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Procedimentos técnicos 2

Alimentação do paciente
Não é apenas alimentar o paciente, serviço nutricional tem papel co-terapeutico.
Tipos de dietas oral
 Dietas de rotina (não existe restrição de nutrientes)
OBS: servem para pronto atendimento, clínica médica, pediatra.
 Deitas terapêutica (destinada a tratamento, onde são necessários alteração dos nutrientes presentes)
OBS: servem para UTI e pacientes com doenças crônicas ou agudas.
 Dietas especiais para exames (preparar o paciente para exame)
Tipos de dietas quanto a consistência
São 5 tipos
 Geral (sólida)
Não necessita de modificações na consistência dos alimentos.
 Leve (semi-solida)
Destinada a pacientes em situação de pré ou pós operatório.
 Líquida
Objetivo e proporcionar o repouso do trato digestivo, quando alimentos sólidos não são bem tolerados.
 Branda (semi-pastoso)
Oferece alimentos de mais fácil mastigação, macio ou abrandidos.
 Pastosa
Dieta de transição entre a líquida e a branda. Contém preparações cremosas, líquidas, papas, purês e alimentos bem macios.
Competência do técnico em enfermagem
1. Comunicar ao Enfermeiro ocorrências quanto a aceitação da dieta e/ou suplemento.
2. Estimular a ingesta da dieta e/ou suplemento ofertado.
3. Estimular e/ou efetuar a higiene oral após a ingesta.
4. Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma clara, precisa e pontual.
Dietas para condições especiais enteral e parenteral
Terapia nutricional enteral (TNE)
Com ingestão controlada de nutrientes, especialmente elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializadas ou não, para substituir ou completar a
alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar ou domiciliar.
Benefício da TNE
 ✓Presença de nutrientes complexos;
 ✓Reforço da barreira mucosa intestinal;
 ✓ Mantém pH e flora intestinal normais;
 ✓Reduz a incidência de hiperglicemia;
 ✓Apresenta menor incidência de complicações Infecciosas em pacientes cirúrgicos quando Comparada à NP;
 ✓Apresenta menor custo comparada à NP.
Risco na TNE
 Migração da sonda;
 Aspiração pulmonar;
 Lesão da mucosa do TGI;
 Infecções das vias aéreas e trato respiratório superior;
 Estenose esofágica paralisia das cordas vocais;
 Irritação e erosão nasais.
Via de administração
ORAL
Existem várias opções de nutrição enteral no mercado brasileiro; sendo que essas dietas podem serem consumidas diretamente ou manipuladas previamente.
POR SONDAS DE ALIMENTAÇÃO
1. Nasoenteral - (Dubbhoff)
Destinada ao uso com frascos, bolsas de soluções enterais, equipo de nutrição e seringas.
Obs: O tempo máximo recomendado de permanência de duração de até 6 semanas.
2. Nasogastrica – (Levine)
Esta sonda é mais curta em comparação a Nasoenteral, além de ser mais rígida.
Obs: O tempo máximo recomendado de permanência de duração de até 6 semanas.
3. Gastrostomia
É um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso ao estômago através da parede abdominal a fim de realizar dietas enterais, hidratação e medicações. As
técnicas empregadas para realização da gastrostomia são: cirurgia através de laparotomia, via endoscópica ou através de laparoscopia.
 Longa duração;
 Passagem por via endoscópica ou cirúrgica;
 Orifício grande – permite dieta artesanal;
 Difícil deslocamento;
 Sem complicação com longo prazo.
Obs: Longa permanência, podendo ultrapassar 1 ano conforme indicação médica.
4. Gastrostomia improvisada;
É aquela em que o médico utiliza uma Sonda Vesical de Demora (Foley) no lugar da sonda de Gastrostomia.
Obs: O tempo máximo recomendado de permanência para esse tipo de sonda é Curto; duração de até 6 semanas.
5. Jejunostomia.
A jejunostomia é uma intervenção cirúrgica que se chama assim por ser feita no início do intestino delgado que é chamado de jejuno. Através desta sonda é
possível realizar dietas enterais, hidratação e medicações.
Obs: Longa permanência, podendo ultrapassar 1 ano conforme indicação médica.
Terapia Nutricional Parenteral (TNP)
É o tipo de dieta administrada por via intravenosa (Central ou periférica) composta basicamente de nutrientes necessários para o equilíbrio nutricional do
paciente.
Lavagem gástrica
É um procedimento terapêutico prescrito pelo médico que consiste na irrigação e aspiração do conteúdo gástrico por meio de uma sondagem gástrica, ela
também visa preparar o aparelho digestivo para exames ou cirurgias, estancar hemorragias gástricas ou esofágicas usando líquidos gelados e remover do
estômago conteúdo gástrico excessivo ou nocivo.
Competência do técnico em enfermagem
a) Auxiliar ao enfermeiro(a)
b) Promover cuidados prescritos pelo enfermeiro(a)
c) Comunicar ao enfermeiro(a) qualquer intercorrência advinda do procedimento
d) Proceder o registro de ações efetuadas, no prontuário do paciente, de forma clara, precisa e pontual
e) Participar de atualizações
Risco
 Assistência
 Lesões na narinas e na região orofaringe.
 Vômito durante a passag5da sonda.
 Deslocamento da sonda.
 Obstrução da sonda.
 Ocupacional
 Contaminação do profissional por manipulação inadequada do resíduo gástrico ou por eventual acidente.
Indicação da lavagem gástrica
▰ Em casos de ingestão de substância tóxicas ou irritantes
De preferência até 2h após a ingestão da substância tóxica.
▰ Preparo dos pacientes para exame e/ou cirurgias
Também pode ser usada para esvaziar o estômago para exame de EDA.
▰ estancar hemorragias gástricas ou esofágicas
Muitos pacientes se auto ingerem substâncias tóxicas.
Passo a passo na lavagem gástrica
 CONFIRMAR PRESCRIÇÃO
 CONFIRMAR PACIENTE
 SEPARAR TODO MATERIAL NECESSÁRIO
 EPIs
 Sonda nº 18, 20 ou 22
 Cuba Rim
 Seringa 20ml com bico
 1 Pct Gaze
 Estetoscópio
 Xilocaína geleia
 Soro Fisiológico 0,9% 2.500ml (em média)
 Equipo macrogotas
 Saco coletor de urina sistema aberto
 Esparadrapo ou micropore
 Biombo
 Lençol de pano ou papel toalha
Lavagem intestinal
A lavagem intestinal ou enteroclisma ou enema intestinal é a aplicação e drenagem de uma solução no reto, via anal, utilizando um cateter ou aplicador, pelos
métodos de Pressão manual controlada ou de gotejamento, para facilitar/promover a remoção de fezes.
Competência do procedimento
É um procedimento delegado ao técnico de enfermagem por ser de baixa complexidade E exigir pouco conhecimento técnico científico, porém sob supervisão
do enfermeiro(a).
Risco
 Assistência
✓ Desidratação, porque a remoção de resíduos vem acompanhado de fluidos
✓ Desequilíbrio eletrolítico, pois a lavagem do intestino pode causar alterações dos eletrólitos
No corpo, como o potássio e o sódio
✓ Infecção, porque a lavagem intestinal pode facilitar a entrada de bactérias
✓ Perfuração do intestino.
 Ocupacional
✓ Contaminação do profissional por manipulação inadequada ou mesmo acidentais
Indicação da lavagem intestinal
✓ Pacientes com constipação intestinal, que não responderam a medicamentos orais e dietas laxativas.
✓ Pacientes com fecaloma.
✓ Pacientes em preparo para cirurgia ou procedimentos radiológicos e endoscópicos.
✓ Pacientes que necessitam de administração de medicamentos pela via retal.
✓ Pacientes em pós-operatório.
Contraindicação
✓ Lesões ou perfurações no cólon distal.
✓ Sangramento retal.
✓ Certas obstruções intestinais.
✓ Doenças inflamatórias agudas em cólon (diverticulite, apendicite, hemorroida).
✓ Cirurgia recente em cólon e em próstata.
✓ Desidratação.
✓ Alergia conhecida aos componentes da fórmula.
✓ Resistência à introdução do cateter retal.
Passo a passo da lavagem intestinal
 CONFIRMAR PRESCRIÇÃO
 CONFIRMAR PACIENTE
 SEPARAR TODO MATERIAL
 EPIs
 Frasco com a solução prescrita
 Sonda uretral nº 22 (quando for o caso)
 Bandeja
 Xilocaína geleia
 Equipo macrogotas (quando for o caso)
 Biombo
 Frauda descartável (família providenciar)
 Impermeável e lençol de pano.
Coleta de material para exames
As coletas de amostras biológicas é uma atividade muito comum nas instituições de saúde e possui um inestimável valor para o diagnóstico e tratamento de
vários processos patológicos sendo amplamente praticada.
TIPOS MAIS COMUNS DE MATERIAL PARA EXAMES
✓ Sangue
✓ Urina
✓ Fezes
✓ Secreção (Swab, PCCU, TQT)
✓ Histopatológico (coleta é de competência médica)
PREPARAÇÃO PARA A COLETA
 CONFIRME A PRESCRIÇÃO
 ORGANIZE A MALETA
 IDENTIFIQUE TODOS OS TUBOS COM NOME E DATA DE NASCIMENTO
 CUBA RIM
 EPIs
Materiais apropriados para coletas de sangue
 Tubos a vácuo
 Scalp de coleta a vácuo
 Adaptador de coleta a vácuo
 Agulha de coleta a vácuo
Obs: Na ausência de material apropriado para coletas; poderá ser utilizados matérias de punção em geral (ex. Seringas, agulhas, scalp, jelcos)

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