial antidiabético, constata-se que algumas
plantas medicinais apresentam importantes efeitos hipoglicêmicos com atividade igual
e às vezes até mais potentes se comparados a medicamentos hipoglicemiantes sintéticos

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(ARIF et al., 2014). Assim, novas investigações devem ser realizadas a fim de avaliar o
potencial antidiabético e o efeito tóxico destas plantas, objetivando o desenvolvimento
de novos fitoterápicos.

CONCLUSÃO
Esta revisão da literatura acrescenta mais dados científicos pois existem
inúmeras plantas com propriedades hipoglicêmicas. Muitas plantas exercem efeito
hipoglicemiante, atribuído a vários mecanismos de ação, porém algumas plantas
utilizadas podem ser tóxicas e requerem estudos posteriores.
Dos 21.357 estudos encontrados nas bases de dados pesquisadas, apenas 33
comprovam ação terapêutica em DM a partir do uso de alguma das plantas medicinais
da lista da RENISUS. Ainda, das 17 plantas com potencial antidiabético evidenciado,
apenas uma já é disponibilizada no SUS como fitoterápico, Uncaria tomentosa e, somente
uma espécie é nativa do Brasil, Apuleia ferrea.
Curcuma longa com 10 estudos, Zingiber officinale, Allium sativum e Momordica
charantia com três estudos realizados são as plantas com maior número de estudos
sobre DM publicados nas bases de dados consultadas durante o período de janeiro de
2010 a fevereiro de 2013.
A cultura de utilizar plantas medicinais deve ser incentivada através de estudos
que comprovem a eficácia terapêutica em seres humanos, contribuindo para estabelecer
um perfil seguro como um adjuvante no tratamento contínuo em pacientes, buscando
acompanhar correlatamente, a evolução das complicações. Tais parâmetros podem
encorajar o uso tradicional de espécies medicinais desde que previamente prescritas e
consequentemente, diminuir a exposição da população a práticas inseguras.
Os resultados deste estudo fornecem subsídios teóricos para discussões sobre
tratamentos alternativos à base de plantas medicinais como um adjuvante no controle
dos níveis glicêmicos em pacientes portadores de DM.

REFERÊNCIAS
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in Alloxan Induced Type 2 Diabetic Long-Evans Rats. Clinical Biochemistry. 2011, vol 2,
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ARIF, T.; et al. Anti- diabetic agents from medicinal plants: A review. Chemical Biology
Letters. 2014, vol 1, n.1, p.1-13

Caderno pedagógico, Lajeado, v. 12, n. 1, p. 87-99, 2015. ISSN 1983-0882 96


Diorge Jônatas Marmitt et al.

BARBOSA, J. B. F.; et al. Plants and their active constituintes from South, Central and
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15, n.4, p.392-413.

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