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TERESINA
2022
SARAH ÂNGELO DINIZ MELO
TERESINA
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
METODOLOGIA ...................................................................................................... 7
RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................... 8
CONCLUSÃO ........................................................................................................ 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 12
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INTRODUÇÃO
Para a melhor compreensão do teste de vias de administração, é imperioso
entender os processos que permeiam a farmacocinética e sua relação com as
melhorias na aplicação dos fármacos. Segundo Whalen, Finkel e Panavelil (2016), a
farmacocinética pode ser definida como o estudo da ação fisiológica sob a droga
introduzida no organismo até a sua excreção. Assim, foi-se dividido em quatro
importantes etapas: absorção, distribuição, biotransformação e eliminação.
O trajeto percorrido por um fármaco inicia-se com a absorção que possibilita a
entrada da droga (direta ou indiretamente) no plasma. Em seguida, a distribuição do
medicamento é realizada através de sua passagem da corrente sanguínea para o
líquido intersticial e intracelular. Logo após, o fármaco pode ser biotransformado no
fígado ou em outros tecidos, processo denominado de biotransformação. E por fim,
os fármacos e seus metabólitos são excretados do organismo na urina, na bile ou nas
fezes (eliminação) (WHALEN; FINKEL; PANAVELIL, 2016).
As vias de administração (sítios onde são incorporados os fármacos)
exploradas no teste com camundongos foram: oral, subcutânea, intramuscular e
intraperitoneal. A via oral constitui a modalidade mais conveniente para a
administração de fármacos, a absorção dos medicamentos pode suceder-se na boca
(mucosa sublingual e bucal), intestino delgado – melhor absorção -, no reto e, em
menor proporção, no intestino grosso e no estômago e, por isso, é caracterizada como
variável (SILVA, 2010). Além disso, Gilman (2012) expõe que a maior taxa de
absorção no intestino delgado se dá pela riqueza de vasos capilares aumentam o fluxo
sanguíneo no local de filtração e pela extensa superfície de absorção que a mucosa
intestinal apresenta (200 m2), dotada de vilosidades e dobras. A administração da via
oral é econômica e segura, entretanto necessita da colaboração do paciente, o qual
pode encontrar-se em estado fisiopatológico (quadros de disfagia, náuseas, vômitos).
E por sofrer metabolizações no fígado e na parede do intestino, debilitando o efeito do
fármaco no local de filtração, ou seja, a biodisponibilidade da via oral é incompleta.
Os fármacos administrados por via subcutânea são filtrados pelo tecido
adiposo, o tecido subcutâneo (composto por conexões densas e tecido adiposo) é rico
em vasos sanguíneos, linfáticos, glândulas e nervos, que aumentam o fluxo sanguíneo
na região de absorção e, histologicamente, é constituído de tecido frouxo, o que
permite a maior movimentação da pele. Tal contexto torna a via subcutânea favorável
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METODOLOGIA
A prática foi realizada de forma virtual, por intermédio de um vídeo elucidativo
sobre as vias de administração farmacológicas, disponibilzado na plataforma Youtube
pelo canal Innovatio Laboratório de Artes e Tecnologias para Educação.
Primeiramente, foi explicada aos telespectadores uma introdução sobre os conceitos
farmacocinéticos e o objetivo da prática.
Em seguida, foi utilizado 30mg/kg de Tiopental a 30 mg/ml e introduzido por
quatro diferentes vias de administração (via oral, via subcutânea, via intramuscular,
intraperitoneal) em quatro diferentes camundongos machos. A partir disso, foi
observado o grau de depressão em cada camundongo. No primeiro camundongo o
tempo de observação foi de 10 minutos, no segundo, terceiro e quarto camundongo
foi de 5 minutos (resultados fisiológicos mais expressivos).
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Resultados da aplicação de fármaco em diferentes vias de administração.
Teresina, 2022.
Fonte: Youtube.
CONCLUSÃO
Conclui-se que o tempo de instalação do fármaco e a duração da resposta
depende de uma série de fatores, entre eles, a superfície de absorção, o fluxo
sanguíneo no local de absorção, a influência da primeira passagem metabólica do
fármaco. Ademais, a intensidade e o efeito de um fármaco administrado na mesma
dosagem em camundongos machos foram evidenciados pelos diferentes graus de
depressão relatados, no teste a via oral, subcutânea, intramuscular e intraperitoneal
obtiveram da menor expressividade a maior, respectivamente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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McGraw-Hill Interamericana, 2012.
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Enferm. 2017;70(5):1096-1105. doi:10.1590/0034-7167-2016-0424.
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https://www.youtube.com/watch?v=Inovsrh2vww&t=191s>.
KATZUNG, B.G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2010.
PONTALTI, G.; RODRIGUES, E. S. A.; FIRMINO, F.; FABRIS, M.; STEIN, M. R.;
LONGARAY, V. K. Via subcutânea: segunda opção em cuidados paliativos. Clinical
and Biomedical Research, [S. l.], v. 32, n. 2, 2012. Disponível em:
https://www.seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/26270. Acesso em: 4 dez. 2022.
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de Janeiro: Elsevier, 2011.
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Substances to Laboratory Animals: Routes of Administration and Factors to Consider.
Journal of the American Association for Laboratory Animal Science, v. 50, n.5,
p. 600-613, 2011.
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2016.