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1) CICLO PARASITÁRIO
Ingestão de ovos de tênia pelos hospedeiros intermediários, os embriões se libertam
dos ovos no intestino delgado pela ação dos sucos digestivos e bile, penetram na
parede intestinal e em 24 à 72 horas difundem-se no organismo pela corrente
sanguínea. Ocorre então formação de cisticercos nos músculos esqueléticos e cardíaco.
2) TENÍASE HUMANA
* T. solium mede de 3 a 5 metros de comprimento, T.saginata mede 6 a 7 metros.
*Paciente parasitado pode contaminar o meio ambiente com cerca de 700.000 ovos
por dia.
Contaminação
*A contaminação do homem acontece por meio de ingestão da tênia por carne
contaminada crua ou mal cozida contendo cisticercos.
*Os cisticercos são liberados durante a digestão da carne e o escólex
desenvagina sob ação da bile, fixando-se no intestino delgado. As primeiras proglotes
são eliminadas dentro de 60 a 70 dias.
Sinais clínicos
*A teníase pode se apresentar de forma assintomática, porém alguns pacientes
manifestam alterações no apetite (anorexia ou apetite exagerado), náuseas, vômitos,
dor abdominal, diarréia, emagrecimento, irritabilidade e fadiga.
Diagnóstico
*O diagnóstico pode ser realizado através do exame de proglotes nas fezes, pesquisa
de ovos nas fezes, ou pesquisa de ovos com a técnica da fita gomada na região
perianal. Os ovos das duas espécies de tênia não podem ser diferenciados.
4) CISTICERCOSE HUMANA
*Os cistos se localizam mais freqüentemente no sistema nervoso central (60 a 90% dos
casos) e o parasita vive entre 18 meses e 2 anos, ou até um período maior.
*O homem adquire cisticercose através de ingestão de alimentos contaminados com
ovos de tênia, água contaminada, manipuladores de alimentos, etc.
*Os sinais clínicos da neurocisticercose são cefaléia, seguida de epilepsia, assim como
também a forma assintomática.
*tratamento da neurocisticercose pode ser simplesmente sintomático, ou
antiparasitário (praziquantel ou albendazol), cirúrgico (dependendo do número,
tamanho, localização e grau de atividade dos cistos).
5) MEDIDAS DE CONTROLE
*Interromper o ciclo parasitário, melhoramento no saneamento do meio ambiente,
melhoramento da criação de animais, incrementar a inspeção veterinária de produtos
cárneos; evitar o abate e comércio de produtos clandestinos, educação em saúde
enfatizando a adoção de hábitos de higiene.
TAENIA MULTICEPS
HD: Cães e canídeos selvagens
HI: Ruminantes, principalmente ovinos
Os ovinos ingerem pastagem contendo o parasita adulto através das fezes dos cães, os
ovos alcançam o cérebro ou medula espinhal pelo sangue, onde se desenvolvem, se
tornando um cisto de 5cm com liquido, desenvolvendo sinais clínicos neurológicos nos
ovinos.
ECHINOCOCCUS GRANULOSUS
HD: Cão
HI: Animais ungulados (casco) e homem
FORMA LARVAR: Cisto hidático
*Cada Hidátide contem de 3 a 6ml, cada ml contém 400.000 escoléx
*Ciclo: HD infecta-se ao ingerir vísceras do HI contendo o cisto hidático, as proglotes
grávidas no HD se destacam e os ovos vão ao ambiente com as fezes, estes se
disseminam e o hospedeiro intermediário infecta-se ingerindo ovos nas pastagens ou
alimentos contaminados que dão origem as larvas hexacanto que pelo sistema porta
vão ao fígado ou pela circulação vão para o pulmão e cérebro. A forma larvar no HI
pode levar a obstrução de canais respiratórios, distúrbios no fígado, cirrose e
problemas em cérebro e pulmão.
ANOPLOCEPHALA PERFOLIATA
HD: Equinos
HI: Ácaros oribatídeos
*Parasito adulto encontrado no intestino delgado e grosso.
*Forma larvar: cisticercóide
*Os proglotes não se destacam do corpo da fêmea, apenas os ovos são liberados nas
fezes
ANOPLOCEPHALA MAGNA
HD: Equinos
HI: Ácaros oribatídeos
*Forma adulta no intestino delgado e grosso
*Forma larvar cisticercóide
*O estróbilo se destaca
PARANOPLOCEPHALA MAMILLANA
HD: Equinos
HI: Ácaros oribatídeos
*Forma adulta: Intestino delgado ou região pilórica do estomago
*Forma larvar: cisticercóide
MONIEZIA EXPANSA/ MONOIEZIA BENEDENI
HD: Ruminantes
HI: Ácaros oribatídeos
*Forma adulta: Intestino delgado e forma larvar cisticercoíde
6) Como é a classificação dos animais com rinite atrófica por meio dos índices?
0 – normal
1 – alteração leve
2 – alteração moderada
3 – alteração grave ou completa
O índice é baseado no numero de animais examinados e nos graus de alterações das
suas conchas nasais
Inicialmente o exame de grupos de animais possuem intervalos mensais ou bimestrais
(6 a 12 meses). Se o índice permanecer estacionário, é reduzido a periodicidade para 3
a 4 vezes ao ano.
*A doença se inicia pela colonização da cavidade nasal por Bordetella seguida ou não
por Pasteurella.
*Granjas com deficiência do manejo: infecção por Bordetella (1° semana de vida),
infecção por Pasteurella (3 – 5 semanas).
*Quando há condições favoráveis de manejo e porcas com imunidade a infecção por
Bordetella é de 3 a 4 semanas e por Pasteurella após 5 semanas.
10) Quais são os tipos de vacinas que podem ser utilizadas na rinite atrofica?
*Primeiras vacinas bacterianas (Bordetella)
*Bacterianas mistas (pasteurella e Bordetella)
*Mais recentemente: tenta-se a incorporação do toxóide de Pasteurella as
bacterianas.
*Estão em estudo as vacinas recombinantes.
12) Quando deve ser feito o uso de medicação, e como deve ser utilizada?
É utilizado em surtos severos, sendo feita medicação das porcas (final da gestação),
leitões lactantes com antibióticos de ação prolongada fornecida com a ração.
Deve-se ter cuidado com a retirada do antibiótico antes do envio dos animais para
abate.
BRUCELOSE
*Zoonose, cosmopolita, infecciosa.
*Bactérias do gênero Brucella – são gram-negativas, imóveis, intracelulares faultativos.
1) Sintomas no humanos:
Febre aguda e alta, suores noturnos, fadiga, anorexia, perda de peso, dor de cabeça
e artralgia.
2) Sinais em animais:
Fêmeas prenhes: placentite seguida de aborto, no terço final da gestação,
epididimite e orquite em machos
Animal infectado: localizações de maior freqüência do agente (linfonodos, baço,
fígado, aparelho reprodutor masculino, útero e úbere). A célula apresentadora de
antígeno captura e leva ele até o linfonodo mais próximo, porem este antígeno
circula pelo organismo até ser encontrado. Por isso pode ser encontrado em vários
órgãos.
*Geralmente cria aborto nas primeiras gestações, depois cria memória e resposta
imune. Há risco de reicidiva.
3) Porta de entrada:
Oral, genital, respiratória (mais comum), conjuntiva e pele.
4) Patogenia da doença:
A brucella entra no organismo geralmente pela mucosa oral ou nasal, depois da
penetração na mucosa as bactérias se multiplicam e são fagocitadas (pelas cels
apresentadoras de antígenos), após multiplicação no sitio de entrada é
transportada para os linfonodos regionais onde pode permanecer por meses, se a
bactéria não for eliminada há disseminação para vários órgãos por via linfática ou
hematógena. É uma característica da brucela resistir aos mecanismos de fagocitose
e sobreviver dentro de macrófagos por longos períodos é um mecanismo de evasão
do sistema imune que protege da ação do sistema complemento de anticorpos
específicos.
5) Patogenia no útero:
Ocorre multiplicação nos trofoblastos, infectando as células adjacentes, ocorre
reação inflamatória da placenta. As lesões inflamatórias necróticas impedem
passagem de nutrientes e oxigênio causando o aborto.
*Resposta imune celular: após o primeiro aborto, reduz o numero e tamanho das
lesões nas gestações subseqüentes, o aborto é infreqüente, ocorre retenção de
placenta, nascimento de bezerros fracos.
6) Transmissão:
Homens: contato direto com materiais contaminados (fetos abortados, restos
placentários). Contato indireto por ingestão de produtos contaminados (lácteos
não pasteurizados); laboratórios e abatedouros (aerossóis), transfusão sanguinea e
de órgãos.
Animais: Contato com a bactéria em restos placentários (via oral, conjuntival, pele),
fetos, descargas vaginais, inseminação artificial.
*Portadoras crônicas continuam a eliminar a brucella pelo leite
*A maioria das espécies são encontradas no sêmen (eliminação por esta via por
longos períodos).
*Viável por meses na água, fetos abortados, esterco, lã, feno, equipamentos e
roupas.
*Pode resistir ao dessecamento e congelamento.
7) Ciclo epidemiológico:
4 espécies são mais importantes para o homem: Brucella melitensis (mais
patogênica); B. suis; B. abortus; B. canis (menor patogenicidade para o homem).
8) Evolução da doença:
Nos animais a infecção comumente pelo trato gastrintestinal, bactérias são
endocitadas pelas células epiteliais do intestino deslgado (placas de Peyer)e se
alojam nos linfonodos regionais.
*A invasão dos vasos linfáticos e a posterior bacteremia, permitem a disseminação
e colonização de vários tecidos.
*nos animais a grande afinadade é a placenta.
*A principal característica em humano na fase inicial é febre aguda, acompanhada
de mal estar geral, anorexia e prostração.
*FASE CRÔNICA:
Artralgia, artrites, perda de apetite e de peso, constipação, dores abdominais.
9) Diagnóstico:
Métodos diretos: isolamento e identificação do agente (imunohistoquimico e PCR).
TESTE DE TRIAGEM
*AAT: Teste de soroaglutinação com Antígeno Acidificado Tamponado
Os animais que reagirem ao AAT poderão ser submetidos ao teste confiratório
TESTES CONFIRMATÓRIOS
*2-ME: detecta somente a presença de IGg no soro.
*Os resultados positivos na prova lenta e negativos no 2-ME devem ser
interpretados como reações inespecíficas ou como a anticorpos residuais d
vacinação com B-19.
*Resultados positivos em ambas as provas, indicam a presença de IGg, o que
considera o animal estar infectado.
Interpretação da técnica:
*A leitura do teste é feita através de uma fonte de luz indireta contra um fundo
escuro e opaco, com uma forte luz que atravesse os tubos.
*As crias recém-paridas devem ser afastadas de mães positivas e ser alimentadas
com colostro de fêmea negativa, esse animal deve ser submetido a testes
diagnósticos de brucelose.
*O leite de animais não pode ser aproveitado nem por humanos ou qualquer outra
espécie animal.
*A carne pode ter aproveitamento condicional, porem se a destruição do animal
for dentro do lugar de criação a carne não deve ser aproveitado por nenhuma
espécie.
EXSUDATO VAGINAL
*deve ser colhido por meio de swabs especiais ou pipetas de inseminação, existem
swabs comerciais que mantem as bactérias viáveis por períodos mais prolongados.
LEITE
*Antes da colheita, o úbere de ser devidamente higienizado.
*Deve ser colhido em frascos esterilizados cerca de 20ml de leite de cada teto,
desprezando os primeiros tetos.
*Enviar ao laboratório sob refrigeração (2° a 8°C), ou congelado (-20°C), caso
permaneça mais de 20 horas.
*Fazer assepsia das mãos qdo for fazer a colheita em outro animal.
12)Exame histopatológico
*Amostra dos linfonodos e órgão indicados na colheita do diagnóstico, com ou sem
lesão macroscópica.
*fragmentos em torno de 0,5cm x 1,0cm x 1,0cm devem ser fixados em um volume
de 50 vezes maior de formol a 10% e enviados ao laboratório em temperatura
ambiente.
14)Tratamento
*não é pratico e nem econômico quando feito com antibióticos.
*Em cães e ovinos o tratamento com atbs, pode ter sucesso.
*Nos humanos o tratamento com atbs é recomendado qdo ainda na fase inicial:
Doxiciclina ou estreptomicina.
15)Prevenção e Controle
*Adoção de medidas que reduzam o risco de infecção (proteção individual ao
manipular fetos ou produtos de abortos, higiene alimentar: pasteurização de
produtos lácteos).
*Nos bovinos a vacinação dos animais de reprodução, para aumentar a imunidade
do rebanho, seguido da eliminação dos animais mediante sacrifício dos animais
infectados.
*Os animais adquiridos de outros rebanhos ou áreas livres devem ser testados e
isolados.
*Bovinos e bubalinos, a vacina oficial e obrigatória é a vacina B-19 (aplicada
somente nas fêmeas entre 3 a 8 meses e idade).
*Placenta e fetos abortados: incineração
16)Vacinação
B-19: idade de 3 a 8 meses de idade
O teste sorológico não pode ser feito antes de 24 meses
RB51: Pode ser feito em qualquer idade, pois não é indutora de anticorpos.
Favorece resposta imune celular (deve ser feito quando agente já esta dentro da
célula).