Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO

INSITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS

ÁREA DE FARMACOLOGIA

DISCIPLINAS IB 303 FARMACOLOGIA I

Discente: Elisama Cosme Higino - 2021004996

Vias de administração e absorção de fármacos/drogas

1) Introdução:

Este relatório visa a documentação da primeira aula prática da


matéria de Famacólogia I do curso de medicina veterinária da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro- UFRRJ. Tal aula foi
ministrada no dia 01 de Novembro de 2022 e teve como objetivo analisar
a capacidade de espalhamento de substancias inserida no organismo in
vivo. Esta analise foi feita em três diferentes vias administrativas:
Orogástrica, subcutânea e intraperitoneal.

Para todas as aplicação foi necessário à contenção do animal


segurando o pela região cervical para facilitar o procedimento. Além
disso, para a via orogástrica foi necessário colocar o animal na vertical
antes de aplicar o Azul e Evans para não ocorrer falsa via do liquido
ingerido.

Nesse estudo foi utilizada a substância Azul de Evans muito utilizado


em experimentos por possui característica como inocuidade, alta
solubilidade em água e afinidade pela albumina (proteína carreadora
presente no sangue) ( LEVEEN e FISHMAN, 1947).

Todos os animais utilizados foram submetidos á eutanásia para a


observação do espalhamento. Para tal fim, foi utilizado o fármaco
pentobarbital sódico (0,02 mL/g) a qual age como depressor causando
hiperpolarização de neurônios por meio dos canais de cloro (MASSONE,
2008).
2) Metodologia:

Para o estudo foram utilizados três Camundongos (Mus Musculus) o qual foram
pesados,com o uso de balança, e identificados na calda. Após a pesagem foi
realizado a administração da solução Azul de Evans 1% p/v com o ouso de
seringas de tuberculina (1 mL) com agulha . Cada animal foi submetido a um
tipo de via administrativa com diferentes quantidades da solução, a depender
do peso do animal. Após essa etapa os animais foram colocados em caixas de
poliporpileno por 10 a 15 minutos e em seguida todos foram submetidos à
eutanásia por pentobarbital sódico (0,02 mL/g) por via intraperitoneal e
dissecados no local da administração do Azul de Evans para a analise.

O camundongo marcado como I recebeu o Azulde evans 1% p/v (0,01 mL/g)


por via subcutânea, o camundongo marcado com II recebeu o Azulde evans
1% p/v (0,01 mL/g) por via intraperitoneal já o camundongo sem marcação
recebeu o Azulde evans 1% p/v (0,01 mL/g) por via orogástrica.

3) Resultados e discussão:

O animal que recebeu o Azul de Evans via subcutânea ,após a dissecação,


foi observado concentração significativa da substancia no local da
administração indicando limitação na absorção e espalhamento nesse tipo de
administração. A limitação percebida refere se a reduzida vascularização e
reduzida superfície de contato do local em comparação com outras vias de
administração testadas.

No camundongo de marcação II (via intraperitoneal), apos a dissecação,


percebeu se menor concentração da solução no local administrado,
comparando com os outros camundongos, indicando capacidade considerável
de absorção e espalhamento na região intraperitoneal. Esse resultado se dá
devido à alta vascularização e maior superfície de contato da região
intraperitoneal em comparação com as demais submetidas ao teste.
Já no camundongo sem marcação (via orogástrica) , após a dissecação, foi
notado espalhamento superior ao observado no camundongo I porém menor
que o camundongo II. Isso refere se a maior vascularização da região gástrica
em comparação a região subcutânea, no entanto, não sendo superior a região
peritoneal. Além da vascularização outro fator de relevância na absorção e
espalhamento da via orogástrica são as microvilosidades do intestino que
aumentam a superfície de contato no local.

4) Conclusões:

Os resultados obtidos nesse experimento permitem as seguintes conclusões:


1) a via administrativa intraperitoneal possui melhor absorção e melhor
capacidade de espalhamento de substancias; 2) a via orogástrica possui boa
capacidade de espalhamento e absorção de substancias porém não supera a
capacidade da via intraperitoneal; 3) a via subcutânea possui menor
capacidade de espalhamento e absorção de substancias.

5) Bibliografia utilizada:

LEVEEN,H ;FISHMAN ,W. Combination of Evans blue with plasma protein;


its significance in capillary permeability studies, blood dye disappearance
curves, and its use as a protein tag. American Journal of Physiology,1947.
Disponível em:
https://journals.physiology.org/doi/abs/10.1152/ajplegacy.1947.151.1.26 .
Acesso em: 14 de Novembro de 2022.

MASSONE, F. Anestesiologia Veterinária: Farmacologia e Técnicas. 5ª edição.


Guanabara Koogan, 2008.

Você também pode gostar