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Sónia Nido
A carne de porco é uma das carnes mais consumidas a nível mundial. A sua produção
industrial em regime intensivo requer medidas profiláticas e de controlo para assegurar a
saúde animal, diminuindo riscos de aparecimento de doenças e diminuindo custos de
produção.
Localização Parasita
Pulmões Metastrongylus spp.
Hyostrongylus rubidus
Estômago Ascarops strongylina
Physocephalus sexalatus
Strongyloides ransomi
Intestino delgado Ascaris suum
Macracanthorhynchus hirudinaceus
Globocephalus urosubulatus
Oesophagostomum spp.
Larva de vida livre Hyostrongylus rubidus Stephanuros
dentatus
Indireto Minhoca Metastrongylus spp.
O ovo possui uma parede grossa e resistente a dissecação e agentes químicos. Podem
permanecer viáveis por até 6 anos em criações ao ar livre. O desenvolvimento do
embrião e da larva é dependente de temperatura que deve estar acima de 15o C.
Importância Económica
Os prejuízos à produção ocorrem devido à diminuição no ganho de peso dos animais
parasitados, aumento na taxa de conversão alimentar, condenação hepática e
diminuição da rentabilidade da carcaça ao abate (Knecht et al., 2011). Além disso, o
parasita pode causar quadros de pneumonias verminóticas, decorrentes da migração
larval para o pulmão, que se complicam quando associadas a agentes bacterianos
oportunistas. A situação de estresseimunológico diminui a taxa de crescimento dos
suínos, devido a infecção e induz uma série de respostas imunológicas, como a
liberação de citocinas inflamatórias, que alteram o sistema neuroendócrino e reduzem a
secreção da hormona do crescimento.
Factores predisponentes
Dos helmintos que acometem os suínos, a espécie Ascaris suum apresenta uma
posição de destaque, tanto pela frequência registrada quanto pelas perdas econômicas
que acarreta. Altas temperaturas e humidade, bem como alta densidade populacional e
ineficácia das práticas de limpeza das instalações, favorecem a sobrevivência do ovo
desse parasita nas instalações, em microambientes conhecidos como hot spots (Gupta
et al., 2009; Roepstorff., 2003).
Ciclo de vida
A. suum possui o ciclo de vida directo e os suínos se infectam via fecal-oral. Os
vermes adultos vivem no interior do intestino delgado, onde cada fêmea é capaz
de produzir dois milhões de ovos por dia, que são liberados no ambiente,
juntamente com as fezes. Em condições adequadas de temperatura e
humidade, os ovos liberados se desenvolvem até o terceiro estágio larval (L3),
tornando-os infectantes.
Enterite é o termo que designa inflamações no
intestino, mais especificamente, o tecido que reveste a
parte interna desse órgão, a mucosa intestinal.
Enterites
Patogenia
Ao serem ingeridos, os ovos eclodem no intestino delgado dos animais, liberando L3,
que penetra na mucosa do ceco e cólon e migra em 64 dias para o fígado, causando
lesões no parênquima do órgão, comumente conhecidas como manchas brancas,
manchas de leite ou milk spots.
Os adultos surgem por volta do 42ºdia pós-infecção, podendo os machos alcançar até
25 cm de comprimento, enquanto que as fêmeas atingem até 35 cm e começam a
produzir ovos. Dessa maneira, o período pré-patente decorrente desde a ingestão de
ovos infectantes pelos suínos até a produção de ovos pelas fêmeas, é de 6 a 8
semanas.
Diagnóstico
Patogenia
Os ovos aparecem nas fezes no estágio unicelular e as larvas infectantes de 1º estágio
deenvolvem-se em seu interior em cerca de 2 meses, nas temperaturas humidas. Esses
ovos permanecerão infectantes por diversos anos no solo, eclodindo apenas ao serem
ingeridos por um suino. Todas as mudas ocorrem no interior ou junto à membrana
mucosa do trato digestivo, e os tricurídeos maturam e iniciam a postura de ovos cerca
de seis semanas após a infecção.
Período pré patente de 6 a 7 semanas de vida. Os ovos podem permanecer viáveis por
até 6 anos e levam de 3 a 4 semanas para tornar-se infectantes. No intestino delgado e
ceco os ovos se rompem e a L1 é liberada. A larva penetra nas criptas e permanece 2
semanas migrando da lâmina própria para submucosa. A porção anterior do parasita
permanece na submucosa. Causa destruição de enterócitos e ulceração da mucosa-
infecções secundárias.
Sintomas:
Anorexia, diarreia com muco e sangue, desidratação e morte. Infecções muito severas
de suínos jovens por T. suis promovem uma enterite catarral, com sinais de diarréia,
desidratação, e retardo no crescimento (BATTE et al., 1977).
Diagnostico
Apresentação clínica, avaliação de fezes em busca de ovos típicos e necropsia em
busca de vermes no intestino grosso.
Controle e prevenção
O controle da infecção por T. suis depende da separação dos suínos da fonte de ovos
infectanes, que usualmente será o solo contaminado ou camas imundas.
Há infecção percutânea de 6-10 dias. Infecção via colostro por 4 dias após nascimento
consititui a via principal de infecção. Não há migração. Infecção pré-natal de 2-3 dias.
Há lesões cutâneas, diarreia, desidratação, morte.
Factores Predisponentes
Sintomatologia Clínica
Diarréias severas, Anorexia, Apatia, Perda de peso, Crescimento reduzido,
Desidratação, Morte.
Diagnostico
Identificação de ovos nas fezes e formas adultas no intestino. Ovo de tamanho pequeno
tem a forma elíptica, parede muito fina sempre contendo larva L1, severos casos em
animais jovens.
Tratamento
Benzimidazóis, Avermectinas, Milbemicinas, Ivermectina.
Prevenção
Higiene na alimentação e na cama, Drenagem de pastagens, Rotação de piquetes
4. Oesophagostomum spp.
Afecta animais com mais de 3 meses de idade são mais O. dentatum, e O.
quadrispinulatum são os mais comuns, mas existem outras espécies. Parasita o
intestino grosso. O suíno ingere as larvas infectantes na pastagem, ou se contaminam
através de moscas e roedores. A larva pode permanecer viável por até 1 ano no
ambiente. Período pré-patente : 3 semanas
A formação dos nódulos e a necrose dos mesmos pode levar a infecções secundárias.
Pode ocorrer enterite fibrinonecrótica.
Diagnóstico- ovos podem ser confundidos com Hyostrongylus, cultura das larvas.
Distribuição geográfica
Oesophagostomum spp. são amplamente distribuídos onde quer que o gado seja criado,
mas mais comuns nos trópicos e subtrópicos.
A maior incidência em humanos ocorre nas regiões do norte de Togo e Gana, onde O.
bifurcum (principalmente um parasita de macaco) parece circular naturalmente nas
populações humanas. Casos esporádicos em humanos também foram registrados no
Brasil, Malásia, Indonésia, Guiana Francesa e África Ocidental.
Apresentação clínica
O gado comum, como ovelhas, cabras e suínos, bem como primatas não humanos, são
os hospedeiros definitivos usuais para Oesophagostomum spp. Os ovos são eliminados
nas fezes do hospedeiro definitivo.
• Os ovos eclodem em larvas rabditiformes (L1) no ambiente.
• No ambiente, as larvas passam por duas mudas e se tornam larvas filariformes
infectantes (L3).
• Os vermes podem passar de ovos a larvas L3 em poucos dias, dadas as condições
ambientais adequadas.
• Os hospedeiros definitivos são infectados após a ingestão de larvas L3 infeciosas.
• Após a ingestão, as larvas L3 se enterram na submucosa do intestino grosso ou
delgado e induzem cistos.
• Dentro desses cistos, as larvas mudam e se tornam larvas L4.
• Essas larvas L4 migram de volta para o lúmen do intestino grosso, onde se
transformam em adultos.
• Os ovos aparecem nas fezes do hospedeiro definitivo cerca de um mês após a
ingestão de larvas L3 infectantes
Os ovos se desenvolvem no solo
até L3 .
Até agora não existem vacinas verdadeiras contra Hyostrongylus rubidus. Para saber
mais sobre vacinas contra parasitas de gado e animais de estimação clique aqui. O
controle biológico de Hyostrongylus rubidus (ou seja, usando seus inimigos naturais) até
agora não é viável.
.Sintomas
Matrizes, creche e engorda:
•Suspeita-se que tenha efeitos sobre o
crescimento.
Diagnóstico
•Exame de fezes para procura de
ovos;
•Necropsia para verificação da
presença do verme no estômago.
Controle/Prevenção
•Limitar o acesso dos suínos à
pastagens e ambientes externos;
•Uso de anti-helmínticos
6. Physocephalus sexalatus
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de coprologia com técnicas de flutuação com soluções
saturadas. Os ovos são de pequenas dimensões (entre 15-17 µm de largura por 34-39
µm de comprimento) e têm um aspeto alongado e elíptico com cápsula espessa (Taylor
et al., 2016). Outros autores descrevem a cápsula dos ovos como mais fina (Cordero del
Campillo & Argüello, 2002). 1.2.6.5.
Tratamento e controlo
A ivermectina (0.1-0.2 mg/kg juntamente com alimentação) é o tratamento de eleição. A
profilaxia deve ser feita através da implementação de medidas de redução das
populações de escaravelhos que actuam como hospedeiros intermediários.
Trabalho independente
-Metastrongylus ssp
-Ascarops strongylina
-Macracanthorhynchus hirudinaceus
-Stephanurus dentatus
FIM