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Terapia

Nutricional

2023
Raphaella Guimarães
Terapia Nutricional
A terapia nutricional é a oferta de nutrientes pelas
vias oral, enteral e/ou parenteral, de acordo
com o as condições clínicas de cada paciente,
tendo em vista à oferta terapêutica de proteínas,
energia, minerais, vitaminas e água, adequadas aos
pacientes, que, por algum motivo, não possam
receber suas necessidades pela via oral,
convencional (CORTES et al., 2003).
Cateterismo

Nasogástrico

Nasoenteral

Raphaella Guimarães
Catéter nasogástrico
Catéter Nasogástrico
É a introdução de uma sonda gástrica plástica
através da narina até o estômago.
Geralmente flexível, com um ou mais lumens, na
cavidade oral ou nasal com destino ao estômago
com a finalidade de alimentar, medicar, lavar,
drenar líquidos ou ar, coletar material gástrico e
realizar exames para fins diagnósticos.
Indicações
Incapacidade de alimentação por via oral;
Obstrução ou estreitamento de esôfago e garganta;
Dificuldade de deglutir alimentos por via oral;
Pós-operatório de cirurgias de grande porte;
Lavagem estomacal e drenagem de resíduos
gástricos.
Objetivos da CNG
Drenar o conteúdo gástrico
Realizar lavagem gástrica
Administrar medicamentos
Administrar dietas
Materiais utilizados
Luvas de
Seringa
20 ml procedimentos

Espara-
drapo

Estetos-
cópio xilocaína CNG
Materiais utilizados
Coletor sistema aberto (caso a finalidade seja para drenagem)
Gaze
Toalha
Algodão umedecido com álcool 70%
Biombo
Procedimento
Higienizar as mãos;
Explicar ao cliente e familiar o procedimento e perguntar se há
presença de desvio de septo nasal;
Dispor os materiais sobre a mesa-de-cabeceira;
Colocar o cliente em decúbito dorsal, com a cabeceira elevada,
de 30 a 45º;
Fechar janelas, cercar a cama com biombos;
Procedimento
Colocar a toalha sobre o tórax do cliente;
Calçar as luvas de procedimento;
Medir a sonda da ponta do nariz até o lóbulo da
orelha, descer até a altura do apêndice xifoide e
marcar esta distância com esparadrapo.
Procedimento
Fletir a cabeça para frente;
Introduzir a sonda através da narina até o ponto
demarcado;
Testar a localização da sonda (aspiração do conteúdo
gástrico e/ou ausculta);
Fixar a sonda;
Recolher o material.
Catéter nasoenteral
Definição
É a introdução de uma sonda/catéter de

poliuretano ou silicone, de pequeno diâmetro,


com uma cápsula de peso em sua posição
distal, através da narina até o estômago ou
duodeno, utilizando-se um fio guia.
Indicação da SNE
Para alimentação, quando o cliente necessita permanecer por
longo tempo com a sonda;

Patologias como neoplasia de cabeça e pescoço.


Objetivo da SNE
Promover uma via para suporte nutricional;
Administrar medicamentos;
Drenagem gástrica.
Procedimentos
O procedimento é o mesmo que o da CNG, exceto:
Na medição, deve-se acrescentar 15 a 20 cm, fazer a
marcação
O fio guia deve ser retirado após a introdução da
sonda;
Algumas instituições solicitam RX para localização
do CNE.
Procedimento
Após a localização
da sonda
nasoenteral,
recomenda-se 4h de
jejum e iniciar a
infusão da dieta
enteral e até mesmo
já realizar as
medicações via oral
(VO).
Complicações
A sondagem oro/nasoenteral está sujeita a
graves complicações, determinando sequelas ou
mesmo óbito especialmente em UTI.
Nos pacientes com distúrbios neurológicos,
inconscientes, idosos ou traqueostomizados, o
risco de mau posicionamento da sonda é maior.
Complicações
As complicações que podem estar associadas a
erros na sua introdução são: as lesões nasais e
orofaríngeas, estenose e perfuração do esôfago,
pneumotórax, inserção em brônquios
possibilitando pneumonia aspirativa e infecção
bronco pulmonar.
De quem é esta função?
Por todo o exposto, o procedimento de sondagem
oro/nasoenteral, seja qual for sua finalidade, requer
cuidados de Enfermagem de maior complexidade
técnica, conhecimentos de base científica e
capacidade de tomar decisões imediatas e, por essas
razões, no âmbito da equipe de Enfermagem, a
inserção de sonda oro/nasogástrica (SOG e SNG)
e sonda nasoentérica (SNE) é privativa do
Enfermeiro, que deve imprimir rigor técnico-científico
ao procedimento. De acordo com ANEXO DA
RESOLUÇÃO COFEN Nº 0619/2019.
De quem é esta função?
Ao Técnico de Enfermagem, observadas as
disposições legais da profissão, compete o auxílio
na execução do procedimento, além das
atividades prescritas pelo Enfermeiro no
planejamento da assistência, a exemplo de
monitoração e registro das queixas do paciente, das
condições do sistema de alimentação/drenagem,
do débito, manutenção de técnica limpa durante o
manuseio do sistema, sob supervisão e orientação
do Enfermeiro.
Competência do Auxiliar/Técnico de
enfermagem na SNG/SNE
a) Auxiliar ao enfermeiro na execução do procedimento da
sondagem oro/nasoenteral;
b) Promover cuidados gerais ao paciente de acordo com a
prescrição de enfermagem ou protocolo pré-estabelecido;
c) Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência advinda
do procedimento;
d) Proceder o registro das ações efetuadas, no prontuário do
paciente, de forma clara, precisa e pontual;
e) Participar das atualizações.
NPT
A nutrição parenteral (NP) é a infusão intravenosa de
nutrientes diretamente na circulação sistêmica.
É recomendada quando há uma alteração parcial ou
total do trato gastrointestinal, sendo indicada também
em outros casos como o pré-operatório ou
subnutrição.
 Pode ser utilizada como complemento quando a dieta
enteral ou oral não alcançarem as necessidades
nutricionais do paciente (COMPÊNDIO DE
NUTRIÇÃO PARENTERAL, 2018; LAMEU, 2005).
NPT
A NP deve ser interrompida assim que possível,
quando a oferta pelas vias oral/enteral atingir > 50%
das calorias necessárias estimadas.
COMPLICAÇÕES

MECÂNICAS: Relacionadas ao cateter: deslocamento em


direção cefálica, perfuração do vaso, pneumotórax, hemotórax,
desconexão do cateter com perda sanguínea ou embolia
gasosa;
 
METABÓLICAS: Sobrecarga hídrica Hiperglicemia;
Hipoglicemia; Hipertrigliceridemia; Hipercapnia; Deficiência de
ácidos graxos essenciais; Síndrome de retroalimentação;
Distúrbios eletrolíticos; Distúrbios hepatobiliares; Gastrite; Úlcera
de estresse;
 
INFECCIOSAS: Sepse relacionada ao cateter, tendo como
agentes etiológicos mais freqüentes: Staphylococcus
epidermidis, fungos, bacilos Gram negativos (Escherichia coli,
Serratia marcescens, Enterobacter cloacae) e Staphylococcus

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