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COMO TRABALHAR SOBRE DIREITOS HUMANOS NO NOVO


ENSINO MÉDIO DA PROPOSTA BNCC

RESUMO
O presente artigo visa lançar elementos de análise para o desafio do novo Ensino Médio que segundo a
BNCC deve levar em consideração a autonomia de escolha de um projeto de vida pelo aluno e novos
parâmetros para trabalhar temáticas, no caso das Ciências Humanas e Sociais aplicadas ao Ensino
Médio. Onde a ênfase se faz a respeito do tratamento dado aos Direitos Humanos na lógica da
problematização da sociedade atual. 

1. INTRODUÇÃO          
O Ensino Médio costuma ser uma fase de estruturação de expectativas, incertezas e descobertas em
um ensaio para   a atuação profissional, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) para o Ensino
Médio vem lançar a proposta de elaboração do projeto de vida e possível escolha do estudante de
desenvolver sua área de interesse. Acredita-se ser este um avanço em relação ao antigo ensino voltado
à cópias de fórmulas e cálculos, assim como de conceitos. 

Mas surge agora o desafio: Como trabalhar conteúdos de relevância que possibilitem a construção do
projeto de vida pelo aluno? Este aluno terá o preparo necessário para fazer as provas do ENEM?  Como
os assuntos de Sociologia, que agora fazem parte das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas ao Ensino
Médio, podem ser desenvolvidos?  No caso específico, como podemos trabalhar sobre Direitos
Humanos na nova proposta da BNCC para o Ensino Médio?

A proposição inicial seria montar projetos interdisciplinares de investigação e intervenção, porém


devemos levar em consideração características das faixas etárias, processos cognitivos e como os
alunos percebem a realidade em suas ambiguidades e contradições.

Os elementos que poderiam orientar a investigação poderiam partir do questionamento sobre os mitos e
verdades a respeito dos Direitos Humanos, e buscar nas origens dos mesmos o processo de construção
da cidadania. Entender como se deu à nível histórico as lutas e conquistas dos direitos no Brasil e
analisar as principais problemáticas da atualidade em relação às garantias dos direitos assegurados pela
Constituição Brasileira de 1988.

2. DESENVOLVIMENTO
Entre as mudanças que a proposta do Novo Ensino Médio está a possibilidade do aluno construir seu
projeto de vida e maior autonomia para escolher os conhecimentos que gostariam de conhecer melhor
através dos itinerários formativos. Havendo então necessidade de uma nova organização curricular, com
mobilidade para se adequar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

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A BNCC é o norte pedagógico que orienta a escolha das temáticas a partir de quatro áreas do
conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e
suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. A proposta leva em consideração o
desenvolvimento de Competências e Habilidades que devem ser aprofundadas de forma interdisciplinar
no Ensino Médio.

Segundo as orientações da BNCC para as Ciências Humanas e Sociais Aplicadas no Ensino Médio
deve ser valorizada a Educação Ética. “Ética como juízo de apreciação de conduta humana, necessária
para o viver em sociedade, em cujas bases destacam-se as ideias de justiça, solidariedade, livre arbítrio.
Cujo fundamento é o reconhecimento das diferenças, respeito aos direitos humanos e a
interculturalidade, no combate aos preconceitos (BNCC, 2016, pág. 547).” Entendemos por este viés a
importância de se trabalhar temáticas relativas aos Direitos Humanos.

A BNCC da área de Ciências Humanas e Sociais aplicadas está organizada para tematizar e
problematizar no Ensino Médio, algumas categorias desta área, tais como: tempo, espaço, territórios e
fronteiras; indivíduo e natureza, sociedade, cultura e ética; política e trabalho.

Nosso foco será a Competência específica 5: Reconhecer e combater as diversas formas de


desigualdade e violência, adotando princípios éticos, democráticos inclusivos e solidários, e respeitando
os Direitos Humanos. Visto que o desafio é como trabalhar sobre Direitos Humanos no Ensino Médio,
precisamos conhecer os processos de raciocínio e comportamentos desta faixa etária.

No Ensino Médio observamos a ampliação da capacidade cognitiva do jovem, assim como o aumento do
repertório conceitual e capacidade de articular informações e conceitos. Assim é possível o
desenvolvimento da capacidade de observação, memória e abstração que permitam percepções da
realidade e raciocínios mais complexos, com domínio de outras linguagens que favoreçam os processos
de simbolização e abstração.  Devemos também levar em consideração a oportunidade de desenvolver
a problematização, aprender a indagar, propondo e questionando hipóteses, identificando ambiguidades
e contradições. 

Começaremos então a tratar o assunto a partir da conceituação, com a pergunta: O que são os Direitos
Humanos?  Direitos Humanos são uma categoria de direitos básicos assegurados a todo e qualquer ser
humano, não importando a classe social, raça, nacionalidade, religião, cultura, profissão, gênero,
orientação sexual ou qualquer outra variante possível que possa diferenciar os seres humanos.

Apesar de o senso comum acreditar que Direitos Humanos são uma espécie de entidade que dá suporte
a algumas pessoas ou que são uma invenção para proteger alguns tipos de pessoas, eles, na verdade,
são muito mais do que isso. Para entender melhor, precisamos fazer algumas distinções conceituais
necessárias antes de nos aprofundar no assunto. 

Em primeiro lugar, os Direitos Humanos não são uma invenção, e sim o reconhecimento de que, apesar
de todas as diferenças, existem aspectos básicosda vida humana que devem ser respeitados e
garantidos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanosfoi redigida a fim de resguardar os direitos já existentes
desde que houve qualquer indício de racionalidade nos seres humanos. Assim sendo, ela não criou ou

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inventou direitos em seus artigos, mas se limitou a escrever oficialmente aquilo que, de algum modo, já
existia anteriormente à sua redação.

Em segundo lugar, a extensão dos Direitos Humanos é universal, aplicando-se a todo e qualquer tipo de
pessoa. Portanto, eles não servem para proteger ou beneficiar alguém e condenar outros, mas têm
aplicação geral.

Alegações com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos podem ser feitas para evitar ações
que violem os direitos de réus ou criminosos, como o cárcere injustificado, a tortura ou o assassinato.

Por último, os Direitos Humanos não são uma entidade, uma ONG ou uma pessoa que se apresenta
fisicamente e tem vontade própria. 

Como surgiram os Direitos Humanos?  Pode se dizer que as bases iniciais foram concebidas durante a
Revolução Norte Americana (1776) e na Revolução Francesa (1789). Nos Estados Unidos a Carta Bill of
Rights(Declaração dos Direitos dos Cidadãos dos Estados Unidos) assegurava entre outros os direitos
aos nascidos no país o direito à vida, à liberdade, à prosperidade. Seu objetivo era garantir que o
governo não pudesse atacar o cidadão sem um processo e julgamento perante a lei. Durante a
Revolução Francesa foi redigida a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. De cunho liberal e
baseada em iluministas que pregavam a igualdade, a liberdade e a fraternidade. Essa declaração tinha
por objetivo assegurar que nenhum homem deveria ter mais poder que os direitos dos outros. Era o ideal
republicano e democrata contra o Absolutismo da época.

Porém os limites de tais declarações esbarravam na falta de direito para os escravizados que
continuavam existindo, principalmente nos Estados Unidos. Também as mulheres não eram atendidas
por tais declarações, visto que não possuíam direitos civis.

Foi somente em 1948 com a publicação da Carta Oficial contendo a Declaração Universal dos Direitos
Humanos que toda a raça humana passou a ser atendida por tais direitos. Isso ocorreu pelo empenho da
Comissão de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) que desde 1945 com o final
da Segunda Guerra reuniu esforços para evitar novos genocídios humanos como a “Solução Final” ou
Holocausto Judeu feito pelos Nazistas.

Atualmente são 193 países signatários da ONU que devem garantir em seus territórios os direitos
básicos dos cidadãos. Assim nos países ocidentais democráticos, os sistemas judiciários recorrem aos
artigos expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos para formular textos legais e aplicarem
as decisões e medidas jurídicas.

A ONU recomenda que os países signatários sigam o documento oficial, porém em casos de
desrespeito aos Direitos Humanos o signatário pode sofrer ações estratégicas tais como, embargo
econômico, corte de relações comerciais, restrições em zonas de livre comércio e restrições ou cortes
de relações exteriores.

No Brasil as heranças da colonização escravista e do coronelismo dos latifundiários, que contratavam


matadores para eliminar concorrentes ou desafetos, que fraudavam eleições na República Velha,
transparecem em ações arbitrárias, corruptas que eliminam conceitos de cidadania, assim como direitos
humanos. Uma prova está nos elevados índices de criminalidade nas zonas metropolitanas, e altas

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taxas de homicídio, principalmente de jovens, moradores de periferia e negros; abuso policial e atuação
de milícias, execuções, frágil sistema prisional em crise. Fatores que evidenciam a desigualdade social,
a miséria, violência contra a mulher e trabalho análogo à escravidão.

No Brasil  a estruturação dos direitos de cidadania sempre esteve ligada aos interesses das elites
socioeconômicas e políticas, a participação popular é inexistente e a inclusão social uma falácia. Assim
permanece a ideia que os direitos são concessão do Estado, feita pelos governantes para atender o
populacho ignorante e desinteressado da coisa pública. Os direitos são vistos como concessão da
classe dominante.

A construção da cidadania no Brasil primeiro estabeleceu os direitos sociais e ampliou os direitos


políticos, durante o período do Estado Novo(1937-1945),  “Vamos fazer a revolução antes que o povo
faça” como diria Getúlio Vargas, para depois serem implementados os direitos civis. O cientista político
Wanderley Guilherme dos Santos utiliza o conceito “cidadania regulada para identificar a concessão de
direitos por parte do Estado como maneira de mediar possíveis conflitos entre classes. Nesse caso, o
Estado controlaria os grupos sociais por meio de práticas regulatórias, que variam entre o aumento da
participação (proporção de indivíduos que possuem direitos) e a redução da liberalização(capacidade
das instituições sociais de garantir a consolidação dos direitos). A Constituição de 1934 garantiu o voto
feminino e leis trabalhistas para os operários.

Mobilizações históricas pela cidadania, buscando direitos sociais e liberdade  ocorreram no Brasil pós
1964 contra a repressão da Ditadura Militar, onde movimentos populares, estudantis, sindicais do campo
e da cidade passaram a reivindicar a distribuição justa dos bens produzidos pelo trabalho e maior
participação social nas decisões adotadas pelo governo.  Movimentos como diretas já, com comícios e
grandes manifestações pró-democracia. No processo de redemocratização, foi promulgada a
Constituição de 1988, que contou com participação social em sua elaboração e incorporou diversas
demandas populares principalmente na liberdade civil e política (plebiscito, referendo e a iniciativa
popular para garantir a democracia participativa; também o Orçamento Participativo que o cidadão
participa na elaboração e fiscalização do orçamento, instrumento de distribuição de recursos públicos).

Em 2013 outro tipo de mobilização popular pela efetivação de direitos como transporte público de
qualidade, e também para questionar o funcionamento da democracia, dentro de um quadro de
corrupção endêmica.

Mesmo com as mobilizações, a maioria da população não tem acesso aos direitos apregoados pela
Constituição Federal de 1988. Mesmo em um Estado democrático de direito, a cidadania não é
assegurada. Aumenta o número de moradores em situação de rua, desemprego, vítimas de covid 19
que não conseguem ser atendidas em hospitais lotados e precários. Muitas famílias vivem em situação
miserável onde falta o básico para se alimentar, morando em locais sem água tratada, esgoto ou
recolhimento de lixo. Muito ainda temos para mobilizar em nome da real cidadania. 

Em um trabalho sobre Direitos Humanos é importante que os alunos tenham contato com o material
elaborado pela ONU, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, conhecer, e problematizar as
situações cotidianas e intervenção na realidade. Reconhecer as origens e questionar as dinâmicas para
desarticular processos de desigualdade e criar propostas cidadãs e solidárias.

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Os Direitos Humanos são valores que visam ao respeito mútuo em detrimento dos privilégios restritos a
determinados grupos, por isso não devem ser pensados como benefícios particulares ou privilégios de
grupos elitizados. Uma das características básicas dos direitos humanos é o fato de estabelecerem que
a injustiça e a desigualdade são intoleráveis.

É preciso perceber que os indivíduos não são apenas beneficiários do processo histórico de afirmação
dos direitos humanos, mas também autores responsáveis pela construção e pela reivindicação da
expansão e da garantia desses direitos. Todas as conquistas relacionadas aos direitos humanos são
resultado de processos históricos, das mobilizações e de demandas da população.

A própria luta pelos Direitos Humanos abriu caminho para outras demandas como os Direitos Sociais,
Direitos da Segurança Planetária e os Direitos Civis. Importante diferenciá-los, mesmo que tenham sido
contemplados pela declaração de direitos universal da ONU em 1948.

Direitos Sociais: A Constituição Federal Brasileira de 1988 define-os em dois títulos- Direitos e
Garantias Fundamentais (considerados essenciais que o Estado deve garantir aos indivíduos);
Ordem Social que serve para estabelecer o funcionamento harmônico na sociedade. No artigo 6º
estão os direitos sociais que definem o que compete ao Estado garantir: direito à educação,
saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à
maternidade e à infância e a assistência aos desamparados.
Direitos da Segurança Planetária: Em um mundo pós-Guerra Fria e outros acontecimentos como a
violência nos Balcãs e a recorrência de guerras civis na África, na Ásia e na América Latina, muda
o paradigma de proteção do Estado para os indivíduos reforçando posições dos defensores dos
direitos humanos como um tema global (Alves, 2003). Assim a ONU criou um programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (1994) no conceito de Segurança Humana, de segurança
das armas, para a segurança pelo desenvolvimento sustentável. O Conceito de Segurança
Humana passou a estabelecer a proteção contra a poluição ambiental, a pandemia de AIDS,
movimentos populacionais por guerras civis e pobreza (Rodrigues, 2012). As preocupações giram
em torno da segurança dos Estados impactados por conflitos originados pelas mudanças
climáticas, que levariam a convulsões sociais, guerras civis, pressões migratórias, crises
humanitárias, os refugiados ambientais batendo nas portas dos países da União Europeia. As
mudanças climáticas causam não só pressões migratórias, mas também cortes nos suprimentos
energéticos de petróleo e gás natural dos países convulsionados.
Direitos Civis estão relacionados às liberdades individuais. O artigo 5º da Constituição Federal
brasileira de 1988, define liberdade de escolha como uma das principais bases da vida em
sociedade. Exemplos de direitos civis: liberdade de credo, casamento entre pessoas do mesmo
gênero. Os direitos civis são limitados pela nacionalidade, só pode ser definido por um Estado,
para que sejam válidos dentro do território daquele país. Exemplos de direitos civis garantidos
pelas Constituições brasileiras: Abolição da escravidão (1888), igualdade legal entre os cidadãos,
liberdade de crença, associação, reunião e o habeas corpus (Constituição de 1891).    A ênfase
sobre os Direitos Civis, gira em torno da Luta do Movimento dos Direitos Civis dos Estados Unidos
(1955-1968), quando Martin Luther King se projeta como líder, para acabar com a segregação
racial e conquistar a igualdade de direitos entre negros e brancos.
Um dos suportes para trabalhar com a temática Direitos Humanos no Ensino Médio é a
problematização e análise da realidade, sendo assim propomos a coleta de dados, a

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problematização, a análise e busca de soluções para as seguintes temáticas- desafios:
Desemprego, trabalhadores informais e a situação dos trabalhadores no período da Pandemia.
Tendo por base que a população economicamente ativa do Brasil gira em torno de 72 milhões de
pessoas, porém somente 22 milhões apresentam emprego formal e suas garantias;
Educação, a privação pela falta de recursos e miséria. Como uma família que não tem comida vai
sustentar um pacote de internet para as aulas on-line? Os novos desafios no período da
pandemia, que evidenciam antigos problemas advindos das desigualdades sociais e que foram
ainda mais agravados.
Saúde Pública, onde a situação é cada vez mais caótica, com falta de tudo que possa promover o
atendimento digno do cidadão. Somado aos atos corruptos que levam a termo o individualismo e a
falta de humanidade.  Mais uma vez o quadro pandêmico só agravou carências pré-existentes.
Falta de Moradia e crise habitacional seja na periferia das grandes capitais, nas favelas,  nas
beiradas de córregos, rios e riachos em palafitas ou em meio ao lixo e a violência. Onde o tráfico
de drogas assume o papel do Estado, criando assim um Estado paralelo regido pela lei do mais
forte e tribunal do Crime.
Dado o desafio, compete então desenvolver a Competência número 5 da BNCC do Ensino Médio
que indica o reconhecimento e o combate de diversas formas de desigualdade e violência, através
de princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários respeitando os Direitos Humanos. 

3. METODOLOGIA
 As bases metodológicas deste trabalho giram em torno do documento oficial da BNCC (Base Nacional
Comum Curricular). Pois o documento traz elementos de como deve-se elaborar a nova proposta
curricular para o Ensino Médio. Nosso enfoque fica pelo olhar das Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas e suas competências específicas, em especial a que trata sobre as desigualdades e o respeito
aos direitos humanos. 

Com relação à temática dos Direitos Humanos buscamos elementos no site da ONU (Organização das
Nações Unidas) a Declaração Universal dos Direitos Humanos originalmente organizado e publicado em
1948 pelo Comitê de Redação da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A pesquisa tem cunho exploratório, pois parte de um problema, o desafio da BNCC sobre o Novo Ensino
Médio e como trabalhar a temática dos Direitos Humanos. Nossa intenção é buscar através de
pesquisas, demonstrar novos caminhos para a abordagem do tema.

Quanto aos resultados podemos observar a pesquisa na categoria qualitativa pois visa trazer elementos
para qualificar as ações e métodos para a docência motivada dentro dos rumos apresentados pela Base
Nacional Comum Curricular.

4. CONCLUSÃO
Percebemos que o melhor caminho venha do próprio desafio, investigação e análise da realidade
levando em consideração a elaboração de um projeto de atuação. Para tanto precisamos conhecer a
proposta da BNCC, investigar as realidades brasileiras sobre a temática escolhida e lançar o desafio
para os jovens que já possuem processos de abstração a exercitar a criatividade e buscar estratégias de

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atuação. Conhecer, investigar, refletir e atuar seriam as formas de desenvolver habilidades e
competências sugeridas pela Base Nacional Comum Curricular.

O presente trabalho possibilitou a pesquisa sobre as origens históricas das lutas que levaram a ideia
base para elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Triste observar que os fatores ou
causas das lutas residem em injustiças, desmandos e usurpação do poder que desrespeita ou ignora a
importância da cidadania e igualdade social.

Identifica-se que no Brasil vigora a manipulação e forte atuação das classes dominantes que passa a
controlar a condescendência de direitos para as classes menos favorecidas. Onde a conscientização e
luta popular por direitos esteve relacionada a confrontos contra governos autoritários e corruptos.

Observamos ainda que surgiram outras lutas a partir da Declaração dos Direitos Humanos, tais como os
Direitos Civis, Direitos Sociais e o mais atual e não menos importante que é o Direito de Segurança
Planetária que traz um novo olhar a respeito da Sustentabilidade, Mudanças Climáticas e as crises
humanitárias, causadas pelos refugiados ambientais.

Importante manter o olhar na realidade e levar os jovens a observar as possibilidades de atuação e


envolvimento na busca de um novo projeto de vida que leve em consideração a liberdade, respeito e
ética na busca de uma cidadania que busque a igualdade.

REFERÊNCIAS
BNCC BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular. Brasília, DF,2016. Disponível em Acesso em 10/07/21.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Disponível em Acesso em em 08/07/21.

FERREIRA, Anna Rachel e SEMIS, Lais. 13 Respostas sobre o Novo Ensino Médio. Publicado em
10/02/2017. Disponível em www.novaescola.org.br> Acesso em 28/06/21.

IGNACIO, Júlia. O que são Direitos sociais. publicado em 03/11/2017. Disponível em


www.politize.com.br> Acesso em 28/06/21

PORFÍRIO, Francisco. Direitos Humanos; Brasil Escola. Disponível em Acesso em 28/06/21.

RODRIGUES, Thiago. Segurança Planetária: entre o climático e o humano.Ecopolítica, n.3 :5-41,2012.


Disponível em www.revistas.pucsp.br/ecopolítica> Acesso em 11/07/21

SANTOS, Wanderlei Guilherme dos. Razões da Desordem. 3ª ed.Rio de Janeiro:Rocco , 1994

SOCIOLOGIA EM MOVIMENTO. Vários autores. 2a ed. São Paulo:Moderna, 2016. 

Publicado por: ASTA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA DA MOTTA

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