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EXTENSAO DE NIASSA

DEPARTAMENTO DE CIENCIAS ALIMENTARES E AGRARIAS


Curso de Agro-pecuária

PARASITAS E PARASITOSES DOS suínos e aves

Sónia Nido
A carne de porco é uma das carnes mais consumidas a nível mundial. A sua produção
industrial em regime intensivo requer medidas profiláticas e de controlo para assegurar a
saúde animal, diminuindo riscos de aparecimento de doenças e diminuindo custos de
produção.

• Os suínos são Omnívoros, isto é, alimenta-se de diferentes tipos de alimentos, tais


como restos de culturas, restos de animais, restos de cozinha, rações e são
convertidos em carne;
• Produzem muitos leitões por porto (8-12) em 111-112 dias e crescem rapidamente;
• Podem ser criadas em áreas pequenos ou em confinamento;
• Não precisam de grandes áreas para pastagem;
• O capital investido pode ser recuperado num período de tempo relativamente curto;
• Leva-se 6-7 meses para produzir um porco de 90 kg em condições de maneios e
alimentação médios
Localização dos helmintos que afectam os suínos

Localização Parasita
Pulmões Metastrongylus spp.
Hyostrongylus rubidus
Estômago Ascarops strongylina
Physocephalus sexalatus

Strongyloides ransomi
Intestino delgado Ascaris suum
Macracanthorhynchus hirudinaceus
Globocephalus urosubulatus

Intestino grosso Oesophagostomum spp.


Trichuris suis
Rins Stephanurus dentatus
Ciclo de transmissão de parasitas

Ciclo Transmissão Helminto

Directo Ovo larvado Ascaris suum


Trichuris suis

Larva ou colostro Strongyloides ransomi

Oesophagostomum spp.
Larva de vida livre Hyostrongylus rubidus Stephanuros
dentatus
Indireto Minhoca Metastrongylus spp.

Besouros Ascarops strongylina


Macracanthorhynchus sp.
1. Ascaris suum

Afecta Animais de crescimento é o grupo com maior ocorrência. O Ascaris suum é um


verme do intestino delgado que, além da diarreia, causa grandes danos, porque, em
seu ciclo de vida, o verme atravessa o fígado e os pulmões dos suínos.

Em grandes infecções, os danos nos pulmões geralmente causam alta mortalidade,


principalmente porque o uso de antibióticos não melhora a pneumonia.

Período pré patente de 6 a 8 semanas. Apenas 5 a 10 vermes adultos se estabelecem


no intestino delgado de cada animal fêmeas e produzem grande quantidade de ovos por
grama de fezes.

O ovo possui uma parede grossa e resistente a dissecação e agentes químicos. Podem
permanecer viáveis por até 6 anos em criações ao ar livre. O desenvolvimento do
embrião e da larva é dependente de temperatura que deve estar acima de 15o C.
Importância Económica
Os prejuízos à produção ocorrem devido à diminuição no ganho de peso dos animais
parasitados, aumento na taxa de conversão alimentar, condenação hepática e
diminuição da rentabilidade da carcaça ao abate (Knecht et al., 2011). Além disso, o
parasita pode causar quadros de pneumonias verminóticas, decorrentes da migração
larval para o pulmão, que se complicam quando associadas a agentes bacterianos
oportunistas. A situação de estresseimunológico diminui a taxa de crescimento dos
suínos, devido a infecção e induz uma série de respostas imunológicas, como a
liberação de citocinas inflamatórias, que alteram o sistema neuroendócrino e reduzem a
secreção da hormona do crescimento.

Factores predisponentes
Dos helmintos que acometem os suínos, a espécie Ascaris suum apresenta uma
posição de destaque, tanto pela frequência registrada quanto pelas perdas econômicas
que acarreta. Altas temperaturas e humidade, bem como alta densidade populacional e
ineficácia das práticas de limpeza das instalações, favorecem a sobrevivência do ovo
desse parasita nas instalações, em microambientes conhecidos como hot spots (Gupta
et al., 2009; Roepstorff., 2003).
Ciclo de vida
A. suum possui o ciclo de vida directo e os suínos se infectam via fecal-oral. Os
vermes adultos vivem no interior do intestino delgado, onde cada fêmea é capaz
de produzir dois milhões de ovos por dia, que são liberados no ambiente,
juntamente com as fezes. Em condições adequadas de temperatura e
humidade, os ovos liberados se desenvolvem até o terceiro estágio larval (L3),
tornando-os infectantes.
Enterite é o termo que designa inflamações no
intestino, mais especificamente, o tecido que reveste a
parte interna desse órgão, a mucosa intestinal.

Enterites
Patogenia

Ao serem ingeridos, os ovos eclodem no intestino delgado dos animais, liberando L3,
que penetra na mucosa do ceco e cólon e migra em 64 dias para o fígado, causando
lesões no parênquima do órgão, comumente conhecidas como manchas brancas,
manchas de leite ou milk spots.

Entre o 6º e 8º dia pós-infecção, as L3 migram para os pulmões, via corrente sanguínea,


penetram nos capilares e alvéolos, atingindo o tracto respiratório, chegando à faringe e
são então deglutidas,alcançando o intestino delgado. Nesse órgão, a maioria das larvas
podem ser explusas e as remanescentes mudam duas vezes a L4 (17-19 mm) e L5 (22-
36 mm), por volta do 10º e 24º dia pósinfecção, respectivamente.

Os adultos surgem por volta do 42ºdia pós-infecção, podendo os machos alcançar até
25 cm de comprimento, enquanto que as fêmeas atingem até 35 cm e começam a
produzir ovos. Dessa maneira, o período pré-patente decorrente desde a ingestão de
ovos infectantes pelos suínos até a produção de ovos pelas fêmeas, é de 6 a 8
semanas.
Diagnóstico

A detecção da presença de helmintos faz-se através do monitoramento ao abate dos


animais apresenta uma alta sensibilidade e especificidade, permitindo uma avaliação
precisa do grau de contaminação.

Contudo,o exame coproparasitológico permite identificar os helmintos nos animais em


períodos anteriores à idade de abate, contribuindo o tratamento curativo (Dias et al.,
2011).
Prevenção

A implantação de programas de monitoramento durante o abate dos animais, com


objectivo de avaliar a prevalência de parasitos nos rebanhos para traçar medidas de
combate à verminose, vem sendo utilizada com sucesso em alguns países.
Outras estratégias incluem a utilização de vacinas que possam contribuir para o
aumento da imunidade dos animais, a utilização de cruzamentos de raças comerciais
geneticamente resistentes à infecção parasitária, a utilização de dietas com efeitos
antagônicos a determinados parasitas, etc.
2. (Tricuríase) Trichuris suis
Trichuris suis é um parasita do intestino grosso que causa diarreia em suínos em
crescimento. Afecta animais em fase de crescimento é frequente nas criações de
suínos, pode ocorrer em primatas e humanos. Localização- Intestino grosso.

Patogenia
Os ovos aparecem nas fezes no estágio unicelular e as larvas infectantes de 1º estágio
deenvolvem-se em seu interior em cerca de 2 meses, nas temperaturas humidas. Esses
ovos permanecerão infectantes por diversos anos no solo, eclodindo apenas ao serem
ingeridos por um suino. Todas as mudas ocorrem no interior ou junto à membrana
mucosa do trato digestivo, e os tricurídeos maturam e iniciam a postura de ovos cerca
de seis semanas após a infecção.
Período pré patente de 6 a 7 semanas de vida. Os ovos podem permanecer viáveis por
até 6 anos e levam de 3 a 4 semanas para tornar-se infectantes. No intestino delgado e
ceco os ovos se rompem e a L1 é liberada. A larva penetra nas criptas e permanece 2
semanas migrando da lâmina própria para submucosa. A porção anterior do parasita
permanece na submucosa. Causa destruição de enterócitos e ulceração da mucosa-
infecções secundárias.
Sintomas:
Anorexia, diarreia com muco e sangue, desidratação e morte. Infecções muito severas
de suínos jovens por T. suis promovem uma enterite catarral, com sinais de diarréia,
desidratação, e retardo no crescimento (BATTE et al., 1977).

Diagnostico
Apresentação clínica, avaliação de fezes em busca de ovos típicos e necropsia em
busca de vermes no intestino grosso.

Diagnostico Diferencial: Disenteria suína.

Controle e prevenção

O controle da infecção por T. suis depende da separação dos suínos da fonte de ovos
infectanes, que usualmente será o solo contaminado ou camas imundas.

Medicação/ tratamento: Anti-helmíntica - higromicina B, Fenbendazole e ao diclorvós.


3. Strongyloides ransomi
É um importante parasita em leitões lactentes. Ocorre com maior frequência em regiões
de clima quente. Pode infectar o leitão através da pele, do colostro, via oral ou durante a
gestação. Apenas fêmeas são parasitas. Os adultos são microscópicos. Há gerações de
machos e fêmeas de vida livre.

Localização: Intestino Delgado.

Há infecção percutânea de 6-10 dias. Infecção via colostro por 4 dias após nascimento
consititui a via principal de infecção. Não há migração. Infecção pré-natal de 2-3 dias.
Há lesões cutâneas, diarreia, desidratação, morte.

Factores Predisponentes

Condições de temperatura e humidade , Falta de higiene, Animais nas primeiras


semanas de vida são mais susceptiveis.
Patogenia
Hemorragias múltiplas, Podridão dos cascos ,Dermatite abdominal, Pruridos, Atrofia da
vilosidade intestinal , Enterites crônicas , Necroses, Diarréias sanguinolentas.

Sintomatologia Clínica
Diarréias severas, Anorexia, Apatia, Perda de peso, Crescimento reduzido,
Desidratação, Morte.

Diagnostico
Identificação de ovos nas fezes e formas adultas no intestino. Ovo de tamanho pequeno
tem a forma elíptica, parede muito fina sempre contendo larva L1, severos casos em
animais jovens.

Tratamento
Benzimidazóis, Avermectinas, Milbemicinas, Ivermectina.

Prevenção
Higiene na alimentação e na cama, Drenagem de pastagens, Rotação de piquetes
4. Oesophagostomum spp.
Afecta animais com mais de 3 meses de idade são mais O. dentatum, e O.
quadrispinulatum são os mais comuns, mas existem outras espécies. Parasita o
intestino grosso. O suíno ingere as larvas infectantes na pastagem, ou se contaminam
através de moscas e roedores. A larva pode permanecer viável por até 1 ano no
ambiente. Período pré-patente : 3 semanas

L1 emerge dos ovos e desenvolve-se até L3 (1 semana), L3 penetra na mucosa do ceco


e do cólon e muda para L4 , onde fica 2 semanas formando nódulos, emergindo para a
luz intestinal após este período.

A formação dos nódulos e a necrose dos mesmos pode levar a infecções secundárias.
Pode ocorrer enterite fibrinonecrótica.

Localização: Intestino grosso

Diagnóstico- ovos podem ser confundidos com Hyostrongylus, cultura das larvas.
Distribuição geográfica

Oesophagostomum spp. são amplamente distribuídos onde quer que o gado seja criado,
mas mais comuns nos trópicos e subtrópicos.
A maior incidência em humanos ocorre nas regiões do norte de Togo e Gana, onde O.
bifurcum (principalmente um parasita de macaco) parece circular naturalmente nas
populações humanas. Casos esporádicos em humanos também foram registrados no
Brasil, Malásia, Indonésia, Guiana Francesa e África Ocidental.

Apresentação clínica

O abdómem agudo é a manifestação mais comum, mimetizando uma apendicite. Febre


são os sintomas mais comuns; vômitos, anorexia e diarréia são menos comuns. A
obstrução intestinal também pode ocorrer, mimetizando uma hérnia.

Em casos raros, Oesophagostomum spp. perfurará a parede intestinal, causando


peritonite purulenta ou migrará para a pele, produzindo nódulos cutâneos.
Patogenia

O gado comum, como ovelhas, cabras e suínos, bem como primatas não humanos, são
os hospedeiros definitivos usuais para Oesophagostomum spp. Os ovos são eliminados
nas fezes do hospedeiro definitivo.
• Os ovos eclodem em larvas rabditiformes (L1) no ambiente.
• No ambiente, as larvas passam por duas mudas e se tornam larvas filariformes
infectantes (L3).
• Os vermes podem passar de ovos a larvas L3 em poucos dias, dadas as condições
ambientais adequadas.
• Os hospedeiros definitivos são infectados após a ingestão de larvas L3 infeciosas.
• Após a ingestão, as larvas L3 se enterram na submucosa do intestino grosso ou
delgado e induzem cistos.
• Dentro desses cistos, as larvas mudam e se tornam larvas L4.
• Essas larvas L4 migram de volta para o lúmen do intestino grosso, onde se
transformam em adultos.
• Os ovos aparecem nas fezes do hospedeiro definitivo cerca de um mês após a
ingestão de larvas L3 infectantes
Os ovos se desenvolvem no solo
até L3 .

L3 penetra nas glândula


estomacais e permanecem por 2
semanas, retornado a luz como
L5.

As larvas podem permanecer na


mucosa por vários meses
formando nódulos.

Diagnóstico: os ovos são


confundidos com os do
Oesophagostomum spp. Cultura
das larvas.
5. Hyostrongylus rubidus

Afecta animais adultos. Localiza-se no estômago. Ocorre principalmente em animais


criados em pastagem. Hyostrongylus rubidus, o verme vermelho do estômago dos porcos, é
uma espécie de lombriga que afeta suínos e javalis. Porcas em rebanhos mantidos ao ar livre estão
especialmente em risco. Eles são encontrados em todo o mundo, mas a incidência varia
fortemente dependendo da região.
Animais afectados podem não apresentar sintomas, quando a carga parasitária é alta há
gastrite, edema, hiperplasia da área glandular, úlcera gástrica. São sugadores. Período
pré patente- 3 semanas.

O verme Hyostrongylus rubidus afecta o estômago dos porcos. Sua importância e


patologia não são bem conhecidas. Sua cor o torna altamente visível no estômago
durante uma necropsia
As infecções por Hyostrongylus são frequentemente misturadas com outros vermes
Gastrointestinais (por exemplo, Globocephalus, Mecistocirrus, Oesophagostomum,
Trichostrongylus, etc.) e contribuem para aumentar os danos causados ​aos rebanhos de
suínos.
O local de predileção do Hyostrongylus rubidus adulto é o estômago.

Os Hyostrongylus rubidus adultos são vermes bastante pequenos, geralmente não


maiores que 10 mm, e têm uma cor avermelhada porque sugam sangue. As fêmeas
são ligeiramente mais longas que os machos. Como outras lombrigas, o corpo desses
vermes é coberto com uma cutícula, que é flexível, mas bastante resistente. Os vermes
não apresentam sinais externos de segmentação. Eles têm um sistema digestivo
tubular com duas aberturas. Eles também têm um sistema nervoso, mas nenhum órgão
excretor e nenhum sistema circulatório, ou seja, nem coração nem vasos sanguíneos.
Os machos têm duas espículas para anexar à fêmea durante a cópula. Os ovos são
ovóides,~35x65 micrômetros, com uma membrana fina, e são embrionados (16 ou mais
células) quando eliminados com as fezes
Ciclo de vida
Ciclo de vida de Hyostrongylus rubidus tem um ciclo de vida directo. Após o
derramamento, os ovos liberam as larvas no ambiente, que se desenvolvem em larvas
L3 infectantes em cerca de 5 dias, melhor ao ar livre em pastagens húmidas do que em
ambientes fechados. Eles não são muito resistentes à secura e temperaturas frias.
Porcos de qualquer idade são infectados após a ingestão dessas larvas, mas os leitões
são geralmente mais expostos e suscetíveis. Após a ingestão, as larvas se enterram na
mucosa do estômago e produzem nódulos onde completam o desenvolvimento para
vermes adultos. Depois voltam ao lúmen do estômago, acasalam e começam a produzir
ovos. Vermes adultos após infecções repetidas, as porcas desenvolvem uma imunidade
incompleta, o que faz com que as larvas imaturas nos nódulos entrem em hipobiose, ou
seja, interrompem o desenvolvimento para adultos. Isso também pode acontecer em
períodos de condições ambientais adversas (inverno, seca, etc.). Eles retomam o
desenvolvimento e amadurecem para adultos durante a gestação ou lactação. Isso
significa que os picos de desova de ovos durante a lactação e, consequentemente, os
leitões em lactação correm maior risco de serem infectados. Porcas saudáveis ​
geralmente se recuperam espontaneamente após a lactação. O tempo entre a infecção
e a liberação dos primeiros ovos é de cerca de 3 semanas.
Patogenia

Este verme afecta principalmente porcos mantidos ao ar livre. As infecções em suínos


adultos são geralmente subcrônicas e causam sintomas leves ou inexistentes, além de
ganhos de peso reduzidos e má utilização da ração. No entanto, as larvas nos nódulos
destroem o tecido glandular na parede do estômago. Os vermes adultos sugam o
sangue e irritam a parede do estômago, o que pode causar gastrite catarral com
secreção excessiva de muco, às vezes com ulceração. Infecções maciças podem ser
fatais para animais jovens. Perda de apetite, anemia e diarréia também podem ocorrer.

O diagnóstico é confirmado pela detecção de ovos estrongilídeos típicos nas fezes.


Uma vez que os ovos são muito semelhantes aos de outras lombrigas de porco (por
exemplo, Oesophagostomum), as culturas fecais que permitem o desenvolvimento de
larvas L3 são aconselháveis.
Prevenção e controle de Hyostrongylus rubidus

A remoção sistemática e completa de todo o estrume e a manutenção das instalações


secas reduzem o risco de infecção. Como o desenvolvimento de ovos para larvas L3
infectantes leva pelo menos 5 dias, a remoção de todo o esterco em intervalos mais
curtos pode quebrar o ciclo de vida e reduzir a infectividade do ambiente.

Numerosos anti-helmínticos são eficazes contra vermes adultos, e. vários benzimidazóis


(albendazol, fenbendazol, flubendazol, mebendazol, oxfendazol, etc.), levamisol, bem
como várias lactonas macrocíclicas (ex. Dependendo do país. a maioria desses anti-
helmínticos está disponível para administração oral como aditivos alimentares ou
pomadas. Levamisol e a maioria das lactonas macrocíclicas geralmente também estão
disponíveis como injetáveis.

Até agora não existem vacinas verdadeiras contra Hyostrongylus rubidus. Para saber
mais sobre vacinas contra parasitas de gado e animais de estimação clique aqui. O
controle biológico de Hyostrongylus rubidus (ou seja, usando seus inimigos naturais) até
agora não é viável.
.Sintomas
Matrizes, creche e engorda:
•Suspeita-se que tenha efeitos sobre o
crescimento.

Causas / Fatores que contribuem


•Criação de suínos em ambiente
externo com acesso a pastagens.

Diagnóstico
•Exame de fezes para procura de
ovos;
•Necropsia para verificação da
presença do verme no estômago.
Controle/Prevenção
•Limitar o acesso dos suínos à
pastagens e ambientes externos;
•Uso de anti-helmínticos
6. Physocephalus sexalatus

É um nemátode da família Spirocercidae e género Physocephalus. Tem como


hospedeiro suíno, camelo, lebre e com menos frequência o coelho. Os hospedeiros
intermediários são escaravelhos coprófagos como Scarabaeus, Gymnopleurus e
Onthopagus. O hospedeiro definitivo pode ser encontrado no estômago. A forma adulta
do parasita é de pequenas dimensões (machos com comprimento médio entre 10-22
mm e fêmeas podem chegar até 22 mm) e aspeto delgado (Taylor et al., 2016).
Ciclo de vida

O ciclo de vida é muito semelhante ao do Ascarops strongylina. É um ciclo de vida


indireto onde hospedeiros intermediários são escaravelhos coprófagos. Os ovos são
ingeridos pelos escaravelhos e no interior destes, ocorrem três mudas larvares (L1, L2
e L3). O desenvolvimento larvar até alcançar a fase adulta continua quando o
hospedeiro intermediário é ingerido pelo hospedeiro definitivo (Frontera et al., 2007a).
Neste ciclo podem ocorrer hospedeiros paraténicos como anfíbios, peixes, répteis, aves
e mamíferos insectívoros (Cordero del Campillo & Argüello, 2002). O período pré
patente é de 6 semanas (Taylor et al., 2016).
Epidemiologia
A distribuição desta parasitose é mundial. A transmissão desta parasitose é dependente
da presença dos hospedeiros intermediários em abundância ou de hospedeiros
paraténicos (Taylor et al., 2016). Nestes últimos, o parasita torna-se encapsulado e
viável até serem ingeridos pelo hospedeiro definitivo (Cordero del Campillo & Argüello,
2002).

Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de coprologia com técnicas de flutuação com soluções
saturadas. Os ovos são de pequenas dimensões (entre 15-17 µm de largura por 34-39
µm de comprimento) e têm um aspeto alongado e elíptico com cápsula espessa (Taylor
et al., 2016). Outros autores descrevem a cápsula dos ovos como mais fina (Cordero del
Campillo & Argüello, 2002). 1.2.6.5.

Tratamento e controlo
A ivermectina (0.1-0.2 mg/kg juntamente com alimentação) é o tratamento de eleição. A
profilaxia deve ser feita através da implementação de medidas de redução das
populações de escaravelhos que actuam como hospedeiros intermediários.
Trabalho independente

1. Descrever os seguintes parasitos

-Metastrongylus ssp
-Ascarops strongylina
-Macracanthorhynchus hirudinaceus
-Stephanurus dentatus
FIM

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