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O presente projecto em curso, com o tema ʺ Violência dos Direitos Humanos em

Moçambiqueʺ, ira – se basear na violência dos direitos humanos em Moçambique. A


construção de direito humano, iniciada há 250 anos, é um resulta do Iluminismo e uma
realização filosófica em que produziu um sistema de valores que pode hoje reivindicar
validade universal. No centro desse Pensamento estão a vida e a dignidade do homem.

Portanto, os direitos humanos são exactamente os direitos correspondentes à dignidade


dos seres humanos e que possuímos não porque o Estado assim decidiu, através de suas
leis, ou porque nós mesmos assim o fizemos, por intermédio dos nossos acordos.
Direitos humanos, por mais pleonástico que isso possa parecer, são direitos que
possuímos pelo simples facto de que somos humanos.

Dai que Walter Kälin e Jörg Künzli, entendem o Direitos Humanos como a soma dos
direitos civis, políticos, económicos, sociais, estes são os requisitos para que as pessoas
possam construir sua vida em liberdade, igualdade e dignidade. Apesar de os direitos
humanos serem universais, podem haver especificidades regionais. Importante é a
existência de um alicerce básico e universal dos direitos humanos. Diferenças regionais
ou nacionais podem ir além desse alicerce e considerar circunstâncias especiais.

De salientar que a descoberta dos Direitos Humanos é relativamente recente em


Moçambique. O regime Samoriano (1975-1986) não atribuía grande importância a esta
vertente, valorizando muito mais os direitos sociais (Marshall1964). Um a sensibilidade
diferente em relação aos direitos humanos manifesta-se a partir da nova Constituição de
1990, seguida da assinatura dos Acordos de Paz de Roma (1992) e da „Abertura‟ para o
multipartidarismo e a liberdade de informação e de expressão.

Em Dezembro de 1990 o Parlamento aprova o Pacto Internacional sobre os Direitos


Civis e Políticos, junto com o segundo pacote de medidas que visam abolir
definitivamente apena demorte; simultaneamente, se formam as organizações da
Sociedade civil que começam a „fiscalizar‟ a acção do Estado em relação aos cidadãos,
Graças inclusive ao financiamento das cooperações e das grandes ONG,s ocidentais,
Que acabam tornando o respeito pelos direitos humanos como uma das variáveis para
medir o grau de confiabilidade política do novo Moçambique. No entanto, uma das
ONGs moçambicanas mais relevante sé certamente a Liga dos Direitos Humanos,
fundada em 1995, que anualmente publica um relatório sobre o Estado dos direitos
humanos sem Moçambique.
Dai que o interesse da imprensa para com esta matéria é o resultado dessa mudança
Cultural geral. Os jornais inserem-se portanto num debate que já estava decorrendo na

Sociedade, tentando, embora não de forma sistemática, promover novos assuntos. Os


direitos humanos sempre tiveram, desde os anos noventa, um elevado valor político,
além de „humanitário „no se mencionadas.

Problema

Segundo LAKATOS e MARCONI (1999, p. 28), “Problema é uma dificuldade, teórica


ou prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve
encontrar uma solução”.

Embora o governo tenha tomado medidas para investigar, processar judicialmente e


Punir os agentes que cometeram abusos, o problema da impunidade persistiu. Dai Que
autora desse projecto levanta a seguinte questão de partida: Qual tem sido atitude Do
Governo Face à Investigação Internacional e Não-governamental de Alegações De
Violações dos Direitos Humanos?
Objectivo
Objectivo Geral:
Propiciar ao Estado Moçambicano, na educação em matéria de direitos humanos, com
foco nas questões afecta são género e a violência dos direitos humanos em
Moçambique.

Objectivos Específicos:
Estimular a reflexão sobre os papéis masculino e feminino social e

Culturalmente construídos;
Reflectir sobre acções individuais e colectivas na convivência social, no

Que tange ao masculino e feminino;


Respeitar as diferenças em suas diferentes dimensões;

Comprometer-se com a construção da cultura de paz na comunidade;

Informar sobre a Rede de Protecção e a Rede de Enfrentamento à Violência dos direitos


humanos.

Perguntas da pesquisa
Quais são as principais vítimas do tráfico de pessoas em Moçambique?

Como tem sido a questão da Liberdade de Associação e Direito a Negociação


Colectiva?

Hipóteses:
Resposta provável ao problema formulado, indagações a serem verificadas na
investigação, afirmações provisórias a respeito de um determina do problema.

Maior fiscalização por parte dos agentes governamentais no que tange a Violação dos
Direitos Humanos;

Maior participação da sociedade civil no que tange a promoção dos direitos humanos;

Promover e salvaguardar os direitos humanos, assim como garantir o Cumprimento das


disposições constitucionais relativas a direitos humanos.
Os objectivos: esclarecem o que é pretendido com a pesquisa e indicam as metas que
almejamos alcançar ao final da investigação. Os objectivos são normalmente
categorizados em geral e específicos.
Justificativa
Neste o autor do projecto, deve indicar:
 Relevância da pesquisa ou prática e intelectual;
 Contribuição para compreensão ou solução do problema que poderá advir com a
realização de tal pesquisa e o estado da arte, estágio de desenvolvimento do tema
proposto, como vem sendo tratado na literatura.
6. Fundamentação teórica:
De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU,2017), Moçambique
aparece em 53º lugar no índice mundial de igualdade entre os géneros. Na América
latina aparece em 6°lugar,seguindoo Uruguai, Argentina, Venezuela, Chile e Colômbia.
Os dados considerados pela ONU para o Estabelecimento deste índice são a
alfabetização, esperança de vida e economia. Porém, conclui-se que a face mais cruel da
desigualdade é a violência praticada Contra a mulher e encarada como natural por
muitos.
Conforme Tedeschi (2014,p.49), Dez mulheres morrem por ano em Moçambique,
Vítimas de violência. A violência contra a mulher é uma chaga mundial, acirrada ou
radicalizada nos países latinos. Tais dados só evidenciam a complexidade da questão da
violência, suas multicausal idades e facetas (e consequências de ordem Psicológica,
emocional e de saúde), que demandam, numa perspectiva de totalidade, a intervenção
multidisciplinar e intersectorial.
Não obstante a isso, as formas de Violência e Discriminação Social indicaram uma
Subida do ano corrente, nos raptos, mutilações e homicídios de pessoas com albinismo,
particularmente na Província de Nampula, devido às alegadas propriedades “mágicas”
das partes do seu corpo. De acordo com uma ONG local, a Amor a Vida, que defende as
pessoas com albinismo,15 destas pessoas haviam desaparecido até Agosto.
Impacto da Violência dos Direitos Humanos

Portanto, até Setembro do ano transacto, o Gabinete do Ministério Público da Província


de Nampula tinha instaurado 10 casos criminais contra 33 indivíduos Suspeitos de
tráfico de pessoas, muitos destes invocando pessoas com albinismo. O Ministério da
Saúde reconheceu o homicídio de, pelo menos, duas pessoas com Albinismo até
Setembro.

O Ministério da Justiça estabeleceu em Setembro uma Comissão para investigar o


Aumento de raptos de pessoas com albinismo.
Desta forma, o Estado, mais do que ofertar serviços de protecção, tal como faz a rede de
Enfrentamento à Violência dos direitos humanos, da qual faz parte, inclusive, o Poder
Judiciário, tem-se a informação e a prevenção como iniciativas relevantes. Parte-se do
suposto que a informação sobre os direitos, bem como das instituições em que é
possível reivindica-los, é essencial para evitar a violação de direitos ou a sua
reincidência (neste caso, apresentado através da violência contra a mulher).

A demais, contribuir para a reflexão e construção de valores trata-se de algo Muito


importante visando a superação de preconceitos, o reconhecimento da diversidade, de
direitos e deveres, de forma a instigar o exercício da cidadania, minimizando as chances
de violação de direitos, especialmente nas formas de manifestação da violência contra a
mulher tópicos que precisam ser abarcados e trabalhados pelas instituições que
representam o Estado. Moçambique é uma democracia parlamentária multipartidária
com uma forma de governo republicana, livremente eleita. As mais recentes eleições
presidenciais,
Legislativas e para as Assembleias Provinciais decorreram em Outubro de 2019. Os
moçambicanos elegeram Filipe Jacinto Nyusi da Frente de Libertação de Moçambique
(Frelimo), partido no poder, como Presidente. Segundo vários observadores nacionais e
internacionais, incluindo o Centro Carter e a UE, as eleições em geral foram ordeiras,
mas faltou transparência durante a contagem dos votos.

Os problemas mais significativos em matéria de direitos humanos registados foram: a


privação arbitrária ou ilegal da vida; condições precárias nos estabelecimentos
prisionais e centros de detenção, registando-se nomeadamente relatos de tortura; e a
falha em salvaguardar os direitos políticos e a liberdade de expressão e de imprensa.
Outros problemas de direitos humanos relatados foram: detenções por motivação
política; interferência arbitrária na correspondência, restrições à liberdade de reunião e
associação; corrupção e falta de transparência por parte do governo; restrições aos
direitos da mulher, criança e pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgénicos e
intersexuais; falta de protecção para as pessoas com albinismo; Tráficos de pessoas; e
restrições aos direitos dos trabalhadores.
No que concerne a Proibição do Trabalho Infantil e Idade Mínima para o Emprego,
Neste a idade mínima para o trabalho sem restrições é de 18 anos. A lei permite Que
crianças entre 15 e 17 anos de idade trabalhem com uma autorização do Ministério do
Trabalho. A entidade patronal é obrigada a providenciara sua Educação e formação
profissional e oferecer condições de trabalho que não sejam Prejudiciais ao seu
desenvolvimento físico e moral. As crianças deidades entre 12 e 14 anos estão
autorizadas a trabalhar sob condições especiais com Autorização dos Ministérios do
Trabalho, Saúde e Educação.

As crianças menores de18 anos podem trabalhar até sete horas por dia e um Total de 38
horas por semana. Não estão autorizadas a trabalharem profissões insalubres, perigosas
ou que requeiram um esforço físico significativo, mas o governo não tem uma lista
oficial de trabalhos ou profissões proibidas. Por lei, as crianças devem receber pelo
menos o salário mínimo ou um mínimo de dois terços do salário dos adultos,
dependendo de qual for o valor mais elevado.
O Ministério do Trabalho regulamenta o trabalho infantil no sector formal, mas o
governo não foi eficaz na aplicação da lei. Os inspectores do trabalho podem obter
intimações e usar força policial para garantir o cumprimento das disposições pertinentes
ao trabalho infantil. Não estavam criados mecanismos para registar queixas relacionadas
Com o trabalho infantil perigoso e forçado. As violações das disposições relativas são
trabalho infantil são puníveis com multas que variam de um a 40 meses do salário
mínimo. Estas multas não foram suficientes para dissuadir as violações. Os mecanismos
de fiscalização na generalidade foram inadequados no sector formal em virtude da falta de
recursos e inexistentes no sector informal.
Outra questão importante que não deveria ficar de fora e a cerca da Liberdade de
Associação e Direito a Negociação Colectiva, que nos últimos dias tem vindo a Passar
meramente ameaças por indivíduos até então desconhecido. E sábio que a constituição e
a lei prevêem que os trabalhadores, com algumas excepções limitadas, são livres de
formar e aderir a um sindicato da sua escolha, bem como de realizar greves legais e
negociar colectivamente.
A legislação requer a aprovação do governo para o estabelecimento de um sindicato. O
governo tem um prazo de 45dias para registar uma organização de entidades patronais
ou de trabalhadores, tempo que a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
considerou excessivo. Embora a lei preveja o direito dos trabalhadores a organizar-se e
a participarem negociações colectivas, estes contratos abrangiam menos de 5 porcento
dos trabalhadores.
Os trabalhadores em serviços de defesa e segurança, administração fiscal, funcionários
prisionais, a brigada de combate a incêndios, juízes e procuradores, e o membro dos
quadros do gabinete do presidente são interditados à formação de sindicatos. Outros
trabalhadores do sector público podem formar e aderir a sindicatos,
Embora sejam interditados de fazer greve. A lei não permite acções de greve antes do
esgotamento de procedimentos extensos e complexos de conciliação, mediação e
arbitragem. A capacidade dos trabalhadores para empreender actividades sindicalistas
nos locais de trabalho foram rigorosamente limitados.
Tráfico de pessoas em Moçambique
O tráfico de pessoas é definido pela Lei n.º6/2008, de 9 de Julho (Lei contra o Tráfico
de Pessoas) como sendo o recrutamento de pessoas ou acolhimento de pessoas para
obter benefícios económicos indevidos ou para fora do território nacional, recorrendo à
ameaça ou ao uso da força, ou outras formas de coacção, ao rapto, a fraude, ao engano,
ao casamento forçado, ao abuso de autoridade, ou da situação de vulnerabilidade, ou à
entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma
pessoa que tem autoridade sobre outra, com a finalidade de exploração, o que inclui a
prostituição ou outras formas de exploração sexual, casamento forçado, extracção de
órgãos humanos, trabalho forçado, escravatura ou práticas similares, bem como a
servidão
A problemática de tráficos de pessoas em Moçambique Constitui uma realidade
atentaria aos direitos humanos. Na origem, identifica-se uma casualidade complexa, esta
articula, por um lado, a fragilidade do estado, num contexto neoliberal e de economia de
mercado, e, por outro, a insegurança dos cidadãos e descomodidades por causa da
privação relativa e da inacessibilidade a recursos básicos.
Por conseguinte, as famílias, às células básicas da sociedade, mormente aquelas das
zonas rurais e suburbanas, se acham em dificuldade de assegurarem a educação e a
formação profissional dos seus dependentes menores, de forma a se enquadrarem, no
futuro, no mercado de trabalho (MAGODE et al., 2014, p.43).
Metodologia
Segundo LAVILLE (1999),a metodologia “representa mais do que uma descrição
Formal dos métodos e técnicas e indica a leitura operacional que o pesquisador fez do
quadro teórico”. A metodologia específica como os objectivos estabelecidos será
alcançada. As partes constitutivas da metodologia: A amostragem e as formas de
colecta, De organização e de análise dos dados. Neste contexto, levantamentos de dados
anualmente realizados pelo Juizado de Violação dos direitos humanos em Moçambique,
vêm indicando aumento nos Pedidos de medidas protetivas de urgência oriundos de
regiões rurais.
Tendo em vista que tais regiões costumam carecer de equipamentos da Rede de
Protecção e de Enfrentamento à Violência, especialmente contra a mulher, inicialmente
decidiu-se por realizar acções de orientação a educandos de zonas rurais. A abordagem
dos educandos deve se dar através da metodologia de rodas de Conversa com temas
problematizados que os auxiliem a reflectir sobre a sua realidade, especialmente no que
tange à violência em geral e também contra a mulher como uma das formas de violação
de direitos humanos, bem como dissipar conceitos de educação para a paz como forma
de enfrentamento dessa realidade.
Cronograma

 Destina-se a traduzir as acções a serem realizadas, distribuindo as no espaço de


tempo disponível para a realização do projecto.

 Actividades a serem realizadas no ano de2020


Actividades/período Marco Abril Maio
Colecta de dados
Levantamento da
Literatura
Montagem de
Projecto
Revisão e Impressão do
Projecto
Entrega de Projecto

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