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Um informativo da Ceva Saúde Animal Ano II - Edição 5

Uso de Marbopet® no tratamento


da piodermite e otite bacterianas em cães, confira!

Marbopet

Marbopet® é um antibiótico oral fisiológicos são interrompidos,


palatável para cães à base de mar- havendo perda da integridade da
bofloxacina, uma fluorquinolona de membrana celular, o que resulta em
terceira geração. O mecanismo de morte rápida do micro-organismo.
ação das fluorquinolonas se baseia Por possuir amplo espectro de ação,
na inibição da DNA-girase ou da Marbopet® atua em bactérias Gram
topoisomerase IV bacteriana, impe- positivas e negativas, sendo indica-
dindo o espiralamento e a replicação do no tratamento de infecções do
do DNA. Desta forma, a respiração, sistema gastrintestinal, respiratório,
a divisão celular e outros processos tegumentar e urinário.

Piodermite Canina Otite Bacteriana


Saiba como identificar a doença e Conheça a eficácia de Marbopet®
seu tratatamento no tratamento da otite bacteriana
Confira na pág. 02 Confira na pág. 04
O uso de Marbopet® no tratamento
da piodermite canina
SCOTT, F.B.; CORREA, T.R. Avaliação da segurança em cães do produto CEVA, 2007. Avaliação de eficácia e segurança do produto Marbopet®
Marbopet® comprimidos, 2007 – dados internos. Comprimidos no tratamento da piodermite em cães (Canis familiaris).
FRAZIER, D.L et al. Comparison of fluoroquinolone pharmacokinetic CARLOTTI, D.N.; GUAGUERE, E.; PIN, D.; JASMIN, P.; THOMAS, E.;
parameters after treatment with marbofloxacin, enrofloxacin and GUIRAL, V. Therapy of difficult cases of canine pyoderma with
difloxacin in dogs. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics. marbo¬oxacin: a report of 39 dogs. Journal of Small Animal Practice. v.
23, 293-302, 2000. 40, p. 265-270, 1999.

Um estudo realizado por Frazier et al. piodermite profunda, a administração de


(2000), comparando-se a farmacocinética antibióticos sistêmicos deve durar no mínimo
das principais fluorquinolonas do mercado seis semanas, mantendo-se o tratamento
veterinário, demonstrou que o pico de con- por mais duas semanas após a completa
centração plasmática da marbofloxacina é remissão dos sintomas. Para ambos os
significativamente maior. Isso significa uma casos recomenda-se associar terapia tópica
maior biodisponibilidade do ativo com uma com produtos antissépticos, como a clorexi-
menor dose (2,75 mg/kg), e consequente- dina, iodo povidina ou o peróxido de benzoí-
mente, mais segurança para o animal. la, com o intuito de acelerar a melhora clínica
Para se avaliar a eficácia do Marbopet® por aumentar a retirada de bactérias da pele.
em infecções do sistema tegumentar, foi Para avaliação da eficácia da marbofloxa-
realizado um estudo com cães diagnostica- cina (Marbopet®) no tratamento de infec-
dos com piodermite. ções cutâneas (piodermite) em cães, foram
Piodermite é a condição infecciosa, de selecionados 18 animais, machos e fêmeas,
origem bacteriana, que acomete o tegumen- de raça e idade variadas. Destes, 13 animais
to em qualquer nível de profundidade, foram diagnosticados com piodermite super-
podendo ser classificada como superficial ficial e cinco com piodermite profunda.
ou profunda. As alterações clínicas e dermatológicas
A piodermite superficial é a infecção bacte- evidenciadas na primeira consulta, tais
riana que envolve a epiderme e o epitélio como, alopecia, prurido, presença de cros-
folicular. A intensidade do prurido que acom- tas, epilação fácil, hipotricose, tonsura pilosa,
panha a infecção é variável, mas frequente- eritema ou placas cutâneas e pontos de
mente, é um achado comum. Dentre as prin- exsudação, foram avaliadas e mensuradas
cipais alterações da pele estão a presença para serem comparadas ao término do trata-
de pápulas eritematosas, colaretes epidérmi- mento. Para avaliação da segurança do pro-
cos, áreas de rarefação pilosa ou até mesmo duto os animais foram submetidos a exames
alopécicas. Em casos mais graves podem clínicos e laboratoriais (hemograma e avalia-
ser observadas crostas purulentas ou hemá- ção bioquímica completa) antes e após o
ticas e pústulas. tratamento. Quaisquer alterações clínicas,
A piodermite profunda é a infecção bacte- tais como vômito, anorexia ou diarreia, entre
riana que envolve a derme e o tecido subcu- outras, foram anotadas propriamente em
tâneo. Esse tipo de infecção geralmente fichas de acompanhamento.
decorre do agravamento de piodermite Todos os animais foram submetidos ao
superficial, ou ainda, devido a mordidas con- tratamento sistêmico por meio de comprimi-
taminadas ou penetração da pele por corpos dos de Marbopet®, na dose de 2,75mg por
estranhos. kg de peso corporal, a cada 24 horas, por via
Para tratamento da piodermite superficial oral, por um período mínimo de 21 dias nos
recomenda-se administração de antibióticos casos de piodermite superficial e por um
sistêmicos por pelo menos três semanas, período mínimo de 30 dias nos casos de
mantendo o tratamento por mais uma piodermite profunda.
semana após a cura clínica, e nos casos de Dos 13 animais avaliados com piodermite

Ano II - Edição 5
superficial, 11 (85%) apresentaram melho- sido evidenciada por Scott et al. (2007) no
ra clínica total (Gráfico 1) e dos 5 animais tratamento de cães com Marbopet® durante
com piodermite profunda, 4 (80%) apresen- um período de 42 dias consecutivos sem a
taram melhora clínica total (Gráfico 2). A observação de quaisquer alterações clínicas
maioria dos animais apresentou melhora ou hematológicas. De modo semelhante,
clínica 21 dias após o início do tratamento. Carlotti et al. (1999) demonstraram num
Em relação à segurança, Marbopet® foi estudo realizado com 39 cães acometidos
muito bem tolerado pelos animais não tendo por piodermite grave que o tratamento com
havido alterações clínicas relacionadas ao marbofloxacina na dose média de 2,12
seu uso em nenhum dos animais tratados, mg/kg, uma vez por dia, durante 10 a 213
mesmo aqueles medicados por 30 dias con- dias não resultou em efeitos colaterais adver-
secutivos. sos, comprovando a segurança do medica-
SEGURANÇA mento, o que é desejado para pacientes que
A segurança da marbofloxacina já havia requerem tratamento prolongado

Melhora clínica total e parcial de cães com Melhora clínica total e parcial de cães com
piodermite superficial tratados com marbo- piodermite profunda tratados com marboflo-
floxacina (Marbopet®) durante 21 dias xacina (Marbopet®) durante 30 dias

CONCLUSÃO
Como conclusão, o uso da marbofloxacina lenta, e portanto, parcial até a conclusão do
(Marbopet®) foi eficaz no tratamento de estudo.
cães com piodermite superficial e profunda, Verificou-se ainda que a marbofloxacina
resultando em remissão clínica completa na apresentou um bom perfil de sensibilidade
grande maioria dos animais. frente ao agente Staphylococcus interme-
Acredita-se que remissão parcial dos sinto- dius, principal agente etiológico da piodermi-
mas em dois cães com piodermite superficial te em cães, além da segurança no tratamen-
e um com piodermite profunda se deva ao to e controle da piodermite canina, já que não
fato de que os animais não foram submeti- houve efeitos colaterais significativos nem
dos a tratamento tópico concomitante, o que alterações bioquímicas séricas indicativas de
pode ter resultado em melhora clínica mais dano hepático ou renal.
A eficácia da marbofloxacina no
tratamento da otite canina
Conheça a eficácia de Marbopet® no combate à otite bacteriana

Otite é o processo inflamatório do conduto vezes, os mesmo sintomas da otite exter-


auditivo. De etiologia multifatorial, inúmeras na, porém, com maior intensidade – anore-
causas podem levar ao seu desenvolvimen- xia, hipertermia, etc -. A presença de esteno-
to, tais como disfunções anatômicas, predis- se do conduto e até alterações tempuro--
posição genética, distúrbios de queratiniza- mandibulares (dificuldade para abrir a boca)
ção (seborreia), doenças sistêmicas podem ser observadas em quadros crônicos
(endocrinopatias), entre outras. A otite pode e/ou de maior gravidade. O diagnóstico deve
ser classificada de acordo com a localização ser estabelecido por meio do exame físico
do processo inflamatório no conduto auditivo completo, e ainda, otoscopia com pesquisa
(otite externa, média ou interna). Quanto mais microscópica do cerúmen, além da realiza-
profunda sua localização, maior a gravidade ção de exames laboratoriais gerais
do processo inflamatório, e consequente- (hemograma, urinálise e perfil bioquímico
mente, os sintomas e alterações clínicas. completo) para animais com alterações
OTITE EXTERNA sistêmicas importantes. Recomenda-se
A otite externa é a inflamação do conduto ainda a realização de exames de imagem
auditivo externo e os fatores predisponentes (radiografia, tomografia ou ressonância mag-
incluem diferentes conformações dos con- nética) para pesquisa de complicações
dutos e das orelhas, presença de umidade como mineralização, osteólise ou osteomieli-
excessiva, doenças obstrutivas auriculares te, que podem requerer tratamento específi-
como neoplasias, pólipos e granulomas, pro- co.
dução excessiva de cerúmen e presença de OTITE INTERNA
parasitas e microrganismos como ácaros, A otite interna compreende a inflamação
leveduras e bactérias. Os animais acometi- da cóclea, vestíbulo e canais semicirculares,
dos podem apresentar prurido e dor local, determinando transtornos de equilíbrio. Na
eritema e edema do conduto auditivo externo maioria das vezes advém de uma complica-
e meneios cefálicos. O diagnóstico baseia-se ção da otite média. Os animais podem apre-
no exame físico, otoscopia e exames labora- sentar, além dos sintomas descritos anterior-
toriais como citologia da secreção auricular, mente, perda da integridade da membrana
cultura e antibiograma do cerúmen e biópsia timpânica, estenose do conduto auditivo,
(indicados principalmente em casos crônicos síndrome vestibular periférica e cabeça pen-
da doença). Vale ressaltar que a causa primá- dente para o lado afetado, além de nistagmo
ria que desencadeou o processo deve ser lateral. A confirmação do diagnóstico é feita
pesquisada (presença de ácaros ou pólipos, após a realização de exames físicos e labora-
por exemplo) e tratada corretamente com o toriais completos, incluindo exames de
objetivo de se obter sucesso terapêutico e imagem e avaliação do líquor. As alterações
dirimir a possibilidade de recidivas. neurológicas citadas corroboram com o
OTITE MÉDIA diagnóstico definitivo.
A otite média é a inflamação do ouvido TRATAMENTO
médio e em geral, decorre de uma otite exter- O tratamento da otite deverá variar de
na crônica que evoluiu com ruptura do tímpa- acordo com sua etiologia, fatores predispo-
no. Os animais apresentam, na maioria das nentes e gravidade do quadro clínico.

Ano II - Edição 5
De forma geral, baseia-se primeiramente variadas, diagnosticados com otites externa,
no uso de produtos tópicos para limpeza do média e interna, por meio de exame clínico,
conduto externo com objetivo de remoção do citologia, exames radiológicos e cultura e anti-
cerúmen excessivo, permitindo uma melhor biograma do cerúmen.
penetração e ação de produtos à base de anti- Os animais diagnosticados com otite externa
bióticos, antifúngicos e anti-inflamatórios (para grave ou com otite média foram submetidos
a redução do processo inflamatório), que serão ao tratamento sistêmico com comprimido de
empregados em seguida. Marbopet®, na dose de 2,75 mg por kg de peso
A cirurgia de ablação do conduto auditivo corporal, a cada 24 horas, por um período de
é indicada nos casos de grave estenose do 21 a 30 dias. Animais diagnosticados com otite
canal, ou quando se faz necessária a remoção interna foram submetidos ao mesmo tratamento
de tumores e pólipos. sistêmico (Marbopet®, na dose de 2,75mg por
Em casos onde apenas a terapia tópica não kg de peso corporal) só que duas vezes ao dia,
é eficaz, recomenda-se o tratamento sistêmico por um período de 21 a 30 dias.
com antibióticos da classe dos aminoglicosíde- Os sintomas observados na primeira consulta
os e/ou fluorquinolonas, associado a corticoste- dos animais foram minuciosamente anotados
roides. As fluorquinolonas possuem baixa ototo- em fichas específicas para comparação ao
xicidade e devem ser reservadas aos casos de término do tratamento. Para determinação da
otite que tenham respondido pobremente a te- segurança do tratamento os animais foram
rapias anteriores e após testes de sensibilidade. monitorados quanto à presença de alterações
Estudos recentes comprovaram que a fluoroqui- clínicas diversas, tais como anorexia, vômito,
nolona está entre as classes de medicamentos diarreia, náuseas, letargia, reações farmacodér-
antimicrobianos que tem demonstrado eficácia micas, icterícia e sialorréia.
superior a 70% para tratamento das otites bac- Dos cinco animais avaliados, três responde-
terianas quando comparada a outros ativos. ram ao tratamento com marbofloxacina, um
Para avaliar a eficácia do Marbopet® em teve o antibiótico suspenso devido à resistên-
casos de otite canina, realizou-se um estudo cia da bactéria isolada e o quinto animal não
com 5 animais machos e fêmeas, com idade apresentou melhora significativa no quadro
variando entre sete e quatorze anos e raças otológico e o tratamento foi suspenso (Figura 1).

Perfil de sensibilidade do agente


Staphylococcus intermedius à marbofloxacina
3

2,5

1,5

0,5

0
Sensível Parcialmente sensível Resistente

Autor: Raíssa Augusto | Médica Veterinária - Ceva Saúde Animal

CONCLUSÃO
Pôde-se verificar que a marbofloxacina quando utilizado topicamente, como é des-
(Marbopet®) apresentou um bom perfil de crito para outras quinolonas.
sensibilidade em relação às bactérias isoladas Com relação a avaliação de segurança,
dos pacientes com otite, mesmo em casos os animais tratados com marbofloxacina
crônicos da doença. E, principalmente, a mar- (Marbopet®) na dose de 2,75 mg/kg/SID
bofloxacina (Marbopet®) foi eficaz para o ou BID por 21 a 30 dias não apresentaram
agente Staphylococcus intermedius, podendo nenhum sintoma colateral, tendo o tratamento
ter seu perfil de sensibilidade aumentado, sido considerado seguro, mesmo em longo
quando recomendado em doses maiores ou prazo.

Ano II - Edição 5
Qualidade e eficácia de um
novo antibiótico oral para cães.
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Dosagem
2,75 mg/kg a cada 24 horas

Apresentação
Cartucho com 10 comprimidos
palatáveis de 27,5 ou 82,5 mg

Marbopet 27,5mg Marbopet 82,5mg


Peso do animal
Blister com 10 comprimidos Blister com 10 comprimidos
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5kg 1/2 comprimido -


10kg 1 comprimido -
15kg 1 e 1/2 comprimidos 1/2 comprimidos
20kg 2 comprimidos -
30kg 3 comprimidos 1 comprimido
> 40kg Forneça dosagem adequada com proporção acima

REFERÊNCIAS
1. SPRENG, M.; DELEFORGE, J.; THOMAS, V.; BOISRAMÉ, B.; DRUGEON, H.
Antibacterial Activiy of marbofloxacin. A new fluorquinoloe for veterinary use against
canine and feline isolates. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics,
v.18, n. (4), p. 284-289, 1995.
2. AIELLO, S.E., Manual Merck de Medicina Veterinária. São Paulo. Roca. 8. ed., 2001.
3. EMEA- The European Agency for the Evaluation of Medicinal Products. Committee
for Veterinary Medicinal Products, Marbofloxacin, Summary Report(1), march, 1996.
4. FRAZIER, D. L.; THOMPSON, L.; TRETTIEN, A.; EVANS, E. I . Comparison of fluoro-
quinolone pharmacokinetic parameters after treatment with marbofloxacin, enrofloxacin,
and difloxacin in dogs. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics. 23,
293–302, 2000.
5. SCOTT, F.B.; CORREA, T.R. Avaliação da segurança em cães do produto Marbopet
comprimidos, 2007 – dados internos.
6.CARLOTTI, D.N.; GUAGUERE, E.; PIN, D.; JASMIN, P.; THOMAS, E.; GUIRAL, V.
Therapy of difficult cases of canine pyoderma with marbofloxacin: a report of 39 dogs.
Journal of Small Animal Practice. v. 40, p. 265-270, 1999.

/cevabrasil www.ceva.com.br www.viladopet.com

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