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DEFINIÇÃO
O procedimento consiste na inserção de uma sonda maleável na cavidade nasal do
paciente até o estômago ou intestino.
Existem dois tipos de sondas que podem ser utilizadas: a nasogástrica (cateter de
polietileno com diversos calibres) e a nasoenteral (cateter de poliuretano, com fio guia, de
pequeno calibre, com uma cápsula de peso de tungstênio)
ASPECTOS ANATÔMICOS
INDICAÇÃO
CONTRA INDICAÇÕES
- ABSOLUTAS
Fratura de base de crânio (devido a fratura, a sonda pode não percorrer o caminho
correto e ser introduzida na base do crânio)
Cirurgias nasais recentes
- RELATIVAS
Deformidades graves na coluna cervical
Neoplasia infiltrativa de esôfago
Estenose esofágica
Divertículo de Zenker (divertículo faringoesofágico)
Aneurisma de arco aórtico
Estenose de esôfago
MATERIAIS
Cateter nasogástrico: Cateter nasoenteral
Mulheres nº 14 a 16
Homens nº 16 a 18
Seringa de 20 ml
Lidocaína gel a 2%
Luvas de procedimento
Gaze
Estetoscópio
Frasco coletor
Esparadrapo
Equipo /cateter (opcional)
PREPARO DO PACIENTE
1. Realizar higienização das mãos
2. Apresentar-se ao paciente e certificar-se que este é o procedimento a ser realizado
3. Explicar o procedimento ao paciente, obtendo seu consentimento
4. Posicionar o paciente sentado (ou com a cabeceira a 45º), com a cabeça fletida
(caso não seja possível, colocá-lo em decúbito lateral esquerdo, com a cabeça
voltada para o lado, a fim de evitar bronco aspiração)
5. Escolher a melhor narina para o procedimento, evitando desvios de septo,
obstruções ou traumatismos nasais.
PROCEDIMENTO
Passagem do Cateter Nasogástrico
Roteiro de aula prática 2017
1. Selecionar e organizar o material necessário
2. Calçar as luvas de procedimento;
3. Escolher o calibre da sonda de acordo com a capacidade da narina e de forma que
permita uma drenagem adequada (geralmente entre 10 e 20 G).
4. Medir a extensão da sonda a partir da ponta do nariz do paciente, passando pelo
lóbulo da orelha até o processo xifóide. Fazer a marcação do local com um
esparadrapo;
5. Lubrificar a sonda com gel anestésico
6. Inserir a sonda na narina escolhida em direção ao assoalho nasal e a nasofaringe
(usar a gaze, caso a sonda esteja escorregadia);
7. Ao alcançar a transição faringoesofágica, solicitar ao paciente que relaxe os
músculos da face e faça movimento de deglutição, engolindo a própria saliva. Para
facilitar, peça ao paciente que faça uma leve flexão da cabeça.
O volume e o aspecto da drenagem devem ser anotados e descritos no
prontuário do paciente
COMPLICAÇÕES
Ulceração ou necrose de asa do nariz (devido a fixação da sonda no nariz do
paciente)
Epistaxe
Introdução do cateter na traqueia (intubação pulmonar)
Regurgitação com aspiração para a árvore brônquica
Introdução da sonda para o interior do crânio
RETIRADA DA SONDA
1. Realizar higienização das mãos
2. Certificar-se de que o paciente apresenta ruídos hidroaéreos na região
abdominal, presença de gazes ou fezes e diminuição de débito pela sonda.
3. Explicar o procedimento ao paciente, obtendo seu consentimento
4. Calçar luvas de procedimento
5. Posicionar o paciente sentado
6. Fechar a sonda
7. Solicitar inspiração profunda e expiração lenta, seguida de apnéia
8. Tracionar a sonda delicadamente, em um só movimento.
9. Desprezar o material
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Consenso Brasileiro em Endoscopia Digestiva da Sociedade Brasileira de
Endoscopia Digestiva (SOBED)
2. OBLINGER, M.J.; LEAVELL, J.R. Passagem de sonda gástrica in: SUTRATT, P.M.
3. GIBSON, R.S. Manual de Procedimentos Médicos. São Paulo: Roca. p. 144-151.
4. SAMUELSM, L. E. Nasogastric and feeding tube placement in: ROBERTS, J. R.;
HEDGES,J. R. In: Clinical Procedures in Emergency Medicine. 4. ed. Philadelphia:
Saunders-Elsevier,2004. p. 794-815.
5. AMATO, A.C.M. Procedimentos médicos. 1aEd. São Paulo: Editora Roca, 2008.
6. SBNPE