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Estudos Orientados
3º ano | 1º semestre

Nós e o Enem!
Material de apoio
ao professor do 3º ano
3º ano/1º semestre
Uma parceria entre a SEEDUC/RJ e o
OPA - Orientação para planos de aulas
Instituto Ayrton Senna

Estudos Orientados

Nós e o Enem
Sumário

Introdução p. 1

Mapa das atividades p. 5

Introdução
Caro(a) professor(a),

O conjunto de atividades que estruturam este material foi elaborado para servir de
alicerce à sua ação como mediador(a) dos encontros de Estudos Orientados (EO) do
1º semestre do 3º ano.

Este componente curricular tem uma missão muito especial, que demanda um
trabalho continuado e complexo: estimular que os jovens estudem com mais qualidade
e aprendam a agir de maneira colaborativa para suprir suas lacunas, ampliando as
aprendizagens escolares. É uma forma de contribuir para levar a cabo a conhecida
premissa de “aprender a aprender”.

Pretendemos, assim, possibilitar que os jovens atuem, cada vez mais, como
protagonistas do próprio estudo, exercitando a autonomia para tomar decisões,
buscando conhecimentos com progressiva autonomia, sabendo identificar os próprios
desafios de aprendizagem, compreendendo as potencialidades do estudo colaborativo
em times, e desenvolvendo relações ainda mais produtivas com professores e
professoras.

Ao longo dos três anos do Ensino Médio, esses objetivos nortearão encontros de
naturezas distintas: os Encontros Semanais, o Plano de Estudos e as Atividades

OPA Estudos Orientados – 3º ano/ 1º semestre 1


Mensais. Cada um deles se estrutura a partir de dinâmicas e propósitos específicos, e
sua mediação e presença pedagógica são fundamentais para garantir que todos eles
aconteçam de maneira plena e proveitosa. Veja como, nos textos abaixo!

Plano de Estudos

Que os alunos aprendam a planejar os próprios estudos e possam se autoavaliar com


periodicidade, identificando suas forças e desafios na escola, são aspectos centrais
para o percurso de EO. Por isso mesmo, no início de cada bimestre, é realizado um
encontro para que os jovens elaborem seus Planos de Estudos.

No processo de construção do plano, os estudantes irão descobrir, em diálogo com os


professores das disciplinas, quais os objetivos de aprendizagem de cada uma delas e
quais os métodos avaliativos que serão utilizados ao longo do bimestre. Dessa forma,
terão informações que subsidiarão o planejamento dos estudos, favorecendo o
alcance dos objetivos de aprendizagem – e esse planejamento será concretizado nos
Encontros Semanais do componente Estudos Orientados, detalhados a seguir.

O Plano de Estudos é um instrumento muito útil, e deve ser elaborado pelos


estudantes em seus cadernos ou na agenda, de modo que possam tê-lo sempre à
mão. O material de apoio para alunos de Estudos Orientados apresenta orientações
sobre os encontros destinados à elaboração dos planos de estudo, e também sobre a
importância de que os jovens façam, regularmente, uma autoavaliação. Não deixe de
ler, no material dos alunos, essas e outras orientações. Estar por dentro do processo
de elaboração e avaliação dos planos dos estudantes é fundamental para que você
planeje os encontros e faça uma boa mediação deles!

Encontros semanais

São os encontros semanais de Estudos Orientados. Para eles, não há roteiros ou


Orientações de Planos de Aula específicos, previamente propostos. São tempos que
os jovens têm disponíveis para concretizar seus respectivos Planos de Estudos, ou
seja, para estudar e realizar suas tarefas com maior autonomia. Isso não significa, é
claro, que eles possam “ficar à toa” ou fazer atividades não relacionadas à
aprendizagem escolar, mas sim que eles devem ser estimulados a identificar e avaliar
quais as suas principais necessidades de aprendizagem naquela semana e, assim,
definir como poderão fazer o melhor uso desses tempos de EO.

Incentivar a autonomia dos jovens para estudar não impede que sejam estabelecidas
rotinas de estudo e de organização da turma. Muito pelo contrário! Essas rotinas,
quando adequadas às necessidades de aprendizado dos estudantes e propostas de
forma dialogada, podem ser bastante produtivas.

Um modo de fazer isso é definir, no início de cada encontro e em diálogo com os


jovens, como será a dinâmica do dia. Pode-se estruturar o encontro a partir das
seguintes motivações e modos de trabalhar:

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- Os jovens identificam as principais demandas coletivas do momento e
definem a pauta do dia (um trabalho ou preparação para uma avaliação de
determinada disciplina que será realizada em breve, por exemplo).

- Os jovens decidem como irão estudar (sozinhos, em duplas, trios, quartetos


etc). Uma boa dica para balizar essa decisão é que eles se organizem para que
possam se ajudar mutuamente: quem está mais preparado em relação a
determinado conhecimento, ajuda outros colegas. Nos encontros seguintes,
esse papel se inverte, de modo que eles se rodiziem nesse papel de colaborar
para aprenderem mais e melhor.

- Outro modo de se estruturar um encontro de EO é estabelecendo “ilhas de


estudo” na sala de aula. Nessa situação, você e os estudantes definem um
espaço da sala voltado ao estudo de cada área de conhecimento. Por exemplo:
no canto direito estará a “ilha” destinada aos estudos de Ciências da Natureza,
enquanto no canto esquerdo estará localizada a “ilha” de Linguagens, e assim
por diante. Dessa maneira, cada jovem decide o que pretende estudar naquele
dia, agrupando-se com os colegas, compartilhando com eles conhecimentos e
aprendizados.

- Pode-se fazer, ainda, um encontro destinado à realização de tarefas,


exercícios ou trabalhos específicos, conforme a demanda dos estudantes ou
mesmo de professores(as) de outros componentes curriculares. Nesses casos,
o encontro será utilizado, por exemplo, para a construção de um seminário
para a aula de Matemática, para assistir a um filme indicado na aula de
Geografia, e assim por diante.

Apresentamos aqui apenas algumas possibilidades de estruturação dos Encontros


Semanais, mas outras formas de organização e gestão do encontro podem ser
desenhadas por você e pelos estudantes. Cabe a vocês descobrir quais dinâmicas
funcionam melhor, a cada dia! Uma boa estratégia pode ser dividir o tempo do
encontro em dois, fazendo, num primeiro momento, as “ilhas de estudo” e, na outra
parte, a realização de uma tarefa específica. Divisões como essa contribuem para
trazer organização e dinamicidade para o encontro.

Atividades Mensais

Os procedimentos de estudo (como grifos e elaboração de esquemas e quadros


comparativos), o recurso aos gêneros de apoio à compreensão (como resumos e
resenhas), as estratégias de busca por conteúdos na internet e a preparação para o
Enem são alguns dos temas trabalhados nas Atividades Mensais ao longo dos três
anos do Ensino Médio, no componente curricular Estudos Orientados. Trata-se de
atividades que podem contribuir diretamente para o modo como os jovens estudam e
aprendem, ajudando-os a desenvolver e aperfeiçoar habilidades importantes para sua
autonomia diante do conhecimento.

OPA Estudos Orientados – 3º ano/ 1º semestre 3


As atividades mensais estão propostas nas OPAs de Estudos Orientados de cada
semestre e, para realizar a mediação delas, você deve se preparar lendo este material
de apoio e o Material de apoio para alunos. Lembre-se que as orientações dos planos
de aula foram pensadas para auxiliar você no processo de planejamento e mediação
das atividades, mas é natural que, no correr dos encontros, adaptações no percurso
proposto sejam necessárias. Por exemplo? Uma atividade planejada para durar 2
tempos pode acabar um pouco antes do previsto, ou, ao contrário, demandar um
pouco mais de tempo, a depender da dinâmica na sua realização ou de ajustes que se
mostrem necessários. Adaptações como essa são naturais e bem-vindas! E é
importante cuidar para que os principais propósitos da atividade sejam alcançados.

E, como o próprio nome já indica, as Atividades Mensais devem ser realizadas uma
vez ao mês. Certo? Mais ou menos! Essa periodicidade, mais que uma regra talhada
em pedra, é apenas uma indicação de que as atividades devem ser distribuídas ao
longo do semestre, e realizadas conforme o seu planejamento ou mesmo de acordo
com a dinâmica prevista pela atividade. No 1º semestre do 3º ano, como você poderá
ver mais adiante neste material, é proposta uma atividade com duração de 4 tempos,
que deve acontecer, preferencialmente, em dois encontros seguidos.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre os tempos de EO e sobre as atividades
propostas para este componente curricular, é hora de ler todo o material e começar a
planejar os encontros!

Boa mediação!

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Mapa das Atividades

Nome Resumo Duração Página


prevista
Nossas forças e Os jovens se dividem em quartetos,
Atividade desafios para o respondem a um quiz de autoavaliação 2 tempos p. 6
1 Enem sobre os estudos e o Enem e, a partir
dele, buscam soluções para reorganizar a
rotina de estudo.

Antena para o Os jovens são orientados a refletir sobre a


Atividade mundo importância da leitura de textos 4 tempos p. 9
2 jornalísticos e de divulgação científica
para realizarem uma boa prova do Enem.
A partir disso, adentram numa dinâmica
de leitura, compartilhamento e discussão
de textos dessa natureza, processo que
deverá durar todo o ano, com rodas de
discussão de periodicidade mensal.

Raio-x das Os jovens respondem a algumas


Atividade questões do Enem questões do Enem fazendo um Raio-X 2 tempos p. 14
3 delas, buscando identificar como elas
foram pensadas e estruturadas. Em
seguida, comparam o exercício feito com
comentários e resoluções propostas por
especialistas.

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Planos de aulas | Atividades Mensais

Atividade 1
Nossas forças e desafios para o Enem
Os jovens se dividem em quartetos, respondem a um quiz de autoavaliação
Resumo
sobre os estudos e o Enem e, a partir dele, buscam soluções para
reorganizar a rotina de estudo.

Identificar as forças e dificuldades que os alunos encontram na preparação


Objetivos
para o Enem e, a partir dessas informações, formar times de estudo.

Ao longo do encontro são propostas diferentes formações, com momentos


Organização da
turma em roda de conversa envolvendo a turma toda e trabalho em quarteto.

. Material de Apoio ao Estudante


Recursos e
providências

Duração Prevista 2 tempos.

Desenvolvimento

1. Inicie o encontro fazendo um breve apanhado das atividades previstas para esse 1º
semestre. Explique que elas estarão voltadas para que os jovens possam aperfeiçoar
suas habilidades e rotinas de estudo para o Enem.

2. Em seguida, leiam, em conjunto, a primeira parte desta atividade no Material de apoio


para alunos, intitulada “ENEM: mais uma vez?”. Selecione alguns alunos para se
revezarem nessa tarefa.

Ao fim da leitura, vocês podem combinar um dia para conversar sobre os documentos
do INEP sugeridos no Material de apoio para alunos. Aproveitem a mobilização da
atividade para já decidirem em qual encontro isso acontecerá e como isso será feito:
na sala de informática, acessando os documentos pela internet? Fazendo a projeção
na sala de aula? Distribuindo cópias impressas? Ou todos combinam de ler em casa e
discutir posteriormente nos tempos de EO?

3. Peça que os jovens se dividam em quartetos e prossigam lendo os tópicos “Quiz:


como está a minha preparação para o Enem?” e “Avaliando nossas respostas”,
presentes no Material de apoio para alunos. Estabeleça um tempo para que eles
realizem as ações propostas.

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4. Ao final desse tempo, peça que os jovens formem uma roda de conversas e
comentem sobre o quiz de autoavaliação que fizeram com apoio dos colegas de
quarteto. Para isso, apresente questões como:

 Algo durante a resolução do quiz surpreendeu vocês? Ou já estavam cientes


dos principais aspectos da preparação de vocês para o Enem?

 Quais as principais forças de vocês? Como vocês podem compartilhá-las com


os colegas?

 Quais os desafios/dificuldades mais recorrentes no quarteto de vocês?


Conseguiram elaborar caminhos para superá-los?

Durante a conversa, anote no quadro os principais tópicos abordados pelos alunos,


para que eles também possam fazer esse registro. Contribua com a discussão,
levantando possibilidades de ações que possam ajudá-los a estudar para o Enem,
como por exemplo:

 Fazer, em casa, simulados do Enem, buscando observar, com mais cuidado,


quais são as principais dificuldades encontradas. Assim, poderão reconhecer
suas fraquezas e correr atrás para solucioná-las.

 Começar a acompanhar, de modo mais rotineiro, o noticiário.

 Buscar por redações nota 1000 comentadas na internet (o Inep disponibiliza


algumas) e observar como elas são estruturadas e porque receberam a nota
máxima.

 Contar com o apoio das professoras e dos professores dos diversos


componentes na solução de dúvidas sobre os conteúdos e também na
resolução de questões do Enem.

 Estabelecer rotinas de estudo e se dedicar a elas, definindo objetivos e metas,


preparando-se para as aulas, revisando os conteúdos aprendidos e fazendo as
tarefas de casa.

5. Em seguida, comente que os tempos de EO são uma ótima oportunidade para que
compartilhem seus conhecimentos com os colegas. Sugira que eles formem pequenos
times (ou mesmo duplas e trios) de estudo de acordo com as forças e desafios
identificados por eles ao longo da atividade.

Devido à convivência já estabelecida entre os alunos, é possível que eles já saibam


quais colegas podem oferecer apoio em determinados componentes
curriculares/competências, e que possam, assim, se organizar de modo autônomo.

Se não for o caso, é útil criar um instrumento que ajude na organização inicial desses
times. Pode tomar um pouco de tempo elaborar uma lista como a sugerida abaixo,
mas dediquem-se a isso nesse encontro.

Estudante Pode oferecer apoio em: Precisa de apoio em:

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Um dos grandes desafios do estudo em times é garantir que os jovens continuem
contando com o apoio dos colegas nos encontros posteriores, ou seja, que essas
formações sejam retomadas sempre que houver necessidade. Tendo em vista a
pluralidade das demandas, é importante deixar claro que eles podem e devem se
rearranjar ao longo do semestre, conforme as demandas de cada um. Para isso, a
atualização da lista ao longo do tempo pode ser uma boa saída.

6. No restante do encontro, estimule que os jovens se concentrem no estudo em times.


Finalize reforçando que eles incorporem, no cotidiano de estudos, as estratégias
levantadas neste encontro.

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Atividade 2
Antena para o mundo
Os jovens são orientados a refletir sobre a importância da leitura de textos
Resumo
jornalísticos e de divulgação científica para realizarem uma boa prova do
Enem. A partir disso, adentram numa dinâmica de leitura, compartilhamento
e discussão de textos dessa natureza, processo que deverá durar todo o
ano, com rodas de discussão de periodicidade mensal.

Consolidar uma rotina de leitura, compartilhamento e discussão de


Objetivos
materiais midiáticos sobre temas/acontecimentos atuais que possam
enriquecer a preparação dos jovens para o Enem.

Ao longo do encontro são propostas diferentes formações, com momentos


Organização da
turma em roda de conversa envolvendo a turma toda e trabalho em quarteto.

. Material de apoio para alunos


Recursos e
providências
. Cópias da Matriz de Referência do ENEM. É importante distribuir ao
menos uma cópia para cada quarteto. Além disso, deve-se guardar as
cópias para a próxima atividade, que também irão utilizá-las. A matriz pode
ser encontrada em: bit.ly/matrizenem

. No primeiro encontro dessa atividade, deve-se reservar um tempo para


que os jovens pesquisem e façam a leitura de materiais jornalísticos e de
divulgação científica. Esse momento deve ser preparado com
antecedência, com a reserva do laboratório de informática e/ou da sala de
leitura da escola. Nesse sentido, é preciso garantir que a
biblioteca/hemeroteca conte com um acervo atualizado de jornais e
revistas, de modo a possibilitar e potencializar a busca dos alunos.

Caso a escola não disponha desses materiais, converse com os(as)


outros(as) orientadores(as) de EO para que vocês possam, em conjunto
com a diretoria da escola e com a comunidade escolar, encontrar soluções
para isso. Algumas possibilidades são:
 Contatar órgãos da imprensa local/estadual e sondar a
possibilidade de doação de jornais e revistas para a escola.
 Estimular que professores, alunos, familiares e funcionários doem
jornais e revistas, sempre que possível.
 Realizar campanhas para arrecadação desse material.

A disponibilidade desses impressos é muito importante para a realização da


atividade. Além disso, toda a comunidade escolar tem a ganhar com uma
hemeroteca atualizada e repleta de novos materiais!
Duração Prevista 4 tempos.

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Desenvolvimento

1º ENCONTRO

1. Faça o acolhimento dos estudantes e dê início a uma roda de conversas que aborde o
tema da atividade. Relembre-os que, no quiz respondido no encontro anterior, eles
foram questionados a respeito da rotina de leitura de jornais e revistas e sobre como
se sentiam frente aos acontecimentos da atualidade. Peça que eles retomem as
respostas de então e promova um momento de conversa a partir de questões como:

 Com que frequência vocês têm acesso a conteúdos jornalísticos?

 Consideram-se bem informados?

 Quais as principais meios informativos acessados/lidos por vocês? Consideram


que eles são suficientes? Por quê?

Tomando essa conversa como um gancho, busque introduzir os objetivos dessa


atividade.

2. Em seguida, a turma deve se dividir em quartetos e realizar as propostas presentes no


Material de apoio para alunos. Estabeleça um tempo para que eles realizem as ações
do tópico “De olho na imprensa”. Ao final desse tempo, a turma deve discutir em
conjunto as anotações a respeito das duas perguntas apresentadas:

 Quais as competências e habilidades da Matriz de Referência estão sendo


avaliadas em cada uma das questões?

 Qual a função dos textos jornalísticos e de divulgação científica em cada uma


das questões selecionadas e na proposta de redação?

 Os textos-base mobilizam conhecimentos prévios e/ou oferecem informações,


dados e conceitos fundamentais para a resolução das questões? Por quê?

Espera-se que, durante a roda de conversas, os jovens se aproximem das


seguintes conclusões:

Questão 15

A questão mobiliza, sobretudo, a Competência de área 4 (Entender as


transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de
produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social) e a
habilidade 16 (Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na
organização do trabalho e/ou da vida social).

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Conhecer a fundo os conflitos territoriais e identitários enfrentados pelos povos
e comunidades tradicionais facilitaria a opção pela resposta correta, ainda que
seja possível inferi-la pela leitura do trecho selecionado.

Questão 54

A questão mobiliza, sobretudo, a Competência de área 5 (Entender métodos e


procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes
contextos) e a habilidade 17 (relacionar informações apresentadas em
diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas,
químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações
matemáticas ou linguagem simbólica).

Não é necessário conhecer previamente a descoberta relatada pela notícia,


mas é fundamental identificar, a partir da leitura do texto, a qual princípio da
biologia tal descoberta se relaciona.

Questão 106

A questão mobiliza, sobretudo, a Competência de área 9 (Entender os


princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e
da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do
conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que
lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos
problemas que se propõem solucionar) e a habilidade 29 (Identificar pela
análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.).

Conforme o enunciado, o que se pede é uma interpretação atenta, não sendo


demandados conhecimentos outros para além do que está presente no texto-
base. Apesar disso, por se tratar de um texto retirado de uma revista de
divulgação científica, uma bagagem sobre o assunto dos usos sociais das
linguagens poderia contribuir para a resolução da questão.

Redação

No caso da redação, a familiaridade com textos jornalísticos é de grande


importância. Primeiramente porque o texto demandado pela proposta de
redação é de caráter dissertativo-argumentativo, tendo proximidade com
gêneros do argumentar clássicos do jornalismo, como o artigo de opinião e o
editorial. Em segundo lugar, porque estar por dentro dos debates atuais sobre
as questões de gênero e sobre a violência contra a mulher é muito importante
para cumprir a orientação de abordar a temática de forma coerente com os
direitos humanos, apresentando uma proposta de intervenção. Conhecer a
realidade a esse respeito, com dados, informações, os diferentes pontos de
vista e argumentos que circulam sobre eles são de grande ajuda para a
formulação de uma boa redação.

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3. Em seguida, de volta aos quartetos, os jovens seguem as orientações do tópico
“Compreender, enfrentar e construir” ao longo de um tempo estipulado por você.

Ao final desse tempo, reúnam-se novamente em uma roda e peça que um integrante
de cada time apresente os critérios e “porquês” desenvolvidos. Anote esses critérios
no quadro e incentive que os jovens discutam sobre as semelhanças e diferenças
entre os pontos elaborados por eles.

Sua mediação é importante para balizar essa discussão conjunta, indicando que os
critérios mais adequados para a seleção dos materiais giram em torno dos seguintes
pontos:

 Temas contemporâneos, relevantes para a sociedade e para o nosso momento


histórico.
 Temas que podem ter impacto na agenda brasileira, que dizem respeito à
nossa sociedade.
 Temas de impacto social e que também podem ter conexões com
componentes diversos do currículo escolar.
 Temas que afetam diretamente o cotidiano da população brasileira, como o
trabalho, a vida em rede, a Lei Seca etc.
 Materiais que apresentem pontos de vista sociais variados, contribuindo para o
reconhecimento de posicionamentos diversos e para a construção de uma boa
bagagem sobre esses temas.

Peça que os jovens registrem em seus cadernos os critérios estabelecidos em


conjunto por toda a turma. Eles serão muito importantes para a próxima etapa da
atividade!

4. É hora de apresentar para a turma o desafio dessa atividade: que eles estabeleçam
uma rotina de leitura, compartilhamento e discussão sobre temas atuais, com o
objetivo de se preparar melhor para o Enem.

Explique que, uma vez por mês, durante o encontro de EO, a turma terá a
oportunidade de discutir temáticas e materiais jornalísticos selecionados pelos
quartetos e que atendam aos critérios estabelecidos anteriormente.

Para que a discussão seja rica e a atenção às notícias da atualidade constantes, eles
deverão manter um grupo virtual onde poderão compartilhar links sobre os mais
diversos temas. Além disso, também poderão selecionar materiais impressos da sala
de leitura.

Conte também que no próximo encontro acontecerá a primeira roda de discussões


sobre atualidades. Para isso, eles já devem começar a se informar desde já, no
restante do tempo deste encontro, e também se apropriar do grupo virtual como

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ferramenta pedagógica, para que todos cheguem ao próximo encontro bem
informados e prontos para o debate.

5. Em conjunto com os jovens, definam uma dinâmica de funcionamento do grupo virtual


em que eles compartilharão os materiais selecionados. É muito provável que a turma
já tenha um grupo no Facebook ou no WhatsApp e que, por isso, prefira se utilizar
desse meio já estabelecido. Mas eles também podem escolher criar um novo grupo.
Cheguem a um acordo sobre o método mais produtivo!

6. Feito isso, peça que os jovens leiam o tópico “O Desafio: rodas de leitura sobre
atualidades!”, que contém mais algumas informações sobre o desafio proposto.

7. No tempo restante do encontro, os jovens devem iniciar a busca na internet ou nos


materiais impressos. Antes de encerrar o encontro, ressalte a importância de que os
quartetos definam os temas/acontecimentos com que vão trabalhar, que compartilhem
os materiais no grupo da turma, e que todos leiam a maior quantidade de materiais
possíveis, para que a discussão no próximo encontro seja produtiva.

2º ENCONTRO

1. Este encontro será todo dedicado à roda de discussão sobre atualidades. Faça o
acolhimento da turma e peça que um quarteto inicie os trabalhos de discussão,
seguindo as orientações presentes no Material de apoio para alunos, no item 3 do
tópico “O Desafio: rodas de discussão sobre atualidades!”. Estabeleça um tempo de
discussão para o tema trazido por cada time.

2. Ao final do encontro, faça uma avaliação sobre a roda de discussão. Busque levantar,
junto aos alunos, os pontos altos do encontro e os pontos mais fracos, com o objetivo
de fazer com que o debate do próximo mês seja ainda mais produtivo.

3. Para finalizar, estabeleça, junto com os jovens, o calendário das próximas rodas de
discussão sobre atualidades, lembrando que elas devem acontecer uma vez ao mês.

4. Antes de se despedir, reforce a importância de que, no intervalo entre este e o próximo


encontro, os quartetos continuem definindo temas/acontecimentos, selecionando
materiais jornalísticos e os compartilhando no grupo da turma.

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Atividade 3
RAIO-X DAS QUESTÕES DO ENEM
Os jovens respondem a algumas questões do Enem fazendo um Raio-X
Resumo
delas, buscando identificar como elas foram pensadas e estruturadas. Em
seguida, comparam o exercício feito com comentários e resoluções
propostas por especialistas.

Entender como as questões do Enem se estruturam e qual a função e a


Objetivos
lógica de construção dos distratores, assim como experimentar algumas
estratégias que ajudam na resolução delas.

Ao longo do encontro são propostas diferentes formações, com momentos


Organização da
turma em roda de conversa envolvendo a turma toda e trabalho em quarteto.

. Material de apoio para alunos


Recursos e
providências
. Cópias da Matriz de Referência do ENEM. É importante distribuir ao
menos uma cópia para cada quarteto.

. Ao final dessa atividade, sugerimos que seja feito um simulado do Enem


para que os jovens possam exercitar, de forma mais aprofundada, as
habilidades de leitura e interpretações de questões do Enem. É possível
que, no calendário da turma, já esteja previsto algum simulado para o
semestre, de modo que será preciso, apenas, garantir que esta atividade
aconteça antes do simulado. Se não for esse o caso, junte-se aos
professores de Estudos Orientados das outras turmas para que vocês
possam conversar com a diretoria da escola sobre a possibilidade de
realizar esse simulado nos tempos de EO e quais providências precisam
ser tomadas para isso.
Duração Prevista 2 tempos + simulado do Enem

Desenvolvimento

1. Para iniciar a atividade, pergunte aos jovens se eles já fizeram algum simulado do
Enem ou mesmo se têm respondido a questões do exame em atividades dos
componentes curriculares e/ou nos estudos em casa.

A partir daí, estimule uma conversa que possibilite aos jovens expressar suas
impressões sobre o exame, especialmente quando comparado a outros tipos de prova
que estão acostumados a fazer. Peça que eles contem aquilo que acham mais
interessante na formulação das questões, suas principais facilidades e dificuldades, os
pontos que consideram positivos e/ou negativos na estrutura do exame.

OPA Estudos Orientados – 3º ano/ 1º semestre 14


Anote no quadro os principais pontos levantados pelos jovens. Ao longo da atividade,
busque abordá-los quando for conveniente. Caso a atividade não traga subsídios que
ajudem a comentar todos os pontos colocados pelos alunos, busque respondê-los nas
semanas seguintes.

2. Em seguida, os jovens devem se reunir em quartetos para realizarem a atividade


proposta no Material de apoio para alunos. Busque garantir que cada quarteto tenha
ao menos uma cópia da Matriz de Competências do Enem. Acompanhe o trabalho dos
quartetos e se mostre disponível para solucionar as dúvidas que aparecerão. Cuide
também do tempo, para que toda a atividade seja realizada.

3. Ao final do encontro, em uma roda de conversas, estimule que os jovens comentem


sobre o percurso realizado na atividade. Para incrementar esse momento, apresente
algumas perguntas, como:

 Ficou claro, para vocês, o que são os elementos que compõem um item (o
texto-base, a situação-problema, as alternativas e o gabarito)? Se não, quais
as principais dúvidas?

 Entenderam bem como os distratores são redigidos, com grau de


plausibilidade?

 Durante a atividade, vocês conseguiram identificar os próprios acertos e erros?

 Conseguiram identificar as competências e habilidades demandadas por cada


questão? Quais foram as principais dificuldades encontradas nessa tarefa?

 Utilizaram algumas das dicas presentes no Material de apoio para alunos para
ler as questões (como, por exemplo, grifar os elementos e comandos mais
importantes)? Se sim, quais consideraram mais eficazes?

 Observaram como, muitas vezes, é possível chegar à solução por meio de uma
leitura bem feita dos textos-base, considerando o contexto de produção?

Após a atividade

1. Em algum momento do semestre, após a realização desta atividade, sugerimos que


seja feito um simulado do Enem em que os jovens possam experimentar os
aprendizados da atividade.

Em encontro próximo à data de realização do simulado, recupere, junto com os jovens,


os aspectos mais importantes desta atividade, especialmente no que se refere à
estruturação de cada item.

2. No encontro seguinte ao simulado, proponha uma roda de conversa em que os jovens


compartilhem as principais impressões sobre o exame. Para isso, apoie-se em
algumas questões que os jovens possam comentar:

OPA Estudos Orientados – 3º ano/ 1º semestre 15


 Vocês conseguiram se organizar no tempo e responder a todas as questões?
Como?

 Colocaram em prática as dicas aprendidas nessa atividade? Se sim, quais


funcionaram melhor durante o exame?

 Como vocês avaliam as leituras que fizeram dos textos-base? Qual a


importância deles para a estruturação das questões?

 Quais as principais dificuldades que vocês tiveram para interpretar os


comandos das questões?

 Durante a realização da prova, conseguiam distinguir com clareza os gabaritos


daquelas alternativas consideradas como “distratores”?

 Conseguiram observar que os distratores possuíam graus de plausibilidade, ou


seja, que pareciam estar corretos, ou, até mesmo, poderiam estar parcialmente
corretos, mas não respondiam totalmente à questão?

 De modo geral, como avaliam o próprio resultado após terem conferido o


gabarito?

Ao longo da conversa, peça que cada aluno, a partir dos relatos e comentários dos
outros colegas, anote, em seu caderno, aquilo que julgar mais importante: dicas de
resolução das questões, desafios que ainda tem que enfrentar, seus pontos fortes e
fracos etc.

3. Para finalizar, estimule os jovens a sempre se autoavaliarem quanto à preparação que


estão fazendo para o Enem. Reforce que essa conversa final pode ajudá-los a
identificar aqueles pontos aos quais eles ainda precisam se dedicar um pouco mais.
Lembre-os também que o Material de Apoio ao Estudante apresenta várias dicas e
critérios para que possam fazer isso de forma orientada e assim melhorar, cada vez
mais, suas competências e habilidades para o Enem.

OPA Estudos Orientados – 3º ano/ 1º semestre 16


Organização Cátedra UNESCO de Educação
das Nações Unidas e Desenvolvimento Humano
para a Educação, Instituto Ayrton Senna,
a Ciência e a Cultura Brasil

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