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Marbopet
Ano II - Edição 5
superficial, 11 (85%) apresentaram melho- sido evidenciada por Scott et al. (2007) no
ra clínica total (Gráfico 1) e dos 5 animais tratamento de cães com Marbopet® durante
com piodermite profunda, 4 (80%) apresen- um período de 42 dias consecutivos sem a
taram melhora clínica total (Gráfico 2). A observação de quaisquer alterações clínicas
maioria dos animais apresentou melhora ou hematológicas. De modo semelhante,
clínica 21 dias após o início do tratamento. Carlotti et al. (1999) demonstraram num
Em relação à segurança, Marbopet® foi estudo realizado com 39 cães acometidos
muito bem tolerado pelos animais não tendo por piodermite grave que o tratamento com
havido alterações clínicas relacionadas ao marbofloxacina na dose média de 2,12
seu uso em nenhum dos animais tratados, mg/kg, uma vez por dia, durante 10 a 213
mesmo aqueles medicados por 30 dias con- dias não resultou em efeitos colaterais adver-
secutivos. sos, comprovando a segurança do medica-
SEGURANÇA mento, o que é desejado para pacientes que
A segurança da marbofloxacina já havia requerem tratamento prolongado
Melhora clínica total e parcial de cães com Melhora clínica total e parcial de cães com
piodermite superficial tratados com marbo- piodermite profunda tratados com marboflo-
floxacina (Marbopet®) durante 21 dias xacina (Marbopet®) durante 30 dias
CONCLUSÃO
Como conclusão, o uso da marbofloxacina lenta, e portanto, parcial até a conclusão do
(Marbopet®) foi eficaz no tratamento de estudo.
cães com piodermite superficial e profunda, Verificou-se ainda que a marbofloxacina
resultando em remissão clínica completa na apresentou um bom perfil de sensibilidade
grande maioria dos animais. frente ao agente Staphylococcus interme-
Acredita-se que remissão parcial dos sinto- dius, principal agente etiológico da piodermi-
mas em dois cães com piodermite superficial te em cães, além da segurança no tratamen-
e um com piodermite profunda se deva ao to e controle da piodermite canina, já que não
fato de que os animais não foram submeti- houve efeitos colaterais significativos nem
dos a tratamento tópico concomitante, o que alterações bioquímicas séricas indicativas de
pode ter resultado em melhora clínica mais dano hepático ou renal.
A eficácia da marbofloxacina no
tratamento da otite canina
Conheça a eficácia de Marbopet® no combate à otite bacteriana
Ano II - Edição 5
De forma geral, baseia-se primeiramente variadas, diagnosticados com otites externa,
no uso de produtos tópicos para limpeza do média e interna, por meio de exame clínico,
conduto externo com objetivo de remoção do citologia, exames radiológicos e cultura e anti-
cerúmen excessivo, permitindo uma melhor biograma do cerúmen.
penetração e ação de produtos à base de anti- Os animais diagnosticados com otite externa
bióticos, antifúngicos e anti-inflamatórios (para grave ou com otite média foram submetidos
a redução do processo inflamatório), que serão ao tratamento sistêmico com comprimido de
empregados em seguida. Marbopet®, na dose de 2,75 mg por kg de peso
A cirurgia de ablação do conduto auditivo corporal, a cada 24 horas, por um período de
é indicada nos casos de grave estenose do 21 a 30 dias. Animais diagnosticados com otite
canal, ou quando se faz necessária a remoção interna foram submetidos ao mesmo tratamento
de tumores e pólipos. sistêmico (Marbopet®, na dose de 2,75mg por
Em casos onde apenas a terapia tópica não kg de peso corporal) só que duas vezes ao dia,
é eficaz, recomenda-se o tratamento sistêmico por um período de 21 a 30 dias.
com antibióticos da classe dos aminoglicosíde- Os sintomas observados na primeira consulta
os e/ou fluorquinolonas, associado a corticoste- dos animais foram minuciosamente anotados
roides. As fluorquinolonas possuem baixa ototo- em fichas específicas para comparação ao
xicidade e devem ser reservadas aos casos de término do tratamento. Para determinação da
otite que tenham respondido pobremente a te- segurança do tratamento os animais foram
rapias anteriores e após testes de sensibilidade. monitorados quanto à presença de alterações
Estudos recentes comprovaram que a fluoroqui- clínicas diversas, tais como anorexia, vômito,
nolona está entre as classes de medicamentos diarreia, náuseas, letargia, reações farmacodér-
antimicrobianos que tem demonstrado eficácia micas, icterícia e sialorréia.
superior a 70% para tratamento das otites bac- Dos cinco animais avaliados, três responde-
terianas quando comparada a outros ativos. ram ao tratamento com marbofloxacina, um
Para avaliar a eficácia do Marbopet® em teve o antibiótico suspenso devido à resistên-
casos de otite canina, realizou-se um estudo cia da bactéria isolada e o quinto animal não
com 5 animais machos e fêmeas, com idade apresentou melhora significativa no quadro
variando entre sete e quatorze anos e raças otológico e o tratamento foi suspenso (Figura 1).
2,5
1,5
0,5
0
Sensível Parcialmente sensível Resistente
CONCLUSÃO
Pôde-se verificar que a marbofloxacina quando utilizado topicamente, como é des-
(Marbopet®) apresentou um bom perfil de crito para outras quinolonas.
sensibilidade em relação às bactérias isoladas Com relação a avaliação de segurança,
dos pacientes com otite, mesmo em casos os animais tratados com marbofloxacina
crônicos da doença. E, principalmente, a mar- (Marbopet®) na dose de 2,75 mg/kg/SID
bofloxacina (Marbopet®) foi eficaz para o ou BID por 21 a 30 dias não apresentaram
agente Staphylococcus intermedius, podendo nenhum sintoma colateral, tendo o tratamento
ter seu perfil de sensibilidade aumentado, sido considerado seguro, mesmo em longo
quando recomendado em doses maiores ou prazo.
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Qualidade e eficácia de um
novo antibiótico oral para cães.
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Dosagem
2,75 mg/kg a cada 24 horas
Apresentação
Cartucho com 10 comprimidos
palatáveis de 27,5 ou 82,5 mg
REFERÊNCIAS
1. SPRENG, M.; DELEFORGE, J.; THOMAS, V.; BOISRAMÉ, B.; DRUGEON, H.
Antibacterial Activiy of marbofloxacin. A new fluorquinoloe for veterinary use against
canine and feline isolates. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics,
v.18, n. (4), p. 284-289, 1995.
2. AIELLO, S.E., Manual Merck de Medicina Veterinária. São Paulo. Roca. 8. ed., 2001.
3. EMEA- The European Agency for the Evaluation of Medicinal Products. Committee
for Veterinary Medicinal Products, Marbofloxacin, Summary Report(1), march, 1996.
4. FRAZIER, D. L.; THOMPSON, L.; TRETTIEN, A.; EVANS, E. I . Comparison of fluoro-
quinolone pharmacokinetic parameters after treatment with marbofloxacin, enrofloxacin,
and difloxacin in dogs. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics. 23,
293–302, 2000.
5. SCOTT, F.B.; CORREA, T.R. Avaliação da segurança em cães do produto Marbopet
comprimidos, 2007 – dados internos.
6.CARLOTTI, D.N.; GUAGUERE, E.; PIN, D.; JASMIN, P.; THOMAS, E.; GUIRAL, V.
Therapy of difficult cases of canine pyoderma with marbofloxacin: a report of 39 dogs.
Journal of Small Animal Practice. v. 40, p. 265-270, 1999.